Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

CUT/Vox Populi: 70% rejeitam PEC 241 no Brasil



Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi aponta que a proposta de emenda à constituição apresentada pelo governo de Michel Temer, que prevê o congelamento de gastos públicos por 20 anos, é rejeitada por 70% dos brasileiros; quanto à reforma da Previdência, a rejeição é ainda maior: 80% dos trabalhadores do campo e da cidade são contra a proposta que prevê idade mínima de 65 anos para se aposentar; Temer é mal avaliado por 74% dos brasileiros; só 11% consideram o governo de maneira positiva e 15% não sabem ou não responderam; pesquisa foi realizada com 2 mil pessoas entre 9 e 13 de outubro 

247 – Uma pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi aponta que a proposta de emenda à constituição que prevê o congelamento de gastos públicos por 20 anos, a PEC 241, apresentada pelo governo de Michel Temer, é rejeitada por 70% dos brasileiros. Apenas 19% concordam com e aprovação da medida, 6% são indiferentes e 5% não souberam ou não responderam.

Quanto à reforma da Previdência, a rejeição é ainda maior: 80% dos trabalhadores do campo e da cidade são contra a proposta que prevê idade mínima de 65 anos para se aposentar, com no mínimo 25 anos de contribuição. Outros 15% concordam com as mudanças no sistema previdenciário, 4% nem concordam nem discordam e 2% não sabem, não têm opinião ou não responderam.

Ainda de acordo com a pesquisa, Temer é mal avaliado por 74% dos brasileiros – para 40%, o desempenho dele é regular, e para 34% é negativo. Só 11% consideram o governo de maneira positiva e 15% não sabem ou não responderam. A pesquisa foi realizada com 2 mil pessoas entre os dias 9 e 13 de outubro.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os resultados contribuem para a avaliação negativa dos golpistas e servem de alerta para os parlamentares que estão votando a favor da retirada de direitos. "Ao contrário do que deputados e senadores pensam, o povo está informado, sabe que será o mais prejudicado com menos hospitais, menos médicos. E se a reforma da Previdência passar, que vai ter de trabalhar até morrer", afirmou.

Clique aqui e confira os dados da pesquisa

Globo e Mainardi perdem seu tempo me ameaçando

EDUGUIM
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Começo repetindo que foi duro tomar a decisão de denunciar possível prisão iminente de Lula pela Lava Jato porque no começo deste ano comi o pão que o diabo amassou após ter decidido denunciar vazamento da 24ª fase da Operação, possivelmente feito por ela mesma.

Autoridades do Ministério Público e da Polícia Federal me fizeram ameaças veladas após matéria do jornal o Globo que me atribuía responsabilidade por esse vazamento, insinuando que Lula ocultara provas durante a operação de busca e apreensão em seu apartamento no dia 4 de março, dia em que ele, inexplicavelmente, foi levado à força para depor na Polícia Federal.

A colunista da Folha de São Paulo e comentarista de política da Band News FM, Monica Bergamo, explica o que quero dizer. O comentário dela é um pouco longo, mas é importantíssimo para entender a questão da possibilidade de prisão de Lula.

ameaca-3clique no player abaixo para ouvir

Caso alguém não consiga ouvir o áudio, em resumo a jornalista diz que minha denúncia de que podem tentar prender Lula de surpresa ganhou credibilidade porque, em fevereiro deste ano, eu, na opinião dela, fui “muito preciso” na denúncia que fiz de que o ex-presidente seria levado para depor coercitivamente e de que teria residência e escritório devassados pela polícia, além de ter sigilos seus, de amigos e familiares quebrados.

Monica também explica, em seu comentário na Band, por que são de uma cretinice, de uma má fé e de uma falta do que fazer admiráveis as insinuações de que eu poderia estar divulgando apenas um boato e não uma opinião que me balançou porque veio de fonte na qual confio.

Na verdade, esse episódio foi muito interessante por que, enquanto setores da esquerda disseram que eu sabia de menos, setores da direita disseram não só que eu sabia demais como me qualificaram como “vazador”, ou seja, como criminoso, pois vazamento é crime.

Confiram os comentários de Diogo Mainardi, em seu site de pistolagem política, e do jornal O Globo, que vai na mesma linha.

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ameaca-2Essa turma perde tempo insinuando que as autoridades podem me retaliar por minha opinião sobre o que pode ocorrer com Lula, opinião formada em meus contatos jornalísticos. A Lava Jato já investigou o que divulguei em fevereiro e não encontrou absolutamente nada.

Quero dizer a esses senhores, principalmente ao senhor Diogo Mainardi, que não sou vazador de coisa alguma; vazador é ele, quem, recentemente, divulgou vídeo afirmando que tinha visto planilhas que comprometem Lula, provavelmente achando que, por estar na Europa, pode vazar sem ter que enfrentar as consequências, enquanto que, eu, mortal comum, seria fustigado por simplesmente fazer jornalismo.



não, àqueles que me ameaçam quero dizer que estou para cumprir 57 anos de estrada neste planetinha tão conturbado e, em todo esse tempo – ou nesse piscar de olhos cósmico –, jamais me meti em problemas com a lei porque sou um homem honrado e de vida limpa.

Deixo os companheiros com a reação do presidente Lula à denúncia que fiz ao Brasil e ao mundo.

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Lula: por que Moro vai me prender "Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia"

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Moro, agora tem que prender ele - Foto de Ricardo Stuckert

O Conversa Afiada reproduz histórico depoimento de um prisioneiro, reproduzido da pág. 3 de Fel-lha, instituição que contribui decisivamente para o aludido massacre:

Em mais de 40 anos de atuação pública, minha vida pessoal foi permanentemente vasculhada - pelos órgãos de segurança, pelos adversários políticos, pela imprensa. Por lutar pela liberdade de organização dos trabalhadores, cheguei a ser preso, condenado como subversivo pela infame Lei de Segurança Nacional da ditadura. Mas jamais encontraram um ato desonesto de minha parte.

Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência. As falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos.

Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar.

Desde que essa caçada começou, na campanha presidencial de 2014, percorro os caminhos da Justiça sem abrir mão de minha agenda. Continuo viajando pelo país, ao encontro dos sindicatos, dos movimentos sociais, dos partidos, para debater e defender o projeto de transformação do Brasil. Não parei para me lamentar e nem desisti da luta por igualdade e justiça social.

Nestes encontros renovo minha fé no povo brasileiro e no futuro do país. Constato que está viva na memória de nossa gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos, a valorização dos salários - em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social de todos os tempos.

Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos.

Não posso me calar, porém, diante dos abusos cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito.

Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma "organização criminosa", e eu o chefe dessa organização. Essa ideia foi martelada sem descanso por manchetes, capas de revista, rádio e televisão. Precisa ser provada à força, já que "não há fatos, mas convicções".

Não descarto que meus acusadores acreditem nessa tese maliciosa, talvez julgando os demais por seu próprio código moral. Mas salta aos olhos até mesmo a desproporção entre os bilionários desvios investigados e o que apontam como suposto butim do "chefe", evidenciando a falácia do enredo.

Percebo, também, uma perigosa ignorância de agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições. Cheguei a essa conclusão nos depoimentos que prestei a delegados e promotores que não sabiam como funciona um governo de coalizão, como tramita uma medida provisória, como se procede numa licitação, como se dá a análise e aprovação, colegiada e técnica, de financiamentos em um banco público, como o BNDES.

De resto, nesses depoimentos, nada se perguntou de objetivo sobre as hipóteses da acusação. Tenho mesmo a impressão de que não passaram de ritos burocráticos vazios, para cumprir etapas e atender às formalidades do processo. Definitivamente, não serviram ao exercício concreto do direito de defesa.

Passados dois anos de operações, sempre vazadas com estardalhaço, não conseguiram encontrar nada capaz de vincular meu nome aos desvios investigados. Nenhum centavo não declarado em minhas contas, nenhuma empresa de fachada, nenhuma conta secreta.

Há 20 anos moro no mesmo apartamento em São Bernardo. Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o façam, até mesmo como condição para obter benefícios.

A leviandade, a desproporção e a falta de base legal das denúncias surpreendem e causam indignação, bem como a sofreguidão com que são processadas em juízo. Não mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convicção - é grave que as instâncias superiores e os órgãos de controle funcional não tomem providências contra os abusos.

Acusam-me, por exemplo, de ter ganho ilicitamente um apartamento que nunca me pertenceu - e não pertenceu pela simples razão de que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço. Como é impossível demonstrar que a propriedade seria minha, pois nunca foi, acusam-me então de ocultá-la, num enredo surreal.

Acusam-me de corrupção por ter proferido palestras para empresas investigadas na Operação Lava Jato. Como posso ser acusado de corrupção, se não sou mais agente público desde 2011, quando comecei a dar palestras? E que relação pode haver entre os desvios da Petrobras e as apresentações, todas documentadas, que fiz para 42 empresas e organizações de diversos setores, não apenas as cinco investigadas, cobrando preço fixo e recolhendo impostos?

Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública.

Tento compreender esta caçada como parte da disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula que pretendem condenar: é o projeto político que represento junto com milhões de brasileiros. Na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão destruindo os fundamentos da democracia no Brasil.

É necessário frisar que nós, do PT, sempre apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do povo. Não é uma afirmação retórica: nós combatemos a corrupção na prática.

Ninguém atuou tanto para criar mecanismos de transparência e controle de verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes contra a corrupção e o crime organizado. Isso é reconhecido até mesmo pelos procuradores que nos acusam.

Tenho a consciência tranquila e o reconhecimento do povo. Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história. O que me preocupa, e a todos os democratas, são as contínuas violações ao Estado de Direito. É a sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o país.

LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA

Metrô: Justiça (sic) absolve Serra A Fel-lha também


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Empurrado pela TV Record, Governador (sic) se dispõe a ir à cratera (Reprodução: IstoÉ)
Na Fel-lha:

Justiça inocenta 14 acusados por cratera do Metrô que deixou sete mortos

A Justiça de São Paulo inocentou todas as 14 pessoas acusadas de responsabilidade em acidente nas obras do metrô de SP que deixou sete mortos em janeiro de 2007. À época, o desabamento no canteiro de obras da estação Pinheiros, na zona oeste da capital, abriu uma cratera que engoliu caminhões, maquinários e quem passava por uma das ruas no entorno.

Após a tragédia, a maior da história do metrô paulistano, viraram réus de ação penal 5 funcionários da estatal (de médio ou baixo escalão, como gerentes e fiscais, mas ninguém da cúpula) e 9 do consórcio construtor ou de empresas terceirizadas (engenheiros, projetistas e um diretor).

As obras na linha 4-amarela eram de responsabilidade do Consórcio Via Amarela, liderado pela Odebrecht e integrado também por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

De acordo com a decisão da juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal de SP, não ficou provado no processo que os técnicos do consórcio e do Metrô tinham condições de evitar o acidente.

Autor da ação, o Ministério Público de São Paulo recorreu da sentença em segunda instância. O recurso deve ser analisado em novembro pelo Tribunal de Justiça. Segundo a magistrada, em decisão de maio, as medidas de segurança disponíveis foram adotadas. "Ora, os acusados não tinham como prever o acidente", afirmou.

Ela ainda prossegue: "Todas as equipes acompanhavam cuidadosamente cada passo da execução e não apontaram qualquer situação que indicasse a possibilidade de um acidente". Ainda segundo a juíza, "o plano de emergência foi colocado em prática e de maneira eficiente, o que se verificou por meio das provas realizadas".

TÚNEL
O acidente nas obras do metrô de Pinheiros ocorreu em janeiro de 2007, quando desabou a parede de um dos túneis em construção. Segundo a Promotoria, os responsáveis pela obra detectaram problemas no túnel desde o mês anterior à tragédia. Na véspera do acidente, decidiram reforçá-lo com tirantes.

A obra continuou, porém, sem que isso fosse feito. Quando o túnel começou a ruir, os funcionários foram retirados, mas não foi adotada medida de segurança no entorno. A interdição da rua Capri, por exemplo, evitaria a maioria das mortes, já que seis das sete vítimas passavam pela via na hora do desabamento. A outra vítima era um caminhoneiro do consórcio.

Segundo a Defesa Civil, houve intervalo de cerca de dez minutos entre a retirada dos funcionários e o rompimento do túnel, tempo suficiente para interditar uma via.

Procurados, Metrô e Odebrecht não quiseram comentar.

 NAVALHA


Como se percebe, a Fel-lha só vem a citar o governador (sic) José Serra no nono parágrafo do texto.

Ela o absolveu, também...

Cerra tinha acabado assumir o (des)governo de São Paulo, plataforma que usou para chegar à Presidência (quando foi retumbantemente derrotado pela Dilma, em 2010).

Ele tentou fingir que a cratera do metrô nao era com ele.

Ficou escondido no Palácio.

O azar dele é que foi num domingo e o Domingo Espetacular, da Rede Record, ao vivo, sob a coordenação de Celso Zucatelli, fez uma cobertura devastadora da catástrofe.

E o ansioso blogueiro perguntava ao Zucatelli:

- Mas quem deixou a obra continuar, depois de saber que exigia uma proteção adicional: será que o Governador sabe?

Cerra foi lá.

De saída, inocentou-se e a todos.

No decorrer da apuração, se soube que o financiamento da obra - sob a imaculada batuta tucana - era totalmente irregular, cheia de "aditivos"...

E sumiu o Governador.

E sumiram os responsáveis.

Que somem de novo agora, protegidos pela Justiça!

A mesma que absolveu, ainda em São Paulo, os carniceiros do Carandiru.

PHA