Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Lula será eleito porque reencarnou a esperança popular

lula esperança
Olhem para esse homem. Vejam o furacão em que se converteu após tanto sofrimento que a escória que o persegue lhe impôs. A dor e a injustiça não o debilitaram. Antes, fortaleceram seu espírito, devolveram-lhe motivo para viver. O assassinato da esposa pela mídia e pela Lava Jato, a prisão temporária ilegal – dita “condução coercitiva” –, a condenação sem provas, nada disso o intimidou ou desanimou.
Lula costuma dizer que nordestino pobre que passa dos cinco anos de idade, nada mais derrota. Onde se lê nordestino, leia-se homens de fibra; onde se lê nada derrota mais, leia-se ter resiliência na adversidade.
Esta página pediu muitas vezes aos seus leitores que não se esquecessem de que seu prognóstico de que, em 2018, o povo estaria nas ruas pedindo a volta do ex-presidente. Está acontecendo antes, em alguma medida. E acontecerá em medida muito maior no ano que vem.
Com a possibilidade de o ex-presidente Lula concorrer novamente à Presidência da República, a disputa pelo cargo em 2018 encerra um componente eleitoral inédito. É o que sugeriu pesquisa qualitativa feita no começo do ano pela empresa Ideia Inteligência.
Ao explorar os argumentos e as justificativas de um grupo selecionado de eleitores, o levantamento identificou reiterados sinais de um sentimento de nostalgia em relação à gestão do ex-presidente, de 2003 a 2010.
Eleitores não ideológicos estariam dispostos a guiar a escolha baseados em boas lembranças daquele governo. Lembranças associadas, principalmente, a aspectos econômicos.
O estudo foi qualitativo, não tem valor estatístico. Seus resultados não podem ser projetados para o conjunto do eleitorado ou interpretados como síntese de opiniões do grupo social investigado. Mas dão pistas a respeito do que pode estar passando pela cabeça de uma parcela dos brasileiros que tem alimentado o crescimento de Lula nas pesquisas quantitativas.
A pesquisa que embasou essa conclusão foi feita com 2.828 entrevistas e margem de erro de dois pontos pelo Datafolha, que mostrou que Lula é líder isolado em todos os cenários de primeiro turno.
Apesar do noticiário francamente desfavorável já naquela época – poucos meses antes, Lula fora preso e levado para depor à força –, com a Lava-Jato em seu encalço, impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e derrota do PT nas eleições municipais, as intenções de voto no ex-presidente cresceram enquanto sua taxa de rejeição despencava.
Em seu melhor cenário no Datafolha, Lula pulara de 17% em março de 2016 para 26% em dezembro. Em simulações de segundo turno, só perdia para a sua ex-ministra Marina Silva (Rede). Em junho deste ano, Lula já tinha 30% das intenções de voto e superava de longe qualquer adversário. Em segundo lugar, empatados, Bolsonaro (16%) e Marina Silva (15%). Em um patamar mais baixo estavam Alckmin (8%), Ciro Gomes, do PDT (5%), Luciana Genro, do PSol (2%), Eduardo Jorge, do PV (2%), e Ronaldo Caiado, do DEM (2%).
Aécio Neves nem apareceu na pesquisa.
Em resumo: naquele estudo, a figura política de Lula foi reverenciada pelos pesquisados. A discussão em torno de seu nome, conforme assinalaram os pesquisadores, estava embalada por “forte apelo emocional”, movida por um sentimento de “gratidão extrema, ligada à sensação de boa situação financeira que marcou os governos Lula na memória dos brasileiros”.
A pesquisa foi feita uma semana antes da morte da esposa de Lula, dona Marisa Letícia.
Do início do ano para cá, o estudo mostrou-se visionário. Lula está cada vez mais consolidado e até pesquisas ligadas à grande mídia antipetista mostram que após ser condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão, o ex-presidente disparou na preferência popular enquanto seus adversários despencam.
Depois da morte de dona Marisa, Lula fez da redemocratização do Brasil a sua razão de viver. E passou a dizer ao povo aquilo que o povo quer ouvir: que existe, sim, um caminho alternativo a ter que empobrecer para evitar morrer de fome – o que, no fim das contas, é o que diz a direita tucano-temerária.
Note-se que os únicos candidatos que estão crescendo nas pesquisas são Lula e Bolsonaro porque ambos dizem exatamente isso: que há outra alternativa ao sofrimento que mídia, governo e partidos de direita dizem ser a única.
A reforma trabalhista, a reforma da previdência, a terceirização, o corte nos programas sociais, o corte nas pesquisas científicas, o corte nas obras de infraestrutura, o corte nas verbas da saúde, da educação, da habitação, da segurança etc., etc., etc. deixaram muito claro que PSDB e PMDB são cartas fora do baralho.
E não só pela hipocrisia desmascarada após terem sido flagrados em atos de corrupção que contradisseram o discurso moralista desses tucanos, demos, peemedebês et caterva. Foram jogados ao mar porque o povo descobriu que era mentira aquele papo de que era só tirar Dilma para tudo melhorar.
Tudo que acaba de ser dito nos parágrafos acima está sendo verbalizado por Lula nas regiões mais afetadas do Brasil pela ação devastadora do atual governo.
O que está sendo feito com o Brasil é recuperar para o Sul e para o Sudeste, bem como para suas classes A e B detentoras de pele clara e sobrenomes europeus, tudo que havia sido dado por Lula ao Nordeste.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada em setembro de 2013, a Região Nordeste, então, despontava no cenário nacional por seu avanço econômico acelerado, bem acima da média das demais regiões.
Diversos indicadores confirmavam aumento acelerado da participação das regiões Norte e Nordeste no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com elevação do PIB per capita e do incremento do volume de investimentos direcionados para os Estados nortistas e nordestinos.
lulismo 1
Dados do Boletim Regional Trimestral do Banco Central do início de 2013 indicavam que o Nordeste liderava o crescimento no Brasil.  No período, a atividade econômica da região crescera 2,1% em relação ao trimestre finalizado em novembro de 2012. As atividades econômicas das Regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram avanço de 1,4% no mesmo período, seguidas pela Região Sul, com 1,0.
O Nordeste atingia, à época, 13,5% de participação no PIB nacional, o maior porcentual da série histórica iniciada em 1995 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço dos Estados nordestinos entre 2002 e 2010 foi de 0,5 ponto porcentual, menor apenas que o ganho da Região Norte, de 0,6 ponto porcentual.
Entre 2002 e 2010, o PIB da Região Nordeste passou de R$ 191,5 bilhões para R$ 507,5 bilhões, um avanço de 165%, menor apenas que a expansão do PIB das Regiões Norte e Centro-Oeste. O Nordeste registrou ainda a maior taxa média anual de crescimento do PIB per capita, de 3,12% entre 2000 e 2010, assim como a Região Norte.
Quem disse isso não foi este Blog, mas o jornal O Estado de São Paulo.
Neste momento, Lula está no Nordeste fazendo o povo da região relembrar do que foram para si os oito anos de seu governo. E, pelas imagens que tomaram a mídia alternativa – a mídia tradicional esconde –, está conseguindo.
Não importa que a mídia esconda, as pesquisas mostram isso.
Enfim, fica muito fácil entender por que Lula e Bolsonaro são os únicos que crescem.
Os que apoiam Bolsonaro são das classes A e B e sabem que ele vai tirar dos pobres para dar aos ricos e meterá porrada nos pobres que se insurgirem. No caso de Lula, seus eleitores têm certeza de que vai tirar dos ricos para dar aos pobres porque é isso que a reportagem do Estadão, supra reproduzida, mostra que ele fez quando governou.
Para o PIB per-capita do Norte e do Nordeste aumentar, o PIB per-capita do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste tem que cair. E a questão para a vida do povo melhorar é simplesmente essa: no Brasil, os ricos têm muito, exageradamente. É preciso redistribuir a renda.
Se cada rico puder se contentar em ter 9 carros em vez de 10, milhões sairão da pobreza e da miséria…
Não existe almoço grátis, como diz a direita.
Isso é o que estará em jogo em 2018: uma disputa de pobres e remediados contra os ricos e muito ricos.
Alguns pobres, como sempre, ficarão ao lado do carrasco, mas não conseguirão ser muitos porque pobres e remediados costumam viver ao lado de outros pobres e remediados e a maioria esmagadora dessas classes sociais estará com Lula.
Além disso, não vamos nos esquecer de que Lula é o único que pode exibir um governo impecável em que fez o povo melhorar MUITO de vida e, por isso, saiu do cargo apoiado por mais de 80% dos brasileiros.
E como em eleição o que conta é quem tem mais apoiadores, e como há mais pobres que ricos no Brasil, tudo conspira a favor de Lula. E é por isso que tentarão impedi-lo de disputar a eleição. Só que não vai funcionar. O povo quer Lula. Se lhe tirarem Lula, vai retaliar votando em quem ele indicar. Porque Lula é sua última esperança
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A rejeição a Temer e a ficha que cai


(134) Rodolfo Buhrer / La Imagem

Tereza Cruvinel

Não é preciso ter bola de cristal para concluir que a queda na aprovação ao governo Temer para meros 10,3%, segundo a pesquisa MDA-CNT, carrega uma tendência de continuidade que vai se acentuar na medida em que o governo avançar com sua agenda e os brasileiros conhecerem mais o presidente que os governa por obra de um golpe.  Nesta 133ª. Pesquisa CNT-MDA, 26,5% consideraram o governo péssimo e 17,6% apenas ruim,  o que soma 44,1% de desaprovação.  Já atuação do próprio Temer foi reprovada por 62,4%.  
         A reprovação ao presidente e a seu governo é mais um indicador, embora não o único, de que o projeto do golpe está naufragando a olhos vistos, e de que a ficha está caindo para os que se iludiram com o impeachment de Dilma Rousseff.  A contrapartida é o crescimento de Lula, na mesma pesquisa, entre os candidatos a presidente em 2018.   Ele cresceu seis pontos após a penúltima rodada da série, em outubro, passando de 24,8 para 30,5% pontos percentuais. Já Aécio, Marina, Ciro Gomes e o próprio Temer encolheram.  Além de Lula, só Bolsonaro cresceu, capitalizando a frustração da direita extremada com os outros que se dispuseram a representá-la. Subiu de 6,5% para 11,3%.
         A agenda do governo, quanto mais conhecida e implementada, mais desgaste trará a Temer e aos partidos e candidatos que se uniram na coalizão golpista.  O melhor resultado obtido por Temer nesta série de pesquisas foi logo depois de sua posse como interino, quando ainda era um enigma para a maioria da população.  Naquele momento, substituindo a presidente afastada,   que o Congresso e a oposição haviam impedido de governar no segundo mandato para gestar a crise e minar-lhe a popularidade, ele  foi visto por com alguma esperança por uma parcela da população que se iludiu com as promessas de moralização e restauração das condições econômicas.   Em junho, um mês depois da posse provisória, ele alcançou  33,8% de aprovação,  índice que caiu em outubro para 31,7%, e agora para 24,4%. Já a rejeição, que era de 51,5% em outubro, agora subiu 62,4%. A mesma evolução pode ser observada na avaliação do governo.
         A decepção tende a ser continuada por razões elementares. Por mais que a mídia e setores do empresariado e do mercado financeiro se esforcem para enxergar sinais positivos na economia, para o povo a situação só piorou sob Temer.  Até o final do ano, o país terá cerca de 3,8 milhões de novos pobres, filhos da recessão.  Os pobres já não andam de avião e já cortam até o celular, informam as companhias do setor. Cerca de 200 mil pessoas saíram dos planos de saúde só em janeiro, diz a ANS. Ou perderam o plano corporativo ao perderem o emprego, ou não puderam mais pagar o plano individual. A pressão sobre a rede pública de saúde aumenta, assim como o êxodo das escolas privadas pressiona o sistema público de ensino. Os programas sociais sofreram cortes. Nos estados, calamidade financeira, crise de segurança e penitenciária.  Neste quadro, como enxergar dias melhores? Como celebrar o recuo da inflação, obra da recessão? Os juros caíram duas vezes recentemente mas a taxa real (Selic menos inflação) continua mais alta que no último mês do governo Dilma, e isso impacta negativamente o crédito.  O governo anuncia, como um feito,  que o FGTS financiará imóveis de até R$ 1,5 milhão. O que isso significa é a drenagem de recursos para as classes de maior renda, em detrimento dos que precisam é da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. Temer libera resíduos de contas inativas do FGTS, que nem farão cócegas na recessão, mas o povo agora está descobrindo é que ele garfou o abono do PIS/Pasep, que não será pago este ano.  
         Temer não foi eleito, não há como falar em estelionato eleitoral. Mas o que vem sendo percebido pela população é o estelionato político do impeachment: não houve moralização nem o país entrou nos trilhos, como prometido. Pelo contrário, a Lava Jato agora esbarra nos esquema de corrupção do PMDB e PSDB e Temer não dissimula os esforços para proteger sua turma. O país segue descarrilhando e a vida ficou pior.
         O presente é péssimo mas a percepção de que o futuro será trágico virá quando a população começar a entender o completo sentido das reformas previdenciária e trabalhista que o governo quer aprovar a galope.    O pior da reforma previdenciária nem é a elevação da idade mínima de aposentadoria para 65 anos, para homens e mulheres. A maior maldade está na elevação do tempo mínimo de contribuição, de 15 para 25 anos. Num país onde milhões só conseguiram um emprego de carteira assinada bem mais tarde, até mesmo na meia idade, e onde os autônomos e os trabalhadores informais só começaram a ingressar no sistema a partir da implantação, por Lula, do regime simplificado com contribuição de 11%, milhares de pessoas jamais se aposentarão se tiverem que provar pelo menos 25 anos de recolhimento ao INSS.  Na medida em que estas e outras maldades forem conhecidas, a percepção do estelionato vai se consolidar e a rejeição a Temer e a seus associados vai aumentar.
         Lula será o beneficiário natural do cair da ficha. Secundariamente, Bolsonaro. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A CONTA DO GOLPE CONTRA O PAÍS CHEGOU PARA O PSDB

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

94% DOS INTERNAUTAS DEFENDEM A RENÚNCIA IMEDIATA DE TEMER

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Vox: 79% dos brasileiros defendem o Fora, Temer

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Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira pela revista Carta Capital, revela que 61% dos brasileiros querem novas eleições e 18% defendem que a presidente Dilma Rousseff retorne e conclua seu mandato; do total, apenas 17% dos brasileiros querem que o golpe seja confirmado pelo Senado, com Michel Temer permanecendo na presidência até 2018; como o plebiscito por reforma política e novas eleições depende da rejeição ao impeachment, os senadores, se quiserem ouvir as ruas, terão que rechaçar o relatório Anastasia 

247 - Uma pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi e divulgada nesta sexta-feira 5 pela revista Carta Capital aponta que 61% dos brasileiros querem novas eleições presidenciais antes de 2018.
Segundo o levantamento, 18% defendem que a presidente Dilma Rousseff retorne ao poder e conclua seu mandato. Sua maior base de apoio continua no Nordeste, onde 32% defendem que seu retorno seria o melhor para o País.

Do total de 1.500 entrevistados, apenas 17% querem que o golpe seja confirmado pelo Senado, com Michel Temer permanecendo na presidência até 2018.

Como o plebiscito por reforma política e novas eleições depende da rejeição ao impeachment, os senadores, se quiserem ouvir as ruas, terão que rechaçar o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), aprovado pela comissão do impeachment nesta quinta.

A amostra foi realizada em 97 municípios de todo o Brasil, entre 29 de julho e 1º de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Confira aqui a íntegra do relatório da pesquisa.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Estadão alopra e pede que golpe seja mantido contra a vontade do povo

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Depois da desmoralização do Datafolha e da divulgação de levantamentos de opinião pública, como o do Paraná Pesquisa, que revelam que 62% dos brasileiros querem novas eleições, o jornal Estado de S. Paulo ultrapassou todos os limites do golpismo, no editorial "A maioria também se equivoca"; segundo o jornal comandado por Francisco Mesquita, Temer não conquistou a confiança da população, mas mesmo assim deve continuar – talvez porque seja este o desejo da família Mesquita; ou seja: que seja feita a vontade da minoria. 

247 – Depois da desmoralização do Datafolha e da divulgação de levantamentos de opinião pública, como o do Paraná Pesquisa, que revelam que 62% dos brasileiros querem novas eleições, o jornal Estado de S. Paulo ultrapassou todos os limites do golpismo, no editorial "A maioria também se equivoca."
Segundo o jornal comandado por Francisco Mesquita, Temer não conquistou a confiança da população, mas mesmo assim deve continuar – talvez porque seja este o desejo da família Mesquita. Confira abaixo:

A maioria também se equivoca

De fato, a defesa de eleições presidenciais diretas antecipadas pode servir ao lulopetismo. Ela se confunde também com o sentimento de vingança, o “fora, Temer”. Sonham com essas eleições, ainda, pessoas de boa-fé, porém desinformadas; insatisfeitas com a situação, mas ignorantes dos pré-requisitos necessários à convocação dessa eleição.

Houve um momento em que Dilma Rousseff procurou dar a entender que, se voltasse à Presidência, ela própria poderia promover um plebiscito que “convocaria” eleições, para o que ela generosamente renunciaria, deixando vago seu cargo. Esqueceu de explicar que precisaria convencer Michel Temer a renunciar também.

A maior dificuldade em que a eleição esbarra é exatamente a instituição da qual depende sua convocação: o Congresso Nacional. Nove entre dez senadores ou deputados preferem nem pensar no assunto neste semestre em que estarão concentrados nas eleições municipais de outubro, essenciais para a consolidação de suas bases eleitorais.

Outro “detalhe” de que muita gente não se dá conta é o de que para que haja eleições presidenciais diretas é necessário que a vacância da Presidência e da Vice-Presidência ocorra até o último dia deste ano, porque a partir do início da segunda metade do mandato presidencial a eleição passa a ser indireta, pelo Congresso, de acordo com a Constituição. A pouco mais de cinco meses desse prazo fatal, e com uma eleição municipal já agendada para o meio do caminho, é difícil imaginar um calendário em que se encaixe tanto a tramitação da convocação do pleito presidencial no Congresso quanto o tempo mínimo necessário para a preparação e a realização da campanha eleitoral.

O principal argumento contra a ideia das “diretas já”, no entanto, é o de que ela implicaria manter o País paralisado por no mínimo meio ano, com a deterioração da crise econômica, que está a exigir providências urgentes e eficazes para garantir que os primeiros tímidos sinais de recuperação ganhem fôlego a partir da estabilização política que provavelmente ocorrerá a partir de setembro, após a aprovação do impeachment de Dilma pelo Senado.

O mais sensato, portanto, é a solução constitucional já em curso: o governo provisório de Michel Temer em breve transformado em governo de pleno direito. A competente equipe econômica sob o comando do ministro Henrique Meirelles já está dando mostras de que pode levar a bom termo a missão de recolocar a economia nos trilhos, a partir do saneamento das contas públicas. Na área política, a habilidade e o bom senso do presidente em exercício já lograram pacificar as relações entre o Executivo e o Legislativo, a partir da eleição do novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

É apenas o começo de uma jornada que poderá chegar a bom destino se os brasileiros se desvencilharem das paixões políticas e permanecerem pacientes, mas atentos e mobilizados, no papel de cobrar competência e patriotismo dos governantes

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Mais de 60% são contra abertura do pré-sal

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Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas mostra que a maioria da população brasileira reprova uma das principais propostas da equipe econômica do governo interino de Michel Temer: 60,8% se dizem contra o projeto de lei que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar da extração de petróleo da camada pré-sal; 31,7% são a favor; projeto de autoria de José Serra (PSDB-SP), que tem apoio de Temer e do presidente da Petrobras, Pedro Parente, já foi aprovado no Senado e o texto-base na Câmara; ainda segundo o levantamento, 62,4% disseram que a crise política que culminou com o afastamento da presidente Dilma Rouseff prejudicou a Olimpíada; 49,4% disseram não acreditar no sucesso da Rio 2016; instituto ouviu 2.020 pessoas de 158 municípios entre os dias 20 e 23 de julho 


247 - Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira, 25, mostra que a maioria da população brasileira reprova uma das principais propostas da equipe econômica do governo interino de Michel Temer.

Questionados se concordam ou não com o projeto de abertura do petróleo do pré-sal para exploração por empresas estrangeiras, 60,8% disseram ser contrários à proposta. Outros 31,7% se dizem a favor da abertura do pré-sal, enquanto 7,6% não responderam. 

O Projeto de Lei 4.567/16, que retira a obrigatoriedade da Petrobras de participar da extração de petróleo da camada pré-sal, é de autoria do atual ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), e já foi aprovado no Senado.

O texto-base da proposta também já foi aprovado na Câmara no início de julho, sob forte resistência da oposição ao governo interino. A pauta é defendida pelo novo presidente da Petrobras, nomeado pelo governo interino, Pedro Parente, em seu primeiro discurso na estatal.

Crise prejudicou Rio 2016

O Instituto Paraná Pesquisas também questionou sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016. Segundo o levantamento, 62,4% dos entrevistados disseram que a crise política prejudicou as Olimpíadas. Outros 34,7% disseram que a crise não prejudicou, e 2,9% não responderam. 

Questionados se acreditam no sucesso dos Jogos, 49,4% disseram que não acreditam, e outros 47,3% disseram acreditar no sucesso da competição. 3,3% não responderam.

A pesquisa ouviu 2.020 pessoas de 158 municípios entre os dias 20 e 23 de julho. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

domingo, 24 de julho de 2016

Ombudsman: Folha errou e persistiu no erro com sua pesquisa pró-Temer

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Uma semana depois do maior erro da história do Datafolha e da própria Folha, que apontou que 50% querem a permanência do interino Michel Temer quando o número real é de apenas 19%, a ombudsman Paula Cesarino Costa apontou que o jornal, editado por Sérgio Dávila, errou e persistiu no erro; "A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas", diz ela; Paula, no entanto, não tocou no ponto central: o erro parece ter sido deliberado para favorecer o impeachment da presidente Dilma Rousseff e manter no poder um presidente impopular, que promete impor uma agenda de reformas econômicas defendida pelos donos da Folha 

247 – Uma semana depois da denúncia de que a Folha de S. Paulo publicou uma pesquisa forjada para alavancar o interino Michel Temer e tentar consolidar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, vendendo a tese de que 50% dos brasileiros defendem a permanência do vice, quando o número real é de apenas 19% (leia aqui), a ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa, reconheceu que tanto a publicação como seu instituto de pesquisas erraram e persistiram no erro (leia aqui).

"A meu ver, o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso", disse ela, ao comentar a decisão da Folha de não publicar que 62% dos brasileiros defendem a renúncia de Temer e novas eleições – ao contrário disso, a Folha publicou, de forma errônea, que apenas 3% querem novas eleições.

"A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas. A Folha errou e persistiu no erro", disse ainda Paula, sobre a posição assumida por Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal.

Paula, no entanto, não tocou no ponto central: o erro parece ter sido deliberado para favorecer o impeachment da presidente Dilma Rousseff e manter no poder um presidente impopular, que promete impor uma agenda de reformas econômicas defendida pelos donos da Folha. Ou seja: ao que tudo indica, não foi um simples acidente de percurso, mas uma manipulação proposital da opinião pública.

 Globo diz que fraude da Folha é invenção de blogs ‘pró-Dilma’


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Jornalista Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, critica a postura do jornal da Família Marinho, que afirmou que fraude da Folha de esconder números de sua própria pesquisa e divulgar uma interpretação diametralmente oposta ao realmente apurado é coisa de blogueiros pró-Dilma; ele cita exemplos de jornalistas internacionais, como Glenn Greenwald, ganhador do Pullitzer, e Alex Cuadros, autor de um best-seller sobre o Brasil; que criticaram a fraude 

Por Miguel do Rosário, O Cafezinho - Os correspondentes internacionais estão experimentando na própria pele o que os blogueiros vem passando há anos.

Críticas à imprensa corporativa, que numa democracia deveriam ser consideradas como algo que ajuda a própria imprensa a se aperfeiçoar e, sobretudo, como um incentivo à a liberdade de imprensa, são quase criminalizadas no Brasil.

Olhe como a Globo tratou a denúncia de fraude da Folha, fraude que consistiu em esconder números de sua própria pesquisa e divulgar uma interpretação diametralmente oposta ao realmente apurado.

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A denúncia da fraude da Folha foi feita pelo ganhador do Pullitzer, principal prêmio de imprensa nos Estados Unidos, o jornalista que enfrentou o serviço secreto mais poderoso e mais perigoso do mundo, a NSA, para divulgar informações vazadas por Edgar Snowden.
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O jornalista, Glenn Greewald, publicou não apenas uma, mas duas reportagens denunciando a fraude.

Folha comete fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer
A fraude jornalística da Folha é ainda pior: surgem novas evidências


Em seguida, a denúncia foi repercutida pelo El País, principal jornal da Espanha e um dos maiores jornais do mundo (conservador, diga-se de passagem).

Datafolha faz perguntas diferentes em pesquisas de abril e julho e levanta controvérsia

O jornalista americano Alex Cuadros, um tuiteiro ativo, autor de um best-seller elogiado pelo New York Times sobre o Brasil (o livro Brazillionaires), resolveu entrar na polêmica, e postou uma série de comentários críticos à Folha e à imprensa brasileira. São comentários argutos, refinados, que mereciam ser objeto de reflexão. Eu reproduzo alguns deles aqui.

Observe que Cuadros é um cara que quer acreditar na imprensa brasileira.  Não é um blogueiro político (como eu) já traumatizado por anos de análise das manipulações da mídia. Ele inicialmente atribui a fraude a uma infelicidade qualquer do editor, a um erro de julgamento de jornalistas tomados de paixão partidária.

É um naïf.

Percebe-se claramente a evolução de sua perplexidade. O final da história, que conto depois das imagens abaixo, é divertido.

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Depois de comentários tão inteligentes, qual o resultado? A Globo publica matéria atribuindo a crítica à Folha a uma polêmica levantada por "blogs pró-Dilma".
E aí, o moderado e crédulo Alex Cuadros, não mais consegue conter sua irritação.

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Eu traduzo esse último tweet: "Para a Globo: reduzir as críticas a essa pesquisa manipulada a blogs "pró-Dilma é maniqueísta e equivocado. Eu não sou pró-Dilma!"
Bem vindo, Alex!

E relaxa, companheiro. Para esses caras, qualquer crítica às suas mentiras é coisa de "petralha", "pró-Dilma", "simpatizante do PT".

O Otavinho Frias não chamou a jornalista britânica, que fez críticas à imprensa brasileira num seminário em Londres de "militante do PT"?

Deslegitimar os críticos é a maneira que eles - os plutocratas da mídia - encontraram para continuar manipulando as notícias.

E, Alex, infelizmente dá certo! Vide a perseguição aberta do governo Temer aos blogs, após uma verdadeira campanha de guerra movida por reportagens na Folha, na Globo, no Estadão, na Veja, no Antagonista, contra a publicidade estatal na imprensa progressista.

Além do mais, não sei se você já percebeu, mas tá rolando um golpe de Estado no Brasil...
Ops, desculpe, essa história de golpe também deve ser coisa de "blogs pró-Dilma".