Na sexta-feira passada, quando a suposta delação do senador Delcídio Amaral voltava-se contra a presidente Dilma Rousseff, o jornal O Globo, da família Marinho, manchetava que "Delação de Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato", dando corda ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua insana cruzada antidemocrática; menos de uma semana depois, quando se descobre que o senador Aécio também está na mesma suposta delação, o Globo esconde a notícia num pé de página, onde Aécio não aparece nem no título; e mais: o mesmo jornal que antes questionava a negativa de Delcídio em relação à hipotética delação hoje publica declarações de seu advogado, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que estão sendo publicados documentos falsos; é preciso desenhar?
247 – O momento enfrentado pelo grupo Globo, da família Marinho, é delicado. No fim de semana, centenas de pessoas protestaram diante da sede da emissora no Rio de Janeiro. Pouco depois, um grupo invadiu um triplex em Paraty (RJ), cuja propriedade é atribuída aos Marinho, que negam serem donos da casa. Ontem, integrantes do MST invadiram a sede da afiliada da Globo em Goiânia, o que mereceu notas de repúdio de entidades ligadas ao jornalismo (saiba maisaqui).
Por trás do cerco à Globo, está a percepção de que a emissora dos Marinho hoje atua, assim como em 1964, com o propósito claro de fragilizar a democracia brasileira. E o problema é que a Globo, com seu noticiário enviesado, de fato alimenta essa percepção.
Na sexta-feira passada, por exemplo, quando a Globo decidiu entrar de cabeça na história da suposta delação de Delcídio Amaral (PT-MS) – não homologada pela Justiça e negada pelo próprio "suposto delator" –, o jornal O Globo chegou às bancas e casas de seus assinantes com uma manchete triunfante e definitiva: "Delação de Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato".
Hoje, quando se sabe que o senador Aécio Neves está na mesma hipotética delação, por seu suposto envolvimento nada republicano numa CPI, o Globo esconde a notícia no pé da primeira página e nem cita o presidente nacional do PSDB em seu título.
Na semana passada, após o vazamento da suposta delação de Delcídio, Aécio convocou uma reunião de emergência da oposição, decretou pela enésima vez a morte do governo da presidente Dilma Rousseff e decidiu retomar a pressão pelo impeachment, informando que anexaria a suposta delação de Delcídio ao pedido inicial, aprovado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Coincidência ou não, Aécio passou a dizer, agora, que a suposta delação de Delcídio só será anexada ao pedido de impeachment depois de ser homologada – uma vez citado, pode até ser que o senador passe a trabalhar contra sua homologação.
Por último, mas não menos importante, na semana passada todos os veículos de comunicação do grupo Globo relativizavam o fato de o próprio Delcídio ter negado, em nota, o teor da delação atribuída a ele. Hoje, o Globo publica declaração de um dos advogados de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que "documentos falsos estão sendo publicados" e, de novo, negando a delação.
Ou seja: no mundo da Globo, ela só seria verdadeira, se atingisse apenas o PT e a presidente Dilma. Contra Aécio, vira mentira.
AÉCIO APARECE NA
SUPOSTA DELAÇÃO
DE DELCÍDIO
Já citado por vários delatores da Lava Jato como responsável por um esquema de propinas em Furnas e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, o líder da oposição golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), está em mais uma suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS); na semana passada, quando trechos atribuídos à hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe; agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de impeachment se vier a ser homologada; dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra Aécio sem ouvir a principal testemunha; advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto, diz que estão sendo divulgados documentos falsos
247 – O líder da oposição golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), já citado por vários delatores da Lava Jato, como o doleiro Alberto Yousseff e o transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará, como responsável por um esquema de propinas em Furnas e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, aparece em mais uma suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Na semana passada, quando trechos atribuídos à hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe.
Agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de impeachment se vier a ser homologada. O trecho sobre o senador tucano diz respeito a sua atuação numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que permanece em sigilo. Questionado sobre as supostas declarações de Delcídio, disse que não iria comentar pela falta de "informação concreta".
Dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra Aécio sem ouvir a principal testemunha.
O advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto, diz que estão sendo divulgados documentos falsos: “Nego o conteúdo e a origem da delação. Estão divulgando documentos falsos, de origem desconhecida e manipularora”
Qual a vantagem de Lula ser Ministro
Teori pode jogar fora tudo o que o Moro montou contra o Lula
O Lula vai ser preso antes da Semana Santa.
Isso estava escrito desde o início: a tarefa da força da Lava Jato sempre foi prender o Lula.
O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.
Há um ano, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), que pretende dar fim essa indústria anti-petista dos vazamentos, há um ano, quando ainda poderia haver duvida – do zé - sobre a verdadeira intenção do juizeco da Província de Maringá, Damous disse ao Lula: seja ministro.
Qual a vantagem de o Lula ser ministro?
Do ponto de vista processual é uma grande vantagem!
Com a prerrogativa de foro, tudo o que está nas mãos da Vara de Guantánamo é remetido, lacrado, para o Ministro Teori Zavascki, no Supremo.
Com o ministro Teori não tem vazamento para o “Conexões Tigre”!
E Teori tem o direito de aceitar o que o Juiz de Guantánamo fez, aceitar parte, jogar parte fora ou jogar tudo na lata do lixo da História.
Mas, e se aceitar tudo… o que acontece?
A ida do Lula para o Supremo despolitiza esse partidarismo travestido de Justiça.
O Supremo acalma.
Apaga o fósforo que o Moro acendeu.
Joga água na fogueira que o Moro quer espalhar pelo Brasil afora!
O Supremo tem o seu rito.
Tem biografias a preservar.
(A do Moro já está escrita – pelo Ataulpho Merval, ou pelo Gianca Civita.)
Há vários Mello no Supremo, que, no devido tempo, se manifestarão com segurança e destemor.
Em nome da estabilidade e da Constituição!
Se o Lula for ministro, a Globo de Goiânia, o triplex de Paraty e seus marionetes, o PSDB, todos eles vão vociferar, babar de ódio, como fez o Aloysio 300 mil quando teve que engolir omerendão que o Lindbergh lhe ofereceu.
Vão bater no Lula.
Um pouco mais, um pouco menos que batem hoje.
Mas, o que é melhor?
Ser mártir em cana?
Ou esperar as coisas se acalmarem no rito do Supremo.
Na judiciosa e moderada companhia dos Mello que ali existem!
Em tempo: e, como Ministro, Lula pode ajudar a devolver a cabeça do Renan ao lugar. Porque, com Dilma ou sem Dilma, o Moro quer o Renan como premio de consolação.
Em tempo2: o sequestro de Lula foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando. O estopim da I Guerra Mundial. Moro desempenha o papel de Gavrilo Princip, o ativista sérvio autor do atentado. Como diria aquele obscuro (em Maringá) pensador: a História se repete como farsa...
Paulo Henrique Amorim
Isso estava escrito desde o início: a tarefa da força da Lava Jato sempre foi prender o Lula.
O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.
Há um ano, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), que pretende dar fim essa indústria anti-petista dos vazamentos, há um ano, quando ainda poderia haver duvida – do zé - sobre a verdadeira intenção do juizeco da Província de Maringá, Damous disse ao Lula: seja ministro.
Qual a vantagem de o Lula ser ministro?
Do ponto de vista processual é uma grande vantagem!
Com a prerrogativa de foro, tudo o que está nas mãos da Vara de Guantánamo é remetido, lacrado, para o Ministro Teori Zavascki, no Supremo.
Com o ministro Teori não tem vazamento para o “Conexões Tigre”!
E Teori tem o direito de aceitar o que o Juiz de Guantánamo fez, aceitar parte, jogar parte fora ou jogar tudo na lata do lixo da História.
Mas, e se aceitar tudo… o que acontece?
A ida do Lula para o Supremo despolitiza esse partidarismo travestido de Justiça.
O Supremo acalma.
Apaga o fósforo que o Moro acendeu.
Joga água na fogueira que o Moro quer espalhar pelo Brasil afora!
O Supremo tem o seu rito.
Tem biografias a preservar.
(A do Moro já está escrita – pelo Ataulpho Merval, ou pelo Gianca Civita.)
Há vários Mello no Supremo, que, no devido tempo, se manifestarão com segurança e destemor.
Em nome da estabilidade e da Constituição!
Se o Lula for ministro, a Globo de Goiânia, o triplex de Paraty e seus marionetes, o PSDB, todos eles vão vociferar, babar de ódio, como fez o Aloysio 300 mil quando teve que engolir omerendão que o Lindbergh lhe ofereceu.
Vão bater no Lula.
Um pouco mais, um pouco menos que batem hoje.
Mas, o que é melhor?
Ser mártir em cana?
Ou esperar as coisas se acalmarem no rito do Supremo.
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Em tempo: e, como Ministro, Lula pode ajudar a devolver a cabeça do Renan ao lugar. Porque, com Dilma ou sem Dilma, o Moro quer o Renan como premio de consolação.
Em tempo2: o sequestro de Lula foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando. O estopim da I Guerra Mundial. Moro desempenha o papel de Gavrilo Princip, o ativista sérvio autor do atentado. Como diria aquele obscuro (em Maringá) pensador: a História se repete como farsa...
Paulo Henrique Amorim