Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Pobres de direita vão à Fiesp pedir prisão de Lula

Pobres de direita vão à Fiesp pedir prisão de Lula


pobres de direita
Na tarde da última quarta-feira, 12 de julho de 2017, o juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos de prisão por supostamente ter recebido da empreiteira OAS um apartamento no Guarujá como propina.
Segundo o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, Lula soube da própria condenação através da imprensa apesar de ser parte do processo e, portanto, ter direito a acesso prioritários às decisões da Justiça sobre si.
zanin condenação
Não houve qualquer surpresa nessa condenação. Foi antecipada pelo Blog em vários posts.
Em 21 de junho, o Blog da Cidadania afirmou que a condenação de Lula era certa e que, consumada, seria um crime perpetrado pelo juiz Sergio Moro, pois se basearia, apenas, em acusações de delatores feitas com o evidente propósito de escapar da cadeia, já que esses delatores não apresentaram uma só prova do que afirmaram.
blog 1
Em 4 de julho, o Blog afirmou que a condenação já certa de Lula por Moro teria efeito igual ou maior que todas as medidas arbitrárias tomadas pelo magistrado contra o ex-presidente desde que determinou sua condução coercitiva em março de 2016. E esse efeito foi o de fazer o presidente perder 14 pontos de rejeição e se tornar o pré-candidato a presidente em 2018 com mais intenções de voto.
blog 2
Como se vê, nem houve muita celeuma porque todo mundo sabia que o juiz em questão é inimigo de Lula e todos sabem que costuma se referir ao ex-presidente em tom depreciativo.
Aliás, durante o depoimento derradeiro do ex-presidente a Moro, em 10 de maio deste ano, em Curitiba, foram produzidas milhares de montagens representando confronto entre o juiz e o julgado, como se fossem dois lutadores de boxe. Do lado de fora da sala de audiência, tanto Lula quanto Moro tinham torcidas organizadas.
Apesar da previsibilidade da condenação de um inimigo por outro – sim, Lula foi julgado por um inimigo político que aparece até em pesquisas de intenção de voto para presidente.
datafolha lula moro
Imediatamente após a notícia da condenação do ex-presidente chegar às redes sociais, no início da tarde de 12 de julho, manifestações foram convocadas
A manifestação pró Lula, marcada em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, reuniu pelo menos  umas duas mil pessoas, mas, segundo a PM antipetista do governador Geraldo Alckmin, foram 200 pessoas.
manifestação lula 1
manifestação lula 2
manifestação lula 3
Já para a mesma PM, a manifestação anti Lula tinha “50 pessoas”, segundo informações da Folha de São Paulo
manifestação anti lula 1
manifestação anti lula 2
O Blog cobriu as duas manifestações. Na primeira, pró Lula, não havia muito que cobrir porque era esperado que um partido grande como o PT, com milhões de filiados, produzisse uma manifestação como a que se viu. O que desperta curiosidade, porém, é a manifestação anti Lula, encenada – sim, encenada – diante do prédio da Fiesp, organização de grandes empresários paulistas.
Foi uma manifestação pequena, porém, como costumam ser as manifestações antipetistas, muito bem amparada em material publicitário tal como faixas, camisetas e outros materiais caros e produzidos, aparentemente, em larga escala. Mas não é esse o motivo da curiosidade.
O que levou aquele grupelho a ir diante de uma poderosa e multibilionária organização patronal pedir o que essas pessoas não pedem nem para políticos com culpa muito mais evidente como Michel Temer ou Aécio Neves, contra os quais há vídeos e gravações de suas vozes pedindo propina?
O Blog resolveu entrevistar algumas das pessoas que foram diante da Fiesp pedir a prisão antecipada do ex-presidente Lula. O resultado você confere no vídeo abaixo.
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Carta aberta ao juiz Sergio Moro

moro e eu
EDUGUIM
Ao senhor doutor Sergio Moro,
Dirijo-me a V. Exa. imediatamente após sua decisão de se afastar do julgamento das acusações que me são feitas pelo Ministério Público e/ou pela Polícia Federal por conta de supostamente eu ter “embaraçado” investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como nunca nos vimos ou tivemos qualquer razão mais íntima para nos desgostarmos, a afirmativa de V. Exa. na decisão em que se afastou do meu caso – a saber, de que não é meu “inimigo capital” – deveria fazer todo sentido. Contudo, tenho dificuldade de acreditar nela.
Confesso, de pronto, que sou o “culpado” por nossa manifesta inimizade por ter  representado contra V. Exa, em maio de 2015, ao Conselho Nacional de Justiça. Contudo, o que me moveu a denunciá-lo à corregedoria da magistratura nunca foi uma questão pessoal, mas de Estado.
Doutor Moro, não pude me conter ao ver a irmã da esposa do senhor João Vaccari Neto ser esmagada “por engano” pela Justiça brasileira. Não sei se hoje a Lava Jato já dispõe de evidência e/ou prova que a comprometam, mas, naquele momento (5/2015), não dispunha.
Aquela senhora teve que voltar às pressas ao Brasil de um evento profissional do qual participava no exterior. Apareceu na grande mídia – em todos os telejornais, jornais, revistas semanais e sites na internet – algemada e conduzida por policiais.
Foram várias aparições. Se, àquela época (2015), o engano que V. Exa. cometeu já me assustava a ponto de eu representar contra si para preservar o direito de todos contra arbítrio estatal, hoje, por experimentar o peso do longo braço da lei, assusto-me muito mais.
À época, V. Exa. afirmou peremptoriamente à imprensa que tinha certeza de que a senhora em questão era Marice Corrêa Lima, cunhada de Vaccari, pessoa que aparecia em gravação da câmera de segurança de um caixa-eletrônico depositando valores para o ex-tesoureiro do PT.
Poucos dias depois, o jornal Folha de São Paulo divulgou perícia nas imagens que comprovou que não era ela.
Tendo sido comprovado que sua “certeza” era infundada, o senhor recuou da mesma forma como faria tantas vezes no futuro, mas só após deixar mais uma vítima pelo caminho.
Um mês após esse erro que tanto custou a uma pessoa inocente – por exposição muito menor e menos vexatória na mídia, perdi meus negócios e atravesso situação financeira dramática, sem falar nos narizes torcidos e nos olhares tortos –, representei ao Conselho Nacional de Justiça pedindo que o parasse ou o fizesse ser mais comedido, pois é preferível mil culpados livres do que um inocente encarcerado.
V. Exa. disse, na decisão em que se afastou do meu caso relativo à Lava jato, que sequer se lembra de que eu o representei ao CNJ. Contudo, dois meses após eu representá-lo, uma frase que escrevi no Twitter meramente criticando-o – ainda que carregando nas tintas – foi considerada crime de opinião por V. Exa, quem, candidamente, assinou representação CRIMINAL contra mim.
Dois meses depois, doutor Moro. E o senhor diz que não se lembra disso também (!!?).
Enfim, em sua decisão recente V. Exa. faz pouco de minha capacidade, de minha honra e, até, do meu trabalho, mas não posso me queixar de críticas suas, já que eu o critico com seriedade equivalente ou até maior.
Com a diferença de que nunca o processei por nada que tenha dito sobre mim e de que não me valho de cargo público para aumentar meu poder de crítica.
Agora, eu gostaria muito de olhar nos seus olhos, doutor Moro, logo após lhe perguntar se V. Exa. acredita mesmo que eu – EU – o ameaçaria de algum tipo de violência – pois é disso que se trata a acusação pessoal que o senhor me fez logo após eu representá-lo por abuso de poder.
Sim, V. Exa. diz que foi docemente levado a representar criminalmente contra mim por “ameaça”, mas o fato é um só: dois meses após eu representá-lo, V. Exa. me representou de volta. Ponto.
Mais uma vez V. Exa. também me acusou de ter “revelado” minhas fontes. Como assim, doutor Moro? Não foi isso que aconteceu. Eu lhe garanto que me foi dito, ainda enquanto era conduzido, que a Lava Jato já sabia quem era a pessoa que me passou as informações.
Mas, enfim, não quero mais discutir isso com V. Exa. porque não vai mais me julgar. Só gostaria de dizer que me senti esbofeteado por essas afirmações sobre “não se lembrar” de ter sido representado por mim ou de ter me representado.
Vou me entender com a Justiça. Vou demonstrar o absurdo que é me acusarem de ter feito alguma coisa sobre a qual vossas senhorias da Lava Jato só ficaram sabendo porque EU, Eduardo Guimarães, divulguei em meu site.
Creio firmemente que, diante de um juizado que nada tenha pessoalmente contra mim, será fácil provar o absurdo da tese criminal falsa de que sou vítima.
Tenho quase seis décadas de vida, doutor Moro. Nunca, nesse tempo todo, cometi qualquer ato ilegal que desse causa a qualquer tipo de sanção legal. Sou um homem íntegro. Jamais acharão um centavo de dinheiro sujo em minha mão.
E tenho certeza de que já procuraram incansavelmente.
Era só o que eu precisa lhe dizer, doutor Moro. Respeitosamente, pois, desejo que passe muito bem.
Eduardo Guimarães
JORNALISTA
*
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*
Assista, abaixo, matéria do Jornal Nacional sobre a saída do juiz Moro do meu caso

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Lula diz a Moro que Lava Jato “sequestrou” Eduardo Guimarães

lula fala moro
Passou batido, até aqui, momento bastante significativo da oitiva de Lula pelo juiz Sergio Moro porque revela iniciativa do ex-presidente de partir para o enfrentamento político de um processo contra si que tenta se despir de viés político apesar de tal viés ser inegável.
Lá pelo meio do depoimento de Lula a Sergio Moro, o ex-presidente, perguntado pelo juiz se havia mesmo destruído provas como acusou o ex-diretor da OAS Leo Pinheiro, respondeu, em resumo, que estava sendo construída pela Lava Jato uma narrativa nesse sentido na qual o “sequestro” de Eduardo Guimarães pela PF – termo depois retificado pelo presidente como “busca e apreensão” – seria uma outra forma de incriminar a si como autor de destruição de provas, que costuma ser razão para medidas cautelares como prisão do autor desse tipo de crime.
Houve, também, um outro momento igualmente revelador. O juiz Moro, confrontado por Lula com críticas da imprensa contra si sob conluio com a Lava Jato, afirmou que também enfrenta críticas de blogs que “supostamente patrocinam” o ex-presidente.
É perturbador ouvir uma coisa dessas. Quer dizer, então, que esses blogs que o juiz não nominou – este Blog seria um deles? – “patrocinam” Lula? De que forma, financeiramente, politicamente?
O registro da menção de Lula ao caso que envolve o signatário desta página fala da estratégia de defesa dele, mas a menção de Moro a blogs que diz que “patrocinariam” o ex-presidente só por lhe fazerem críticas revela toda a dificuldade desse agente público em conviver com críticas naturais em uma democracia.
Assista, no vídeo abaixo, as duas cenas supramencionadas. E tire as suas conclusões.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Moro colocou o povo no banco dos réus

Moro colocou o povo no banco dos réus


moro lula
Eduguim

Hoje, um burguês ignorante das agruras de ser brasileiro imaginará interrogar apenas um homem, mas estará interrogando milhões. Assim será por falta de inteligência para entender que, quando Lula estiver sentado no banco dos réus, estará personificando todo esse povo humilde cotidianamente humilhado por gente como o juiz Sergio Moro.
De um lado, Lula e seu vernáculo coloquial; de outro, o empertigado janota, herói das madames e dos doutores que desprezam o papel do Estado por não precisarem de seus serviços, mas que estarão sempre prontos a servirem-se do Erário.
O interrogador de Lula imaginou levar a Curitiba um homem rendido, humilhado, cabisbaixo para se ajoelhar diante de si com o olhar implorando clemência para não passar seus últimos anos de vida em uma masmorra fétida.
O que encontrará diante de si neste 10 de maio de 2017, porém, será um cidadão humilde, mas altivo e digno por estar ciente de que é portador da esperança de dezenas de milhões de brasileiros.
Pobre Sergio Moro. Ele nunca entendeu quem é e o que representa Lula. Que não é só um político. Aquele que o juiz quer destruir, foi, é e será sempre a esperança dos brasileiros que, sob seu governo brilhante, puderam realizar os sonhos de uma vida. E que anseiam pela volta daqueles tempos.
Legiões de homens, mulheres e crianças cruzaram o país para virem emprestar seu apoio a Lula em uma terra hostil a ele e à democracia – e não por culpa da população local, mas de uma elite que domina região.
Todas essas pessoas estão em Curitiba para serem julgadas e interrogadas junto com seu líder político porque sabem que hoje, mais do que nunca, reside nele a chance de impedir o massacre que o nosso povo está sofrendo nas mãos de salafrários que começam a produzir uma das maiores e mais rápidas ondas de empobrecimento coletivo da história brasileira.
Quando perguntam aos brasileiros em quem desejam votar para governar o país a partir de 2018, o primeiro, o mais lembrado é aquele que todos sabem que melhorou a vida de todos, inclusive dos burgueses que não têm a honestidade e a decência de reconhecer quanto o Brasil ganhou quando Lula governou o país.
Por isso, convém a esse juiz que se julga tão importante que se dirija com muito, mas  muito respeito mesmo a Lula quando o interrogar, porque o ex-presidente estará representando milhões de brasileiros, cada um dos quais tão cidadão quanto Sergio Moro, com a mesma importância que a dele e merecedor de tanto respeito quanto ele.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Simpatizantes de Lula, não caiam na armadilha fascista!

Simpatizantes de Lula, não caiam na 
armadilha fascista!

nazistas 2
Está tudo preparado em Curitiba para retaliar àqueles que divergem do antipetismo judiciário e querem exercer o direito constitucional de liberdade de expressão e manifestação. Antes de avançar neste texto, porém, vale rever o que diz a Constituição Federal sobre a iniciativa dos simpatizantes do ex-presidente Lula de irem apoiá-lo na capital paranaense.
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
 XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
[…]
Dito isso, vale citar que a juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, Diele Denardin Zydek, estabeleceu multas de até R$ 100 mil para quem se aproximar sem autorização do perímetro de segurança estabelecido para a tomada do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o próximo dia 10, pelo juiz federal Sérgio Moro.
A magistrada também impôs multas de até R$ 50 mil para quem montar acampamentos ou estruturas nas ruas e praça da capital paranaense, além de multa no mesmo valor para os veículos que trafegarem nas áreas delimitadas sem autorização.
Vale notar informação do site Brasil 247 de que essa juíza é militante antipetista e comemorou a condução coercitiva de Lula em 4 de março do ano passado, quando afirmou, no Facebook, que “a casa caiu para Lula”.
juiza antipetista

Vejamos, então, o que está sendo preparado na capital paranaense:
1 – A Cidade foi forrada de outdoors insultando e provocando Lula e seus apoiadores. E dizendo que a cidade prepara “recepção” para eles.
2 –  Milhões de reais foram gastos nessa iniciativa. Ninguém sabe de onde vieram os recursos…
3 – Uma juíza que milita contra Lula e o PT nas redes sociais não hesitou em usar a Justiça para retaliar aqueles dos quais é manifestamente inimiga.
4 – O juiz Sergio Moro grava vídeo para seus apoiadores insinuando que os simpatizantes de Lula poderão “machucá-los”.
5 – Nos fóruns antipetistas da internet sobram ameaças aos que forem à cidade apoiar o ex-presidente da República.
Tudo que os fascistas querem é que os simpatizantes de Lula cometam qualquer excesso, desobedeçam qualquer determinação judicial, enfim, deem motivos para medidas arbitrárias que a notória polícia militar local é useira e vezeira em utilizar.
O ato em favor de Lula deve ser um ato solene e marcado pela sobriedade e pela serenidade. O respeito ao patrimônio público e privado é essencial para que se possa atingir o objetivo desse ato.
Exorto, portanto, àqueles que se manifestarão em favor do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a que observem a lei em detalhes e usem a inteligência contra as várias arapucas que estão sendo armadas pelo fascismo antipetista.
Alea jacta est

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Gilmar Mendes, FHC, Reinaldo Azevedo… Efeito Aécio assusta direita

Aécio fedido
Gilmar Mendes soltou José Dirceu em meio a um discurso “garantista” contra abusos da Lava Jato que contraria tudo que ele mesmo fez no julgamento do mensalão contra o Estado de Direito? Reinaldo Azevedo e Fernando Henrique Cardoso defenderam Lula contra as investidas de Sergio Moro? Hein!!??
Se há um ano alguém avisasse que isso ocorreria, ninguém daria a menor bola. Hoje, estamos vibrando com as manifestações libertárias daqueles que foram os maiores algozes não do PT, mas das garantias individuais que a Lava Jato vem solapando sem dó nem piedade.
Estão atribuindo esse milagre a Antonio Palocci. O STF teria começado a soltar presos da Lava Jato após o ex-ministro da Fazenda ter ameaçado fazer uma delação premiada na qual acusaria o sistema financeiro, a cúpula do Judiciário e quem sabe a mídia tucana de manter “relações indevidas” com políticos.
Não que Palocci não deva ter muito a contar…  Mas, talvez, seu potencial explosivo esteja sendo superestimado.
Não nos esqueçamos de que tanto Gilmar Mendes quanto Reinaldo Azevedo ou FHC vêm mudando de postura desde muito antes da oitiva de Palocci pelo Juiz Sergio Moro há pouco tempo.
O que já vinha acontecendo há mais tempo é a decadência lenta, gradual e segura de Aécio Neves. Este vem se putrefazendo há mais de ano e, agora, a coisa se agravou. Há pouco, teve que se explicar à PF, foi o mais citado na Lava Jato e, loucura das loucuras, denúncia contra FHC teve que ser divulgada – nada mais, nada menos do que – na… Globo!
Uau!!
É outro fato que um ano atrás nem o mais delirante analista se daria ao luxo de prever.
O efeito Aécio mostra que ninguém está seguro. A situação do presidente do PSDB e segundo colocado na eleição presidencial de 2014 se alia a notícias sobre envolvimento do Judiciário e banqueiros em próximas delações.
Ou alguém acredita que membros do Judiciário nunca trocaram vantagens com políticos ou empreiteiras? Alguém já ouviu falar de venda de sentenças judiciais no Brasil ou nunca se falou nisso e é tudo devaneio meu?
Bom, desculpem-me se inventei tal “loucura” simplesmente “do nada”…
Enfim, o que está acontecendo é medo do efeito Aécio. Mas não só.
É aí que entra a extrema-direita. Estou falando de Bolsonaro e dos malucos que o seguem e que pedem volta da ditadura e o extermínio da classe política.
Essa gente não pretende poupar ninguém. Essa gente acha que a Globo e os tucanos são “comunistas”. Além disso, são ultranacionalistas, protecionistas e censores – para extremista de direita, liberdade de expressão é “coisa de comunista”, a menos que seja para ele mesmo.
Mas onde é que entra a Lava Jato nisso tudo?
Ora, o autoritarismo messiânico da republiqueta de Curitiba tem tudo que ver com os MBL da vida, grupo de extrema-direita que atua como linha auxiliar de Bolsonaro e seu bando de energúmenos nazifascistas.
A Lava Jato é da extrema-direita pentecostal. Ou você não tinha notado ainda?
O tal D’Artagnan, ou melhor, o tal Dallagnol é um radical ultra messiânico de direita. Ou não é?
dallagnol
Chegamos ao fundo do poço e descobrimos que não tinha fundo.
E o abismo se aprofunda mais não porque vai acabar engolindo tucanos, petistas, juízes e barões da mídia eventualmente envolvidos com algum nível de corrupção ou até por corrupção inventada, mas porque essa republiqueta curitibana quer o poder.
Sim, é isso mesmo: quer o po-der!
Moro, Dallagnol, Carlos Lima e toda a fila de jovens barões curitibanos almejam governar e moldar o Brasil à sua própria imagem e semelhança – nada que ver com um ex-presidente da República que aos 80 e tantos anos é namorador e defende legalização da maconha.
A república de Curitiba pretende ser, também, uma teocracia. Além disso, pretende abolir essa coisa de comunista que permite a qualquer cidadão comum criar blogs e criticar “otoridades” judiciárias.
De repente – e isso é o mais irônico –, tucanos, peemedebês, barões da mídia, banqueiros e a cúpula do judiciário percebem que estão no mesmo barco que os petistas. Todos podem vir a ser vítimas dos fanáticos religiosos de extrema-direita da republiqueta de Curitiba. Como Dirceu, Lula e… Aécio!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Adiamento do depoimento de Lula ridiculariza a Lava Jato

lula moro

Muitos se surpreenderam com o adiamento do depoimento de Lula. Eu não. Nem comprara passagem de avião nem aceitei convites para integrar caravanas que iriam por via terrestre até Curitiba em 3 de maio, data inicialmente agendada por Sergio Moro para o depoimento.
Confesso que estava cético quanto à realização desse depoimento. Já explico por quê.
De segunda (24) para terça-feira (25), surgiram hipóteses se contrapondo à razão oficialmente alegada para adiamento do depoimento que o ex-presidente Lula daria ao juiz Sergio Moro em Curitiba no início do mês. Vejamos, primeiro, a explicação oficial.
Oficialmente, está sendo dito que mudança de data de 3 para 10 de maio decorre de pedido da Polícia Federal. A decisão de mudar a data do depoimento foi confirmada pelo próprio Moro à cúpula da PF, em reunião em Curitiba, há algumas semanas.
A polícia argumentou que precisaria de mais tempo para organizar a segurança no local e que o feriado do dia do Trabalho, 1º de maio, dificultaria ainda mais a operação.
A explicação parece ridícula. Tão ridícula que colunistas da mídia antipetista se entregaram a especulações. De todos, dois articulistas renomados se destacam. Um pela estupidez e o outro pelo bom senso. Mas nenhum deles me parece totalmente certo.
Comecemos pelo mais idiota.
Merval Pereira é ridículo. E não teme ser ridículo. Suas análises se baseiam em desejos e são rasas como um Pires. Confira.
adiamento 1
Quer dizer, então, que Sergio Moro adiou o depoimento de Lula, sob razões falsas, porque, na verdade, quer prender o ex-presidente?
Ok. Moro está sendo paciente com Lula. Deveria era prendê-lo por usar seu direito de lutar por sua inocência, apresentando testemunhas, tentando conduzir o processo da forma que lhe for mais favorável, segundo Merval.
Se esse cara quiser me processar é seu direito, mas acho que Merval Pereira é um idiota. Não posso dizer que o acho um colunista idiota? Qualquer leitor meu poderá me achar idiota que eu aceitarei. Poderei até dizer que ele é que é idiota por me dizer idiota, mas não o processarei por isso.
Eu tenho o direito de dizer que acho Merval Pereira um idiota por ele escrever que acha que Lula vai ser preso porque a Lava Jato adiou seu depoimento do dia 3 para o dia 10 a fim de reunir “mais provas” para prendê-lo.
Ora, se Moro já tem provas para prender Lula no dia 3, por que precisa de “mais provas”? No dia em que escrevo, faltam 8 dias para o dia 3 de maio. Não são suficientes? Moro precisa de 15 dias em vez de 8 para reunir provas “suficientes” para prender Lula?
Como se vê, ninguém pode me culpar por achar que o articulista Merval Pereira é um idiota pronto e acabado.
Mas há vida inteligente na grande mídia. Discordo tanto de Reinaldo Azevedo que até dói, mas ele não é um idiota. É inteligente e sensato o suficiente para se aprimorar como adversário ideológico da esquerda.
adiamento 2
É muito mais difícil discordar de Reinaldo Azevedo do que de Merval Pereira porque o primeiro tem cérebro e o outro tem uma caixa craniana vazia como um balão inflado.
Ainda assim discordo do Reinaldo, em alguma medida. E do Merval. Eles acreditam que a desculpa da preparação da segurança contra manifestantes não é séria. Até aí, concordo também.
Outro antipetista, porém muito menos inteligente, mostra como essa desculpa é furada, apesar de dizer um monte de bobagens.
Ouça a opinião do comediante Marcelo Madureira, que como analista político é um péssimo comediante.
Agora vamos ao que acho serem as verdadeiras razões para o adiamento do depoimento de Lula.
Razão 1: Moro não tem provas e deve empurrar o depoimento com a barriga por mais tempo.
Razão 2: Moro quer desmobilizar os manifestantes.
Você dirá: “Mas Eduardo, você mesmo não disse que se Moro não tem provas até agora, uma semana a mais não adiantaria nada?”
Sim, eu disse e mantenho. Mas quem disse que Moro irá adiar uma vez só o depoimento de Lula? E se na semana que vem ele adiar do dia 10 para o dia 20, por exemplo? Com isso, ele mata dois coelhos com uma cajadada só.
Vejamos: alguns adiamentos sucessivos esvaziarão a militância presente ao depoimento de Lula. As pessoas têm que se agendar para ir de uma cidade a outra, de um Estado a outro. Quem desmarcou ou postergou compromissos, quem pediu licença do trabalho, quem estava com o dinheiro contado e comprou uma passagem de avião, todos esses terão problemas.
Então, Moro pode começar a adiar sucessivamente esse depoimento para que Lula não tenha apoio tão grande do lado de fora da sala de audiência no prédio da Justiça Federal em Curitiba, o que seria péssimo em termos de mídia para um magistrado midiático como ele.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Raivoso, prepotente, miúdo, rasteiro, mesquinho Esse é o Moro, segundo Janio

Raivoso, prepotente, miúdo, rasteiro, mesquinho
Esse é o Moro, segundo Janio
Moro.jpg
Além do mais, carreirista...
Conversa Afiada reproduz trecho de artigo devastador de Janio de Freitas:
(...)

O retorno da Lava Jato à fase em que tinha controle sobre seus rumos, sem envolver o PSDB e o PMDB como a Odebrecht obrigou, não se deu só em procuradores e policiais.

O juiz Sergio Moro ofereceu mais uma demonstração de como concebe o seu poder e o próprio Judiciário. Palavras suas, na exigência escrita de que Lula compareça às audiências das 87 testemunhas propostas por sua defesa:

"Já que este julgador terá que ouvir 87 testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (...), fica consignado que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências na quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua defesa, a fim de prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem prejuízo, por provas emprestadas". É a vindita explicitada.

Um ato estritamente pessoal. De raiva, de prepotência. É uma atitude miúda, rasteira. Incompatível com a missão de juiz. De um "julgador", como Moro se define.

O Judiciário não é lugar para mesquinhez.

(...)
Em tempo: não deixe de ver também na TV Afiada: o Ministro Fachin não teve medo do Moro e foi pra cima dos tucanos - porque na Vara do Imparcial, tucano não vem ao caso... Se dependesse da Vara de Curitiba, dos bonitões do "A Lei é para todos, menos para tucano", o Santo era santo, o Careca e o Mineirinho coroinhas... e o FHC Brasif lia Max Weber para o Emílio Odebrecht... - PHA

terça-feira, 4 de abril de 2017

Blogueiro Eduardo Guimarães também é alvo de lawfare

Posted by  
edu hideo

No contexto político brasileiro recente, o termo lawfare tem sido empregado principalmente no sentido de uso de instrumentos jurídicos para fins de perseguição política, destruição da imagem pública e inabilitação de um adversário político.
Nesse sentido, uma característica fundamental dessa estratégia seria o uso de acusações sem materialidade. Confira as principais táticas do Lawfare tupiniquim:
1 – Manipulação do sistema legal, com aparência de legalidade, para fins políticos;
2 – Instauração de processos judiciais sem qualquer mérito;
3 – Abuso de direito, com o intuito de prejudicar a reputação de um adversário;
4 – Promoção de ações judiciais para desacreditar o oponente;
5 – Tentativa de influenciar opinião pública com utilização da lei para obter publicidade negativa;
6 – Judicialização da política: a lei como instrumento para conectar meios e fins políticos;
7 – Promoção de desmoralização popular;
8 – Crítica àqueles que usam o direito internacional e os processos judiciais para fazer reivindicações contra o Estado;
9 – Utilização do direito como forma de constranger o adversário;
10 – Bloqueio e retaliação das tentativas dos adversários de fazer uso de procedimentos e normas legais disponíveis para defender seus direitos;
11 – Acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais, com o fim de frustrar objetivos contrários.
O ex-presidente Lula tem sido a principal vítima desse tipo de estratégia, segundo seus advogados.
Na última segunda-feira, este blogueiro e seu advogado, doutor Fernando Hideo, tivemos certeza de que já há duas vítimas dessa estratégia no país.
Dirão que quero me comparar ao personagem histórico Luiz Inácio Lula da Silva. Isso é tão falso quanto dizer que estarei me comparando a ele se também vier a ter um câncer na garganta.
É evidente que, enquanto Lula é um personagem histórico dos mais importantes no mundo, Eduardo Guimarães é apenas um cidadão comum que, por uma sequência de casualidades, foi alçado a um patamar de exposição incrivelmente desproporcional à sua estatura como pessoa pública.
Houvesse a fonte que me informou sobre a quebra de sigilo do ex-presidente escolhido outro blogueiro, nada disso estaria acontecendo comigo. Porém, quis o destino que a pessoa que me passou as informações me escolhesse.
Para começar a ilustrar esse fato, reproduzo, abaixo, matéria da Revista Fórum publicada na última segunda-feira, logo após meu depoimento na Polícia Federal no âmbito do processo que o juiz Sergio Moro move contra mim por “ameaça”.

forum 1Como se vê, as leis estão sendo atropeladas pelas autoridades de modo a me condenar a qualquer preço, pelo menos nas instâncias inferiores da Justiça.
Mas não é só. Ao mesmo tempo em que as leis e o Estado são usados para me perseguir, com sucessivos processos, uma rede de difamação “jornalística” é criada para desmoralização.
Na semana passada, o juiz Sergio Moro suspendeu os efeitos da quebra de meu sigilo telefônico em um despacho no qual faz alusões desairosas à minha competência como jornalista.
É espantoso. À luz do dia, ele envereda pela esfera pessoal e mantém a prerrogativa de me julgar.
Na revista Veja, o colunista Augusto Nunes me insulta pesadamente, chamando-me de criminoso etc., etc. Ao mesmo tempo, o site Antagonista simplesmente parte para a divulgação de mentiras sobre o que eu disse ou deixei de dizer. E publica distorções de meus depoimentos sigilosos, mas que deixam ver que teve acesso a alguma coisa e a esculpiu como lhe pareceu melhor para me difamar.
Estou sendo perseguido sem trégua. Acabo de receber informação de que entrevista que dei à EBC na porta da Sede da Polícia Federal em São Paulo foi censurada. Por exemplo, foi suprimida a analogia que fiz sobre “matar de rir”. Coisa que nem a Globo censurou.
Aliás, diga-se de passagem, parte da grande imprensa, acredite quem quiser, tem sido justa comigo.
Após a Folha de São Paulo me oferecer grande espaço em sua seção opinativa mais nobre, a Seção Tendências / Debates, a Globo News fez uma matéria absolutamente correta comigo. Assista, a baixo.


Contudo, é certo que virei inimigo do Estado brasileiro. Um poder esmagador está sendo empregado para destruir minha imagem, meu ganha-pão e minha liberdade. Para esmagar um simples cidadão por conta de suas opiniões e palavras.
Para completar esta exposição de motivos para me declarar a segunda vítima de lawfare no país, reproduzo, a baixo, a íntegra da entrevista coletiva que dei na segunda-feira ao sair de meu depoimento à Polícia Federal, da qual a Globo News publicou um trecho.
PS 1: durante a oitiva na PF, interrogador me perguntou por que criei o Blog da Cidadania. Respondi: porque é meu direito
PS 2: Justiça negou busca e apreensão e condução coercitiva também por “ameaça” a Moro

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Moro persegue críticos para que todos se autocensurem

censura capa
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Matéria da Agência Petroleira de Notícias (APN) publicada na última sexta-feira mostra que o Brasil está entrando em uma nova fase do golpe. Medidas judiciais-penais para calar críticos estão sendo disparadas para todo lado pelo juiz federal Sergio Moro. O efeito dessas medidas será de, no médio prazo, instalar a autocensura no país.
Segue a matéria
APN – Agência Petroleira de Notícias
31 de março de 2017
Por criticar Lava Jato e juiz Sergio Moro, dirigente sindical da CUT Rio é intimado. Pelo jeito, quem critica os trabalhos e procedimentos da Operação Lava Jato sofre as consequências através da justiça por crime de opinião.
censura 1Assim como aconteceu anteriormente com o petroleiro Emanuel Cancella, coordenador da Secretaria Geral do Sindipetro-RJ, o blogueiro Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania, respectivamente convocados  e processados por crime de opinião, o diretor adjunto da  Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT – Rio, Roberto Ponciano, serventuário da Justiça Federal no Rio , recebeu nesta quinta-feira  (30), um  Mandado de Intimação expedido pela Polícia Federal  para comparecer no próximo dia 11 dia abril na sede da Superintendência, centro do  Rio de Janeiro.
Segundo a notificação, Ponciano está sendo investigado por  possível ocorrência de delito previsto  nos artigos 140 (injúria), 147 (ameaça), 286 (incitação ao crime) e do Código Penal  bem como  no Artigo 2º , inciso 1º da Lei nº 12.850/2013 , tendo em vista que pessoas  ainda não identificadas estariam usando perfis em rede sociais par atentar contra a vida do juiz federal Sergio Moro.
“Escrevo textos em meu perfil numa mídia social e em sites de opinião criticando sim procedimentos da Lava Jato e a seletividade do juiz Moro. Faço somente análises do contexto da investigação, ao criticar como ela acabou por se tornar uma orquestração política usada por veículos de comunicação e a direita interessados apenas em demonizar  a imagem do Partido dos Trabalhadores e de suas lideranças. Em momento algum quis injuriar e ameaçar a integridade física do juiz  Sergio Moro e de qualquer outra pessoa ou autoridade envolvidas na investigação. ” –  afirma Roberto Ponciano que também é filósofo e pesquisador marxista, integrante do PT (RJ).
Confira um dos textos de Ponciano publicado recentemente no Blog ‘O Cafezinho
Moro, Eichman e a banalidade do mal
por Roberto Ponciano, no Blog do Bolchê
O mais assustador no que está acontecendo no Brasil não é uma questão apenas política, e ver que em poucos meses, uma democracia que demorou 20 anos para ser reconstruída pode se esfumar. Alain Badiou deixou claro em sua obra, que a negligência, a omissão de quem tem o dever de atuar, dos intelectuais e militantes políticos diante de um Evento é imperdoável. Não é simples omissão, é cumplicidade, é criminoso.
O assustador desta história é que o juiz Sérgio Moro não é um grande ator político, ao fim e ao cabo Moro é um Zé Ninguém (na acepção inclusive reicheana da miséria psíquica), um juiz de visão política turva, nenhuma envergadura intelectual, com inteligência limitada e visão zero de sociedade. Um mero Eichman, executor das ordens superiores.
No momento não sabemos claramente de quem, mas efetivamente desconfiamos da cumplicidade. De certo, do próprio Janot, o Procurador Geral da República, que deveria ter como dever ser o defensor da lei, mas tendo conhecimento dos pérfidos grampos de Moro, se não os autorizou, ratificou sua “legalidade”.
O tragicismo tragicômico deste enredo e que nem um dos dois, nem Moro, nem Janot tem qualquer dúvida que estão perpetrando uma ilegalidade. Os grampos nos telefones de Lula, Dilma, Jacques Wagner, Rui Falcão não tem nada que ver com a Lava Jato. Fariam corar de vergonha ou inveja os tribunais de exceção de nazista e o senador Joseph McCarthy. Ambos sabem que as escutas são ilegais e imorais e são claramente persecutórias de um partido.
Hannah Arendt, ao acompanhar o julgamento de Eichman cunhou a famosa frase que é toda uma teoria “o mal é estrutural”. O mal se torna banal quando um simples burocrata medíocre como Eichman é capaz de, sem sentir culpa ou remorso, fazer parte da engrenagem do mal.
Moro é Eichman, um burocrata medíocre, de passado obscuro e de futuro tenebroso. Não entra na história como herói, mas pela porta dos fundos, como um obscuro juiz camisa negra cujo único objetivo e despachar os vagões cheios de prisioneiros vermelhos. Para que o mal seja banalizado, como nos ensinou Levinas, é fundamental que o inimigo seja desumanizado.
Em todos os julgamentos de tribunal de exceção, antes de tudo é necessário retirar a humanidade do outro. E para que não tenham dúvida, não estou falando só dos tribunais nazistas e fascistas, o mesmo simulacro de tribunal foi usado nos julgamentos de Moscou e em outros tribunais “revolucionários” que não julgaram os indivíduos e seus crimes, mas suas ideias.
Moro não está investigando nenhum crime, seus atos deixaram de ter qualquer resquício de legalidade há muito tempo, e ele não se importa em autorizar gravações ignóbeis e as ceder (sabe-se lá em que condições) a maior rede de conspiração do Brasil (a TV Goebbels), que precisa repetir uma mentira mil vezes para que ela se transforme em verdade.
Assim, assassinam-se as garantias legais. Nenhum de nós é santo, se grampeassem meu telefone, não sei se iria primeiro para a cadeia ou primeiro para o inferno. Numa sociedade falso pudica (uma das características mor do fascismo), até os palavrões ditos em confidência são liberados para um “objetivo maior”.
Desumanizar o adversário. Para que o terror fascista prevaleça é necessário que o adversário seja um cão, uma besta leprosa indesejável, que deve ser chutada e cuspida na rua. Os vermelhos, socialistas, comunistas. E não precisa ser socialista ou comunista, na sanha fascista do mal, quem estiver contra o fascismo já ganha sua adesão incondicional às ideias deste inimigo imaginário.
E tenho bastante moral para gritar contra isto. Quando se começou o linchamento moral de FHC, pelo suposto filho “ilegítimo”, escrevi pequenos textos dizendo que assim nos igualávamos às idiotices do “sítio do Lula”. Como democrata, como socialista, não me interessam as aventuras amorosas de FHC e o que aconteceu com a vida dele. Nem mesmo se ele tem um apartamento em Paris.
Este é o cretinismo do pensamento. não se constrói debate democrático e ideais firmes para um embate político sério assim. Posso sim falar de FHC que ele agora é cúmplice, quando tinha o dever de falar, vítima de 1964 que foi, quando o partido fundado por ele embarca na aventura de um golpe de Estado.
No meio desta tragédia os “inocentes”. Membros da classe média que se pretendem imparciais, mas que com usa imparcialidade fazem coro às indecentes violações dos direitos humanos, da privacidade, do vale-tudo. Que correm para futricar as conversas privadas dos PeTistas (estas bestas-feras inimigas da humanidade), sequer se partindo da prévia que estas gravações são criminosas. Tudo tirado do seu contexto e repetido ad nauseam para causar o efeito que está causando.
Uma parte da classe média imaginada e pedindo “justiça’ a quem rasgou seu papel de defender a justiça, e outra aderindo à barbárie fascista e agredindo pessoas que julgam adversárias na rua. O povo do “vai para Cuba”. São duas faces da mesma moeda. Assim como a classe média alemã que foi cúmplice e beneficiária do nazismo e só abandonou o sonho do “Reich de mil anos”, quando os aliados começaram a bombardear as cidades alemãs. Não há perdão para esta cumplicidade e covardia.
Cumplicidade e covardia ainda maior de parcela de “esquerdistas” que num momento de transe histórico e de risco de regressão sonham que estão às portas de uma Revolução e que Brasília é o Palácio de Inverno. Quixotescos traidores da democracia, serão os primeiros a serem vitimados.
Vivemos um momento de terror e transe, os próximos dias serão de confrontação de dois campos em disputa pelo futuro do país. Um dos campos tem o juiz medíocre Moro, o conspirador geral da República, Rodrigo Jannot, tem Bolsonaro, Malafaia, Feliciano. A junção do que há de mais perverso é uma ameaça de morte à inteligência. Um momento tão grave, que a maior oferta de cursos universitários não gerou uma juventude com ideias mais avançadas capaz de defender a democracia e a liberdade.
No local em que eu trabalho, servidores concursados usando trágicas camisas pretas entoarem gritos de guerra pró Moro, com juízes que só pensam no próprio umbigo. Os três estagiários jovens do local em que eu trabalho admiram Bolsonaro e duas disseram que preferem votar em Bolsonaro a votar em Lula. A mentira dita mil vezes cria um Zeitgest de espírito do tempo às avessas. Jovens de classe média ou baixa, que passam a acreditar no fascismo como redentor do nada, como redentor do caos que ele mesmo cria.
Não, não está ameaçado somente o Governo como um reles funcionário de quinta categoria, nosso Eichman dos tempos hodiernos, Sérgio Moro, é capaz de liberar os trens para os campos de concentração e tornar uma nação inteira refém dele. Quando um juiz de uma vara de primeira instância consegue poderes absolutos através da cumplicidade da PGR e da chantagem ilimitada e se coloca acima da Presidente eleita legitimamente.
A possibilidade de uma ditadura tecnocrata de burocratas torpes, míopes e obtusos, sem pauta social, sem projeto e no meio do caos de um país dividido é uma ameaça à todos os democratas.
Só há um remédio. Temos que ir para as ruas e vigiar.
Os fascistas não passarão!
Devemos defender a democracia pela qual nossos pais sofreram prisão, exílio, tortura e morte e derrotar o fascismo.
Não consigo imaginar viver num país onde qualquer Eichman de Curitiba possa golpear uma nação inteira!
Roberto Ponciano é Mestre em Filosofia/Ética, em Letras Neolatinas e Especialista em Economia do Trabalho
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É estarrecedor que um texto como esse possa gerar risco, por menor que seja, de alguém ser preso. O mais estarrecedor é que pessoas de tendências ideológicas opostas, conservadoras, em nome de suas idiossincrasias possam apoiar uma barbaridade como essa.
Se esse tipo de conduta se resumisse ao juiz Sergio Moro, seria muito grave mas não seria o mais trágico. Bastaria que cada brasileiro tivesse em mente que, no Brasil, existe uma autoridade acima de críticas. Assim, o magistrado em questão seria o intocável da República e pronto.
O problema, porém, é mais embaixo. Esse tipo de ação vai gerar uma “jurisprudência” entre as autoridades, entre aqueles que podem usar o poder de Estado em suas vendetas, em suas disputas pessoais.
A principal característica das ditaduras é a lei valer positivamente ou negativamente para alguns e não para todos. As ditaduras criminalizam a divergência, por isso toda ditadura é fascista, seja de esquerda ou de direita.
Se você for de direita ou de esquerda, progressista ou conservador, rico ou pobre, jovem ou maduro, não pode compactuar com esse comportamento, com esse uso abusivo do poder do Estado para oprimir quem dele diverge.
Uma pessoa perder a liberdade pelo que diz ou pensa é um crime de lesa-humanidade. E, seja você de que ideologia ou partido ou classe social for, saiba que a chance de ser atingido por barbaridades como essa irá aumentar dia a dia, se as pessoas se acovardarem. Não pense que se acovardar ou se acumpliciar com o arbítrio irá mantê-lo a salvo