Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 23 de março de 2016

Líder do impeachment, Eduardo Caranguejo Cunha está na lista da Odebrecht; Dilma não aparece, mas Aécio, Serra, Viagra e Múmia sim

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Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos 
Papéis foram apreendidos na “Acarajé” e liberados ontem (22.mar)
Planilhas listam nomes, valores e apelidos de cada político
Material é de Benedicto Barbosa, alto executivo do grupo
Informações de tabela são incompatíveis com doações declaradas
Acesse todo o material apreendido no fim deste post
Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22.mar) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
As planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel. Eis exemplos de planilhas apreendidas (clique nas imagens para ampliar):
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Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
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Na planilha, Renan é “atleta”; Eduardo Paes, “nervosinho”; Sérgio Cabral, “próximus”.
A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.
Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.
Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.
Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular – a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos. Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.
APELIDOS
Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório:
Jaques Wagner: Passivo
Eduardo Cunha: Carangueijo
Renan (Calheiros): Atleta
José Sarney: Escritor
Eduardo Paes: Nervosinho
Humberto Costa: Drácula
Lindbergh Farias: Lindinho
Manuela D’Ávila: Avião
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O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição
COPA E LEBLON
A papelada que serve de base para este post foi apreendida por 4 equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
Um dos textos refere-se, de forma cifrada, às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo é chamado de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou ontem (22.mar.2016) o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. São públicos os documentos apreendidos com Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros.
ÍNTEGRA DOS DOCUMENTOS
Clique aqui para saber em qual documento e página cada político é mencionado. Depois, escolha o arquivo correspondente na lista abaixo:
OUTRO LADO
A Odebrecht foi procurada pelo Blog. Nesta 4ª (23.mar.2016), a assessoria da empreiteira enviou esta nota: “A empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários”.
Todos os políticos citados, já procurados por causa de outras reportagens, negam ter recebido doações ilegais em suas campanhas.
PS do Viomundo: Viagra é Jarbas Vasconcelos Filho e Múmia, o senador do PSOL, agora na Rede, Randolfe Rodrigues.
Leia também:

quinta-feira, 17 de março de 2016

DCM: COMO A GLOBO VENEZUALIZOU O BRASIL

quarta-feira, 9 de março de 2016

MAIS UMA PROVA DE COMO A GLOBO MANIPULA VOCÊ

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O Brasil precisa de um pacote econômico?

:

Sabatinas na CNI com os três principais candidatos a presidente levantaram uma interrogação; a depender do resultado da eleição, o Brasil pode ser submetido a um novo pacote econômico a partir de janeiro?; Eduardo Campos, do PSB, falou em baixar medidas tributárias já na primeira semana de seu eventual governo; Aécio Neves, do PSDB, também posicionou na primeira semana do mandato, em razão "do capital político fortalecido", o momento ideal para fazer mudanças na economia; presidente Dilma Rousseff foi a terceira a ser ouvida, mas não se comprometeu com guinadas no rumo atual; o País aguentaria um novo e surpreendente choque?

247 – A se tomar ao pé da letra, o principal compromisso assumido pelos dois principais presidenciáveis da oposição, nas sabatinas feitas pela Confederação Nacional da Indústria, sugere, mais uma vez, que eles têm surpresas a serem reveladas somente em caso de vitória.

Tanto Eduardo Campos, do PSB, que foi entrevistado ontem na parte da manhã, quanto Aécio Neves, do PSDB, que se apresentou em seguida, frisaram que "na primeira semana" em que chegarem à Presidência da República, caso vençam a disputa, pretendem baixar medidas econômicas. Não ficou claro, porém, qual a exata dimensão dessa iniciativa.


Campos, que compareceu com a candidata a vice Marina Silva ao seu lado, garantiu que baixará medidas na área tributária logo nos primeiros dias de sua possível gestão. De maneira genérica, ele garantiu que suas ações terão o sentido de simplificar e equalizar melhor o peso dos tributos sobre o empresariado e a sociedade. Mas não foram detalhadas quais seriam, ponto a ponto, essas medidas.

Diante da necessidade de aumentar a arrecadação do governo, para equilibrar o déficit público, seria factível a Campos promover um choque de impostos? Ou, ao contrário, abrir um pacote de bondades capaz de animar os empresários a novos investimentos? Quem sairia ganhando? E perdendo?

Aécio, por seu lado, também bateu na tecla de agir com decisão "na primeira semana" de seu eventual mandato, que ele considerou até mais importante que "o primeiro mês". Na visão do presidenciável tucano, é logo no começo da gestão que um governante tem "capital político fortalecido" para adotar "medidas corajosas" que julgar necessárias.

Meses atrás, ainda esse ano, em reuniões sucessivas com empresários em São Paulo, o ex-governador de Minas Gerais chegou a falar em "medidas amargas", mesma expressão usada, no mesmo foro - a casa do empresário João Doria Jr. -, por Campos. Diante da cobrança de políticos governistas, como a senadora Gleisi Hoffmann, sobre quais serão essas iniciativas, ambos desconversaram.

Agora, na CNI e com a aproximação da eleição, o tucano e o socialista voltam a falar em agir com impacto logo de saída. Ambos consideram que a sociedade brasileira enfrenta um momento tão adverso que demandaria muitas novidades em matéria de política econômica para acelerar nos trilhos do desenvolvimento.

A única a não prometer alterações radicais no curso da administração é a presidente Dilma Rousseff. Ela se comprometeu a incorporar ideias entre os 42 pontos citados pela CNI como cruciais para o desenvolvimento. Mas acentuou que, "ao contrário do que foi feito antes", não pretende "desorganizar a economia como ocorreu com as idas do País ao FMI" durante o governo do presidente Fernando Henrique.

Para Dilma, a política econômica deve seguir o rumo atual, apenas com ajustes pontuais.

No cenário eleitoral de 2014, o debate sobre como cada candidato irá agir sobre a economia está apenas começando. Já se dá pela falta, porém, de esclarecimentos que diminuam o risco de surpresas desagradáveis para o eleitor como mais um pacote econômico – seja ele de que tamanho for.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

“VOCÊ MELHOROU DE VIDA ?” MELHOROU ! Compare você hoje e você amanhã com o que seus pais eram na sua idade. Chora, Dudu !

Em 1980, num debate contra Jimmy Carter, Ronald Reagan fez essa pergunta mortífera: “você melhorou de vida ?”

Ele pedia ao eleitor para comparar os últimos quatro anos de Carter com os oito anos de Nixon e Ford, de seu partido, o Republicano.

Reagan ganhou a eleição.

De fato, os republicanos tinham oferecido aos americanos um padrão de vida melhor.

(Porém, a eleição de Reagan, a de Thatcher na Inglaterra e o Golpe de Pinochet no Chile lançaram as bases doutrinárias do neolibelismo (*) que o Príncipe da Privataria instalou no Brasil. Um desastre !)

No pronunciamento em rede de televisão – http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/pronunciamento-a-nacao-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-em-cadeia-nacional-de-radio-e-tv-1 – neste domingo,  Dilma usou o mesmo argumento – mortífero: sua vida melhorou ?

Ela convidou os brasileiros a se perguntar: compare a sua vida e as suas possibilidades com a de seus pais na sua idade, com a sua infância e com o que você é hoje e o que pode ser amanha: 

“O Brasil tem passado, tem presente e tem muito futuro. Existem poucos lugares no mundo onde o povo tenha melhores condições de crescer, melhorar de vida e ser mais feliz.”


Mortal !

O Brasil tem o menor índice de desemprego do mundo !,  ela lembrou.

Então, quando você pensar em 2014, lembre-se de que você vai ter emprego e vai poder pagar a prestação da casa própria (do Minha Casa Minha Vida).

Chora, Dudu, chora !

Dilma, portanto, não é como os adversários da oposição que estão obrigados a construir castelos no futuro.

Dilma tem o que mostrar – no passado ! 

E chamou às falas o Dudu e o Aécio, que se associaram às vozes da Urubologia  sem rumo:

Disse Dilma, de olho, sobretudo no Dudu, aquele que cultiva os ricos de São Paulo com o “dá para fazer mais” juros !

O Brasil melhorou, a nossa vida melhorou, mas o melhor é que temos tudo para melhorar ainda mais. O Brasil será do tamanho que quisermos, do tamanho que o imaginemos. Se imaginarmos um país justo e grande e lutarmos por isso, assim o teremos. Se mergulharmos em pessimismo e ficarmos presos a disputas e interesses mesquinhos, teremos um país menor.

O mesmo raciocínio se aplica à nossa economia. Assim como não existe um sistema econômico perfeito, dificilmente vai existir em qualquer época um país com economia perfeita. A economia é um conjunto de vasos comunicantes em busca permanente de equilíbrio. Em toda economia sempre haverá algo por fazer, algo a retocar, algo a corrigir para conciliar o justo interesse da população e das classes trabalhadoras e os interesses dos setores produtivos. Por isso, temos que agir sempre de forma produtiva e positiva tentando buscar soluções e não ampliar os problemas. Se alguns setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas.


E quem faz “guerra psicológica” para inibir investimentos e retardar as iniciativas ?

O PiG (**), a Urubologa e seus trombones de 2014, o Dudu, o Aécio e Bláblárina, a da rebelião das massas .

E, no fim, o recado ideológico, que a distingue dos outros:

(…) nada nos fará sair desse rumo, como também nada fará mudar nosso rumo na luta em favor de mais distribuição de renda, diminuição da desigualdade pelo fim da miséria e em defesa das minorias. 

Não deixe de ver o que o Araújo, importante quadro do brizolismo gaúcho, ex-marido da Dilma, diz sobre ela e os adversários.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.