Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 28 de setembro de 2014

BLÁBLÁ: ASSIM SE FEZ UMA ENTREGUISTA ! O passo-a-passo de uma carreira para fazer o desmanche do interesse nacional brasileiro.

Delmiro (Gouveia) deu a ideia, Apolônio aproveitô, Getúlio fez o decreto e Dutra realizô

visita de Bláblárina aos Estados Unidos na reta final da campanha a Presidente é apenas uma metáfora.

Ela foi a Roma.

Ela foi entregar o ouro.

A carreira de Bláblá é por si só uma estratégia de desmanche do Estado nacional e a alienação dos interesses nacionais brasileiros.

A fadinha da floresta está mais para a floresta (desmatada) do Pacific Northwest do que para a Amazônia.

(Porque lá não tem “Código Florestal”….)

Ela é um instrumento dos americanos, disfarçada de “única candidata negra”, que “passou fome” (passou mesmo ?) e saiu do meio do mato.

Vamos analisar como a carreira dessa dissimulada é a de um entreguista consistente.

Por que ela é contra Belo Monte, que seus apoiadores chamam de “Belo Monstro” ?

(A NeoEnergia deu-lhe uma resposta à altura.)

Por que ela tentou usar a cópula dos bagres para impedir a construção de Jirau e Santo Antonio no Madeira ?

Porque o patrimônio energético do Brasil é uma dádiva.

NENHUM país do mundo tem a possibilidade de se mover com a energia limpa e RENOVÁVEL como a hidro-eletricidade.

O Brasil tem água e tem chuva.

E ninguém sabe construir hidrelétrica como o brasileiro, desde Paulo Afonso.

(Clique aqui e se emocione com Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e ouça “Paulo Afonso” – leia “em tempo”)

Um dos pais do neolibelismo pátrio, Eugenio Gudin dizia que não era preciso construir Paulo Afonso porque o Nordeste não tinha demanda que justificasse.)

É um valor estratégico imenso e, por isso, um instrumento de nossa singularidade como força econômica mundial.

E, portanto, não interessa aos Estados Unidos, no que era seu quintal, enfrentar um concorrente com esse ativo permanente.

Bláblá já tem uma conta a ajustar com o Brasil, breve, quando deixar a ribalta da campanha eleitoral e se recolher à dimensão verdadeira.

É a conta do “fio d’água”.

Instalada no Ministério do Meio-Ambiente, foi ela quem deu  que deu curso às teses americanas que obrigaram as hidrelétricas brasileiras a abandonar o sistema da queda d’água se se tornar a ”fio d’água”.

Esses pseudo-verdes – que são azul e vermelho – conseguiram roubar do patrimônio energético brasileiro mil e mil megawatts com a defesa dos saguis e de meia dúzia de indígenas, que viveriam muito melhor com as hidrelétricas cheias do que em suas aldeias precárias.

Essa conta ela ainda vai pagar – politicamente.

Quando o Brasil passar a defender – como fazem os americanos, com unhas e dentes – seu interesse nacional.

Veja o depoimento do ansioso blogueiro sobre o nefasto papel dos “verdes” em Teles Pires.

Por que ela não dá a menor prioridade ao pré-sal ?

Porque os Estados Unidos dão.

E porque os americanos levam o pré-sal a sério,  recriaram a 4ª Frota.

Com um comandante negro.

Ela vai ficar estacionada entre o pré-sal brasileiro e o pré-sal da costa Ocidental da África.

O pré-sal é o bilhete ÚNICO para um Brasil desenvolvido, saudável e educado.

Renunciar ao pré-sal é um crime de lesa-pátria !

Uma traição !

Entregá-lo aos americanos da Chevron é outra !

É por isso que a CIA e a NSA não estão minimamente interessados no que os brasileiros falam: eles querem saber o que a Petrobras fala !

E por isso fizeram entroncar no fundo do Atlântico brasileiro e africano sua rede de cabos de espionagem.

Por que ela foi contra o “Código Florestal” do Aldo Rebelo, a mais moderna legislação do mundo sobre a matéria ?

Porque ela quer fazer o desmanche do agro-negócio brasileiro.

Pode botar mil Betos Albuquerques ao lado dela, porque não serão capazes de apagar de seu currículo a hostilidade ao agro-negócio.

Agro-negócio, que, entre outras virtudes, reduziu dramaticamente o peso da alimentação na renda do brasileiro.

O Brasil tem uma das alimentações mais baratas do MUNDO !

Por que ?

Porque esse agro-negócio que ela quer desmanchar é muito, muito eficiente !

Ela não quer que a soja, o milho, o algodão e a carne brasileiras sejam competitivas a ponto de fechar a agricultura americana, se não fosse protegida pelas mais sólidas barreiras protecionistas do mundo !

E lá vem os neolibelês na boleia do caminhãozinho dela defender uma política externa “aberta” com os Estados Unidos.

Por isso ela foi e é contra os transgênicos.

Porque ela não faz uma passeata em Iowa, em Illinois e diz que os transgênicos dão câncer ?

Leva o Beto junto !

Por que ela é contra o Mercosul ?

O Cerra, o Fernando Henrique e o Titio que detêm o controle da chave também são contra o Mercosul.

Preferem a ALCA, que transformou o México num Estado Associado aos Estados Unidos – um grande Porto Rico.

Como o Brasil sepultou a ALCA, sob a batuta de Lula e Celso Amorim, agora eles reinventaram o Pacto do Pacífico.

O que significa o Pacto do Pacífico ?

Entregar a América do Sul aos americanos, já que o Mercosul e a Unasul são instrumentos da resistência à hegemonia americana.

O Pacto do Pacífico reúne a Colômbia, já praticamente mexicanizada, e o Chile,  além de todos os países asiáticos que são contra a China !

Contra China.

Porque o Pacto Pacífico é um pacto americano, pluri-continental contra a China – e o Brasil !

E por que a Bláblá  – e os Estados Unidos – querem detonar os BRICs e seu banco ?

Não interessa  à hegemonia americana uma organização alternativa.

Uma “world order”, como diz o último livro do Henry Kissinger, que não reproduza o Império.

E é por isso que a Bláblárina vem com essa conversinha mole de “sustentabilidade”.

“A sustentabilidade se sustenta no sustentável”.

Porque os Estados Unidos agridem a China com a poluição de Beijing.

Mal sabem eles que a China vai substituir a geração a carvão em Beijing por termas a gás.

A China desenvolve, hoje, os mais modernos mecanismos de combate à poluição do mundo.

Enquanto os Estados Unidos e o shale gas, o óleo de xisto,  poluem com o apoio feroz do Partido Republicano, o Brasil, consistentemente – depois que ela saiu do Ministério -, reduz o desmatamento da Amazônia.

E o mesmo lenga-lenga americano dos “direitos humanos” ?

É conversa para atingir a Rússia e a China – dos BRICS – e se esquecer da Arábia Saudita, uma das sociedades mais agressoras dos direitos humanos !

Por que ela é contra o BNDES e tomou aquela tesourada ?

Porque o BNDES é o Pentagono do Brasil.

Apesar dos absurdos como o financiamento à BrOi, em vias de extinção (e sobre a BrOi ela e o PiG se calam), apesar da BrOi, o BNDES, o maior banco de investimentos do MUNDO, é para financiar o Brasil.

Como o Pentagono financia a indústria e a pesquisa “privadas” americanas.

O BNDES do Dr Getúlio e do JK é para botar dinheiro nos interesses nacionais brasileiros.

(O FHC pretendia transforma-lo num banco de investimentos, como o Morgan Stanley de Francisco Gros …)

Por isso, a Bláblá quer substituir o BNDES pelo Acordo do Trigo, o Ponto 4, o Eximbank …

Ela também não vai tirar incentivos, mas “qualificar”…

Quer fechar o Banco do Brasil e a Caixa para “qualificar” o crédito e descapitalizar o Minha Casa Minha Vida, a infra-estrutura e o financiamento da safra.

Quer “reavaliar”, “meditar sobre” a CLT ?

Para ajudar o Citibank a terceirizar, o Citibank que ofereceu o seu “tesoureiro de campanha”, Álvaro de Souza, ex-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

E a indústria da Defesa, para proteger o pré-sal ?

A Marinha do Brasil constrói em Itaguaí uma moderna e poderosa indústria de submarinos.

Trabalha, no momento, com três mil operários no canteiro de obras, em submarinos convencionais a diesel-eletricidade.

Daqui a pouco, começa a construir o submarino a propulsão nuclear.

Sabe por que, amigo navegante ?

Porque o Brasil tem reservas fabulosas de urânio e desenvolveu uma tecnologia própria, Made in Brazil, tupiniquim, de enriquecimento de urânio.

Que os americanos adorariam conhecer …

É por isso que ela é contra a energia nuclear !

Os americanos e europeus se entopem de energia nuclear e ela quer que a gente viva à base de energia do cuspe.

(Não me venha com energia eólica, porque a Dilma montou o segundo maior parque eólico do MUNDO !)

O Brasil vai ser um dos seis países do mundo capazes de produzir, em escala, submarinos nucleares: para defender o pré-sal e exportar !

Ela ainda não teve tempo de entregar Itaguaí ao Pentágono.

Mas, chega lá, até as eleições.

Se é que já não entregou nessa insólita viagem !

Em tempo: aqui, a letra de Humberto Teixeira, um gênio !

Delmiro (Gouveia) deu a idéia

Apolônio aproveitô

Getúlio fez o decreto

E Dutra realizô

O presidente Café

A usina inaugurô

E graças a esse feito

De homens que tem valô

Meu Paulo Afonso foi sonho

Que já se concretizô


Olhando pra Paulo Afonso

Eu louvo nosso engenheiro

Louvo o nosso cassaco

Caboclo bom verdadeiro

Oi! Vejo o Nordeste

Erguendo a bandeira

De ordem e progresso

A nação brasileira

Vejo a industria gerando riqueza

Findando a seca

Salvando a pobreza


Ouço a usina feliz mensageira

Dizendo na força da cocheira

O Brasil vai, o Brasil vai

O Brasil vai, o Brasil vai

Vai, vai, vai, vai, vai, vai



Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Bláblá mente sobre o BNDES E sobre Belo Monte e etc etc




Na entrevista no Mau Dia Brasil, quando foi gentilmente poupada do jatinho em que viajou dez vezes, Bláblárina mentiu sobre Belo Monte.

E sobre o BNDES, como se vê nesse irrespondível artigo de Fábio Kerche, originalmente publicado na Fel-lha (dicionarizada):


Marina e o BNDES

Fábio Kerche


O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.


Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.


É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.


Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Senão, vejamos.


Nesta quinta-feira (25), em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a candidata disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”. O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.


Em primeiro lugar, o BNDES não “dá” dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.


Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual “sumiço” de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.


Em relação aos empresários “falidos”, talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.


Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.


Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas de cerca de 20% do total liberado na primeira década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.


Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são seus clientes. Como sustentar que o BNDES escolhe “meia dúzia” se o banco apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?


A candidata Marina lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não a transforma em verdade. Isso também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.


FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, é assessor da Presidência do BNDES. Foi secretário-adjunto e secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Lula)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O bagre do Rio Madeira continua lá. E a eletricidade está aqui

bagre

Semana que vem, quando Marina Silva estiver sendo entrevistada no Jornal Nacional, sete de cada 100 pessoas que a assistirão estarão com a TV ligada graças à energia da Usina Santo Antonio, no Rio Madeira.
Aquela que, quando era Ministra, ela não queria deixar construir, alegando que os bagres desapareceriam do rio.

Os bagres continuam lá, graças ao trabalho de manejo ambiental desenvolvido por vários órgãos, entre eles a Universidade Federal do Amazonas e a de Rondônia, que pode ser consultado aqui por quem o desejar, numa publicação de onde tiro a bela imagem acima. Alguns ganharam até chips para serem monitorados na sua migração para a desova, por um canal artificial.

Ontem, começou a funcionar a 30ª das 50 turbinas que a usina terá em funcionamento até agosto do ano que vem.

Juntas, elas geram mais de 2 mil Megawatt, o equivalente a toda – reparem, toda mesmo – a economia que está sendo feita na geração dos reservatórios do Sudeste, castigados pela estiagem.

Para o Brasil retomar o ritmo de crescimento na casa dos 5%, como é preciso, o acréscimo da demanda de energia elétrica é na casa de uma usina destas por ano.

E não é possível que uma pessoa com um mínimo de capacidade de raciocínio ache que isso vai ser suprido pelos cataventos das usinas eólicas. Elas são importantes, mas inconstantes: ontem, geraram 1,5 MW médios, dias atrás, 600. Depende, é claro, do vento.

É possível e necessária a conciliação entre preservação do meio-ambiente e aproveitamento hidrelétrico dos rios.

Assim como é mentira que se possa produzir energia sem impacto ambiental – até as eólicas têm – é demagogia terrível e destrutiva achar que se pode privar o Brasil de energia suficiente para seu desenvolvimento econômico, porque é este que gera o desenvolvimento social.

Do contrário, é a miséria e nada é mais destrutivo ao meio ambiente que a miséria, que empurra nossos irmãos para as periferias, avança sobre as áreas de preservação e torna a vida humana degradada e degradante.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

LEMBRA DO BAGRE? BLÁBLÁRINA NÃO É SUSTENTÁVEL Se ela fechar as hidrelétricas e substituir por sol e vento, haverá desemprego em massa.

Saiu na colona (*) do Ataulfo Merval de Paiva (**):

O DISCURSO DE CADA UM



(…)

O fato de Marina continuar subindo como conseqüência da onda dos protestos mostra que há uma parcela silenciosa do eleitorado que vê nela a alternativa de uma maneira diferente de fazer política. Mesmo que as grandes manifestações espontâneas tenham refluído, o sentimento de insatisfação continua latente.

(…)

Marina Silva pode ter dificuldades para ser o escoadouro dessa insatisfação se não colocar de pé sua Rede de Sustentabilidade. Qualquer partido político gostaria de tê-la como candidata, mas aí terá que fazer acordos com os tais políticos tradicionais, o que retirará, pelo menos em parte, sua legitimidade.
O Ataulfo, como se sabe, é a biruta do aeroporto da Big House.
E a biruta está desnorteada.
Não sabe para onde apontar.
É que o PT tem dois candidatos e a Big House nenhum – diz o amigo navegante Mario Trovas.
As “pesquisas” ressuscitaram a Bláblárina, que, como diz o Mauricio Dias,corre o risco de ficar sem a Rede e cair no colo do Penna, do Partido Verde.
(O amigo navegante se lembra de a Blablárina fugir do Partido Verde ameaçando denunciar cobras e lagartos e não denunciou uma cambaxirra …)
O Nunca Dantes saiu-se com uma demolidora: a Marina não é sustentável …
Disse o Lula, ao Estadão, pag. A6: “Não vejo nenhuma modernização quando você quer deixar partidos e políticos de lado”.
E completou: “Dilma já está reeleita, o que incomoda uma parte da sociedade elitista brasileira” – e seus porta-vozes.
A Bláblárina, como se sabe, é o exemplo mais sublime do “soft power” de uma parte da Big House brasileira.
A Bláblárina tem problemas com Darwin, com a evolução das espécies, com a pesquisa com células tronco, e, acima de tudo, com a construção de usinas hidrelétricas, uma fonte de energia renovável, barata, e que só o Brasil tem na quantidade que tem e com a tecnologia que acumulou.
Ela é contra.
Prefere a energia do vento e do sol.
Se o amigo navegante fechar todas as hidrelétricas e só produzir energia do vento e do sol, a economia do Brasil quebra e o desemprego será em massa.
Essa é a sustentabilidade da Bláblarina.
Conta-se que o presidente Lula já estava irritado com a demora da Bláblárina, então Ministra do Verde, em concordar com a construção das usinas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira.
Duas obras primas de energia renovável e barata, amiga do meio ambiente.
O que era para estar aprovado em seis meses já ia para dois anos, por causa do verdismo bláblárínico.
Até que houve uma reunião decisiva.
A certa altura, a Bláblárina cede a palavra a uma bagróloga, especialista em bagres: em cópula de bagre e em piracema de bagre.
A bagróloga atormentou o Nunca Dantes.
Ela demonstrou que os bagres não copulariam em paz e não desovariam com as duas usinas.
O Nunca Dantes entraria para a História da Humanidade como o Genocida dos Bagres.
O Nunca Dantes ouviu quieto e convocou uma nova reunião para daí a duas semanas.
Quando a Blablárina deu de novo a palavra à bagróloga, e Lula fez a primeira intervenção.
Mas, a senhora se refere ao bagre Veludo ou ao bagre Sari ?
Porque, como a senhora sabe, entre um e outro há diferenças essenciais no que concerne à piracema.
A bagróloga se entupiu.
Respondeu titubeante, engatou uma réplica, e o Nunca Dantes interrompeu: não, a senhora me desculpe, insigne bagróloga, mas quem copula nessa posição é o bagre Papai.
E continou: já a piracema do bagre Urutu…
E lá foi o Nunca Dantes a consultar umas anotações do próprio punho, que tinha à frente.
Diante da perplexidade da bagróloga e da Bláblárina, ele suspendeu a reunião e disse:
- Marina, daqui a 15 dias você volta para me explicar como vão ser feitas Santo Antonio e Jirau. E, não, se podem ser feitas.
Poucos dias depois, a Bláblárina pediu as contas e botou a culpa na Dilma …
É com esse jenio que a Big House vai realizar a piracema dos bagres.
Ou a cópula.



Em tempo: o Lula teve aulas com uma bagróloga progressista…


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cadê os artistas da Globo?



Foto-legenda: Parasita borracho metido a matador. É inacreditável o comportamento do rei da Espanha, Juan Carlos. A Europa e a própria Espanha ardem na crise financeira que se revela uma crise de legitimidade do sistema, e o rei vai para a Botsuana, na África, caçar elefantes a tiro de espingarda. [E ainda posa orgulhoso para a posteridade em fotos indecentes.] Em pleno século 21 o sujeito se acha - continua achando - que é um eleito de Deus, e portanto, acima da realidade que permeia o homem comum e o cidadão médio. Em outubro de 2004 o sujeito-divino espanhol já havia indignado os ativistas ambientais depois de matar nove ursos (um dos quais era uma fêmea grávida), na Romênia. Em agosto de 2006, Juan Carlos caçou completamente embriagado na Rússia, segundo informaram autoridades russas. Dias atrás, o PP, partido protofascista que governa a Espanha, aprovou medidas de austeridade para o País. Dentre essas medidas estão cortes de 42% nas despesas com atendimento infantil, 39% de cortes no atendimento social a idosos e - pasmem - apenas 2% de cortes no custeio da Casa Real de Espanha.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Justiça refunda a censura. (No Pará, também)


Na foto, Cecílio, um empresário que dignifica a Justiça!

O Conversa Afiada atende a sugestão dos professores Venício Lima e Bernardo Kucinski e publica esse depoimento histórico: como a Justiça (do Pará, também) refundou a censura a jornalistas do Brasil.
Alô, alô, D Judith, não vai protestar ?
Caros amigos:
Peço que disseminem a mensagem recebida do Lucio Flavio Pinto de Belem do Para.
B. Kucinski
O Grileiro vencerá?
Como já é do conhecimento público, em 1999 escrevi uma matéria no meu Jornal Pessoal denunciando a grilagem de terras praticada pelo empresário Cecílio do Rego Almeida, dono da Construtora C. R. Almeida, uma das maiores empreiteiras do país, com sede em Curitiba, no Paraná. Embora nascido em Óbidos, no Pará, Cecílio se estabeleceu 40 anos antes no Paraná. Fez fortuna com o uso de métodos truculentos. Nada era obstáculo para a sua vontade.
Sem qualquer inibição, ele recorreu a vários ardis para se apropriar de quase cinco milhões de hectares de terras no rico vale do rio Xingu, no Pará, onde ainda subsiste a maior floresta nativa do Estado, na margem direita do rio Amazonas, além de minérios e outros recursos naturais. Onde também está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte, para ser a maior do país e a terceira do mundo.
Os 5 milhões de hectares já constituem território bastante para abrigar um país, mas a ambição podia levar o empresário a se apossar de área ainda maior, de 7 milhões de hectares, o equivalente a 8% de todo o Pará, o segundo maior Estado da federação brasileira. Se fosse um Estado, a “Ceciliolândia” seria o 21º maior do Brasil.
Em 1996, na condição de cidadão, atendi a um chamado do advogado Carlos Lamarão Corrêa, diretor do Departamento Jurídico do Iterpa (Instituto de Terras do Pará), e o ajudei a preparar uma ação de anulação e cancelamento dos registros das terras usurpadas por C. R. Almeida, com a cumplicidade da titular do cartório de registro de imóveis de Altamira e a ajuda de advogados inescrupulosos. A ação foi recebida pelo juiz da comarca, Torquato de Alencar, e feita a averbação da advertência de que aquelas terras não podiam ser comercializadas, por estarem sub-judice, passíveis de nulidade.
Os herdeiros do grileiro podem continuar na posse e no usufruto da pilhagem, apesar da decisão, porque a grilagem recebeu decisão favorável dos desembargadores João Alberto Paiva e Maria do Céu Cabral Duarte, do Tribunal de Justiça do Estado. Deve-se salientar que essas foram as únicas decisões favoráveis ao grileiro nas instâncias oficiais, que reformaram a deliberação do juiz de Altamira.
Com o acúmulo de informações sobre o estelionato fundiário, os órgãos públicos ligados à questão foram se manifestando e tomando iniciativas para evitar que o golpe se consumasse. A Polícia Federal comprovou a fraude e só não prendeu o empresário porque ele já tinha mais de 70 anos. O próprio poder judiciário estadual, que perdeu a jurisdição sobre o caso, deslocado para a competência da justiça federal, a partir daí, impulsionado pelo Ministério Público Federal, tomando rumo contrário ao pretendido pelo grileiro, interveio no cartório Moreira, de Altamira, e demitiu todos os serventuários que ali trabalhavam, inclusive a escrivã titular, Eugênia de Freitas, por justa causa.
Carlos Lamarão, um repórter da revista Veja (que chegou a ser mantido em cárcere privado pelo empresário e ameaçado fisicamente) e o vereador Eduardo Modesto, de Altamira, processados na comarca de São Paulo por Cecílio Almeida, foram absolvidos pela justiça paulistana. O juiz observou que essas pessoas, ao invés de serem punidas, mereciam era homenagens por estarem defendendo o patrimônio público, ameaçado de passar ilicitamente para as mãos de um particular.
De toda história, eu acabei sendo o único punido. A ação do empreiteiro contra mim, como as demais, foi proposta no foro de São Paulo. Seus advogados sabiam muito bem que a sede da ação era Belém, onde o Jornal Pessoal circula. Eles queriam deslocar a causa por saberem das minhas dificuldades para manter um representante na capital paulista. A juíza que recebeu o processo, a meu pedido, desaforou a ação para Belém, como tinha que ser. Hoje, revendo o que passei nestes 11 anos de jurisdição da justiça do Pará, tenho que lamentar a mala suerte de não ter ficado mesmo em São Paulo, com todas as dificuldades que tivesse para acompanhar a tramitação do feito.
A justiça de São Paulo foi muito mais atenta à defesa da verdade e da integridade de um bem público ameaçada por um autêntico “pirata fundiário”, do que a justiça do Pará, formada por homens públicos, que deviam zelar pela integridade do patrimônio do Estado contra os aventureiros inescrupulosos e vorazes. Esta expressão, “pirata fundiário”, C. R. Almeida considerou ofensiva à sua dignidade moral e as duas instâncias da justiça paraense sacramentaram como crime, passível de indenização, conforme pediu o controverso empreiteiro.
Mesmo tendo provado tudo que afirmei na primeira matéria e nas que a seguiram, diante da gravidade do tema, fui condenado, graças a outro ardil, montado para que um juiz substituto, em interinidade de fim de semana, pela ausência circunstancial da titular da 1ª vara cível de Belém, sem as condições processuais para sentenciar uma ação de 400 páginas,
me condenasse a pagar ao grileiro indenização de 8 mil reais (em valores de então, a serem dramaticamente majorados até a execução da sentença), por ofensa moral.
A sentença foi confirmada pelo tribunal, embora a ação tenha sido abandonada desde que Cecílio do Rego Almeida morreu, em agosto de 2008; mesmo que seus sucessores ou herdeiros não se tenham habilitado; mesmo que o advogado, que continuou a atuar nos autos, não dispusesse de um novo contrato para legalizar sua função; mesmo que o tribunal, várias vezes alertado por mim sobre a deserção, tenha ignorado minhas petições; mesmo que, obrigado a extinguir a minha punibilidade, arquivando o processo, haja finalmente aberto prazo para a habilitação da parte ativa, que ganhou novo prazo depois de perder o primeiro; mesmo que a relatora, confrontada com a argüição da sua suspeição, que suscitei, diante de sua gravosa parcialidade, tenha simplesmente dado um “embargo de gaveta” ao pedido, que lhe incumbia responder de imediato, aceitando-o ou o rejeitando, suspendendo o processo e afastando-se da causa; mesmo que tudo que aleguei ou requeri tenha sido negado, para, ao final, a condenação ser confirmada, num escabroso crime político perpetrado pela maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará que atuaram no meu caso, certamente inconformados com críticas e denúncias que tenho feito sobre o TJE nos últimos anos, nenhuma delas desmentida, a maioria delas também completamente ignorada pelos magistrados citados nos artigos. Ao invés de cumprir as obrigações de sua função pública, eles preferem apostar na omissão e na desmemoria da população. E no acerto de contas com o jornalista incômodo.
Depois de enfrentar todas as dificuldades possíveis, meus recursos finalmente subiram a Brasília em dezembro do ano passado. O recurso especial seguiu para o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Ari Pargendler, graças ao agravo de instrumento que impetrei (o Tribunal do Pará rejeitou o primeiro agravo; sobre o segundo já nada mais podia fazer).
Mas o presidente do STJ, em despacho deste dia 7, disponibilizado no dia 10 e a ser publicado no Diário da Justiça do dia 13, negou seguimento ao recurso especial. Alegou erros formais na formação do agravo: “falta cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, do inteiro teor do acórdão proferido nos embargos de declaração e do comprovante do pagamento das custas do recurso especial e do porte de retorno e remessa dos autos”.
Recentemente, a justiça brasileira impôs novas regras para o recebimento de agravos, exigindo dos recorrentes muita atenção na formação do instrumento, tantos são os documentos cobrados e as suas características. Podem funcionar como uma armadilha fatal, quando não são atendidas as normas formais do preparo.
A falta de todos os documentos apontada pelo presidente do STJ me causou enorme surpresa. Participei pessoalmente da reunião dos documentos e do pagamento das despesas necessárias, junto com minha advogada, que é também minha prima e atua na questão gratuitamente (ou pró-bono, como preferem os profissionais). Não tenho dinheiro para sustentar uma representação desse porte. Muito menos para arcar com a indenização que me foi imputada, mais uma, na sucessão de processos abertos contra mim pelos que, sendo poderosos, pretendem me calar, por incomodá-los ou prejudicar seus interesses, frequentemente alimentados pelo saque ao patrimônio público.
Desde 1992 já fui processado 33 vezes. Nenhum dos autores dessas ações teve interesse em me mandar uma carta, no exercício de seu legítimo direito de defesa. O Jornal Pessoal publica todas as cartas que lhe são enviadas, mesmo as ofensivas, na íntegra. Também não publicaram matérias contestando as minhas ou, por qualquer via, estabelecendo um debate público, por serem públicos todos os temas por mim abordados. Foram diretamente à justiça, certos de contarem com a cumplicidade daquele tipo de toga que a valente ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, disse esconderem bandidos, para me atar a essa rocha de suplícios, que, às vezes, me faz sentir no papel de um Prometeu amazônico.
Não por coincidência, fui processado pelos desembargadores João Alberto Paiva e Maria do Céu Duarte, o primeiro tendo como seu advogado um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, à frente de uma das mais conceituadas bancas jurídicas do Distrito Federal. O ex-ministro José Eduardo Alckmin, que também advogava para a C. R. Almeida, veio a Belém para participar de uma audiência que durou cinco minutos. Mas impressionou pela sua presença.
O madeireiro Wandeir dos Reis Costa também me processou. Ele funcionou como fiel depositário de milhares de árvores extraídas ilegalmente da Terra do Meio, que o Ibama apreendeu em Altamira. Embora se declarasse pobre, ele se ofereceu para serrar, embalar e estocar a madeira enquanto não fosse decidido o seu destino. Destino, aliás, antecipado pelo extravio de toras mantidas em confinamento no próprio rio Xingu. Uma sórdida história de mais um ato de pirataria aos recursos naturais da Amazônia, bem disfarçado.
Apesar de todas essas ações e do martírio que elas criaram na minha vida nestes últimos 20 anos, mantenho meu compromisso com a verdade, com o interesse público e com uma melhor sorte para a querida Amazônia, onde nasci. Não gostaria que meus filhos e netos (e todos os filhos e netos do Brasil) se deparassem com espetáculos tão degradantes, como ver milhares de toras de madeira de lei, incluindo o mogno, ameaçado de ser extinto nas florestas nativas amazônicas, nas quais era abundante, sendo arrastadas em jangadas pelos rios por piratas fundiários, como o extinto Cecílio do Rego Almeida. Depois de ter sofrido todo tipo de violência, inclusive a agressão física, sei o que me espera. Mas não desistirei de fazer aquilo que me compete: jornalismo. Algo que os poderes, sobretudo o judiciário do Pará, querem ver extinto, se não puder ser domesticado conforme os interesses dos donos da voz pública.
Vamos tentar examinar o processo e recorrer, sabendo das nossas dificuldades para funcionar na justiça superior de Brasília, onde, como regra, minhas causas sempre foram vencedoras até aqui, mesmo sem representação legal junto aos tribunais do Distrito Federal.
Decidi escrever esta nota não para pressionar alguém nem para extrapolar dos meus direitos. Decisão judicial cumpre-se ou dela se recorre. Se tantos erros formais foram realmente cometidos no preparo do agravo, o que me surpreendeu e chocou, paciência: vou pagar por um erro que impedirá o julgador de apreciar todo meu extenso e profundo direito, demonstrado à exaustão nas centenas de páginas dos autos do processo. Terei que ir atrás da solidariedade dos meus leitores e dos que me apoiam para enfrentar mais um momento difícil na minha carreira de jornalista, com quase meio século de duração. Espero contar com a atenção das pessoas que ainda não desistiram de se empenhar por um país decente.
Belém (PA), 11 de fevereiro de 2012
Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Brasil aceita redução compulsória de emissões. Chora, Bláblárina, chora !


Saiu no G1:

Brasil diz que aceita entrar em acordo global para reduzir emissões


Ministra do Meio Ambiente discursou na Conferência do Clima da ONU. Negociação sobre gases-estufa pode começar ‘o mais cedo possível’, disse.


Dennis Barbosa Do Globo Natureza, em Durban


A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira discursou nesta quinta-feira (8) na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Durban, na África do Sul, e afirmou que o Brasil está disposto a negociar um novo acordo de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa que inclua todos os países e que tenha caráter de cumprimento obrigatório (legalmente vinculante).


“Se todos, repito todos, trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção [do Clima da ONU], baseado nas recomendações da ciência, que inclua todos os países para o período imediatamente após 2020”, discursou no plenário da conferência, que reúne mais de 190 países.


Até então, o Brasil não havia sinalizado claramente que aceitaria negociar um tratado em que também assumisse metas de redução de emissões de cumprimento obrigatório mediante a comunidade internacional.


O discurso de Izabella Teixeira está em linha com o plano da União Europeia de negociar esse acordo global a entrar em vigor apartir de 2020, junto com a renovação do Protocolo de Kyoto, único acordo de cumprimento obrigatório atualmente em funcionamento.


A China, maior emissora de gases-estufa, também sinalizou que está disposta a estabelecer esse “caminho negociatório” até 2020 e se comprometer a reduções, ainda que com uma série de condições.


Desta forma, os EUA têm ficado isolados e têm sido acusados de serem o maior entrave a avanços na COP 17. Num tom que soava até acuado diante das repetidas insinuações, o negociador-chefe americano nesta quinta-feira veio a público para negá-las.


Em contraposição à proposta de um plano global para vigorar a partir de 2020, os EUA vinham dizendo que a negociação precisava ter em vista uma data posterior, pois o problema não se resolveria até lá. “É completamente sem base sugerir que os EUA propuseram atrasar as ações até 2020″, defendeu-se Stern.


Mas, perguntado mais uma vez nesta quinta-feira qual seria o plano dos EUA para combater as mudanças climáticas, Stern voltou a ser pouco específico. Uma dificuldade que o governo americano enfrenta é que para assumir um compromisso vinculante, precisa de aprovação do Congresso, o que não deve acontecer. Portanto, os representates americanos em Durban não têm, na prática, a oferecer o que a comunidade internacional espera.




O governo precisa estar muito atento.
Suspeita-se que a Bláblárina pretenda afogar-se no lago de Belo Monte.
Depois o Greenpeace vai botar a culpa na Dilma.
Agora, amigo navegante: por que os Estados Unidos não se comprometem a essa redução compulsória?
Interessante …


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A UDN do Leblon

Já tivemos Gabriela melhor do que Juliana Paes 
Nirlando Beirão 
Periguete esforçada
Ela é uma atriz esforçada, a Juliana Paes. Sempre cabe bem no papel de periguete. O último foi no seriado O Astro.

Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?

Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.

Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.

Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.

Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.

A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.

O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.

Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.

A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.

Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.

Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.


Leia mais em: O Esquerdopata

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O “Palace 2″ da Chevron-Texaco e a mídia

A cobertura da imprensa sobre o acidente no poço do campo de Frade torna inevitável que se faça uma analogia com o acidente, ocorrido há quase 14 anos, quando desabou o edifício Palace 2, no Rio de Janeiro.
Hoje, quando em lugar de se discutir e investigar o acidente do poço, a discussão fica centrada na adequação dos planos de contingência – em si, um debate correto e necessário – temos uma inacreditável distorção.
Seria o mesmo que, naquela época, ficarmos tratando, essencialmente,  da qualidade da engenharia nacional e da atuação dos seus órgãos fiscalizadores, como o Crea e os departamentos de edificações da prefeitura.
E o prédio caiu não foi por isso, mas por um erro  na obra. Como o poço vazou por um erro na sua perfuração.
Existem milhares de prédios com os 22 andares do Palace 2 (ou muitos mais ainda)  e milhares de poços como o da Chevron. Nenhum prédio caiu e nenhum poço vazou.
Só que agora nenhum órgão de imprensa se interessa em saber se os executivos da Chevron, como fizeram Sergio Naya e seus auxiliares, reduziram a segurança construtiva  para fazer economia. Nem mesmo referir-se à informação, jamais contestada, feita pelo Wall Street Journal, há três anos, de que os planos originais de exploração do campo foram alterados  e substituídos por outro, que previa, segundo o jornal a perfuração de poços “mais rápidos e mais baratos”.
Isso foi perguntado pelo deputado Brizola Neto ao senhor Charles Buck, presidente da filial da Chevron-Texaco no Brasil e ele limitou-se a responder que a economia era apenas financeira, não na segurança.
A areia do Palace 2 também era econômica financeiramente.
A imprensa passou “batido” por isso e por outra declaração deste senhor, a de que se verificou que a cimentação da sapata (ao que parece, a única) de sustentação e selagem do poço não estava adequada.
Não se espera que os jornalistas sejam especialistas em engenharia de petróleo. Muito menos que cheguem a conclusões apressadas sobre se é praxe o que fez a Chevron  e está tecnicamente correto. Não faço nenhuma afirmação sobre isso, nem  espero que a imprensa a faça.  Mas, sim, que reúna as informações disponíveis – e cobre as ainda indisponíveis -  e as levem aos especialistas.
Em especial, aos independentes das petroleiras.
E existem ótimos profissionais no Brasil para analisa-las.
Mostro, como exemplo, o trabalho realizado pelos engenheiros Paul Richard Perdomo, que foi da PUC do Rio, e José Ricardo Pelaquim, da Unicamp, orientados pelo chefe do departamento de Engenharia de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Celso Morooka.
Nele, estuda-se a metodologia de colocação de sapatas em poços de petróleo em águas profundas e define-se  a profundidade estimada para sua instalação capaz de as tornar eficientes diante da ocorrência de “kicks” como o que aconteceu no campo de Frade.
As profundidades, em todos os casos estimados no estudo, que você pode ver na imagem ao lado, clicando para ampliar,diferem em muito do que foi comunicado pela Chevron.
Lá está dito, literalmente e com meus grifos:
Segundo Adams (1985) a profundidade de assentamento do revestimento de superfície é calculada levando em conta as pressões de kick desenvolvidas durante as operações de controle de poço. A densidade equivalente da lama da coluna de fluidos no anular entre a coluna de perfuração e o diâmetro interno do poço gerada durante as operações de controle de kicks é a causa da maioria dos influxos subterrâneos. Quando acontecer um kick, a
pressão de fechamento (shut-in casing pressure) adicionada à pressão hidrostática equivalente da lama podem exceder a pressão de fratura da formação na sapata, portanto, induzindo uma fratura. Portanto, o objetivo do procedimento da seleção de profundidade de assentamento do revestimento de superfície será aquele que determina a profundidade da formação que possa suportar as pressões geradas por um volume de kick padrão,(mínimo volume de kick que uma sonda tem capacidade de detectar e o máximo volume que pode suportar).”
Não sei o que eles dirão, porque não consegui contato com eles . Mas a Veja foi ouvir o doutor Celso Morooka sobre o acidente no Golfo do México, mas não sobre o nosso, aqui.
Nenhum órgão de imprensa se mexeu para levar-lhe os dados. Quem quiser a imagem apresentada pela Chevron-Texaco na audiência da Câmara para mostrar aos especialistas, pode acessar aqui, já que nenhum jornalista se interessou em pegar uma cópia. A apresentação completa, para facilitar as coisas, está também aqui.
Como frisei, pode permitir a formulação de alguma hipótese de erro ou pode ser um procedimento normal.
Não sei e um jornalista não tem de possuir  competência técnica para saber. Mas tem e obrigação de  saber perguntar e o dever de reunir os elementos para que a pergunta possa ser feita.
Estão aí alguns que, se a mídia quiser, talvez lhe dê bom proveito.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pré-sal e a “diplomacia da canhoneira”. Ou o canudinho da Chevron.GOTA D'ÁGUA, CADÊ A BLABARINA?????????????




A histórica decisão do Governo brasileiro de suspender as atividades da Chevron do Cerra em águas territoriais brasileiras – clique aqui para ler “Essa é a Chevron a que o Cerra ia entregar o pré-sal” – remeteu o ansioso blogueiro a considerações em águas mais profundas.

Por exemplo, a recente artigo do New York Times sobre a versão contemporânea da “diplomacia da canhoneira”.

Os Estados Unidos começaram a usar as canhoneiras para fazer diplomacia em 1853, quando o comandante Perry entrou na Baía de Tóquio e obrigou o Japão a abrir os portos – ou seja, o neolibelismo (*) nasce na ponta de uma canhoneira…

A diplomacia da canhoneira de hoje se dá em torno das reservas de petróleo e gás do Mar da China Meridional:

http://www.nytimes.com/2011/11/13/sunday-review/a-new-era-of-gunboat-diplomacy.html?_r=1&scp=1&sq=a%20new%20era%20of%20gunboat%20diplomacy&st=cse

http://www.nytimes.com/2011/11/20/world/asia/wen-jiabao-chinese-leader-shows-flexibility-after-meeting-obama.html?scp=3&sq=south%20china%20sea%20obama%20hillary&st=cse



Obama announced that 2,500 Marines would be stationed in Australia; opened the door to restored ties with Myanmar, a Chinese ally; and gained support for a regional free-trade bloc that so far omits Beijing.

The announcements appeared to startle Chinese leaders, who issued a series of warnings that claimed the United States was seeking to destabilize the region.

Numa recente viagem de seis dias à Ásia, Obama anunciou que vai estacionar 2.500 fuzileiros navais na Austrália; restabelecer relações diplomáticas com Miamar, um aliado da China; e conseguiu apoio para criar uma ALCA que, por enquanto, omite a China.

(A certa altura do governo de Bush, o filho, os americanos tentaram montar uma ALCA sem o Brasil, para pressionar o Brasil. O Nunca Dantes e seu grande chanceler Celso Amorim conseguiram vencer os Estados Unidos e o PiG (**), e a ALCA deu com os burros n’água.)

Os dirigentes chineses ficaram alarmados e fizeram advertências contra a tentativa americana de desestabilizar a região em torno do Mar da China Meridional.


Clique aqui e aqui para ler.

Ano passado, Hillary Clinton já tinha advertido que se aliaria ao Vietnã – velho rival da China – e às Filipinas para conter a expansão chinesa em cima dessas magníficas reservas de energia.

Diz a reportagem de Mark Lander do New York Times que a China não está sozinha nessa ambição marítima.

A Turquia está em crise com Chipre, Israel e a Grécia por causa dos campos de gás natural que repousam no Mediterrâneo oriental.

A Rússia, os Estados Unidos e o Canadá (onde já se viu o Canadá brigar com os Estados Unidos ?) disputam o controle do Ártico, onde há magníficos depósitos de óleo e gás.

“Isso tudo demonstra que uma crescente parcela de recursos de petróleo está no mar. Quando o petróleo está em terra, todo mundo sabe onde fica. Quando está no mar, a coisa fica mais obscura”.

Essas sábias palavras são de Daniel Yergin, um respeitado especialista em petróleo, citado pelo New York Times.

Hoje, um terço da produção mundial de petróleo vem do mar.

A China passou dos dois destroiers que tinha na era soviética para 13 modernos destroiers, hoje.

A exploração de petróleo no mar significa Marinha forte.

Significa, na opinião deste ansioso blogueiro, uma frota numerosa de submarinos nucleares e, de preferência, acompanhados de bomba atômica.

Bomba atômica.

Não, para usar.

Inglaterra, França, Paquistão, Índia, China, Rússia – todos eles têm bomba atômica e nunca usaram.

Como Israel, que tem mais de 100 artefatos e nunca usou.

É só para não deixar os outros usarem.

Não deixar usar, por exemplo, o canudinho.

Será que a Chevron do Cerra se arrebentou lá embaixo, porque tentava chupar o óleo pré-sal com canudinho ?

A resposta da Presidenta Dilma à Chevron do Cerra foi imediata.

Logo no início, quando o PiG (**) escondia a mancha da Chevron e começava a espalhar culpa pela Petrobrás, a Presidenta usou o Blog do Planalto para avisar: – Chevron, eu sei que a culpa é sua.

Agora, o risco imediato é a Chevron do Cerra contratar o Sergio Bermudes ou o Marcio Thomaz Bastos – os dois advogados mais poderosos do Brasil – e recorrer ao Supremo para não pagar a multa.

A médio prazo, é o Obama sair do Iraque, do Afeganistão, e estacionar umas canhoneiras em frente a Macaé.

Na praia, com bandeirinhas americanas, os colonistas (***) do PiG a dar boas vindas aos fuzileiros navais.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Alguns números sobre a hidrelétrica de Belo Monte.