Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

POLÍCIA REPRIME ATO PACÍFICO CONTRA TEMER E POR DIRETAS

domingo, 31 de julho de 2016

Laura Capriglione: O MPF é cego? E a mídia golpista também não percebeu que esse juiz já era conhecido dela?

Soares Leite - repdução diário do nordeste 
Juiz Ricardo Augusto Soares Leite, que segundo o próprio Ministério Público Federal, dificultou a punição dos fraudadores da Receita  (Reprodução: Diário do Nordeste)
Dois pesos e duas medidas

por Laura Capriglione, especial para o Jornalistas Livres

O juiz que assina a decisão de transformar o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva em réu é Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. Leite é conhecidíssimo, mas não por sua eficiência. Bem ao contrário.

Juiz da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita, o juiz que transformou Lula em réu teve a capacidade de ser denunciado pelo próprio Ministério Público Federal.
Reportagem publicada pela Folha, em 20 de junho de 2015, mostrava o Ministério Público reclamando de várias decisões judiciais de Ricardo Augusto Soares Leite que dificultaram a obtenção de provas contra os fraudadores da Receita.

“O juiz Ricardo Leite negou todos os pedidos de prisão dos investigados, suspendeu escuta telefônica e não autorizou buscas e apreensões.”

“A Procuradoria já representou contra Leite na Corregedoria do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em abril. Segundo a Folha apurou, se nenhuma medida for adotada pela corregedoria do Tribunal, a Procuradoria da República no Distrito Federal vai recorrer ao Conselho Nacional de Justiça.”

10 vara federal , brasilia,
“Segundo a polícia, multas contra empresas somando R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que atuava junto ao órgão.”

Pois não é que exatamente esse juiz da 10º Vara Federal, que, segundo o próprio Ministério Público Federal, dificultou a punição dos fraudadores da Receita, é exatamente esse o homem que transformou Lula em réu?

A Justiça é cega mesmo?

E a imprensa golpista? Não percebeu também que esse nome já era dela conhecido?
Aqui a reportagem da Folha, publicada há pouco mais de um ano:

juiz
Procuradoria quer afastar juiz que apura corrupção em conselho

LEONARDO SOUZA
  DO RIO – 20/06/2015 02h00

O Ministério Público Federal quer o afastamento do juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara Federal de Brasília. Leite é o juiz da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita.

Segundo a polícia, multas contra empresas somando R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que atuava junto ao órgão.

O Ministério Público, no entanto, disse que não conseguirá anular a maioria dos casos, porque várias decisões judiciais dificultaram a obtenção de provas.

O juiz Ricardo Leite negou todos os pedidos de prisão dos investigados, suspendeu escuta telefônica e não autorizou buscas e apreensões.

A Procuradoria já representou contra Leite na Corregedoria do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em abril. Segundo a Folha apurou, se nenhuma medida for adotada pela corregedoria do Tribunal, a Procuradoria da República no Distrito Federal vai recorrer ao Conselho Nacional de Justiça.

Juiz substituto, o magistrado está há aproximadamente dez anos no comando da 10ª Vara, especializada em julgamentos de crimes de lavagem de dinheiro.

VAMPIROS

Nesse período, passaram pelas mãos de Leite casos como o da máfia dos Vampiros, o de Maurício Marinho (Correios), Waldomiro Diniz (Casa Civil) e o da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo (veja quadro ao lado).

Na representação à corregedoria do TRF, à qual a Folha teve acesso, os procuradores relatam o que classificam como “a existência de um crônico e grave quadro de ineficiência” na atuação do juiz Ricardo Leite.

Procurado por uma semana na Justiça Federal no DF, ele não quis dar declarações (leia texto ao lado).

De acordo com o documento, o magistrado prejudicou o andamento dos processos por demorar para tomar decisões simples e por empregar expedientes jurídicos vetados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Os procuradores dão exemplos de como “a extrema morosidade” no trâmite dos processos na 10ª Vara gera “substanciais prejuízos” ao país.

Na Operação Vampiro, deflagrada em 2004, o STJ negou um recurso impetrado pelos réus e autorizou, em 2010, o andamento regular do processo. A ação penal só foi retomada pela 10ª Vara, porém, em fevereiro de 2012.

A Justiça suíça bloqueou recursos nos nomes de alguns dos réus. O dinheiro não foi repatriado para o Brasil porque até hoje não há uma decisão definitiva sobre o caso.

Na representação ao TRF, o MPF pede que a corregedoria instaure procedimento avulso contra o juiz e uma correição extraordinária na 10ª Vara Federal. Entre as punições previstas que podem ser aplicadas ao juiz, estão advertência, remoção para outra vara e até mesmo aposentadoria compulsória.

Na correição extraordinária, seria feito diagnóstico completo da Vara para acelerar o andamento dos processos. Nos próximos dias, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) vai na mesma direção: solicitará ao CNJ a instauração de sindicância e processo administrativo disciplinar contra o juiz. Segundo Pimenta, relator da subcomissão da Câmara criada para acompanhar a Zelotes, a atitude do juiz Ricardo Leite tem “prejudicado sobremaneira a apuração dos fatos”.

OUTRO LADO

A Folha fez diversos contatos com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Brasília, por mais de uma semana, pedindo uma entrevista com o juiz Ricardo Augusto Soares Leite para que ele comentasse as reclamações da Procuradoria.

Ele não ligou de volta.

A reportagem também mandou e-mails para a assessoria, mas as mensagens não foram respondidas.

Em audiências realizadas na Câmara pelo relator da subcomissão para acompanhar a Operação Zelotes, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), delegados da Polícia Federal e procuradores da República encarregados do caso reclamaram publicamente do comportamento do juiz Soares Leite.

Frederico Paiva, procurador que coordena as investigações de fraude em julgamentos do Carf, disse que os pedidos de prisão negados por Leite eram importantes para impedir que os investigados combinassem os depoimentos.

“Ele [o juiz] tem um histórico de acúmulo de processos, um comportamento que chama atenção e deveria ser examinado de perto”, disse Paiva numa das audiências públicas.

 Leia também:
Ignacio Delgado: 2016, o ano que foi dado um golpe e se preparou outro para 2018 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Mídia esconde denúncia de jornal inglês contra mulher de Temer

mordomias capa


“Um dos maiores vexames internacionais a que o país poderá ser submetido nos próximos anos é o conhecido uso desmesurado de dinheiro público pela família de Michel Temer”, diz interlocutora profundamente versada em intimidades dos centros de poder.  “Marcela é o ponto fraco de Temer”, diz a fonte. “Os caprichos dela ainda vão custar caro…”.

A conversa decorreu de fato envolvendo a mulher de Temer que saiu discretamente na mídia, mas que, fosse outro grupo político a ocupar o governo federal, teria ganhado grande destaque. Ou seja: se Lula ou Dilma governassem, o tema dessa reportagem daria pano pra manga.

Ainda estão frescas na memória de quem presta atenção no Brasil as picuinhas da imprensa contra os presidentes petistas. Lá em 2004, por exemplo, o mundo quase caiu sobre a cabeça de Lula porque a imprensa cismou com um arranjo floral nos jardins do Palácio da Alvorada que reproduziria uma “estrela do PT”.

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A imprensa caçou ferozmente qualquer tipo de vinculação pública do então presidente Lula com seu partido, como se tal vinculação fosse segredo. O portal G1 chegou ao absurdo de questionar o fato de a esposa do então presidente, Marisa Letícia, usar um maiô com uma estrela vermelha estampada.

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A obsessão midiática por supostos “abusos” dos presidentes “petistas” com a res pública perdurou até a era Dilma. Reportagem do Estadão de alguns anos atrás implicava com outra “estrela petista” que teria sido plantada na Granja do Torto.

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Na semana passada, a imprensa noticiou que a ida de Marcela Temer e de seu filho para Brasília tem provocado mudanças na rotina e nos protocolos do Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência da República.

Uma das medidas tomadas recentemente foi a proibição do uso do estacionamento público localizado na entrada do local, que chegou a ter seu acesso bloqueado por um período logo que Temer assumiu o comando do país, em maio deste ano.

O que se sabe é que o caso não ganhou o destaque merecido. Na verdade, não ganhou destaque algum. A notícia saiu bem escondidinha e sumiu em seguida.

Marcela proibiu o uso do estacionamento porque ficou incomodada com a exposição que poderia ter e com a possibilidade de que fossem feitas fotos da área privativa do palácio caso a imprensa ficasse naquele lugar.
Quando a imprensa vai cobrir a Residência Oficial do presidente da República, seguranças vêm indicando outra região onde os carros de reportagem e veículos particulares podem ser estacionados.

Esses locais são improvisados. Ficam em um canteiro de grama, afastado da entrada do Jaburu, que teve o meio-fio quebrado para facilitar o acesso, ou em faixa de asfalto com a marcação de proibição para o tráfego.

As demarcações são irregulares, mas estão lá porque “dona Marcela quer”.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou que a restrição ao uso do estacionamento público tivesse sido pedida por Marcela, mas não explicou por que tal medida só foi tomada após a chegada dela ao Palácio.

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Seja como for, a restrição intempestiva e inédita de uso de área pública simboliza um comportamento da família presidencial que em outros tempos geraria “indignação” na imprensa antipetista.

A fonte do Blog citou esse caso como decorrente de histórias sobre o comportamento de ditador de república bananeira que se diz que vem sendo adotado por Temer, sobretudo após virar presidente interino.

Em maio último, o tabloide  inglês “Daily Mail” publicou extensa reportagem sobre Marcela dando conta de uma vida de “família real” que os Temer se dão à custa de dinheiro público.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3592502/New-York-shopping-trips-two-maids-racy-Playboy-photo-shoot-Brazil-s-new-lady-freeloading-family-attacked-Marie-Antoinette-spending-country-s-economy-crumbles-ahead-Rio-Olympics.html

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O tabloide, que utiliza fotos postadas nos perfis do Instagram de pessoas próximas a Marcela, comparou os gastos da esposa de Michel Temer aos de Maria Antonieta, rainha da França na época da Revolução Francesa e esposa de Luís XVI, no fim do século 18.

Segundo o jornal britânico, os gastos financeiros da primeira-dama, de 33 anos, não refletem o momento de crise que o Brasil enfrenta.

Na artigo, o Daily Mail lista uma série de aquisições não só para Marcela, como para sua família. Entre eles, as viagens internacionais de primeira classe, cirurgias plásticas e procedimentos estéticos para a mãe de Marcela, Norma Tedeschi, e uma vida regada a champanhe, roupas caras e festas badaladas para a irmã, Marcela Fernanda Tedeschi.

Ainda de acordo com a publicação, a família possui quatro camareiras somente para lavar e passar as roupas, além de duas empregadas, uma cozinheira e uma babá para cuidar de seu filho único, Michelzinho, de 7 anos.

As despesas, segundo o jornal, não param por aí: Marcela Temer teria promovido uma reforma em vários cômodos no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência em Brasília, que, de acordo com a publicação, custou milhões de reais de dinheiro público. Marcela teria ainda insistido para o marido comprar uma casa para sua mãe e sua irmã na capital federal avaliada em cerca de R$ 7 milhões.

Diante do comportamento anterior da imprensa, quando petistas governavam o país, surpreendeu a reação da imprensa brasileira ao que diz a homóloga britânica. Reportagem do jornal Folha de São Paulo tenta desqualificar a matéria atribuindo-lhe pequenos erros que, na prática, não invalidam uma só acusação de abuso do dinheiro público atribuído à família presidencial.

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Entre os erros que a imprensa brasileira atribuiu à matéria britânica está a informação de que Marcela estava ao lado do marido na cerimônia de posse de Temer como presidente interino, apesar de que ela não estava. E, ironicamente, a matéria critica o perfil de Marcela pelo “Mail” por citar críticas que teriam sido direcionadas ao casal sem divulgar o autor das falas.

Sim, você leu corretamente: a Folha criticou o jornal britânico por divulgar informações de fontes que não quiseram se identificar, como se, no Brasil, essa prática não estivesse por trás de nove entre dez denúncias midiáticas contra petistas.

O tabloide, segundo a Folha, afirmou “incorretamente” que a irmã de Marcela, Fernanda Tedeschi, chegou a posar para a revista “Playboy” e que as fotos depois “foram misteriosamente vazadas na internet”.

A defesa que Folha faz para a família Temer diz que a irmã de Marcela, Fernanda apenas assinou um contrato com a revista e desistiu antes de posar para o ensaio. As fotos que chegaram a ser divulgadas são de uma prévia antecipada pela Editora Abril, que publicava a “Playboy” na época.

O que isso muda em relação à denúncia da imprensa britânica? Se você disse nada, acertou.

O fato a destacar é que se estão erradas as informações sobre gastos exagerados feitos pela família Temer, cumpriria à imprensa brasileira investigar e publicar a verdade. As reformas feitas no palácio, todos os gastos abusivos com dinheiro público teriam que ser investigados e, em nada sendo encontrado, aí, sim, a imprensa brasileira poderia inocentar sua equivalente britânica, mas o assunto morreu em maio e nunca mais se ouviu falar do assunto.

Por outro lado, surgiram versões de que a preocupação com o suposto estilo imperial de Marcela, que dizem custar (muito) dinheiro público, seria “machismo”.

Não é difícil de isso ocorrer. Marcela é o alvo perfeito para machismo, tanto quanto Dilma. Porém, ninguém viu a mulher de Temer reclamando da Veja por tê-la qualificado como “bela, recatada e do lar”, o que, para qualquer mulher emancipada, é quase uma ofensa.

Porém, não pode haver machismo em uma denúncia objetiva de que Marcela gasta o dinheiro suado de nossos impostos com mordomias… Certo? Assim, o que se pede, ao fim e ao cabo, é que essa denúncia seja alvo da mesma “apuração jornalística” que implicava com um mísero canteiro de flores em administrações petistas.

Arrumemos cadeiras confortáveis para esperar por essa apuração.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Globo: Machado vai ferrar o Temer Tem a até o GPS do itinerário...

roteiro
Machado tem até o roteiro ...
Saiu no Globo:ase aerea, propina,


Machado deverá apresentar provas de encontro com Temer em Base Aérea

Testemunhas e registros de GPS de carro serão usados para reforçar delação

BRASÍLIA — O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado deverá indicar à Procuradoria- Geral da República (PGR) três tipos de provas de seu suposto encontro com o presidente interino, Michel Temer, na Base Aérea de Brasília, em 2012, segundo fontes com acesso às investigações. Conforme interlocutores de Machado, existem testemunhas do encontro; registros do aluguel de um carro na capital federal pela Transpetro; e marcadores de GPS referentes aos itinerários feitos.

Machado afirmou, em delação premiada, ter se reunido por 15 a 20 minutos com Temer na Base Aérea de Brasília num fim de tarde em setembro de 2012, ocasião em que teria ouvido um pedido de doação para a campanha de Gabriel Chalita a prefeito de São Paulo.

A Aeronáutica diz não ter mais os registros de entrada e saída na Base Aérea em 2012. Segundo a instituição, somente os dados dos últimos dois anos são guardados. Procurada, a Transpetro se limitou a informar que “as informações só podem ser disponibilizadas por meio de ofício judicial”.

Machado deve entregar provas do que delatou até o próximo dia 4, prazo dado pela PGR. A cláusula 4ª da colaboração premiada prevê que estão incluídos no acordo todos os crimes “declinados nos depoimentos a serem por ele prestados no prazo de 60 dias”. O acordo foi assinado em 4 de maio e, assim, o prazo terminara em 4 de julho.

Advogados ainda se encontrarão com Machado em Fortaleza, onde ele cumpre prisão domiciliar. Eles analisarão quais denúncias serão acrescentadas na delação. As tratativas, segundo a defesa, vão incluir as citações a Temer.

Depois do fim do sigilo dos 13 depoimentos de Machado, Temer classificou de leviana a acusação do ex-presidente da Transpetro. Ele disse não se lembrar dos supostos encontros na Base Aérea.

Conforme a delação, o então vice-presidente solicitou repasses a Chalita, depois de o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ter manifestado previamente a Machado a intenção de Temer. Após o suposto encontro na Base Aérea, o presidente da Transpetro diz ter conseguido R$ 1,5 milhão com empreiteira que tinha contratos com a estatal. O dinheiro foi repassado ao diretório nacional do PMDB. Machado afirmou que esse tipo de recurso é propina, e que os políticos que o procuravam sabiam da origem do dinheiro.
 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O “democrata” do “povo” da arruaça no Congresso

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Um dos promotores da “manifestação democrática” que o Congresso, “autoritariamente”, impediu que se realizasse junto do plenário é um personagem, no mínimo, curioso.
Trata-se de Matheus Sathler Garcia, candidato do PSDB a deputado federal em Brasília nas últimas eleições.

Obvio que nem passou perto de eleger-se, mas ficou conhecido por, segundo o Correio Braziliense,  defender a distribuição de “cartilhas para ensinar meninos a gostar somente de mulheres”.

Esse é apenas um dos compromissos do político, que chama o PT de “partido do satanás” e prega o anti-feminismo, com ideais como ensinar “as mulheres a serem femininas”.

Responde, por isso, a um processo ético na OAB, por ser advogado.

Entre outros fatos por uma “entrevista” no UOL onde diz que ” o kit macho” é para educar o menino a ser fiel à esposa, não ser violento, ser o líder da casa, não abandonar o lar, não ser apegado a bebidas e drogas, e, principalmente, a gostar somente de mulher”  e que “o kit fêmea” é para instruir a mulher a ser feminina, dócil, boa dona de casa, boa mãe, apegada aos filhos e apegada ao marido”.

Sathler chegou a assustar até Reinaldo Azevedo, por ter escrito: que tinha bons contatos com ele e com Rodrigo Constantino, ambos de Veja.

Você está lendo aí em cima o que ele postou em seu Facebook sobre a “grave falha” da democracia.
Talvez isso explique porque, naquela citada entrevista, saem pérolas do tipo:

“Hitler era nacional-socialista, não era de extrema direita, isso é mentira, ele tinha acordo com a União Soviética, que depois foi quebrado por interesses, não por ideologia.”
“Por meio do Programa Nacional de DST/Aids, que é controlado por militantes gays, (…) eles utilizam dinheiro público para participar de congressos internacionais onde homens fazem sexo com homens. O governo envia gente para essas excursões gays sob a justificativa de que são congressos de combate à Aids, fazendo a farra com o dinheiro público”.
“Proponho também uma privatização cooperativista do SUS (Sistema Único de Saúde) e do sistema educacional.”
“Também defendo a substituição do Bolsa-Família pelo Bolsa-Empresário, onde quem recebe o benefício atual poderá trocá-lo por acesso a microcrédito, cursos de empreendedorismo etc.”

Essa é a turminha “duramente reprimida”  que ovacionou Aécio Neves ontem, na entrada do Congresso.
Cuidado, Aécio, até o Reinaldo Azevedo corre deste pessoal…

domingo, 2 de novembro de 2014

Carro com família dentro é atacado por ter adesivo de Dilma

Apesar de a eleição presidencial de 2014 ter acabado, o PSDB, partido do candidato derrotado Aécio Neves, recusa-se a aceitar a derrota. Além de estar pedindo recontagem dos votos, no último sábado promoveu manifestações em várias capitais. Em ao menos uma delas, os manifestantes apelaram para ato violento e criminoso.
Ao longo do processo eleitoral, este Blog relatou o caso do cadeirante Enio Barroso, agredido por quatro homens em uma SUV que, vendo-o com camiseta e broche do PT, exigiram que se despisse de tais símbolos e, diante de sua recusa, agrediram-no fisicamente. Agora, apesar do fim da eleição, o relato que você lerá a seguir mostra que o clima de guerra civil continua.

Lamentavelmente, apesar do término do processo eleitoral, a violência continua. Antonio Felipe Gonçalves (32) é servidor público em Brasília. No sábado (1/11), saiu de carro com a família para almoçar. Estavam com ele no veículo a esposa, a sogra e a filha de seis anos. Os quatro foram covardemente agredidos por uma horda enfurecida.
O veículo de Antonio tem no vidro traseiro um adesivo da campanha de Dilma Rousseff. Ao passar por manifestação que, segundo o jornal Correio Brasiliense, foi convocada naquela cidade pelo advogado Matheus Sathler, candidato a deputado distrital pelo PSDB na eleição deste ano, o veículo foi cercado e depredado.

Enquanto os manifestantes tucanos chutavam a lataria do carro e insultavam a família, encurralada lá dentro, as duas mulheres e a criança entraram em pânico. A certa altura, um dos manifestantes atirou uma pedra contra a janela dianteira do passageiro e a quebrou, ferindo a esposa de Antonio no braço.
Leia, abaixo, o relato de Antonio no Facebook.

Estupefato com o caso, entrei em contato com Antonio e gravei uma breve entrevista.
*
Blog da Cidadania – Antonio, seu relato sobre a agressão de que foi vítima com sua família diz que tudo ocorreu na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, correto?
Antonio Felipe Gonçalves – Foi na Esplanada. A gente estava passando pela manifestação pró Aécio, pró-golpe, pró-qualquer-coisa, com duas pistas [da avenida] fechadas. Conduzi meu carro pela pista mais externa, mais distante da manifestação, mas, quando viram nosso carro, vieram pra cima.
Blog da Cidadania – Mas por que atacaram seu carro? Tinha algum adesivo, alguma coisa?
Antonio Felipe Gonçalves – Sim, sim, tinha um adesivo grande de Dilma no vidro traseiro e no vidro lateral esquerdo tinha um adesivo com o número 13.
Blog da Cidadania – Você acredita que quantas pessoas atacaram seu carro?
Antonio Felipe Gonçalves – Não pude contar, mas quero ressaltar que do alto do carro “trio-elétrico” incentivavam os agressores xingando a mim e à minha família de “petistas ladrões”, “mensaleiros”, “bandidos” e foi nessa hora que a turba veio pra cima mesmo com bandeiras na mão, batendo no carro e, de repente, tacaram alguma coisa na janela do carro – provavelmente, uma pedra – que estourou o vidro do passageiro, onde minha esposa estava.
Blog da Cidadania – Sua esposa se feriu?
Antonio Felipe Gonçalves – Os estilhaços cortaram um pouquinho o braço dela.
Blog da Cidadania – E a sua filha também estava no carro?
Antonio Felipe Gonçalves – Minha filha de seis anos e minha sogra estavam no carro.
Blog da Cidadania – Além de atirar a pedra, fizeram mais alguma coisa?
Antonio Felipe Gonçalves – Chutaram a lateral do carro. Está todinha amassada.
Blog da Cidadania – A sua filha deve ter ficado muito assustada…
Antonio Felipe Gonçalves – Quando eu vi como ela estava em pânico, avancei com o carro para perto da Polícia, que estava a 5 metros da gente e não fez nada. Ficou assistindo depredarem meu carro.
Blog da Cidadania – Você fez um boletim de ocorrência, certo?
Antonio Felipe Gonçalves – Fiz. E, agora [domingo] pela manhã vou fazer a perícia e poderei pegar o boletim hoje ou amanhã.
Blog da Cidadania – Você tem testemunhas de tudo isso?
Antonio Felipe Gonçalves – Na hora só tinha gente deles, além da minha família acuada dentro do carro. Mas o local está cheio de câmeras que por certo filmaram tudo. E o que é mais esquisito é que quando eu cheguei à delegacia para fazer o B.O., a polícia já sabia que eu estava indo pra lá…
Blog da Cidadania – Você ainda não tem o B.O., mas tem o número do protocolo?
Antonio Felipe Gonçalves – Tenho, sim. Ocorrência 14.115/2014
Blog da Cidadania – Antonio, você está me dizendo que esse protesto em Brasília foi organizado por um deputado ou candidato a deputado pelo PSDB?
Antonio Felipe Gonçalves – Uma matéria do Correio Brasiliense de ontem diz que um dos organizadores foi um advogado chamado “Matheus Sathler”. Procurei o nome dele na internet e descobri que foi candidato do PSDB a deputado distrital.
[...]
Leia, abaixo, matéria do UOL sobre o tucano que organizou esse festim diabólico em Brasília

domingo, 8 de setembro de 2013

OS PATRIOTAS QUE ALIVIAM PARA A CIA

dia atiçou maciçamente 'a onda de protestos' do 7 de Setembro e colheu um rato:  performances esparsas posadas para seus fotógrafos evidenciam a fraude de uma pauta que pretende nivelar o país a uma ruína econômica e institucional

** ESPECIAL 1973-2013: o socialismo pelo voto morreu com Allende? 

**Perda total: inteligência americana decodificou códigos criptográficos de máxima segurança que protegiam  toda a massa de informações reservadas do governo brasileiro (Por Marcelo Justo; nesta pág)



O governo brasileiro deve um pronunciamento à Nação sobre as violações cometidas pelo serviço de espionagem dos EUA contra o país. Não há motivo para subtrair à sociedade aquilo que já está em mãos indevidas, fervilha nos bastidores e é intuído do noticiário. A CIA, é dela que se trata, recolheu ilegalmente e compartilhou, para uso comercialmente desfrutável,  dados reservados e informações estratégicas, estas sobretudo de natureza econômica relacionadas ao pré-sal. Configura- se um ato evidente de transgressão de soberania. Sempre em nome da luta contra o terrorismo, não se poupou, sequer, o circuito de informação no âmbito da Presidência da República brasileira. Não há limites. Tudo feito com a complacência ou a parceria de residentes. Empresas, inclusive. Carta Maior já havia demonstrado, em reportagens exclusivas e exaustivas, em julho último, o intercurso entre espionagem e corporações norte-americanas no Brasil. Contratada no governo FHC para ‘pensar' planos estratégicos, a  Booz Allen, na qual  trabalhava o ex-agente, Edward Snowden,  operava também como uma base da CIA no país. O que antes era lubrificado assim, por uma identidade de propósitos, hoje só se viabiliza na violação delinquente de informações que lastreiam o poder de Estado. Embora revelado originalmente pela Globo, de conhecidas tradições, avulta desse episódio a reação lhana  e a cordura no trato que o assunto mereceu da parte de colunistas da indignação seletiva. A exemplo deles, nenhum editorial, salvo engano, tampouco manchetes garrafais foram hasteadas no alvorecer nacional,com as cores da indignação patriótica. Não se diga que se trata de um  traço constitutivo de  serenidade jornalística. Recorde-se, por exemplo,  a reação beligerante da emissão conservadora em maio de 2006, quando a Bolívia decidiu nacionalizar uma refinaria das Petrobrás. Compare-se com a trincheira de animosidade ‘patriótica'  contra a ‘invasão negreira', assim denominado  o desembarque dos doutores cubanos, engajados no programa ‘Mais Médicos'.(LEIA MAIS AQUI) 



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A moto da Dilma e o ônibus do Brizola

moto


Sensacional a matéria da Folha hoje sobre o passeio de moto de Dilma por Brasília.
Para quem não leu: a Presidenta driblou os seguranças, colocou um capacete e saiu de moto pelas ruas de Brasília, livre, leve e solta.
Se é verdade ou não, não sei.
Mas se não é, deveria ter sido.
Um dos maiores males de que se acometem os governantes é o isolamento palaciano.
A maioria porque gosta de bajulação e salamaleques, mesmo.
Mas também aos que não o querem, pela liturgia e responsabilidade dos cargos.
E isso, exceto a fenômenos políticos como um Lula ou um Brizola, personagens especiais que dificilmente perdem a sintonia com o povão, gera um desconhecimento que induz a erros e armadilhas que estão sempre a nos espreitar, ao governar.
O episódio me lembrou outro, que vivi.
Às vésperas da inaguração da primeira etapa da Linha Vermelha, lligando a Ilha do Governador ao Centro do Rio e ao Elevado da Paulo de Frontin, fui ao apartamento de Leonel Brizola, conversar sobre assuntos de Governo.
Ele estava reunido com duas pessoas, uma delas o Secretário de Transportes. Sentei-me no sofá próximo à mesa redonda onde ele despachava e esperei.
À saìda do secretário, dei o bote.
- Dr. Fulano, foi ótimo o senhor estar por aqui: eu preciso divulgar quais serãos as linhas de ônibus que vão passar pela Linha Vermelha…
Eu sabia que uma empresa, a Paranapuã, detinha quase o monopólio dos ônibus na Ilha do Governador e não ia pegar nada bem se só ela pudesse usar a nova via.
- Olha, ainda está em estudos, porque é uma via segregada, temos de considerar a velocidade do tráfego, etc, etc…
E o velho Briza olhando…
- Mas Doutor, eu não sou técnico de transportes, mas fico pensando no sujeito ali, no ônibus lotado, pendurado no balaústre, suando e vendo os carros particulares ..zupt!…pela Linha Vermelha e o ônibus dele parado para pegar o engarrafamento da Avenida Brasil.. .Será que ele náo vai ficar chamndo o Brizola de fdp, que faz obra só para uem tem carro?
O homem ficou pasmo…
E o Brizola, que sacou tudo, não perdoou:
- Olha, Dr. Fulano, o Brito pega ônibus, escute o que ele fala…Há quanto tempo o senhor não pega um ônibus, Dr. Fulano?
Suba na moto, Presidenta.
Dirija seu próprio governo, acelere, até mesmo correndo riscos, porque risco se corre em tudo.
E ficar parado, sendo corroído pelo tempo, é o pior deles, porque tem 100% de possibilidades de acontecer.
Não havia uma história sobre não ter medo de ser feliz?
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 8 de julho de 2013

ESPIONAGEM: TOMARA QUE O BRASIL FAÇA O MESMO Que a Dilma faça com a embaixada americana o que a embaixada americana faz com ela: sabe tudo !

Paulo Bernardo atingiu o ponto mais alto de sua talentosa carreira de “petista dos bons”.

Depois de se sentar nas páginas marrons do detrito sólido de maré baixa – clique aqui para ler “Bernardo – Dilma deixa o núcleo do PT” -, ele agora é o herói do Fantástico.

(Deve ser um dos motivos por que o Domingo Espetacular, ontem, ficou tanto tempo na liderança…)

É o herói da hipócrita indignação brasileira com a notícia de que os Estados Unidos grampeiam o Brasil.

O ministro do plim-plim e do trim-trim considera o grampo americano “inconstitucional”.

Um jênio !

A Globo é a dono do assunto: a defensora da privacidade dos brasileiros.

Especialmente dos brasileiros que somem com processos na Receita Federal.

O ansioso blogueiro considera o interesse nacional brasileiro ter um sistema igual.

Para grampear a embaixada americana, por exemplo.

Porque, como diz o corajoso presidente Correa, do Equador, nos Estados Unidos não tem Golpe, porque não tem Embaixada americana.

É provável que isso não exista: o nosso serviço de inteligência, a antiga ABIN, é de monumental ineficiência.

É o que demonstração a impotência do Governo Federal diante da “surpresa” das manifestações.

Um serviço de inteligência medianamente competente não teria permitido que isso acontecesse.

Contar com a Polícia Federal do , menos ainda.

Como se sabe, a Presidenta caiu na cama de gato: não controla a ABIN a PF nem o Ministério da Justiça.

O Estado tem que ter informação.

Como usá-la é outro problema.

Aí entram a Constituição e a Lei.

Espera-se que o Governo Dilma faça com a Embaixada americana em Brasília o que a Embaixada americana em Brasília faz com o Governo dela: sabe tudo.

E deixa o Bernardão fazer o papel – patético – de indignado.

O Ministro da Comunicação que fala grosso com os Estados Unidos e fino com a Globo.

Clique aqui para ler “A História do Feiscismo brasileiro”. 


Paulo Henrique Amorim

Dilma reage a grampo, mas Bernardo já arranja desculpas para não agir



A reação da Presidenta Dilma Rousseff, hoje, em reunião convocada logo cedo no Planalto, foi a de exigir imediatas explicações do Governo americano sobre o esquema denunciado por Edward Snowden que permitiu à National Security Agency– NSA, um serviço secreto americano – espionar mensalmente mais de dois bilhões de comunicações telefõnicas e cibernéticas no Brasil.
Dilma mandou o Ministro Antonio Patriota interpelar os EUA tanto pela embaixada em Washington quanto chamndo o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, imediatamente. E o Itamaraty soltou uma nota oficial onde manifesta “grave preocupação a notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência norte-americanos”.
As demais providências exigidas pela Presidenta, entretanto, correm sério risco de serem inócuas.
Ela determinou, ainda, que o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, coloque a Polícia Federal no caso, o que, como todos sabem, não vai resultar em nada.
Menos ainda vai adiantar a ordem para que o Ministro das Telecomunicações, no âmbito dos seus deveres, investigue o caso junto às teles.
Paulo Bernardo já saiu da reunião arranjando desculpas para o “grampo americano”. Primeiro,  disse que não acredita que a espionagem tenha sido feita no Brasil, apesar de os documentos e informações serem claros sobre a cooperação – não se sabe se voluntária – das empresas de telefonia instaladas no Brasil e disse que era provável que tivesse sido feita através dos cabos submarinos. Depois, falou que “a internet é comandada por uma empresa americana sediada na Califórnia.
Ou seja, “não é comigo”.
Ah, mas  melhor (na verdade, a pior) foi dizer que vai colocar a Anatel – será que pelo0800? – no caso, indagando das teles “brasileiras” se elas tem algum acordo de cooperação grampeatória com empresas americanas. Santa ingenuidade, Batman.

Não sei, porém, e não posso informar aos leitores se Paulo Bernardo  anotou o número do protocolo da reclamação.
Mais uma que vai ter de ser com Dilma, pessoalmente, se ela quiser que aconteça algo.
Por: Fernando Brito

sábado, 6 de julho de 2013

DILMA NEGA REFORMA E REAFIRMA PACTO DE 5 TEMAS