Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Reflexões de um forte candidato a Presidente! Eleição direta não basta!​

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Conversa Afiada reproduz reflexões matutinas de um forte candidato a Presidente da República.
Porque, como disse o ansioso blogueiro na TV Afiada "Se o Lula não for candidato... estatizar a Globo!", está cedo para escolher um candidato: porque candidato tem!
A gente acha!
Por exemplo:
O desgoverno Temer acabou. Mas​,​ e o dia seguinte? O que fazer? Eleições diretas já são importantes, mas não são suficientes.

Com o atual sistema, o provável é que, no Parlamento, se reproduza o quadro atual, com influência aberta ou velada de interesses econômicos (inclusive econômico-religiosos ou econômico-midiáticos).

As condições que geram a ingovernabilidade - e que estão na raiz dos escândalos e das crises recentes - persistirão. Ao lado das diretas já para Presidente, temos que ter uma "Constituinte exclusiva já", eleita sob regras novas.

A questão é quem as estabelece?

O STF com base no que já se vinha discutindo (lista fechada, cláusula de barreira, financiamento público)?

Parece difícil.

Ou outro mecanismo nascido da sociedade civil, com participação da CNBB, a própria OAB (que parece haver despertado), sindicatos e outra associações?

Para falar a verdade, não sei. Acho que ninguém sabe.

Mas​,​ se não aproveitarmos a crise mais profunda da nossa ​H​istória desde o golpe de 1964 para reformar em profundidade o sistema político eleitoral, não sairemos do pântano, mesmo que consigamos (o que não é certo) eleger um presidente progressista e reformador.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Reforma Política: só com Lula na rua

A pouco mais de cem dias das eleições a rotatividade na política brasileira é tão intensa que fica difícil acompanhar o sopão das siglas que se misturam.

por: Saul Leblon 

Instituto Lula















A pouco mais de cem dias das eleições de outubro a rotatividade na política brasileira é tão intensa que fica difícil acompanhar o sopão das siglas se misturam pela manhã para se dissociarem à noite.

O ziguezague forma um caldeirão desprovido de qualquer  coerência retrospectiva ou prospectiva, para não falar de referencias de somenos importância, como história, ideologia, programas ou projetos de nação.

O cenário político estilhaçado é um dos gargalos à continuidade do desenvolvimento brasileiro, que requer o lastro de amplas maiorias para seguir em frente.

Hoje, é essa lava de interesses incandescentes que modela a composição e a lógica do Congresso brasileiro.

Vinte siglas se digladiam ali num jorro desordenado a equiparar a coerência programática de qualquer governante ao desafio de conduzir um trem longe dos trilhos.

Todos os governantes e todos os partidos são reféns dessa montanha russa desengonçada que compõe o sistema político brasileiro.

O sobe e desce abrupto nos dias que correm tem provocado  sugestivas manifestações de enjoo e indigestão.

O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, por exemplo.

Ex-demo, ele  classificou de ‘bacanal’ a possível junção entre PMDB, seu atual partido, e o PSDB,  na disputa pelo governo do Estado.

Dias antes, fora a vez de a palavra ‘suruba’ dar o ar da graça no noticiário, para classificar o apoio do PSB ao PT na mesma disputa fluminense. O desabafo veio então do deputado federal pelo PSB, ex-verde, Alfredo Sirkis.

Beirando o despudor em relação ao eleitorado, ao contribuinte e à democracia, o  presidenciável Aécio Neves esponjou-se nesse ambiente carregado de cenas explícitas de promiscuidade.

O tucano exortou os convivas a um comportamento que ilustra o seu conceito de retidão republicana e respeito ao país e ao povo: ‘Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado’, disse esse que se anuncia um cruzado mudancista na vida política nacional.

A sucção tem funcionado bem no seu nariz, mais precisamente em São Paulo, onde Alckmin apunhala Serra e ‘aspira’ Kassab, do PDS --que apoia Dilma--  para candidato a senador, na vaga do PSDB.

Foi no âmbito desse corso financiado pelo dinheiro privado  –com todos os complementos daí decorrentes--  que a discussão sobre a ‘corrupção petista’, catalisada pelo julgamento da AP 470, assumiu contornos de um imenso biombo.

Savonarolas de biografias inflamáveis e togas coléricas cerraram fileiras para fazer desse episódio  uma nuvem de fumaça capaz de desviar a atenção daquilo que o circunstanciava e decifrava: a urgência de uma reforma política para  libertar a democracia da subordinação a interesses que se impõem à revelia das urnas.

Alertas como os feitos atualmente por dirigentes do PT e membros do governo  --que advertem para a disseminação do estigma conservador, que colou no PT  o carimbo de corrupção --   são benvindos.

Mas correm o risco de perder a força renovadora que carregam, sempre que cederem lugar ao lamento reiterativo, em detrimento da mobilização por uma Constituinte destinada a promover uma mudança efetiva na política do país.

Lula, em vídeo recente em defesa dessa bandeira (https://www.youtube.com/watch?v=q1X66PR3KZ), foi eloquente em evocar a sua importância como um divisor na história brasileira.

“Para o Brasil continuar mudando, é preciso garantir a legitimidade das instituições e acabar com a interferência do poder econômico nas eleições”, afirmou reiterando que ela é ‘cada vez mais necessária e urgente; um clamor, que nasce das ruas, que vem da sociedade’.

O ex-presidente que deixou o governo com 80% de apoio popular pede adesão a um manifesto que pretende reunir 1,5 milhão de assinaturas para propor ao Congresso Nacional a convocação de uma Constituinte, exclusiva e soberana, com essa finalidade.

 A manifestação é convincente e ilustrativa da centralidade que a radicalização da democracia passou a ocupar na visão petista do que é prioritário – indispensável-- para destravar o passo seguinte desenvolvimento brasileiro.

Mas carece, ainda, de um lastro mobilizador efetivo.

A ausência desse requisito reflete certa prostração do campo progressista, que hesita em transformar o  aggiornamento histórico de suas reflexões em mobilizações de massa, necessárias para alterar, de fato, a correlação de forças que está na origem dos impasses brasileiros.

Intervenções como a de Lula terão a força requerida pelo objetivo a que se propõem, quando forem parte de um engajamento prático.

Uma determinação feita de agendas, comícios e caminhadas, claramente traduzidos em locais e datas que ofereçam alternativas à participação organizada de amplas esferas da sociedade, para além da franja dos iniciados.

Não apenas isso.

É indispensável  explicitar o vínculo entre democracia e superação da encruzilhada do desenvolvimento do país.

Portanto, entre reforma política e retomada do crescimento brasileiro.

Trata-se de rejeitar a mística conservadora de uma estabilidade em si da economia, fruto da terceirização dos destinos da sociedade aos impulsos dos ‘livres’ mercados.

Em primeiro lugar, a ideia de um capitalismo em equilíbrio é uma contradição nos seus próprios termos.

No capitalismo, a estabilidade reivindicada pela ortodoxia equivale, na verdade, à paz salazarista dos cemitérios, na qual o povo faz o papel de defunto e o dinheiro grosso, o de coveiro.

A retomada do crescimento por aí tem outro nome: concentração de renda; expropriação de direitos trabalhistas; regressão social e alienação do patrimônio público.

É o oposto do compromisso com a melhoria efetiva da qualidade de vida das amplas massas brasileiras.

 Só há uma receita econômica compatível com esse pacto: aquela que entende o desenvolvimento como um processo histórico de transformação da sociedade, o que implica superar estruturas existentes e criar outras novas.

Isso não se faz a frio.

 Ao contrário do que sugerem os dogmas neoliberais apregoados pelo jornalismo isento, quem determina a coerência macroeconômica nesse processo é a correlação de forças de cada época.

Dito de forma muito clara: para romper os torniquetes do dinheiro grosso é necessário poder; e poder hoje no Brasil implica subtrair espaços do mercado em favor da democracia.

Quem pode propiciar isso  é uma reforma política que amplie os canais de participação popular e assegure maior legitimidade à representação da sociedade.
Lula disse em recente encontro de blogueiros, em maio, que ela virá das ruas.
E ela só virá das ruas se Lula estiver nas ruas.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

LULA FAZ A DEFESA DA POLÍTICA Lula quer uma Reforma Política.

Como se sabe, os trombones da Big House falam mal da Política.

Preferem que os economistas de bancos, os ministros (alguns) do Supremo e os colonistas (*) do PiG (**) governem os brasileiros.

É que eles não têm voto.

Preferem o Golpe.

Lula prefere a Política:

PARA LULA, ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE MOSTROU O PRIMADO DA POLÍTICA



“Os partidos e os movimentos exerceram a atividade política até o limite de suas possibilidades. Todas as lideranças representativas, sem exceção, estiveram envolvidas no processo”, afirmou Lula lembrando que a Assembleia Nacional Constituinte foi um momento histórico “que transcorreu sob o primado da política, em seu mais nobre sentido”. E ele defendeu, assim como o vice-presidente Michel Temer, a reforma política: “Uma reforma política é necessária para aprofundarmos a democracia”. O ex-presidente participou nesta manhã do ato em comemoração aos 25 anos da Constituição Federal, realizado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.

Lula também contou: “Ao longo dos oito anos em que fui presidente do Brasil, minha tarefa cotidiana foi transformar em ações concretas os direitos nela estabelecidos”. Entre as ações feitas nesse sentido, o ex-presidente lembrou a luta contra a fome, prevista no inciso III do artigo 3º da Constituição.

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, também falou da importância da política na construção de uma Constituição avançada como a de 1988. E defendeu a reforma política: “Uma reforma política é necessária para aprofundarmos a democracia”.

Já o presidente que convocou a Assembleia Nacional Constituinte, José Sarney, relembrou momentos importantes do período. “Lembro até hoje da minha emoção ao levantar a mão para jurar a Constituição, no dia 5 de outubro de 1988”, afirmou ele, que foi o primeiro a jurar a Carta Magna.

O ex-presidente Sarney lembrou que cada constituição brasileira teve diferentes princípios que as regiam. Para ele, em 1988, diferentemente das constituições anteriores que foram regidas pela institucionalidade ou pela propriedade, o que guiou o debate constitucional foi a noção do social.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TEM PARTIDO DEMAIS ? CONVOCA A CONSTITUINTE EXCLUSIVA ! O PiG saúda o Pauzinho do Dantas, a Bláblárina e o Eduardo Campriles. E espinafra a política …

O PiG (*) reanima o preconceito contra a Política, na reta final para a fundar e trocar de partidos.

Como se sabe, a Big House prefere trocar os políticos por economistas que trabalham em bancos e colonistas (**) que não trabalham em banco mas é como se trabalhassem.

Como nos bons tempos do Príncipe da Privataria.

Quando o Brasil era governado por economistas que trabalhavam ou iam trabalhar em bancos.

O Brasil tem 33 partidos.

O do Pauzinho do Dantas é um caso típico.

Na discussão da MP dos Porcos, ou da Emenda Tio Patinhas, como disse o Garotinho da tribuna da Câmara, o Pauzinho do Dantas fez tabelinha com o Eduardo Campriles e o Eduardo Cunha – que agora se prepara para defender as telefônicas na discussão do marco da internet.

Pauzinho entrou para a base do Aécio Never antes de existir o partido. 

(Clique aqui para ver que o Aécio e o Cerra são do mesmo tamanho no Globope – ou seja, nem a Globo os salva.)

Pauzinho não tem o que declarar.

Tem o que apoiar.

Faz sentido numa Democracia ?

Paciência.

Quem mandou não aprovar a Constituinte Exclusiva do Genoino para fazer a reforma política ?

Quem manda não aprovar o financiamento público exclusivo para as campanhas ?

Os colonistas merválicos espinafram a Democracia.

Mas, saúdam o Pauzinhho, a Bláblárina e o Eduardo.

Outro que levou um drible do Romário.

E só vai perceber quando acabar o jogo …


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O PATRICIADO E A PLEBE

*EXCLUSIVO: a história da Booz Allen, o gabinete paralelo da comunidade de informação dos EUA, que assessorou  FHC nas 'reformas de mercado'.


 **Rui Falcão, presidente do PT, no Roda-Viva desta 2ª feira: prepare-se lendo o artigo de Tarso Genro: alianças para um novo período histórico.

**e no Blog das Frases:  'O Rubicão brasileiro' (aqui** E ainda: no blog do Emir: ' A nova Plataforma da Esquerda'; bem como,  a coluna de Leonardo Boff.
Elio Gáspari,  Eugenio Bucci e Merval Pereira manifestaram-se recentemente  contrários à proposta de plebiscito formulada pelo governo Dilma. Para eles, a iniciativa de reformar a estrutura política do país não guarda qualquer aderência com as inquietações recentes expressas nas ruas. Alckmin, Aécio, Ronaldo Caiado, Serra e Gilmar Mendes, entre outros, pensam assim também. Une-os, talvez, a resistência ao recorte político embutido no sentido etimológico da palavra plebiscito. Ela é formada pela junção de dois termos latinos (plebs e scitum) que podem ser traduzidos como o ‘decreto da plebe', a ordenação social definida por ela: soberania popular, digamos, para recorrer a uma expressão mais  usual. Outro entendimento deriva da  junção do latim, plebs scit .  E, neste caso, a colisão com a visão histórica do patriciado de todas as épocas é ainda mais inflamável: ‘a plebe sabe', dardeja a etimologia. Os centuriões, mortos e vivos, se arrepiam. Elio Gáspari, nos anos 80, acreditava que quem sabia era o coronel  Heitor Ferreira de Aquino. O porta-recados da ditadura, e secretário do general Golbery (segundo na hierarquia da ditadura Geisel), despachava regularmente com o então diretor-adjunto da revista 'Veja'. Não raro, na véspera do fechamento, a voz da secretária  ecoava pressurosa  pelos corredores da semanal dos Civitas: ‘Eeeliiiooo, o Heitor, o Heitor!  E lá ia o atual crítico do plebiscito beber  direto na fonte de quem sabia, na sua concepção de sabedoria. Heitor, uma espécie de faz-tudo de Golbery, de fato sabia. Muito. Um lado da história. Mas não toda ela. Sobretudo, não sabia o lado da rua. O da plebe que a seus olhos, a exemplo do patriciado atual,  estava alheia às questões do poder e da estrutura política. Até que em 1983 surgiu o ‘Diretas Já!' e , em 1988, uma Constituinte esticou o perímetro da cidadania a limites até hoje não digeridos pelo patriciado que, pelo visto, não quer viver a experiência novamente.
Carta Maior;2ª feira, 15/07/2013



Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como Gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA


No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.



A porta giratória entre as grandes corporações e o governo norte-americano reflete a eficiente sinergia entre o Estado e o mercado, no capitalismo mais poderoso do planeta. 

Cargos estratégicos na administração pública são regularmente ocupados por altos executivos e presidentes de gigantescos complexos industriais ou instituições financeiras dos EUA.

Atividades teoricamente específicas da esfera estatal são terceirizadas com absoluta desenvoltura para engordar negócios privados. Desde a guerra, até operações de segurança e espionagem transformam-se em canais de sucção de fundos públicos para a contabilidade privada.

É nessa dissipação de fronteiras e de recursos que se viabiliza a balela do Estado mínimo, maximizado em lucros privados. 

Nesse intercurso de dinheiro, poder e influencia emerge o nome da Booz-Allen, velha parceira do Departamento de Estado na área de espionagem e consultoria.

Desde os anos 40, no entorno da Segunda Guerra, o grupo trabalha em estreita colaboração com o complexo militar norte-americano.

A ponto de ser reconhecida como uma espécie de gabinete paralelo da comunidade de inteligência dos EUA.

A condição de braço do Estado e dos interesses norte-americanos, portanto, é um traço constitutivo na história da Booz-Allen, do qual o governo Fernando Henrique não poderia alegar desconhecimento, quando enganchou estrategicamente o interesse público brasileiro à empresa. 

A Booz-Allen nasceu em 1914, em Chicago, tornando-se rapidamente uma das gigantes do setor de consultoria. 

Como muitas das grandes corporações dos EUA, engatou seus lucros ao suculento orçamento do Estado, a partir da Guerra.

O livro "Spies for Hire: The Secret World of Intelligence Outsourcing" ("Espiões de aluguel: o mundo secreto da terceirização do serviço de inteligência", New York: Simon and Schuster, 2009), de Tim Shorrock, Dick Hill, dedica um capítulo inteiro à Booz-Allen. Dá detalhes de como a empresa engendrou seu trabalho de consultoria nas teias da comunidade de informação dos EUA.

O livro relata que, em 1998, uma funcionária de carreira do serviço secreto, ao assumir uma diretoria da CIA, já considerava a Booz-Allen uma verdadeira extensão da comunidade de inteligência norte-americana. 

Segundo Dempsey, em uma declaração pública registrada e divulgada por revistas especializadas em assuntos de defesa, era mais fácil encontrar ex-secretários e diretores do sistema nacional de inteligência americana na Booz-Allen do que em reuniões do governo.

Em 2005, comprovando o fundamento de suas afirmações, ela se tornaria vice-presidente da Booz-Allen, que já contabilizava 18.000 profissionais (é assim que a turma supostamente defensora do Estado mínimo esconde o real tamanho de seu Estado gigante) e US$3,7 bilhões anuais de faturamento. Em 2012 esse faturamento havia saltado para US$ 5,76 bilhões (mais de R$ 12 bilhões). O número de funcionários passava de 25 mil pessoas (agentes?) espalhados pelos quatro cantos do planeta.

Metade-metade
Ainda segundo o livro de Shorrock e Hill, pelo menos 50% dos negócios da Booz-Allen são financiados pelo governo dos EUA. 

Os outros 50% são contratos de consultoria com grandes empresas do setor privado, nas áreas de energia ao setor químico, passando por bens de consumo. 

Uma de suas especialidades é auxiliar a influenciar governos e órgãos públicos de outros países a seguir políticas que representem oportunidades de negócio para grandes corporações e fundos de investimento norte-americanos. 

Um dos eixos mais lucrativos, como ela própria explicita em seus relatórios, tem sido o dos programas de privatizações. 

Foi esse o principal alicerce de penetração da versátil corporação no Brasil durante o governo FHC. 

As relações entre a Booz-Allen e o Departamento de Defesa, que já eram estreitas de longa data, tornaram-se ainda mais explícitas e se aprofundaram na presidência de George W. Bush. 

A partir de então, a empresa se envolveu nas atividades mais sensíveis da inteligência dos EUA e do Pentágono. 

Mais que isso, encabeçou os projetos mais importantes do Departamento de Defesa após os ataques de 11 de setembro.

Esse foi o gatilho para a montagem do megaesquema de espionagem denunciado por Edward Snowden.

Bush e seu vice-presidente, o todo-poderoso Dick Cheney, passaram um recado claro ao Departamento de Defesa: as corporações privadas, coordenadas pelas consultorias da Booz-Allen, estavam avalizadas na condição de gerentes do sistema de inteligência norte-americana. 

Os profissionais da Booz-Allen, notoriamente conhecidos como mais do que simples consultores, foram chancelados internamente como atores-chave do alto escalão da comunidade de inteligência.

O que já era um gabinete paralelo tornou-se unha e carne da comunidade de informação.

Nosso homem na Casa Branca
Figura central desse relacionamento íntimo foi Mike McConnell. Depois de se aposentar na Marinha dos Estados Unidos, McConnell tornou-se vice-diretor da Booz-Allen na área que a empresa chama de "cyber business":http://www.boozallen.com/about/leadership/executive-leadership/McConnell 

Em 2007, tornou-se nada mais, nada menos do que o vice-diretor do Departamento Nacional de Inteligência (DNI), administrando um time de 100 mil profissionais (agentes secretos, arapongas, informantes, analistas de informação) e 47 bilhões de dólares (pelo menos a parte contabilizada).

Na apresentação de seu currículo, a Booz-Allen se vangloriava de tê-lo como um líder no governo, responsável pela interlocução do gabinete presidencial na Casa Branca com o Congresso, líderes internacionais e a "comunidade de negócios" dos EUA. Em 2009, na presidência Obama, ele retornou à Booz-Allen.

Unindo o útil ao agradável
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem ampla, geral e irrestrita, estão sob suspeita. Veja:

http://www.booz.com/br/home/who-we-are/42544269

As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. 

A empresa ainda orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes áreas de atuação e países: bancos, no Brasil e no México; energia (além do Brasil, Argentina, Peru e Bolívia), ferrovias (na Argentina), petroquímica (Brasil), portos (México e Venezuela), siderurgia (Argentina e Brasil) e telecomunicações (Brasil, México e Uruguai).

Esses setores, como a maioria se lembra, não foram considerados mais como polos estratégicos para o desenvolvimento e o Estado nacional – termo em desuso no ciclo tucano, tratado com derrisão pelos seus teóricos e operadores. 

Algo semelhante ocorreria nas demais presidências neoliberais que infestaram os governos latino-americanos. 

Estratégicos, porém, eles se tornariam para os interesses norte-americanos, conforme as recomendações de seu braço de informação e dublê de consultoria.

Para os EUA, foi uma ação orquestrada de inteligência. Para a América Latina, foi um exemplo da imensa estupidez da sapiência neoliberal que deixou cicatrizes profundas e, como se vê agora, abriu flancos estratégicos no aparato público das nações.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

DIA 11: LIBERTAR A RUA DO SEQUESTRO CONSERVADOR

* O MAPA DO GRAMPO PLANETÁRIO QUE ATINGE TAMBÉM O BRASIL.

**Sentados à direita de Deus Pai: os critérios políticos da santificação no Vaticano (por Dermi Azevedo; nesta pág) 

**SP: o impensável tornou-se obrigatório: se perdeu o primeiro round, Fernando Haddad ganhou em contrapartida um precioso campo de coerência política para um mandato que mal começou.(Leia mais aqui)   
 



Organizações e lideranças progressistas não podem se omitir nas jornadas  da próxima 5ª feira, dia 11. Para além das justas reivindicações corporativas e setoriais, cabe-lhes repor a moldura política da disputa em curso no país. Um ciclo de crescimento se esgota;  outro terá que ser construído. Vivemos um aquecimento: 2014 será o pontapé oficial. Vulgarizadores  do credo neoliberal celebram: com as multidões nas ruas, é a tempestade  perfeita. Em termos. Se acertam no varejo, trombam  no essencial:  o que anda para frente não se confunde com o  cortejo empenhado em ir para trás. O que as ruas reclamam não cabe no credo regressivo: reforma política, mais democracia, mais investimento público, mais planejamento urbano e mais liberdade de expressão. O fato de a revista ‘Veja' ter recorrido ao rudimentar expediente de falsear um ‘líder biônico dos protestos'  diz muito da dificuldade em acomodar os anseios das multidões nos limites do ideário que vocaliza. A narrativa ortodoxa  sempre desdenhou  da dinâmica vigorosa embutida no degelo social registrado na última década. Ou isso, ou aquilo. Ou se reconhece os novos aceleradores sociais do desenvolvimento ou o alarde dos  seus gargalos  é descabido. Ambos são reais. Há um deslocamento social em marcha que se pretende barrar com a falsificação de multidões retrógradas. No dia 11, o Brasil deve expressar sua diversidade. Mas, sobretudo,  emoldura-la  em uma agenda comum emancipadora. Para libertar a rua do sequestro conservador. (LEIA MAIS AQUI)

sábado, 6 de julho de 2013

DILMA NEGA REFORMA E REAFIRMA PACTO DE 5 TEMAS

quinta-feira, 4 de julho de 2013

*A LIÇÃO TRÁGICA DA PRAÇA TAHRIR: -

há dois anos, indignados derrubaram o coronel Mubarak; agora devolvem o poder ao Exército** Manifestantes fazem o lacre simbólico da sede da TV Globo, no Rio: emissora sonegou R$ 615 milhões de IR, conforme revelou o blog 'O Cafezinho'; família Marinho diz que zerou o calote,  mas não mostra o Darf .

EGITO: VÁCUO  TRAZ DE VOLTA A DITADURA



"No Egito, o que uniu todo o mundo foi a polícia. Todo mundo odeia a polícia. A reação da polícia representa que só há a vara: não há a cenoura. E o Estado está representado na polícia. Não é a polícia usada para manter uma ordem social justa, mas sim a polícia que serve para a injustiça social, um imã que unifica todo mundo. Uma coisa que estes movimentos trazem à superfície é o problema da representação política. Estes movimentos sociais são uma crítica implícita ou explícita aos partidos políticos tradicionais. Os partidos sempre existiram. Mas o partido de massas desapareceu hoje e com ele a forma de participação política massiva que tinha. Esta falta de formas de participação massiva é a raiz do movimento atual. Neste sentido hoje me inclino pela tese de Gramsci, a convivência de movimentos e partidos. Os movimentos podem ter um efeito autodestrutivo. É o que ocorreu em certa medida no Egito, onde os movimentos rejeitaram toda organização e estrutura; o resultado foi que abriram a porta para a Irmandade Muçulmana, que governa(va) o país com resultados desastrosos." (Paolo Gerbaudo, do Kings College, em entrevista a Marcelo Justo, correspondente de Carta Maior, em Londres. Leia mais sobre o golpe de Estado no Egito, nesta pág. E tambémo Brasil, a restauração em marcha sabota plebiscito) 

Dilma deve Temer os “aliados”


O esfacelamento da política ao longo do junho negro que transformou um país cheio de expectativas promissoras em um país em transe, malvisto internacionalmente e tão cheio de dúvidas sobre o futuro que a economia já se ressente – conforme dados preliminares sobre esse mês fatídico –, tem potencial parar gerar uma onda de traições entre a base aliada.
Com efeito, se a presidente Dilma Rousseff, tendo altíssima aprovação, já vinha enfrentando problemas com essa base parlamentar que apoia seu governo oficialmente, a partir de sua queda nas pesquisas, e com os problemas que sobrevirão na economia por conta do terremoto do mês passado, a real natureza dos partidos fisiológicos que a apoiam tende a aflorar.
Pouco se fala, mas nos cantos e nas bocas já se comenta que os setores mais radicais da coalizão destro-midiática acalentam um sonho: impedir Dilma. Com isso, as “reformas” oposicionistas – desmonte das políticas da era Lula – poderiam começar a ser feitas antes de janeiro de 2015 – para que esperar tanto para assumir o poder, certo?
Se algum escândalo – que, em um momento como este, teria o condão de remobilizar “as massas” – for atirado contra a presidente por alguma Veja da vida, a “solução” do impeachment se tornaria até óbvia e saciaria o desejo de sangue “das ruas”.
A esperança desses setores da oposição se concentra, conforme reza a boataria, no vice-presidente da República, Michel Temer – quem conhece a sua história sabe por que. Ele assumiria o lugar da presidente defenestrada por um golpe “paraguaio” e trataria de seguir os ditames do golpismo tucano-midiático.
As informações sobre o golpismo oposicionista chegaram com um roteiro, durante a semana passada. Os primeiros sinais se dariam através de declarações do vice-presidente da República que contrariariam a presidente e as suas políticas.
Eis que Temer, de uma hora para outra, começa a fazer coro com a mídia e a oposição em relação ao número de ministérios do governo federal e à reforma política.
Leia, abaixo, trecho de nota do site Brasil 247 sobre as declarações de Temer:

Após longa reunião comandada pelo vice-presidente Michel Temer, o maior partido aliado do governo sugeriu à presidente Dilma Rousseff a redução do número de ministérios com “vistas à redução de custos e à austeridade”; até então, as críticas sobre as 39 pastas do governo federal vinham da oposição, protagonizada pelo senador Aécio Neves (PSDB); nota diz ainda que a legenda apoia a consulta popular sobre reforma política, mas não necessariamente por plebiscito, e sugere incluir pergunta sobre reeleição no Executivo
É grave a declaração de Temer. Instar Dilma a reduzir ministérios e, ainda por cima, dizendo isso pela imprensa, não é comportamento de aliado. Mesmo que a presidente apoiasse a medida a fim de acalmar a oposição e a mídia, concedendo-lhes a vitória de reconhecer que suas críticas tinham fundamento, a primazia do anúncio da medida deveria ser dela.
Não há dúvida de que Temer deu uma declaração unilateral, ou seja, sem combinar com a titular do Executivo federal. Tal conduta se adequa à perfeição aos boatos sobre o risco de o PMDB assumir a sua natureza, de partido que sempre fica do lado que estiver ganhando, pouco importando as traições que tiver que fazer.
Há pouco o que recomendar à presidente, mesmo que ela ouvisse aqueles que tanto avisaram que o rumo de seu governo o levaria a isso. Só o que poderia acalmar seus “aliados” seria alguma demonstração de força política. Todavia, o governo está imobilizado. Aposta suas fichas em uma reforma política que não sairá tão facilmente sendo bombardeada até por aliados.
Se ainda resta alguma arma ao governismo, portanto, essa arma é o ex-presidente Lula. Sua popularidade foi das que sofreu menos abalo e pesquisa recente mostra que é visto como o mais preparado para conduzir o país em meio ao caos político que se criou.
O problema é que a interferência dele poderia desmoralizar Dilma ainda mais. Poderia se tornar um recado de que ela não está à altura de conduzir o país como sua líder política. A menos que tal interferência encontre um tom que não passe essa impressão ao público.
Vivemos um momento muito delicado. Quanto maior a incerteza sobre a chance de continuidade do atual projeto político-administrativo, maior será a retração dos investidores e do empresariado, o que terá inegáveis efeitos sobre a atividade econômica e o nível de emprego, sendo este a boia salva-vidas do governo durante a tempestade em curso.
O governo e a economia, portanto, tornaram-se reféns do imprevisível. Só o que se pode esperar é que, caso os protestos de rua percam força, os danos que causaram à economia fiquem restritos a junho.
Se, nos próximos meses, o governo conseguir alguma margem de manobra para reerguer a economia e para impedir que o nível de emprego sofra, o ânimo da população pode melhorar. Seja como for, o Brasil precisa urgentemente de boas notícias.
A oposição e a mídia, sem saber, estão se preparando para assumir o Poder, convencidas de que Dilma está morta – premissa para lá de precipitada. Mas, mesmo se for verdade, essa gente corre o risco de assumir um país em convulsão social e mergulhado em crise. Quebrar o Brasil só para vencer a eleição do ano que vem se mostrará um tiro no pé.
Adianta avisar? Não. Mas pelo menos fica registrado o aviso, aqui, para que, lá na frente, todos se lembrem quem viu o que antes.
Em resumo, não se sabe o que fazer com a base aliada. As declarações de Michel Temer devem ter acendido a luz vermelha no Planalto. O risco de alguma “temeridade” se tornou insuportável, conhecendo a natureza traiçoeira do maior partido aliado ao governo. Se esse tipo de declarações do vice-presidente prosseguirem, a traição será questão de tempo.
Movimento dos Sem Mídia
Na última terça-feira, foram enviados mais de 1.000 e-mails aos leitores que pediram filiação ao MSM. Já e-mails para os leitores que pediram filiação posteriormente, ainda não foram enviados. Mas serão ainda nesta quarta-feira.
Quem pediu filiação em comentário aqui no Blog até segunda-feira e, até agora, não recebeu e-mail de resposta, por favor informe para que a mensagem seja reenviada. Quem pediu após segunda-feira, peço que, por favor, espere que ainda irá receber.
Aos que já receberam e-mail do Movimento dos Sem Mídia e já retornaram com as informações solicitadas, deixo minhas boas-vindas à Organização e informo que logo faremos novo contato, conforme explicado anteriormente.
Um abraço a todos,
Eduardo Guimarães

SEM MOBILIZAÇÃO E LUTA POPULAR, NÃO HAVERÁ PLEBISCITO


GILMAR, AÉCIO E CUNHA NÃO QUEREM O PLEBISCITO.

Dirceu volta ao tema: só nas ruas sai uma reforma política.
Saiu no Blog do Zé Dirceu:
Sem mobilização e luta popular, não haverá plebiscito sobre a reforma política. A oposição, capitaneada pelo trio FHC-Aécio-Serra está contra; o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), diz que a bancada votará contra, ou a sua maioria; o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), propõe uma comissão para fazer a reforma na Câmara e depois um referendo; no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, um ministro vira ativista político contra o plebiscito.

Os mesmos que exigem ações do governo federal para atender todas as demandas populares, não dos seus governos nos Estados e municípios; os mesmos que aprovam a toque de caixa, com medo das manifestações, leis de caráter populista e demagógico como a do passe livre para todos, para os que têm renda, ou a lei que transforma a corrupção em crime hediondo, quando o próprio STF já declarou inconstitucional parte da lei que o instituiu para outros crimes.

Os mesmos que na mídia clamam pelo atendimento de todas as reivindicações populares e já agora são contra o plebiscito. O povo que está nas ruas pode reivindicar tudo, menos decidir sobre o poder político, sobre aquilo que ele tem soberania natural, sobre sua Constituição e sobre como eleger o Poder Legislativo, o poder dos poderes.

Querem usar o povo que está nas ruas para seus objetivos políticos, eleitorais, como massa de manobra para fazer oposição ao governo Dilma, para tirar do poder o PT, para pôr fim às políticas e aos programas sociais, de distribuição de renda, de defesa do Brasil. Democracia só quando é para atender os interesses que representam, da elite. Quando o povo quer participar e decidir, não vale.

É preciso lembrar ao povo como governaram o Brasil os que hoje cinicamente atacam o governo Dilma, o PT e o ex-presidente Lula. Lembrar os anos FHC, o desemprego, com o país quebrado duas vezes, a privataria, o escândalo da reeleição – com a qual agora querem acabar –, o câmbio fixo que arruinou nossa indústria, os juros altos (de 27,5% reais ao ano) que dobraram a nossa dívida interna, que agora nos custa 5% do PIB, que falta na educação e na saúde, nos investimentos em inovação e tecnologia, em saneamento e mobilidade urbana.

É preciso lembrar que éramos um país endividado, quebrado, devendo para o FMI, de pires na mão e sem autoestima e prestígio internacional. Sem presença e liderança no mundo.
Clique aqui para ler “Dirceu analisa itens do plebiscito”
E aqui para “Gilmar quer imobilizar a Dilma. Até derrubá-la”

Dá tempo, senhores deputados, dá…


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, é um bom exemplo do cinismo que toma conta de nossa representação parlamentar.
Ontem mesmo, começou a sabotar a proposta de plebiscito enviada pela Presidenta:
‘Plebiscito só se justificaria se houvesse um consenso’, disse ao G1.
Como foi pego com a boca na botija levando a família para ver o jogo do Brasil no Maracanã, está gaguejando que vai devolver o dinheiro.
Mais ou menos como a sonegação da Globo.
O senador Alvaro Dias, que disse que o plebiscito é muito caro, mandou o filho e mais três passearem em Montevidéu com as cotas de passagem do Senado.
E Aecinho, com 53 viagens para o Rio pagas pelo Senado. Aliás, uma a mais, porque Alves disse que veio almoçar com ele aqui na cidade maravilhosa.
E é esse povo que vai fazer reforma política, se a Dilma e as ruas não caírem em cima deles.
Por via das dúvidas, botei meu nome lá no abaixo assinado de apoio à PEC 280, de autoria do finado Clodovil Hernandez, que reduz à metade o número de deputados.
Um congresso menor, aposto, tinha tempo para decidir e consagrar o que o povo decidisse, em lugar de querer impedir a população de se manifestar livremente.
 Por: Fernando Brito