Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

OS MENDIGOS QUEIMADOS EM BRASÍLIA. A GLOBO E A ANTÁRTICA

Globo: Antártica é para a Dilma o que o Vietnã foi para Johnson


Uma das explicacões para a profunda crise política que se instalou nos Estados Unidos com a guerra do Vietnã (a primeira vez em que um sub derrotou um desenvolvido) foi o papel de uma nova e poderosa mídia: a televisão.

As imagens, dia após dia, nos telejornais nacionais, dos corpos dos soldados americanos mortos em combate jogou a opinião pública contra um presidente popular, Lyndon Johnson.

A sucessão de corpos envoltos em embrulhos de plástico ou em caixões cobertos com a bandeira americana provocou um impacto que destruiu Johnson e seu candidato, o vice Hubert Humphrey, e elegeu Richard Nixon.

Coube a Nixon sair às carreiras de Saigon e, depois, fugir para New Jersey, escorraçado em Watergate.

A Globo tentou reconstruir o Vietnã.

E transformar a Antártica no Vietnã da Dilma.

Mostrar os corpos envoltos pela bandeira brasileira, na base aérea do Galeão, como se fosse a base de Andrews, em Washington, onde Johnson percebeu que, com a televisão, tinha perdido a classe média americana.

É o que a Globo, desde o inicio da tragédia na estação brasileira da Antártica, tenta fazer.

O momento superior desse Golpe foi quando o repórter da Globo, ao acompanhar o féretro, disse “que grande emoção !”

Notável.

Enquanto isso, a Globo passou por cima dos mendidos incendiados em Brasília.

Duas vítimas, também, como na Antártica.

Mauro Santayana, ao descrever a elite offshore de São Paulo, trata dessa tragédia tão perto de casa, da sede da Globo, em Brasíia.

E da impunidade de que se beneficiaram os mauricinhos brasilienses que botaram fogo, anos atrás, no índio Galdino.

A Globo e seu Guardião de Fé, o Gilberto Freire (*) brasileiro, com “i”, Ali Kamel, não tem compromisso com o Brasil.

Se a tragédia da Antártica – que cabe lamentar com a mesma intensidade e tristeza com que se chora a dos mendigos de Brasília – servir para dar à Dilma o destino melancólico do Lyndon Johnson, tanto melhor.

Os pacotes de corpos valem pela imagem.

Não pelo que levam dentro.

Imperdível foi, depois da cobertura editorializada da Antártica, o William Bonner dizer que o ” jn no ar” passou o dia no ar !

Notável !

(*) Conta-se que, em Apipucos, D. Madalena, um dia, chegou para o mestre Gilberto Freyre e disse: Gilberto, essa carta está há um mes em cima da tua mesa e você nao abre. O Mestre de Apipucos respondeu: não é para mim. É para um Gilberto Freire com “i”. Não posso abri-la. A propósito do pseudo antropólogo da Globo, leia “como PHA se defendeu de Gilmar, Kamel e Heraldo P. Carvalho“.

Não deixe de ler sobre “Tomara ! O que Dilma fez para provocar a tragédia da Antártica“.


Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Kroll: Eu acuso Daniel Dantas



A Justiça Federal de São Paulo absolveu Daniel Dantas da acusação de formação de quadrilha, no âmbito da Operação Chacal, que investigou como Daniel Dantas contratou a empresa americana Kroll para grampear ilegalmente.

A Dra Cecíclia Melo, da Justiça de São Paulo, foi quem desbastou as acusações contra Dantas e deixou essa última – formação de quadrilha – para ser agora, provisoriamente, encerrada.

A Dra Melo chegou a desconsiderar a confissão de uma testemunha-chave, que confessou ter mentido – pago – para tirar Dantas ou um enviado especial da casa de um espião/grampeador.

É uma decisão singular: são condenados os membros de uma quadrilha que espionava e não há mandantes.

Espionar para quem ?

Para ninguém.

Espionavam por deleite.

Por voyeurismo, como os espectadores do BBB.


Eu, Paulo Henrique Amorim, cidadão de uma República, jornalista e pai de família, acuso Daniel Dantas de me grampear.
Entre outros crimes.
Conheço essa história na palma da mão.
Fui testemunha de acusação contra Dantas no processo da Kroll.
Estive na mesma sala em que se encontravam dezenas de advogados dele, notadamente Varões da Advocacia Brasileira, como Wilson Mirza e Nélio Machado.
Conheço o coronel da PM de São Paulo contratado para me espionar.
Conheço o espião/trapalhão israelense que fazia lista por escrito dos clientes e serviços prestados – e que a Justiça parece não ter lido.
Conheço o parente de Dantas que foi à casa do espião/trapalhão acertar o negócio em nome de Dantas.
E ele sabe que o conheço muito bem.
Conheço tudo desse mar de lama.
Dantas me grampeou.
Grampeou uma ligação minha com o empresário Antoninho Marmo Trevisan.
Conhece a minha dieta.
Meus horários.
Meus amigos mais diletos, como Mino Carta.
Espionou membros de minha família.
Grampeou minha filha, enquanto estava noiva.
A Polícia Federal pode não ter conseguido filmar com foco o encontro do parente de Dantas com o espião/trapalhão.
O Ministério Público pode não ter conseguido demonstrar que ele fazia parte da quadrilha – no papel inequívoco de mandante.
E a Justiça errou.
A Justiça errou em todas as etapas.
Desde quando o processo esteva nas doutas mãos da Dra Cecilia Melo.
E agora, na decisão final (e provisória).
Uma quadrilha sem chefe.
Nem em filme dos Irmãos Marx.
E tem mais.
O ansioso blogueiro suspeita que, no caso do desembargador corrupto que a Dra Eliana Calmon mandou para casa (com aposentadoria integral. Viva o Brasil !), ali tem impressões digitais de Dantas.
Como não tem nenhuma dúvida de que o dinheiro do valerioduto do Marcos Valério, desde o Mensalão tucano de Minas, sob o comando de Eduardo Azeredo, era dinheiro de Dantas.
Aliás, a CVM sabe disso melhor do que ninguém, porque tem lá os documentos que mostram a grana que o Dantas, na Brasil Telecom, despejava no cano do Valério.
Eu acuso: a Justiça Federal de São Paulo inocentou- provisoriamente – um culpado.
Dantas me grampeou.
E como diz o sábio Mino Carta, não precisava da Operação Satiagraha.
A Operação Chacal da Kroll, por si só, botava o Dantas atrás das grades.
Para onde voltará,inelutavelmente.

Em tempo: quando Dantas promover a enésima ação judicial contra mim – o que faz toda quarta-feira -, a certa altura dos acontecimentos invocarei como testemunha um dos filhos do Roberto Marinho. Como se sabe, Dantas contratou a Kroll quando brigava com a Telecom Italia. Por causa disso, grampeou os filhos do Roberto Marinho porque tinham relações empresariais com a Telecom Italia. Sei disso, porque o então presidente da Brasil Telecom, Ricardo K, me contou. Pegou os grampos de Dantas recolhidos nos arquivos da Brasil Telecom e mostrou a um dos filhos do Roberto Marinho. Eu trabalhava no iG, da Brasil Telecom, até ser devidamente defenestrado por um Caio T. (“T” de tartufo) Costa.

Em tempo2: este ansioso blogueiro já disse que o business plan de Dantas é ratificar na Justiça (brasileira) as trampas empresariais que monta com a juda de notaveis Ådvogados. Disse isso apoiado num depoimento de Samuel Possebon, excelente jornalista da Teletime, que acompanha a carreira de Dantas, um ícone do capitalismo (de Estado) brasileiro. O diálogo poderia ser assim: ele chega para o futuro sócio e diz: te faço a seguinte operação. O futuro sócio perguntaria: mas, isso é legal ? E ele responde: comigo é !

Em tempo3: foi nessa peleja de Varões de Plutarco, que o Zé se transformou em Zé. Clique aqui para ler por que os amigos de Dantas se referem ao Ministro da Justiça com tanto carinho … Zé.




Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Justiça de São Paulo inventou a ‘jurisprudência’ da impunidade

Se qualquer um de nós, cidadãos comuns, sofresse a acusação que o hoje desembargador Francisco Orlando de Souza sofreu em 10 de outubro do ano passado de parte do então delegado da Polícia Civil de São Paulo Frederico Costa Miguel, estaria em maus lençóis.
Dirigir sem habilitação e embriagado, desacatar, desobedecer, ameaçar, difamar e injuriar a autoridade policial são os crimes dos quais o delegado acusou oficialmente (via Boletim de Ocorrência) o então juiz de Direito após ele se envolver em uma briga de trânsito.
No último fim de semana, o irmão do delegado entrou em contato comigo pelo Facebook pedindo repercussão do caso. Passou-me o telefone do irmão. Liguei e após longa conversa decidi pesquisar mais o assunto. O que descobri me surpreendeu, indignou e preocupou.
As acusações contra o magistrado estão no Boletim de Ocorrência nº 13.913/2011. De acordo com o registrado, o juiz e outro motorista começaram brigar no trânsito. Quando passaram pela porta da delegacia, o outro motorista teria parado por sentir-se ameaçado pelo juiz.
Investigadores, de dentro da delegacia, ouviram a confusão e saíram à rua. Viram o juiz esmurrando o vidro do carro do motorista com quem discutia. Segundo relatam, quando se aproximaram o juiz passou a agredi-los verbalmente.
O delegado chega e determina que todos entrem na delegacia. Diante de várias testemunhas, Orlando de Souza se identifica como juiz e passa a fazer ameaças enquanto se recusa a colaborar com a elaboração do Boletim de Ocorrência. O delegado lhe dá voz de prisão.
Dois dias depois (12 de outubro), o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Roberto Bedran, em sessão especial daquela Corte defende a nomeação de “delegados especiais” para cuidar de casos que envolvam magistrados.
Cerca de uma semana mais tarde, o mesmo Tribunal de Justiça de São Paulo decide promover a desembargador o juiz acusado de tudo isso. Com o novo cargo, ele terá foro privilegiado para ser processado e julgado.
Paralelamente, no mesmo período o Conselho da Polícia Civil se reúne rotineiramente para a última avaliação do delegado Costa Miguel, que como todo delegado em início de carreira estava em experiência. Apesar de ter tido a sua efetivação recomendada pela Corregedoria da Polícia, o Conselho delibera pela sua exoneração.
Em questão de dias após a confusão em que o juiz suspeito de embriaguês ao volante se envolveu, o Tribunal de Justiça toma medidas para fortalecê-lo e a cúpula da Polícia Civil dá início a um processo que culminaria com a demissão do delegado que tentou cumprir a lei.
Esse caso cria uma espécie de “jurisprudência” da impunidade. O agora ex-delegado Costa Miguel está literalmente desempregado. Tudo o que fez para chegar ao cargo (faculdade, concurso etc.), foi jogado fora. Que outro delegado – ou mesmo policial – incomodará juízes que infrinjam a lei?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cacciola, o jn, FHC, o Supremo e Romeu Tuma Jr


O jornal nacional fez uma interessante reportagem sobre o tema da “hipocrisia televisiva”.

Tratou da libertação do que chama de “ex (ex?) banqueiro Salvatore Cacciola”.

A “hipocrisia televisiva” conta tudo menos o essencial.

Então, vamos ao essencial.

1) Cacciola é um dos mais exuberantes escândalos do cinzento Governo Cerra/FHC.

Uma espécie de “se isso der m…”, versão dois.

Deu.

O povo brasileiro teve que entrar com R$ 1 bilhão para cobrir o rombo que o Banco Central do Governo Cerra/FHC abriu para salvar o Banco Marka do Cacciola.

Tudo para salvar “o sistema”.

A diretoria do Banco Central foi condenada – menos a diretora de “fiscalização” – viva o Brasil !

E o jn sequer menciona que tudo se deu no Governo imaculado e iluminado de Cerra/FHC.

2) Cacciola fugiu para a Itália graças a um HC Canguru concedido pelo Ministro Marco Aurélio de Mello, hoje, responsável pela apreciação do impeachment de outro especialista em HCs Canguru, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).

(Dantas teve melhor sorte que Cacciola, como se sabe. Por enquanto.)

Portanto, depois do desastre no Executivo, o desastre no ponto mais alto no Judiciário.

3) Cacciola só voltou para o Brasil, por causa da competência e da pertinácia de um profissional de Polícia, delegado Romeu Tuma Jr.

Tipos “brilhantes”, diria o FHC, também fazem besteiras.

A mais recente de Daniel Dantas foi entrar com 99a. ação judicial contra este ansioso blogueiro, o que, breve, lhe cu$tará (é assim mesmo, revisor) muito caro.

Clique aqui para ler sobre as 37 ações que movem contra este ansioso blogueiro e apreciar a Galeria de Honra do “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.

A besteira de Cacciola foi sair da Itália para dar uma voltinha em Mônaco e curtir a impunidade.

Foi apanhado pela Interpol.

E, depois de um ano, o pertinaz trabalho do delegado Romeu Tuma Jr, então no Ministério da Justiça, conseguiu trazê-lo de volta ao solo pátrio.

Não tivesse sido mais esperto que todo mundo, Cacciola se defenderia em liberdade no Brasil, se valeria de Justiça dos Ricos, aqui em vigor, e já estaria na Barra da Tijuca há muito tempo, a contemplar o Oceano Atlantico, como Daniel Dantas faz de Ipanema.

Depois, Tuma Jr cometeu o gesto inaceitável de congelar os bens de Daniel Dantas no exterior.

Inaceitável, irresponsável, inconsequente, inadmissível.

Onde já se viu tanta insolência ?

Romeu Tuma Jr foi congelado numa dependência da Sibéria, na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, acusado de um crime que não sabe qual foi  e que só o PiG (**) e a Polícia Federal (ex-republicana) parecem tipificar.

Assim se preenchem as lacunas da exemplar “hipocrisia televisiva” ontem exibida no jn.

Com os nomes de FHC, Mello e Tuma Jr.

Dois heróis do PiG e um vilão.


Paulo Henrique Amorim


Cacciola também foi "brilhante" por algum tempo

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.