Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
segunda-feira, 1 de julho de 2013
VOZ DAS RUAS ENCOBRE UMA MAIORIA SILENCIOSA?
Dúvida se espalha; manifestações são extrato de jovens em processo de politização, grito reprimido da classe média ou protesto de todas as classes sociais, segmentos econômicos e faixas geopolíticas?; greve geral ensaiada para esse dia 1º de julho não pegou; regime de desemprego a 5,5% resiste; prisão de cerca de cem arruaceiros amainou violência nos protestos; mas as ruas continuam a falar alto; elas produzem mesmo a melhor pauta para as instituições?
1 DE JULHO DE 2013 ÀS 17:07
247 – Com um pouco de má vontade, mas com dados absolutamente reais, é possível dizer, sem medo de errar, que em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belo Horizonte manifestações com, respectivamente, 1,3 milhão, 700 mil, 500 mil, 380 mil, 300 mil e 270 mil pessoas equivalem, numericamente, o mesmo que uma figura institucional: o deputado federal. No caso, o mais votado em cada uma dessas capitais nas eleições de 2010.
Em São Paulo, Tirica obteve 1,35 milhão de votos, pelo PR. No Rio, Anthony Garotinho conseguiu 694 mil votos, também pelo PR. Em Porto Alegre, Manuela D'Àvila, do PC do B, foi contemplada com 482 mil votos. Ana Arraes (PSB) foi sufragada por 387 mil votos recifenses. Em Salvador, ACM Neto (DEM) teve 328 mil votos. E o tucano Rodrigo de Castro se elegeu com 274 mil votos em Belo Horizonte.
Hipoteticamente, cada um desses deputados poderia obter números iguais aos registrados nos protestos e marchas se convocasse uma assembleia para discutir o que desejasse – e viesse a ser atendido apenas pelos que votaram nele. Funcionaria como empresa que convoca todos os acionistas para uma deliberação.
O exercício de comparação é positivo para se observar com olhar crítico – e, neste sentido, corajoso – os eventos de massa dos últimos quinze dias. Depois de um primeiro momento de surpresa e conflitos, dos quais resultaram cerca de uma centena de prisões em todo País, apontando para um número pequeno de vândalos, em relação ao todo dos manifestantes, pode-se ter chegado rapidamente a um momento de rearrumação – e inovação.
GREVE GERAL FRACASSOU - Como iniciativa geral, a conclamação, pela via da internet, de uma greve geral nesta segunda-feira 1, fracassou redondamente. Ou, porque não deu certo, o que houve foi apenas um rumor?
Depois de um pequeno protesto em frente ao Maracanã, no domingo 30, horas antes da partida final da Copa das Confederações, quando outra vez um pequeno grupo de arruaceiros entrou em choque com a Polícia Militar, sem o registros de feridos ou presos, o que ocorreu na segunda-feira 1 foi um protesto de caminhoneiros. Na carona da suspensão do aumento nos pedágios de São Paulo, determinada pelo governador Geraldo Alckmin, integrantes da categoria fecharam com seus caminhões as rodovias Anchieta, Raposo Tavares e Castelo Branco, pedindo para serem recebidos pelo titular do Palácio dos Bandeirantes. Em troca, suspenderiam as barreiras.
Sobre os próximos passos, passou a se tornar difícil, nos últimos dias, entre a população das grandes cidades, distinguir informação real de boataria. Não se sabe bem ao certo quando haverá, efetivamente, um novo grande protesto ou o movimento que, anunciado, não passa da expressão da vontade de um e outro, sem dimensão para convocar multidões.
Após a série de suspensões de reajustes de ônibus em praticamente todas as capitais do País, o Movimento Passe Livre, organização que logrou arregimentar as primeiras multidões contra o valor das tarifas e a qualidade dos serviços, decidiu suspender o movimento. Em seguida, porém, suas lideranças resolveram manter a mobilização, mas desde então, sobre a questão dos transportes coletivos, apenas uma manifestação no Rio, na semana passada, logrou sucesso de público.
DECISÕES NO FOGARÉU - Em torno da Copa das Confederações, encerrada com a vitória da Seleção Brasileira no domingo 30, os violentos protestos dos primeiros jogos arrefeceram, sem distúrbios no sábado, dia do jogo semifinal em Salvador. No Rio, um fiasco, com as mais de 70 mil pessoas que pagaram ingresso para ver a final tendo cantado o Hino Nacional não apenas antes do início da partida, mas, ao menos uma vez, durante o jogo. O time venceu, é certo, e as autoridades não compareceram. Mas também é certo que não houve, quanto mais cenas de quebra-quebras em protesto.
O saudável resultado das manifestações ocorridas até aqui, com as espetaculares vitórias políticas representadas na redução tarifária e nas decisões tomadas pelo Congresso, como a derrubada da PEC 37 e a destinação dos royalties do Pré-Sal para os setores da Educação e da Saúde, pode ter aplacado o ímpeto das massas.
A questão real, mais que o tamanho das próximas manifestações, é dar a elas, ou não, legitimidade para pautarem as instituições. O que parece ser, nas imagens da tevê, um país nas ruas, também sugere outro país, muito maior, dentro de casa. É a dicotomia entre a minoria ruidosa e a maioria silenciosa que chegou para oxigenar a política brasileira. Refletir sobre os dois lados dessa mesma moeda soa como bem mais adequado do que aliar-se à corrente e, ao sabor dos acontecimentos imediatos, tomar decisões em meio ao fogaréu.
Cerca de 1000 leitores veem golpe em marcha e querem reagir
Até a manhã de domingo, o post intitulado “Você vai ficar parado assistindo o golpe prosperar?” recebeu cerca de 1000 comentários de leitores de todas as partes do Brasil e também do exterior, os quais se uniram a este que escreve no entendimento de que os fenômenos que se produziram no país em junho decorreram de orquestração com fins políticos.
Vale explicar a falta de precisão sobre o número de leitores que apoiam a teoria da orquestração e o chamamento para que se unam ao Movimento dos Sem Mídia a fim de elaborar estratégias para enfrentar um movimento de viés fascista que buscou, desde o primeiro passo, interferir nas eleições do ano que vem. Não há número fechado porque esse contingente segue crescendo enquanto este texto se escreve praticamente sozinho.
Antes de prosseguir, porém, é preciso avaliar a importância de um contingente como esse de cidadãos romper o surto de covardia que se abateu sobre o país e que tornou “crime de traição” discordar da nova ordem, a “ordem das ruas”, a contaminação fascista que assola o Brasil.
Se um simples blog consegue reunir quase mil pessoas desconfiadas do rumo dos acontecimentos em pouco mais de um dia, é de se imaginar quanta gente, por aí, percebe que há um golpe político em andamento.
O mérito da iniciativa desta página, portanto, está sendo o de impedir que a Onda de protestos sem causa e sem rumo que tomou o país se torne “unanimidade” da boca das pessoas para fora, pois, como fica claro em incontáveis depoimentos de leitores no post anterior, quem discorda está sofrendo pressão em seus meios sociais e profissionais e, nesse processo, sente-se intimidado e coagido a “mudar” de posição ou a se calar.
Alguns dirão que cerca de 1000 pessoas (até aqui) espalhadas pelo Brasil não são nada diante de cerca de um milhão que foram às ruas. Contudo, antes deste post tenho certeza de que nenhuma outra página na internet mostrou tão claramente como a desconfiança dessas manifestações é um sentimento latente e sufocado.
Além disso, aqui não se pediu simpatia aos leitores que aderiram ao chamamento feito, pediu-se engajamento, o que, por certo, limitou a adesão – além, é claro, do medo de muitos de se exporem a uma discordância que vem se tornando quase que proibida em meio a um processo catártico que está levando as pessoas a deixaram de raciocinar e a se tornaram, em boa parte, legitimamente fascistas ao agredirem, verbal ou fisicamente, quem discorda.
A essas pessoas que aderiram ao chamamento do Blog, informo que já estão sendo cadastradas com base em seus nomes, cidades e Estados. O primeiro passo, porém, será varrer o arquivo de comentários para retirar nomes repetidos em mais de um comentário da mesma pessoa e manifestações que não são de adesão.
Contudo, já se pode dizer que os comentários inadequados à natureza do post não passam de algumas poucas dezenas em meio a cerca de nove centenas de adesões.
A partir da primeira lista que for composta, um e-mail coletivo será enviado e cada pessoa que se manifestou simpaticamente à causa do Movimento dos Sem Mídia receberá instruções por esse meio.
Em primeiro lugar, será pedido àqueles que não informaram em que cidade e Estado residem que complementem a informação. Anexada ao e-mail, haverá uma ficha de inscrição em que serão pedidos dados adicionais, como telefone, endereço etc., de forma a compor o cadastro do MSM.
O passo seguinte será separar as pessoas de São Paulo de forma a que participem fisicamente de uma Assembleia que será feita em auditório nesta cidade em data que será discutida após concluir a tabulação dos dados.
Simultaneamente, pessoas de outros Estados ou mesmo de cidades paulistas mais distantes da capital que não puderem vir a ela serão instruídas sobre como poderão ajudar até que em suas regiões tenhamos massa crítica para organizar um evento similar ao de São Paulo.
Este que escreve está disposto a percorrer o país para organizar o MSM em outras regiões. Independentemente da política, pois tempos sombrios se fazem anunciar e quando os olhos e mentes se abrirem pelo menos os que enxergaram antes já terão se organizado de alguma forma.
Nesse aspecto, há que fazer comentários sobre a pesquisa Datafolha que mostrou derretimento da popularidade da presidente Dilma Rousseff e que foi divulgada cerca de 12 horas após a publicação do post em que foi feita a exortação aos seus leitores para que nos organizemos contra o golpe político em curso no país.
Nas redes sociais Twitter e Facebook, em comentários aqui no Blog, em telefonemas e e-mails que recebi, perguntaram-me se tenho bola de cristal, pois o tom do post de convocação de pessoas assumiu grande sentido diante de uma queda de aprovação de Dilma que ficou claro que surpreendeu a todos pela sua profundidade.
Só ficou surpreso, porém, quem não lê este Blog ou, se lê, não acredita nele. A queda pronunciada de popularidade da presidente já vinha sendo avisada desde a pesquisa Datafolha anterior, que já mostrava queda de 8 pontos percentuais e que foi confirmada pelo Ibope.
Em meio à desorientação que se produziu inclusive no partido da presidente após a divulgação da pesquisa, pois boa parte do PT deu apoio a manifestações que agora se sabe que foram mais prejudiciais a esse partido do que a qualquer outro, vão surgindo tentativas de edulcorar a realidade, como comparações com a perda de popularidade de Lula durante o escândalo do mensalão, em 2005, e suposições de que “todos os políticos” perderam aprovação.
Não é assim. Marina Silva, por exemplo, se deu muito bem. Sua distância para Dilma nas pesquisas sobre a sucessão presidencial do ano que vem, ficou pequena – menos de dez pontos percentuais, em alguns cenários.
Há hoje risco real de o país, ano que vem, eleger uma presidente que flerta com o fanatismo religioso e que, além de posições legitimamente de direita – que se aproximam das do deputado Marco Feliciano, o presidente homofóbico e racista da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados –, não tem um partido político de verdade por trás de si.
Aécio Neves também melhorou um pouco no Datafolha, em alguns cenários. Mas o mais importante é que os protestos não o afetaram muito. O grande prejuízo, portanto, foi de Dilma.
Claro que governantes estaduais e municipais de partidos que fazem oposição ao governo federal, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o de Minas Gerais, Antonio Anastasia, também sofreram fortes abalos de popularidade. Contudo, nenhum deles tinha tanto a perder quanto Dilma, que tinha uma reeleição quase garantida
O principal problema de Dilma, portanto, não é só o processo de desmoralização em que foi atirada pelo que este blogueiro e quase mil de seus leitores afirmam ter sido resultado de orquestração. O problema é que seus adversários, ano que vem, terão a mídia a seu favor e, em uma situação como a atual, esse apoio pode ser decisivo.
A mídia conservadora apoiará qualquer um que esteja mais perto de pôr fim aos governos do PT. Eduardo Campos, Marina Silva e Aécio Neves terão apoio contra Dilma. Quem dos três tiver mais chance, será apoiado decididamente por Globos, Folhas, Vejas e Estadões.
Mas, em verdade, o processo político esquizofrênico em que o país mergulhou deve, isso sim, ressuscitar José Serra. Com Dilma fraca, o recall (lembrança) dele se tornou uma arma fortíssima para vencer a sucessão presidencial. Aliás, esse clima a favor do tucano foi antecipado aqui no post “Convite a Serra pra soltar rojão no Roda Morta diz tudo“.
Pior do que isso: há notícias de que o vice-presidente Michel Temer está sendo assediado pela oposição para que comece a dar declarações vira-casacas sobre o governo Dilma, quem alguns oposicionistas mais exaltados e alguns meios de comunicação sonham em submeter a impeachment. A Temer caberia iniciar o desmonte das políticas públicas petistas, sobretudo as sociais, antes mesmo de 2015.
Dilma está morta? Lula pode se candidatar em lugar dela?
Bem, Dilma ainda tem aprovação e intenções de voto maiores do que as que qualquer adversário tem individualmente, e Lula, nas simulações do Datafolha, aparece quase tão forte quanto de costume. Ou seja: quem acha que o PT está morto, está se precipitando e a chance de quebrar a cara não é pequena.
Até porque, apesar das negativas que sobrevirão por parte do PT e de membros do governo Dilma, lembremo-nos de que Lula sempre afirmou que se, por alguma razão, a sua afilhada política não pudesse enfrentar a sucessão presidencial de 2014, aí, sim, ele poderia voltar.
Se Lula for disputar a sucessão de Dilma, portanto, isso só ocorrerá na undécima hora da disputa do ano que vem, no prazo limite para apresentação de candidaturas. Até lá, o PT, o próprio Lula e todo o governo Dilma negarão até a morte essa possibilidade, pois, uma vez materializada ou admitida por petistas e governistas, mataria este governo de vez.
Para animar quem já estiver mortificado, há que lembrar que Lula não precisa construir sua candidatura. A dele está pronta. Não há brasileiro que não o conheça e, ao contrário de Dilma, ele mantém laços afetivos com o povo brasileiro. Só terá que arrumar um meio de justificar a indicação de Dilma em 2010, mas a política permite “explicações” como essa.
Voltando à realidade, há que tocar na questão da economia. Dez entre dez analistas econômicos já concluem que as manifestações produzirão um baque econômico de proporção ainda não sabida, mas do qual a mídia oposicionista irá se aproveitar para espalhar ainda mais o pânico entre os investidores, os empresários e a população em geral.
O ódio ao PT é tão grande que esses criminosos não se importam de destruir o país para derrotar o partido.
Eis que o risco-brasil, que norteia empresários e investidores, está em torno de 180 pontos. Já é o triplo em relação a maio, antes das manifestações. O real foi a moeda que mais perdeu valor no mundo em junho, pelo mesmo motivo. A atividade econômica está despencando, até porque o comércio das grandes cidades sofreu, até agora, mais de R$ 1 bilhão de prejuízos com as depredações e saques “pacíficos”. Além do que, perdeu incontáveis horas de trabalho. Isso sem falar nas estradas bloqueadas por manifestantes, o que afetou a produção industrial.
Um desastre.
O que se teme, após tudo isso, é um recrudescimento do desemprego. Entre o fim de 2008 e o começo de 2009, quando explodiu a crise internacional, um número impressionante de empresários promoveu “demissões preventivas” assustado pela mídia, que dizia que o país iria quebrar. Nesse processo, perderam-se 800 mil postos de trabalho.
Recomenda-se aos eventuais demitidos que batam à porta do PSOL, do MPL ou de qualquer outro que incensou esse delírio coletivo que engolfou o país e peçam a eles um emprego novo…
O quadro não é bonito, meus amigos. Eis o que esses irresponsáveis fizeram com o Brasil. Estávamos indo bem, a economia estava reagindo, a desigualdade caindo, o nível de emprego no patamar mais alto da história, os salários valorizados como nunca…
Não se pude dizer que tudo tenha sido destruído. Mas o que já se perdeu, até aqui, foi imensurável. E o pior é que continuam tentando manter o incêndio vivo. Tenho visto até petistas continuando a exaltar o MPL e incentivando mais manifestações “pacíficas” enquanto se recusam a admitir o erro fatal que foi apoiar essa loucura.
A grande maioria do PT, de todos os partidos, da mídia, de jornalistas e de blogueiros sabe que houve uma orquestração do PSOL, acima de qualquer outro. Mas quase ninguém quer dar a cara a tapa e alguns, por interesse ou por teimosia, não querem admitir o que vai ficando cada vez mais claro.
O Movimento dos Sem Mídia, para os despertos que frequentam este espaço, constitui-se em uma boia salva-vidas. Ao menos do ponto de vista moral. Não se pode deixar que as pessoas sucumbam às pressões sociais que tentam calar discordâncias. O mais importante, neste momento, é não sucumbir à tentação de se render.
No momento, este que escreve e seus leitores já conseguiram uma grande vitória. As cerca de 1000 pessoas que deixaram seus dados aqui e que se dispõem a se organizar nesse movimento podem se tornar uma luz a guiar quem quiser escapar das trevas que se abatem sobre o Brasil. É só o que nos cabe nesse latifúndio, ao menos por enquanto.
A você que corajosamente aderiu ao chamamento deste Blog e do Movimento dos Sem Mídia, dou as boas-vindas e aviso que logo estaremos em contato. Parabéns por seu destemor. É de pessoas como você que o Brasil mais precisa neste momento.
SANTANA: "REDOBRO APOSTA: DILMA GANHA NO 1º TURNO"
Publicitário responsável pelo marketing na campanha vitoriosa do PT em 2010 demonstra não dar a mínima credibilidade à pesquisa Datafolha que aponta queda de 21 pontos da presidente Dilma Rousseff e aponta para 2º turno em 2014; "Essa pesquisa tem o valor de uma vaia em estádio: não passa de catarse temporária"
Convocado pela presidente Dilma Rousseff a participar de reunião fechada com o ex-presidente Lula logo no início das manifestações populares há três semanas, o marqueteiro João Santana mantém o otimismo para a disputa de 2014, na qual a chefe da nação tentará se reeleger.
Em nota publicada na coluna Painel, da Folha, nesta segunda, o publicitário responsável pelo marketing na campanha vitoriosa do PT em 2010 demonstra não dar a mínima credibilidade à pesquisa Datafolha que aponta queda de 21 pontos da presidente e aponta para 2º turno.
"Essa pesquisa tem o valor de uma vaia em estádio: não passa de catarse temporária. Redobro a aposta: Dilma ganha no 1º turno".
João Santana deu início a uma nova série de pesquisas de avaliação do governo Dilma há uma semana e, segundo Lauro Jardim, da coluna Radar Online, de Veja, "todas as pesquisas anteriores foram incapazes de detectar a insatisfação das pessoas".
LULA: DILMA É A MINHA CANDIDATA !
“A Dilma é a melhor. Não tem ninguém igual a ela”.
Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:
“DILMA É A MINHA CANDIDATA”, DIZ LULA
(…)
A primeira coisa que eu acho é que toda vez que um povo se manifesta é sempre muito importante. Acho que democracia exige que o povo esteja sempre em movimento, em manifestação, sempre reivindicando alguma coisa. As reivindicações que o povo está fazendo, de melhoria de transporte, de saúde, de educação isso é próprio do processo de crescimento que o Brasil vem enfrentando. Se você analisar que em dez anos mais do que dobrou o número de universitários no Brasil e de alunos nas escolas técnicas, e que houve a evolução social de uma camada da sociedade, essas pessoas cada vez mais querem mais. É assim. Quando aconteceu a greve dos metalúrgicos em 1978 as pessoas se perguntavam por que os trabalhadores fizeram greve. Eu dizia: porque eles tinham aprendido a comer um bife e estavam tirando o bife deles! Começaram a brigar para não perder o bife! Na medida em que as pessoas tiveram uma evolução social, é normal que elas queiram mais coisa. De vez em quando as pessoas reclamam que os aeroportos estão cheios. É lógico que tem que estar cheio! Em 2007 você tinha 48 milhoes de passageiros voando de avião. Hoje você tem 101 milhões de passageiros. Obviamente que vai ter gente brigando. Você não tem [briga de passageiros] de ônibus, porque a quantidade de passageiros que andavam de ônibus em 2007 é a mesma de 2012. Na medida em que as pessoas vão evoluindo vão querendo mais. Eu acho importante. Eu acho que se as pessoas questionam custo da Copa as pessoas que organizaram, que contrataram tem que mostrar. Não tem nenhum problema fazer esse debate com a sociedade. E é fazendo o debate que você separa o joio do trigo. Quem quer realmente debater, está interessado em fazer coisa séria e aquilo que é justo. Nesse aspecto Dilma tem tido um comportamento importante. De entender o movimento, tentar dialogar com o movimento e construir as propostas possíveis. Se a gente tiver qualquer preocupação com o exercício da democracia é muito ruim.
(…)
Valor: Mas não preocupa o abalo na popularidade da presidente, que caiu 30 pontos percentuais desde o inicio do mês?
Lula: Veja, querida, não me preocupa. Se tem um cidadão que já subiu e desceu em pesquisa fui eu. Em 1989 teve um dia no mês de junho que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o Ibope (risos). Então eu cheguei a pensar em desistir porque não tem como eu pagar voto. Só tenho o meu. E depois com tantos figurões disputando a eleição fui eu que fui para o segundo turno. A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.
Valor: O senhor volta em 2014?
Lula: Não
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
ESQUERDA PRECISA DEFINIR SUA PAUTA COMUM. NÃO EXISTE TERCEIRA MARGEM NA HISTÓRIA.
Flávio Aguiar: o programa da direita é inconfessável
** eles riem, mas não podem dizer o que pensam realmente. Estão em um corner eleitoral
*Nesta 4ª feira,03/07, 17hs: Assembléia de rua: "Democratização da mídia"; em frente à Globo, Jardim Botânico-RJ; Convocação: ‘Barão de Itararé' e ‘Cidadania Sim! PiG, nunca mais'.
*Datafolha: PT tem dois candidato competitivos para 2014; PSDB não tem nenhum: com Lula, PT venceria no 1º turno, com 46% **com Dilma, teria 30% e enfrentaria Marina (23%) no 2º turno**Folha esconde a liderança de Lula na 1ª página e destaca avanço de Barbosa**O 'Napoleão de toga' e a 'pureza verde' são a esperança conservadora para derrotar a esquerda e devolver 'ordem' às ruas.
'Os partidos de esquerda, se estiveram à altura da crise atual, se forem mesmo de esquerda e democráticos, devem adotar uma estratégia unitária de revalorização da ação política e dos partidos, combinando-a com a criação de novos canais de democracia direta e de participação popular, articulados com a democracia representativa. Ou seremos vencidos pelo conservadorismo, que poderá nos levar às novas formas de totalitarismo pós-moderno, que tanto controlará as mentes, a pauta, como ditará o que é lícito ou ilícito, numa democracia ainda mais elitista do que a presente.' (governador Tarso Genro; leia nesta pág. E também: 'A esquerda não pode piscar' aqui)
A direita vai comemorar o quê?
É claro que a baixa da nossa presidenta nas pesquisas – de popularidade e de intenção de voto – provocou animação nos arraiais da direita brasileira, do Oiapoque ao Chuí e da extrema à média. Mas pensando e pesando bem, a direita (incluindo a oposição parlamentar) não tem muito que comemorar. A menos que já tenho incorporado Marina às suas hostes (e suportado a ideia). Por Flávio Aguiar
Flávio Aguiar
É claro que a baixa da nossa presidenta nas pesquisas – de popularidade e de intenção de voto – provocou animação nos arraiais da direita brasileira, do Oiapoque ao Chuí e da extrema à média.
Mas pensando e pesando bem, a direita (incluindo a oposição parlamentar) não tem muito que comemorar. A menos que já tenho incorporado Marina às suas hostes (e suportado a idéia).
Em primeiro lugar, os recentes acontecimentos e manifestações mostraram que a direita brasileira, parlamentar ou não, não tem luz própria. Precisa embarcar em ondas alheias. Até mesmo a velha mídia, que dispõe da luminosidade das telas de tevês, precisou engolir em seco e se conter diante da vonta de de simplesmente condenar os “baderneiros”, os “congestionadores do trânsito”. Afinal eles – que estão longe, na realidade, de serem a maioria nas manifestações – poderiam ser usados contra o PT.
Em segundo lugar, a conjuntura que a direita brasileira não tem programa disponível para a população. Ela tem um programa sim. Mas este não pode ser mostrado. Qual é o programa da direita? É a negação de tudo aquilo que melhorou no Brasil: a situação dos mais pobres, os programas sociais, a elevação do salário mínimo, a ampliação da carteira assinada, a presença do Estado para minorar os efeitos perversos da cultura dos mercados.
Para quem acha que as reivindicações dos manifestantes de hoje poderiam ser mais bem atendidas pela direita brasileira, basta lembrar a situação dos transportes públicos e a ampliação dos corredores de ônibus em S. Paulo durante a gestão da Marta Suplicy e o descaso posterior quando o PSDB-Serra/Kassab recuperou a hegemonia da situação.
O programa da direita brasileira está claro aqui na Europa: é o plano de “austerität” que devasta as economias nacionais e manieta a economia internacional. A Irlanda entrou oficialmente em recessão, como se já não estivesse. Merkel vê seu parceiro FDP agonizar nas pesquisas de opinião de voto. A Espanha – além do desastre no Maracanã – superou a Grécia no índice de greves. Como isso é medido? Confesso que não sei, se é por grevistas por metro quadrado ou pelo número de greves/dia, ou ambas as coisas. Na verdade não importa.
Manuel Castells (na ‘Isto É’ Independente desta semana) diz que Dilma é a primeira mandatária a reconhecer a voz das ruas. E é mesmo. Onde mais um presidente ou uma presidenta se assentou na mesa de negociações com representantes destes movimentos? Aqui na Europa é que não foi. Nem nos Estados Unidos. Nem na Ásia ou África.
Numa outra ponta, o programa da direita brasileira é, inconfessadamente, privatizar os bancos públicos, aprofundar a privatização da Petrobras, suspender o Bolsa Família (como ficou claro através do boato espalhado), baixar ou eliminar o salário mínimo e extirpar tudo o que a CLT tem de bom para os trabalhadores. Em resumo: inconfessável.
Para completar este quadro indigente, em terceiro lugar, a direita brasileira ainda não tem candidato. Aécio Neves ainda é candidato a candidato. Está subindo nas intenções de voto, mas devagar demais. E Aécio vai para onde o vento sopra, ao contrário de Serra, que sempre quis soprar o vento. Ele não é inteiramente confiável para a execução do verdadeiro programa da direita.
Marina é na verdade intragável para a direita. É verde demais, é povo-da-floresta demais, tudo o que a direita despreza e detesta. Pode ser usada no sentido de que para derrubar Dilma, tudo vale. Mas é só. Se, no caso de um segundo turno, ela ameaçar a presença de Aécio, vai haver gente na velha mídia querendo detoná-la.
Eduardo Campos ainda corre na mesma faixa de Dilma, embora puxe para si uma parcela da classe média norte-nordestina que busca uma alternativa ao petismo ascendente na região. Por isso não sobe nas pesquisas. Mas se ele subir e ameaçar o reinado do PSDB nesta fatia de leitores, também vai virar alvo, ao invés de possibilidade.
Por fim, resta Joaquim Barbosa. Mas de todos, ele ainda é o mais intragável – como candidato – para a direita. O fato de ser, digamos, numa licença poética, “apartidário” é bom enquanto ele for um anti-candidato, anti-política, anti-políticos. Mas se entrar na arena (ou no PSDB, ou DEM, ou outro partido) para valer, ou começar a seduzir seus quadros, ele vai entrar na lenha também, por ser “independente” demais. A velha mídia que hoje o incensa vai desincensá-lo também. Afinal, ele é uma espécie de Cacareco (quem lembra? – e na verdade era uma Cacareca) pós-moderno. Ou, de modo mais elegante, um rinoceronte de Ionesco. O enigma que devora quem o cultua.
Bom, a direita sempre pode contar com as atrapalhações da esquerda. Como isso de propor – logo agora – uma “faxina” no partido (por que não “expurgo”?). Não seria melhor aventar a proposta de um novo Congresso que definisse os rumos programáticos do partido depois da reeleição ou não de Dilma? Ou isso de já querer trocar de candidato agora, in media res? O préstimo divisionista da esquerda está sempre a postos, pronto para ajudar a direita.
E para completar este quadro algo desolador, o Brasil ganhou a Copa das Confederações.
Mas pensando e pesando bem, a direita (incluindo a oposição parlamentar) não tem muito que comemorar. A menos que já tenho incorporado Marina às suas hostes (e suportado a idéia).
Em primeiro lugar, os recentes acontecimentos e manifestações mostraram que a direita brasileira, parlamentar ou não, não tem luz própria. Precisa embarcar em ondas alheias. Até mesmo a velha mídia, que dispõe da luminosidade das telas de tevês, precisou engolir em seco e se conter diante da vonta de de simplesmente condenar os “baderneiros”, os “congestionadores do trânsito”. Afinal eles – que estão longe, na realidade, de serem a maioria nas manifestações – poderiam ser usados contra o PT.
Em segundo lugar, a conjuntura que a direita brasileira não tem programa disponível para a população. Ela tem um programa sim. Mas este não pode ser mostrado. Qual é o programa da direita? É a negação de tudo aquilo que melhorou no Brasil: a situação dos mais pobres, os programas sociais, a elevação do salário mínimo, a ampliação da carteira assinada, a presença do Estado para minorar os efeitos perversos da cultura dos mercados.
Para quem acha que as reivindicações dos manifestantes de hoje poderiam ser mais bem atendidas pela direita brasileira, basta lembrar a situação dos transportes públicos e a ampliação dos corredores de ônibus em S. Paulo durante a gestão da Marta Suplicy e o descaso posterior quando o PSDB-Serra/Kassab recuperou a hegemonia da situação.
O programa da direita brasileira está claro aqui na Europa: é o plano de “austerität” que devasta as economias nacionais e manieta a economia internacional. A Irlanda entrou oficialmente em recessão, como se já não estivesse. Merkel vê seu parceiro FDP agonizar nas pesquisas de opinião de voto. A Espanha – além do desastre no Maracanã – superou a Grécia no índice de greves. Como isso é medido? Confesso que não sei, se é por grevistas por metro quadrado ou pelo número de greves/dia, ou ambas as coisas. Na verdade não importa.
Manuel Castells (na ‘Isto É’ Independente desta semana) diz que Dilma é a primeira mandatária a reconhecer a voz das ruas. E é mesmo. Onde mais um presidente ou uma presidenta se assentou na mesa de negociações com representantes destes movimentos? Aqui na Europa é que não foi. Nem nos Estados Unidos. Nem na Ásia ou África.
Numa outra ponta, o programa da direita brasileira é, inconfessadamente, privatizar os bancos públicos, aprofundar a privatização da Petrobras, suspender o Bolsa Família (como ficou claro através do boato espalhado), baixar ou eliminar o salário mínimo e extirpar tudo o que a CLT tem de bom para os trabalhadores. Em resumo: inconfessável.
Para completar este quadro indigente, em terceiro lugar, a direita brasileira ainda não tem candidato. Aécio Neves ainda é candidato a candidato. Está subindo nas intenções de voto, mas devagar demais. E Aécio vai para onde o vento sopra, ao contrário de Serra, que sempre quis soprar o vento. Ele não é inteiramente confiável para a execução do verdadeiro programa da direita.
Marina é na verdade intragável para a direita. É verde demais, é povo-da-floresta demais, tudo o que a direita despreza e detesta. Pode ser usada no sentido de que para derrubar Dilma, tudo vale. Mas é só. Se, no caso de um segundo turno, ela ameaçar a presença de Aécio, vai haver gente na velha mídia querendo detoná-la.
Eduardo Campos ainda corre na mesma faixa de Dilma, embora puxe para si uma parcela da classe média norte-nordestina que busca uma alternativa ao petismo ascendente na região. Por isso não sobe nas pesquisas. Mas se ele subir e ameaçar o reinado do PSDB nesta fatia de leitores, também vai virar alvo, ao invés de possibilidade.
Por fim, resta Joaquim Barbosa. Mas de todos, ele ainda é o mais intragável – como candidato – para a direita. O fato de ser, digamos, numa licença poética, “apartidário” é bom enquanto ele for um anti-candidato, anti-política, anti-políticos. Mas se entrar na arena (ou no PSDB, ou DEM, ou outro partido) para valer, ou começar a seduzir seus quadros, ele vai entrar na lenha também, por ser “independente” demais. A velha mídia que hoje o incensa vai desincensá-lo também. Afinal, ele é uma espécie de Cacareco (quem lembra? – e na verdade era uma Cacareca) pós-moderno. Ou, de modo mais elegante, um rinoceronte de Ionesco. O enigma que devora quem o cultua.
Bom, a direita sempre pode contar com as atrapalhações da esquerda. Como isso de propor – logo agora – uma “faxina” no partido (por que não “expurgo”?). Não seria melhor aventar a proposta de um novo Congresso que definisse os rumos programáticos do partido depois da reeleição ou não de Dilma? Ou isso de já querer trocar de candidato agora, in media res? O préstimo divisionista da esquerda está sempre a postos, pronto para ajudar a direita.
E para completar este quadro algo desolador, o Brasil ganhou a Copa das Confederações.
COM DILMA, ELES NÃO FALAM
Presidentes do PSDB, DEM e PPS recusam convite do Palácio do Planalto para participarem de reunião, nesta segunda-feira 1, com a presidente Dilma Rousseff; em pauta estariam sugestões para reforma política; mas estratégia eleitoral para 2014, associada ao histórico do PT de recusar diálogo em momentos de tensão, levam Aécio Neves, José Agripino e Roberto Freire a romperem ponte para solução conjunta de impasse; apenas o PSOL irá; Dilma quer reforma dividida em três blocos; saiba quais são
1 DE JULHO DE 2013 ÀS 11:32
247 – Não haverá bandeira branca entre oposição e governo em torno da crise política aberta pelas manifestações estudantis em todo o País. Na manhã desta segunda-feira 1, os presidentes do PSDB, Aécio Neves, DEM, José Agripino Maia, e PPS, Roberto Freire, confirmaram suas ausências na reunião que seria feita à convite da presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Apenas o PSOL, com seu presidente Ivan Valente e o senador Randolfe Rodrigues, aceitou participar. O encontro tem como pauta a reforma política.
A presidente Dilma está decidida a fazer a reforma política via plebiscito e em três temas, conforme apurou 247.
O primeiro é o que vai sendo chamado no Palácio do Planalto de "geografia do voto", no qual entrará a questão sobre a implantação do voto distrital no País.
O segundo é o "sistema do voto", em que uma indagação sobre o voto em listas de nomes, em lugar do atual sistema proporcional, poderá ser colocada.
E o terceiro trata do "financiamento do voto", capítulo em que, a depender da vontade presidencial, haverá consulta sobre o financiamento público de campanhas.
RECUSA EM BLOCO - O tom da oposição partidária contra o governo vinha ganhando agressividade desde o início do ano, mas agora, definitivamente, qualquer vestígio de ponte entre as duas parte se rompeu. Atuando como um bloco partidário, com ações e comunicados conjuntos, PSDB, DEM e PPS deixaram claro, com a recusa ao chamado da presidente, que a missão de resolver os impasses com a sociedade é dela – e que eles têm uma fórmula bem diferente da que vai sendo apresentada por Dilma, a de uma reforma política por meio de um plebiscito. Tucanos, democratas e socialistas advogam um referendo, a ser realizado após o Congresso propor uma grande emenda constitucional à Carta atual.
Além do aquecimento do debate eleitoral, pesou na decisão dos três partidos o histórico do PT de ter se recusado, no passado, a dialogar em momentos de tensão. Em vários discursos, o presidenciável tucano Aécio Neves lembrou que o partido de Dilma e do ex-presidente Lula se recusou a votar em seu avô Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985, quando estava em jogo a superação da ditadura militar via Congresso, e não assinou a Constituição de 1988. Um troco é dado agora, quando quem precisa de sustentação mais ampla é o PT. Outros virão.
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