Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 13 de março de 2015

Miami é aqui! O protesto brazuca da moça do “eu sou rica, vocês são burros”

represent
Desculpem, mas não resisti, quando vi.
Até porque dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras.
Vocês sabem quem a loura que se estufa ao lado da faixa em inglês,exibida neste momento no concorridíssimo caminhão de som dos “Revoltados Online” para “mobilizar” a Avenida Paulista?
É ela mesmo, a ex-Barbie Fitness, uma jovem de nome Deborah Albuquerque Chlaem, que tem como principal atributo o fato de ter ido às redes sociais divulgar um video chamando de burros os eleitores e dizendo que, como era rica e tinha um pai “agente Fifa” ia para Orlando, na Flórida.
Ao contrário de Lobão, ela foi, mas a passeio, comemorado com champagne no facebook e depois “esticou no Caribe”e  deu umas voltas de helicóptero.
Mas como é uma insigne patriota, voltou para ajudar nas camisetas dos Revoltados, das quais agora é dirigente.
Porque Deborah não suporta mais os sofrimentos a que ela vem sendo submetida por este governo comunista bolivariano.
É quase uma tortura, enquanto aquelas pobres desdentadas do Nordestes, eleitoras de Dilma, se entopem de banquetes de farinha e jerimum, regados a água de cisterna, tudo pago com o dinheiro do contribuinte, através do Bolsa Família.
Mas isso tem jeito.
We want our Brazil back!
God bless America!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Urubóloga, compra uma Cibalena com o Deusmar O que interessa é saber se o trabalhador teve aumento real !​

O ansioso blogueiro conhece o Brasil.

Não é desses colonistas (no ABC do C Af) que sentam suas inteligências no Rio e de São Paulo e só se levantam para ir a Miami comprar o enxoval da neta.

Essa semana ele foi a Fortaleza – uma potência ! – falar à Câmara dos Dirigentes Lojistas, no lançamento da 6ª “Fortaleza Liquida”.

O tema da palestra os amigos navegantes conhecem: abaixo a Urubologia !

No caso, foi mais ou menos assim: quando os paulistas acordarem, o Nordeste já engoliu São Paulo.

Porque, como se sabe, a elite de São Paulo, diz o Mino, é a pior do Brasil, não pensa o Brasil – já dizia o mestre Fernando Lyra – e pensa que Fortaleza é a capital do Rio Grande do Norte.

O ansioso blogueiro conheceu Francisco Deusmar de Queirós, que, segundo ele, ganha a vida vendendo Melhoral e Cibalena.

Ele é o dono da Farmácias Pague Menos, que fatura, em 2014, R$ 4,4 bilhões.

E vai faturar em 2015 R$ 5,2 bilhões.

Deusmar está em 286 municípios.

Tem 742 lojas e em 2017 terá 1000.

(Ele disse, gentilmente, que, depois da palestra do ansioso blogueiro,  pretende abrir 1.100 até 2017 …)

O ticket médio de suas lojas é de R$ 40,00 e atendem 100 milhões de pessoas num mês !

Cem milhões, Urubóloga (ver no ABC do C Af).

Que horror !

Ele se orgulha de ser o primeiro e até agora único varejista do país que está em todos os Estados.

(Breve, a Riachuelo, de Pernambuco, deverá ser o outro.)

Deusmar começou vendendo banana avulsa nas feiras de Fortaleza.

Pegava as bananas da mercearia do pai.

A família saiu de Amontada para Fortaleza, porque o menino precisava estudar.

(Todo prosa, Deusmar diz que Amontada, com menos de 40 mil habitantes, tem uma fábrica de coreanos que vai produzir 24 mil motos e 20 mil quadriciclos, por ano ! Que horror, Urubóloga ! São uns irresponsáveis, esses coreanos !)

Deusmar estudou Administração, trabalhou na IBM, foi se aperfeiçoar nos Estados Unidos e conheceu as drugstores americanas.

Foi o estalo.

A Pague Menos se inspira nelas.

Ele acaba de construir um gigantesco centro de distribuição em Hidrolândia, a 18 km de Goiânia, para se aproveitar do papel estratégico que Goiânia e Anápolis passam a desempenhar como centro logístico do país – o que se consolidou com a conclusão (que o jornal nacional omitiu) da Ferrovia Norte-Sul.

Deusmar tem umas ideias que provocariam o infarto instantâneo nos urubólogos.

Por exemplo.

Ele acha que o Nordeste viveu dois ciclos.

O da Sudene de Celso Furtado.

(Sabe quem é, Urubóloga ? Já ouviu falar ? Ou você acha que o Gustavo Franco e o Naufraga são melhores que o Celso ?)

E, agora, o Ciclo do Bolsa Família.

O Bolsa Família significa consumo, produção para atender o consumo e emprego !

(Vai dizer ao cearense que o Bolsa Família não tem porta de saída, Urubóloga, vai !)

Deusmar diz que não se preocupa com o PIB.

Ele presta mais atenção a outros números.

Por exemplo: os dissídios do trabalhador sindicalizado, lembra ele, estão acima de 7%.

Ou seja, acima da inflação.

Portanto, o trabalhador tem tido ganho real de renda, como demonstra o último IBGE, que deu desemprego em queda e renda que bomba.

Isso é o que interessa ao Deusmar.

Paulo Henrique, disse ele, você sabia que no ano 2000 para comprar um carro Mil você precisava de 150 Salários Mínimos ?

E que, hoje, você precisa de menos de 50 ?

E olha que não tinha crédito e hoje tem !

Esse bendito crédito consignado !

Tem é que vender carro !

Você quer ver ?

Nos Estados Unidos são 4 milhões de quilômetros pavimentados.

No Brasil, 200 mil !

Tem muito carro ainda pra vender !

O Nordeste cresce mais que São Paulo.

Ceará cresce mais que o Nordeste.

E o Farmácia Popular ?

É o maior programa de distribuição de medicamentos DO MUNDO !, diz ele.

DO MUNDO !

O Governo subsidia 90%.

E recebe tudo de volta.

Sabe como ?

Em impostos.

A gente devolve 51% em impostos.

Não é uma beleza ? Todo mundo ganha.

E o Lula teve a esperteza de fazer através das farmácias particulares.

Tem menos corrupção e mais eficiência !

Urubóloga, eu sei que uma conversa com o Deusmar poderia lhe ser fatal.

Antes, compra uma Cibalena com ele.

Ele não dá desconto.


Paulo Henrique Amorim
Vai falar mal do Bolsa Família pro Deusmar ! Vai !



Que orgulho tenho desta gente. O Brasil , com "S", ficaria menos bonito sem o querido nordeste e seu povo. Já pensou, se fôssemos apenas , Sul e Sudeste , seria a total falta de cor , vida e,sem nenhuma inteligência !! (O apedeuta)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pondé, o “filósofo-pegador”, prega a “secessão política cotidiana”. Heil!

fantponde

Teria a  ideia de democracia acaba de ser reinventada na Folha  pelo filósofo Luiz Felipe Pondé, que costuma gastar papel com “dicas” para jovens liberais “pegarem mulher” nas universidades?
O grande pensador agora lança a tese da “secessão política”, não entre São Paulo e o Nordeste (será mesmo?) mas entre os que votaram em Dilma Rousseff e os que não votaram.

“Precisamos de uma militância de secessão: que os bolivarianos (sic) durmam inseguros com o dia seguinte, porque metade do país já sabe que eles não são de confiança” .

Sensacional, isso deveria ser objeto de análise nas universidades.
Neste conceito, metade dos norte-americanos sabem que Barack Obama “não é de confiança”, metade dos franceses, dos italianos, dos portugueses, dos alemães…

A ideia de Pondé é a de que o governo eleito pela maioria é apenas o governo desta parte, enquanto a outra o “suporta”.

Suporta, em termos.

Porque como devem, sedundo ele,  devem agir os jovens liberais naqueles momentos em que não estiverem ocupados seguindo os conselhos do Professor Pondé tentando “pegar mulher” em desvantagem com os charmosos esquerdistas, que as assediam, segundo ele, com “um pouco de vinho barato, quem sabe, um baseado? Um som legal, uma foto grande do Che (aquele assassino chique) na parede”?

Devem praticar a “secessão política cotidiana em todo lugar onde algum bolivariano quiser acuar quem recusar a cartilha totalitária petista”.

Segundo Pondé, esta cartilha petista está  levando  a “perseguições escondidas a profissionais de diversas áreas (…) fazendo com que eles percam o emprego ou fiquem alijados de concursos e editais”.

“Alijados de concursos e editais”?

Não posso crer que alguém tenha posto algo no cachimbo do professor para fazer uma afirmação destas.

Mas acho que ele deveria pegar – desculpe a palavra, professor – para assistir o velho filme de Stanley Kubrick e ver como está ficando parecido com o Dr. Fantástico, impagável personagem de Peter Sellers.

À parte o delírio macartista de Pondé, que em tese é problema exclusivamente seu,  dá para perceber o ódio e a intolerância que esta sub-intelectualidade está incutindo nas pessoas?

Ou imaginar o açulamento que produzem sobre uma juventude que deveria, ao contrário, ser estimulada ao debate racional e não à “secessão política cotidiana” seja lá ao que for: esquerda, direita, negros, brancos, heteros, paulistas, nordestinos, gays, cristãos, judeus, seja lá qual for o rótulo com que se queira reduzir a complexidade humana?

Não, o professor Pondé não reinventou a ideia de democracia.

Ao contrário, recorreu a uma ideia bem antiga, que andou em voga nos anos 30 e 40, onde se praticava a “”secessão política cotidiana”  marcando gente com a estrela de David.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

tese da divisão é para chantagear governo

Ichiro Guerra:

Jornalista afirma que "o país reelegeu a presidente Dilma Rousseff e o programa petista, mas as forças derrotadas buscam impor sua agenda"; em um movimento sutil, diz Breno Altman, a oposição tenta emparedar o governo e obrigá-lo a acatar medidas e nomeações ao gosto do bloco político-social batido nas urnas, ou seja, o PSDB; "A chave conceitual destas operações está na afirmação de que a nação teria saído dividida do processo eleitoral. Fora desse diapasão, não teria condições e legitimidade para governar", explica; "A direita ensaia, com a tese da divisão, um discurso para dobrar e desidratar o governo, antes de esquartejá-lo" 

247 – "O terceiro turno já começou". A afirmação é do jornalista Breno Altman, que em nova coluna no 247, não vê, no momento, "tentativas abertas de desestabilização e sabotagem" do governo eleito pelo povo, e sim uma forma "mais sutil, mesmo que possa ser preparatório de manobras mais agressivas", de a oposição "impor sua agenda".

"Trata-se de emparedar o governo e obrigá-lo a acatar medidas e nomeações ao gosto do bloco político-social batido nas urnas", diz ele, em referência ao PSDB do candidato derrotado Aécio Neves. "A chave conceitual destas operações está na afirmação de que a nação teria saído dividida do processo eleitoral. Fora desse diapasão, não teria condições e legitimidade para governar", explica.

Segundo Altman, "a tese da divisão serve, neste momento, à intenção de encurralar o governo e forçá-lo a adotar caminho que, atendendo as reivindicações do mercado, provoque o máximo desgaste junto aos eleitores e militantes de esquerda".

"A direita ensaia, com a tese da divisão, um discurso para dobrar e desidratar o governo, antes de esquartejá-lo", diz ainda. "A esquerda, talvez com alguma timidez, acumula forças para enfrentar os entulhos autoritários, encravados no sistema político e no monopólio da mídia, sobre os quais se mantém a dualidade de poderes que freia a aceleração e o aprofundamento das reformas", completa.

 

TESE DA DIVISÃO É CHANTAGEM CONTRA GOVERNO

 Breno Altman

O terceiro turno já começou. O país reelegeu a presidente Dilma Rousseff e o programa petista, mas as forças derrotadas buscam impor sua agenda.

O instrumento principal, por ora, não são tentativas abertas de desestabilização e sabotagem. O movimento é mais sutil, ainda que possa ser preparatório de manobras mais agressivas. Trata-se de emparedar o governo e obriga-lo a acatar medidas  e nomeações ao gosto do bloco político-social batido nas urnas.

A chave conceitual destas operações está na afirmação de que a nação teria saído dividida do processo eleitoral. Vencedora por margem estreita, só restaria à presidente abraçar teses que atendessem os interesses e as posições de seus adversários. Fora desse diapasão, não teria condições e legitimidade para governar.

A chefe de Estado, nesta lógica, teria que aceitar ser refém dos grupos políticos e corporativos que, sem maioria popular, controlam o poder econômico e de informação, além de reter forte influência sobre o Parlamento, a Justiça e outras instituições do Estado.

O preço para a paz seria o predomínio, mesmo que parcial, da plataforma neoconservadora rejeitada pelo voto. Ainda assim, sem quaisquer garantias de que, feitas as concessões, seriam respeitados eventuais acordos.

Vale lembrar que não há uma só linha na norma constitucional que subtraia prerrogativas de um governante que tenha sido eleito por diferença pouco confortável.

Ou alguém acha que, vitorioso Aécio Neves, estaríamos assistindo pressão equivalente, dos mesmos atores antidivisionistas, para nomear um sindicalista para o Ministério da Fazenda ou cortar juros como principal providência de ajuste fiscal?

A questão é puramente funcional. A tese da divisão serve, neste momento, à intenção de encurralar o governo e força-lo a adotar caminho que, atendendo as reivindicações do mercado, provoque o máximo desgaste junto aos eleitores e militantes de esquerda.

A divisão real do país é de outra natureza, que não pode ser confundida com a decisão democrática e soberana que reconduziu Dilma ao comando da República, dando-lhe mandato uno e legítimo.

Mas é fato que o Brasil vive em dualidade de poderes desde a primeira posse de Lula, em 2003. As forças progressistas detêm o governo nacional, mas sem maioria parlamentar, sob fogo cerrado dos monopólios da comunicação  e com instituições judiciais usualmente cúmplices de manobras oposicionistas.

Como tal impasse pode ser rompido?  Essa talvez seja a principal dúvida de todos os protagonistas.

O campo conservador aparentemente escolheu sua estratégia, com duas variantes.

A primeira está em curso: chantagear a presidente e obriga-la a recuos de peso, desidratando sua liderança política.

A segunda permanece embutida: deflagrar processo de sabotagem e impedimento, a partir de eventuais denúncias de corrupção no caso Petrobrás, com a meta de fazer o governo, o PT e Lula chegarem
estropiados a 2018.

A presidente e o petismo, porém, vivem uma encruzilhada.

Durante doze anos, a busca de governabilidade foi encarada quase exclusivamente como uma tarefa institucional, constituindo alianças parlamentares que pudessem aprovar os projetos do Planalto e proteger o governo da desestabilização.

O arrefecimento da disputa política-ideológica era visto como necessário para facilitar estes acordos, reduzindo conflitos e danos. A militância e os movimentos sociais, sempre fundamentais para as batalhas eleitorais, eram recolhidos à posição de reserva estratégica na hora de governar.

O cenário, no entanto, parece ter mudado sensivelmente. O avanço nas reformas encontra resistência conservadora cada vez mais dura e frontal, contaminando amplos setores centristas da base parlamentar.

Vão se fechando os  espaços para trafegar entre as velhas instituições.

O discurso da vitória de Dilma reflete, de algum modo, a presente situação.

A presidente reeleita falou em diálogo e união, buscando isolar as frações mais radicalizadas da direita e ganhar tempo na reconfiguração de seu governo.

Mas também deu centralidade à proposta de reforma política através de plebiscito popular, sinalizando que é chegado o momento de enfrentar os problemas estruturais.

O presidente do PT, Rui Falcão, foi enfático ao dizer que, sem mobilização popular, não haverá reforma alguma. Não é pouca coisa. Claramente introduz as ruas como elemento imprescindível da governabilidade, o que constitui forte novidade na estratégia petista.

Estamos assistindo, de toda forma, aos primeiros passos de um embate decisivo.

A direita ensaia, com a tese da divisão, um discurso para dobrar e desidratar o governo, antes de esquarteja-lo.

A esquerda, talvez com alguma timidez, acumula forças para enfrentar os entulhos autoritários, encravados no sistema político e no monopólio da mídia, sobre os quais se mantém a dualidade de poderes que freia a aceleração e o aprofundamento das reformas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Jornal distribuído no metrô de SP ironiza apoio de nordestinos a Dilma



Em tese, se um jornal paulista da capital publica na capa as fotos de dois candidatos à Presidência da República e faz montagem na foto de um deles com uma intenção bastante óbvia de vinculá-lo ao Nordeste, só pode estar querendo ajudar esse candidato. São Paulo é um Estado repleto de nordestinos ou descendentes de nordestinos…


Porém, há anos que os paulistas vêm sendo acusados de preconceito contra nordestinos por conta de uma parcela de sua população que não faz a menor questão de esconder verdadeira ojeriza que tem ao povo do Nordeste, tanto no que diz respeito à cultura da região quanto ao fato de haver mais nordestinos negros do que brancos.
Episódios recentíssimos de manifestação de preconceito em redes sociais contra o povo do Nordeste por votar majoritariamente em Dilma acabaram mostrando que a grande maioria dessas agressões partiram de paulistas, sejam da capital ou do interior de São Paulo.
Por esse ângulo, a capa do jornal gratuito Metro News, em sua edição de 22 de outubro, induz a crer que a intenção na montagem que o leitor vê no alto da página pode não ter sido a de favorecer a presidente da República ao associá-la ao povo nordestino, já que acusações de que paulistas e paulistanos (Metrô News é da capital) repudiam esse povo são comuns.
Só para lembrar: a mais notória condenação de alguém por crime de preconceito contra nordestinos foi de uma jovem estudante de Direito de Bragança Paulista, interior de São Paulo. Em 2010, ela pregou no Twitter que matassem os nordestinos que votaram em Dilma e os “culpou” pela primeira eleição da atual presidente da República.
Para entender melhor a intenção do jornal haveria que, para começar, ler as páginas seguintes, apesar de, por estarmos em período eleitoral, ser vetado que um impresso distribuído gratuitamente em um aparelho do Estado controlado pelo partido do adversário de Dilma, tomasse partido desse adversário.
Na terceira página do jornal, duas matérias sobre o confronto Dilma/Aécio: a primeira, “Dilma Caminha com Mulheres”; a segunda, “Aécio contesta Datafolha”.
A matéria sobre Aécio dispensa comentários; o título diz tudo. A matéria sobre Dilma, apesar do título simpático, diz que ela “critica” e “acusa” Aécio, quem, na matéria sobre si, aparece vitimizando-se, dizendo-se prejudicado por pesquisas inidôneas que o colocam atrás da adversária nas intenções de voto da corrida sucessória.
Na quarta página, mais duas matérias: a primeira, “Ataques mútuos e propostas”, continua na linha de mostrar Dilma como agressora de Aécio; a segunda, “Pesquisa não indica desidratação de Aécio”. Abaixo, reprodução da matéria do Estadão republicada no jornal gratuito.
O jornal distribuído gratuitamente no metrô de São Paulo costuma publicar textos críticos ao PT e favoráveis ao PSDB, sobretudo ao governo Geraldo Alckmin, que controla o Metrô.
Abaixo, mais algumas capas do Metrô News



terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lula e Dilma reunem 50 mil pessoas em Recife

Lula: "ou vota em candidato de banqueiro ou vota em candidato de brasileiro" Foto: Ichiro Guerra



Em campanha por Pernambuco, a Presidenta Dilma Rousseff foi a Goiana, onde visitou obras da fábrica da Fiat/Chrysler, que passou a ser construída após o Presidente Lula, em 2010, assinar uma medida provisória, que concedeu incentivos fiscais para a companhia italiana até 2020. À época, o governador era o então aliado do PT Eduardo Campos (PSB), falecido este ano em acidente de avião..  

Na cidade, enquanto Lula puxou o coro de “quem não pula é tucano”, a candidata à reeleição afirmou enfrentar a eleição presidencial mais difícil dos últimos anos. Ao lado de Lula, ela pediu para “não deixar o país ir para trás”. “Eles (os adversários) vestiram pele de cordeiro, que esconde as suas intenções. Eles olham para os mais pobres e não veem neles cidadãos brasileiros. Tem dois projetos disputando essas eleições. Um dos projetos (PSDB) representa os interesses de só um terço do Brasil”, discursou a petista nesta terça-feira (21).

Antes, ambos foram recepcionados por 30 mil pessoas em Petrolina (cidade de Fernando Bezerra, ex-ministro do governo Dilma e eleito senador pelo PSB), onde a ponte que liga a cidade a Juazeiro (BA), foi tomada por uma multidão vermelha. Lá, Dilma destacou que os governos do PT mudaram a realidade do seminário e enfrentaram a seca.
“Nós fomos capazes de enfrentar a seca e conviver com a seca. Nós sabemos que a seca vem e temos que estar preparados para ela. O estado mais rico do Brasil, o estado de São Paulo, não se preparou para a seca. O Nordeste se preparou e diante da maior seca, nós temos condições de viver aqui e não ficar catando pingo de água por aí. As milhões de cisternas são uma benção que construímos”, disse.
Ponte tomada de vermelho

Já em Recife, no começo da noite, Lula e Dilma caminharam ao lado de 52 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar. Sem citar o adversário, Aécio Neves (PSDB), a petista fez críticas  aos anos da gestão do PSDB a frente do governo federal e ao programa econômico do PSDB. “Hoje, este país não se ajoelha mais diante do FMI (Fundo Monetário Internacional). Quando os tucanos governaram, o Brasil era devedor de joelhos. Eles plantam inflação para colher juros. Este país deixou de ser a 13ª economia do mundo pra virar a sétima maior economia do mundo”, apontou a Dilma já a noite em Recife.

No comício, o Presidente Lula acusou Aécio  de ser “mal-educado” e “filhinho de papai”, após o candidato dizer que Dilma havia mentido e sido leviana, em debate na televisão. “Onde estava o outro candidato quando Dilma, com apenas 20 anos, colocava a vida em risco pela liberdade? Ele (Aécio) estava aprendendo a ser tão grosseiro, tão mal-educado. Isso só podia ser feito por um filhinho de papai. Um nordestino jamais faria isso”, afirmou o petista.

E continuou: “Eu digo a eles que são mais intolerantes do que nós, querem acabar com a nossa presidenta, chamar ela de leviana.Eu, que já disputei muitas eleições, nunca vi um comportamento tão agressivo. A Dilma não tem que dar satisfação ao Aécio, ela tem que dar satisfação ao povo brasileiro”

Lula também voltou ao assunto preconceito ao lembrar a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de que os eleitores do PT seriam menos informados.

“Lamento que um ex-presidente, sociólogo, diga que nós, nordestinos, somos desinformados. Votamos na Dilma porque somos um povo consciente. Votamos, sobretudo, porque não esperamos ordem do FMI para nos dizer o que fazer”, condenou Lula.

Ao comentar a sugestão da revista inglesa The Economist aos eleitores brasileiros de votar no candidato do PSDB, Lula enfatizou: “ a The Economist dizia que o povo brasileiro tinha que votar no outro candidato. O que a The Economist acha que a gente é? Que eles podem dar ordem e a gente responde? Será que perderam o juízo? Nesta eleição ou vota no candidato do banqueiro ou vota no candidato do brasileiro”, encerrou.

Abaixo outras frases de Lula e Dilma em Recife:


Lula:

Nós votamos na Dilma, porque queremos mais universidades, mais emprego, mais salário, mais Pronatec, pelo pré-sal 

Nós aprendemos a ter dignidade, esperança, a acreditar em nós mesmos 

Sei que ainda há muito a fazer nesse país. Mas foi esse nordestino retirante que teve a decência de lembrar do Nordeste pela primeira vez 

Seria bom se ele (Aécio) não tivesse voto aqui. Ele nunca lembrou do Nordeste 



Dilma:

eu enfrento a mais disputada eleição presidencial

Eu estou em um estado de homens e mulheres conscientes, lutadores, com uma história política de reconhecimento 

Em 2003, começou a certeza de que o brasileiro tivesse voz e vez; tivesse reconhecido o direito ao emprego, ao salário decente 

Em 2003, começou a reconhecimento do direito do trabalhador colocar seu filho na universidade 

Vamos lembrar que os tucanos são aqueles que proibiram a construção de escolas técnicas no nosso país 

Em 8 anos, os tucanos fizeram 11 escolas técnicas. Eu e o Lula fizemos 422 por todo o país 

Vamos lembrar que eles conseguiram bater o recorde de desemprego nesse país, em 2001 e 2002 

Eles entregaram uma herança maldita para o Lula: mais de 11 milhões de brasileiros desempregados 

Nós, desde 2003, criamos 20 milhões de empregos. No meu governo, são mais de 5 milhões 

Nós nos orgulhamos do desenvolvimento de Pernambuco e de todo o Nordeste 

Nós tiramos o atraso promovido pelo governo dos tucanos no Nordeste 

Eu tenho muito orgulho da parceria que construiu em Pernambuco oportunidades de trabalho, infraestrutura, MCMV, Mais Médicos 

Hoje, nós estivemos em Goiana, visitando a unidade da Fiat. Uma trabalhadora me agradeceu pela filha estudar na Alemanha 

Hoje, o filho do trabalhador pode ser engenheiro, pode ser doutor! 

O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, depois de séculos de sofrimento 

Eu tenho um pedido: não deixem esse país ir pra trás 

Vamos mostrar que o Brasil tem mulheres e homens de coragem e fé. Um beijo no coração




Alisson Matos, editor do Conversa Afiada
Dilma: O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, depois de séculos de sofrimento

Em Goiana, Presidentes visitaram fábrica da Fiat e a multidão os acompanhou


terça-feira, 14 de outubro de 2014

“Liberdade” da Folha só vale para o Reinaldo. É o jornal da piada pronta.

xicosa
demissão de Xico Sá da Folha, por se ver impedido de declarar sua opção eleitoral por Dilma em sua coluna  no jornal é uma honra para o jornalismo brasileiro.
O veto à publicação da declaração de seu voto na coluna que mantinha há anos no jornal – onde militou muito tempo, talvez alguns não saibam, como repórter político, antes de se dedicar às crônicas de futebol e de costumes – só poderia ser aceito por quem fosse desprovido de um mínimo de dignidade, o que sobra a Xico.
O grande público que acompanhou sua participação do programa coxinha Extraordinários, durante a Copa do Mundo, sabe que ele, com bom humor e tolerância, jamais se calou diante da absurda tentativa de transformar os “coxismos” em “manifestação popular” e, já ali, dava seus trancos nas manifestações anti-nordestinos que, vemos agora, se tornaram um dos motes da direita.
Uma atitude destas, vinda de um jornal que traz para o lugar de colunista – como colunista é Xico – um energúmeno como Reinaldo Azevedo, é mais que uma hipócrita censura, é uma piada mórbida.
Porque é só assim que se pode ler a explicação do jornal de que os colunistas “”devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos”.
Os textos de Reinaldo Azevedo são o quê?
Fico com medo pelo emprego do José Simão, porque a direção da Folha parece ser adepta da “piada pronta”, bordão de seu simpático Macaco.
E olhem que, como ressalva o próprio Xico, em seu Facebook, “é bem melhor em se comparando aos outros jornalões, vide grande revelação do aeroporto privado de Aécio e o mínimo questionamento do choque de gestão nas Gerais, esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de Taubaté do meu amigo Veríssimo. ”
Parabéns ao Xico, que mostrou que ainda existe o que em outros tempos sobrava no jornalismo: coragem e decência pessoal.
E que é capaz de definir, bem sucinto, o que se tem na mídia hoje: “É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura.”.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A dolorosa epifania do barbeiro tucano


Faz mais de 10 anos que todo mês tenho uma “briga” marcada com o meu barbeiro, um cearense de trajetória admirável. Ele veio para São Paulo nos anos 70 em busca de uma vida melhor. Comeu o pão que o diabo amassou, mas pode-se dizer que venceu.
Em Sampa, Pedrinho conheceu uma pernambucana, que desposou. Com ela teve um filho, que nasceu “especial”. Mas sua trajetória de vida fez dele um conservador. Aprendeu a cortar cabelo quando serviu no Exército, e não foi só isso que lá aprendeu.
A caserna fez do barbeiro cearense um reacionário. Tem preconceito contra homossexuais e sempre teve um ódio visceral pelo PT. Inexplicavelmente, por conta do Bolsa Família.
Algumas vezes pensei em trocar de barbeiro, mas, além de Pedrinho ser um homem sério, trabalhador e de bom coração – apesar da ignorância –, ninguém corta meu cabelo tão bem quanto ele.
O barbeiro e a família que formou integraram-se à classe média paulista, sobretudo depois que ele começou a ganhar dinheiro – ironicamente, na era Lula –, comprou o imóvel onde funciona a barbearia e se mudou para a Vila dos Remédios, do outro lado do Tietê – morava em Guaianases, antes.
Não chega a ser um bairro nobre, mas a casa é dele.
Uma vez por mês, entro no estabelecimento, abraçamo-nos e logo me acomodo em uma das três cadeiras eletrônicas de barbeiro das quais ele tanto se orgulha, apesar de que jamais entendi por que um barbeiro que trabalha sozinho precisa de três cadeiras.
Enfim, após as gentilezas protocolares, eu ou ele puxamos o assunto política. Às vezes, finjo que desta vez não estou afim de discutir, mas a discussão acaba surgindo. E sempre acalorada. Terminou o corte, porém, volta a cordialidade e nos despedimos com outro abraço.
Pedrinho previu que Marina se mostraria uma farsa e que logo ruiria. E, antes de qualquer outro, já dizia que o candidato “certo” para “derrotar o PT” seria Aécio, que iria para o segundo turno.
Detalhe: Pedrinho só se informa pela tevê e pelo rádio – Globo e CBN. E pelos “doutores” engravatados da Bovespa que também cortam o cabelo ali – a barbearia fica no centro velho. Não lê jornais ou revistas, e parece ter medo da internet e de computadores em geral.
No sábado, fui cortar o cabelo. Alguma coisa me dizia que teria muito a discutir com meu barbeiro, e que, desta vez, a conversa poderia ser diferente.
Explico: Pedrinho é um nordestino orgulhoso, do que dá prova a decoração com motivos nordestinos no salão. Nos dias que antecederam a ida até lá, fiquei imaginando se ele ficara sabendo da onda de ataques a nordestinos na internet…
Quando apareço na porta da barbearia, ele não me encara. Cabisbaixo. E eu, em tom de ironia:
– Como é que anda o barbeiro mais cearense de São Paulo?
– Ah, vai falar da xingação, né?
– Se você quiser…
– Bando de filhas da puta. A gente construiu essa merda dessa cidade.
– Como você ficou sabendo da onda de preconceito, Pedrinho? Está usando computador, agora?
– Deus me livre. Foi a Jussara [a esposa]
– E sobre a “xingação”, o que você sentiu?
– Raiva, né? Que você acha?!
– Não sei, ora. Afinal, você sabe por que xingaram os nordestinos, né?
– Sei…
– Então… Se você não gosta do PT, se tem tanta raiva do PT, fiquei pensando se não iria apoiar os eleitores paulistas do Aécio que xingaram o povo do Nordeste por votar em peso em Dilma.
– Porra, Eduardo! Minha mãe é cearense, meu pai é baiano, meus irmãos são cearenses, minha avó é cearense, porra!
– O que você sentiu?
– Decepção
– Decepção? Não foi raiva?
– Também, mas mais decepção.
– Vamos ver se entendi: você não sabia que os paulistas da gema veem assim o Nordeste?
– Achei que isso era coisa do passado. No meu bairro tem tanto nordestino, aqui no centro tem tanto nordestino… São Paulo é só nordestino, porra!!
– Sim, é verdade. Mas uma parte dos paulistas não se mistura… Ou você não sabia disso?
– Sabia, mas não sabia que pensavam essas coisas…
– Ah, vai me dizer que não sabe quem é Mayara Petruso?
– Quem?
– Aquela filha de um dono de supermercado de Bragança Paulista, estudante de direito, quem, em 2010, logo após a vitória de Dilma no segundo turno, pediu que as pessoas fizessem “um favor” e matassem um nordestino afogado.
– Não sabia. Teve isso, também?
– Teve…
– E o que aconteceu com ela?
– Foi processada, perdeu o emprego, ficou manchada.
– Cadeia não, né?
– Filha de bacana, Pedrinho. Mas, para ser honesto, sendo ré primária…
– Ah, tá. Tendi…
Ficamos algum tempo em silêncio. Pelo espelho, olhava o semblante do meu barbeiro. Juro que havia dor.
– Ficou chateado, né, Pedrinho?
Os olhos dele marejaram.
– Fica assim não, Pedrinho. Essa gente não merece. Eles são ignorantes. Escravizaram as meninas da sua terra, trancaram-nas em quartinhos de empregada sem janela, trabalhando 7 dias por semana. Essa gente odeia vosso sotaque, vossa comida, vossa cultura. Mas não abre mão dos vossos serviços…
– Eu nunca pensei… Falei com a Ju, Eduardo. Estamos pensando em voltar pra terrinha. Juntei dinheiro, aqui. Acho que quero viver onde não sou desprezado. Ela também.
– Não faça isso, meu amigo. Fique e lute. Mas para de votar nesses coxinhas tucanos. Eles representam essa gente.
– Nem sei…
Pedrinho é duro na queda, mas foi ali que a mulher dele, que até então permanecera silente, manifestou-se:
– Ele vai votar na Dilma nem que seja a tapa, Eduardo. Ele e todo mundo lá da Vila. Estou ligando pra todo mundo e tem mais gente fazendo a mesma coisa. Depois a gente vai embora desta merda. Com todo respeito, Edu…
– Imagine, Jussara. Fica tranquila. Entendo perfeitamente. E acho que, de certa forma, você tem razão.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Jornalista da Globo News debocha do Piauí por apoiar Dilma




Às 19 horas e 10 minutos do último domingo, agora com a votação encerrada em todo o Brasil, a apresentadora dos programas Jornal da Globo News (Edição das 18h) e Arquivo N, ambos da emissora a cabo Globo News, postou no Twitter um comentário literalmente asqueroso.

Assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faria na manhã do dia seguinte, em entrevista ao UOL, ao atribuir aos “desinformados dos grotões” – leia-se, do Nordeste – a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno, Leilane difundiu preconceito contra nordestinos.
Confira, abaixo, o tuíte da jornalista

Começava, ali, uma onda de ataques preconceituosos contra as regiões Norte e Nordeste do país, nas redes sociais. O que, aliás, já se tornou regra nas últimas eleições. Sobretudo quando o PT obtém grandes vitórias.

O comentário da apresentadora da Globo News no Twitter recebeu vários comentários de apoio, inclusive com manifestações de mais preconceito contra o Nordeste, o que demonstra bem o sentido do comentário dela. Porém, a maioria dos comentários foi de repúdio.


Leilane respondeu e, como sempre, respondeu como respondem os preconceituosos quando são pegos no pulo: disse que “não foi compreendida”.

A apresentadora foi muito bem compreendida. Além de insultar os piauienses, ao dizer que “não foi compreendida” insultou a inteligência das pessoas que se revoltaram com seu comentário debochado e preconceituoso não só contra o Piauí, mas contra o Nordeste.

Quem não compreendeu nada, porém, foi Leilane. Querendo ser engraçada, insinuou que a votação maciça de Dilma no Norte e no Nordeste se deveria à incapacidade de discernimento daquela parcela do povo brasileiro. Contudo, quem não discerne é a jornalista da Globo News.

O Nordeste vive, em 2014, situação inversa à do resto do país no que diz respeito a crescimento econômico. Confira, abaixo, gráfico do IBGE sobre o crescimento do Nordeste em comparação com o do resto do país.


Seria esperável que uma jornalista com tantos anos de estrada e que trabalha no maior império de mídia do país fosse melhor informada. Ou então, se for bem informada, seu problema será má fé mesmo…
Por fim, como se vê o preconceito contra o Norte e o Nordeste por votarem em causa própria, não surgiu do nada. Formadores de opinião como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ou como a apresentadora da Globo News, são responsáveis por tanta ignorância.

E o pior é que a eminência desses propagadores de preconceito não fez com que alguma autoridade sequer se manifestasse.O máximo que aconteceu, até agora, foi a OAB do Ceará se manifestar no sentido de que acionará os racistas que estão difamando o Norte e o Nordeste nas redes sociais.

Segundo o jornal Tribuna do Ceará, a Ordem dos Advogados do Estado do Ceará “Entrará com ação contra internautas que postaram mensagens preconceituosas contra nordestinos após o resultado do 1º turno da eleição de 2014, no último domingo (5)”

O jornal ainda informa que a onda de preconceito está sendo reunida em um perfil no Tumblr chamado de “Esses Nordestinos”. As denúncias serão reunidas e analisadas por dois procuradores.

O que revolta, porém, é que não houve iniciativa nenhuma do Ministério Público ou mesmo da Justiça Eleitoral. O que se percebe é que o envolvimento de gente como FHC e Leilane faz com que as autoridades finjam não ver o que está acontecendo.

Médicos no Facebook pregam 'holocausto' com eleitores de Dilma




   Nova política: a Rede de Marina está rachada e dificulta a baldeação da candidata que quer apoiar Aécio a qualquer custo; Marina já ameaça não acatar a orientação da maioria.


 Resistência de Luiza Erundina faz PSB rever apoio a Aécio: partido deve optar pela neutralidade e liberar o voto dos filiados.
 

Marcelo Freixo, do PSOL, o deputado federal mais votado do Rio, antecipa-se ao partido e declara apoio a Dilma no 2º turno: Não admito o retrocesso de uma volta a um governo tucano.


 Oito dos 13 governadores eleitos domingo apoiam Dilma


 Marina mantém a coerência e adere à candidatura que tem em Armínio Fraga um embaixador do juro alto


 Dilma venceu em 11 capitais; aliança petista manteve maioria na Câmara: 339 deputados x 181 de Aécio e Marina ; no Senado Dilma terá maioria de 52 cadeiras x 27 de Aécio e Marina


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Comunidade "Dignidade Médica", que conta com quase 100 mil internautas que se dizem médicos ou estudantes de medicina, defende 'castrações químicas' a eleitores do PT: "70% de votos para Dilma no Nordeste! Médicos do Nordeste causem um holocausto por aí! Temos que mudar essa realidade!", postou um usuário; Conselho Federal de Medicina (CFM), com sede em Brasília, afirmou ser “contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa” 

247 – A página "Dignidade Médica", no Facebook, que conta com quase 100 mil usuários que se declaram profissionais da classe médica brasileira coleciona postagens polêmicas contra eleitores da presidente Dilma Rousseff.
Segundo reportagem do IG, alguns internautas propõem "castrações químicas" contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras.

Outro usuário diz: "70% de votos para Dilma no Nordeste! Médicos do Nordeste causem um holocausto por aí! Temos que mudar essa realidade!".
Questionado, o Conselho Federal de Medicina (CFM), com sede em Brasília, afirmou ser “contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa”.

Leia abaixo a íntegra da nota CFM:
“O Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa praticada por qualquer pessoa por conta de aspectos como etnia, origem geográfica, gênero, religião, classe social, escolaridade, orientação sexual ou posicionamento ideológico, entre outros. Esse entendimento representa a percepção da classe médica brasileira.
Para a Autarquia, o Brasil é um país democrático, onde todos os cidadãos devem e podem manifestar suas opiniões, inclusive políticas. No entanto, esta expressão deve ter como parâmetros o comportamento ético e o respeito às leis. Casos que extrapolem esses limites devem ser investigados pelas autoridades competentes.”