Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Aprovada PEC 241 em 1ª votação; comemoração foi organizada pelo maior defensor de Cunha; veja vídeo e lista de quem votou a favor de cortes na Saúde e Educação



 
Deputado Carlos Marun (centro), o maior defensor do ex-deputado, Eduardo Cunha, organiza a comemoração da aprovação da PEC 241 no plenário da Câmara. Primeira votação. Foto Lula Marques/Agência PT

Da Redação

A Câmara dos Deputados aprovou em primeira votação a PEC 241, também chamada de PEC da Morte, da Maldade, do Fim do Mundo e do Arrocho.

Foram 366 votos a favor, 111 contra e duas abstenções. Eram necessários 308.

PT, PCdoB, PDT, PSOL, Rede e PMB orientaram o voto dos seus parlamentares contra a PEC 241.
Os demais partidos, incluindo PMDB, PSDB, DEM, PP, PPS, e PTB, determinaram o voto a favor da proposta.

Confira abaixo como votou cada deputado.
Parlamentar UF Voto
DEM
Abel Mesquita Jr. RR Sim
Alberto Fraga DF Sim
Alexandre Leite SP Sim
Carlos Melles MG Sim
Claudio Cajado BA Sim
Efraim Filho PB Sim
Eli Corrêa Filho SP Sim
Felipe Maia RN Sim
Francisco Floriano RJ Sim
Hélio Leite PA Sim
Jorge Tadeu Mudalen SP Sim
José Carlos Aleluia BA Sim
Juscelino Filho MA Sim
Mandetta MS Sim
Marcelo Aguiar SP Sim
Marcos Rogério RO Sim
Marcos Soares RJ Sim
Misael Varella MG Sim
Missionário José Olimpio SP Sim
Onyx Lorenzoni RS Sim
Pauderney Avelino AM Sim
Paulo Azi BA Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende TO Não
Rodrigo Maia RJ Art. 17
Sóstenes Cavalcante RJ Sim
Total DEM: 25
PCdoB
Alice Portugal BA Não
Angela Albino SC Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Não
Jandira Feghali RJ Não
Jô Moraes MG Não
Luciana Santos PE Não
Orlando Silva SP Não
Professora Marcivania AP Não
Rubens Pereira Júnior MA Não
Total PCdoB: 10
PDT
Afonso Motta RS Não
André Figueiredo CE Não
Assis do Couto PR Não
Carlos Eduardo Cadoca PE Sim
Dagoberto MS Não
Damião Feliciano PB Sim
Félix Mendonça Júnior BA Não
Flávia Morais GO Sim
Hissa Abrahão AM Sim
Leônidas Cristino CE Não
Mário Heringer MG Sim
Roberto Góes AP Sim
Ronaldo Lessa AL Não
Subtenente Gonzaga MG Não
Vicente Arruda CE Não
Weverton Rocha MA Não
Wolney Queiroz PE Não
Total PDT: 17
PEN
Erivelton Santana BA Sim
Junior Marreca MA Sim
Walney Rocha RJ Não
Total PEN: 3
PHS
Carlos Andrade RR Sim
Diego Garcia PR Sim
Dr. Jorge Silva ES Sim
Givaldo Carimbão AL Sim
Marcelo Aro MG Sim
Marcelo Matos RJ Sim
Pastor Eurico PE Sim
Total PHS: 7
PMB
Pastor Luciano Braga BA Sim
Weliton Prado MG Não
Total PMB: 2
PMDB
Alberto Filho MA Sim
Alceu Moreira RS Sim
Alexandre Serfiotis RJ Sim
Altineu Côrtes RJ Sim
André Amaral PB Sim
Aníbal Gomes CE Sim
Baleia Rossi SP Sim
Cabuçu Borges AP Sim
Carlos Bezerra MT Sim
Carlos Marun MS Sim
Celso Jacob RJ Sim
Celso Maldaner SC Sim
Celso Pansera RJ Sim
Daniel Vilela GO Sim
Darcísio Perondi RS Sim
Dulce Miranda TO Sim
Edinho Araújo SP Sim
Edinho Bez SC Sim
Elcione Barbalho PA Sim
Fábio Ramalho MG Sim
Fabio Reis SE Sim
Fernando Jordão RJ Sim
Flaviano Melo AC Sim
Hermes Parcianello PR Sim
Hildo Rocha MA Sim
Hugo Motta PB Sim
Jarbas Vasconcelos PE Sim
Jéssica Sales AC Sim
João Arruda PR Sim
João Marcelo Souza MA Sim
Jones Martins RS Sim
José Fogaça RS Sim
José Priante PA Sim
Josi Nunes TO Sim
Kaio Maniçoba PE Sim
Laura Carneiro RJ Sim
Lelo Coimbra ES Sim
Leonardo Quintão MG Sim
Lucio Mosquini RO Sim
Lucio Vieira Lima BA Sim
Manoel Junior PB Sim
Marcelo Castro PI Sim
Marcos Rotta AM Sim
Marinha Raupp RO Sim
Marx Beltrão AL Sim
Mauro Lopes MG Sim
Mauro Mariani SC Sim
Mauro Pereira RS Sim
Moses Rodrigues CE Sim
Newton Cardoso Jr MG Sim
Osmar Serraglio PR Sim
Rodrigo Pacheco MG Sim
Rogério Peninha Mendonça SC Sim
Ronaldo Benedet SC Sim
Saraiva Felipe MG Sim
Sergio Souza PR Sim
Simone Morgado PA Sim
Soraya Santos RJ Sim
Valdir Colatto SC Sim
Valtenir Pereira MT Sim
Vitor Valim CE Sim
Walter Alves RN Sim
Washington Reis RJ Sim
Zé Augusto Nalin RJ Sim
Total PMDB: 64
PP
Adail Carneiro CE Sim
Afonso Hamm RS Sim
Aguinaldo Ribeiro PB Sim
André Abdon AP Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Rosado RN Sim
Beto Salame PA Sim
Cacá Leão BA Sim
Conceição Sampaio AM Sim
Covatti Filho RS Sim
Dimas Fabiano MG Sim
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Sim
Ezequiel Fonseca MT Sim
Fausto Pinato SP Sim
Fernando Monteiro PE Sim
Franklin Lima MG Sim
Guilherme Mussi SP Sim
Hiran Gonçalves RR Sim
Iracema Portella PI Sim
Jerônimo Goergen RS Sim
José Otávio Germano RS Sim
Julio Lopes RJ Sim
Lázaro Botelho TO Sim
Luis Carlos Heinze RS Sim
Luiz Fernando Faria MG Sim
Macedo CE Sim
Maia Filho PI Sim
Marcelo Belinati PR Não
Marcus Vicente ES Sim
Mário Negromonte Jr. BA Sim
Nelson Meurer PR Sim
Odelmo Leão MG Sim
Paulo Maluf SP Sim
Renato Molling RS Sim
Ricardo Izar SP Sim
Roberto Balestra GO Sim
Roberto Britto BA Sim
Ronaldo Carletto BA Sim
Rôney Nemer DF Não
Sandes Júnior GO Sim
Simão Sessim RJ Sim
Toninho Pinheiro MG Sim
Total PP: 43
PPS
Arnaldo Jordy PA Não
Arthur Oliveira Maia BA Sim
Carmen Zanotto SC Não
Eliziane Gama MA Não
Marcos Abrão GO Sim
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Sim
Total PPS: 7
PR
Adelson Barreto SE Sim
Aelton Freitas MG Sim
Alexandre Valle RJ Sim
Alfredo Nascimento AM Sim
Anderson Ferreira PE Sim
Bilac Pinto MG Sim
Brunny MG Sim
Cabo Sabino CE Sim
Cajar Nardes RS Sim
Capitão Augusto SP Sim
Clarissa Garotinho RJ Não
Davi Alves Silva Júnior MA Sim
Delegado Edson Moreira MG Sim
Delegado Waldir GO Sim
Dr. João RJ Sim
Edio Lopes RR Sim
Giacobo PR Sim
Giovani Cherini RS Sim
Gorete Pereira CE Sim
João Carlos Bacelar BA Sim
Jorginho Mello SC Sim
José Carlos Araújo BA Sim
José Rocha BA Sim
Laerte Bessa DF Sim
Lúcio Vale PA Sim
Luiz Cláudio RO Sim
Luiz Nishimori PR Sim
Magda Mofatto GO Sim
Marcelo Álvaro Antônio MG Sim
Marcio Alvino SP Sim
Milton Monti SP Sim
Paulo Feijó RJ Sim
Paulo Freire SP Sim
Remídio Monai RR Sim
Silas Freire PI Abstenção
Tiririca SP Sim
Vicentinho Júnior TO Sim
Vinicius Gurgel AP Sim
Wellington Roberto PB Sim
Zenaide Maia RN Não
Total PR: 40
PRB
Alan Rick AC Sim
Antonio Bulhões SP Sim
Beto Mansur SP Sim
Carlos Gomes RS Sim
Celso Russomanno SP Sim
César Halum TO Sim
Cleber Verde MA Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
João Campos GO Sim
Lindomar Garçon RO Sim
Marcelo Squassoni SP Sim
Márcio Marinho BA Sim
Ricardo Bentinho SP Sim
Roberto Alves SP Sim
Roberto Sales RJ Sim
Ronaldo Martins CE Sim
Rosangela Gomes RJ Sim
Silas Câmara AM Sim
Tia Eron BA Sim
Vinicius Carvalho SP Sim
Total PRB: 20
PROS
Bosco Costa SE Não
Eros Biondini MG Sim
Felipe Bornier RJ Sim
George Hilton MG Não
Odorico Monteiro CE Não
Ronaldo Fonseca DF Sim
Toninho Wandscheer PR Sim
Total PROS: 7
PRP
Nivaldo Albuquerque AL Sim
Total PRP: 1
PSB
Adilton Sachetti MT Sim
Átila Lira PI Sim
Bebeto BA Sim
César Messias AC Não
Danilo Cabral PE Não
Danilo Forte CE Sim
Fabio Garcia MT Sim
Fernando Coelho Filho PE Sim
Flavinho SP Sim
Gonzaga Patriota PE Não
Heitor Schuch RS Não
Heráclito Fortes PI Sim
Hugo Leal RJ Sim
Ildon Marques MA Sim
Janete Capiberibe AP Não
JHC AL Não
João Fernando Coutinho PE Não
José Reinaldo MA Sim
Jose Stédile RS Não
Júlio Delgado MG Não
Keiko Ota SP Sim
Leopoldo Meyer PR Sim
Luciano Ducci PR Sim
Luiz Lauro Filho SP Sim
Maria Helena RR Sim
Marinaldo Rosendo PE Sim
Paulo Foletto ES Sim
Rafael Motta RN Sim
Rodrigo Martins PI Sim
Tadeu Alencar PE Não
Tenente Lúcio MG Sim
Tereza Cristina MS Sim
Total PSB: 32
PSC
Andre Moura SE Sim
Eduardo Bolsonaro SP Sim
Gilberto Nascimento SP Sim
Jair Bolsonaro RJ Sim
Júlia Marinho PA Sim
Pr. Marco Feliciano SP Sim
Total PSC: 6
PSD
André de Paula PE Sim
Antonio Brito BA Sim
Átila Lins AM Sim
Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
Delegado Éder Mauro PA Sim
Diego Andrade MG Sim
Domingos Neto CE Sim
Edmar Arruda PR Sim
Evandro Roman PR Sim
Expedito Netto RO Não
Fábio Faria RN Sim
Fábio Mitidieri SE Sim
Fernando Torres BA Sim
Goulart SP Sim
Herculano Passos SP Sim
Indio da Costa RJ Sim
Irajá Abreu TO Sim
Jaime Martins MG Sim
Jefferson Campos SP Sim
João Rodrigues SC Sim
Joaquim Passarinho PA Sim
José Nunes BA Sim
Júlio Cesar PI Sim
Marcos Montes MG Sim
Marcos Reategui AP Sim
Paulo Magalhães BA Sim
Raquel Muniz MG Sim
Rogério Rosso DF Sim
Rômulo Gouveia PB Sim
Sandro Alex PR Sim
Sérgio Brito BA Sim
Stefano Aguiar MG Sim
Tampinha MT Sim
Thiago Peixoto GO Sim
Victor Mendes MA Sim
Total PSD: 35
PSDB
Antonio Imbassahy BA Sim
Betinho Gomes PE Sim
Bonifácio de Andrada MG Sim
Bruno Araújo PE Sim
Bruno Covas SP Sim
Caio Narcio MG Sim
Carlos Sampaio SP Sim
Célio Silveira GO Sim
Daniel Coelho PE Sim
Domingos Sávio MG Sim
Duarte Nogueira SP Sim
Eduardo Barbosa MG Sim
Eduardo Cury SP Sim
Elizeu Dionizio MS Sim
Fábio Sousa GO Sim
Geovania de Sá SC Sim
Geraldo Resende MS Sim
Giuseppe Vecci GO Sim
Izalci DF Sim
João Castelo MA Sim
João Paulo Papa SP Sim
Jutahy Junior BA Sim
Lobbe Neto SP Sim
Luiz Carlos Hauly PR Sim
Mara Gabrilli SP Sim
Marco Tebaldi SC Sim
Marcus Pestana MG Sim
Mariana Carvalho RO Sim
Miguel Haddad SP Sim
Nelson Marchezan Junior RS Sim
Nelson Padovani PR Sim
Nilson Leitão MT Sim
Nilson Pinto PA Sim
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Sim
Paulo Martins PR Sim
Pedro Cunha Lima PB Sim
Pedro Vilela AL Sim
Raimundo Gomes de Matos CE Sim
Ricardo Tripoli SP Sim
Rocha AC Sim
Rodrigo de Castro MG Sim
Rogério Marinho RN Sim
Shéridan RR Sim
Silvio Torres SP Sim
Vanderlei Macris SP Sim
Vitor Lippi SP Sim
Total PSDB: 47
PSL
Alfredo Kaefer PR Sim
Dâmina Pereira MG Sim
Total PSL: 2
PSOL
Chico Alencar RJ Não
Edmilson Rodrigues PA Não
Glauber Braga RJ Não
Ivan Valente SP Não
Jean Wyllys RJ Não
Luiza Erundina SP Não
Total PSOL: 6
PT
Adelmo Carneiro Leão MG Não
Afonso Florence BA Não
Ana Perugini SP Não
Andres Sanchez SP Não
Angelim AC Não
Arlindo Chinaglia SP Não
Assis Carvalho PI Não
Benedita da Silva RJ Não
Beto Faro PA Não
Bohn Gass RS Não
Caetano BA Não
Carlos Zarattini SP Não
Chico D Angelo RJ Não
Décio Lima SC Não
Enio Verri PR Não
Erika Kokay DF Não
Fabiano Horta RJ Não
Gabriel Guimarães MG Abstenção
Givaldo Vieira ES Não
Helder Salomão ES Não
Henrique Fontana RS Não
João Daniel SE Não
Jorge Solla BA Não
José Airton Cirilo CE Não
José Guimarães CE Não
José Mentor SP Não
Leo de Brito AC Não
Leonardo Monteiro MG Não
Luiz Couto PB Não
Luiz Sérgio RJ Não
Luizianne Lins CE Não
Marco Maia RS Não
Marcon RS Não
Margarida Salomão MG Não
Moema Gramacho BA Não
Nelson Pellegrino BA Não
Nilto Tatto SP Não
Padre João MG Não
Patrus Ananias MG Não
Paulão AL Não
Paulo Teixeira SP Não
Pedro Uczai SC Não
Pepe Vargas RS Não
Reginaldo Lopes MG Não
Rubens Otoni GO Não
Ságuas Moraes MT Não
Valmir Assunção BA Não
Valmir Prascidelli SP Não
Vander Loubet MS Não
Vicente Candido SP Não
Vicentinho SP Não
Waldenor Pereira BA Não
Zé Carlos MA Não
Zé Geraldo PA Não
Zeca do Pt MS Não
Total PT: 55
PTB
Adalberto Cavalcanti PE Sim
Alex Canziani PR Sim
Arnaldo Faria de Sá SP Não
Benito Gama BA Sim
Deley RJ Sim
Jorge Côrte Real PE Sim
Josué Bengtson PA Sim
Jovair Arantes GO Sim
Nelson Marquezelli SP Sim
Nilton Capixaba RO Sim
Paes Landim PI Sim
Pedro Fernandes MA Sim
Sérgio Moraes RS Sim
Wilson Filho PB Sim
Zeca Cavalcanti PE Sim
Total PTB: 15
PTdoB
Cabo Daciolo RJ Não
Luis Tibé MG Sim
Silvio Costa PE Sim
Total PTdoB: 3
PTN
Ademir Camilo MG Sim
Alexandre Baldy GO Sim
Aluisio Mendes MA Sim
Antônio Jácome RN Sim
Carlos Henrique Gaguim TO Sim
Dr. Sinval Malheiros SP Sim
Francisco Chapadinha PA Sim
Jozi Araújo AP Sim
Luiz Carlos Ramos RJ Sim
Renata Abreu SP Sim
Ricardo Teobaldo PE Sim
Total PTN: 11
PV
Antonio Carlos Mendes Thame SP Sim
Evair Vieira de Melo ES Sim
Evandro Gussi SP Sim
Leandre PR Sim
Roberto de Lucena SP Sim
Uldurico Junior BA Sim
Total PV: 6
REDE
Alessandro Molon RJ Não
Aliel Machado PR Não
Miro Teixeira RJ Não
Total REDE: 3
Solidariede
Augusto Carvalho DF Sim
Augusto Coutinho PE Sim
Aureo RJ Sim
Benjamin Maranhão PB Sim
Carlos Manato ES Sim
Fernando Francischini PR Sim
Laercio Oliveira SE Sim
Laudivio Carvalho MG Sim
Lucas Vergilio GO Sim
Major Olimpio SP Não
Paulo Pereira da Silva SP Sim
Wladimir Costa PA Sim
Zé Silva MG Sim
Total Solidariede: 13
Crédito das fotos: Lula Marques, Agência PT



Lula Marques - pec 241

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Temer ainda não tem votos para consolidar o golpe

LULA MARQUES: <p>Brasília- DF 16-06-2016 Presidente interino, Michel Temer e o ministro da educação, Mendonça filho anunciando prorrogação do FIES. Foto Lula Marques/Agência PT</p>

Levantamento publicado nesta terça-feira pela Folha mostra que a situação do interino Michel Temer é menos confortável do que alardeiam seus aliados; embora o Palácio do Planalto fale em 63 votos a favor do golpe parlamentar de 2016, Temer tem apenas 48 garantidos dos 54 necessários; a presidente eleita Dilma Rousseff, por sua vez, conta com 19; os demais não quiseram declarar seus votos; alguns senadores temem ficar rotulados como golpistas e também votar contra seus próprios eleitores, uma vez que, segundo pesquisa Vox Populi, 79% dos brasileiros defendem a saída imediata de Temer, seja para a volta de Dilma, seja para a realização de novas eleições 

247 – A três dias do início do julgamento final da presidente Dilma Rousseff, num processo do Senado Federal que não demonstrou crime de responsabilidade e que, portanto, é um golpe parlamentar denunciada pela imprensa do mundo interino, o interino Michel Temer não tem os votos necessários para se manter no poder.

De acordo com um levantamento feito pela Folha de S. Paulo com todos os senadores, o interino tem apenas 48 votos dos 54 necessários – embora seus aliados falem em até 63 (leia mais aqui). A presidente Dilma Rousseff conta com 19 e os demais estão indecisos.

Alguns senadores temem ficar rotulados como golpistas e também votar contra seus próprios eleitores, uma vez que, segundo pesquisa Vox Populi, 79% dos brasileiros defendem a saída imediata de Temer, seja para a volta de Dilma, seja para a realização de novas eleições. De acordo com a Vox, 61% querem eleições e 18% defendem que Dilma fique até o fim (leia aqui).

Como Dilma já declarou que, após a derrota do impeachment, pretende chamar novas eleições, a saída democrática defendida por 79% dos brasileiras passa pela derrota de Temer. E isso mexe com os senadores na reta final.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

FRENTE CONTRA O GOLPE É ASSINADA POR 186 DEPUTADOS

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pesquisas põem PSDB em desespero; Veja tenta última cartada


A previsível subida de Dilma nas pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas no fim da tarde de quinta-feira 23 se fez acompanhar de indícios de que o PSDB e a parcela mais engajada de seu eleitorado – inclusive uma boa parcela que milita nos grandes meios de comunicação – podem se recusar a aceitar um resultado das urnas que não seja o que desejam.


Enquanto colunistas tucanos como Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli já falam em derrubar Dilma no segundo mandato, Veja antecipou em dois dias a capa de sua edição que só deve sair no próximo sábado para tentar contaminar a tempo a parcela do eleitorado que ainda não se decidiu ou que for mais suscetível a manipulações de última hora.
Detalhe: Magnoli publica seu artigo golpista no site de um “Clube Militar” e Azevedo diz, em seu texto não menos golpista, a seguinte pérola:
“(…) Se Dilma for reeleita e se for verdade o que diz o doleiro, DEVEMOS RECORRER ÀS LEIS DA DEMOCRACIA — não a revoluções e a golpes — para impedir que governe”
Azevedo sugere que a oposição tentará pedir o impeachment de Dilma com base em suposta declaração de um meliante. Já Magnoli afirma que, mesmo vencendo a eleição, Dilma não terá “legitimidade para governar”.
Quanto a Veja, o de sempre: sem provas, acusa a presidente da República e o ex-presidente Lula de saberem de um suposto esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. É a última cartada.
A teoria de Veja é a seguinte: como a eleição supostamente estaria “apertada”, qualquer denúncia que não puder ser rebatida a tempo por Dilma pode levar os mais suscetíveis a mudar de voto.
Paralelamente, o centro de São Paulo viu ocorrer no mesmo dia agressão odiosa de militantes do PSDB contra militantes do PT. Parte de um grupo de 500 militantes tucanos invadiu uma manifestação de cerca de 50 petistas no centro da capital e os agrediu. Os petistas reagiram e foi necessária intervenção da Polícia Civil para separar os contendores.
Como se vê, vencer a eleição nem chega a ser o maior problema de Dilma, que, apesar da tentativa desesperada da Veja, dificilmente será derrotada com ou sem a denúncia irresponsável da revista, que espera que a presidente e seu padrinho político sejam condenados preliminarmente, sem apelação, de preferência até o próximo domingo.
Não vai rolar.
Mas o que se percebe é que a campanha eleitoral deixará cicatrizes. O PSDB não vai querer conversa. Se a mídia vai entrar na dos tucanos e participar de uma tentativa de sabotar o segundo governo de Dilma ao ponto de provocar seu impeachment, como sugere Reinaldo Azevedo, é outra história.
A impressão que se tem é de que alguns veículos já buscam se dissociar do extremismo da Veja e do próprio PSDB, que parece achar que pode ganhar a eleição se gritar bastante.
Seja como for, alguém deveria dizer a Azevedos, Magnolis, Vejas e Aécios que o Brasil é uma democracia e, em democracias, cara feia de perdedores de eleição é fome. Essa gente aproveitaria melhor seu tempo se começasse a planejar já alguma estratégia para 2018 que convença este povo a lhe dar nova chance de governar o Brasil.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Há uma pedra no meio da língua de Aécio

Arquivo
Jean Wyllys, deputado federal reeleito do PSOL declara apoio a Dilma, contra o retrocesso representado por Aécio e o PSDB.

O homofóbico Silas Malafaia é o mais novo aliado de Aécio, desde criancinha, diz o "bispo".

Marina mantém a coerência e adere à candidatura que tem em Armínio Fraga um embaixador do juro alto.

Nova política: a Rede de Marina está rachada e dificulta a baldeação da candidata que quer apoiar Aécio a qualquer custo; Marina já ameaça não acatar a orientação da maioria.

Executiva do PSB decide queimar caravelas e se junta ao PSDB contra o PT; Roberto Amaral sela a travessia do Rubicão com abraço em Aécio Neves; com a palavra, Luiza Erundina

Marcelo Freixo, do PSOL, o deputado federal mais votado do Rio, antecipa-se ao partido e declara apoio a Dilma no 2º turno: Não admito o retrocesso de uma volta a um governo tucano.

Oito dos 13 governadores eleitos domingo apoiam Dilma.



Minas tornou-se a pedra no meio da língua de Aécio. Quanto mais ele ataca Dilma e o PT, mais complicado fica explicar a derrota no seu estado.

por: Saul Leblon

Aécio Neves festejou a virada sobre Marina Silva, cujo encolhimento franqueou ao tucano a vaga de adversário de Dilma Rousseff no 2º turno da eleição presidencial deste ano.

A virada sobre a candidata do PSB, de fato expressiva (pesquisas de véspera davam a Aécio 21% das intenções de voto e ele chegou a 33,5%), precisa ser qualificada para não ser subestimada, nem mistificada.

Aécio cresceu menos por seus méritos, mais pela polaridade estabelecida entre Marina e Dilma, que praticamente monopolizaram o primeiro turno.

Se o embate entre as duas deixou a candidatura tucana no limbo por um período, contribuiu também para preservá-la de um escrutínio mais duro de propostas e dissecação histórica.

À medida  em que Marina perdeu o magnetismo inicial, setores que a apoiavam migraram em debandada de volta a Aécio, que arrebanhou, ademais, os votos temerosos de uma vitória de Dilma no primeiro turno.

Isso ficou nítido na votação significativa do tucano no quartel-general do conservadorismo brasileiro: no estado de São Paulo ele obteve mais de 10 milhões de votos, contra 5,9 milhões de Dilma.

Mesmo assim, a  vantagem que Dilma leva agora para o 2º turno (41,5% x 33,5%, oito pontos), embora inferior a de 2010 quando fez 47% contra  32,6% de Serra,  representa oito milhões de votos de dianteira. Em 2010 foram 14 milhões de votos (*).
Se é óbvio que desfrutará do apoio uníssono do jornalismo isento,  tucano não disporá mais do abrigo de ostracismo agora que personifica o polo antagônico do projeto de construção de uma democracia social no Brasil.

Não só.

Será difícil para quem se propõe a ‘consertar o país’, explicar por que os eleitores do seu estado natal, que vivenciaram essa habilidade  ao longo de dois mandatos sucessivos do candidato, rechaçaram solenemente a sua continuidade neste domingo.

Aécio foi duplamente derrotado em Minas Gerais.

Não qualquer dupla derrota.

O candidato do ex-governador foi derrotado logo no primeiro turno da disputa estadual; não por uma margem estreita, mas por 52% contra 43%. E não por qualquer adversário: pelo PT.

O mesmo partido que ele acusa de haver demolido o Brasil e assaltado a Petrobrás.

Minas tornou-se a pedra no meio da língua de Aécio.

Quanto mais ele ataca o PT, mais complicado fica explicar a sua derrota em Minas.

Como um partido tão ruim foi capaz de derrotar um ciclo tão bom de administrações comandadas por ele?

E para que não haja qualquer tentativa de confundir a derrota emblemática com questões locais, Minas enviou um segundo torpedo ao Brasil.

Embrulhado no ditado ‘só quem não conhece que te compra’, deu a Dilma 43,46% dos votos, contra 39,77% para Aécio Neves.

Nada disso deve ser confundido com otimismo ingênuo diante da virulenta batalha do 2º turno que começa nesta 2ª feira.

Mas é preciso qualificar o adversário que o conservadorismo tentará vender nos próximos dias  com o mesmo celofane da ‘unanimidade mudancista’, com que revestiu Marina Silva, quando ela chegou a ostentar 10 pontos de vantagem no 2º turno sobre Dilma (50% a 40%).

Despida a mística do proficiente governador chega-se ao núcleo duro da disputa, aquilo que realmente importa e está em jogo.

Serão três semanas de confronto duro entre dois projetos de país e duas estratégias de enfrentamento da crise mundial, que está longe de acabar.

Uma, preconiza desarmar a sociedade e amesquinhar o  Estado. Liberado o campo  –de que faz parte derrotar o PT--  entrega-se a economia à lógica do arrocho, esfarelando direitos, empregos, renda e soberania, para dessa forma canalizar riqueza aos mercados encarregados de reordenar  o país, a economia e os pilares do crescimento.

É a mesma lógica da ‘contração expansiva’ (contração dos de baixo para abrir caminho à expansão dos do alto) aplicada na Europa há quatro anos, com os resultados sabidos.

A outra estratégia envolve uma obstinada negociação política das linhas de passagem para um novo ciclo de desenvolvimento.

Ancora-se em quatro patas: avanço da igualdade, salto na infraestrutura, impulso industrializantes do pré-sal e reforma política com democracia participativa.

Nessa repactuação  de metas, prazos, concessões, sacrifícios, ganhos e salvaguardas, a voz dos mercados não poderá sem impor, nem abafar a da sociedade, que para isso requisita  canais adicionais que a vocalizem.

Esse é o jogo, cujo segundo tempo começa agora.

Como diz Lula, não é o tipo do jogo que se ganha em gabinetes.

Mãos à obra.

E pés nas ruas.
(*) Dados sobre totais de votos de 2010 retificados em 06/10 , às 12:57

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PESQUISA DO PSDB MOSTRA DILMA VENCENDO EM 1º TURNO

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

VELHAS CONTAS A PAGAR


* Violência avança em SP e PSDB resiste ao envio de tropas federais, como no RJ* 6 assassinatos por dia nos últimos 10 dias**65 civis mortos** 37 policiais executados desde janeiro** periferias sob toque de recolher** Truculência e incompetência:reportagem de Fábio Nassif  sobre ação policial na favela de Paraisópolis (nesta pág)

 
Quase a metade da população brasileira não tem acesso a serviços de água  esgoto. Mas no Norte e Nordeste do país, onde as urnas foram desfavoráveis ao PT, a situação é pior. Apenas 26% da população urbana do Nordeste dispõe de coleta e tratamento de esgoto, por exemplo. A carência de saneamento, associada a aglomerados precários, está na origem de doenças que atingem sobretudo a infância pobre. Entre 1999 e 2002, o governo tucano não assentou um metro de tubulação de esgoto no país. Em 2008 o governo Lula já havia investido 14 vezes mais que todo a rede criada pelo governo FHC. Com o PAC e a nova regulação do setor  a meta é investir R$ 10 bi ao ano, o que  efetivamente tem ocorrido desde 2007. Mas as obras e projetos são lentos. E há paradoxos desconcertantes. Para zerar o déficit de saneamento no país seriam necessários R$ 420 bilhões (no ritmo atual, uns 20 anos). O custo é alto,todavia  representa apenas dois anos de gastos com o pagamento de juro da dívida pública. Mesmo com a firme redução da Selic,  essa despesa já consumiu este ano, entre janeiro e setembro, R$ 161 bi. Quase 5% do PIB.  Dois anos de gastos com juro seriam suficientes para quase zerar o déficit de esgoto e água potável no Brasil.

Oposição tenta postergar CPI do Cachoeira para salvar Perillo

A oposição e a mídia não queriam a CPI do Cachoeira. Se empilharem tudo o que disseram sobre a proposta de investigação não passar de tentativa de Lula de se vingar do governador de Goiás, Marconi Perillo, e da revista Veja – apesar de operações da Polícia Federal mostrarem que a investigação era imperiosa –, a pilha alcançará vários metros.
No intento de evitar a CPI, a oposição conseguiu plantar na mídia denúncias fajutas contra os governadores de Brasília, Agnelo Queiróz, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de forma a intimidar o PT e outros partidos da base aliada do governo Dilma.
Não rolou. O PT e aliados votaram rapidamente o requerimento de CPI, obrigando a oposição a assiná-lo para não passar recibo. E, ao aceitarem convocar Agnelo, os governistas deixaram a mesma oposição sem alternativa que não fosse aceitar a convocação de Perillo.
As denúncias contra Agnelo e Cabral não passavam de vento. Os trabalhos da CPI mostraram que quem se envolveu mesmo com Cachoeira foram Demóstenes Torres e Perillo, além de figuras menores como o deputado tucano por Goiás Carlos Alberto Leréia.  Tudo isso ficou claro nos grampos da PF, que, sem a CPI, não teriam vindo a público.
Vai daí que o senador, o governador e o deputado oposicionistas serão acusados pelo relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que, em seguida, será remetido ao Ministério Público Federal, de forma que este formule denúncia ao Supremo Tribunal Federal, o qual, segundo diz a mídia, passou a ser “duro com políticos”.
Ainda que seja pouco crível que o STF, se o procurador-geral da República não engavetar o caso, venha a tratar uma eventual denúncia ao governador, ao senador e ao deputado oposicionistas, entre outros, da mesma forma que tratou o inquérito do mensalão do PT, essa possibilidade existe.
Isso porque a CPI tornou público o envolvimento dos demos e tucanos de “alto coturno”, o que não aconteceria sem a investigação parlamentar. Dessa forma, Roberto Gurgel – ou o seu sucessor, que deverá ascender ao seu cargo no ano que vem – terá dificuldade de escapar de fazer a denúncia ao STF.
A situação de Perillo, pois, é gravíssima. Há contra ele tudo o que não há contra o “núcleo político” da Ação Penal 470: uma montanha de provas materiais absolutamente inquestionáveis, tais como gravações comprometedoras, transações comerciais registradas, enfim, “atos de ofício” que não acabam mais.
É nesse momento que a mídia tucana começa a espalhar que os governistas da CPI querem encerrá-la em 48 dias para não investigarem centenas de requerimentos feitos pela oposição. São cerca de 500 requerimentos para ouvir pessoas que não seriam apreciados nem em seis anos, quanto mais nos seis meses pretendidos pela oposição.
É conversa, pois, que os governistas estejam querendo fazer a CPI “terminar em pizza” por quererem que os trabalhos sejam estendidos por mais 48 dias, tempo necessário para fazer um relatório final conclusivo. O que a oposição tenta é jogar para as calendas relatório que colocará Perillo no mesmo banco dos réus que os petistas ora ocupam.

ABSTENÇÃO: 
CAI OUTRO MITO CONTRA O PT

Baixa participação popular, alta votação para o partido de Lula. Nós sabemos aonde essa turma quer chegar, certo?

Saiu no Blog do Paulo Moreira Leite: 

MITO DESFEITO



PAULO MOREIRA LEITE
O mais novo mito das eleições municipais de 2012 informa que tivemos um alto número de brancos, nulos e abstenções. Até a presidente do TSE, Carmen Lucia, se disse preocupada com isso.
Como também tivemos um alto número de votos a favor dos candidatos do PT — partido que mais cresceu entre os grandes, tornou-se lider nacional de votos, além de levar o troféu maior que é São Paulo —  é fácil imaginar que há muita gente associando uma coisa a outra. Assim: baixa participação popular, alta votação para o partido de Lula. Nós sabemos aonde essa turma quer chegar, certo?
Querem dizer que a população está se cansando de votar.
Ainda bem que existem repórteres interessados em descobrir a verdade por baixo das aparências e do senso comum. Roldão Arruda revela, no Estado de hoje, que o problema não está na vontade de votar — mas no registro eleitoral. Em cidades onde o cadastro eleitoral não é atualizado, a contabilidade das  ausências produz números maiores. Uma consulta a votação nas capitais mostra isso. Em cidades como São Paulo e São Luiz, onde o cadastro não é atualizado há mais de 20 anos, a abstenção bateu em 20% entre os paulistanos e chegou a 22% entre os moradores da capital do Maranhão. Já em Curitiba, onde o cadastro foi feito há um ano, a abstenção fica em 10%. Os cadastros velhos mantém como eleitores aqueles cidadãos que já morreram, que se mudaram, que já não tem obrigação de votar. “Se todos os eleitores forem recadastrados, a abstenção tende a cair para 10%, soma razoável de pessoas doentes, que viajaram ou que tem mais de 70 anos e não querem mais votar,”afirma Jairo Nicolau, um dos mais respeitados estudiosos do comportamento do eleitor.
A má interpretação dos abstenções animou a turma que combate o voto obrigatório e prentende instituir o voto facultativo. Há bons argumentos a favor de uma coisa ou de outra mas é bom lembrar que a distribuição renda favorece o voto facultativo. Ou seja: nos países onde o voto é facultativo, há uma proporção maior de ricos que comparecem às urnas, por motivos fáceis de explicar. A  pessoa tem  mais recursos, mais tempo livre, mais facilidades de locomoção, mais facilidade para deixar o trabalho e exercer o direito de escolher o governante. Imagine o voto facultativo no interior de um estado pobre, dominado por nossos coronéis. Bastaria suspender o transporte nos bairros adversários para se ganhar uma eleicão, não é mesmo?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

As duas faces de Dilma


É  bem menos simples do que parece decidir se foi boa ou ruim para a presidente Dilma Rousseff a declaração do ministro Nelson Jobim de que votou em José Serra na eleição do ano passado. Há pelo menos duas formas de entender o fato e nenhuma delas pode ser considerada tão melhor ou tão pior do que a outra.
O primeiro e previsível entendimento é o de que foi ruim para a presidente que ministro de pasta tão sensível tenha achado Serra mais competente do que a candidata do governo que ele integrava. Jobim teria sido imposto a Dilma pelo PMDB, o que faz dela uma líder fraca. Essa visão está sendo inflada pela mídia, pela oposição e por parte da militância petista.
O segundo entendimento é o de que foi bom para Dilma, pois tendo a prerrogativa de escolher qualquer um escolheu alguém com quem não tem afinidades políticas, priorizando supostas melhores condições que Jobim teria para exercer o cargo. Esse ponto de vista, por sua vez, agrada à parcela mais contente da militância petista.
É o mesmo tipo de situação em que a presidente está por conta da crise no Ministério dos Transportes. O governo seria um antro de corrupção e Dilma o estaria “limpando”, mas a mesma Dilma participou ativamente do governo anterior, que tinha o mesmo ministro recém-demitido, e nada fez. Isso apesar do cargo de chefe dos ministros.
Em ambos os casos, Dilma se equilibra entre a imagem de líder sem liderança e a de gestora corajosa e sóbria que prioriza sempre a decisão técnica mais adequada em detrimento das injunções políticas. A grande questão, porém, é: como o povo está vendo tudo isso?
A mídia diz que o povo está gostando da “limpeza” de Dilma. Enquanto isso, nas entrelinhas, vai dizendo que ela está limpando a própria sujeira. Contudo, ontem o Estadão publicou editorial que dizia que, neste governo, é proibido roubar, mas que no anterior era permitido.
A intenção de jogar Dilma contra Lula é mais do que evidente, apesar de que, sempre nas entrelinhas, a própria mídia considera remota a chance de a presidente romper com o padrinho político. Mas então por que está sempre colocando os dois em campos opostos?
Parece óbvio que os alvos desse discurso são justamente aqueles que o estão comprando, a  militância ou os simpatizantes do PT mais descontentes com o atual governo. A relação conturbada de Dilma com setores do próprio partido e até da base aliada é que são os alvos. Fica difícil imaginar, no entanto, que o povão esteja dando bola para isso.
O diabo é que a militância é a caixa de ressonância na sociedade. No curto prazo, não deve haver maior problema. Mas essa militância que foi tão requerida durante o governo Lula pode ser de novo lá na frente e, então, pode ter se dividido profunda e irremediavelmente. A economia terá que continuar bem forte, pois.
BLOG CIDADANIA EDU GUIM

terça-feira, 10 de maio de 2011

SENTINELA DO CAOS


Clique aqui para ver o especial Fome e Desordem Financeira Mundial
Para medir a consistência das avaliações de José Serra sobre a "crise" da economia brasileira -- listadas na estréia de seu blog, convém analisar a acurácia de previsões anteriores do luminar tucano. Em 2009, numa reunião do PSDB, o então governador de SP previa nada menos que o esfarelamento do país sob o tsunami do colapso financeiro mundial. E criticava as medidas tomadas pelo Presidente Lula que, como se sabe, fizeram o Brasil fechar 2010 com a criação de 15 milhões de empregos em oito anos de governo petista. Ah, sim, Serra perdeu a eleição para Dilma, perdeu o chão no PSDB, perdeu credibilidade junto à direita, perdeu o discurso e virou um blogueiro a torcer pelo caos para recuperar  algum espaço no PSDB e na política brasileira. CONFIRA AQUI.    
(Carta Maior; 3º feira, 10/05/ 2011)