Já é possível ter uma ideia do que irá acontecer na quinta-feira 11, quando a maior parte do conjunto de organizações, grupos e entidades que tomou parte na primeira leva de marchas estudantis e populares da últimas semanas estará unida no Dia Nacional de Lutas com Greves e Manifestações. Dessa vez, os estudantes aglutinados inicialmente pelo Movimento Passe Livre, nas principais cidades do país, estarão acompanhados de públicos arregimentados pelas centrais sindicais CUT e Força e pelo MST, o que desde logo garante protestos em centenas de rincões do País.
Os atos estão marcados para começar às 9h00, atingindo todas as capitais e milhares de cidades ao longo do dia. A previsão, por mais pacíficas que sejam as manifestações, é de caos nos transportes e, assim, em toda a cadeia produtiva.
Todas as estruturas de segurança do País já vão sendo mobilizadas para salvaguardar endereços oficiais de ataques e depredações. Nas manifestações anteriores mais numerosas, centros de poder como o Congresso Nacional, em Brasília, e o Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, foram atacados.
CONCESSÕES FORAM SUFICIENTES? - Mais que fisicamente, o que se verá, mais ainda, é a quantas anda o termômetro das massas sobre os políticos. As marchas se darão na esteira de concessões feitas pelo Congresso Nacional a reivindicações identificadas, como a derrubada da PEC 37. Mas o mesmo Congresso não chegou a ponto algum sobre a realização de um plebiscito, um referendo ou mesmo uma reforma política mínima na direção do que pedem as ruas.
Como a praça vai reagir?
Na economia, as manifestações causaram novos temores, associados à piora das condições globais – e a segunda onda tende a provocar mais estragos em negócios, especialmente para o comércio, e nas projeções, o que toca ao volátil mercado financeiro. Na prática, o que se espera é que o País viva uma espécie de feriado sob forte tensão.
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