Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Moro persegue críticos para que todos se autocensurem

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Matéria da Agência Petroleira de Notícias (APN) publicada na última sexta-feira mostra que o Brasil está entrando em uma nova fase do golpe. Medidas judiciais-penais para calar críticos estão sendo disparadas para todo lado pelo juiz federal Sergio Moro. O efeito dessas medidas será de, no médio prazo, instalar a autocensura no país.
Segue a matéria
APN – Agência Petroleira de Notícias
31 de março de 2017
Por criticar Lava Jato e juiz Sergio Moro, dirigente sindical da CUT Rio é intimado. Pelo jeito, quem critica os trabalhos e procedimentos da Operação Lava Jato sofre as consequências através da justiça por crime de opinião.
censura 1Assim como aconteceu anteriormente com o petroleiro Emanuel Cancella, coordenador da Secretaria Geral do Sindipetro-RJ, o blogueiro Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania, respectivamente convocados  e processados por crime de opinião, o diretor adjunto da  Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT – Rio, Roberto Ponciano, serventuário da Justiça Federal no Rio , recebeu nesta quinta-feira  (30), um  Mandado de Intimação expedido pela Polícia Federal  para comparecer no próximo dia 11 dia abril na sede da Superintendência, centro do  Rio de Janeiro.
Segundo a notificação, Ponciano está sendo investigado por  possível ocorrência de delito previsto  nos artigos 140 (injúria), 147 (ameaça), 286 (incitação ao crime) e do Código Penal  bem como  no Artigo 2º , inciso 1º da Lei nº 12.850/2013 , tendo em vista que pessoas  ainda não identificadas estariam usando perfis em rede sociais par atentar contra a vida do juiz federal Sergio Moro.
“Escrevo textos em meu perfil numa mídia social e em sites de opinião criticando sim procedimentos da Lava Jato e a seletividade do juiz Moro. Faço somente análises do contexto da investigação, ao criticar como ela acabou por se tornar uma orquestração política usada por veículos de comunicação e a direita interessados apenas em demonizar  a imagem do Partido dos Trabalhadores e de suas lideranças. Em momento algum quis injuriar e ameaçar a integridade física do juiz  Sergio Moro e de qualquer outra pessoa ou autoridade envolvidas na investigação. ” –  afirma Roberto Ponciano que também é filósofo e pesquisador marxista, integrante do PT (RJ).
Confira um dos textos de Ponciano publicado recentemente no Blog ‘O Cafezinho
Moro, Eichman e a banalidade do mal
por Roberto Ponciano, no Blog do Bolchê
O mais assustador no que está acontecendo no Brasil não é uma questão apenas política, e ver que em poucos meses, uma democracia que demorou 20 anos para ser reconstruída pode se esfumar. Alain Badiou deixou claro em sua obra, que a negligência, a omissão de quem tem o dever de atuar, dos intelectuais e militantes políticos diante de um Evento é imperdoável. Não é simples omissão, é cumplicidade, é criminoso.
O assustador desta história é que o juiz Sérgio Moro não é um grande ator político, ao fim e ao cabo Moro é um Zé Ninguém (na acepção inclusive reicheana da miséria psíquica), um juiz de visão política turva, nenhuma envergadura intelectual, com inteligência limitada e visão zero de sociedade. Um mero Eichman, executor das ordens superiores.
No momento não sabemos claramente de quem, mas efetivamente desconfiamos da cumplicidade. De certo, do próprio Janot, o Procurador Geral da República, que deveria ter como dever ser o defensor da lei, mas tendo conhecimento dos pérfidos grampos de Moro, se não os autorizou, ratificou sua “legalidade”.
O tragicismo tragicômico deste enredo e que nem um dos dois, nem Moro, nem Janot tem qualquer dúvida que estão perpetrando uma ilegalidade. Os grampos nos telefones de Lula, Dilma, Jacques Wagner, Rui Falcão não tem nada que ver com a Lava Jato. Fariam corar de vergonha ou inveja os tribunais de exceção de nazista e o senador Joseph McCarthy. Ambos sabem que as escutas são ilegais e imorais e são claramente persecutórias de um partido.
Hannah Arendt, ao acompanhar o julgamento de Eichman cunhou a famosa frase que é toda uma teoria “o mal é estrutural”. O mal se torna banal quando um simples burocrata medíocre como Eichman é capaz de, sem sentir culpa ou remorso, fazer parte da engrenagem do mal.
Moro é Eichman, um burocrata medíocre, de passado obscuro e de futuro tenebroso. Não entra na história como herói, mas pela porta dos fundos, como um obscuro juiz camisa negra cujo único objetivo e despachar os vagões cheios de prisioneiros vermelhos. Para que o mal seja banalizado, como nos ensinou Levinas, é fundamental que o inimigo seja desumanizado.
Em todos os julgamentos de tribunal de exceção, antes de tudo é necessário retirar a humanidade do outro. E para que não tenham dúvida, não estou falando só dos tribunais nazistas e fascistas, o mesmo simulacro de tribunal foi usado nos julgamentos de Moscou e em outros tribunais “revolucionários” que não julgaram os indivíduos e seus crimes, mas suas ideias.
Moro não está investigando nenhum crime, seus atos deixaram de ter qualquer resquício de legalidade há muito tempo, e ele não se importa em autorizar gravações ignóbeis e as ceder (sabe-se lá em que condições) a maior rede de conspiração do Brasil (a TV Goebbels), que precisa repetir uma mentira mil vezes para que ela se transforme em verdade.
Assim, assassinam-se as garantias legais. Nenhum de nós é santo, se grampeassem meu telefone, não sei se iria primeiro para a cadeia ou primeiro para o inferno. Numa sociedade falso pudica (uma das características mor do fascismo), até os palavrões ditos em confidência são liberados para um “objetivo maior”.
Desumanizar o adversário. Para que o terror fascista prevaleça é necessário que o adversário seja um cão, uma besta leprosa indesejável, que deve ser chutada e cuspida na rua. Os vermelhos, socialistas, comunistas. E não precisa ser socialista ou comunista, na sanha fascista do mal, quem estiver contra o fascismo já ganha sua adesão incondicional às ideias deste inimigo imaginário.
E tenho bastante moral para gritar contra isto. Quando se começou o linchamento moral de FHC, pelo suposto filho “ilegítimo”, escrevi pequenos textos dizendo que assim nos igualávamos às idiotices do “sítio do Lula”. Como democrata, como socialista, não me interessam as aventuras amorosas de FHC e o que aconteceu com a vida dele. Nem mesmo se ele tem um apartamento em Paris.
Este é o cretinismo do pensamento. não se constrói debate democrático e ideais firmes para um embate político sério assim. Posso sim falar de FHC que ele agora é cúmplice, quando tinha o dever de falar, vítima de 1964 que foi, quando o partido fundado por ele embarca na aventura de um golpe de Estado.
No meio desta tragédia os “inocentes”. Membros da classe média que se pretendem imparciais, mas que com usa imparcialidade fazem coro às indecentes violações dos direitos humanos, da privacidade, do vale-tudo. Que correm para futricar as conversas privadas dos PeTistas (estas bestas-feras inimigas da humanidade), sequer se partindo da prévia que estas gravações são criminosas. Tudo tirado do seu contexto e repetido ad nauseam para causar o efeito que está causando.
Uma parte da classe média imaginada e pedindo “justiça’ a quem rasgou seu papel de defender a justiça, e outra aderindo à barbárie fascista e agredindo pessoas que julgam adversárias na rua. O povo do “vai para Cuba”. São duas faces da mesma moeda. Assim como a classe média alemã que foi cúmplice e beneficiária do nazismo e só abandonou o sonho do “Reich de mil anos”, quando os aliados começaram a bombardear as cidades alemãs. Não há perdão para esta cumplicidade e covardia.
Cumplicidade e covardia ainda maior de parcela de “esquerdistas” que num momento de transe histórico e de risco de regressão sonham que estão às portas de uma Revolução e que Brasília é o Palácio de Inverno. Quixotescos traidores da democracia, serão os primeiros a serem vitimados.
Vivemos um momento de terror e transe, os próximos dias serão de confrontação de dois campos em disputa pelo futuro do país. Um dos campos tem o juiz medíocre Moro, o conspirador geral da República, Rodrigo Jannot, tem Bolsonaro, Malafaia, Feliciano. A junção do que há de mais perverso é uma ameaça de morte à inteligência. Um momento tão grave, que a maior oferta de cursos universitários não gerou uma juventude com ideias mais avançadas capaz de defender a democracia e a liberdade.
No local em que eu trabalho, servidores concursados usando trágicas camisas pretas entoarem gritos de guerra pró Moro, com juízes que só pensam no próprio umbigo. Os três estagiários jovens do local em que eu trabalho admiram Bolsonaro e duas disseram que preferem votar em Bolsonaro a votar em Lula. A mentira dita mil vezes cria um Zeitgest de espírito do tempo às avessas. Jovens de classe média ou baixa, que passam a acreditar no fascismo como redentor do nada, como redentor do caos que ele mesmo cria.
Não, não está ameaçado somente o Governo como um reles funcionário de quinta categoria, nosso Eichman dos tempos hodiernos, Sérgio Moro, é capaz de liberar os trens para os campos de concentração e tornar uma nação inteira refém dele. Quando um juiz de uma vara de primeira instância consegue poderes absolutos através da cumplicidade da PGR e da chantagem ilimitada e se coloca acima da Presidente eleita legitimamente.
A possibilidade de uma ditadura tecnocrata de burocratas torpes, míopes e obtusos, sem pauta social, sem projeto e no meio do caos de um país dividido é uma ameaça à todos os democratas.
Só há um remédio. Temos que ir para as ruas e vigiar.
Os fascistas não passarão!
Devemos defender a democracia pela qual nossos pais sofreram prisão, exílio, tortura e morte e derrotar o fascismo.
Não consigo imaginar viver num país onde qualquer Eichman de Curitiba possa golpear uma nação inteira!
Roberto Ponciano é Mestre em Filosofia/Ética, em Letras Neolatinas e Especialista em Economia do Trabalho
*
É estarrecedor que um texto como esse possa gerar risco, por menor que seja, de alguém ser preso. O mais estarrecedor é que pessoas de tendências ideológicas opostas, conservadoras, em nome de suas idiossincrasias possam apoiar uma barbaridade como essa.
Se esse tipo de conduta se resumisse ao juiz Sergio Moro, seria muito grave mas não seria o mais trágico. Bastaria que cada brasileiro tivesse em mente que, no Brasil, existe uma autoridade acima de críticas. Assim, o magistrado em questão seria o intocável da República e pronto.
O problema, porém, é mais embaixo. Esse tipo de ação vai gerar uma “jurisprudência” entre as autoridades, entre aqueles que podem usar o poder de Estado em suas vendetas, em suas disputas pessoais.
A principal característica das ditaduras é a lei valer positivamente ou negativamente para alguns e não para todos. As ditaduras criminalizam a divergência, por isso toda ditadura é fascista, seja de esquerda ou de direita.
Se você for de direita ou de esquerda, progressista ou conservador, rico ou pobre, jovem ou maduro, não pode compactuar com esse comportamento, com esse uso abusivo do poder do Estado para oprimir quem dele diverge.
Uma pessoa perder a liberdade pelo que diz ou pensa é um crime de lesa-humanidade. E, seja você de que ideologia ou partido ou classe social for, saiba que a chance de ser atingido por barbaridades como essa irá aumentar dia a dia, se as pessoas se acovardarem. Não pense que se acovardar ou se acumpliciar com o arbítrio irá mantê-lo a salvo

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Ora, ora, mas não era o PT que iria “censurar” a imprensa?

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Um dos incontáveis textos opinativos publicados pela Folha de São Paulo e pelo resto da mídia tucana do eixo São Paulo – Rio de Janeiro ao longo dos governos Lula e Dilma, e que acusavam o PT de ser um partido antidemocrático que pretenderia censurar a “imprensa livre”, começava assim:
Por vezes, é divulgado que o PT busca mecanismos legais para subordinar a mídia. Segundo a afirmativa básica do partido, é preciso inocular dose de responsabilidade na mídia porque a burguesia é que a domina. Instrumentos sociais devem limitar as ‘mentiras’ e ‘deturpações’ veiculadas nas mídias.
Por isso, trago ao conhecimento frases coletadas no livro ‘Minha Luta’ de outro famoso crítico da liberdade de imprensa: Adolf Hitler. No livro, ele afirma que a imprensa livre recorre a “outros processos para envenenar o espírito público”.
‘Por meio de um amálgama de frases agradáveis, eles enganam seus leitores, incutindo-lhes a crença de que a ciência pura e a verdadeira moral são as forças propulsoras de suas ações, ao passo que, na realidade, isso não passa de um inteligente artifício para roubarem uma arma que seus adversários poderiam usar contra a imprensa’.
Para Hitler, costuma-se denominar ‘liberdade de imprensa’, “como se costuma denominar o abuso desse instrumento de ludíbrio e de envenenamento do povo, ao abrigo de quaisquer punições (…)”.
Folhas, Vejas, Globos, Estadões e seus penduricalhos passaram os 13 anos e pouco de governos do PT acusando os dois presidentes da República petistas e o próprio partido de quererem censurar a imprensa. Isso a despeito de que jamais esse grupo político tenha tomado uma mísera atitude para cercear não a liberdade de imprensa, mas a mais deslavada canalhice dessa mídia.
A ficha falsa de Dilma Rousseff
No dia 5 de abril de 2009, o jornal Folha de São Paulo publicou no alto de sua primeira página uma ficha policial falsa da então pré-candidata à Presidência da República Dilma Vana Rousseff que a acusava de crimes. Era a preparação para a disputa feroz que se estabeleceria entre ela e o candidato da Folha, José Serra, no ano seguinte.
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Em matéria posterior, nas páginas internas, sem o mesmo destaque da acusação, o jornal reconheceu o seu antijornalismo. Reconheceu que recebeu o “documento” por e-mail de um site de extrema-direita e publicou no alto de sua primeira página sem checar nada.
Apesar disso, a Folha concluiu a matéria com a seguinte pérola:
“Pesquisadores acadêmicos, opositores da ditadura e ex-agentes de segurança, se dividem. Há quem identifique indícios de fraude e quem aponte sinais de autenticidade da ficha”
Ou seja, apesar da falsificação evidente, que a própria matéria reconhecia, deixou uma porta aberta para quem quisesse acreditar. Caberia, pois, uma ação judicial não apenas para retirar do ar matéria que consta até hoje dos arquivos da Folha, mas pedindo reparação.
Dilma nunca tomou uma mísera medida para impedir que seus adversários continuassem usando até hoje uma incontestável mentira. Tudo em nome da liberdade de imprensa.
O menino do MEP
Meses após aquele ataque eleitoreiro visando as eleições do ano seguinte, mais especificamente em 27 de novembro de 2009, a mesma Folha de São Paulo publica, com grande destaque, um texto espantoso de um desafeto de Lula.
O artigo “Os filhos do Brasil” foi escrito por um ex-militante de esquerda, César Benjamin, que se irritou com o biografia filmada de Lula, o longa “O Filho do Brasil”, do diretor Fábio Barreto, que enaltecia o então presidente da República.
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No artigo, Benjamin, sem apresentar uma mísera prova, acusou Lula de ter tentado estuprar um colega de cela quando esteve preso durante a ditadura militar.
A Folha, sempre visando a campanha eleitoral do ano seguinte, tentava enlamear a imagem de Lula para diminuir seu poder de transferência de votos para Dilma na disputa que travaria com o queridinho da mídia paulista, José Serra.
Poucas vezes deve ter existido na história da humanidade motivo mais cabal para processar alguém, e chance tão grande de vencer o processo. Benjamin e a Folha foram desmentidos por TODOS os que estiveram com Lula e Benjamin naquela cela.
Lula, como Dilma, apesar das acusações de querem censurar a mídia tucana, jamais processou o caluniador ou o jornal que lhe possibilitou caluniar.
Suprema ironia
Chegamos a 2017. O grupo político que sempre acusou o PT de censura está no poder. Não só o PSDB, mas grande parte do PMDB que sempre condescendeu com as acusações de ímpeto censor vertidas pela mídia que apoiou incondicionalmente o regime que de fato a censurou por duas décadas.
Michel Temer, o presidente da República, está metido em confusões com a Justiça. Vem sendo delatado sem parar por ter recebido propina. Há um caso esquisito envolvendo tentativa de chantagem de sua mulher. Ela e o marido tentam vender que se trata de fotos íntimas e sensuais que produziram juntos. Mas há suspeita de que a causa da chantagem seja outra.
A mando do presidente e de sua mulher, a Casa Civil da Presidência da República conseguiu CENSURAR a imprensa que tanto acusou o PT e os dois presidentes da República petistas apesar de eles nunca terem cometido um só ato igual ao do governo tucano-peemedebista.
Quanta ironia, não?

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Mídia internacional denuncia censura de Temer

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Jornais americanos Washington Post e New York Times publicam reportagens com histórias de torcedores que foram expulsos dos estádios por protestarem contra o presidente interino, Michel Temer, durante os Jogos Olímpicos; NYT fala em "repressão" e destaca que protestos marcam a impopularidade do interino hoje no País, além de citar a denúncia de que o peemedebista pediu R$ 10 milhões para o PMDB, entregue em dinheiro vivo, conforme a delação de Marcelo Odebrecht; o Washington Post usou a palavra "censura" para noticiar a punição contra torcedores que protestavam contra Temer durante as competições 


247 – A punição do governo interino de Michel Temer contra manifestantes que pedem a saída do peemedebista durante os Jogos Olímpicos já chamou a atenção da mídia internacional. Os jornais americanos The New York Times e The Washington Post noticiaram relatos de torcedores expulsos como "repressão" e "censura".

A reportagem do NYT, jornal mais influente do mundo, destaca que protestos durante a Rio 2016 pedindo a saída de Temer marcam a impopularidade do presidente interino atualmente no País, confirmando pesquisas recentes. O texto também cita a denúncia de que o peemedebista pediu R$ 10 milhões para o PMDB, entregue em dinheiro vivo, conforme delação do empresário Marcelo Odebrecht.

Já o texto do Washington Post usou a palavra "censura" – "uma palavra que tem conotações amargas em um país que vivia sob uma ditadura militar 1964-1985", afirma o jornal - para contar relatos de manifestantes que foram expulsos de seus assentos e de estádios pela polícia e pela Força Nacional porque protestavam contra Temer.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Ao NYT, Dilma carimba turma de Temer como “parasita”

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Jornal americano New York Times volta a destacar o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff; reportagem desta terça-feira ressalta que a presidente tem preparado seu contra-ataque no Palácio do Alvorada contra “aqueles parasitas” que assumiram o poder em um processo de impeachment sem base legal, de acordo com ela; diz ainda que o governo interino liderado por Michel Temer cometeu uma série de erros embaraçosos desde que o Congresso afastou Dilma da presidência; ontem, em editorial, o NYT disse que o Brasil leva ouro em corrupção

247 - O jornal americano The New York Times voltou a destacar o golpe contra Dilma Rousseff. Em reportagem nesta terça-feira 6, o jornal afirma que a presidente tem preparado seu contra-ataque no Palácio do Alvorada contra “aqueles parasitas” que assumiram o poder em um processo de impeachment sem base legal, de acordo com ela. O texto diz ainda que o governo interino liderado por Michel Temer cometeu uma série de erros embaraçosos desde que o Congresso afastou Dilma da presidência.
Ontem, em editorial, o NYT disse que o Brasil leva ouro em corrupção (leia aqui).
Abaixo, a reportagem desta terça, em inglês:
BRASÍLIA — The first time the lights went out in her presidential palace, Dilma Rousseff grimaced. The next time, she rolled her eyes. The third time, she jumped out of her chair, demanding that subordinates find out what was going on.
“This was my area,” she fumed during an interview, pointing out that she had made Brazil’s electricity grid a top priority before she was suspended last month as president. “I don’t know why this is happening.”
With Ms. Rousseff stripped of her authority, a sense of powerlessness and indignation pervades the Palácio da Alvorada, the cavernous residence where she is allowed to stay while the fight to oust her once and for all grinds on in the Senate.
It was not supposed to be like this. Brazil was hoping to celebrate its triumphs in the run-up to the Olympic Games in Rio de Janeiro, not play host to a jaw-dropping spectacle of political dysfunction.
Ms. Rousseff, Brazil’s first female president, was supposed to be preparing to greet world leaders, not enduring the humiliation of an impeachment battle that has her hanging by a thread.
“These parasites,” is what she called her rivals trying to impeach her, many of whom are facing their own scandals.
For now, she is still surrounded by the trappings of luxury in the palace designed by Oscar Niemeyer: the battalion of servants serving tiny cups of coffee, the heated pool in a well-manicured garden, the modernist masterpieces by Emiliano Di Cavalcanti and Alfredo Volpi hanging on the walls.
But the futuristic palace feels less like a lavish manor these days than a bunker. Stewing as she tries to make sense of her predicament and prepares for her impeachment trial, Ms. Rousseff compared her rivals to the strangler figs that envelop trees in the jungle, slowly choking them to death.
The interim government led by Michel Temer, the vice president who took over the nation last month after breaking with Ms. Rousseff, has suffered a series of embarrassing blunders since legislators suspended her.
First, one of Mr. Temer’s top allies stepped down as planning minister after a secret recording emerged late last month. On it, an aide laid out how their party — the Brazilian Democratic Movement Party, or P.M.D.B. — had pursued Ms. Rousseff’s ouster in order to thwart the investigation into the colossal graft scheme surrounding Brazil’s national oil company, Petrobras.
Then, the new transparency minister — essentially Mr. Temer’s anticorruption czar — resigned after another recording seemed to show that he had also tried to stymie the Petrobras inquiry.
Beyond that, Mr. Temer, 75, a lawyer who speaks an archaic Portuguese that flummoxes his countrymen, decided not to name any women or Afro-Brazilians to his cabinet. His choices opened him to withering criticism in a country where more than half of the people define themselves as black or mixed race, and where women feature prominently in the halls of Congress, the Supreme Court and the executive suites of large corporations.
“It’s a provisional government of rich white men,” Ms. Rousseff, a self-described leftist who was an operative in an urban guerrilla group in her youth, said about the administration of her adversary. “I never thought that I would see in Brazil a government as conservative as this one.”
Ms. Rousseff and her allies hope that the recent blows to Mr. Temer’s legitimacy can tilt the impeachment vote to her favor. She pointed out that all she needs is a handful of senators to change their votes for her to be reinstated as president.
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Ms. Rousseff’s bicycles at Palácio da Alvorada. She said that she hewed to routines each day, riding in the morning and reading at night. Credit Tomas Munita for The New York Times
Still, for every misstep by her adversaries, Ms. Rousseff and her own top confidants have also found themselves caught off-guard by new revelations in federal graft inquiries, reflecting the challenges that her Workers’ Party faces in its ambition to win her impeachment trial.
Ms. Rousseff remains rare among major political figures in that she has not been accused of stealing for personal gain. Instead, she faces charges of manipulating the budget in order to hide the depths of Brazil’s economic woes.
But a former Petrobras executive has also testified that Ms. Rousseff lied about her knowledge of a bribery-fueled refinery deal when she was the chairwoman of the company’s board. She denies the claim.
Potentially even more damaging, the Brazilian magazine Isto É reported in recent days that a construction magnate testified that Ms. Rousseff negotiated an illegal $3.5 million donation for her 2014 re-election campaign.
Ms. Rousseff rejected the account, calling it a “slanderous” part of a news media campaign attacking her “personal honor.” But together with other developments — her campaign strategist and the former treasurer of the Workers’ Party are among Ms. Rousseff’s allies already in jail on graft charges — the reports have further eroded her credibility.
Josias de Souza, a prominent political columnist, described the latest revelations tarnishing the camps of both Ms. Rousseff and Mr. Temer as “a classic power struggle between criminal factions” taking place before a recession-weary society.
Despite such grim assessments, Ms. Rousseff is avidly preparing her defense. She consults with aides, bounces strategies off lawyers. Sometimes, her legal team convenes in the quiet chapel on the grounds of the palace.
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Ms. Rousseff is still surrounded by the trappings of luxury in the presidential palace, designed by Oscar Niemeyer. But it feels less like a lavish manor these days than a bunker. Credit Tomas Munita for The New York Times
“They’ve always wanted me to resign, but I won’t,” she said, arguing that her rivals were carrying out a coup, albeit one with the Supreme Court’s stamp of approval. “I really disturb the parasites, and I’ll keep on disturbing them.”
Senate leaders said on Monday that the impeachment trial was expected to conclude sometime in early August, potentially producing embarrassing street protests as the Olympic Games get underway, regardless of how the Senate rules.
In the meantime, Ms. Rousseff expresses irritability, if not resignation, over the toll that the political upheaval has had on the young democracy established in 1985 in Brazil after a long military dictatorship.
“This is a turning point,” she said about the rupture producing Mr. Temer’s ascension. “A pact that existed has broken.”
Glossing over criticism that her policies laid the groundwork for Brazil’s economic crisis, she argued that the economy would already be on the mend if congressional leaders had not thwarted measures aimed at restoring confidence.
Otherwise, Ms. Rousseff said that she hewed to routines each day, riding her bicycle in the morning and reading at night, devouring each digital edition of The New York Review of Books. Lately, she has been reading “SPQR: A History of Ancient Rome,” by the English classical scholar Mary Beard.
Ms. Rousseff said that she found some bemusement in investigators comparing Eduardo Cunha, who led the impeachment campaign as the speaker of the lower house before he was suspended to face corruption charges, to Catiline, the senator who conspired to overthrow the Roman Republic in the first century B.C.
Cicero, the orator and constitutionalist, denounced Catiline in a series of speeches before the Senate, and Ms. Rousseff, smiling as she recalled her schoolgirl Latin, said: “Quam diu etiam furor iste tuus eludet?”
The sentence was from one of the speeches, which questioned how much longer Catiline would continue abusing the republic’s patience. In the question repeated by Ms. Rousseff, Cicero asked, “How long is that madness of yours still to mock us?”

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Janot esfregou a lei na cara de Gilmar. Foi de lavar a alma


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Passou batido um dos momentos mais edificantes dos últimos tempos para aqueles que anseiam por Justiça. Um magistrado que, na OPINIÃO desta página, desonra o Poder Judiciário ao se posicionar de forma escancaradamente partidária e histriônica, apesar de seu cargo requerer distanciamento e circunspeção, acaba de levar um corretivo público de outra autoridade.
Em resposta de 41 páginas ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, usou um tom que beira a indignação e se assemelha a bofetada desferida em resposta a uma agressão.
Essa briga surda entre o ministro do Supremo e o Procurador Geral da República foi travada sem ser percebida como tal, mas ocorreu.
Por duas vezes seguidas, Gilmar devolveu a Janot pedidos de investigação do senador Aécio Neves feitos por ele. O argumento usado foi um insulto. Simplificando e resumindo, Gilmar perguntou a Janot se este tinha “certeza” de que queria mesmo investigar o tucano. Na prática, o ministro chamou o procurador de irresponsável, despreparado, desinformado.
Ou não seria irresponsabilidade, despreparo e desinformação de um procurador-geral da República ele pedir investigação de um senador dessa República sem ter verificado bem, antes, o que estava fazendo? Ou seja: sem ter motivos razoáveis para pedir a investigação.
Gilmar estava certo de estar baixando um decreto do Olimpo contra os mortais, já que parece acreditar que vale tudo contra uns e a favor de outros. A resposta do PGR pretendeu mostrar ao agressor que não é bem assim, que Gilmar deu um passo maior do que a perna ao achar que pode simplesmente enterrar investigação contra Aécio sem maiores explicações.
A resposta de Janot foi uma traulitada. Abaixo, a “capa” da resposta, que tem 7 tópicos
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1 – Processo penal [ainda não instalado]
2 – Inquérito [preparatório da ação penal]
3 – Termos de declaração colhidos no âmbito de acordos de colaboração premiada
4 – Indicação do envolvimento de parlamentar [Aécio] no recebimento de vantagens indevidas mediante estratégia de ocultação de sua origem
5 – Suspensão, a partir de simples petição do investigado, das diligências solicitadas pelo “Dominus Litis”
6 – Impropriedade
7 – Elementos suficientes ao prosseguimento das investigações
Chamam atenção os tópicos 5 e 6. Os anteriores tratam do processo penal que pode vir a ser instalado contra Aécio, do inquérito que deve prosseguir para apurar indícios e provas, das delações que originaram o inquérito, das suspeitas contra Aécio e da necessidade de o Supremo investigar o parlamentar.
Os tópicos 5 e 6, porém, contém críticas a Gilmar. O tópico 5 diz que ele suspendeu o processo a partir de “simples petição do investigado”, ou seja, que Gilmar suspendeu o trâmite legal da investigação ante uma simples petição argumentativa que não tinha prova alguma, ou seja, Aécio pediu, sem acrescentar nada ao que foi apurado, e Gilmar atendeu sem pedir nenhum fato novo, “confiando” no investigado.
O trecho final do documento de 41 páginas escrito por Janot ao ministro do Supremo revela a carraspana que o procurador-geral da República passou em Gilmar.
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Não se está, aqui, fazendo nenhum juízo de valor sobre Janot. Nem se é isento, nem se é parcial. Aqui está sendo apontado um fato: Gilmar foi duramente criticado pelo procurador-geral da República pelo ato inusual de perguntar a quem detém o “Dominus Litis”, ou seja, ao autor da ação, ao dono da lide, se sabe o que está fazendo.
Compete ao Ministério Público, na condição de dominus litis, avaliar se as provas obtidas na fase pré-processual são suficientes para a propositura da ação penal, não cabendo, pois, ao magistrado assumir o papel constitucionalmente assegurado ao órgão de acusação e, de ofício, determinar o arquivamento do inquérito policial.
Eis a carraspana que o PGR passou em Gilmar. Isso não apaga ou justifica eventuais decisões erradas que eu e outros como eu acham que o PGR tomou, mas mostra que nem todo mundo está disposto a ser desrespeitado por Gilmar e que este ficou bem quietinho diante da reação daquele, o que também diz muito sobre a situação.
O que vai dar a investigação de Aécio no Supremo? Não vai dar nada? Não tenho tanta certeza. Como a sociedade não está aceitando impunidade, e como está, até, exagerando na dose, tendo desencadeado uma cultura persecutória e “punitivista” que chega a preocupar, parece que Justiça, Ministério Público e Polícia Federal decidiram jogar merda no ventilador.
Nesse contexto, já sobrou até para FHC. E Aécio, esse já foi rifado. Se precisar, se as acusações de partidarismo dos órgãos de controle e investigação, da Justiça, do Legislativo e da imprensa brasileira continuarem ganhando o mundo, como estão, os tucanos serão sacrificados em prol da imagem das instituições, pois está claro que essas autoridades estão preocupadas com ela.
Aécio, como disse Romero Jucá, será “o primeiro a ser comido”, mas, como o delator Sergio Machado disse a Renan, no PSDB e no PMDB não vai sobrar ninguém, a menos que as instituições brasileiras estejam dispostas a virar chacota diante do mundo, tornando o Brasil uma republiqueta na qual nenhum país sério vai confiar.
Particularmente, acho que o Brasil passou desse estágio. Por sua importância, cedo ou tarde a lei vai ter que começar a valer para todos. Se não houver prisões dos corruptos tucanos e peemedebistas, a imagem do país estará destruída. O próprio mercado vai se preocupar com isso. Empresariado vai perder, todos vão perder.
De certa forma, o Brasil talvez saia mais forte disso tudo. O povo já está percebendo que foi enganado, a esquerda radical já está vendo que os governos do PT não foram de direita coisa nenhuma, está vendo agora o que de fato é um governo de direita. Muita gente que apoiou o golpe vai comer o pão que o diabo amassou por conta de suas próprias ações.
Tudo isso se chama aprendizado democrático. O que aconteceu no país nos últimos três anos, com “jornadas de junho”, “não vai ter Copa”, caça às bruxas, desmerecimento da governabilidade, chama-se aprendizado democrático. Este povo vai aprender muito com seus erros. Não é de todo ruim o que está acontecendo no Brasil.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Dilma parou BH e disse a blogueiros que vai recuperar seu mandato

dilma capa

Na noite da última sexta-feira, o número 1050 da avenida Afonso Pena, região central de Belo Horizonte, atraiu uma quantidade incomum de gente (para uma cidade de 2,5 milhões de habitantes). As estimativas dos organizadores de comparecimento citam 40 mil pessoas. O que se pode dizer é que o ato público parou o centro da capital mineira.
Manifestação da Frente Brasil Popular contra o “governo” Michel Temer e a favor da volta de Dilma Rousseff ao cargo marchou rumo ao hotel Othon Palace, onde ocorre, até domingo (22/05/2016), o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais de esquerda.
No início da noite, pouco antes de Dilma chegar ao Encontro de Blogueiros, um pequeno grupo de manifestantes antipetistas se posicionou diante do hotel Othon, na “ilha” que divide as duas pistas da avenida Afonso Pena, e começou a fazer provocação aos manifestantes pró Dilma que começavam a chegar para ato que a Frente Brasil Popular havia marcado para terminar diante do evento, coincidindo com a chegada da presidente ao local.
Contudo, conforme vinham chegando caudalosas ondas de manifestantes pró Dilma, os provocadores meteram a viola no saco e foram embora. Quando Dilma chegou ao local, por volta das 21 horas, dezenas de milhares a esperavam. Confira, abaixo, o momento da chegada da presidente ao evento.
Lá dentro, no auditório do hotel, cerca de 500 pessoas espremiam-se de tal forma que as redes de tevê que cobriam o evento tiveram dificuldade para transmitir. Quando Dilma adentrou o recinto, teve que esperar quase uma hora até que as saudações e ovações terminassem.
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Enquanto Dilma discursava para aquelas centenas de pessoas, um grupo de blogueiros foi conduzido a uma sala contígua para esperar a presidente, que daria, ali, uma coletiva de imprensa.
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Foram feitas seis perguntas e uma delas coube a este que escreve. Perguntei à presidente sobre como via a sua eventual destituição definitiva do cargo e se tinha planos para o caso de essa hipótese se configurar. A resposta de Dilma surpreendeu pela segurança e rapidez com que foi dada.
A presidente da República fez questão de deixar bem claro que sequer trabalha com a hipótese de ser afastada definitivamente do cargo. Em conversas ao pé da orelha, está dizendo que vai dar um trabalhão desfazer todas as atrocidades que julga que Temer está cometendo.
O entorno imediato da presidente afirma que ela precisa reverter apenas 3 votos no Senado para manter o cargo. Alguns desses assessores e correligionários acreditam que ela pode reverter a seu favor, no mínimo, uns dez votos.
Após todos esses eventos, um grupo de blogueiross saiu pelas ruas de BH. Eu caminhava ao lado do blogueiro curitibano Tarso Cabral Violin, do Blog do Tarso. Passamos por alguns barzinhos lotados. Em vários deles, ouviam-se coros tonitruantes de “Fora, Temer!”. Tarso se espantou. Disse que seria “impossível” ver uma cena como aquela em Curitiba.
Seja como for, o fato é que as burradas de Temer e de seu “machistério” – que Dilma bem definiu como “velho, branco e masculino” – promoveram uma reviravolta no cenário. Estão crescendo as apostas a favor da recuperação do mandato da presidente legítima dos brasileiros.
A conferir.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

PHA: diretas já, já! O papel da Globo foi envenenar a sociedade

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O Moro já cumpriu o seu papel: derrubar a Dilma
No Sul 21:

‘A Globo exerce papel de envenenar a sociedade’, afirma jornalista Paulo Henrique Amorim

Jaqueline Silveira

Em palestra sobre “Mídia e o Estado Democrático de Direito” na manhã desta quarta-feira (20), em Porto Alegre, o jornalista da TV Record Paulo Henrique Amorim defendeu a campanha “Diretas Já” para a convocação de uma nova eleição presidencial pela presidenta Dilma Rousseff (PT), já que ela tem prerrogativa para tal iniciativa. “Voltamos a recorrer ao supremo poder da democracia: o voto”, pregou ele, ao falar, entre outros, para sindicalistas, servidores e jornalistas.

Essa convocação, conforme ele, tem de partir da presidenta e não do senador Paulo Paim (PT), “que passou a vida inteira calado a fugir das questões centrais.” Na última segunda-feira (18), o parlamentar gaúcho com outros senadores anunciaram que será apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado para novas eleições. Mas, para que um novo pleito aconteça, disse o jornalista, é preciso uma grande mobilização das ruas. “O golpe já houve. O maior derrotado foi o cidadão brasileiro”, afirmou Amorim, sobre a autorização de abertura de processo de impeachment contra a presidenta e as consequências para o país de um governo com Michel Temer.


Para ele, nem o PSDB dará legitimidade “ao Temer e ao Cunha (Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados).” Amorim observou ainda que não se pode pensar como a oposição “do quanto pior, melhor”, diante do governo Temer, de privatizações e de cortes de programas sociais. Isso porque quem sairá mais prejudicado serão os trabalhadores. “Vamos ferrar o povo?”, questionou ele, insistindo em novas eleições como alternativa. Sobre as chances de Marina Silva (Rede Sustentabilidade) vencer o pleito caso corra, o jornalista frisou “que se o povo quiser, ela tem de governar.” Contudo, ele alertou que também há possibilidade de a ex-senadora não vencer a disputa presidencial. “Primeiro, é melhor a Bláblárina eleita pelo povo que o Cunha eleito pelo Temer, ou vice-versa”, alertou ele, referindo-se à Marina de uma forma bem-humorada.

Censura da Rede Globo

Depois de focar em textos com análise do cenário político e projeções para o futuro publicados, na manhã desta quarta-feira, em seu blog Conversa Fiada, o jornalista abordou o conteúdo do livro “O Quarto Poder, uma outra história.” Na publicação, ele cita uma conversa com o ex-presidente Juscelino Kubitschek e relata muitos bastidores de reuniões do então presidente da Rede Globo, Roberto Marinho, com políticos e diretores da emissora. Marinho, nas palavras de Amorim, “governou o Brasil” na gestão de José Sarney (PMDB), e fazia vetos ao Jornal Nacional em relação ao perfil das pessoas exibidas nas imagens. “Não quero preto nem desdentado no Jornal Nacional”, teria dito Marinho, em uma oportunidade, ao diretor de jornalismo da emissora. O palestrante relatou ainda o veto de Marinho a Leonel Brizola nas coberturas da Rede Globo.

“O Globo é o que é mais pelo que não deu do que pelo que deu.” A frase também foi atribuída por Amorim a Marinho, que se referia à Rede Globo como O Globo, em referência ao jornal que herdou da família. Na visão do jornalista, a Globo, emissora na qual trabalhou por vários anos,  exerce o papel “de interditar, bloquear o debate” e teve participação decisiva no resultado da votação do pedido de impeachment, no último domingo (17),  devido à cobertura realizada. “A Globo exerce esse papel de envenenar a sociedade”, afirmou Amorim, criticando os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma por não terem feito a regulamentação da mídia. Para enfrentar esse bloqueio promovido pela Rede Globo, defendeu ele, o governo teria de investir em uma “TV estatal forte.” A cobertura da mídia tradicional, exemplificou ele, não aborda que há obras de infraestrutura em andamento no Brasil só comparadas em volume às que estão sendo realizadas na China.


Temer, garçom de festa

Amorim enfatizou que, do ponto de vista do capital internacional, a troca de governo no Brasil interessa aos Estados Unidos. “O Temer será o garçom da festa”, ironizou ele. Para concluir, resumiu a função da Operação Lava Jato: “Cumpriu seu papel histórico: derrubar a Dilma.”

O painel com o jornalista Paulo Henrique Amorim ocorreu no Hotel Embaixador e foi promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS) e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Fetee-Sul).

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Prova de que Aécio mentia saiu do ar Dilma sugeriu que os eleitores visitassem o site do Tribunal de Contas de MG para se inteirar sobre as condenações contra Aécio Neves


Às 23h53, o site estava fora do ar



Durante o debate desta terça-feira (14), na Rede Bandeirantes,  a Presidenta Dilma Rousseff sugeriu que os eleitores visitassem o site do Tribunal de Contas de Minas Gerais para se inteirar das acusações feitas por ela contra Aécio Neves (PSDB, ex-governador do Estado).  O site, no entanto, estava fora do ar, como se observa nas imagens abaixo: http://www.tce.mg.gov.br/

“Quem está assistindo pode entrar no site do Tribunal de Contas e ver os números”, disse Dilma ao 
comentar sobre os recursos aplicados na saúde em Minas.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

“Liberdade” da Folha só vale para o Reinaldo. É o jornal da piada pronta.

xicosa
demissão de Xico Sá da Folha, por se ver impedido de declarar sua opção eleitoral por Dilma em sua coluna  no jornal é uma honra para o jornalismo brasileiro.
O veto à publicação da declaração de seu voto na coluna que mantinha há anos no jornal – onde militou muito tempo, talvez alguns não saibam, como repórter político, antes de se dedicar às crônicas de futebol e de costumes – só poderia ser aceito por quem fosse desprovido de um mínimo de dignidade, o que sobra a Xico.
O grande público que acompanhou sua participação do programa coxinha Extraordinários, durante a Copa do Mundo, sabe que ele, com bom humor e tolerância, jamais se calou diante da absurda tentativa de transformar os “coxismos” em “manifestação popular” e, já ali, dava seus trancos nas manifestações anti-nordestinos que, vemos agora, se tornaram um dos motes da direita.
Uma atitude destas, vinda de um jornal que traz para o lugar de colunista – como colunista é Xico – um energúmeno como Reinaldo Azevedo, é mais que uma hipócrita censura, é uma piada mórbida.
Porque é só assim que se pode ler a explicação do jornal de que os colunistas “”devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos”.
Os textos de Reinaldo Azevedo são o quê?
Fico com medo pelo emprego do José Simão, porque a direção da Folha parece ser adepta da “piada pronta”, bordão de seu simpático Macaco.
E olhem que, como ressalva o próprio Xico, em seu Facebook, “é bem melhor em se comparando aos outros jornalões, vide grande revelação do aeroporto privado de Aécio e o mínimo questionamento do choque de gestão nas Gerais, esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de Taubaté do meu amigo Veríssimo. ”
Parabéns ao Xico, que mostrou que ainda existe o que em outros tempos sobrava no jornalismo: coragem e decência pessoal.
E que é capaz de definir, bem sucinto, o que se tem na mídia hoje: “É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura.”.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Documento: Globo censurou o exoesqueleto do Nicolelis Blog Megacidadania foi em busca da comprovação documental



Bomba! Documento comprova, Globo censurou exoesqueleto


Após três postagens enfatizando que a Tv Globo censurou o momento do chute inicial da Copa 2014, o blog Megacidadania foi em busca da comprovação documental que fundamentasse definitivamente nossa afirmação e a disponibiliza ao distinto público.

O documento está disponível no próprio portal da Rede Globo (clique aqui).

A SEGUIR ALGUNS TRECHOS DO DOCUMENTO DA PRÓPRIA TV GLOBO


A maior e mais desafiadora cobertura esportiva já feita pela Globo tem a missão de levar a Copa do Mundo FIFA 2014 para a casa de cada brasileiro. E de ser os olhos de cada torcedor em tudo que acontece no Brasil durante o Mundial.

Para isso, a Globo está mobilizando toda a sua rede …

São 1.496 profissionais credenciados … em uma operação que envolve cerca de 2.500 profissionais …

GLOBO PREPARA UMA GRANDE FESTA PARA O DIA 12 DE JUNHO; SAIBA TUDO

… equipe de 80 repórteres que vão trabalhar na cobertura …

… a Globo terá cinco câmeras exclusivas …

*

E a pergunta óbvia é: por que mesmo com todo este aparato, inclusive com cinco câmeras exclusivas, a Tv Globo deixou “escapar” a cobertura do ponta pé inicial ?





O depoimento do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis elucida a questão.

Foi censura política sim.

É desculpa esfarrapada da Tv Globo que a FIFA e “só” a FIFA estava gerando as imagens.

A Tv Globo com suas cinco câmeras exclusivas não fez a cobertura jornalística do exoesqueleto, com a devida ênfase, simplesmente por que assim decidiu seus dirigentes.


Obs.: se por acaso a Globo retirar o acesso ao documento, é só nos avisar aqui mesmo nos comentários, pois o salvamos na íntegra.

Em tempo: o Enio Barroso, famoso cadeirante paulista, fez um sincero e indignado comentário sobre o caso e teve mais de dois milhões de visualizações:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=843795528982344&set=a.226577860704117.72168.100000557142557&type=1&theater&notif_t=photo_reply


Clique aqui para ler “​A Copa comeu a Globo”

E aqui para “Dilma: a seleção está acima da política”

E aqui para
“Nicolelis joga Veja onde ela se rola”

terça-feira, 8 de abril de 2014

Eles não podem deixar o Lula falar É por isso que o FHC morre de ódio




A entrevista desta terça-feira do Presidente Lula aos blogueiros sujos é a prova provada de que o PiG (*) não pode deixar o homem falar.

Foi a mais importante entrevista que Lula deu, como ex-presidente.

Defendeu a Ley de Medios e lembrou que cabe ao PT assumir a liderança dessa luta.

Condenou o julgamento do mensalão e reconheceu que Dirceu foi vitima dele.

Que não se arrepende de ter indicado Barbosa – era o melhor currículo de um negro.

Foram três horas e meia de entrevista.

Uma entrevista histórica, que pode ser assistida por todo brasileiro.

Nenhum político brasileiro se comunica melhor com o povo.

Nenhum político brasileiro domina melhor a técnica de enxertar números em argumentos – de forma convincente.

Ele é um mestre na arte de “pôr um rosto atrás de cada número”.

“Se você explica uma vez e o cara não entende, o cara é burro. Se você  explica duas vezes e o cara não entende, o cara é burro. Se você explica três vezes e o cara não entende, o burro é você”, disse ele.

Numa pergunta do Fernando Brito, do imperdível Tijolaço Lula deu uma Aula Magna à Dilma e à Graça – sem citá-las – sobre como defender a Petrobras.

E deu um tiro no peito dos tucanos, Urubólogos, economistas de bancos e todos aqueles  “socialistas” do Dudu que querem a CPI da Petrobras: o que eles não engolem é o regime de partilha.

Eles queriam entregar !

Sobre Pasadena, a melhor resposta foi a que Gabrielli deu ao Conversa Afiada.

Mas, elas tem que ir a toda inauguração de plataforma, de poço, de centro de pesquisas – de qualquer conquista, novidade, para reforçar a importância da Petrobras.

Como disse o Fernando Brito: botar a Petrobras debaixo do braço.

E – atenção !!!, Palácio do Planalto – não agir precipitadamente.

Como disse o Lula: um dia o presidente da Petrobras vai escolher o Presidente do Brasil.

(Se o Fernando Henrique botou lá o Reichstul  e o Francisco Gros por isso, deu com os burros n’água…)

Sobre o Dudu Campriles, o Lula só faltou dizer que “apressadinho come cru”.

Lula contou em detalhes como venceu a crise do gás com o Evo Morales e disse: um metalúrgico do ABC jamais brigaria com um índio.

A resposta do Mandela ao Clinton, que pediu a ele para não ir a uma reunião com o Lula,  Arafat e o Kadafi, em Trípoli: eu sei quem me ajudou quando eu estava na cadeia !

No que deu o Iraque ?

A Líbia, depois da intervenção americana ?

Quem sabia que o Lula pensava assim ?

Que o Lula, logo depois de eleito, aguentou uma arenga do George Bush sobre o Iraque, Saddam Hussein e Bin laden.

Quando chegou a vez de o Lula falar, ele disse: olha, Bush, o Brasil está a 5 mil km do Iraque.

O Bin Laden nunca me fez mal.

O que faz mal aos brasileiros é a fome.

Com quem mais o Lula pode falar, assim, além dos blogueiros ?

Quem manda o PT ser o único partido trabalhista que não enfrentou a Globo ?

Já imaginaram uma rede de televisão – aberta ou fechada – que fizesse um programa semanal, no horário nobre ou no pós-nobre, com o título “Palavra do Nunca Dantes ”?

E deixava o jornal nacional, cuja audiência afunda como a P-36, botar no ar o Fernando Henrique toda noite.

Ou o Cerra para falar do Cambio.

Nos bons tempos do Dr Roberto, era proibido deixar o som da voz do Lula “subir” num telejornal (sic) da Globo.

O brasileiro só descobriu que ele falava Português e, não, Javanês, no horário eleitoral.

Agora, e pior ainda.

Nem voz nem cara.

É preciso calar o homem.

Só ele diz na cara do Otavinho que o New York Times publicou o que ele, Otavinho, mais queria: dizer que o Lula era um bêbado.

E o Otavinho pôde dar a manchete na Folha, com a mentira do New Times.

E o cara do New York Times nunca pagou uma cerveja ao Lula, ele reclamou …

Só o Lula tem a coragem de dizer que o mal do Príncipe da Privataria é o complexo de vira-latas.

O Ministro da Educação do Fernando Henrique – que Deus o tenha, Paulo Renato – proibiu o Brasil de fazer escola técnica.

O Lula fez 214 novas escolas federais.

O Lula fez 14 universidades e o Príncipe dos Sociólogos, NENHUMA !!!

Como disse o Lula na abertura da entrevista, sem citá-lo: o Fernando Henrique prefere não fazer os sucessores para poder falar mal dos governantes (trabalhistas).

Porque, como se sabe, o Fernando Henrique quer que o Cerra, o Alckmin e o Aécio se explodam – assim como o Brasil.

O Fernando Henrique – que não existe, pois passou a ser um espécime da zoologia fantástica do Borges e só sobrevive no PiG (*) – só está interessado nele.

E quando vê o Lula falar, com essa credibilidade, esse magnetismo, se morde de ódio.

De inveja !

Não podem deixar o Lula abrir a boca !


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Aécio ficou doidão? Ação judicial secreta para censurar Google e Facebook? Pó pará…

censura
Incrível.
Mas é a Folha que traz a noticia.
Aécio Neves quer proibir, nos sites de busca e nas redes sociais, links, perfis, páginas, tudo o que eventualmente faça menção a ligações entre ele e o “uso de entorpecentes” e à ação em que foi acusado de não aplicar o mínimo constitucional na Saúde durante sua gestão como governador de Minas Gerais.
Está movendo, sob sigilo, duas ações judiciais em São Paulo contra aos sites de busca e o Facebook.
Resumindo: quer impor a censura prévia na rede.
Na primeira ação, já perdida em primeira instância, Aécio quer suprimir menções a um eventual “desvio de verbas”, pelo fato de o Ministério Público tê-lo acusado de “maquiar”  as contas estaduais contabilizando recursos aplicados em  saneamento básico para completar aparcela constitucional obrigatória para a Saúde.
Na segunda, iniciada em dezembro passado, diz a Folha, “o tucano pede providências contra “comunidades e perfis” em redes sociais que “atribuem ao político a condição de usuário de entorpecentes”.
Como o processo, a pedido dos advogados de Aécio, corre em segredo de Justiça, não é possível saber se ele também pede providências contra o Estadão, que publicou artigo de amigo de José Serra, Mauro Chaves,  com o famoso “Pó pará, governador”. Até então os hábitos privados de Aécio, verdadeiros ou não, ficavam no âmbito de sua vida pessoal.
Da mesma forma que foi no Uol, através da coluna de Juca Kfouri, que se sou de seu currículo como estapeador de mulheres.
Os advogados do Google disseram, na ação,  que Aécio “parece sensível’ demais às críticas sobre sua atuação”.
É aquele famoso ditado: “quem foi mordido por cobra até de minhoca tem medo”.
Claro que Aécio vai perder, porque estamos numa democracia e ele tem todo o direito de processar os autores do que considera – e pelo volume de menções na rede, o povo não – mentiroso e ofensivo.
Aécio, além de autoritário, é burro.
Primeiro, porque permite imaginar o que faria como presidente da República em matéria de liberdades, se não bastasse saber o que fez da  liberdade de imprensa em Minas Gerais.
Segundo, porque agora qualquer um pode dizer, sem medo de processo, que ele é Aécio Neves, aquele que quer proibir, na Justiça, que digam que ele é usuário de…
Desculpem, mas só dizendo: Pó pará, senador…