Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jornalista é agredida dentro da Prefeitura de Quatro Barras.

A jornalista e proprietária do jornal ‘Metropolitan's’, Cristiane Fortes, da cidade de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, foi agredida dentro da prefeitura da cidade pelo assessor de Planejamento, Frederico Bernardi, na manhã desta quinta-feira (25).
A jornalista foi atendida no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, e levou pontos no rosto. Ela disse que foi até a prefeitura pedir explicações sobre uma reportagem que envolvia o nome dela.
"Ele só disse: Ah, você está me procurando? E daí ele fechou a mão e foi um murro na boca. Daí foram pontos, cinco pontos internos, mais dois pontos externos. Eu fiz o raio-x também, há suspeita de fratura no nariz. (...) Ele me derrubou, me deu alguns chutes, e daí a esposa dele entrou correndo e tirou ele do gabinete.", relatou a jornalista.
Em nota, a Prefeitura de Quatro Barras afirmou, por meio do procurador jurídico Manoel Barbosa, que a jornalista invadiu a prefeitura, ofendendo e desacatando funcionários. Segundo a nota, ao tentar entrar no gabinete do prefeito, ela ainda agrediu o assessor de planejamento, que reagiu em legítima defesa.
De acordo com o procurador, o prefeito de Quatro Barras, Loreno Tolardo, (PDT), não estava na prefeitura no momento da confusão. A conclusão da nota é de que "o fato será apurado pela Administração por meio das instâncias cabíveis”.
~o ~
Agressão não calará minha boca
Venho aqui agradecer a solidariedade de todas as pessoas que se manifestaram diante do fato lamentável ocorrido hoje.
E era uma vez uma jornalista que escrevia a verdade sobre a
corrupção em Quatro Barras, detonando prefeito e seus súditos,
secretários e vereadores, e ela acabou assim:
com a boca rachada.
Temporariamente eu estarei fora, +eu volto mais FORTE.
A não ser que a sua equipe prefeito Tolardo,
faça comigo o que fizeram com a juíza no Rio de Janeiro.........
Relato:
O jornal Agora Paraná, órgão oficial que publica as notícias do prefeito Tolardo e os editais da prefeitura e Câmara de Quatro Barras, publicou uma matéria denegrindo a minha imagem com a colaboração do Promotor de Justiça, Octacilio Sacerdote Filho, promotor que está apurando NOVE DENÚNCIAS que fiz contra o governo do administrador Público Loreno Tolardo. As denúncias têm embasamento legal, e conforme as investigações feitas, o próprio promotor já tem argumentos para penalizar por improbidade administrativa o prefeito Tolardo. Ocorre, que toda semana são descobertas mais falcatruas, e eu não me intimido, não me calo. Tentaram negociar financeiramente oferecendo um “cala boca”. Eu não aceitei, e diante das novas investigações que envolvem o Frederico Bernardi em licitações dirigidas, ele arquitetou esta reportagem no Agora Paraná para me desestabilizar moralmente. Fui informada na própria redação em Pinhais que o mentor foi o Bernardi, e fui até a prefeitura pedir-lhe explicações. Entrei, encontrei o meu primo Rafael Ribeiro em seu gabinete e ao lado fiquei aguardando o Frederico Bernardi. Ele entrou e me desferiu um violento soco no rosto e ao cair, ainda recebi chutes e pontapés. O Rafael correu me acudir e a esposa do Bernardi, a secretária de Administração Viviane Sautner Bernardi e a sua irmã, presidente da comissão de licitação da prefeitura, Juliana Sautner tiraram o Fredi do gabinete, removendo-o de lá para fugir do flagrante. A servidora Aline Bossardi, não estava neste ambiente, ela trabalha no RH da prefeitura que fica no sub-solo. Então é uma mentirosa ao dar declarações de que eu ofendi moralmente os servidores. Eu não falei com nenhum deles. E nem queria o prefeito, as explicações que eu precisava era apenas do secretário de gabinete Frederico Bernardi que me recebeu com violência. Em seguida foi chamada a polícia militar que prestou todo atendimento e solidariedade à minha pessoa. Fui encaminhada por um amigo para o Pronto Socorro do Hospital Angelina Caron, e agradeço o atendimento dos médicos Marco e Pedro Caron que juntamente com sua equipe me “costuraram”, deram pontos internos (5) e externos (2) em minha boca, e agora, após fazer exame de lesões corporais no IML, vou seguir a recomendação da médica. Consultar um otorrino, meu nariz inchou muito e não para de sangrar. Quando escrevemos a verdade, noticiamos os casos de nepotismo, facilitações nas licitações, superfaturamento nas obras e aditivos absurdos, a revolta dos beneficiados vem à tona. Podem falar mal, criticar, me bater, mas não irão me calar. Continuarei sim denunciando a corrupção cometida na Prefeitura de Quatro Barras e na Câmara Municipal, mesmo recebendo ligações anônimas e ameaçadoras, e lutando para a moralização neste município que escolhi para morar e trabalhar. Eu moro e votoem Quatro Barras. Frederico Bernardi mora e vota em Campina Grandedo Sul, hoje é o braço direito do prefeito Tolardo, com carta branca inclusive para agredir mulheres indefesas dentro da prefeitura.
Ameaças de morte e agressão física irão me fortalecer
para continuar honrando a profissão que escolhi.
Jornalista - um perigo para os corruptos e ladrões.
A agressão foi duas horas depois que postei num site de relacionamentos (Facebook) mensagens adiantando as novas descobertas de corrupção que envolvem Frederico Bernardi na prefeitura de Quatro Barras.
No Cristiane Fortes's Blog

Eles não se vêm no espelho


Postei lá no blog Projeto Nacional um texto sobre o inacreditável convescote dos fracassados econômicos realizado ontem no Instituto FHC, com a presença do “chefe”.

Pedro Malan, André Lara Resende, Gustavo Franco e outros expoentes da “Congregação da Roda Presa” se reuniram para, do alto da estagnação econômica que impuseram ao país, pontificar conselhos ao Brasil e ao mundo.
Dizem, basicamente, que os gastos públicos – leia-se investimentos e políticas sociais – estão impedindo o Brasil de – creiam, eles disseram mesmo – de reduzir sua dívida e baixar os juros.
Inacreditável que os mesmos economistas que quase triplicaram a dívida pública – que só foi se reduzir no Governo Lula – e praticaram (veja o gráfico ao alto)juros públicos reais (acima da inflação) de até 50% – hoje, são 6,8% e, sim, são muito altos – possam vir falar, com a maior cara dura, este tipo de coisa.
E como são de uma pretensão de padrões mundiais, ainda querem ensinar que a política de bem estar social -uma tolice, isso, não é? – foi a responsável pela críse da dívida europeia, sem abrir o bico para dizer que, em 2008, os estados europeus abriram os cofres públicos para socorrer a banca privada.
Como é que essa gente, depois do fracasso que foi, ainda fica pretendendo deitar cátedra ao mundo?
Só há uma explicação: este tipo de seres não é capaz de se ver refletido no espelho. Só aparecem mesmo na mídia.

Exclusivo : José Sérgio Gabrielli.PETROBRÁS: MAIOR QUE A LÍBIA E ATENTA AO RISCO DA HOLANDA

****Cartola vazia: Ben Bernanke  adia para 21 de setembro o eventual anúncio de medidas de incentivo à economia**  bolsas despencam no mundo **Brasil economiza R$ 66,9 bi  até julho para pagar juros da dívida interna: em sete meses, despesa com rentistas é maior  que o orçamento do ano para a educação pública ** um tiro no peito junto a uma barricada policial mata um estudante de 16 anos durante a greve geral no Chile ** movimento  paralisou Santiago na 5º feira:leia nesta pág. o relato de Christian Palma, nosso correspondente no Chile ** bombardeios,  execuções sumárias e torturas marcam a busca por Kadafi na Líbia: caçada mobiliza grupos armados por um prêmio de US$ 1,7 milhão  
 


'Em 2020, a Petrobras vai  estar produzindo no Brasil 4,9 milhões de barris por dia. Vamos exportar 2,3 milhões de barris. A produção total da Líbia hoje é 2 milhões de barris. Nós investíamos, em 2003, em torno de US$ 5 bi. Hoje, estamos investindo US$ 45 bi por ano (...) US$ 224 bilhões até 2015 (...) mais de R$ 2,3 mil por segundo, nos próximos cinco anos.(...) Para evitar o risco da doença holandesa, é absolutamente fundamental intensificar o investimento na cadeia produtiva de suprimento de bens e serviços para petróleo e gás (...) Se não houver o crescimento dessa produção no Brasil, e nós vamos precisar de alguns equipamentos críticos que não tem capacidade de produção mundial, podemos ter problemas com o desenvolvimento brasileiro. Só para fazer uma conta: 2,3 milhões de barris por dia de exportação, a US$ 80 o barril, são 67 bilhões de dólares de exportação. Sabe o que impacta isso no câmbio?

Cacciola, o jn, FHC, o Supremo e Romeu Tuma Jr


O jornal nacional fez uma interessante reportagem sobre o tema da “hipocrisia televisiva”.

Tratou da libertação do que chama de “ex (ex?) banqueiro Salvatore Cacciola”.

A “hipocrisia televisiva” conta tudo menos o essencial.

Então, vamos ao essencial.

1) Cacciola é um dos mais exuberantes escândalos do cinzento Governo Cerra/FHC.

Uma espécie de “se isso der m…”, versão dois.

Deu.

O povo brasileiro teve que entrar com R$ 1 bilhão para cobrir o rombo que o Banco Central do Governo Cerra/FHC abriu para salvar o Banco Marka do Cacciola.

Tudo para salvar “o sistema”.

A diretoria do Banco Central foi condenada – menos a diretora de “fiscalização” – viva o Brasil !

E o jn sequer menciona que tudo se deu no Governo imaculado e iluminado de Cerra/FHC.

2) Cacciola fugiu para a Itália graças a um HC Canguru concedido pelo Ministro Marco Aurélio de Mello, hoje, responsável pela apreciação do impeachment de outro especialista em HCs Canguru, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).

(Dantas teve melhor sorte que Cacciola, como se sabe. Por enquanto.)

Portanto, depois do desastre no Executivo, o desastre no ponto mais alto no Judiciário.

3) Cacciola só voltou para o Brasil, por causa da competência e da pertinácia de um profissional de Polícia, delegado Romeu Tuma Jr.

Tipos “brilhantes”, diria o FHC, também fazem besteiras.

A mais recente de Daniel Dantas foi entrar com 99a. ação judicial contra este ansioso blogueiro, o que, breve, lhe cu$tará (é assim mesmo, revisor) muito caro.

Clique aqui para ler sobre as 37 ações que movem contra este ansioso blogueiro e apreciar a Galeria de Honra do “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.

A besteira de Cacciola foi sair da Itália para dar uma voltinha em Mônaco e curtir a impunidade.

Foi apanhado pela Interpol.

E, depois de um ano, o pertinaz trabalho do delegado Romeu Tuma Jr, então no Ministério da Justiça, conseguiu trazê-lo de volta ao solo pátrio.

Não tivesse sido mais esperto que todo mundo, Cacciola se defenderia em liberdade no Brasil, se valeria de Justiça dos Ricos, aqui em vigor, e já estaria na Barra da Tijuca há muito tempo, a contemplar o Oceano Atlantico, como Daniel Dantas faz de Ipanema.

Depois, Tuma Jr cometeu o gesto inaceitável de congelar os bens de Daniel Dantas no exterior.

Inaceitável, irresponsável, inconsequente, inadmissível.

Onde já se viu tanta insolência ?

Romeu Tuma Jr foi congelado numa dependência da Sibéria, na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, acusado de um crime que não sabe qual foi  e que só o PiG (**) e a Polícia Federal (ex-republicana) parecem tipificar.

Assim se preenchem as lacunas da exemplar “hipocrisia televisiva” ontem exibida no jn.

Com os nomes de FHC, Mello e Tuma Jr.

Dois heróis do PiG e um vilão.


Paulo Henrique Amorim


Cacciola também foi "brilhante" por algum tempo

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Chile tem maior protesto desde Pinochet. Jovem é morto pela polícia



Manuel Gutiérrez, um adolescente de 16 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira, atingido por um tiro, durante confrontos entre manifestantes e a polícia no segundo dia da greve geral convocada pela maior central sindical chilena contra as políticas neoliberais do governo de Sebastian Piñera. Mais de 600 mil chilenos saíram às ruas na maior manifestação de massa do Chile desde a ditadura de Pinochet.

Mais de 600 mil chilenos e dezenas de organizações sociais se mobilizaram pelas ruas durante os dois dias de greve nacional, organizados pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT), na maior manifestação de massa deste país desde os tempos em que Augusto Pinochet governava o Chile pela força. Com isso, ficou demonstrada a forte convicção do movimento social de seguir adiante para reformar o sistema deixado pelo neoliberalismo da ditadura.

O segundo dia de greve, na quinta-feira, iniciou com uma concentração de quatro marchas que confluíram no centro de Santiago. Ali se reuniram cerca de 400 mil pessoas que armaram um verdadeiro carnaval repleto de cartazes e faixas contra as políticas privatizantes em educação, saúde e fundos sociais. Além disso, exigiram mudanças no mundo do trabalho em defesa dos direitos dos trabalhadores. Foram milhares de bandeiras e faixas com slogans contra o governo e insígnias de colégios, universidades e organizações de trabalhadores. Segundo o presidente da CUT, Arturo Martínez, a paralisação e a mobilização popular envolveram 90 cidades do país.

“Saudamos as centenas de milhares de chilenos e chilenas que se mobilizaram em todo país e manifestaram sua vontade e esperança de construir um Chile distinto. Estamos muito contentes. Temos a esperança de que o governo, após essa mobilização, consiga refletir e abrir conversações com o objetivo de buscar uma saída para a atual situação”, disse Martínez.

Junto a ele, estava o rosto mais visível do movimento, Camila Vallejo, presidenta da Confederação de Estudantes do Chile, e Lorena Pizarro, presidenta da Agrupação de Familiares de Presos Desaparecidos, além de outros dirigentes sociais e sindicais, que expressaram as diferentes forças sociais presentes na mobilização.

Movimento social
Os dirigentes informaram que o movimento social se organizará de forma permanente para exigir mudanças econômicas como uma reforma tributária que institua mais impostos para as grandes empresas e os consórcios transnacionais, a destinação de mais recursos para a educação e para uma saúde digna. Também defenderam a incorporação do plebiscito como forma de consulta à cidadania e o avanço do processo rumo a uma nova Constituição política.

“Vimos a alegria de trabalhadores, estudantes, jovens, avôs e avós, vimos a esperança de construir um Chile mais justo”, disse Vallejo. “Nossa demanda por uma melhor educação é uma demanda social, de nossas famílias e nossos pais que são trabalhadores”, acrescentou a dirigente.

Enquanto isso, as pessoas seguiam manifestando-se nos edifícios gritando palavras de apoio aos manifestantes e sacudindo bandeiras. “E vai cair a educação de Pinochet”, “governar é educar” ou “um povo educado não é explorado”, eram algumas das frases que se liam nos cartazes e faixas dos manifestantes.

Em meio à marcha, o sociólogo e estudantes de pós-graduação da Universidade do Chile, Rodrigo Morales, disse à Carta Maior que “os que não têm acesso à educação superior de qualidade sempre têm trabalhos precários e mal remunerados. Portanto, o movimento estudantil e o movimento trabalhador são dois espaços contíguos que fortalecem as demandas”.

Passado o meio dia, a marcha continuava em ordem, No entanto, cerca de 300 jovens com o rosto encoberto levantaram barricadas e enfrentaram os carabineiros (a polícia chilena). “Não justifico o que fazem, mas não têm oportunidades nem outra maneira de reclamar. É preciso prestar atenção neles também”, disse Carmen, uma mulher com um lenço no rosto, que chorava por causa do gás lacrimogêneo.

A jornada continuou com o duro enfrentamento entre os encapuzados e a polícia. Houve saques, queimas de bandeiras chilenas, danos a propriedades privadas e inclusive a tentativa de colocar fogo na porta de uma igreja. Finalmente, os policiais conseguiram dispersar os manifestantes, mas permaneceram as sequelas, principalmente o cheiro do gás lacrimogêneo.

Ao cair à noite, o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, disse que 26 policiais ficaram feridos - cinco dos quais teriam recebido impacto de balas – e 210 pessoas foram detidas por motivos diversos. O porta-voz do governo, Andrés Chadwick, pediu “uma noite de paz”, após os disparos, barricadas e foguetes dos dias anteriores.

Contudo, estes atos de violência isolados, não afetam o tema principal. O mal estar da grande maioria dos chilenos que estão cansados. Mal estar que sai às ruas e seguirá manifestando-se enquanto o governo não escute o clamor popular. Enquanto esse texto era finalizado, as panelas de protesto outra vez começavam a soar. E mais forte ainda na periferia. Ali onde a pobreza segue dizendo “presente”.

Tradução: Katarina Peixoto

Capitalismo de desastre: abutres sobre a Líbia.A guerra que você não vê (The war you don't see) - John Pilger



http://www.archive.org/details/AGuerraQueVocNoVtheWarYouDontSee-JohnPilger
25/8/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online
http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/MH25Ak02.html
Pensem na nova Líbia como último espetacular capítulo da série “Capitalismo de Desastre”. Em vez de armas de destruição em massa, tivemos a R2P (“responsabilidade de proteger”). Em vez de neoconservadores, imperialistas humanitários.

Mas o alvo é sempre o mesmo: mudança de regime. E o projeto é o mesmo: desmantelar e privatizar uma nação que não se integrou ao turbo-capitalismo; abrir mais uma (lucrativa) terra de oportunidades para o neoliberalismo super turbinado. E a coisa vem em boa hora, porque acontece em momento já próximo de plena recessão global.

Demorará um pouco. O petróleo líbio não voltará ao mercado antes de 18 meses. Mas há o negócio da reconstrução de tudo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bombardeou (sim, sim, nem tudo que o Pentágono bombardeou em 2003 foi reconstruído no Iraque...)

Seja como for – do petróleo à reconstrução – brotam oportunidades para negócios sumarentos. O neonapoleônico Nicolas Sarkozy da França e o britânico David das Arábias Cameron acreditam que estarão especialmente bem posicionados para lucrar com a vitória da OTAN. Mas nada garante que a nova bonança baste para arrancar da recessão as duas ex-potências coloniais (neocoloniais?).

O presidente Sarkozy em particular mamará nas oportunidades comerciais para empresas francesas o mais que possa – parte de sua ambiciosa agenda de “reposicionamento estratégico” da França no mundo árabe. Uma imprensa francesa complacente decidiu armar os ‘rebeldes’ com armamento francês, em íntima cooperação com o Qatar, incluindo uma unidade de comandos ‘rebeldes’ mandada por mar de Misrata para Trípoli sábado passado, no início da “Operação Sirene”.[1]

Bem, já se viram movimentos de abertura desses desenvolvimentos, desde quando o chefe de protocolo de Muammar Gaddafi fugiu para Paris, em outubro de 2010. Foi quando todo esse drama de mudança de regime começou a ser incubado.

Bombas em troca de petróleo

Como já observado (ver “Bem-vindos à ‘democracia’ líbia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/08/pepe-escobar-bem-vindos-democracia.html), os abutres já voejam sobre Trípoli para devorar (e monopolizar) os despojos. E, sim – grande parte da ação tem a ver com negócios de petróleo, como disse Abdeljalil Mayouf, gerente de informações da Arabian Gulf Oil Company ‘rebelde’, em declaração nua e crua: “Não temos problemas com países ocidentais como empresas italianas, francesas e britânicas. Mas podemos ter algumas questões políticas com Rússia, China e Brasil.”

Esses três são membros crucialmente importantes do grupo BRICS das economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países que estão crescendo, enquanto as economias atlanticistas e OTAN-bombardeantes estão afundadas em estagnação ou recessão. Os quatro principais BRICSs também se abstiveram na votação que aprovou a Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU, a mascarada daquela ‘zona aérea de exclusão’ que depois se metamorfoseou em bombardeio cerrado, pela OTAN, para forçar, de cima para baixo, uma ‘mudança de regime’. Esses países viram corretamente o que havia para ver, desde o início.

Para piorar (para eles) ainda mais as coisas, só três dias antes de o Africom (Comando Africano) do Pentágono lançar seus primeiros 150 (ou mais) Tomahawks contra a Líbia, o coronel Gaddafi deu entrevista à televisão alemã, na qual destacou que, se o país fosse atacado, todos os contratos de energia seriam transferidos para empresas russas, indiana e chinesas.

Assim sendo, os vencedores da bonança do petróleo já estão designados: membros da OTAM mais monarquias árabes. Dentre as empresas envolvidas, a British Petroleum (BP), a francesa Total e a empresa nacional de petróleo do Qatar. Do ponto de vista do Qatar – que investiu jatos de combate e soldados na linha de frente, treinou ‘rebeldes’ em táticas de combate exaustivo e já está negociando vendas de petróleo no leste da Líbia – a guerra se comprovará muito esperta decisão de investimento.

Antes da crise que já dura meses e está agora nos movimentos finais, com os ‘rebeldes’ já na capital, Trípoli, a Líbia estava produzindo 1,6 milhões de barris/dia de petróleo. Quando recomeçar a produzir, os novos senhores de Trípoli colherão alguma coisa como US$50 bilhões/ano. Estima-se que as reservas líbias cheguem a 46,4 bilhões de barris.

Melhor farão os ‘rebeldes’ da nova Líbia se não se meterem com a China. Há cinco meses, a política oficial chinesa já era exigir um cessar-fogo; tivesse acontecido, Gaddafi ainda controlaria mais da metade da Líbia. Pequim – que jamais foi fã de ‘mudança de regime’ violenta – está exercitando, por hora, a arte da moderação extrema.

Zhongliang, chefe do Ministério do Comércio, observou, otimista, que “a Líbia continuará a proteger os interesses e direitos dos investidores chineses, e esperamos manter os investimentos e a cooperação econômica”. Abundam as declarações oficiais que enfatizam a “mútua cooperação econômica”.

Semana passada, Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do sinistro Conselho Nacional de Transição, disse à rede de notícia Xinhua que serão respeitados todos os negócios e contratos firmados com o regime de Gaddafi. – Mas Pequim não quer saber de correr riscos.

A Líbia forneceu apenas 3% do petróleo que a China consumiu em 2010. Angola é fornecedor muito mais crucial. Mas a China ainda é o principal consumidor de petróleo líbio na Ásia. Além disso, a China pode ser muito útil no front da reconstrução da infraestrutura, ou na exportação de tecnologia – nada menos que 75 empresas chinesas, com 36 mil empregados já trabalhavam na Líbia antes do início da guerra civil/tribal (e foram evacuados, com eficiência e sem alarde, em menos de três dias).

Os russos – da Gazprom à Tafnet – tinham bilhões de dólares investidos em projetos na Líbia; as brasileiras Petrobras, gigante do petróleo e a empresa construtora Odebrecht também tinham interesses lá. Ainda não se sabe exatamente o que acontecerá com eles. O diretor geral do Conselho de Comércio Rússia-Líbia, Aram Shegunts, está extremamente preocupado: “Nossas empresas perderão tudo, porque a OTAN impedirá que façam negócios na Líbia.”

A Itália logo entendeu que lá teria de ficar, “com ‘rebeldes’ ou sem”. A gigante italiana ENI, parece, não será afetada, dado que o primeiro-ministro Silvio “Bunga Bunga” Berlusconi pragmaticamente abandonou seu ex-íntimo amigo Gaddafi, logo no início do bombardeio EUA-Africacom/OTAN.

Os diretores da ENI italiana estão confiantes de que o petróleo líbio recomeçará a fluir para o sul da Itália ainda antes do inverno. E o embaixador da Líbia na Itália, Hafed Gaddur, disse a Roma que os contratos da era Gaddafi serão honrados. Por via das dúvidas, Berlusconi se reunirá com o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Jibril, na próxima quinta-feira, em Milão.

Bin Laden os salvará[2]
O ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu – da famosa política de “zero problemas com nossos vizinhos” – também já andou elogiando os ex-‘rebeldes’ convertidos em poder de fato. Também de olhos postos na bonança de negócios da era pós-Gaddafi, Ankara – que é o flanco oriental da OTAN – terminou por ajudar a impor um bloqueio naval contra o regime de Gaddafi, cultivou atentamente o Conselho Nacional de Transição e, em julho, reconheceu-o formalmente como governo da Líbia. Business “recompensa” os ardilosos.

Chegamos afinal ao coração desse script: o que a Casa de Saud lucrará por ter sido instrumento para implantar um regime amigável na Líbia, possivelmente salpicado de salafitas notáveis; uma das razões chaves para o massacre imposto pelos sauditas – que incluiu um voto inventado na Liga Árabe – foi o ódio furioso que separou Gaddafi e o rei Abdullah, desde as primeiras escaramuças que levaram à guerra contra o Iraque em 2002.

Nunca será demasiado destacar a hipocrisia cósmica de uma monarquia/teocracia medieval absoluta ultra reacionária – que invadiu o Bahrain e reprimiu com brutalidade os xiitas locais – apoiar o que se apresenta como movimento pró-democracia no Norte da África.

Seja como for, é hora de celebrarem. Em breve, lá estará o grupo saudita Bin Laden Construtora, para reconstruir feito doido em toda a Líbia – é possível que transformem Bab al-Aziziyah (que foi saqueado) em hotel-shopping center de luxo monstro da Tripolitânia.

NOTAS
[1] Orig. “Operation Siren”. A operação foi lançada no sábado à noite, à “hora do Iftar”, que marca o fim do jejum religioso do Ramadan. As “sirenes”, que eram usadas pela Al-Qaeda para convocar manifestações contra o governo de Gaddafi, foram usadas dessa vez como sinal para os pequenos grupos de ‘rebeldes’ de Benghazi (para outros, seriam pequenos grupos de militantes da Al-Qaeda) que já estavam em Trípoli. Esses pequenos grupos iniciaram algumas escaramuças em terra, coordenadas com intenso bombardeio aéreo pelas forças da OTAN (cf. Thierry Meyssan, TARPLEY.net, 21/8/2011, em http://tarpley.net/2011/08/22/nato-slaughter-in-tripoli/). Jornais norte-americanos falam de uma “Operation Mermaid Dawn” [operação Aurora da Sereia] contra a Líbia, acrescentando que “mermaid” [sereia] seria nome em código para “Líbia” (cf. Huffington Post, 22/8/2011, em http://www.huffingtonpost.com/social/April22/libya-rebels-tripoli_n_933092_104238013.html). Em português (não em inglês), há algum deslizamento de significados entre “sereia”, o ser mítico, e “sirene”/”sirena”, o dispositivo que há em carros de bombeiros e ambulâncias, que emite som e, também os aparelhos que emitem alarme de incêndio em prédios. Sem algum comentário, perder-se-ia essa ambigüidade, na tradução [NTs].
[2] Orig. Bin Laden to the rescue, ‘politicamente’ muito difícil de traduzir. A solução que propomos é uma, dentre outras possíveis e pode ser melhorada. Correções e sugestões são bem-vindas. Consideramos também “Só bin Laden salva”, descartada por votos, quer dizer, menos por argumentos, que pela maioria. Traduzir é empreitada cheia de riscos inevitáveis [NTs].

Cartolas ameaçam retirar de estádio quem levar cartaz contra R. Teixeira. ISSO TEM O DEDO DA GROBO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Está no site da Federação Catarinense de Futebol: Quem for ao Orlando Scarpeli neste domingo para acompanhar o clássico Figueirense x Avaí e exibir cartazes contra o presidente da CBF será retirado do estádio. Isso mesmo. Como sempre acontece, o cidadão poderá xingar o juiz, mandar o jogador adversário ou até do seu próprio time para "aquele lugar", mas não serão permitidas manifestações contrárias ao homem que desde 1989 preside a Confederação Brasileira de Futebol.
O interessante é que, para sustentar tal decisão, os cartolas da FCF apelam para o Estatuto do Torcedor. Isso mesmo, o documento que deveria proteger os direitos de quem paga ingresso serve de argumento para tirar desse mesmo cidadão... um direito. O de se manifestar. A entidade alega que no artigo 13-A, inciso IV está escrito: “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”.
Se encaixariam nesse exemplo cartazes contendo frases como "Fora Fulano", "Cicrano de Tal, vá embora", "Não queremos tal pessoa em tal cargo", ou até mesmo "Senhor Beltrano, renuncie"?
Qual o temor dos cartolas? Que inadvertidamente uma câmera de TV registre um desses cartazes, mesmo que por uma fração de segundo? Talvez. Mas será que aqueles que levam para a arquibancada cartolinas com os famosos "Filma eu" serão expulsos?
E você, em especial os torcedores dos times envolvidos neste jogo, o que acha disso?
Abaixo, a íntegra da nota oficial:
Delfim Peixoto
A Federação Catarinense de Futebol vem a publico manifestar seu repudio contra qualquer manifestação ofensiva, realizada em jogos no território de Santa Catarina, direcionada ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr. Ricardo Terra Teixeira, bem como à própria CBF.
Especialmente com relação a informações veiculadas na imprensa referentes ao clássico entre Figueirense e Avaí, válido pela Série “A” do Campeonato Brasileiro, que será realizado no próximo domingo, 28 de agosto, no estádio Orlando Scarpelli, as presidências das duas equipes também se mostraram absolutamente contrárias a este tipo de atitude por parte de seus torcedores.
A FCF ressalta que este tipo de manifestação se configura como uma infração ao Estatuto do Torcedor, cujo artigo 13-A, inciso IV, dispõe: “São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo sem prejuízo de outras condições previstas em lei”- IV - “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”.
O parágrafo único deste artigo estabelece que “o não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sansões administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis”.
A Diretoria e o Presidente da FCF, Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho, reiteram sua parceria e seu apoio à Confederação Brasileira de Futebol e seu Presidente, Dr. Ricardo Teixeira, que sempre foi um amigo e deu suporte ao futebol catarinense. Lembramos ainda que “ninguém será considerado culpado até o transito em julgado ter sentença penal condenatória”, conforme trata nossa Constituição Federal, no inciso LVII do Artigo 5º.
A Federação Catarinense de Futebol deseja ainda que os jogos realizados no estado sejam momentos de confraternização e lazer para os torcedores, e que prevaleça o espírito esportivo, com paz entre as torcidas e destas com relação a todos os envolvidos no meio esportivo, sejam clubes, órgãos de imprensa ou entidades administradoras do desporto.
Assessoria de Imprensa - FCF
No ESPN Brasil

Militantes da ‘faxina’ reeditam o Cansei

Quem chegasse hoje ao Brasil e lesse os jornais imaginaria que há uma guerra contra a corrupção liderada por uma imprensa idealista. O noticiário exacerbou exponencialmente aquela “cruzada ético-midiática” que permeou a década passada. Se, durante o governo Lula, havia alguma denúncia todos os meses, no governo Dilma o processo foi elevado ao cubo, com várias denúncias sendo espalhadas ao mesmo tempo.
Após os ministros da Casa Civil, da Agricultura, dos Transportes e da Defesa, entraram na mira os ministros da Casa Civil (de novo), das Cidades, do Turismo, das Comunicações e, agora, até o presidente da Câmara dos Deputados (que é do PT, claro).
A mídia, aproveitando-se de que suas denúncias geraram efeitos que as corroboraram – não por que foram irrefutáveis, mas porque o governo cedeu à pressão que desencadearam – intensificou sobremaneira a campanha moralista. Já há movimentos “espontâneos” na sociedade de formação de grupos civis para protestarem “contra a corrupção” em marchas e passeatas.
Os militantes “anticorrupção” da hora reeditam o movimento Cansei, que surgiu durante o governo Lula contando com o apoio de artistas, empresários, das classes mais abastadas e dessa mesma imprensa sempre disposta a fazer campanhas moralistas contra o PT e seus aliados, mas só contra eles.
Com tantas denúncias e demissões, parece haver uma cruzada contra todos os corruptos. E como essas denúncias ganharam credibilidade porque provocaram demissões em massa no governo Dilma, à diferença do Cansei não estão caindo no ridículo.
Seria muito bom que houvesse uma faxina de verdade na administração pública do Brasil, pois a corrupção realmente se institucionalizou neste país. Está entranhada em todos os governos. Em alguns mais, outros menos, mas está entranhada no Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário). Só que a “faxina” que ocupa o noticiário não é uma faxina de verdade, mas uma campanha para desmoralizar este governo, seu partido, seus aliados e, acima de todos estes, o ex-presidente Lula.
Fosse de outra maneira, não estaria restrita ao governo federal e aos seus aliados. Assim como a mídia fustiga o governo do Rio de Janeiro e, acima de tudo, o seu titular, Sergio Cabral, com denúncias de corrupção e má conduta do governador daquele Estado, se estivesse realmente querendo combater a corrupção fustigaria também os governos de São Paulo ou de Minas Gerais, contra os quais pesam tantas denúncias.
Dito assim de chofre que há denúncias contra os governos paulista ou mineiro, quem não acompanha a política muito de perto ficaria surpreso. Afinal, na imprensa de São Paulo, do Rio ou de Minas não saem acusações ou denúncias contra eles.
As oposições em São Paulo e Minas reclamam de que a mídia ignora os deputados estaduais desses Estados que batem às portas da Globo, da Folha de São Paulo, da Veja e do Estadão, entre outros, pedindo pressão para conseguirem instalar CPIs contra os governos Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia. Mas como no tempo de José Serra e Aécio Neves, esses meios de comunicação nem os recebem.
Há deputados paulistas e mineiros com calhamaços de denúncias contra os governos Alckmin e Anastasia. Eles dizem que suas denúncias têm muito mais indícios do que as que estão derrubando ministros de Dilma Rousseff, mas as redações dos grandes meios de comunicação estão proibidas de noticiar qualquer coisa que desfavoreça o PSDB.
Os militantes dessa “faxina” exclusivamente contra o PT e aliados, que poupa políticos de administrações controladas pelos partidos que se opõem ao governo Dilma, reeditam o Cansei. Estão sendo programados atos públicos para baterem com o noticiário. Em breve, as ruas das capitais brasileiras estarão vendo esses grupos saírem as ruas com aquelas peruas enfeitadas com jóias e mauricinhos com seus tênis e roupas “de marca”.
Para engrossar grupelhos de dondocas, o PSDB tenta cooptar centrais sindicais que sempre se opuseram à CUT e ao PT, mas que aderiram a Lula na década passada porque, como durante o governo Fernando Henrique Cardoso, sempre estiveram ao lado do poder. Se os tucanos e seus jornais, revistas, rádios, TVs e portais de internet tiverem sucesso, em breve veremos um Cansei vitaminado ganhando as ruas do país.

Deep Purple - Mark II



Deep Purple

Filmado em 3 de janeiro de 1.972 em Copenhague. Nove músicas, incluindo "Highway Star," "Strange Kind of Woman," "Child in Time," "Space Truckin'," "Fireball," "Black Night".


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EUA, Paraíso dos Terroristas.EUA protegem, em seu território, dezenas de terroristas e fugitivos

JEAN-GUY ALLARD - Os Estados Unidos concederam asilo a dezenas de terroristas, fugitivos da justiça e vigaristas de todos os tipos reivindicados por países latino-americanos. No entanto consideram-se canalhamente promotores da chamada “lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, cujo verdadeiro propósito de denegrir nações que rejeitam as suas políticas de dominação,

O site “Contrainjerencia” (em espanhol) mostra, desde princípios do ano, uma lista dos foragidos mais conhecidos. São uns sessenta delinquentes, identificados como foragidos latino-americanos que se refugiam no território estadunidense, a maioria deles com histórico terrorista.

Com a comunidade cubano-americana de Miami, o dossiê ou lista teve que se limitar a incluir os mais “famosos” dos terroristas e sicários. Em 1959, a queda do regime de Fulgencio Batista, sustentado por Washington, marcou a chegada ao sul da Flórida de milhares de cúmplices da ditadura, que a CIA logo recrutou para as operações terroristas que executou e encobriu contra a Revolução cubana.

Vários autores de ações terroristas ocorridas na Venezuela, nos últimos anos, encontraram também asilo nos EUA, bem como participantes da conspiração assassina de Santa Cruz, Bolívia.
Entre outros indivíduos que promoveram o emprego do terror em diferentes países do continente e que hoje vivem nos Estados Unidos, com o conhecimento e a aprovação do Departamento de Estado, o site Contrainjerencia identifica alguns desses criminosos:
- Alejandro Melgar, cabecilha da conspiração de Santa Cruz, negociante boliviano.
- Ángel de Fana Serrano, participou em 1997, na Ilha Margarita, de um complô para assassinar o líder cubano Fidel Castro, durante a Cúpula Ibero-Americana. Parceiro de Luis Posada Carriles, De Fana conspirou, ainda, para assassinar o presidente Hugo Chávez.
- Armando Valladares, cúmplice da tentativa de magnicídio (contra o Presidente Evo Morales) em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, e de vários atos terroristas; foi preso em Cuba por colocar bombas em lojas, retomando seu emprego na CIA depois de sua saída da Ilha.
- Carlos Alberto Montaner, vive a várias décadas de serviços prestados contra Cuba. Fugitivo da justiça cubana, por colocar bombas em lojas e cinemas, em 1960; foi membro da rede terrorista de Orlando Bosch. Mora alternativamente nos EUA e na Espanha.
- Gaspar Jiménez, assassino do diplomata cubano Dartagnan Díaz Díaz; cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami sob proteção do FBI.
- Guillermo Novo Sampoll, terrorista, cúmplice no assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier; torturador do Plano Condor; assassino de dois diplomatas cubanos na Argentina, cúmplice de Luis Posada Carriles e condenado por terrorismo no Panamá. Vive em Miami.
- Huber Matos, conhecido por haver dirigido ações terroristas. Suas ligações com o mundo do narcotráfico centro-americano são tão conhecidas como as de seu filho, refugiado na Costa Rica. Mora em Miami.
- Hugo Acha Melgar, financiador da gangue terrorista conformada por neonazistas húngaros e croatas, que tentaram assassinar o presidente boliviano Evo Morales, em 2009, no complô de Santa Cruz.
- Joaquim Chaffardet, ex-Diretor da Polícia Secreta venezuelana; ligado ao terrorista internacional Luis Posada Carriles. Foi formado pelos serviços de inteligência dos EUA na Escola das Américas (SOA).
- José Antonio Colina Pulido, responsável por atentados com bombas contra legações diplomáticas da Espanha e da Colômbia em Caracas, em 2003. Mora em Miami.
- Nelson Mezerhane, financiador e vigarista; acionista da Globovisão (Venezuela), aparece entre os principais suspeitos do assassinato do procurador Danilo Anderson. Sumiu de Caracas, após furtar US$ sete milhões. Reside nos EUA.
- Patricia Poleo, cúmplice do assassinato do procurador venezuelano Danilo Anderson. Encontra-se nos bastidores de diferentes operações da CIA realizadas pela Embaixada dos EUA de Caracas contra a Revolução Bolivariana. Mora em Miami.
- Pedro Remón, sicário da CIA, assassino de Félix García Rodríguez e Eulalio Negrín em Nova York; cúmplice de Luis Posada Carriles, condenado por terrorismo no Panamá. Mora em Miami, sob proteção do FBI.
- Luis Posada Carriles, agente da CIA e terrorista internacional. Tem um interminável dossiê de crimes. Reclamado pela Venezuela pelos 73 homicídios do avião cubano destruído em pleno voo, em 1976. Mora em Miami.
- Reinol Rodríguez, associado a Luis Posada Carriles: cúmplice do assassinato em Porto Rico de Carlos Muñiz Varela. Atual chefe militar do grupo terrorista Alpha 66, tolerado pelo FBI. Mora em Miami.
- Roberto Martín Pérez, filho de um dos mais famosos esbirros da ditadura de Batista, ex-chefe do Comitê paramilitar da Fundação Nacional Cubano-americana (FNCA).
- Raúl Díaz, condenado por ataques com explosivo C4 a duas embaixadas em Caracas, ocorridos em 2003. Mora em Miami.
- Carlos Yacaman, hondurenho, assassino do ex-ministro de Habitação da administração de Manuel Zelaya, Roland Valenzuela. Encontra-se em Miami.
- Branko Marinkovic, líder opositor boliviano de Santa Cruz, principal financeiro e cúmplice da gangue terrorista desarticulada em 2009. Entregou US$ 200 mil aos terroristas para a compra de armas. Mora em Miami.
- José Guillermo García, general salvadorenho, ex-ministro de Defesa, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Carlos Vides Casanova, ex-chefe da guarda nacional de El Salvador, torturador e responsável pelo assassinato de quatro freiras norte-americanas.
- Michael Townley, oficial da polícia secreta de Pinochet, cúmplice do assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier. Mora em Miami.
- Santiago Álvarez Fernández Magriñá, terrorista e traficante de armas cubano-americano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Osvaldo Mitat, terrorista e traficante de armas cubano, cúmplice de Posada Carriles. Mora em Miami.
- Héctor Alfonso Ruiz, vulgo Héctor Fabián, terrorista cubano, colocou bombas em legações diplomáticas, associado a Posada Carriles. Mora em Miami.
- Ramón Saúl Sánchez, sicário de Omega 7, cúmplice de Eduardo Arocena e Pedro Remón. Mora em Miami.
- Rodolfo Frómeta, terrorista cubano, chefe dos comandos F4, autor confesso de ações terroristas contra Cuba. Mora em Miami.
- Roberto Guillermo Bravo, militar argentino, responsável pela chacina de Trelew, na qual morreram 16 jovens revolucionários. Mora em Miami.
- Virgilio Paz Romero, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, indultado por George W. Bush. Mora em Miami.
- José Dionisio Suárez Esquivel, vulgo Charco de Sangre, cúmplice do assassinato do chanceler chileno Orlando Letelier e sua colaboradora Ronni Moffitt, libertado por George W. Bush. Mora em Miami.
- Félix Rodríguez Mendigutía, vulgo El Gato, agente da CIA, ordenou a assassinato de Ernesto Che Guevara, cúmplice de Posada Carriles na base salvadorenha de Ilopango no tráfico de armas em troca de cocaína. Mora em Miami.
- Salvador Romani, presidente da terrorista Junta Patriótica cubana na Venezuela, participou do assalto à embaixada cubana em Caracas, cúmplice do assassinato do procurador Anderson. Mora em Miami.
- Johan Peña, ex-comissário da DISIP venezuelana, colocou a bomba que matou o procurador Anderson. Mora em Miami.
- Jaime García Covarrubias, ex-chefe repressor de Pinochet, acusado de torturas e assassinatos, hoje professor em uma academia do Pentágono, em Washington, EUA.
- José Basulto, terrorista cubano-americano, agente da CIA, chefe de Irmãos ao Resgate, e autor de provocações assassinas. Mora em Miami.
- Inocente Orlando Montano, coronel salvadorenho reclamado pela justiça espanhola pelo assassinato de jesuítas.
- José Guevara, ex-agente da DISIP venezuelana. Participou de Miami no complô para assassinar o procurador venezuelano Danilo Anderson.
Em Miami, dezenas de organizações cubano-americanas ligadas ao terrorismo continuam funcionando. O FBI conhece o envolvimento dessa corja em atividades violentas. Os grupos terroristas Alpha 66 e Comandos F4 pregam abertamente o uso do terror contra Cuba.



Entretanto, esse apoio a ações terroristas de dirigentes da FNCA (Fundación Nacional Cubano Americana) e do Cuban Liberty Council foram denunciadas publicamente em diferentes ocasiões.

Nessa matéria, ninguém fica surpreendido com as declarações dos representantes Connie Mack, que sugeriu o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez e de sua colega Ileana Ros-Lehtinen, que propôs, em uma entrevista para a televisão britânica, a eliminação física do líder cubano Fidel Castro.

Ros-Lehtinen é Presidenta honorária do Fondo de Defensa do terrorista Luis Posada Carriles. Seu colega de Senado, Robert “Bob” Menéndez, se reunió el último 17 de mayo com Luis Posada Carriles, em um restaurante em West New York, para celebrar seu indulto exarado por uma corte texana.

Original, em espanhol, extraído de “Contrainjerencia
traduzido por redecastorphoto


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