Enquanto ficamos olhando para o deboche que tem sido Michel Temer e Aécio Neves irem escapando ilesos de denúncias com todas as provas possíveis e imagináveis para condenar alguém em qualquer tribunal do planeta, em São Paulo uma farsa criminosa afronta qualquer um que se digne a olhar.
Há vários anos que o país tem assistido à novela conhecida como escândalo dos trens paulistas. Empresas fornecedoras de bens e serviços para o Metrô de São Paulo e para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) venderam seus produtos a preços superfaturados aos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
O escândalo estourou em 2008 com o caso Alstom, uma série de denúncias de suborno envolvendo a empresa francesa Alstom e governos de vários países do mundo.
No Brasil, foi apontado o envolvimento de autoridades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo. Tais denúncias foram veiculadas pela imprensa internacional, especialmente pelo Wall Street Journal e por Der Spiegel, a partir de 2008.
Conforme consta em documentos enviados ao Ministério da Justiça do Brasil pelo Ministério Público da Suíça, pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em suborno a autoridades do Governo do Estado de São Paulo e a políticos paulistas através de empresas offshore, ou seja, empresas criadas em paraísos fiscais, onde gozam de proteção por regras de sigilo que dificultam investigações.
Estranhamente, as investigações no exterior não geraram investigação por parte do órgão que tem por obrigação funcional fiscalizar o governo do Estado de São Paulo: o Ministério Público Estadual de São Paulo.
Em 2013, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu o processo para apurar atraso do procurador Rodrigo De Grandis para responder a pedido de cooperação feito pela Suíça ao MP paulista, para investigar três pessoas ligadas à empresa francesa Alstom acusadas no país europeu de distribuir propina a servidores e políticos.
Surpresa: quando o caso bateu em Gilmar Mendes foi arquivado.
Segundo noticiou o jornal “Folha de S.Paulo” em outubro de 2013, o pedido, suíço feito em fevereiro de 2011 ficou parado por mais de três anos porque o procurador em tela disse ter “esquecido o processo em uma gaveta”. A Suíça ficou à espera de resposta e, como não recebia, arquivou o caso.
Após a reportagem da Folha, a cooperação com o país europeu foi retomada. Contudo, desde 2013 o Ministério Público paulista não toma qualquer providência nem contra esse caso nem contra, por exemplo, a compra de 65 trens por R$ 2 bilhões há 5 anos, sendo que, hoje, só 2 estão operando.
Para quem não sabe, Há quase quatro anos o governo de São Paulo abriu licitação para comprar 65 trens para operar nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em dois lotes. O valor total do negócio ficou em torno de R$ 2 bilhões.
Mais “surpresas”: até hoje apenas 11 trens foram entregues e somente dois estão funcionando, segundo informaçõesdo Jornal Hoje, da Globo.
Pior do que isso é que, enquanto o Ministério Público de São Paulo foca, exclusivamente, nos funcionários do metrô e da CPTM e nos empresários que fizeram negócios com essas empresas públicas, delatores da Odebrecht acusam o governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra de terem recebido propina por obras NO METRÔ E NA CPTM (!!!).
O vídeo que você vai assistir a seguir aborda o assunto em maior profundidade e demonstra como todo esse tal “combate à corrupção” vendido por “pastores” do Ministério Público não passa de uma farsa, já que a instituição tem acobertado um dos maiores escândalos de corrupção deste país. Assista, abaixo, a reportagem.
Em seguida, uma nota do Blog que peço que você leia
AJUDE O BLOG A ENFRENTAR O ATAQUE FASCISTA CONTRA SEU AUTOR. A PERSEGUIÇÃO DE SERGIO MORO CUSTOU AO BLOGUEIRO SUAS REPRESENTAÇÕES E CLIENTES. CLIQUE AQUI PARA CONTRIBUIR FINANCEIRAMENTE COM O BLOG.
O ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato nesta madrugada, pode ser preso ainda hoje; isso porque o procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão de Aécio ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin; o ministro decidiu afastar Aécio do mandato e levará o pedido de prisão ao plenário da corte, numa sessão que ocorrer ainda nesta quinta-feira; Aécio liderou o golpe parlamentar que destruiu a economia brasileira, arrasou a imagem internacional do Brasil e deixou milhões de desempregados; na ação controlada da Polícia Federal, ele foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões em propina à JBS, prometendo, em troca, uma diretoria da Vale; dinheiro foi entregue à família Perrela, dona do Helicoca, um helicóptero apreendido com 500 quilos de cocaína
Minas 247 – O ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato nesta madrugada, pode ser preso ainda hoje.
Isso porque o procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão de Aécio ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.
O ministro decidiu afastar Aécio do mandato e levará o pedido de prisão ao plenário da corte, numa sessão que ocorrer ainda nesta quinta-feira.
Aécio liderou o golpe parlamentar que destruiu a economia brasileira, arrasou a imagem internacional do Brasil e deixou milhões de desempregados.
Na ação controlada da Polícia Federal, ele foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões em propina à JBS, prometendo, em troca, uma diretoria da Vale (saiba mais aqui).
O dinheiro foi entregue à família Perrela, dona do Helicoca, um helicóptero apreendido com 500 quilos de cocaína, caso que agora poderá ser esclarecido.
LULA IDOLATRADO, TEMER ODIADO. PARA ONDE IRÃO OS POLÍTICOS?
Enquanto 79% dos brasileiros dizem não confiar em Michel Temer, o ex-presidente Lula cresce em todas as pesquisas e, em estados como Pernambuco, tem 65% das intenções de voto para presidente; este quadro coloca uma imposição para os políticos brasileiros: quem que quiser se reeleger não deverá nadar contra a corrente, como já percebeu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL); morrer abraçado a Temer poderá ser o destino apenas do PSDB, que acreditou que a "ponte do futuro" abriria espaço para a eleição de um tucano em 2018, cenário que parece cada vez mais remoto
247 – Divulgada no dia 31 de março, a pesquisa nacional CNI/Ibope trouxe um dado alarmante para todas as forças que apoiam ou apoiaram o golpe parlamentar de 2016. Nada menos que 79% dos brasileiros não confiam em Michel Temer e 55% consideram seu governo ruim ou péssimo (leia mais aqui).
Três dias depois, uma pesquisa realizada pela Uninassau, em Pernambuco, apontou que 65% dos pernambucanos defendem a volta de Lula à presidência da República. Em segundo lugar, aparecem Jair Bolsonaro e Marina Silva, cada um com 6% – números que revelam que a oposição praticamente não tem oxigênio para respirar no estado. Essa realidade, de Pernambuco, provavelmente se repete em vários estados do Norte e do Nordeste.
O que se tem, portanto, é uma situação em que Lula é idolatrado por grande parte dos brasileiros e Temer é rejeitado pela absoluta maioria da população.
Este quadro coloca uma imposição para os políticos brasileiros. Quem que quiser se reeleger não deverá nadar contra a corrente. Por isso mesmo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem uma pesquisa que mostra a rejeição de 90% dos alagoanos a Temer, decidiu romper com o golpe (leia aqui). Além disso, Lula já tem o apoio de pelo menos seis dos nove governadores do Nordeste (leia aqui).
Morrer abraçado a Temer poderá ser o destino apenas do PSDB, que acreditou que a "ponte do futuro" abriria espaço para a eleição de um tucano em 2018. As próximos pesquisas, no entanto, tendem a mostrar que essa possibilidade é cada vez mais remota.
Quando Benedicto Júnior, número dois da Odebrecht, denunciou um caixa dois de R$ 9 milhões para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa do seu pupilo e criou a teoria do "caixa dois do bem", logo abraçada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; agora, é o número um da empreiteira, Marcelo Odebrecht, quem denuncia uma bolada de R$ 50 milhões para Aécio, paga até em Cingapura, como contrapartida pelos investimentos que a Cemig e Furnas fizeram numa usina do Rio Madeira; FHC ainda não divulgou uma segunda nota, mas deveria se desculpar diante dos brasileiros por ter avalizado o golpe contra a democracia liderado por Aécio – o político com maior número de pedidos de inquéritos na lista de Janot
Minas 247 – Há exatamente duas semanas, o número dois da Odebrecht, Benedicto Júnior, depôs ao ministro Hermann Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, e denunciou o caixa dois de R$ 9 milhões ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi distribuído para aliados como o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do golpe no Senado, e Dimas Fabiano Toledo, filho do responsável pela notória lista de Furnas.
Benjamin mandou colocar tarjas pretas sobre o nome de Aécio, mas o estrago estava feito. Aécio, que propôs ação no TSE contra a presidente eleita Dilma Rousseff, foi desmoralizado, mas conseguiu uma nota pública de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que lançou a tese do "caixa dois do bem".
"No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção", disse FHC (relembre aqui).
Agora, no entanto, Aécio foi delatado pelo número um da empreiteira, Marcelo Odebrecht, que denunciou o pagamento de R$ 50 milhões ao presidente nacional do PSDB, como contrapartida aos investimentos da Cemig, estatal mineira, e Furnas fizeram numa das usinas do Rio Madeira. Parte da propina teria até sido paga em Cingapura a um operador de Aécio (leia aqui).
Será que este caso também se enquadra na teoria do "caixa dois do bem"? O que fará FHC para defender seu pupilo?
Na realidade, FHC deveria apenas se desculpar diante dos brasileiros por ter avalizado o golpe contra a democracia liderado por Aécio – o político com maior número de pedidos de inquéritos na lista de Janot.
Leia, abaixo, a íntegra da nota anterior de FHC:
Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem "noticias alternativas" para confundir a opinião pública.
A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país.
Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados.
O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE.
É preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa.
Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la.
Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos.
No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção.
Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais.
A palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação. É preciso que a Justiça continue a fazer seu trabalho, que o país possa crer na eficácia da lei e que continue funcionando.
A desmoralização de pessoas a partir de "verdades alternativas" é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos.
É hora de continuar a dar apoio ao esforço moralizador das instituições de Estado e deixar que elas, criteriosamente, façam Justiça.
Lula recebeu 23 milhões na Suíça da Odebrecht? Não, esse foi o Serra. Mais conhecido pelo codinome de "Careca", na lista de alcunhas da Odebrecht.
Lula estava pagando pensão de um filho fora do casamento com dinheiro de instituião mencionada em operações de lavagem?Não. Esse era o FHC.
Lula recebeu um milhão de reais em dinheiro vivo dentro de uma garagem?Não. Esse é mais parecido com o relator do impeachment (farsa), Antônio Anastasia.
Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC? Não. Esse é parecido com o Aécio.
Lula recebia 1/3 da propina de Furnas? Não. Esse é mais parecido com o Aécio também.
Lula recebeu 3% das obras da cidade administrativa de MG quando era governador, totalizando mais de R$ 30 milhões em propina? Não. Esse também é mais parecido com o Aécio.
O helicóptero com 450 kg de cocaína era do amigo do Lula? Não. Era do amigo do Aécio.
Lula comandava o Estado que roubou 1 bilhão do Metrô e da CPTM? Não. Esses são o Serra, o Careca; e o Santo, o Alckmin.
Lula tá envolvido no roubo de 2 bilhões da merenda? Não. Parece que foram o Santo e um tal de Fernando Capaz.
Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef? Não. Esse era o Álvaro Dias.
Lula foi o cara que montou o esquema Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio? Não. Esse era o FHC.
Lula nomeou o genro presidente da Agência que mandava na Petrobras? Não. Foi o FHC também.
Lula é o compadre do banqueiro André Esteves? Não. Esse era o Aécio, de novo, que passou a lua de mel no hotel Waldorf Astoria, em NY, por conta do André Esteves.
Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena? Não. Esse é o Serra (aquele que a Lava a Jato apresenta com tarja preta para a imprensa).
Lula construiu aeroportos em terras particulares de parentes com dinheiro público? Não. Esse foi o Aecio, conhecido pelo codinome Mineirinho.
Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação? Não. Esse é o Cunha, sócio do Temer nos jabutis das Medidas Provisórias, segundo o Ciro.
Lula levou grana da Companhia Docas de Santos? Não. Esse é o Temer, conhecido na lista de alcunhas da Lava Jato como MT.
Lula recebeu uma grana na salinha da Base Aérea de Brasília? Não. Esse foi MT, segundo o Sergio Machado.
Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles? Não. Esse também é o Cunha, o homem da farsa do impeachment.
O filho do Lula aparece numa roubalheira na Petrobras? Não. Esse foi o filhinho do FHC.
Lula comprou um apartamentaço em Higienopolis numa operação com o banqueiro Safidie que o MP de São Paulo procura e nunca vai achar? Lula passa as ferias no apartamentinho do Jovelino na Avenue Foche, em Paris?Não. Esse é o FHC.
Quando saiu do Governo, Lula tinha uma fazendola em Minas, comprada com o amigao Serjão? Não. Esse é o FHC, o melhor amigo do Serjão.
O filho do Lula aparece na revista de milionários Forbes? Não. É a filha do Serra...
Lula deixou prescrever o escândalo da corrupção do Banestado, onde só tinha tucano? Não, esse é o juiz Moro.
Isso é para quem acha que Moro e sua turma querem combater a corrupção.
Sucesso de público e crítica, a transposição do rio São Francisco já enfrentou forte oposição do PSDB; primeiro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que barrou a obra em 2001; 12 anos depois, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato a presidente da República, fez duras críticas à obra, materializada nas gestões de Lula e Dilma; "A verdade é que a seca e a sede continua a castigar quem luta para tocar a vida", diz Aécio em vídeo gravado na cidade de Mauriti (CE); "O governo federal gasta mal o dinheiro e o benefício não chega"; desconexão de Aécio com a realidade brasileira viraliza na internet no momento em que a população do sertão nordestino festeja a chegada das águas do Velho Chico
247 - A internet resgatou mais um argumento, exposto pelo próprio senador Aécio Neves (PSDB), que comprova sua desconexão com a realidade da maioria da população brasileira.
Na campanha de 2014, Aécio fez duras críticas às obras da transposição do Rio Francisco. "A verdade é que a seca e a sede continua a castigar quem luta para tocar a vida", diz o senador em vídeo gravado na cidade de Mauriti (CE). "O governo federal gasta mal o dinheiro e o benefício não chega", afirma o então candidato a presidente pelo PSDB. Assista no vídeo acima.
Críticas de Aécio à transposição viraliza no momento que as águas do São Francisco percorrem dezenas de municípios do sertão nordestino e a população comemora.
Em Sertânia (PE), moradores não resistiram e festejaram na água o momento histórico. Região é contemplada pelo Eixo Leste da obra, que tem 217 km de extensão. Ao todo, as obras de transposição, realizadas pelos governos Lula e Dilma, vão beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 localidades em PE, PB, CE e RN, além de 294 comunidades rurais às margens dos canais. "Se não fosse Lula e Dilma, não teria isso aqui não", diz um morador de Sertânia, ao mostrar a água chegando no reservatório da cidade.
Segundo Estadão, Rodrigo Janot quer ficar, para concluir a obra-magna da Lava Jato.
Ele disputa com o cachalote a precedência na escalada do jn com a cobertura da prisão do Lula.
O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.
O Janot merece, diria o Eugênio Aragão, que o conhece como a palma da mão - além do Alexandre de Moraes, claro.
O Janot faz parte daquela categoria dos Procuradores que só procuram o que querem achar: Brindeiro (a gaveta do FHC), Antonio Fernando (que achou os 40 ladrões e depois foi advogar para o Daniel Dantas...) e Roberto Gurgel que brilhou no mensalão do PT (e enfiou o do PSDB na gaveta do Brindeiro...).
Deu nisso o "republicanismo" do PT...
Janot de dois mandatos já está inscrito na História: se esqueceu de ir a Furnas procurar o Mineiro (na lista de alcunhas da Odebrecht é o Aécio) e deixou o Eduardo Cunha solto até que ele derrubasse a Dilma.
Depois, foi implacável!
Porém, sua obra mais nobre, sua Nona Sinfonia, foi dar oxigênio aos dallagnóis da Lava Jato!
Janot merece três, quatro mandatos, cinco mandatos: à frente do paredón do C Af!
A pesquisa Datafolha divulgada nesta semana revela que a população começa a se dar conta do papel destrutivo que o PSDB desempenhou no golpe contra a democracia brasileira, que produziu a maior recessão de todos os tempos no País; entre março e dezembro, o senador Aécio Neves caiu de 19% a 11%, enquanto Geraldo Alckmin foi de 11% a 8% e José Serra de 13% a 9%; nenhum dos três passaria para o segundo turno e todos estão citados nas delações da Odebrecht; Aécio é acusado de ser bancado pelo marqueteiro, Alckmin de receber R$ 2 milhões por meio do cunhado e Serra de ter levado R$ 23 milhões na Suíça; se isso não bastasse, os três também se associaram, em maior ou menor grau, ao maior desastre da história do Brasil, que é o governo Temer
247 – O PSDB fez um péssimo negócio ao abraçar a política do 'quanto pior, melhor' para golpear a democracia, derrubar a presidente Dilma Rousseff e instalar Michel Temer na presidência da República.
Os resultados dessa aposta estão no Datafolha desta semana, que apontou crescimento e liderança do ex-presidente Lula em todos os cenários.
No primeiro, Lula foi de 17% a 25%, entre março e dezembro, enquanto Aécio Neves (PSDB-MG), personificação do golpe, caiu de 19% a 11%. O tucano ficaria fora do segundo turno, atrás de Marina Silva, que recuou de 21% a 15%.
No segundo cenário, Lula foi de 17% a 26%, enquanto Geraldo Alckmin caiu de 11% a 8%. O governador paulista também ficaria fora do segundo turno, disputando a quarta posição com Jair Bolsonaro.
No terceiro cenário, Lula foi de 17% a 25%, enquanto José Serra caiu de 13% a 9%. O chanceler também ficaria fora do segundo turno, disputando a quarta posição com Bolsonaro.
Além disso, todos estão citados nas delações da Odebrecht. Aécio é acusado de ser bancado pelo marqueteiro (aqui), Alckmin de receber R$ 2 milhões por meio do cunhado (aqui) e Serra de ter levado R$ 23 milhões na Suíça (aqui).
Se isso não bastasse, os três também se associaram, em maior ou menor grau, ao maior desastre da história do Brasil, que é o governo Temer.
A conduta do juiz Sergio Moro fez a ONU adiar para o final de janeiro o prazo que o organismo havia dado ao governo Temer para explicar o processo do Estado brasileiro contra o ex-presidente Lula.
Explico: o que ocorre é que, conforme a Lava Jato, nas pessoas do procurador Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, vai dando seus shows antipetistas, a defesa do ex-presidente vai informando à ONU esses passos de modo a corroborar a afirmação de que a Operação e seus condutores agem com motivações político-partidárias.
Há cerca de dois meses, o Comitê de Direitos Humanos da ONU recebeu novos documentos enviados pelos advogados de Lula. Em carta, os advogados citam apresentação em powerpoint dos procuradores da Lava Jato que, apesar de reconhecerem que não têm provas, acusam o ex-presidente de ser “chefe de uma organização criminosa”.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, “ao manter o processo vivo em Genebra, os peritos da ONU (…) apontaram que (…) a pressão sobre a Justiça brasileira continuará criando uma espécie de habeas corpus internacional” para Lula.
O que significa isso? Significa que, apesar de a ONU não ter poder de decisão em território brasileiro, ao acompanhar o caso de Lula o organismo impede que medidas abusivas sejam tomadas contra aquele que os brasileiros consideram o melhor presidente da história e que é o líder em todas as pesquisas para a sucessão presidencial de 2018.
Para quem não sabe, a ONU, ao aceitar investigar a condução dos processos contra Lula no Brasil, está meio que auditando esses processos e, também, os que o conduzem, com destaque para Sergio Moro, que, de longe, por seu gosto incontrolável por holofotes e elogios está produzindo uma fartura de provas de que o que menos busca é justiça.
Nesta semana, o juiz paranaense se superou. Dois momentos foram particularmente simbólicos em relação à sua parcialidade contra Lula e a favor de tucanos.
Momento um: apareceu ao lado do cantor Fagner, em um restaurante, aplaudindo uma música que diz que a função dele é “enjaular vagabundo” em vez de julgar com serenidade e isenção acusados pela Justiça.
Momento dois: durante evento da revista IstoÉ realizado na noite da última terça (6) em São Paulo, o superstar foi Sérgio Moro. Premiado como o “Brasileiro do Ano na Justiça”, Moro ofuscou artistas e políticos. Inebriado pela condição de celebridade, produziu cenas bizarras para alguém cujo trabalho deveria se pautar pela circunspeção e isenção.
Fotos de Moro confraternizando e trocando confidências com políticos do PSDB, muitos deles investigados pela Lava Jato, correram o Brasil e o mundo. Fotos em que ele se entrega à tietagem dos “fãs”, todos inimigos políticos do PT, idem.
O senador tucano Aécio Neves, citado em delações da Odebrecht e da OAS, trocava confidências com Moro. Sorridentes, ambos conversavam de forma descontraída ao longo da cerimônia. Aécio é investigado por sua atuação na CPI dos Correios e por supostamente ter recebido propina da estatal Furnas.
A conduta de Moro nesse evento fez a festa das redes sociais
Esse farto material revelando o envolvimento político de Moro corrobora ipsis-litteris as queixas de Lula à ONU, que afirmam, entre outras coisas, que o juiz federal não tem isenção para julgar o ex-presidente por manter ligações políticas cada vez mais inegáveis.
Várias pessoas me perguntaram por que Moro age com tanta desfaçatez, deixando todos verem sua ligação estreita com o PSDB e com os que conduziram o golpe de Estado que substituiu o governo eleito do Brasil por um governo sem legitimidade popular.
A resposta é muito simples: porque ele pode. Não há mais Justiça no Brasil. E os órgãos de controle da magistratura estão de quatro para Moro. Não têm coragem de puni-lo por condutas como essas.
Moro já deixou claro que não está preocupado com a imagem do Brasil. Está mais preocupado com os aplausos, elogios e homenagens que recebem em terras tupiniquins, sobretudo lá na sua doce República de Curitiba.
Entretanto, o primeiro passo para restabelecer a democracia no Brasil é provar ao mundo que houve um golpe no país e que as instituições foram subvertidas pelos golpistas. E isso está acontecendo, sem dúvida.
Há pouco mais de dez dias, recebi mensagem privada, via Facebook, de alguém que, apesar de ler o Blog da Cidadania há sete dos dez anos de existência da página, jamais havia me procurado ou mesmo comentado naquele espaço.
Confira, abaixo, a mensagem de Enzo Fachini Testi, de Maringá.
Fiquei comovido e honrado. São pessoas como essas que me impedem de mandar tudo para o espaço, porque não é fácil ser blogueiro de esquerda em um país como este – você não ganha dinheiro, expõe-se à hidrofobia da direita e trabalha MUITO.
Aceitei o convite de Enzo sem nem mesmo saber direito que dia e hora ele e a família me convocariam para o encontro. No fim, marcamos para o dia 27 (último sábado), à tarde, em um lugar que Enzo considerou que seria emblemático: o restaurante Sujinho, reduto dos “blogueiros sujos”.
Além da honraria de ser considerado tão importante por uma família linda como aquela, ver que Moisés Testi, o patriarca, tem filhos que o amam tanto a ponto de lhe preparar uma surpresa como essa, aqueceu-me o coração.
Chega o sábado. Até havia me esquecido do compromisso. Por volta das 15 horas, toca o celular. Era Enzo, avisando-me de que já estava com o pai no Sujinho, à minha espera. Porém, Moisés não sabia que eu iria encontrá-los e estava impaciente, porque ainda tinha compromissos em São Paulo antes de voltar para Maringá.
Lamentavelmente, só pude me desvencilhar do que estava fazendo lá pelas 16:30 horas; cheguei ao Sujinho às 17 horas.
O restaurante estava lotado e eu não sabia quem eram as pessoas que me esperavam, mas bastaram poucos passos diante do restaurante para ser reconhecido e chamado por Enzo. Foi tocante ver a surpresa do pai, Moisés. Achei que ele ficou emocionado.
Que pai não ficaria, vendo um gesto de carinho como esse partindo dos filhos?
Conversamos por umas duas horas, acompanhados por litros de cerveja e uma bela porção de picanha como aperitivo. Durante o papo, pude saber mais sobre essa família admirável. Sobretudo sobre a luta dos Testi na ultra conservadora Maringá.
Moisés Testi tem 60 anos. É empresário do ramo alimentício em Maringá. Tem dois filhos, Enzo (29 anos) e Lorena (15 anos) – na foto, também aparece Leonardo (23 anos), o sobrinho. Todos eles leitores deste Blog desde 2007, quando a página já tinha 2 anos e surgiu o Movimento dos Sem Mídia.
Quem apresentou o Blog à família foi Enzo, quem, hoje, tem 29 anos e então, lá em 2007, tinha 23 anos.
A família Testi é de esquerda e apoia o PT. Isso, em Maringá, é prova de coragem. Para que se possa mensurar quanto é difícil, relato alguns fatos da história dessa família.
Moisés era empresário de outro setor; tinha a maior locadora de vídeos da cidade, frequentada, em peso, pela elite maringaense. O negócio, segundo relata o patriarca da família Testi, “morreu” devido ao avanço da tecnóloga.
Segundo Moisés, quando ele soube que a rede de locadoras americana Black Buster pediu concordata, ele se deu conta que seria melhor mudar de atividade. Porém, para que se possa mensurar a seriedade desse homem, ele não vendeu a empresa; encerrou-a.
À época, lá pelo início do governo Lula, teria sido possível vender a maior locadora da cidade para algum desavisado. Mas Moisés não quis empurrar o “abacaxi” para que, segundo ele, outra família sofresse como a sua estava sofrendo, com falta de clientes.
O lado mais triste dessa história, porém, é que o negócio de Moisés afundou antes da hora por conta de suas crenças políticas.
Com tristeza no semblante, ele relata episódio envolvendo um dos seus clientes mais frequentes e queridos, à época: Dalton Moro, já falecido, pai do juiz Sergio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato.
Eis o que houve: em 2002, esse senhor foi à locadora de Moisés e lhe perguntou se era verdade que ele iria votar em Lula, ao que obteve imediata confirmação. Naquele momento, ele pagou o que devia ao estabelecimento e disse ao estupefato Moisés que por conta da opção política dele nunca mais entraria em sua loja.
A partir dali, a locadora foi parando, parando, até que parou de vez. A empresa, que vinha crescendo, parou de crescer e a crise que atingiu esse mercado de locação de vídeos chegou antes para o negócio de Moisés.
Muitas vezes sou assaltado por dúvidas quanto ao que faço neste blog. Será que vale a pena? Será que não estou perdendo meu tempo, bradando no deserto? A família Testi me mostra que não. Alguma coisa boa devo estar fazendo aqui, para merecer a amizade anônima de gente como aquela.
Obrigado, Enzo. Obrigado, Leonardo. Obrigado, Lorena. E, acima de tudo, Obrigado, Moisés. Vocês me deram o melhor presente de 2014. Dinheiro nenhum seria capaz de comprar tão bela dádiva, que só nobreza moral como a dos Testi pode oferecer.