Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fox News foi um projeto secreto da era Nixon, revela site dos EUA

Postado por Vinna Domingo, Julho 03, 2011

A emissora de TV americana Fox News --conhecida pela posição abertamente conservadora--, criada em 1996 pelo estrategista de mídia republicano Roger Ailes como um ponto de vista "juto e equilibrado", já havia sido prevista na década de 70 como uma forma de transmitir matérias "pró-governo", revela o Gawker, um site de notícias sobre mídia dos EUA.

Uma pesquisa encontrou o documento entitulado "Um Plano para colocar o Partido Republicano no noticiário de TV" na Biblioteca Presidencial Richard Nixon.

O memorando faz parte de uma seção com 318 páginas que detalha os esforços de Ailes, considerado um intelectual republicano, junto às administrações de Nixon e de Bush "pai", o ex-presidente George H.W. Bush.



Contratado como consultor, ele ofereceu conselhos e expertise aos dois líderes, nos anos 70 e 90.

De acordo com o Gawker, os arquivos --que incluem notas escritas à mão-- mostram Ailes como um mago da propaganda republicana e um "incansável produtor de TV" que levava em consideração detalhes como a árvore de Natal da Casa Branca. Para ele, a televisão tinha um caráter decisivo na construção da narrativa política, diz o site.

"Ele frequentemente lançava ideias sobre a realização de eventos fabricados e estratégias para manipular a grande mídia para coberturas favoráveis, e usava seus contatos nas emissoras para evitar a ocorrência de narrativas ameaçadoras", afirma o Gawker.

Ailes chegou a montar a Television News Incorporated (TVN) no início da década de 70 como uma emissora abertamente republicana, que, embora tenha durado menos de cinco anos, serviu de embrião para o que anos mais tarde seria a Fox News.

BESSINHA

Professora do RN que criticou a educação. Mulher de Fibra !!!!!!!!!!!!!!!!

Veja por que a professora ficou conhecida

O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do amigo navegante Zé Carlos:

Olá Geórgia, tudo bem?

Lembra da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte?
Pois ela acaba de recusar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″ do Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE).
Em carta, a professora Amanda expõe seus motivos. Diz que sua luta é outra e que espera para debater a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”. (plim-plim)!
Veja a carta aqui.
(Leia abaixo – PHA)

Bom trabalho, um abraço e boa sorrrrte! Extensivos ao PHA.

zcarlos




Por que não aceitei o prêmio do PNBE


Oi,

Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.


Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.


Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.

Amanda


Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.


Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.


A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.


Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.


Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.


Saudações,
Professora Amanda Gurgel


Entenda o que é o PNBE, que já premiou a Rede Globo.

Nova lei de licitações: onde estão os ‘moralistas’ agora?

Este escândalo do possível superfaturamento em obras do Ministério dos Transportes – no qual, diga-se, a presidenta está agindo com energia e, ao mesmo tempo, habilidade de evitar uma crise na base de apoio do governo – vai direto ao ponto ao demonstrar que, ao contrário do que a grande mídia fez ver a muita gente boa, o Regime Diferenciado de Contratações – que aprovamos na Cãmara e está no Senado – é um grande instrumento contra irregularidades.
Os dois caminhos que são atribuídos pela  matéria de hoje da Folha ao suposto desvio de recursos são fechados pela nova lei. O primeiro, a contratação global, que torna o vencedor responsável pelas eventuais inadequações de projeto e proíbe a realização – salvo em conidões especialíssimas – de termos aditivos, por muitas vezes o grande “ralo” do dinheiro. O segundo, o sigilo prévio – mas não posterior – do preço-base da licitação, que dificulta muito as sabidas “combinações” de preço entre empreiteiras.
Muitos deputados tiveram de aguentar “no lombo” as consequências de serem apontados como cúmplices de uma imoralidade justamente por estarem apoiando o Governo no “fechamento” da porteira que permitia estas práticas.
Mas é assim mesmo: a mídia brasileira não tem nenhum escrúpulo. Se tivesse e olhasse com seriedade, veria que a nova lei não abre, mas fecha, os caminhos para as irregularidades.
Como, aliás, a Presidenta fechou com sua ação no caso, sem fazer o estrago na sua sustentação política que a direita está louca para que faça.

O martelinho de Serra e os bueiros explosivos

Serra, Ministro do Planejamento, bate o martelo da venda subsidiada da Light
Outro bueiro acaba de explodir no Rio de Janeiro. Uma tampa de ferro foi arremessada de uma galeria entre as ruas Dias da Rocha e Barata Ribeiro, em Copacabana, felizmente, desta vez sem provocar vítimas.
Por mais boa-vontade que se tenha, não é possível deixar de dizer que isto é um acidente.
Não há indício de que seja, também, sabotagem, pois não é possível que isso não deixasse vestígios.
O nome não pode ser outro senão incompetência e descaso com a segurança dos passantes num campo minado em que a concessionária transformou a cidade nas áreas onde sua rede é subterrânea.
Até agora, só o Ministério Público e a Prefeitura  agiram para responsabiliza-la por isso.
A Light, a jóia da privatização do setor elétrico, está um caco.
Mas, na  imprensa, até agora, não há um comentário sobre o que foi feito nestes quase 15 anos de controle – e desinvestimento – privado na empresa.
E ela, como a Eletropaulo, em São Paulo, foi comprada com dinheiro subsidiado. Pelos franceses da EDF e pelos americanos da AES, com aporte de capital do BNDES e da Eletrobras, diretamente e através da Companhia Siderúrgica Nacional, também privatizada.  depois, quando a Light privatizada comprou a Eletropaulo e separaram-se: a empresa do Rio ficou para os franceses e a de São Paulo para os americanos. E o rombo, claro, para o BNDES.
Aliás, isso só ocorreu porque Fernando Henrique mudou a legislação para permitir o financiamento do BNDES a grupos estrangeiros.
Estes dias, os comentaristas da grande imprensa e o próprio Fernando Henrique, num cinismo grosseiro, reduziram a participação do ex-presidente a um mero “ele não me atrapalhou”.
Por semelhança, então, é possível dizer que quer privatizou a Light não foi Fernando Henrique, mas Serra, seu então Ministro do Palnejamento, que bem poderia vir com aquele martelinho consertar os bueiros explosivos.
Porque no mesmo famoso vídeo onde FHC diz que Serra foi o responsável pela privatização da Vale, o ex-presidente diz, enfaticamente: “E da Light, também. Foi o Serra”.

Em alguns anos Brasil terá menos pobres que EUA, diz Santander.Presidente do banco no Brasil afirma que aumento da classe média é impressionante.

Aline Cury Zampieri, enviada à Espanha

Em alguns anos, o Brasil terá menos pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza do que os Estados Unidos. A avaliação é de Marcial Portela, presidente do Santander no País. Durante entrevista coletiva na cidade de Santander, na Espanha, ele reforçou o interesse do banco na diversificação geográfica de seus negócios e a intenção de participar da bancarização da América Latina (AL) e do Brasil.

“O Brasil deve ter um ingresso de 25 milhões de pessoas no sistema bancário em quatro anos”, afirmou. “Queremos conquistar entre 15% e 20% dessa fatia.” O Santander possui atualmente 40 milhões de clientes na América Latina, sendo metade deles no Brasil. “O fenômeno da classe média brasileira é impressionante. Nosso grande desafio é conquistar as camadas mais baixas, da classe D, nas quais ainda não temos muita experiência.”

Crédito

Portela acredita que o governo brasileiro tem tomado as medidas necessárias para conter o crédito e a inflação no país. Mas isso não significa que esteja vendo a formação de uma bolha na concessão de empréstimos. “O governo está atuando corretamente e não vai deixar a inflação passar do teto”, afirmou.

“A taxa de crescimento do crédito no Brasil é sustentável. Até um ligeiro crescimento na inadimplência será compatível com uma população que cresce muito e com elevação de salários reais. Além disso, tecnicamente não há praticamente desemprego.” No Santander, que crescia abaixo da média do crédito no Brasil, a perspectiva de Portela é de manutenção do ritmo anterior. “Continuaremos nos expandindo a uma taxa entre 17% e 18% este ano.”

Já no crédito imobiliário, o crescimento geral no Brasil é muito mais forte. De acordo com ele, se continuar nesse ritmo, o setor sentirá falta de financiamentos em cerca de dois anos.


Leia mais em: O Esquerdopata
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FHC usurpou até o velório de Itamar


A pequenez humana nunca deixa de surpreender. E certas pessoas nunca decepcionam nesse quesito.
Foi assim durante o primeiro dia útil da semana. Os telejornais exibiram uma cena patética de políticos tentando faturar mais um defunto, pois, como se sabe, todos são santificados na partida final, ainda mais quando não se deixou para trás uma história desabonadora, como é o caso de Itamar Franco.
Como que se cumpriu uma profecia: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o homem que há 17 anos reivindica para si a autoria do Plano Real, não perdeu a oportunidade de usurpar até o velório daquele de quem tanto usurpara em vida.
Notícia veiculada pelo Terra Magazine, de Bob Fernandes, no meio da tarde desse dia triste em que o Brasil se despediu de um homem que pegou uma literal bomba nas mãos e fez dela fogos de artifício, dava conta de que FHC, no velório de Itamar, voltou a reivindicar para si o que jamais lhe pertenceu.
Eis:
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Em velório de Itamar, FHC volta a reivindicar paternidade do Real
Terra Magazine
4 de julho de 2011
Ana Cláudia Barros
Uma relação “entremeada por brincadeiras”. Foi assim que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) definiu o relacionamento entre ele e o também ex-chefe do Executivo nacional, Itamar Franco. Durante o velório do político mineiro, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, FHC esqueceu as rusgas do passado, engrossou o coro dos elogios e destacou a importância de Itamar para a implantação do Plano Real, sem, entretanto, abrir mão da paternidade do projeto.
- Eu devo a Itamar por ter aberto espaço para um obscuro político da época. Sociólogo, não economista. Mal treinado ainda no Itamaraty. Por decisão do Itamar de me convocar para ser ministro da Fazenda numa época muito difícil. O plano Real foi feito por uma equipe. Eu chefiei esta equipe, mas nada disso seria feito sem o apoio irrestrito do presidente da República. Mesmo que o Itamar, lá no fundo da alma dele, não estivesse totalmente convencido. Mas ele confiava e deu a mim uma força difícil de imaginar que algum presidente pudesse dar – afirmou, sublinhando ainda o desprendimento do mineiro.
- Devo dizer mais, fez isso sem nenhum sentimento menor, sem nenhuma disputa de vaidade. Abria espaço como quem sentia aquilo com naturalidade, o que não é fácil para qualquer pessoa.
Fernando Henrique afirmou ainda que recebeu “com choque” a notícia da morte do senador.
- Nós tivemos uma relação estreita durante muitos anos. Itamar sempre foi um homem simples, extremadamente simples. No modo de viver, no modo de falar, no modo de se relacionar. Itamar foi um homem que nunca, nunca se deixou fascinar pelo poder. Sempre manteve seu modo de viver, o jeito como ele tratava as pessoas. E sempre teve um sentimento ético, que faz falta ao Brasil neste momento. Ele deixa realmente uma marca muito profunda.
O áudio da entrevista foi divulgado pela assessoria de comunicação do governo do Estado de Minas Gerais.
Terra Magazine
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“Relação entremeada por brincadeiras”, é? Não acho. Pelo que me lembro, FHC e Itamar Franco romperam em 1998, quando o tucano arrancou do Congresso Nacional a emenda constitucional que lhe permitiu disputar a reeleição, pois Itamar queria ser indicado candidato a presidente pela então coalizão tucano-pefelê.
A opinião de FHC sobre Itamar, como se vê, mudou bastante. Aquele que telejornais apresentaram como “amigo” do presidente morto ostentando aquele ar compungido, afetando uma dor que deve ter encoberto uma última vingança, dizia outra coisa sobre o falecido.
Abaixo, o passado volta a assombrar FHC.
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FHC diz que ‘o verdadeiro mineiro é aquele que não guarda rancor’
FOLHA DE SÃO PAULO
8 de julho de 2000
NIELA NAHASS
ENVIADA ESPECIAL A OURO BRANCO (MG)
O presidente Fernando Henrique Cardoso mandou ontem um recado para o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (sem partido). Em sua terceira visita a Minas após a reeleição, FHC declarou que “o verdadeiro mineiro é aquele que não guarda rancor”.
“O mineiro é o homem que se acostumou à tolerância, é o homem generoso, o homem que perdoa. Esse é o verdadeiro mineiro. O mineiro me comove, o mineiro que não guarda rancor, o mineiro que vê o futuro, que vê o crescimento de Minas Gerais. O crescimento de Minas Gerais é o crescimento do Brasil”, afirmou.
FHC mandou o recado em discurso durante a solenidade de expansão da siderúrgica Açominas, em Ouro Branco (100 km de Belo Horizonte). Itamar Franco não foi à cerimônia nem mandou representantes. O governador está rompido com o presidente desde 1998, quando não obteve legenda para disputar a Presidência.
Estavam lá políticos mineiros que apóiam o governo, como os senadores Francelino Pereira (PFL) e José Alencar (PMDB), o deputado federal Walfrido Mares Guia (PTB), o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), deputados estaduais e prefeitos.
“Não posso deixar de agradecer a presença dos representantes de Minas Gerais, da Câmara Federal, do Senado da República, de deputados estaduais e prefeitos dessa região. Todos aqueles que têm a sensibilidade para sentir que o Brasil está em um momento que precisa de coesão”, disse FHC.
Logo que assumiu o governo de Minas Gerais, Itamar Franco declarou a moratória da dívida do Estado com a União e disse que Minas seria “um front de oposição ao governo federal”.
Itamar, que ao deixar a Presidência apoiou a candidatura de FHC para sua sucessão, considera o presidente “um traidor”. Para o governador mineiro, FHC teve influência decisiva na convenção do PMDB de 98, que optou por não lançar candidatura própria nas últimas eleições presidenciais.
No início deste ano, Itamar suspendeu a moratória e foi a Brasília conversar com o ministro José Serra (Saúde), mas, na última semana, o governador voltou a radicalizar o discurso contra FHC.
Itamar defendeu o impeachment de FHC porque o governo enviou o Exército para proteger a fazenda do presidente em Buritis (MG). “Minas Gerais não aguenta mais essa enxurrada de brincadeiras que estão fazendo”, disse o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), adversário de Itamar.
Ontem, FHC gastou boa parte do discurso elogiando o Estado: disse que Minas está vivendo uma “transformação extraordinária” e que “sente uma revolução, um renascimento do Estado”.
O presidente disse que o governo vai se empenhar pela aprovação da reforma tributária, promessa cobrada pelo empresário Jorge Gerdau: “Precisamos ter segurança jurídica para poder trabalhar, não só de um governo, mas de todos. A reforma tributária é peça-chave para o desenvolvimento”, afirmou o empresário.
“Nós vamos, sim, fazer a reforma tributária com o apoio do Congresso Nacional, aqui representado pelos seus senadores e deputados que terão a capacidade de negociar os difíceis interesses contraditórios. Nós vamos fazê-la porque ela é essencial para que possamos seguir adiante nessa caminhada pela reconstrução do Brasil e da reafirmação da nossa fé nesse nosso país”, disse FHC.
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Como se vê, FHC riu por último… Ou não?
Blog Cidadania

EMPREGOS DERRETEM. NAÇÕES SE ESGOELAM. BANQUEIROS FATURAM


O executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit receberá este ano US$ 80 milhões relativos a pagamentos não salariais, além de bônus e incentivos, num volume que pode superar os US$ 200 milhões. A informação é da agência Bloomberg. O Citi foi o banco símbolo da crise engendrada pela supremacia das finanças desreguladas que esganou a economia, o emprego e a democracia em todo o planeta, como avultam os exemplos da Grécia, Espanha, Portugal etc. Foi, ademais, a instituição financeira que recebeu o maior balão de oxigênio do Estado norte- americano. Em novembro de 2008, no auge da crise,  o governo dos EUA assumiu a responsabilidade de resgatar a montanha desordenada de créditos podres e ações esfareladas que fizeram do Citi um emblema da maior crise do capitalismo desde 1929. A canalização de dinheiro dos contribuintes incluiu US$ 20 bilhões de injeção de capital para mitigar os rombos de caixa do Citi; US$ 25 bilhões em programa de ajuda oficial; garantias do Estado para US$ 306 bilhões de ativos problemáticos (créditos podres ou em processo de putrefação acelerado). Em bom português: o Citi foi estatizado, embora mantido nas mãos do mercado --essas coisas existem. A título de  prestação de contas à opinião pública, que naturalmente não digeriu bem o amparo a uma das alavancas da crise que ceifou 30 milhões de empregos no mundo, convencionou-se que o salário do presidente do Citi ficaria restrito a simbólico US$ 1 por ano. Agora se vê que os chamados ‘restos a pagar' -que podem chegar a US$ 200 milhões'- suportavam tal demagogia.  Vê-se, ademais, que, três anos depois da hecatombe, as medidas destinadas a devolver a pasta de dente ao tubo da regulação fracassaram. E a tal ponto, que, um executivo-chefe como Pandit,  dá-se ao luxo de conciliar ganhos milionários com uma queda de 87% no valor das ações do Citi desde a sua posse, em 2007. Pandit não é um caso isolado. 
(Carta Maior; 3º feira, 05/07/ 2011)

Um típico dirigente de corporação financeira dos EUA recebeu US$ 9 milhões no ano passado, contra um valor equivalente a um quarto disso em 2009. Enquanto isso, os salários dos trabalhadores em maio último, descontada a inflação, estavam 1,6% abaixo do seu valor em igual mês do ano passado. O desemprego é de 9% e quase 45 milhões de americanos recebem atualmente cupons de alimentação porque não ganham sequer para sustentar o próprio metabolismo.

O nosso futuro e o casaco de 29 reais


5 de julho de 2011 às 0:44
por Luiz Carlos Azenha
Vivemos tempos interessantes. A acreditar no noticiário, falta dinheiro aos governos.
No entanto, o Rio de Janeiro é um canteiro de obras.
E os estádios sobem.
E o BNDES — sim, eu sei, a BNDESPar — ajuda o Abílio, o Eike e outros pobres milionários.
Não, não há dinheiro para investir nos grandes equalizadores: educação pública e gratuita para todos (com bons salários para os professores) e banda larga realmente larga e universal para todos.
Lá na Coreia do Sul eles deram um jeito. Tudo bem, já entendi, sei que o país, comparado ao Brasil, é pequeno e a densidade demográfica é grande. Custaria mais caro, aqui, fazer o backbone feito lá, através do qual o estado cripto-comunista espalhou as redes de fibra ótica.
Lá foi dinheiro público financiando a iniciativa privada: quem cuidou e cuida da “última milha” são as empresas de telefonia e internet. Mas, ao controlar a infraestrutura, além de garantir a própria soberania na idade da informação, fazendo as ferrovias do século 22, o estado sul coreano ganhou poder de barganha diante das empresas privadas. Ditou as regras com um porrete na mão: lá, segundo a OECD (Organização para a o Desenvolvimento e Cooperação Econômica) 100 mbps pelo equivalente a 60 reais mensais; aqui, 1mbps por 35 reais. Nossa vantagem é que temos a Anatel para garantir que o serviço será de fato prestado nas condições propagandeadas…
[Ao contrário do que vocês imaginam, não apoio a banda larga como ferramenta para combater o PIG. É para impulsionar os pequenos empreendedores e negócios. Para facilitar a produção e disseminação de conteúdo cultural regional. Como forma de aumentar a mobilidade urbana.  Para impulsionar a indústria nacional ligada às tecnologias de informação.Como descobriram os japoneses e os sul coreanos, ter uma banda larga realmente veloz e universal cria uma série de novos "problemas" e a solução para eles exige inventividade e criatividade. Starcraft vicia, mas também cria emprego!]
Aqui, só falta escalar o ministro para vender o combo da Telefonica. Não duvido que em breve surja alguma lei exigindo número de telefone fixo para tirar documento. Aí vai ser possível empurrar dois serviços ruins combinados nas classes C e D. Aliás, o que é do projeto que extinguiria a cobrança da “mensalidade” dos telefones?
Ao contrário do que imaginávamos, vivemos o aprofundamento do sistema pelo qual os lucros são privatizados e os prejuízos, socializados. Taí o resgate de Wall Street para não me deixar mentir. Depois, a Grécia. Agora, privatizaram o Paulo Bernardo.
Como repetiu um milhar de vezes um antigo leitor deste site, hoje sumido, as empresas-casca da telefonia terceirizaram tudo. Ficaram apenas com o financeiro. E remetem os lucros obtidos no Brasil para tapar buraco na matriz. Agora, diz um executivo do banco Santander, eles vão correr atrás da classe C e D no Brasil. Como alertou a Conceição Oliveira, corram!
Ou, como disseram os bancários no Pacaembu, na final da Libertadores:

O fato é que nós, assalariados, já não temos mais representação política.
Quantos governadores ou deputados você viu, recentemente, defendendo os professores grevistas em Minas Gerais? Ou em Santa Catarina?
E os bombeiros que se amotinaram no Rio de Janeiro? Quem é que se arrisca a dar a cara a tapa e dizer que apoia a PEC 300, que aumenta os salários dos policiais?
Vejam bem, caros amigos: os salários são inflacionários! Quem sugere é ministro de um governo do Partido dos Trabalhadores!
Notaram como a falta de dinheiro público é relativa?
Depois de toda a gastança e a gatunagem que precederá a Copa do Mundo no Brasil, lá pelos fins de 2013 ainda vão tentar nos convencer de que precisamos fazer “trabalho voluntário” no evento.
E, às vezes, o que parece uma vantagem imediata pode ter consequências terríveis a longo prazo.
Como não entendo de economia, deixo para vocês os comentários. Apenas conto o causo.
1985. Acabo de desembarcar em Nova York, para trabalhar como correspondente da Rede Manchete. Um dia sim, outro também, um dos jornais importantes publica reportagem sobre um “terrível” problema do Japão: o país é fechado às grandes redes varejistas dos Estados Unidos. Por conta disso, os jornalistas estadunidenses associam os japoneses ao atraso. Os mercadinhos são um horror, os preços são altos, a qualidade é péssima, etc.
Aquele soldado japonês que não sabe que a Segunda Guerra acabou fica no mato por culpa da péssima qualidade das lojinhas “pop e mom” do Japão…
Foi a primeira campanha do PIG internacional que vi de perto, ainda que sem entender direito, na época, o que estava acontecendo.
Mais para a frente, lá pela metade dos anos 90, percebi em retrospectiva o que tinha acontecido: foi quando, nas minhas andanças pelos Estados Unidos (modéstia à parte, em meus vinte anos por lá só não fui à Dakota do Norte) descobri a grande campanha que se organizava contra o Walmart, que existe até hoje e que rendeu até mesmo um documentário, Walmart: O alto custo dos preços baixos.
Só que, se a campanha para “abrir” o Japão tinha ocupado as manchetes da grande mídia americana, a campanha local contra o Walmart mereceu um silêncio ensurdecedor…
O argumento contra o Walmart é de que o conglomerado detona o comércio local e, portanto, compromete a sobrevivência das pequenas cidades. Há um toque saudosista e conservador na campanha, quando se diz que a rede detona “the real America”. Solapa a base fiscal. Substitui centenas de salários médios por dezenas de salários miseráveis. Faz isso contando com o gigantesco poder de barganha diante dos fornecedores e, acima de tudo, com a capacidade de importar imensas quantidades de produtos baratos da China. O Walmart compra cerca de 10% de tudo o que a China exporta para os Estados Unidos!
Ontem, depois de publicar um texto de um leitor manifestando preocupação com a concentração dos supermercados no Brasil, tive a sensação de déjà vu, quando um colega jornalista contou que tinha ido ao Walmart e comprado um casaco made in China por apenas 29 reais.
Ei-lo:

A pergunta que me assalta é: corremos o risco de ver, no Brasil, o mesmo fenômeno que testemunhei nos Estados Unidos?
É possível que o Brasil enfrente ao mesmo tempo dois fenômenos contemporâneos turbinados pelo crescimento da China, a saber: a desindustrialização e o “desvarejo”?
Qual é o risco de a gente, gastando os tubos na Disney – agora que o Disney On Ice no Brasil é bancado com dinheiro público –  descobrir, de repente, que só nos resta produzir alimentos para os porcos asiáticos?
Se eu comprar o casaco de 29 reais, é bom porque combato a inflação ou é ruim porque exporto um emprego para a China?

Abin identifica as ONG'S estrangeiras que boicotam Belo Monte

(clique na imagem para ampliar)

(clique na imagem para ampliar)
(clique na imagem para ampliar)
(clique na imagem para ampliar)
O relatório de inteligência no. 251/82260, de 9 de maio de 2011, da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, identifica, uma por uma, as organizações estrangeiras que boicotam a construção da Usina de Belo Monte.

Como se sabe, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, que não vai alagar uma única moradia, um puxadinho, uma lavoura de indígena brasileiro.

E significará um passo decisivo na estratégia para o Brasil assegurar uma matriz energética limpa, renovável – e genuinamente nacional.

Essas organizações identificadas pela ABIN mantêm uma relação de afinidade ideológica estrutural com os grupos “verdistas” que se opõem, por exemplo, ao Código Florestal.

O Código, da mesma forma, cria o marco regulatório que preserva a integridade patrimonial do pequeno agricultor e assegura a expansão do grande empreendedor agrícola genuinamente brasileiro.

Atacar Belo Monte e acusar o Código de “perdoar o desmatador”e Belo Monte de “monstro” que vai “destruir a floresta” são a cara e a coroa dos mesmos interesses não-brasileiros.

O “verde” é a nova ideologia Metropolitana.

Não é à toa que a Bláblárina, desde sempre, foi a candidata que seguia a linha auxiliar do Cerra.

Porque o “verdismo” é uma nova forma de neoliberalismo.

Por falar nisso, interessante que o PT tenha tanta dificuldade de defender o “interesse nacional”.

O PT parece precisar, sempre, do aval dos Estados Unidos.

Da Metrópole.

Para não parecer bicho papão.

Enquanto estava na Casa Civil (como se sabe, ele foi embora pra não identificar os fregueses), Tony Palocci pressionou para que o Código  Florestal respeitasse a pressão dos estrangeiros.

O PT parece intimidado diante das ONGs americanas que boicotam Belo Monte e o Código.

(Os trabalhistas ingleses também são assim. Não querem dar a impressão de que defendem o interesse nacional inglês, contra os Estados Unidos. Foi numa dessas que o Tony Blair se enfiou no Iraque com o George Bush.)

O relatório da ABIN tem esse valor.

Dá nome aos bois.

Dos estrangeiros.

Dos brasileiros a gente, aos poucos, identifica por aqui.


Paulo Henrique Amorim

Redação Conversa Afiada

Além de vender a Vale, ele vendeu a Light. Um jenio !

Segundo O Globo, os bueiros da Light explodem nas ruas do Rio à razão de quatro por dia !

A reportagem do Globo mostra a dificuldade de o poder público obrigar a Light a impedir as explosões – já houve mortes – ou puní-la.

É uma situação inacreditável em que a empresa decide se quer se punir ou não.

Absurdo que se pode repetir com o “PNBL do Bernardo, em que as telefônicas não vão fazer nada muito diferente do que fazem hoje”.

Em São Paulo, a Eletropaulo não consegue produzir eletricidade quando chove, segundo o testemunho insuspeito do tucano Governador do Estado.

Nas duas pontas – Light e Eletropaulo – figurou, exuberante, na privatização do Farol de Alexandria, a empresa americana AES.

Foi uma privatização que se lubrificou com o BNDES, da mesma forma que se lambuzaria a francesa do Abiliô: o casamento do Pão de Açúcar com o Carrefour.

(Se os franceses do Casino fossem bobos.)

Ou, como diz o Zé Simão: o pão é francês mas a rosca é brasileira.

Esse BNDES …

(Diz a Folha (*) na primeira página que a operação do Abiliô foi para o saco. Bem que este ansioso blogueiro avisou que o Abílio não era o Dantas e nem o Casino os fundos de pensão da BrOi.)

Quando os bueiros  do Rio explodem, explode  junto o programa de privatização do Farol de Alexandria.

Ele fez uma privatização sem xerife.

Sem controle.

Sem punição.

Tão desastrosa para o consumidor que nenhum tucano candidato a presidente consegue defendê-la.

O Geraldo Alckmin em 2006 vestiu o colete da Petrobras.

A campanha do Cerra de 2010, além de mostrar um cano que ia de Sergipe ao Ceará – até hoje ele não explicou o que ia fazer com o cano – acusou a Dilma de entreguista e se apresentou como mais  estatista que o Chávez.

Se os homens públicos brasileiros tivessem um grama da coragem do Brizola, em nome do interesse público, recompravam a Light e a Eletropaulo por R$ 1 – R$ 1 pelas duas.


Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.