Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O fim da operação Lava-Jato?



lava

















Tenho cá com os meus botões que a Operação Lava-Jato, hoje, começou a morrer.

Morte talvez lenta, mas decretada pelos seus próprios agentes.

Pois quando o juiz Sérgio Moro lançou uma tropa de policias federais contra dúzia e meia dos pesos mais pesados de um dos pesos mais pesados da economia brasileira – os mega-empresários da construção civil –  praticou um lance de ousadia que dificilmente poderá sustentar, mesmo com a disposição do governo de investigar a tudo e a todos.

Prisão, ao menos para gente poderosa economicamente, segue ritos processuais que é pouco provável que tenham sido religiosamente seguidos, até porque, ao que consta, não houve busca e apreensão de documentação  que a sustente juridicamente.

Não é o “teje preso” usado para nós, simples mortais, que nem advogados temos, quanto mais as melhores bancas.

Mas, as ações generalizadas de hoje abandonaram, ostensivamente, a gradatividade, a fundamentação e a prudência que se deve ter com “peixes grandes”.

Se o objetivo jurídico for o de conduzir “meio processo” com aqueles  – empresários, dirigentes e ex-dirigentes da Petrobras – que não dispõe de foro privilegiado no STF, o que deixaria o caso, em tese, fora do alcance jurisdicional do Supremo, vai produzir um nada encadernado em vários calhamaços, porque é impossível tratar de corrupção política sem políticos.

Se chegar lá, porque não entra a semana que vem  sem que um caminhão de recursos, habeas-corpus e pedidos de desconstituição de provas caia sobre os tribunais.

E com boas chances de êxito nas mãos de juízes que se pautem, apenas, nos requisitos formais da lei.

Certamente, por alguns dias, o núcleo formado por delegados e promotores do Paraná terá o que vazar  escandalosamente nas páginas dos jornais e da Veja que se se prepara para amanhã.

Mas uso político de um processo judicial esbarra, mais cedo ou mais tarde, no próprio processo judicial.

O poder econômico, no Brasil, pode fazer negócios – e os faz – à direita e à esquerda.

Mas ele está no mesmo campo da mídia e da Justiça: o do conservadorismo político.

A questão não é se os chefes das empreiteiras irrigam a política, porque eles fazem isso há décadas e décadas e em seus favores há meia (meia?) república,

Nem mesmo é se, por esta ou outras falcatruas, bem mereçam detenções ou processos.

Ou, ainda, em que finalmente vai acabar esta tal Operação Lava Jato, porque seus próprios investigadores parecem jogar contra sua sobrevivência jurídica no médio prazo e muito mais nos seus efeitos políticos imediatos.

A questão é se o Governo Dilma consegue se iniciar, se estabilizar e sobreviver à onda que se levantou contra ela.

terça-feira, 10 de junho de 2014

GILMAR: MARCOLA, NUNCA ! DANTAS SÓ DUAS VEZES ! Se acabar com as doações de empresas, o PCC vai tomar conta do Brasil, como já toma de São Paulo.

Como se sabe, o Supremo Tribunal Federal aprovou no início de abril o fim das doações de empresas a campanhas eleitorais.

Com um único voto contra e provavelmente outro, de Gilmar Dantas (*), que pediu vistas.

No Congresso, a proibição de dinheiro de empresas em campanhas marcha vitoriosamente, apesar da oposição ferrenha do grande estadista Eduardo Cunha, que usa argumento do tipo “sem dinheiro das empresas, o PT vai ganhar todas as eleições”.

Raciocínio que parece inspirar o imparcialíssimo ministro Gilmar.

Nesta terça-feira, o Estadão, em estado comatoso, e, desde sempre, uma espécie de “house organ” de Gilmar, oferece a retumbante manchete:

“Eleição sem empresa abre brecha para facções”

“Para vice do TSE (Gilmar) e ministro do Supremo, se doação de pessoas jurídicas for barrada, crime organizado vai se infiltrar nos partidos”.

E o imaculado banqueiro, Daniel Dantas, amigo navegante ?

Como negar os vínculos dele com o falecido PFL de ACM, seu padrinho, com o PSDB (FHC o chama de “brilhante !”) e com o PT ?

(“Fala, Valerio, fala !”).

Sobre a matéria há vasta literatura, a começar pelo irretocável “Operação Banqueiro”, de Rubens Valente, que assegurou: “Sem Gilmar não haveria Dantas”.

Sem falar na heroica “Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior, onde Dantas também aparece, aí, no papel de coadjuvante do clã Cerra.

(Por falar nisso: de que vive o Cerra, amigo navegante ?)

E o RE 680967, aquele recurso extraordinário, que legitimará a Satiagraha e que o presidente Barbosa – que fala grosso com o Dirceu e fino com o Dantas – não leva a julgamento ?

O Marcola é uma ameaça às instituições da Democracia !

Sim !

Como diz o Mino, a São Paulo tucana é o único logradouro do mundo em que o crime se organiza dentro da cadeia…

O Dantas, não !

O Dantas purifica a Democracia !

Quando foi necessário preservá-lo, Gilmar estava lá, com dois providenciais HCs Canguru, em 48 horas, que garantiram os princípios da Probidade e da Justiça como nem a Constituição de 1988 foi capaz de fazer !

(Clique aqui para ver o que a Globo censurou: as provas que Gilmar ignorou para soltar Dantas; aqui para ir à aba “Não me Calarão” e contemplar quantas derrotas o ansioso blogueiro impôs a Dantas; e aqui para admirar a Galeria de Honra Daniel Dantas, inspirada na máxima “diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.)


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para vercomo outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. OLuiz Fucks que o diga.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sem Dilma e sem povo, reforma política é para nada ou para nunca



Lida a mensagem presidencial propondo o plebiscito, a impressão que fica é a de que a Presidenta Dilma quer ir à luta, mas seu Governo prefere um bom conchavo, que faça as coisas “esfriarem” e ir “gastando o tempo” para o final de um jogo que acham que está ganho.
Quem gosta de futebol, sabe o que isso acaba por ocasionar, não é?
Quem olha a política no campo popular, também, porque “os brancos” se entendem e a política fica sendo o que as elites decidem que seja.
O resultado que isso dá está na rua, para quem quiser ver.
Digo que o Governo não quer deixar Dilma falar, porque tudo parece estar sendo dirigido assim. Faz lembrar o Marshall McLuhan, o teórico da comunicação que tornou famosa a tese de que “o meio é a mensagem”, afirmando que a forma do discurso, em lugar de mero veículo de transmissão da mensagem, é um elemento determinante do conteúdo (e seu efeito) da comunicação.
Até mesmo o que ela diz na mensagem às duas Casas do Congresso, para ser lido, depende de “transcrição” da mídia, como faz a Folha: a Presidenta “fala” um parágrafo, o jornal, outro.
Se Dilma não for à TV, falar ao povo, vai continuar “em pdf“, como sua estrutura de comunicação a colocou.
E o que diz a Presidenta, quase desaparecida em meio às imagens e salamaleques das figuras da foto (que vale por mil palavras)?Não resisto a colocar outra semelhante, para que a gente sinta mesmo como será (ou seria) uma reforma política na mãos dessa gente.
Bem, primeiro é preciso vencer a dificuldade de que o texto dela só está disponível, na íntegra, no PDF da Câmara, legível apenas como imagem, que coloquei no post anterior.
Feito isso, a mensagem se inicia com uma avaliação das manifestações de rua, com a Presidenta apoiando as reivindicações de melhores serviços de transporte, saúde, educação, mais combate à corrupção e mudança na representação política.
E diz que a reforma política “é imprescidível” e que o plebiscito é a consulta popular “recomendável quando as formas de representação política dão sinais de que precisam ser renovadas”.
Ataca a ideia de fazer isso por referendo em lugar de plebiscito: “ A simples manifestação de concordância ou discordância popular com um modelo já predefinido pode afastar a sociedade da ampla discussão dos alicerces e princípios que deverão orientar a renovação do sistema de representação política”.
Repele a afirmação de Aécio Neves e outros tucanos de que o plebiscito “é uma construção muito complexa”: “”Argumentos que buscam imputar ao povo a uma impossibilidade de compreensão da melhor forma de representação não podem prevalecer em um estado democrático de direito como o nosso”.
E elenca os pontos que quer ver no plebiscito:
  • a forma de financiamento das campanhas eleitorais, de modo a permitir uma avaliação do modelo atual que o povo possa comparar suas vantagens e desvantagens com relação ao financiamento exclusivamente público, que o povo possa fazer comparação semelhante com o modelo misto, em que os candidatos recebem recursos públicos e recursos de fontes privadas, com ou sem restrições”;
  •  a definição do sistema eleitoral, em que se faça uma opção entre o sistema proporcional como é voto majoritário para a eleição de parlamentares, o voto em lista fechada ou flexível ou então o voto em dois turnos como propõem entidades da sociedade civil”;
  • “a continuidade ou não da existência de suplência nas eleições para o Senado Federal”;
  • “a manutenção ou não da existência de coligação partidárias para a eleição de deputados e vereadores”;
  • “o fim ou não do voto secreto no parlamento”.
A mensagem termina com um “recado” aos presidentes da Câmara e do Senado: “Aproveito para informar a Vossa Excelência que formulei consulta à Presidenta do Tribunal Superior Eleitoral sobre prazos e procedimentos para a realização do plebiscito aqui proposto”.
Bom, terminada a proeza de ler, sem intermediários o que a Presidenta disse – a Helena Chagas não deve ter datilógrafo na Secom, mas a gentejá cola o texto aqui ao final, com nossos cumprimentos a Secom – o que fica é: o plebiscito é o debate público, mais do que o que o Congresso vá fazer.
Porque o Congresso não fará nada se não houver pressão política, como nunca fez.
Ou, se fizer algo, fará o nada, que é sua mais frequente obra.
A mensagem
Sr. Presidente,
 
Nas últimas semanas, milhões de brasileiros e brasileiras, em particular os jovens, saíam as ruas reivindicando a melhoria dos serviços públicos, do transporte urbano, na saúda, na Educação, no combate à corrupção e mudanças no sistema de representação política.
 As manifestações demonstraram, de forma inequívoca, a força e o caráter irreversível do processo de consolidação de uma democracia participativa em nosso país.
 Assinalaram também que, apesar de termos vivido um período inédito de crescimento econômico com inclusão social nos últimos 10 anos, nossa sociedade exige hoje novas formas de atuação dos poderes do Estado, em todos os níveis federativos, seja para a satisfação e ampliação de direitos individuais e coletivos, seja para garantir plena cidadania a todos. 
 Cabe às instituições representativas não só comemorar mais esse avanço democrático, mas também dar adequada resposta à voz das ruas, buscando o diálogo e a celebração de pactos que possibilitem a construção de caminhos para o atendimento das demandas apresentadas. 
 Foi com esse objetivo que iniciamos um processo de diálogo com os chefes dos demais poderes, com governadores, prefeitos e representantes dos mais diversos segmentos da sociedade civil. Como decorrência desse processo, um amplo entendimento foi esboçado entre os entes federativos, permitindo a conjugação de esforços para o enfrentamento dos graves problemas existentes nas áreas da mobilidade urbana, da Saúde e da Educação.
 É nessa mesma perspectiva que julgamos imprescindível um amplo e imediato esforço conjunto para renovação do sistema político brasileiro. Muito empenho já houve par que esse sistema fosse reformulado. Mas, até o momento, todos os esforços, lamentavelmente, não produziram resultados significativos. 
 Por isso, considerando a necessidade de fortalecer o nosso sistema político, sugerimos à vossa Excelência que submeta ao Congresso Nacional a realização de uma consulta popular, na forma de Plebiscito, para que o povo se pronuncie sobre as linhas mestras que devem balizar a Reforma Política que o país tanto necessita.
 A consulta popular é recomendável quando as formas de representação política dão sinais de que precisam ser renovadas.
 A adoção de forma plebiscitária para essa consulta popular nos parece a melhor dentre as alternativas admitidas pela constituição. A simples manifestação de concordância ou discordância popular com modelo já pré-definido pode afastar a sociedade da ampla discussão dos alicerces e princípios que deverão orientar a renovação do sistema de representação política. 
 Argumentos que buscam imputar ao povo uma impossibilidade de compreensão da melhor forma de representação não podem prevalecer em um estado democrático de Direito como o nosso. Do mesmo modo, é importante observar a realização de uma consulta plebiscitária em nada colide ou inviabiliza a iniciativa popular de projetos de lei que tenham por objetivo a reforma do nosso sistema político, como vem sendo realizada por diversas entidades da sociedade civil. 
 Apesar de garantidas no texto da Constituição de 1988, temos utilizado muito pouco as medidas democráticas que permitem a manifestação direta da vontade popular. 
 Finalmente, julgo oportuno ponderar à Vossa Excelência que a realização de um Plebiscito nos termos propostos deveria singir-se a questões que definam aspectos centrais do futuro modelo de representação política a ser elaborado pelo Congresso Nacional.
 A nosso ver, ao lado de outros ítens que poderão vir a se oportunamente apontados por deputados e Senadores, em princípio, merecem ser considerados alguns pontos de fundamental importância: 
 A) A forma de financiamento das campanhas eleitorais, de modo a permitir uma avaliação do modelo atual. Que o povo possa comparar suas vantagens e desvantagens com relação ao financiamento exclusivamente público. Que o povo possa fazer comparação semelhante com modelo nisto, em que os candidatos recebem recursos públicos e recursos de fontes privadas, com ou sem restrições; 
 B) A definição do sistema eleitoral, em que se faz como opção entre o sistema proporcional como é hoje, o voto distrital puro ou misto, o voto majoritário para a eleição de parlamentares, o voto em lista fechado ou flexível, ou, então, o voto em dois turnos como propõem entidades da sociedade civil;
 C)A continuidade ou não da existência de suplência nas eleições para o Senado Federal;
 D) A manutenção ou não da existência de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores;
 E) O fim ou não do voto secreto no Parlamento.
 São estas, Sr. Presidente, as sugestões que coloco à alta apreciação de Vossa Excelência e do Congresso Nacional para serem levadas à Consideração popular, se o Legislativo decidir-se pelo Plebiscito.
 
Aproveito para informar à Vossa Excelência que formulei consulta à presidente do Tribunal Superior Eleitoral sobre prazos e procedimentos para a realização do Plebiscito aqui proposto. 
 
Reitero à Vossa Excelência meus protestos de elevada estima e consideração”.
(assinado) Dilma Roussef
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 1 de julho de 2013

COM DILMA, ELES NÃO FALAM

terça-feira, 25 de junho de 2013

Constituinte da Dilma é pra fechar o caixa 2!


O pessoal que gosta de ir de borzeguins ao leito vai detestar, mas qual deve ser a essência da reforma política que a Constituinte exclusiva – não adianta a direita chorar, “a nega tá la dentro”, golaço de Dilma em tabelinha com Lula! – fará?

Fácil! Lutar contra o poder econômico nas eleições e, portanto, nos partidos, na política e nos governos!
E, portanto, contra a corrupção generalizada.
E, para isso, vamos ter de falar as coisas com toda a clareza, sem meias-palavras.
Só um completo alienado não sabe que não mais que uma meia-dúzia de senadores, deputados e vereadores se elege sem gastar milhões – e milhões aí não é força de expressão, é grana mesmo – de reais.
Em todos os partidos, sem exceção, ouviu, D. Marina Silva.
Doações dentro da lei – estas, há outras – mas que não são gratuitas.
(Aliás, tem umas contas de campanha que parecem livro de ficção, feito a  de um candidato a prefeito de uma grande cidade que declara ter gasto R$ 6 mil em programas de televisão. Deve ter gravado no celular, não é?)
É isso o que quer dizer a negativa do financiamento público das campanhas: cada um gasta o que consegue e, é lógico, vai conseguir com quem quer recuperar em dobro, triplo ou décuplo o que “investiu” nos seus candidatos.
Quer entender o preço das passagens e das obras públicas? Cherchez l’argent.
E se o “infeliz”, por acaso, não corresponder direitinho às expectativas dos financiadores, “vai pro saco” nas próximas eleições.
Até há gente que consegue separar o que é dinheiro de campanha do que é seu, pessoal, mas são cada vez menos…
O povo elege governantes, como Lula e Dilma que se vêm, muitas vezes, aprisionados por um legislativo que não apenas é eleito assim como só pensa nisso para se reeleger.
Não pode haver reforma política moralizadora sem isso, como não pode haver moralização do exercício da política e do governo com o voto distrital no Brasil.
Voto distrital, aqui, é voto de curral, dado em troca do asfalto, do “centro social”, da manilha, das práticas políticas que um povo abandonado por séculos, claro, preza e utiliza, porque não há outras.
E isso não é corrupção?
Sem voto distrital, prefeito, governador e Presidente já têm – alguns com muito gosto – de cooptar vereadores, deputados e senadores desta forma, imagine quando o eleitor de  Quixeramobim da Serra tiver de escolher apenas com o critério de “quem deu mais obras”?
Alguém duvida do esforço de Lula e, hoje, de Dilma, em se equilibrarem pressionados por um Congresso ávido por emendas, emendas, emendas? Isso quando não são pressões tão diretas como escusas, como se viu no caso da MP dos Portos.
Terceiro ponto: equilíbrio no uso das comunicações de massa. Televisão e rádio são concessões públicas: pertencem a todos e não podem, portanto,  privilegiar uns em detrimento dos que não lhe agradam.
Porque isso também corrompe. Nem sempre o bolso, mas inevitavelmente interfere na formação da consciência e da escolha popular.
Precisamos ser diretos e sinceros ao mostrar isso, sobretudo, aos jovens.
O Brasil tem um governo popular apesar da maioria dos políticos, não por causa deles.
E idem da mídia brasileira, que pode ser tudo, menos “ficha-limpa”, a começar da Globo, que engordou com a cumplicidade à ditadura e continua se fartando do dinheiro público, com publicidade e isenções de impostos.
Privilégio que, quando alguém ameaça, dizem estar “perseguindo a imprensa livre”.
Está certo que a Presidenta não possa falar assim nem Lula deva sair por aí cantarolado aqueles “300 picaretas”.
Mas nós não vamos deixar com que os picaretas da política e da mídia venham com essa cantilena de “inconstitucionalidade” quando o que querem é que permaneçam estruturas políticas corrompidas e, que, por serem assim, são dóceis e submissas ao poder econômico e indiferentes ao povo brasileiro.
Por: Fernando Brito

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Henrique Fontana: Estadão se nega a publicar artigo em que rebato José Serra



por Henrique Fontanaem seu blog

No dia 11 de abril, José Serra publicou artigo no jornal O Estado de São Paulo defendendo algumas posições a cerca da reforma política, mas, substancialmente, fazendo críticas a proposta que defendo, pela qual tenho trabalhado muito nestes últimos dois anos e que continuarei trabalhando para que um dia seja votada no plenário da Câmara.
Por óbvio, eu não concordo com a maior parte das opiniões de Serra sobre o assunto. O problema central, é que no texto Serra me chama de golpista, aliás, de forma arrogante e autoritária, postura típica daqueles que tem dificuldade de debater ideias diferentes com espírito democrático.
Não sou golpista, e a minha história de vida atesta isso. O trabalho que fiz ao longo destes anos no intuito de buscar alternativas para melhorar o sistema político do país está à disposição para ser analisado por todos vocês.
Fiz centenas de reuniões com todas as bancadas, mais de uma vez com cada uma, com diferentes setores e instituições da sociedade para tentar chegar a uma proposta que fosse a melhor possível para garantir a votação e um momento onde todos os partidos e parlamentares pudessem se manifestar sobre cada ponto da reforma. E tenho convicção de que chegamos a uma proposta capaz de tornar a democracia brasileira mais forte e mais justa. Lamento a decisão tomada pela maioria dos líderes no último dia 9 de abril.
Mas para contrapor o artigo de José Serra, escrevi um texto apresentando meus argumentos em favor da reforma política e rebatendo as críticas do ex-governador.
Infelizmente, os editores do Estadão decidiram não me conceder o mesmo espaço que o jornal concedeu ao José Serra. Também lamento esta decisão antidemocrática do jornal e, por isso, publico aqui os dois textos para que todos tenham acesso e possam tirar suas próprias conclusões.

*****
Reforma ou golpe?
por José Serra
Ainda bem que a Câmara dos Deputados parece ter sepultado a proposta de reforma política petista, cujo relator era o deputado Henrique Fontana (PT-RS). O ruim – o modelo que temos – ainda é melhor do que o pior, representado pela proposta que o PT pretendia enfiar goela abaixo do País, já que não houve debate a respeito. Reforma política? Era mesmo isso o que se pretendia?
Há distinções claras entre revolução, reforma e golpe. A primeira convulsiona a sociedade, conquista a maioria dos que padecem sob a ordem vigente, lança no imaginário coletivo amanhãs redentores e faz novos vencedores. Nas revoluções virtuosas, os oprimidos de antes não se tornam os opressores do novo regime, mas os libertadores das potencialidades do futuro. Penso, por exemplo, na Revolução Americana.
Golpe, em qualquer lugar e em qualquer tempo, é uma reação dos que se veem ameaçados pela emergência de novos atores na cena política ou buscam perpetuar-se no poder eliminando os adversários.
O golpe é sempre reacionário – seja o de 1964 no Brasil, o de 1973 no Chile ou os de 1966 e 1976 na Argentina. Ou o que matou César.
E a reforma? É uma tentativa de mudança pacífica, que procura não fazer nem vitoriosos nem derrotados. Não se trata de virar a mesa ou de banir da cena os adversários tornados inimigos. Uma reforma não privilegia grupos, mas busca o bem-estar coletivo – ainda que eu saiba que esse espírito anda em baixa nestes dias. Nos últimos anos o Brasil tem vivido sob a égide das “reformas”, sempre necessárias, mas jamais levadas a efeito. Uma das que mais mobilizam as consciências é a “reforma política”, que, na versão do PT, foi sepultada na noite de terça-feira. De fato, os petistas não queriam uma reforma, mas um golpe.
O PT queria aprovar, por exemplo, o financiamento público exclusivo de campanha, que tem seduzido muitos incautos. Segundo o relatório do deputado Fontana, as campanhas eleitorais seriam pagas na sua totalidade com o dinheiro dos contribuintes, por meio do Tesouro Nacional. O TSE estabeleceria o montante, mas o Congresso e o Executivo tomariam a decisão final na aprovação do orçamento.
A direção do PT, partido que levou o uso do caixa 2 ao paroxismo na vida pública brasileira, apresenta a solução do financiamento público para combater o… caixa 2! Pretende assim, diante da opinião pública e de sua militância menos informada, maquiar a própria história. Mas isso é só uma patranha. O golpe estava em outro lugar.
No projeto, a distribuição dos recursos para o financiamento público levaria em conta a representação na Câmara dos Deputados e, principalmente, o volume de votos obtidos na eleição anterior, fator que beneficiaria, é evidente, o PT. Até o PMDB, que tem uma grande bancada, mas não o maior número de votos dos eleitores, seria condenado a uma progressiva inanição, que só beneficiaria o partido que está no centro do poder de fato, o PT, que domina a máquina pública federal e controla as estatais e seus fundos de pensão.
Com essa proposta, aos cartórios já existentes, do Fundo Partidário e do tempo de TV, se somaria um terceiro, pantagruélico, gigantesco, faminto: o do fundo público de financiamento de campanhas eleitorais. Não custa lembrar que no sistema atual os partidos já recebem quase R$ 300 milhões por ano do Fundo Partidário. A essa montanha de dinheiro se soma a renúncia fiscal, pela qual o Tesouro Nacional remunera as emissoras de rádio e televisão pelo horário eleitoral, que de gratuito não tem nada – na eleição do ano passado custou R$ 600 milhões. Tudo isso é, insisto, dinheiro público, já distribuído segundo o tamanho das bancadas.
Em essência, o projeto do PT era continuísta e buscava fortalecer apenas a si mesmo, golpeando, assim, as possibilidades de alternância de poder. Imaginem se um projeto como esse fosse apresentado quando o partido tinha apenas oito deputados. Seus militantes sairiam às ruas gritando… “golpe!”. No entanto, como eles tiveram em 2010 o maior volume de votos para deputado federal, seus dirigentes chamam de verdadeira revolução o que não era nem sequer uma reforma.
O leitor de boa vontade, enfarado com os desmandos e a roubalheira, poderia ver-se seduzido pela proposta: “E o caixa 2? Não é bom eliminá-lo?”. Claro que sim. Mas o projeto não tinha esse condão, pois a legislação atual já o proíbe. Ora, se com as doações privadas permitidas já existem os “recursos não contabilizados”, o que aconteceria se elas fossem proibidas? Haveria uma verdadeira inundação de dinheiro ilegal na campanha.
É também falaciosa a tese de que o financiamento exclusivamente público evitaria compromissos espúrios entre financiadores de campanha e políticos. Ora, hoje em dia, ao menos uma virtude há: os doadores são conhecidos. Caso se instituísse o caixa 2 como princípio de fato – esse seria o efeito deletério e fatal do que propõe o PT –, nem mesmo tal controle existiria. As eleições seriam ainda menos transparentes.
Os demais partidos teriam de suportar limites estreitos, de cujos efeitos, no entanto, o PT conseguiria desviar-se. Pesaria ainda mais, por exemplo, a importância do “caixa 3″, representado pela mobilização de recursos de entidades-satélites do partido, como ONGs, sindicatos, centrais sindicais, que fazem campanha para a legenda e seus candidatos sem ter de prestar contas à Justiça Eleitoral.
Uma reforma política de verdade procuraria aperfeiçoar o mecanismo de representação, aproximando mais o eleito do eleitor. A sociedade seria chamada a debater, entre outros temas relevantes, o voto distrital – um poderoso fator de aperfeiçoamento da democracia e de drástica redução de custos das campanhas. Em vez disso, depois de perder três eleições e vencer outras três com o financiamento privado, o PT empenhou-se em criar um mecanismo que tornasse a sua derrota, se não impossível, muito difícil. A Câmara disse “não”, em boa hora, ao projeto que não era reforma, mas golpe.

*****
A inadiável reforma política
por Henrique Fontana
José Serra cultiva com frequência uma forma peculiar de debater ideias em nosso sistema político: do seu lado estão os valores da “verdadeira democracia”; do outro, os golpistas que querem eliminar os adversários. Acredito que a linguagem maniqueísta não é adequada para debater ideias em um ambiente democrático, aliás, não foi desta forma desrespeitosa e arrogante que fui recebido nas inúmeras reuniões que fizemos com a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, sempre muito civilizadas.
O debate político ganharia muito se todos aqueles que estão realmente interessados em aperfeiçoar nosso sistema político se debruçassem sobre um fato inegável da democracia brasileira: o avassalador crescimento do peso do poder econômico nas campanhas eleitorais. Em 2002, os gastos declarados por partidos e candidatos nas campanhas para Deputado Federal alcançaram R$ 189,6 milhões; em 2010, esse valor chegou ao montante de R$ 908,2 milhões, um crescimento de 479% em oito anos. Com maior intensidade, os gastos declarados nas campanhas presidenciais passaram de R$ 94 milhões, em 2002, para R$ 590 milhões, em 2010, um crescimento de 628% em oito anos.
Como economista, Serra deveria esclarecer a população de que hoje ela já paga por cada centavo das campanhas bilionárias que meu projeto visa baratear. Ou alguém pensa que quando uma empreiteira coloca 50 milhões na eleição ela não embute esse valor no preço das obras que são pagas com os recursos do contribuinte? Seria preciso ser muito ingênuo para acreditar que esses generosos doadores não exigirão dos candidatos que criteriosamente escolheram financiar algum tipo de contrapartida para o apoio conferido nas campanhas eleitorais, na forma de relações privilegiadas, podendo chegar a contratos superfaturados ou desvios de todo tipo nas relações com o Estado. O custo das campanhas eleitorais é como um imposto: quem paga é sempre o cidadão.
Nesse sistema, apenas os candidatos que contarem com generoso aporte dos recursos dos financiadores privados – as 72 grandes empresas que contribuíram com um bilhão de reais nas eleições de 2010 – terão chances efetivas de vencer uma eleição. Assim, muitas vocações de autênticos líderes e representantes populares não poderão aflorar, pois terão suas carreiras políticas ceifadas na origem, pela ausência de recursos para financiarem suas campanhas e defenderem os legítimos interesses da população que mais necessita da ação estatal na forma de bens públicos. É essa a democracia que convém ao nosso país?
Os dados das últimas eleições nacionais são muito claros nesse sentido: dos 513 deputados federais eleitos em 2010, 369 foram os que mais gastaram nos seus estados, o que representa 71,93% da Câmara. Foi para enfrentar essa realidade que, nas últimas legislaturas, diversos partidos, em sintonia com as posições defendidas por expressivos setores da sociedade civil (OAB, CNBB, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e outras organizações sociais) se debruçaram em torno da elaboração de diversas propostas de financiamento público das campanhas eleitorais. Será que essas entidades também podem ser tachadas de golpistas?
Esse debate, que não é propriedade de nenhum partido, não se encerrará em função da decisão momentânea dos que optaram por continuar com as distorções do modelo atual. Os problemas de nosso modelo de financiamento aparecerão com força revigorada nas eleições de 2014, se nada for mudado. Se, em vez de desqualificar seus opositores, o autor estudasse a fundo a proposta reconheceria que no sistema atual os maiores partidos são os que mais arrecadam dos financiadores privados, o que gera grande desigualdade entre os concorrentes.
Não consegui encontrar ao longo do texto de José Serra os argumentos para defender o sistema de financiamento privado que temos hoje no Brasil. Faltaram as frases para explicar por que seria positivo que empreiteiras, bancos e outras grandes empresas possam usar seu poder econômico para definir livremente quem querem financiar. Ou a sustentação de que esses financiamentos não têm trazido problema algum para a democracia brasileira, isto é, nenhum caso de corrupção que o país vivenciou nas últimas décadas teria qualquer relação com o financiamento privado das campanhas eleitorais.
Em seu artigo, Serra repete uma velha fórmula de fazer política em nosso país: critica fortemente a proposta de seu adversário para sepultá-la o mais rápido possível, ainda que tenha pouco para contribuir com a melhoria do sistema atual. Somente no último parágrafo, depois de defender ao longo do texto a continuidade do financiamento da democracia brasileira por empreiteiras, bancos e outras grandes empresas, ele apresenta sua única proposta de reforma política: o voto distrital.
Em nossa opinião, além da desproporcionalidade entre os votos e as cadeiras conquistadas pelos partidos e da “paroquialização” da disputa política, o sistema distrital produzirá entre nós aguda concentração de poder em torno de duas ou três grandes agremiações, como já ocorre no Reino Unido e nos Estados Unidos, em função do voto útil, típico das disputas majoritárias. Talvez o modelo de democracia ideal defendido por Serra seja um sistema com três grandes partidos (o PT, o PMDB e o PSDB), o que considero inviável no Brasil. Nosso partido soube crescer e elegeu por três vezes o Presidente da República no contexto das regras vigentes, mas queremos mudá-las porque acreditamos que estas não são as mais justas e democráticas.
Em função dos agudos problemas do sistema vigente, o debate sobre o financiamento das campanhas veio para ficar em nosso país. Alguns atores defendem a proibição das doações de Pessoas Jurídicas, o que já seria um avanço, outros se mobilizam para estabelecer um teto para os gastos de cada campanha, previsto pela legislação eleitoral, mas nunca regulamentado pelo Congresso. Nas inúmeras reuniões com vários partidos, percebo a preocupação crescente com a influência desmesurada do poder econômico no campo político. Ao contrário de José Serra, que prefere o status quo, tenho certeza de que encontraremos o modelo mais adequado para financiar as campanhas eleitorais no país.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CPMI do Cachoeira reforça necessidade da reforma política, dizem deputados

Para vários deputados que ocuparam a tribuna durante a Sessão do Congresso Nacional desta terça (24), o atual sistema político brasileiro favorece as relações entre crime organizado e agentes públicos, por meio do financiamento privado de campanhas milionárias. O exemplo citado foi o do senador Demóstenes Torres, suspeito de receber dinheiro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, diretamente e via empresas integrantes do esquema.

Brasília - Deputados de diferentes partidos defenderam a urgência da realização de uma profunda reforma política no país, durante a Sessão do Congresso Nacional, realizada na noite desta terça (24), para oficializar a nomeação dos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criada para investir as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e grupos privados.

“É por não termos feito uma reforma política que estamos aqui fazendo esta CPMI. Se tivéssemos partidos fortes e financiamento público de campanha, não estaríamos aqui”, afirmou o deputado Fernando Ferro (PT-PE). Ele lembrou que o financiamento privado de campanha é a principal arma adotada pelos corruptos para aliciar agentes públicos para trabalhar em prol de seus interesses.

“É preciso recordar que esta CPMI surgiu para apurar o envolvimento do senador Demóstenes Torres [ex-DEM] com Cachoeira e outros grupos privados, incluindo setores da mídia, como é o caso da revista Veja. E os grupos privados que estão por trás dessa CPMI não são solitários. Estão por trás de uma rede que tenta se apropriar do aparelho do estado”, denunciou.

Para o deputado Amauri Teixeira (PT-BA), a Comissão deve apontar e punir os culpados, mas precisa ir além. “Esta CPMI tem por obrigação propor soluções para extrair a raiz do mal. E a raiz do mal é o financiamento público de campanha. Temos que acabar com a ingerência do capital na política brasileira. E as empreiteiras as principais responsáveis pela corrupção no país”, afirmou ele, referindo-se à construtora Delta, apontada como parte integrante do esquema de corrupção liderado por Cachoeira.

Teixeira destacou também a necessidade do parlamento aprovar uma nova legislação anticorrupção, que puna não só os agentes públicos envolvidos em esquemas ilegais, mas também os corruptores, como propõe o relator do projeto de lei anticorrupção que tramita na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). “Temos que punir também aqueles que corrompem”, enfatizou.

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), foi outro que ressaltou a importância da CPMI pautar a necessidade da reforma política. E citou o artigo “Sobre a corrupção”, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, publicado pela Carta Maior, para fundamentar sua defesa. “Precisamos acabar com esses financiamentos milionários de campanhas”, ressaltou. Segundo ele, o financiamento privado resulta em escândalos como o que envolve a construtora Delta.

O deputado Marçal Filho (PMDB-MS) também abordou a associação entre corrupção e financiamento privado das campanhas. “A corrupção só vai acabar com uma profunda reforma política neste país”, resumiu. Já o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), defendeu a importância de se aprovar o fim do voto secreto no parlamento e do foro privilegiado.

Críticas da oposição
Na contramão, o líder da minoria, deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), resumiu a linha que deverá pautar os trabalhos da oposição: desqualificar a CPMI, acusando-a de “submissão ao governo” e de configurar instrumento para atentar contra a “liberdade de imprensa”. O deputado classifica a CPMI de “chapa branca” por ela comportar maioria de membros da base aliada. E a acusa de tentar cercear a liberdade de expressão por prever a investigação do envolvimento de veículos de comunicação no esquema de Cachoeira.

Para o Thame, convocar profissionais da imprensa para depor na Comissão constitui crime de atentado à liberdade de imprensa tão grave como assassinar jornalistas. Ele chegou ao extremo de comparar uma possível convocação dos jornalistas envolvidos com Cachoeira ao assassinato do jornalista maranhense Décio Sá, ocorrido esta semana.

Escalação dos membros
A escalação dos integrantes da CPMI foi anunciada pela presidente em exercício do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-PA). Serão 32 titulares, 16 senadores e 16 deputados, e igual número de suplentes. A presidência ficou a cargo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PA) e a relatoria, com o deputado Odair Cunha (PT-MG). Pelo regimento da Casa, as indicações do presidente e do relator cabem aos partidos de maior bancada. O número de integrantes de cada bancada também obedece a critérios de proporcionalidade (confira aqui os indicados).

Dezenas de deputados e senadores que não assinaram a lista de pedido para abertura da CPMI justificaram em plenário o motivo da ausência dos seus nomes, e pediram inclusão na lista. Segundo eles, o fato da CPMI ter sido criada em tempo recorde dificultou a mobilização. Caso, por exemplo, do deputado Marcal Filho, que participava de missão oficial no exterior, na companhia de outros seis parlamentares.

A CPI será instalada oficialmente nesta quarta (25), a partir das 10 horas, na Ala Nilo Coelho do Senado.