Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

POLÍCIA REPRIME ATO PACÍFICO CONTRA TEMER E POR DIRETAS

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Por que eles querem que o Brasil esqueça Lula? Por que com ele é como se Getúlio falasse; ou Allende para os chilenos; ou Perón para os argentinos; ou Cárdenas para os mexicanos. Com uma diferença: Lula vive


Roberto Parizzoti



                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              por: Saul Leblon 
                                              
 Respira-se um cheiro azedo de fardas, togas e ternos empapados da sofreguidão nervosa que marca as escaladas de demolição do Estado de Direito nos solavancos da História.

Consulte os anos 30 na Alemanha, os 50 do macarthismo norte-americano, os 60 da ditadura brasileira, os 70 do massacre chileno...

Há um clima de dane-se o pudor por parte das elites e da escória que a serve.

Faz parte desses crepúsculos institucionais a perda dos bons modos e a convocação das milícias, enquanto o jornalismo isento finge não ver a curva ascendente do arbítrio.

Com a mesma desenvoltura com que se anistia montanhas de dólares remetidos ao exterior,  classifica-se o MST como ‘movimento criminoso’.

Persegue-se e intimida-se estudantes secundaristas com lista de nomes exigindo que se delate endereços de colegas ocupantes ...

Invade-se a bala dependências e movimentos sociais e  de metralhadora em punho escolas tomadas por adolescentes que reclamam o direito de opinar sobre a própria educação.

Ensaios da orquestra.

Decibéis crescentes, afiados pelo mesmo diapasão ecoam de diferentes pontos do país.

Só não ouve quem não quer.

Há dinheiro, patrocínio e poder em jogo na incapacidade auditiva para ouvir os gritos da democracia sendo violada na sala ao lado de onde se discute a ‘reconstrução do Brasil’.

A conveniência reflete a insurgência que se esboça.

A resistência ao golpe escapa ao que se supunha ser o alvo isolado e triturado pela centrífuga da Lava Jato.

Adolescentes falam o que a vastidão dos votos nulos, brancos e abstenções cifraram nas urnas municipais, quando suplantaram os vitoriosos de São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre...

Se as duas vozes se fundirem num idioma único, o que acontecerá?

O cheiro azedo exalado das fardas, togas e ternos de corte fino, empapados da sofreguidão  nervosa, reflete essa esquina incerta da História para a qual caminha o país.

A truculência policial e midiática sobe rápido os degraus da exceção.

Essa é a hora diante da qual a resistência progressista não pode piscar.

Daí a importância da campanha lançada neste dia 10 de novembro para sacudir a hesitação em defesa do óbvio.

O óbvio hoje começa por defender Lula.

Porque sem defender Lula, não será possível defender mais ninguém, e mais nada, do galope   desembestado da ganância no lombo da violência fardada e da cumplicidade togada.

Por ninguém, entenda-se o Brasil assalariado e o dos mais humildes.

A imensa maioria da população.

Aquela que vive do trabalho, depende de serviços públicos, tem seu destino  atado ao do país, ao do pre-sal, ao da reindustrialização,  ao da democracia social, carece de cidadania, respira salário mínimo e enxerga na previdência o único amparo à velhice e ao infortúnio.

Lula é a espinha histórica das costelas de resistência que precisam se unir para conter a demolição em marcha disso tudo.

Desempenha essa função por uma razão muito forte.

Essa que o milenarismo gauche parece ter esquecido --ou hesita em saber que sabe--  enquanto aguarda o juízo final  de Moro para recomeçar do zero.

‘Recomeçar do zero’ é a profilaxia recomendada pelos sábios do golpe em todas as frentes.

Desde a demolição dos direitos trabalhistas, à revogação da soberania no pre-sal, passando pela Constituição de 1988, o Prouni, a previdência ...

Mas, principalmente: recomeçar do zero esquecendo Lula.

Porque ele é  –ainda é Lula--   a inestimável  referência de justiça social na qual a imensa parcela dos  brasileiros de hoje e de ontem se reconhecem.

É dele a voz que quando  fala e é ouvida  no campo e nas cidades.

Mais que simplesmente ouvida: respeitada e compreendida.

A diferença dessa voz é que ela não carrega só palavras.

Carrega experiência, luta, erros, acertos, raiva, riso, derrotas, vitórias, cujo saldo são conquistas coletivas encarnadas em holerite, comida, emprego,  autoestima e esperança.

É como se Getúlio Vargas falasse.

Ou Allende para os chilenos.

Ou Perón para os argentinos.

Ou Cárdenas para os mexicanos.

Com a vantagem avassaladora que tanto incomoda a elite.

Lula está vivo.

Caçado, esfolado, picado e salgado.

Mas  vivo.

Mais que vivo: ele lidera todas as pesquisas de intenção de voto com as quais seus algozes testam a eficácia da chacina de reputação, a mais violenta desde Getúlio, que escandaliza a opinião jurídica e democrática do mundo.

Lula é a espinha dorsal de cuja destruição depende o êxito do torniquete implacável de interesses mobilizados contra a construção de uma democracia social na oitava maior economia do mundo, na principal referência da luta apelo desenvolvimento no espaço ocidental.

FHC disse em um debate no jornal O Globo, há cerca de quinze dias:

‘Sem Lula o PT seria penas um partido médio; com ele torna-se um perigo nacional’.

No fundo quis dizer: ‘Sem Lula, o Brasil se torna uma nação média, humilde, bem comportada.

Com Lula, o Brasil se torna um gigante de soberania, com capacidade de aglutinação popular  e mundial em torno da justiça social –de consequências perigosas’

É claro como água de fonte.

Lula representa esse diferencial inestimável.

Ele fala com quem Malafaia  gostaria de falar sozinho.

Com o Brasil que os Marinhos gostariam de monopolizar sem dissonâncias.

Por isso o  milenarismo gauche que reage à ofensiva conservadora aceitando a pauta do juízo final de Moro,  flerta com a eutanásia.

‘Recomeçar do zero’ é tudo o que o conservadorismo mais cobiça para quebrar o coração da resistência ao golpe.

O coração da resistência ao golpe consiste em não aceitar o fuzilamento sumário do legado de doze anos  de luta por um desenvolvimento mais justo e independente.

Ademais dos erros e equívocos cometidos inclusive por Lula  –que não podem ser subestimados e devem ser discutidos amplamente-- os acertos mostraram a viabilidade de se construir uma democracia social no Brasil do século XXI.

Não, isso não é pouco.

Olhe o mundo ao redor: isso é muito.

E, principalmente, tem lastro popular.

A sociedade marcada por uma das mais iníquas divisões de renda do planeta, referendou esse projeto por quatro eleições presidenciais sucessivas.

Duas com Lula; outras duas com Dilma, sendo Lula seu maior fiador e cabo eleitoral.

Sim, com erros, alguns grotescos.

Mas o fato é que a elevada probabilidade desse projeto ser revalidado em um quinto escrutínio presidencial, em 2018  --agora modificado pelo esgotamento do ciclo de alta nos preços das commodities, que lubrificou a resistência das elites aos avanços anteriores--  precipitou o golpe de 31 de agosto.

O milenarismo gauche quase esquece tudo isso enquanto aguarda o juízo final.

Nele, o juiz Moro e seus querubins  darão cabo de Lula e propiciarão aos sobreviventes o  único destino que lhes cabe: recomeçar do zero.

Ou até abaixo do zero.

Para quem sabe ter direito  –um dia— a mil anos de salvação individual e sobrenatural.

Milenaristas eram os pobres, os miseráveis brasileiros de Canudos.

Aqueles que aguardaram com Antônio Conselheiro a justiça divina sonegada pelo latifúndio e pela República que, afinal, destinou-os  à injustiça eterna.

É o que acontecerá de novo se o Brasil progressista aceitar a ideia de Moro de faxinar a história de sua ‘nódoa inaceitável’: Lula.

Se aceitar, o Brasil vai virar uma imensa Canudos, depois do massacre.

domingo, 31 de julho de 2016

Diversas cidades do Brasil e do mundo vão às ruas hoje pelo 'Fora Temer'

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Batalhas pelo "Fora Temer" retomam atos que unem os movimentos pelo resgate democrático. Do lado dos golpistas, frustração com Temer e governo de fichas sujas dificultaram o retorno às ruas neste domingo; confira a programação
31 de Julho de 2016 


 O presidente do Supremo Tribunal Federal prevê para 29 de agosto a sessão do Senado que julgará o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Até lá intensificam-se de uma lado as operações de bastidor em busca dos votos dos senadores. E de outro, as batalhas nas ruas.

Hoje (31), a Frente Povo sem Medo concentra forças para a realização de atos em todo o Brasil e em várias cidades do exterior. Em São Paulo, a concentração está programada para iniciar às 14h no Largo da Batata, próximo à estação Pinheiros do metrô, na zona oeste. Em algumas capitais, como Distrito Federal e Belo Horizonte, a concentração já começou, na Feira Central de Planaltina e na Praça Sete, respectivamente. No Rio de Janeiro, os movimentos optaram por concentrar esforços para um grande ato no próximo dia 5, dia em que o mundo estará de olho na Abertura dos Jogos Olímpicos.

“Chamamos as manifestações para o dia 31 precisamente como uma maneira de dar continuidade ao processo de mobilização pelo 'Fora Temer', pela defesa dos direitos sociais, diante do risco real de ataque. E também, nesse caso, pela defesa de um plebiscito (sobre antecipação das eleições) pelo qual o povo possa decidir, não apenas o Senado”, diz Guilherme Boulos, coordenador da frente. “Não é aceitável que o destino político do país fique na mão dos senadores. É importante que o povo seja chamado a decidir. Estão anunciando uma série de projetos que visam, na verdade, fazer o Brasil andar 30 anos para atrás”, diz o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A UNE, que igualmente defende o plebiscito sobre convocação de eleições, faz também convocações para o dia de hoje. A Frente Brasil Popular, que reúne dezenas entidades, não chegou a um consenso sobre novas eleições. Mas parte de sua militância deve participar dos atos deste domingo.

Do outro, o das organizações que patrocinaram as manifestações pelo impeachment, e que desde o processo não faz ações de ruas, o dia é de esvaziamento. Os protestos marcados para hoje foram esvaziados. Com a alegação de que a agenda de votação estaria ainda indefinida, Movimento Brasil Livre e Revoltados On-Line optaram por não se arriscar a um fiasco.

A menos que os setores do Judiciário e da imprensa, que vêm atuando de maneira sincronizada, consigam mais uma vez inflar as ruas, está difícil de convencer as pessoas a vestir novamente sua camisa da CBF para pedir, no lugar de uma presidenta afastada sem crime, um governo formado por corruptos e que não passa uma semana, nos últimos dois meses, sem uma trapalhada ou escândalo.

Para Boulos, os golpistas não têm o que dizer. "Foi cometido um estelionato. Venderam que o impeachment seria uma maneira de acabar com a corrupção. Mas, com o impeachment, se colocou no poder uma autêntica quadrilha”, afirmou. “Então, não sei com que cara essa gente tem condição de sair na rua.”

Centrais

As centrais sindicais definiram a data de 16 de agosto como um dia de mobilização nacional por manutenção de direitos sociais, criação de empregos, retomada do crescimento e contra a agenda de retrocessos e ameaças aos direitos trabalhistas pelo governo interino de Michel Temer. A programação marca a retomada de ações promovidas conjuntamente pelas centrais.

Depois do afastamento de Dilma Rousseff, em 12 de maio, Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central chegaram a realizar reuniões com o governo interino, que pretende levar adiante mudanças na Previdência Social, como ampliação da idade mínima e equiparação da idade de homens e mulheres para acesso a aposentadoria. CUT e CTB se recusaram a dialogar com o governo, considerado ilegítimo.

No dia 16, estão previstas manifestações em frente a sedes de organizações empresariais em todo o país. Em São Paulo, está previsto um grande ato no estádio do Pacaembu. Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. “As manifestações do dia 16 serão para dizer que não aceitaremos retiradas de direitos e nenhuma mexida na Previdência e na legislação trabalhista que precarize as relações de trabalho.”
Para a CUT, afirma Nobre, a Frente Povo sem Medo “é parceira na luta contra o golpe”. Por isso, o fato de a central não estar na organização das manifestações deste domingo não significa que não apoie. “É importante que as organizações de base, que têm trabalhado unitariamente com a Povo sem Medo, ajudem a organizar. As entidades filiadas à CUT têm plena liberdade para participar e ajudar.”

Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo devem estar juntas novamente no ato do dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro. No dia 9 serão programadas manifestações descentralizadas pelo país, segundo Raimundo Bonfim, coordenador da FBP e da Central de Movimentos Populares.

Manifestações programadas para domingo (31) no Brasil e na Europa

São Paulo – Largo da Batata – 14h
https://www.facebook.com/events/869480496518847/
Fortaleza – Praça Cristo Redentor – 15h
https://www.facebook.com/events/1176671975737650/
João Pessoa- Lagoa do Parque Solon de Lucena – 14s
https://www.facebook.com/events/258411337874263/
Curitiba – Praça da Mulher Nua – 15h
https://www.facebook.com/events/1045314202189359/
Goiânia – Estacionamento do IFG – 9h
https://www.facebook.com/events/1127834183940490/
Recife – Praça Derby – 15h
https://www.facebook.com/events/164431293965920/
Belo Horizonte – Praça 7 – 10 h.
https://www.facebook.com/events/801735819930197/
Salvador – Campo Grande – 14h

Brasilia – Feira Central de Planaltina – 9h

Uberlandia – Feira do Luizote – 9h

Porto Alegre – Parque da Redenção – 15h

A confirmar: Vitória (ES) / Juiz de Fora /Florianópolis (SC)

Atos no exterior

segunda-feira, 23 de março de 2015

Quem inventou Fernando Holiday?


holiday capa

A história pública de “Fernando Holiday” começa no dia 22 de janeiro de 2015, data em que sua página no Facebook foi criada. Sua primeira postagem naquela rede social foi da foto que encima este post e recebeu 25 curtidas.
No mesmo dia, o jovem de 18 anos – que, segundo reportagem da Folha de São Paulo, é morador da periferia de São Paulo (Carapicuíba), filho de uma auxiliar de enfermagem e de um garçom –, faz uma segunda postagem: um vídeo, bem editado, aparentemente profissional, que o levaria à “fama”.






“Holiday” chegou chegando ao Facebook. Seu vídeo inaugural recebeu 2.396 curtidas, 568 comentários e 3.126 compartilhamentos – o potencial de difusão de tantos compartilhamentos é considerável. Essa repercussão rendeu ao vídeo quase 40 mil visualizações.
O discurso bem-articulado do adolescente foi obviamente ensaiado e dirigido, a edição do vídeo e do áudio é competente e a “viralização” decorre de ter sido postada na página do Movimento Brasil Livre.
Como as 25 curtidas da primeira postagem de “Holiday” (sua foto) o transformaram nesse sucesso de público tão rápido? Verificando essas duas dezenas e meia de curtidas encontra-se um fato curioso: ao menos três pessoas que curtiram a foto do rapaz são de faixa etária distinta e, obviamente, de classe social muito diferente, além de residirem em outras cidades.
holiday 1

As postagens dessas três pessoas no Facebook se coadunam perfeitamente com as do Movimento Brasil Livre. Atacam o PT, Dilma Rousseff, exaltam o deputado do PP Jair Bolsonaro, Aécio Neves e, todas, usam exemplos de pessoas negras que apoiaram as manifestações anti Dilma de 15 de março como “prova” de que quem foi à avenida Paulista se manifestar não foi a “elite branca”.
Apesar disso, segundo pesquisa Datafolha feita no dia 15 de março, na manifestação anti Dilma 69% dos participantes se declararam brancos e 41% disseram ter renda acima de dez salários mínimos. Isso sem falar nas imagens da manifestação, que levaram até a imprensa estrangeira a considerar que foi um movimento da classe média branca.
Qual a possibilidade de um adolescente negro e de origem pobre da periferia de São Paulo conhecer pessoas como essas, de outras cidades, duas delas distantes? O que levou essas pessoas a curtirem a foto de um entre milhões de adolescentes que mantêm perfis no Facebook?
Boa parte das outras 22 pessoas que curtiram a foto de “Holiday” parecem ser brancas e de outras faixas etárias, apesar de algumas delas parecerem ser tão jovens quanto ele. Mas essas três pessoas destacadas chamam mais atenção por terem idade para ser pais do rapaz, sem falar da etnia e da aparente classe social mais alta.
Parece evidente que pessoas tão distintas do perfil de “Holiday” o conheciam antes de ele inaugurar sua página no Facebook e que, de alguma forma, estão relacionadas com a difusão de seu vídeo na página do Movimento Brasil Livre.
Sobre esse movimento, ainda segundo o jornal Folha de São Paulo, trata-se do principal grupo convocador das manifestações. O MBL é sediado na cidade de São Paulo e defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em manifesto publicado na internet, o MBL cita seus cinco objetivos: “imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos a ditaduras”.
A revista Carta Capital afirmou, em matéria publicada em seu site no dia 13 de março, que o bilionário David Koch financia o MBL. Coch seria “Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos, com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares”.
holiday 2

Então ficamos assim: um ilustre desconhecido, muito jovem, inaugura uma página no Facebook poucos dias antes do protesto anti Dilma. Minutos depois, pessoas que obviamente não pertencem ao seu grupo social curtem uma foto dele sem nada de especial, ele posta um vídeo (profissional), o vídeo explode na internet (teria sido “patrocinado”?) e o rapaz acaba, cerca de um mês depois, virando notícia na home do UOL.
Qualquer busca que for feita no Google mostra que “Holiday” praticamente não existia na internet antes de inaugurar aquela página no Facebook. Foi inventado a poucos dias do protesto e fazendo um discurso – no vídeo acima – que recebeu toneladas de elogios de jovens brancos de classe média, em contrapartida a manifestações indignadas de jovens negros que sabem muito bem a importância da política de cotas “raciais” nas universidades.
Ao fim disso tudo, percebe-se que o movimento contra Dilma Rousseff e o PT está pouco se lixando para “corrupção”. O objetivo desse movimento é acabar com políticas públicas como a que, segundo essa gente, estaria “roubando” vagas de brancos nas universidades públicas.
Mas essas páginas e esses movimentos anti Dilma não se resumem a atacar petistas. O PSOL, inimigo figadal do PT, bem como sua última candidata a presidente, Luciana Genro, são atacados duramente, assim como MST, MTST, PSTU e tudo que esteja à esquerda dessa gente.
Além disso, as páginas desse e de outros movimentos de direita análogos se manifestam contra feministas, contra movimentos negros, contra homossexuais…
A esquerda brasileira, porém, ao contrário da direita se mantém dividida. A parcela mais radical recusa-se a apoiar não Dilma Rousseff, mas seu mandato constitucional. Enquanto isso, esses movimentos literalmente fascistas, irrigados por fortunas de origem difusa e obscura, vão tomando conta do cenário político.
Quem poderá unificar a esquerda? Está havendo diálogo entre o governo e a oposição de esquerda? Dilma já se convenceu de que é preciso construir uma pauta e assumir compromissos? A esquerda já se deu conta de que é alvo dessa direita hidrófoba tanto quanto a presidente e seu partido?
Em nenhum país em que esses métodos foram usados a ultradireita obteve uma vitória tão completa quanto a que está alcançando no Brasil. E, a cada dia que passa, esse quadro parece cada vez mais difícil de ser revertido.
Sem tomar partido do governo Dilma e do PT contra a esquerda oposicionista, o que se espera é que os dois lados tenham mais juízo. A esquerda precisa se reunir e encontrar uma pauta mínima.
Dilma não conseguirá nada afagando a direita, a esquerda oposicionista está no menu da ultradireita tanto quanto os petistas. Será que os dois lados entenderão isso a tempo? Petistas, psolistas, sem-teto, sem-terra, sindicalistas têm que acordar enquanto é tempo.
Não faltarão “Holidays” para ajudar a direita a oprimir a maioria dos brasileiros, sabidamente negra e pobre. O “Holiday” do vídeo é só um protótipo. Muitos outros serão construídos. Dinheiro não haverá de faltar.

sábado, 14 de março de 2015

“Revoltados” defendem ditadura durante ato em SP e se dizem “democráticos”


vista do ato
revoltados capa
 Cheguei ao número 901 da avenida Paulista por volta das 11 horas da última sexta-feira 13. A frente da sede da Petrobras na capital paulista estava tomada por balões de gás com a sigla da Central Única dos Trabalhadores (CUT) estampada.
Em terra firme, os primeiros ativistas da CUT a chegar ao local do ato da entidade em defesa da Petrobrás vieram do interior de São Paulo. Eram agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ao corresponder a apertos de mão de manifestantes que me reconheceram e disseram-se leitores desta página, senti as peles ásperas e calejadas de pessoas que lutam pela sobrevivência a cada minuto de seus dias extenuantes.
Eis que me vem à mente ameaças de violência contra o MST – entre outros – que vêm circulando pela internet.
cut ameaças
A Central Sindical tomou providências. Grupos de homens grandes e fortes que levavam uma tira curta de pano verde presa ao ombro da camisa garantiram ao blogueiro que a segurança estava a cargo da Polícia Militar, mas era óbvio que estavam ali para a eventualidade de haver confronto físico.
cut seguranças
Todavia, graças ao descumprimento da ameaça do grupo “Revoltados On Line” de ir para o local enquanto a CUT estivesse lá, não houve violência e, muito pelo contrário, o que imperou foi uma alegria quase infantil de manifestantes que cantavam, dançavam e riam.
cut alegria
Mas nem tudo era alegria e alívio por, finalmente, o lado amordaçado pela mídia corporativa poder se manifestar. Havia gente, ali, cujo espírito parecia menos amistoso. Por exemplo, pesquisadores do instituto Datafolha que entrevistaram militantes da CUT que, por sua vez, alegaram terem se sentido pressionados durante as entrevistas.
Segundo relato que me foi passado pela repórter da TV dos Trabalhadores (TVT) que se identificou como Talita, os pesquisadores do Datafolha pareciam querer extrair respostas positivas a perguntas sobre se a presidente Dilma Rousseff está envolvida em corrupção.
Diante dessa informação, o blogueiro tratou de interpelar um dos pesquisadores daquele instituto. Porém, o funcionário do Datafolha empurrou agressivamente a câmera deste blogueiro-repórter enquanto o filmava.
cut datafolha
Outro grupo com jeito e atitudes de poucos amigos foi – ó, que surpresa! – a Polícia Militar. Em primeiro lugar, havia muito pouca polícia. O contingente tinha expressão zangada no rosto e, ao ser inquirido pelo blogueiro sobre o que fazia lá, um soldado disse que sua missão era apenas filmar os manifestantes.
polícia
Em busca de novas emoções, o blogueiro decidiu ir à outra parte da manifestação, que ocorria no vão livre do Masp. Milhares e milhares de professores faziam assembleia para decidir se entrariam em greve, pouco antes de se juntarem às outras categorias filiadas à CUT.
Deliberaram pela greve ao som de uma “sonora vaia a Alckmin”, conforme as palavras da mulher que conduzia o evento do alto de um carro de som.
cut alegria
Infelizmente, entre os professores havia um grupo de militantes do PSTU que destoou da esmagadora maioria dos presentes, que apoiaram o ato da CUT e marcharam até o centro da cidade com as outras entidades filiadas à central sindical.
PSTU
Com essa faixa, a minoria da Apeoesp carimbou o ato da entidade com a sua visão, pois quem passava pelo local via o “nem-nem” do PSTU.
Diante disso, fui procurar alguém da oposição à diretoria da Apeoesp para explicar o que significava aquela faixa.
Descobri que a divergência dos militantes do PSTU com o sentido daquele ato público ia ainda mais longe. Uma jovem professora filiada ao partido chegou a defender, em alguma medida, o ato golpista de domingo, 15 de março, separando os mais golpistas dos supostamente menos golpistas, como se golpismo envolvesse gradação.
Apesar disso tudo, o ato da CUT foi um sucesso. E como uma imagem vale mais do que mil palavras, eis, abaixo, vista aérea do que se passou na avenida Paulista naquela tarde chuvosa de março.
vista do ato
Por volta das 17 horas, a CUT deixou o local para se reunir com os professores que estavam no Masp e, juntos, marcharem até o centro da capital paulista. Pouco depois, cerca de 30 membros do grupo “Revoltados On Line” chegaram à frente do prédio da Petrobras.
Estranhamente, com eles a atuação da Polícia foi muito diferente. Além de não terem sido filmados, havia muito mais policiais e estes se postaram de prontidão junto aos manifestantes, sugerindo que estavam ali para protegê-los sabe-se lá do que, pois ao não fazerem provocações não havia possibilidade de haver confronto.
policia dos revoltados
Só restava mesmo, portanto, entrevistar os “Revoltados”. Apesar de ter feito quatro entrevistas, o vídeo curto que o Blog apresenta, ao fim do texto, só reproduz parte de uma delas porque a bateria da câmera acabou.
O entrevistado se disse ligado ao grupo de “Revoltados” e, apesar de negar inicialmente, acabou admitindo que se o Congresso Nacional não quiser deliberar sobre o impeachment da presidente da República, que venha o golpe militar. Isso após se dizer “democrático”.
Infelizmente, parte muito engraçada da entrevista ficou de fora. Perguntei ao entrevistado o que ele achava de o vice-presidente Michel Temer suceder Dilma caso ela seja derrubada. O “revoltado” não gostou da hipótese e disse que também tentariam derrubá-lo.
Diante do inusitado de alguém pregar que se instale um impeachment crônico no país, perguntei se ele aceitaria que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sucedesse Temer; o homenzarrão “revoltado” disse que tentaria derrubá-lo também.
Por fim, perguntei o que ocorreria se o presidente do Senado, Renan Calheiros, assumisse a Presidência. A situação já ficara tão ridícula que o “revoltado” finalmente sorriu. Mas fechou a cara em seguida e disse que talvez o melhor mesmo fosse o golpe militar de uma vez.
Como já não havia mais bateria nem paciência para entrevistar aquela gente, fui-me embora. Caminhei sob a chuva agora fina até o condomínio em que resido, a vários e vários quarteirões de distância.
No percurso para casa, refleti que, de alguma forma, há uma boa dose de semelhança entre o “revoltado” golpista e a jovem, bem-intencionada e equivocada professora que condescende com mentalidade de quem quer dar golpe de Estado “constitucional” ou “tradicional”.
Abaixo, o vídeo que deu origem à narrativa acima.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Altman: dia 13 é capítulo decisivo para a história

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A mobilização programada para esta sexta-feira em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras, em contraposição as manifestações contra o governo previstas para o domingo, visa não apenas defender a democracia, mas também lutar contra a ascenção de grupos reacionários; para o jornalista Breno Altman, "o fato é que o processo que terá início amanhã poderá abrir nova etapa na vida política do país (...) Minoritárias no parlamento e atropeladas pelos monopólios de comunicação, as correntes de esquerda têm na mobilização militante e popular ferramenta decisiva para romper o cerco a que estão submetidas"; em seu artigo ele alerta que, a partir de agora, "está se abrindo capítulo decisivo da história nacional e da luta dos trabalhadores"

12 de Março de 2015 às 12:32

Por Breno Altman

Amanhã as forças progressistas, comandadas pelo movimento sindical, darão provas se têm vontade política e capacidade de mobilização para enfrentar a ascensão dos grupos reacionários.

Não se configura uma jornada puramente a favor do governo, a bem da verdade. Afinal, um dos três eixos da convocação se confronta com a política econômica, ao reivindicar a retirada das medidas provisórias do ajuste fiscal.

Mas as outras duas bandeiras centrais – a defesa da democracia e da Petrobrás – são claras contraposições à ofensiva conservadora que busca deslegitimar e interromper o mandato da presidente Dilma Rousseff.

O fato é que o processo que terá início amanhã poderá abrir nova etapa na vida política do país.

A disputa é pela praça pública e a voz das ruas.

Minoritárias no parlamento e atropeladas pelos monopólios de comunicação, as correntes de esquerda têm na mobilização militante e popular ferramenta decisiva para romper o cerco a que estão submetidas.

Desta vez, no entanto, há uma novidade: a direita está disposta e preparada para lutar por cada palmo de asfalto. Não se vivia situação desse tipo desde o período que antecedeu o golpe de 1964, quando as marchas com Deus e a família pavimentaram o caminho dos tanques.

Deve-se reconhecer, aliás, que a reação burguesa encontra-se em melhores e mais avançadas condições de combate que a esquerda.

Doze anos de estratégia predominantemente institucional e conciliatória, com renúncia à batalha de ideias e ao protagonismo do povo organizado, provocaram bizarrice histórica: os governos encabeçados pelo PT ostentam o feito, ao menos desde certo ponto, de terem mobilizado seus opositores e desmobilizado a própria base de apoio.

Esta deficiência, que agora atinge indiscutível visibilidade, tem que ser resolvida em momento de crise aguda, quando o tempo proíbe o erro e a hesitação.

Administrações progressistas de países com problemas econômicos muitíssimo mais graves, como a Venezuela ou a Argentina, contam com padrão de mobilização sensivelmente superior ao brasileiro simplesmente porque apostaram, cada qual a sua maneira, na construção de políticas e instrumentos para a luta pela hegemonia no Estado e na sociedade.

O ato do dia 13, contudo, terá ainda outros desafios a enfrentar.

O principal deles é que o governo Dilma, ao adotar pacote fiscal que descarrega o reequilíbrio das contas públicas nos ombros dos trabalhadores e do setor produtivo, criou clima de confusão, divisão e paralisia entre as fileiras de esquerda.

A jornada convocada pelas centrais e movimentos terá de combinar a defesa democrática do mandato de Dilma Rousseff com o protesto contra medidas antipopulares que está implantando.

Fosse outro o comportamento das principais entidades envolvidas na manifestação dessa sexta-feira, estaria assentado o terreno para a oposição capitalizar para seu projeto a insatisfação que começa a grassar entre os trabalhadores. Além disso, seria impensável a unidade de ação, multipartidária, que se deseja construir.

Não é uma situação confortável, que se exemplifica no tímido envolvimento da direção do PT e do ex-presidente Lula na mobilização. Não seria fácil, para as principais lideranças petistas, é evidente, subirem em um palanque cujo discurso inclui crítica frontal à política econômica estabelecida pelo governo.

Por essas e outras, é louvável a iniciativa da CUT e seus parceiros de empreitada, ao demarcar linha de resistência contra a escalada reacionária, em um momento no qual os partidos progressistas e o Palácio do Planalto parecem atônitos.

Trata-se de esforço para reconstruir o campo de alianças do segundo turno presidencial, atropelado pela guinada ortodoxa pós-outubro e o gabinete que a representa.

Nas próximas horas será dado o primeiro passo para a articulação de uma frente ampla contra o retrocesso e o golpismo, que simultaneamente disputa os rumos do governo e exige um programa mínimo que represente as classes e grupos dispostos a defender o mandato democrático e o aprofundamento das mudanças.

Oxalá dezenas ou centenas de milhares atendam o chamado do movimento sindical e popular. Talvez venha a ser demonstração de forças inferior àquela preparada pelo reacionarismo para o dia 15, mas começará a ser trilhado o caminho para uma nova estratégia política.

Não tenhamos dúvidas: está se abrindo capítulo decisivo da história nacional e da luta dos trabalhadores.

*Breno Altman é editor do Opera Mundi e colunista parceiro do 247.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Lá vem outra “emenda” no programa de Marina. Agora, o latifúndio “é de Deus”

semterra

Excelente a matéria do repórter Roldão Arruda, do Estadão, sobre as águas profundas da passagem de Marina Silva pela Expointer, ontem, no Rio Grande do Sul.

Agora, segundo ele, é a definição de índice de produtividade dos latifúndios, para fins de desapropriação de terras ociosas que passou a ficar “pendente de revisão” no programa marinista.

Marina anunciou -junto do outros pontos “já falecidos”, como a união homoafetiva – que iria revisar estes índices, que datam dos anos 70, quando a tecnologia agrícola engatinhava.

E ontem, o agronegócio exigiu que Marina passe a foice na promessa.

Aliás, querem mesmo é que se “avance” para o fim da desapropriação de terras improdutivas. Dizem que “o mercado” resolve isso sozinho:

-Viu que o produtor rural, quando fica com a produtividade abaixo da média, quebra. É o mercado que desapropria. Não precisa de um índice especial. Tem índice para fábrica? Cinema? Restaurante? Não.

Porque nunca economia liberal, competitiva, quem não for produtivo, quebra.”

Quem fala é o ex-ministro Roberto Rodrigues, que conseguiu que Lula não fizesse a revisão e agora, com Marina, percebe a chance de sepultar de vez a ideia de desapropriar terras. Sim, porque cinema e restaurante quem quiser e puder abre um até nos fundos do quintal. Terra é uma só.

O curioso é que estes índices não são uma perigosa invenção dos comunistas ou do MST. Foram fixados pelo governo militar e a lei tem hoje a forma que tomou  em 1993, em pleno neoliberalismo.

O “programa” de Marina virou um “bunda-lelê”, como naquela música do Latino: todo mundo põe a mão, dos pastores aos latifundiários.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Todo mundo tem direito de exigir. Mas a esquerda não pode fazer o que os “coxinhas” não conseguiram

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Não há nada de errado em sem-teto, metroviários e até policiais militares se manifestarem em defesa de seus direitos.
Nada de errado, mas muito de estranho nessa improvável confluência de todos em torno do Itaquerão.
Tão estranho que é obvio.
Não adianta o líder dos sem-teto, Guilherme Boulos, dizer que “o receio que nós temos é que as manifestações sejam utilizadas por esses setores mais conservadores que não nos representam e representam um projeto atrasado na nossa opinião”.
Claro que é legítimo aproveitar a visibilidade da Copa para obter concessões, em políticas públicas e em salários.
Mas não é, para sem-teto, policiais ou metroviários, impedir à força que a população e os torcedores se desloquem livremente.
É um contra-senso que o mesmo cidadão ameace que “se até sexta (amanhã) não tiver uma resposta para nossas reivindicações, não sei se a torcida vai conseguir chegar a esse jogo, não”, referindo-se ao amistoso da seleção no Morumbi e ao jogo de abertura da Copa.
Os líderes do movimento dos Sem-Teto, com todas as razões que tenham, certamente sabem que  são vítimas da completa ausência de políticas habitacionais durante o longo inverno neoliberal que, antes do Minha Casa, Minha Vida, demoliu todos os – mesmo distorcidos – programas de habitação popular.
Os dos policiais e metroviários, com certeza, estão cientes que os cofres públicos paulistas e os da empresa em que trabalham foram severamente saqueados pelas forças políticas que os controlam e que, agora, esfregam as mãos esperando que seus movimentos atinjam eleitoralmente o Governo Federal.
Quanto ao pessoal da Companhia de Engenharia de Tráfego, municipal, basta que se diga que sua última greve foi há dez anos, na gestão de Martha Suplicy.
Quando um movimento social ou sindical leva a população ao paroxismo, duas coisas acontecem.
A primeira, mais imediata, é que ele perde apoio político.
Basta ver o que acontece agora e acontecerá durante o dia.
A segunda é que, por isso, aumenta o apoio político aos que sempre foram seus algozes.
O governo federal precisa ter absoluta tranquilidade diante disso.
Porque, tanto quanto os líderes destes movimentos “municipais” e “estaduais”, sabem que tudo será jogado às suas costas.
Inclusive, e  sobretudo, uma reação violenta a quem, por suas reivindicações, não percebe  que, nas palavras de um de seus próprios líderes  que admitem que  há o “risco de uso eleitoral que nós estamos vendo nesses protestos é pelos setores conservadores do País, de grandes partidos como PSDB e PSB que têm tentado surfar na onda das mobilizações”.
Seu dever é pressionar Estado e municípios para que negociem e sejam flexíveis, em lugar de repressores.
Mas também há deveres para as lideranças, a menos que desejem o mesmo que “coxinhas” e “blackblocs” e não, como cidadãos e trabalhadores, defenderem os interesses daqueles que lhes depositam confiança.
Líder que pensa e não faz, seguindo o caminho fácil que a mídia conservadora lhe abre precisa abrir o olho.
Manifestação, muito bem, ótimo. Legítima e necessária.
Tanto para pressionar a prefeitura, quanto para pressionar Alckmin e mesmo para pressionar Dilma.
Mas não perceber que a direita e a mídia estão loucas por situações que levem a conflito nas ruas é pior do que ser cego.
É isolar seus movimentos diante da população exausta e levar água ao moinho dos que sempre lhes baixaram o pau.
Tomara que entendam e reconheçam que são seus inimigos que, a esta hora, torcem para o “não vai ter copa”.
E que não levem trabalhadores e gente sofrida, explorada e injustiçada a fazerem o que os bem-nascidos coxinhas e blackblocs não conseguiram.
E a jogar contra seus próprios aliados históricos, ao lado de seus inimigos de sempre.
Coerência não é calar a boca por medo de “patrulhas” e esconder das pessoas as consequências politicas do que a gente diz e faz.

sábado, 6 de julho de 2013

SEGUNDA ONDA DE PROTESTOS ELEVA PRESSÃO SOBRE O PODER

sexta-feira, 28 de junho de 2013

ASSIM COMO LULA, GILBERTO QUER O POVO NA RUA

quinta-feira, 27 de junho de 2013

LULA CONVOCA MOVIMENTOS SOCIAIS PARA IR ÀS RUAS