Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

As cinco piores mentiras do Globo contra Lula em 2015 (por enquanto)


As cinco piores mentiras do Globo contra Lula em 2015
Como ainda tem gente que leva de boa fé as informações publicadas pelo jornal O Globo sobre Lula, recapitulamos aqui as cinco maiores armações do jornal contra o ex-presidente só no ano de 2015. Lembrando que ainda estamos em julho. E que a coluna do Merval Pereira é considerada hours concours. Entre os truques do jornal estão inventar declarações, ignorar explicações e tratar, anos depois, como secretos e escandalosos eventos públicos de que o jornal tinha ciência.

5º lugar - Lula seria culpado pela crise na Grécia

O colunista do O Globo (e também do Estado de S. Paulo, G1, TV Globo, CBN, Globonews) Carlos Sardenberg criou a tese original de que a culpa da crise na Grécia é de Lula e Dilma, por causa de reuniões do atual primeiro-ministro Aléxis Tsipras quando era candidato.  A crise grega já tem 7 anos. Diante do fato dos prêmios nobel de Economia Paul Krugman e Joseph Stiglitz terem visões diferentes dele sobre a crise grega, Sardenberg reafirmou seu artigo e saiu-se com essa no Twitter (supomos que “Liila” deve ser “Lula”)
4º lugar - Os documentos secretos do Itamaraty que o Globo manteve secretos

No dia 12/06 o Globo acusou , em manchete de primeira página, o Itamaraty de tentar burlar a lei para proteger Lula, por causa de um documento interno não final que pedia a reavaliação de documentos diplomáticos durante o mandato de Lula. O Itamaraty entregou os documentos à Época. Época e O Globo viram os documentos, que mostravam a atuação positiva de Lula em defesa de empresas brasileiras, e não publicou nada, afinal, como provam que o trabalho de Lula era positivo para o Brasil, o Globo e a Época devem ter achado melhor esconder isso dos seus leitores.

Como o Globo esconde, seguem o que dizem os documentos:http://www.institutolula.org/telegramas-do-itamaraty-veja-o-que-lula-fazia-em-suas-viagens-pelo-mundo 

3º lugar - O Globo paga mico internacional e inventa que Lula teria “confessado” saber do mensalão para Mujica

A partir de uma declaração dada a jornalistas em um livro sobre Pepe Mujica, no qual o ex-presidente uruguaio menciona uma conversa que teve com Lula sobre as pressões e dificuldades de se administrar um país do tamanho do Brasil, o Globo no dia 5 de maio inventou uma manchete maluca de que Lula teria “confessado” sobre o mensalão para Pepe Mujica.

A mentira foi desmentida horas depois, primeiro pelo próprio autor do livro para o portal G1, também do grupo O Globo, depois em Montevidéu, no lançamento do livro, pelo próprio Mujica, que ainda afirmou em entrevista publicada ao Estado de S. Paulo que Lula foi seu modelo de governante.

A manchete maluca do Globo só foi levada a sério pelo senador Ronaldo Caiado, que está tentando convocar o ex-presidente do país vizinho a depor no Senado com base no jornal carioca.

Depois do caso o jornalista americano residente no Brasil Alex Cuadros tuitou que “De agora em diante irei observar uma quarentena de cinco dias antes de tuitar qualquer história do Globo sobre Lula”.
2º Lugar - O voo secreto divulgado em release

Em 12 de abril de 2014, o Globo publicou matéria falando de um suposto “voo sigiloso” de Lula para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos.

Deve ser a primeira viagem sigilosa divulgada por release na história. Ainda por cima acompanhada pela imprensa! Várias matérias dessa viagem foram publicadas publicada no site do Instituto Lula e na imprensa internacional.  

A informação de que o voo seria sigiloso baseou-se em um documento interno da Líder Táxi Aéreo com o qual o Instituto Lula não tem relação alguma. O Instituto divulgou a viagem em release para toda a imprensa, inclusive O Globo. O vôo foi pago pela Odebrecht porque o ex-presidente fez uma palestra na República Dominicana. O jornal não acreditou.

Seguem dois jornais dominicanos de 2 de fevereiro de 2013 que provam a realização da palestra, que aconteceu no hotel El Embajador, no dia 1 de fevereiro, em Santo Domingo
1º lugar - Novo mico internacional do Globo: Lula “lobista” em Portugal e a reunião “secreta” que O Globo noticiou. O segundo líder internacional em 2 meses à desmentir o jornal.

O ex-presidente Lula sempre defendeu as empresas brasileiras e uma presença maior delas também no exterior.

No domingo, dia 19 de julho, o Globo, com uma nova leva de documentos do Itamaraty sobre Lula após a presidência, inventa duas mentiras em uma mesma matéria para dizer que o ex-presidente faria lobby.

A primeira dizia que Lula teria feito lobby para a Odebrecht em Portugal, ao comentar com o primeiro-ministro português o interesse da empresa brasileira no processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). O embaixador Mario Vilalva também estava presente. Lula foi a Portugal participar das comemorações dos 40 anos da Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril de 2014. A viagem era pública. O encontro de Lula com o primeiro-ministro foi tão público que a foto usada pelo Globo para ilustrar a matéria, e creditada de forma incorreta, é do Instituto Lula. O Instituto Lula confirmou a nota do embaixador que fala apenas de um comentário, mais nada. A posição do presidente de que as empresas brasileiras deveriam participar mais do processo de privatização em Portugal também era pública.  E o Instituto mostrou para o Globo que o interesse da Odebrecht na privatização da EGF era tão público que inclusive já era notícia desde outubro de 2013 em jornais portugueses: http://www.publico.pt/economia/noticia/odebrecht-interessada-na-privatizacao-da-egf-1608053.
A Odebrecht no final desistiu e não participou do leilão da empresa portuguesa.

E no dia seguinte a matéria do Globo, ela foi desmentida pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, que disse à imprensa portuguesa que Lula não intercedeu por nenhuma empresa brasileira.

http://www.rtp.pt/noticias/politica/lula-nao-me-veio-meter-nenhuma-cunha-afirma-passos_v845924?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Outra mentira, da mesma matéria, é de que Lula teria pedido ao BNDES uma reunião com o embaixador do Zimbábue no dia 3 de maio de 2012. A tal reunião foi um imenso seminário público na sede do BNDES, com TODOS os embaixadores africanos convidados e inclusive cobertura do jornal O Globo. Se o repórter do jornal tivesse pesquisado nos arquivos do diário encontraria a matéria “Lula aparece de bengala em evento na sede do BNDES no Rio”, do jornalista Cássio Bruno, exatamente dia 3 de maio de 2012. Era o primeiro evento público do ex-presidente após se recuperar de um câncer na laringe.

O jornal registrou algumas das respostas da assessoria em matéria separada do texto principal, a primeira a ser distribuída online, onde não inclui as respostas que desmontam a farsa do Globo.

Matéria do Globo em 2012 sobre evento agora tratado como “secreto” pelo mesmo jornal:
Todas as informações e imagens estão aqui no Instituto Lula

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Não é só entregar o petróleo. Querem entregar o negócio de sondas de R$ 20 bi por ano

sondas

É duro conseguir quem queira fazer investimentos de longo prazo no Brasil e foi assim ao longo de toda a nossa história moderna.

Não apenas porque um país em perdas permanentes como o nosso não acumula capitais para isso, como há no Brasil uma elite servil, incapaz de pensar qualquer futuro para si senão o de gerente local do capital internacional.

A decisão da Petrobras de estimular, com garantias de compra (enquanto o Governo dava a garantia de financiamentos), a construção de sondas de perfuração de poços de petróleo em águas ultraprofundas é, guardadas as proporções e características, muito mais “capitalista” do que as que a ela podem se comparar, como a construção da siderúrgica de Volta Redonda ou das hidrelétricas que – apesar da seca – nos produzem energia numa das matrizes mais limpas do mundo.

Porque, embora com as carências tecnológicas que as quase quatro décadas de paralisia da indústria naval nos impuseram, ela traz para o país a construção de algo tão imprescindível à exploração do petróleo quanto são o aço e a energia para a atividade econômica.

Não se acha petróleo – nem se coloca o petróleo que é achado em condições de ser explorado – sem estas sondas.

E a alternativa a fazê-las aqui é alugar no mercado internacional.

Onde um navio-sonda com capacidade para operar em profundidades de lâmina d’água superiores a 4 mil pés ( pouco mais de 1.300 metros, a partir do qual se considera “águas profundas”) custa, por dia, em média, a bagatela de US$ 516 mil dólares.

Por dia, notem bem.

Como, no pico da atividade do pré-sal, a Petrobras terá de usar, por anos a fio, 40 destas sondas, é coisa de mais de US$ 20 milhões de dólares a cada vez que o sol nasce.

Ou quase US$ 8 bilhões a cada ano.

Em reais, uns R$ 20 bilhões cada vez que se trocar a folhinha.

Tratar isto como uma  como ima irrelevância para o país, ou como se fosse destinado a negociatas um empréstimo de R$ 9 bilhões – empréstimo, não doação – para que não se comprometa o programa de construção da metade – só a metade – dos navios-sonda de que a Petrobras precisará, como faz hoje a

Folha de S. Paulo, não pode ser só falta de noção de sua importância.

Ninguém pensou em inviabilizar a Siemens porque um – ou vários – de seus dirigentes se meteram em falcatruas. Nem os franceses a Alstom porque andou subornando e fazendo cartéis, um deles aqui pertinho, na Paulicéia.

Obama comprou as ações da GM, na crise de 2008 por US$ 49 bilhões de dólares e as vendeu, há menos de dois anos, por US$ 39 bilhões, um subsídio do Tesouro norte-americano de US$ 10 bilhões para que não quebrasse a maior montadora de veículos dos EUA.

E olhem que eram automóveis, que podem ser importados de qualquer baiúca, em qualquer parte do mundo, não um equipamento de altíssima tecnologia.

A imprensa brasileira divide-se em um sabujismo total aos interesses estrangeiros e uma lapidar ignorância.
Gênio mesmo é o Roger Agnelli, que pegou US$ 1,3 bilhão com os chineses, para comprar navios chineses, para levar minério para a China.

E, pior, que viraram “micos” navais, que a empresa agora tenta vender, com prejuízo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Colunista do Globo revela seu nojo contra pobres









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Jornalista Silvia Pilz "diz o que pensa" sobre os pobres que frequentam consultórios médicos; "Normalmente, [o pobre] se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios", onde "provavelmente se sente em um cenário de novela"; tentando ser engraçada, ela afirma que pobre "faz drama, fica de cama" para não ir trabalhar quando tira sangue e que muitos sonham em "ter nódulos"; para arrematar seu desprezo, ela diz que "a grande preocupação do pobre é procriar"

247 – Em um artigo espantoso publicado em seu blog no Globo, a jornalista Silvia Pilz desfere todo seu asco contra os pobres. Especialmente o pobre que frequenta consultórios médicos, para onde "se arruma" para ir, segundo ela, por "provavelmente" se sentir "em um cenário de novela". Segundo ela, "o pobre quer ter uma doença" – como tireoide, "é quase chique" – e tem como principal preocupação na vida "procriar". Leia:

O plano cobre

Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética e etc. Acontece que o pobre - normalmente - alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão.

Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.

O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo "tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar". Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.

Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.

Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina - que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos - conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.

Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [leia-se nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [leia-se colesterol alto] e alegam "estar com o sistema nervoso" quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.

O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.

O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo "com colesterol" continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de "deixar a vida me levar, vida leva eu" debaixo de um calor de 48 graus.

Pressão: 12 por 8

Como são felizes. Babo de inveja.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Se depender de O Globo, o Brasil só faz barquinho de papel

gatotigre
Cumprindo o seu dever de ser o mais tradicional porta-voz do Brasil Colônia, O Globo publica hoje um editorial criticando as “políticas voluntaristas sustentadas por fartos incentivos fiscais e creditícios administrados por uma burocracia estatal, tudo protegido por umsistema de reserva de mercado” que permitiram o surgimento (no Império), o ressurgimento (com JK) e o segundo ressurgimento (com Lula e Dilma) da indústria naval brasileira.
É claro que O Globo sabe que, em parte alguma do mundo, a indústria naval deixou de depender do Estado para desenvolver-se.
Não foi diferente nos Estados Unidos e no Japão (onde o financiamento dos grandes estaleiros teve suporte nos esforços de guerra dos dois países) na China (preciso comentar?)  e na Coreia do Sul, onde o general Park Chung-hee, que governou o país dos anos 60 e 70, subsidiou (diretamente e com obras públicas) a criação da que é hoje a maior produtoras de embarcações do mundo.
Chung-hee, aliás, chegava ao ponto de mandar comprar navios e desmontar, para que os engenheiros coreanos aprendessem como fazê-los. E incentivou como pôde os “chaebol” no setor (conglomerado de empresas, como a SamsungDaewoo e Hyundai).
De um estudo de pesquisadores do Ipea, retiro um parágrafo, para dar ideia de como foi o “milagre coreano”:
Cerca de 70% dos recursos que financiaram a rápida expansão (da indústria naval) do período eram provenientes do Fundo Nacional de Investimento – governamental -, e o restante era complementado peloBanco de Desenvolvimento da Coréia. Além disso, os produtores gozavam também de subsídios e incentivos fiscais. Atualmente,grande parcela do financiamento à construção naval é feita pelo KoreaEximbank, por meio de um programa denominado Export Loan.
O princípio, na Coreia era o Keihek Zoseon, criado em 1976: o  de que “a carga do comércio coreano deveria ser transportada em navio coreano, construído em estaleiro coreano”.
Já imaginaram um “nacionalismo arcaico” destes por aqui?
A alegação dos “entregadores de país”, como sempre, é uma suposta ineficiência e o “alto custo” da produção naval brasileira.
Pouco importa que isso represente bilhões de dólares mandados ao exterior e que não gerem empregos, renda e circulação de riqueza aqui.
Porque pouco lhes importam o Brasil e os brasileiros.
Para eles, que gostam tanto de falar nos “tigres asiáticos” como prova de nossa inferioridade, o destino do Brasil é apenas o de um dócil gatinho.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz 2015, sem a Globo Para o seu ano ser mais feliz



O Conversa Afiada reproduz texto de Paulo Nogueira, extraído do DCM:

A escolha adequada da mídia pode tornar seu ano mais feliz

A mídia tem o poder de tornar o seu ano mais feliz ou mais infeliz.

Se você passa a temporada consumindo determinado tipo de notícias e análises, isso vai afetar negativamente seu humor e, em certos casos, até sua saúde mental e física.

Por isso, escolher o que você vai ler, ver ou ouvir na mídia é um ato de enorme importância como resolução de fim de ano.

Conheço muitas pessoas que se autoimpõem um flagelo. No carro, ligam a CBN ou a Jovem Pan, e ficam ouvindo Merval, Sardenberg, Sheherazade e Reinaldo Azevedo.

Na sala de casa, oscilam entre a Globo e a Globonews, e não enfrentam apenas a voz do atraso, mas também o rosto, de William Waack a Jabor.

Diante de tamanha dose de jornalismo enviesado e frequentemente envenenado, essas pessoas se revoltam, e acabam colocando sua raiva e inconformismo para fora, sobretudo nas redes sociais.

A estas pessoas, uma boa notícia: você pode viver perfeitamente sem esse martírio.

Sem zanzar freneticamente entre variadas mídias de índole maligna, você deixa de dar-lhes aquilo de que elas vivem: audiência.

De certas vozes perturbadoras você não pode se livrar: a de um chefe despótico, por exemplo. Mas ninguém obriga você a ouvir Jabor e derivados.

Algumas pessoas, erroneamente, retrucam que você tem que ver o que “eles” estão dizendo.

Não é verdade.

No mundo das redes sociais, o que eles falam ou fazem de extraordinário acaba chegando a você, sem que você tenha que consumir horas de informações e opiniões deletérias.

Ninguém teve que ficar grudado em Sheherazade, por exemplo, para saber, rapidamente, o que ela tinha a dizer sobre justiceiros.

Ninguém também foi obrigado a desperdiçar o domingo no Faustão para saber que Bonner ganhara um prêmio patético das mãos de Fernanda Montenegro.

Agora mesmo: ninguém teve que acompanhar o jornal gaúcho Zero Hora para saber a opinião de um cronista seu sobre o paraíso de Punta del Leste sem “um único negro”.

Tudo que for relevante chega rapidamente a você sem o preço brutal de acompanhar a Globonews e a CBN, a Jovem Pan ou a Veja.

Você terá um ano melhor sem a companhia de Ali Kamel e Bonner, Reinaldo Azevedo e Jabor, Sheherazade e Sardenberg, William Waack e Diego Mainardi, Lobão e Gentili, e assim por diante.


Experimente.


Sua vida ficará mais leve.


Feliz 2015 a todos.

leia também:

TELESUR E A DERROTA DA DIREITA NEOLIBELÊS E O PIG


247 - O ponto alto do discurso da presidente Dilma Rousseff ao tomar posse do seu segundo mandato foi, sem dúvida, o que abordou a Petrobras.
Dilma falou em defender a empresa de seus "predadores internos e inimigos externos". Em seguida, arrematou: "Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas petrolíferas" (leia mais aqui).

Foi um recado claro para determinadas forças que tentam se valer da crise de imagem da Petrobras para forçar uma mudança de regime na produção de petróleo no País. Quem mais destaca, entre essas forças, é o grupo Globo, dos irmãos Marinho, o primeiro a dizer, com todas as letras, que a Lava Jato obrigaria a Petrobras a retomar o regime de concessões de petróleo, no lugar do modelo de partilha.

Quinze dias atrás, por exemplo, o Globo dizia, em reportagens e editoriais, que a regra do pré-sal poderia e deveria mudar, em benefício da exploração por empresas estrangeiras, como Shell, Exxon, Chevron e BP (leia mais aqui).

Dilma, no entanto, demonstrou estar atenta a essas pressões. E demonstrou que não irá ceder um milímetro em suas convicções sobre o melhor regime para a exploração das riquezas do pré-sal.

Os inimigos externos da Petrobras, nesse contexto, vestiram a carapuça. Em sua manchete, o Globo afirmou que "Dilma recicla promessas e vê 'inimigos externos' da Petrobras", como se eles não existissem – embora o jornal dos Marinho seja uma realidade palpável. O Estado de S. Paulo seguiu a mesma linha, mas não com a mesma intensidade.

O fato é que nem um nem outro terá força para provocar uma mudança nas regras do pré-sal.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pesquisas põem PSDB em desespero; Veja tenta última cartada


A previsível subida de Dilma nas pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas no fim da tarde de quinta-feira 23 se fez acompanhar de indícios de que o PSDB e a parcela mais engajada de seu eleitorado – inclusive uma boa parcela que milita nos grandes meios de comunicação – podem se recusar a aceitar um resultado das urnas que não seja o que desejam.


Enquanto colunistas tucanos como Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli já falam em derrubar Dilma no segundo mandato, Veja antecipou em dois dias a capa de sua edição que só deve sair no próximo sábado para tentar contaminar a tempo a parcela do eleitorado que ainda não se decidiu ou que for mais suscetível a manipulações de última hora.
Detalhe: Magnoli publica seu artigo golpista no site de um “Clube Militar” e Azevedo diz, em seu texto não menos golpista, a seguinte pérola:
“(…) Se Dilma for reeleita e se for verdade o que diz o doleiro, DEVEMOS RECORRER ÀS LEIS DA DEMOCRACIA — não a revoluções e a golpes — para impedir que governe”
Azevedo sugere que a oposição tentará pedir o impeachment de Dilma com base em suposta declaração de um meliante. Já Magnoli afirma que, mesmo vencendo a eleição, Dilma não terá “legitimidade para governar”.
Quanto a Veja, o de sempre: sem provas, acusa a presidente da República e o ex-presidente Lula de saberem de um suposto esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. É a última cartada.
A teoria de Veja é a seguinte: como a eleição supostamente estaria “apertada”, qualquer denúncia que não puder ser rebatida a tempo por Dilma pode levar os mais suscetíveis a mudar de voto.
Paralelamente, o centro de São Paulo viu ocorrer no mesmo dia agressão odiosa de militantes do PSDB contra militantes do PT. Parte de um grupo de 500 militantes tucanos invadiu uma manifestação de cerca de 50 petistas no centro da capital e os agrediu. Os petistas reagiram e foi necessária intervenção da Polícia Civil para separar os contendores.
Como se vê, vencer a eleição nem chega a ser o maior problema de Dilma, que, apesar da tentativa desesperada da Veja, dificilmente será derrotada com ou sem a denúncia irresponsável da revista, que espera que a presidente e seu padrinho político sejam condenados preliminarmente, sem apelação, de preferência até o próximo domingo.
Não vai rolar.
Mas o que se percebe é que a campanha eleitoral deixará cicatrizes. O PSDB não vai querer conversa. Se a mídia vai entrar na dos tucanos e participar de uma tentativa de sabotar o segundo governo de Dilma ao ponto de provocar seu impeachment, como sugere Reinaldo Azevedo, é outra história.
A impressão que se tem é de que alguns veículos já buscam se dissociar do extremismo da Veja e do próprio PSDB, que parece achar que pode ganhar a eleição se gritar bastante.
Seja como for, alguém deveria dizer a Azevedos, Magnolis, Vejas e Aécios que o Brasil é uma democracia e, em democracias, cara feia de perdedores de eleição é fome. Essa gente aproveitaria melhor seu tempo se começasse a planejar já alguma estratégia para 2018 que convença este povo a lhe dar nova chance de governar o Brasil.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A ofensiva dos abutres e das hienas e o “mundo-cão” da Cantanhede

carniceiros

Que Marina Silva tem o direito de pretender ser a candidata do grupo que apoiava Eduardo Campos, não há nada a discutir.

Quanto ao direito do PSB de avaliar se alguém que entrou no partido como “carona” possa representá-lo, também não há questionamento moral possível.

A democracia se exerce, aliás, através dos partidos.

Mas a mídia brasileira, com seu já agora ostensivo apetite político, tomou a frente do processo e, como um bando de urubus, se arroga dona do corpo morto de Eduardo Campos e chama Marina Silva para ser não uma candidata a Presidente, mas a amazona dos despojos do ex-governador de Pernambuco.

O Globo “acusa” Lula e Dilma de terem telefonado ao presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral.
Meu Deus, quem é o dirigente maior dos socialistas, na ausência de Eduardo Campos, a quem, senão a ele, deveriam dirigir, além do pesar à família Campos, as condolências e o diálogo político?

Como uma matilha de lobos, o time de colunistas políticos do jornal é mobilizado para “exigir” Marina, como se fosse papel dos jornais deliberar pelos partidos políticos que, repito, tem o direito e o poder legal de escolherem ou não a ex-senadora como seus representantes eleitorais.

Mas pior, muito pior, é o que faz, de forma indecente e mórbida, a colunista da Folha, Eliane Cantanhêde.
Dá a impressão de que saliva de prazer ao imaginar a mais mórbida exploração eleitoral do cadáver de Eduardo Campos.

“Dilma Rousseff e Aécio Neves, tremei. No rastro da comoção nacional pela morte estúpida de Eduardo Campos, apoios da família dele à sua vice serão avassaladores. O irmão, Antônio, já se manifestou publicamente. E quando a mulher, Renata, ladeada pelos cinco filhos, inclusive o bebê Miguel, lançar Marina? E quando a mãe, Ana Arraes, apadrinhar a candidatura aos prantos?”

Não é um campanha eleitoral o que quer nossa refinada e cheirosa elite.

É um programa destes de “mundo cão” da pior espécie.

Falam tanto em programa, projetos, eficiência, capacidade.

Mas, se lhes servem politicamente, às favas os escrúpulos e viva a manipulação do sentimentalismo, da dor, dos mortos.

Não se disputa a herança política de Eduardo Campos, mas o direito de poder explorar o seu fim trágico, o seu cadáver, numa campanha.

Está em jogo o destino de um país, a escolha de quem irá dirigi-lo nos próximos quatro anos.
Isso, para os cidadãos de bem.

Para outros, não é isso.

Não lhes importa quem vá para lá e que métodos se disponha a usar para isso.

Tudo o que querem é que se derrube um projeto progressista e popular, ainda que à custa de colocar qualquer um lá, com o qual, depois, se verá o que fazer.

E não vacilam, para isso, sequer, em propor a mais vil exploração da dor de uma família, inclusive de suas crianças.

A direita brasileira já teve o seu Corvo, Carlos Lacerda. Conseguiu baixar mais e agora tem abutres e hienas.

É nojento, o que mais dizer disso?

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Colunistas desvirtuam final em Argentina X Dilma

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Redivivos na Copa pela derrota por 7 a 1 da Seleção Brasileira frente a da Alemanha, colunistas políticos torcem unidos agora pela vitória da Argentina na partida final; tese é pérola do atraso: desse modo, presidente Dilma Rousseff sofreria grande desgaste público – e eleitoral - ao entregar taça para capitão Lionel Messi; xenofobia alimentada por chamados formadores de opinião Merval Pereira, Guilherme Fiúza, Reinaldo Azevedo, Dora Kramer e Eliane Cantânhede, entre outros, é abjeta; entenda-se: como chefe de Estado brasileira, Dilma dará a taça, como anfitriã, ao capitão vencedor; Copa do Mundo não admite preconceito e discriminação; presidente incentivou o Brasil e a competição assim como também o fizeram, corretamente, seus adversários Aécio Neves e Eduardo Campos; Dilma mostrará, mais uma vez, que o Brasil é uma sociedade civilizada e recebe bem a todos; argentinos, alemães e todos os que vêm em paz

247 - Abatidos pela receptividade popular dada à Copa do Mundo em todo o Brasil, colunistas políticos da mídia tradicional se viram redivivos no debate em torno do Mundial em razão da derrota, por 7 a 1, da Seleção Brasileira frente a da Alemanha. Com efeito, um resultado vexaminoso deste porte era tudo - e ainda mais - o que quem torcia contra poderia desejar àquela altura do campeonato, quando o sucesso da organização da Copa no País já era irreversível. Agora, fortalecidos pelo fracasso esportivo da equipe nacional, infelizmente muitos colunistas políticos passaram a divulgar uma tese abjeta que tem centro no xenofobismo – a aversão a estrangeiros que está na base de todo pensamento atrasado e totalitário.

Ora de maneira sutil, ora de modo mais selvagem, estrelas da mídia familiar como Merval Pereira, Guilherme Fiúza, Dora Kramer, Reinado Azevedo e Eliane Catânhede, os chamados "colunistas chatos", como esta última vem definindo a própria turma, vestiram a camisa da Seleção Argentina. Não pelo nobre motivo de admirar o futebol do time do país vizinho, mas para que, com a derrota da Alemanha, a presidente Dilma Rousseff se veja obrigada a entrega a taça ao capitão Lionel Messi. Eles têm considerado essa possibilidade como algo próximo da humilhação, da vergonha, da derrota.

Ao que se depreende do texto e subtexto nas palavras escritas, comentários na tevê e posts em blogs, o gesto representaria para Dilma um grande desgaste, com reflexos em perda de popularidade e, em seguida, perda de votos. Dar a taça a argentinos seria, para a presidente, um mau gesto. Tenta-se passar a ideia de que tudo o que o brasileiro médio não quer é que os argentinos vençam a competição dentro do País. Uma pregação, sem dúvida, de separatismo, exclusão e discriminação.

Bem acima da baixaria disseminada pelos torcedores do contra, não é difícil entender que a presidente Dilma está tendo um comportamento exemplar durante a Copa do Mundo – e continuará a fazê-lo ao entregar a taça seja para Messi ou para o capitão alemão Philipp Lahm. Trata-se de um gesto de chefe de Estado do país anfitrião diante do campeão. Não há nenhuma dúvida de que, se hoje um deles estivesse no papel da presidente, também os candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos fariam o mesmo. Assim como

Dilma, também eles vestiram a camisa amarela da Seleção Brasileira e torceram ao lado de todo o povo.

Nem poderia ser diferente. No limite, o que fica é: Dilma, e só ela, não pode fazer o que é absolutamente normal: torcer, e muito, pelo Brasil!

Qual é o problema nisso, caros?

A acusação feita, especialmente nos veículos das Organizações Globo, de que Dilma tentou tirar proveito político da Copa é infame. A presidente, como se sabe, recusou a possibilidade de receber a equipe no Palácio do Planalto para transmitir votos de boa sorte e tirar muitas fotos com os jogadores que vinham sendo tratados como ídolos populares. Dilma deu, como se diz, a cara para bater ao comparecer ao primeiro jogo da Copa. Era o papel dela, outra vez, repita-se, como chefe de Estado do país anfitrião. Seria inconcebível, do ponto de vista protocolar, ela não estar lá. No primeiro jogo da Alemanha, contra Portugal, em Salvador, a chanceler Ângela Merkel esteve na arena Fonte Nova. E também o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, assitiu na arena Dunas, em Natal, sua equipe nacional enfrentar Gana.

No decorrer da competição, Dilma ocupou suas redes sociais com mensagens de rasgado otimismo pelo desempenho da Seleção, fazendo o mesmo em entrevista e pronunciamentos. Pergunta-se: o que se esperava de um presidente da República em tempos de Copa do Mundo no Brasil? Que tratasse o fato com frieza? Que não assumisse, como é do cargo, a camisa de torcedor número 1? Barack Obama, que vibrou com os Estados Unidos, não poderia ter mostrado sua torcida? Ou ele pode? Queriam que Dilma torcesse contra?

A final da Copa, registre-se, será precedida por um encontro, anfitrionado por Dilma, de 15 chefes de Estado e será sucedida por um encontro decisivo dos Brics, no qual será anunciada a fundação de um banco de fomento que promete atuar na contramão do FMI. Será que os colunistas querem excluir alguém ou algum país desses encontros? Melhor Dilma não ir, talvez? Ou barrar a entrada de Cristina Kirchner, ein, ein?

Ao longo da competição, a presidente procurou, como, de novo, é do seu papel, incentivar o desenvolvimento da competição e, claro, expressar sua torcida pela equipe brasileira. Neste contexto usou a expressão "vamos fazer uma Copa no padrão Felipão", que agora causa risos de colunistas nos programas da Globo News. Qualquer presidente prestigiaria o técnico da Seleção no início de uma Copa do Mundo. E fazer a piada é do jogo.

Por outro lado, Dilma entregar a taça aos campeões, sejam argentinos ou alemães, é um gesto de elegância, respeito e esportividade. Buscar alimentar fanatismos em torno do "desastre" que será passar a taça a um "argentino" – como se essa condição fosse um defeito como foi, no passado, ser "judeu", por exemplo – não é apenas querer politizar uma histórica rivalidade esportiva. É jogar baixo.

Em veja.com, Reinaldo Azevedo aproveitou uma frase do ex-presidente Lula para dar seu pitaco, fazendo questão de, na entrada, bater em Lula abaixo da cintura:

A FALA PREMONITÓRIA DE LULA EM 2007: "Vamos realizar uma copa do mundo pra argentino nenhum botar defeito". Nem diga!Ah, como fala este apedeuta seca-pimenteira! Vejam o que disse Lula em 2007 sobre a Copa do Mundo de 2014, naquele tom bravateiro de sempre.




Retomo
Nem diga! Até agora, os argentinos estão adorando. Já são os vice-campeões. E, não sei, não, é grande a chance de que a governanta entregue a taça para Lionel Messi. Isso, sim, seria um "Maracanazo", né?
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 8 de abril de 2014

Eles não podem deixar o Lula falar É por isso que o FHC morre de ódio




A entrevista desta terça-feira do Presidente Lula aos blogueiros sujos é a prova provada de que o PiG (*) não pode deixar o homem falar.

Foi a mais importante entrevista que Lula deu, como ex-presidente.

Defendeu a Ley de Medios e lembrou que cabe ao PT assumir a liderança dessa luta.

Condenou o julgamento do mensalão e reconheceu que Dirceu foi vitima dele.

Que não se arrepende de ter indicado Barbosa – era o melhor currículo de um negro.

Foram três horas e meia de entrevista.

Uma entrevista histórica, que pode ser assistida por todo brasileiro.

Nenhum político brasileiro se comunica melhor com o povo.

Nenhum político brasileiro domina melhor a técnica de enxertar números em argumentos – de forma convincente.

Ele é um mestre na arte de “pôr um rosto atrás de cada número”.

“Se você explica uma vez e o cara não entende, o cara é burro. Se você  explica duas vezes e o cara não entende, o cara é burro. Se você explica três vezes e o cara não entende, o burro é você”, disse ele.

Numa pergunta do Fernando Brito, do imperdível Tijolaço Lula deu uma Aula Magna à Dilma e à Graça – sem citá-las – sobre como defender a Petrobras.

E deu um tiro no peito dos tucanos, Urubólogos, economistas de bancos e todos aqueles  “socialistas” do Dudu que querem a CPI da Petrobras: o que eles não engolem é o regime de partilha.

Eles queriam entregar !

Sobre Pasadena, a melhor resposta foi a que Gabrielli deu ao Conversa Afiada.

Mas, elas tem que ir a toda inauguração de plataforma, de poço, de centro de pesquisas – de qualquer conquista, novidade, para reforçar a importância da Petrobras.

Como disse o Fernando Brito: botar a Petrobras debaixo do braço.

E – atenção !!!, Palácio do Planalto – não agir precipitadamente.

Como disse o Lula: um dia o presidente da Petrobras vai escolher o Presidente do Brasil.

(Se o Fernando Henrique botou lá o Reichstul  e o Francisco Gros por isso, deu com os burros n’água…)

Sobre o Dudu Campriles, o Lula só faltou dizer que “apressadinho come cru”.

Lula contou em detalhes como venceu a crise do gás com o Evo Morales e disse: um metalúrgico do ABC jamais brigaria com um índio.

A resposta do Mandela ao Clinton, que pediu a ele para não ir a uma reunião com o Lula,  Arafat e o Kadafi, em Trípoli: eu sei quem me ajudou quando eu estava na cadeia !

No que deu o Iraque ?

A Líbia, depois da intervenção americana ?

Quem sabia que o Lula pensava assim ?

Que o Lula, logo depois de eleito, aguentou uma arenga do George Bush sobre o Iraque, Saddam Hussein e Bin laden.

Quando chegou a vez de o Lula falar, ele disse: olha, Bush, o Brasil está a 5 mil km do Iraque.

O Bin Laden nunca me fez mal.

O que faz mal aos brasileiros é a fome.

Com quem mais o Lula pode falar, assim, além dos blogueiros ?

Quem manda o PT ser o único partido trabalhista que não enfrentou a Globo ?

Já imaginaram uma rede de televisão – aberta ou fechada – que fizesse um programa semanal, no horário nobre ou no pós-nobre, com o título “Palavra do Nunca Dantes ”?

E deixava o jornal nacional, cuja audiência afunda como a P-36, botar no ar o Fernando Henrique toda noite.

Ou o Cerra para falar do Cambio.

Nos bons tempos do Dr Roberto, era proibido deixar o som da voz do Lula “subir” num telejornal (sic) da Globo.

O brasileiro só descobriu que ele falava Português e, não, Javanês, no horário eleitoral.

Agora, e pior ainda.

Nem voz nem cara.

É preciso calar o homem.

Só ele diz na cara do Otavinho que o New York Times publicou o que ele, Otavinho, mais queria: dizer que o Lula era um bêbado.

E o Otavinho pôde dar a manchete na Folha, com a mentira do New Times.

E o cara do New York Times nunca pagou uma cerveja ao Lula, ele reclamou …

Só o Lula tem a coragem de dizer que o mal do Príncipe da Privataria é o complexo de vira-latas.

O Ministro da Educação do Fernando Henrique – que Deus o tenha, Paulo Renato – proibiu o Brasil de fazer escola técnica.

O Lula fez 214 novas escolas federais.

O Lula fez 14 universidades e o Príncipe dos Sociólogos, NENHUMA !!!

Como disse o Lula na abertura da entrevista, sem citá-lo: o Fernando Henrique prefere não fazer os sucessores para poder falar mal dos governantes (trabalhistas).

Porque, como se sabe, o Fernando Henrique quer que o Cerra, o Alckmin e o Aécio se explodam – assim como o Brasil.

O Fernando Henrique – que não existe, pois passou a ser um espécime da zoologia fantástica do Borges e só sobrevive no PiG (*) – só está interessado nele.

E quando vê o Lula falar, com essa credibilidade, esse magnetismo, se morde de ódio.

De inveja !

Não podem deixar o Lula abrir a boca !


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 5 de janeiro de 2014

DICIONÁRIO (DE CONTEÚDOS VAZIOS) DO PIG PARA 2014 “Sustentabilidade”, “recuperar a credibilidade”, “desarranjo fiscal” – um dicionário de conteúdos vazios.

O ansioso blogueiro, com o elevado intuito de ajudar os colonistas (*)  do PiG (**), hoje totalmente desacreditados, elaborou uma espécie de “Dicionário do Conteúdo Vazio”: um resumo das expressões que, com ou sem chapéus, eles inevitavelmente empregarão neste Ano Santo de 2014.

Tempestade – é a combinação de: as agências de risco dão nota zero ao Brasil; a Petrobras vai à falência; o Pão de Açúcar afundará na Baia de Guanabara; o pré-sal se revelará só-sal; e a presidenta Dilma Rousseff renunciará para aderir ao zen-budismo. Isso tudo acontecerá ao mesmo tempo em que China parar de importar soja.

Sustentabilidade – é a forma de alguns empresários predadores conseguirem pregar no sono: arrancam o couro dos empregados durante o dia e plantam uma muda de salsinha na mansão em Trancoso; só no Brasil a causa da Ecologia se associou à Big House, ao 1%; sem o Itaú, a Rede da “sustentabilidade“ não passava de uma loja maçônica.

Agregar – é a forma elegante de colonistas e economistas de bancos – são a mesma coisa – exibirem sofisticação e modernismo. “Agregar’” seguido de “Valor” significa exatamente isso: NADA ! Trata-se, apenas, de um substituto de “somar”, “adicionar” , mas, de forma pedante, indica que o colonista frequentou os cursos de MBA de Harvard (e quebrou a empresa do Papai).

Padrão FIFA – Antigamente se dizia “do Primeiro Mundo”. Tem o mesmo significado de  “o Brasil é uma m…”.

Imagine na Copa – Veja verbete “padrão FIFA”. Nesse caso, há um componente interessante: é a previsão da catástrofe. Nas profundezas do Colonizado há, permanentemente, a esperança de que vá tudo para o Inferno. E só a Big House, porque fica no alto da colina, se salvará. Na Copa, vai tudo para o Inverno. Menos …

Dá pra fazer mais … – Entrou para dicionário do PiG por conta do Dudu, que traiu a Dilma e o Lula da forma mas desinibida. Claro que dá para fazer mais ! Sempre dá. Só um governante não pode ser acusado de ter feito “de menos”: Deus. E mesmo assim há controvérsias. Jó que o diga …

Transparência – É o que os colonistas do PiG exigem dos governos trabalhistas. Mas, o conceito não se aplica às dívidas das empresas do PiG com a Receita Federal. Trata-se de mais um americanismo imposto à ideologia da Big House. “Transparência”, mesmo, quem deve é o Padim Pade Cerra, que, até hoje, não mostrou o diploma de engenheiro ou economista,  e ninguém sabe do que vive. “Transparência” é o que falta ao Príncipe de Privataria, para explicar como conseguiu a reeleição a R$ 200 mil a cabeça, no Acre ! No Acre ! Isso é que é intransparência” !

Tripé – É uma das contribuições da Bláblárina ao pensamento Conservador. (Uma das últimas proezas dela, na Folha (***), foi demonstrar que Hannah Arendt era Congregada Mariana, devota de Nossa Senhora de Fátima.) Bláblá foi a primeira a dizer que a Dilma tinha perdido o “tripé” do Fernando Henrique. Provavelmente ela se referia ao “tripé” das três visitas do FHC ao FMI. “Tripé” na “lógica” da Bláblá significa “mais juros”…

Instinto animal, é preciso despertar o … – Despertar o instinto animal foi uma especialidade do Príncipe da Privataria. Com a ajuda do Ricardo Sergio, do André Lara Resende e do Luiz Caros Mendonça de Barros, ele despertou o “instinto animal” do Daniel Dantas na hora “privatizar” as teles. “Despertar o instinto animal” significa “entregar a rapadura”. Permitir que os empresários que concorrem aos leiloes da Dilma determinem a TIR (“taxa interna de retorno”), ou seja, quanto vão levar pra casa. Diz-se que a Dilma não “desperta o instinto animal” dos empresários, como se o Estado fosse aquele funcionário do zoológico que leva a carne à jaula do tigre. Na verdade, o que se quer é o bom e velho “Estado-Mãe!”. Esse é mais do Estado-Polícia do Marx. É o Estado que os neolibelês (****)  instalaram na América Latina. E sonham por instalar, de novo – clique aqui para ler “o Aécio roda, roda, roda e cai no colo dos americanos”.

Choque de gestão – é uma ficção inventada pelos tucanos. Os professores públicos de Minas sabem o que isso significa. Os policiais do Paraná, também. Contra o que chamam de “aparelhamento” do Estado pelo PT, os tucanos tiram o couro do funcionário público – especialmente professores , para facilitar o serviço das escolas privadas -  e aplicam o “choque”. Não tem a mesma eficácia do choque elétrico da “cadeira do dragão”, mas a fonte de energia é a mesma.

Desarranjo fiscal – não tem nada a ver com diarreia. Tem mais a ver com Inês de castro: aquela que nunca foi Rainha. Como se sabe, a Dilma atingiu em 2013 os objetivos previstos num programa de austeridade fiscal. Os governos trabalhistas têm cumprido as metas de inflação – o FHC não cumpriu nenhuma – e respeitam os tripés, quadriláteros, octaedros e o diabo que for, em matéria de higidez. Mas, como diz o Ministro Mantega, os nervosinhos não se acalmam. Estão sempre lá os economistas de bancos e colonistas do PiG – são da mesma natureza – a dizer que dessa vez passa, mas … ano que vem (vá ao verbete Imagina na Copa, que trata dos profetas do Apocalipse). O desarranjo é uma das esperanças da oposição. Como está mais difícil antecipar o desemprego maciço, o jeito é prever a disenteria orçamentaria. Pois, não é que a Oposição acabou trancada no “reservado” ?

Recuperar a credibilidade – é um exercício desprovido de qualquer conteúdo. Qual a “credibilidade” a ser recuperada ? A do Governo que foi três vezes ao FMI ? Que comprou uma reeleição ? Que tinha como Maestro o Sergio Motta, o trator que levou para o túmulo o log-in das operações do PSDB ? O Cerra, por exemplo: de que vive ele ? Qual a “credibilidade” que ele pode cobrar ? E o pessoal capturado no trensalão ? E o marido da Bláblá, que não larga o osso do Governo do PT no Acre ? No fundo, no fundo, “recuperar a credibilidade” significa trazer o Consenso de Washington de volta ao centro do programa de Governo. Não tem nada a ver com a Ética ou com a Eficiência. Muito menos com a Justiça Social. Tem a ver com o cofre da Big House. Parte aqui, parte em Cayman.

Em tempo: 
para atender a pedido do amigo navegante JK:

Ruptura
 – expressão de Bláblárina Silva para explicar como “rompeu” com a velha política. A “nova política” da agente da “ruptura” inclui a união, de papel passado, com esse Gigante do Orçamento, o Sergio Guerra; com Heráclito Fortes, de destacada atuação na defesa de Daniel Dantas, no Congresso; Arnaldo Jardim, encontrado, inocente, sob um banco do trensalão tucano; Jorge Bornhausen, um velho conhecido do delegado Protógenes Queiroz, desde os bons tempos do Banco Auracária, em Santa Catarina e em Foz do Iguaçu; e o alinhamento com os tucanos (só não pode em São Paulo). A “ruptura” inclui um “forte ajuste fiscal” – ver verbete “dessarranjo fiscal” -, com o consequente brutal aumento das taxas de juros, para a surpresa do Banco Itaú. Não esquecer que, antes da “ruptura”, Bláblá procurou Tarso Genro para abrir uma dissidência no PT e lançar sua candidatura à sucessão de Lula, contra Dilma. Bem sucedida nessa empreitada traírica, ela, em lugar da “ruptura”, abriria uma dissidência que poderia ser a “vamos que vamos”. Mas, quem entende mesmo de “ruptura” é o marido da Bláblá, que não larga o osso no Governo do PT no Acre.

Em tempo2: 
para atender a pedido do amigo navegante Edvard:

No futebol será assim:

O Felipão recuperou a credibilidade da seleção. Trabalhando com transparência, aplicou um choque de gestão, agregou o time, despertou o instinto animal dos jogadores, deu sustentabilidade ao ataque com o tripé do meio campo e aplicou uma tempestade de gols nos adversários. Agora temos um escrete padrão FIFA e se não houver um desarranjo fiscal na CBF o prêmio pelo título será muito bom.

Como vêm, dá para brincar de Odorico Paraguaçu de muitas formas.



Paulo Henrique Amorim



(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.