Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 14 de junho de 2016

Dinheiro da OAS por debaixo dos panos, Marina? Pra posar de santa?







anjinho

 Por

Se Marina Silva recebeu dinheiro não contabilizado regularmente para sua campanha nem é, para mim, o fato mais grave.
Pode até ter sido contabilizado como doação ao diretório do PV do Rio de Janeiro, como admite seu  companheiro Alfredo Sirkis.
O grave é a hipocrisia de disfarçar uma doação de empreiteira, ainda que tenha sido legal, para conservar uma falsa imagem de “pureza” e acusar os outros de serem financiados por estas empresas.
Isso, Marina, é iludir as pessoas.
Mentir, em português mais claro, para levar vantagem.
Não duvido que a contribuição tenha sido regular: se não foi, cabe ao empresário da OAS, Léo Pinheiro, apontar como foram os descaminhos do dinheiro.
Mas é incrível o silêncio de Marina diante de situações que estão evidentes, como a maracutaia do jatinho que matou Eduardo Campos, seu companheiro de chapa

domingo, 27 de outubro de 2013

DUDU DESMONTA A PARTILHA. E PREGA “PAU NOS JUROS !” Ele diz que quer a partilha. Desde que a Petrobras seja sufocada.


Saiu na Folha (*), que a Cynara se recusa a ler:

PARA CAMPOS, SERÁ INEVITÁVEL DURO AJUSTE FISCAL PÓS-ELEIÇÃO


NATUZA NERY – DE BRASÍLIA

Independentemente do resultado da eleição do ano que vem, quem quiser governar o Brasil a partir de 2015 terá de fazer um duro ajuste fiscal. A avaliação é do governador Eduardo Campos (PSB-PE), reproduzida por diversos de seus interlocutores.

(…) ele tem defendido em diálogos recentes o que chama de “choque de responsabilidade”

(…)

“Qualquer que seja o resultado da eleição, será um ano difícil. Vai ter de ser duro para resgatar a confiança. O que conta é a previsibilidade, sem maquiagens”, disse o governador durante conversa com auxiliares na semana passada relatada à Folha.

(…)

O presidente do PSB se mostra contrário ao método de reajuste do salário mínimo automático, com base na inflação do período e no crescimento do PIB de dois anos antes. Concorda em garantir ganho real ao trabalhador, sem indexação.

(…)

Campos respeita as ideias de Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, …

O mais importante, porém, está num ”infográfico”:

“Petrobras – É a favor (?) do sistema de partilha, mas defende que a regra que obriga a Petrobras a ser sócia em ao menos 30% dos consórcios seja opcional no percentual”.

Como previsto, nesse ansioso blog, Dudu se encaminha, consistentemente, para se tornar o nosso Campriles.
Como se sabe, Dudu acabou de receber em Recife a “alta cúpula” da Folha.
Otavinho não chegou a levar seus 102 colonistas (**), porque não haveria suco de cajá que desse conta.
Portanto, suspeita-se que essa “conversa com auxiliares”, “relatada” à Folha, seja, na verdade, a transformação dos colonistas da Folha em “auxiliares” do Dudu …
Porque da Big House sempre foram, em sua esmagadora maioria, não é isso, Cynara ?
(O Otavinho até hoje não se recuperou da decepção de ter perdido o Paulo Francis. Se arrependimento matasse …)
Portanto, pode-se tomar o relato de Natuza Nery – essa moça vai longe … – como palavras do próprio Dudu.
Por aí, se percebe que ele retoma a ideia original do “tripé” da Bláblárina.
Que, na verdade, é do Persio Arida, que ele respeita tanto.
Porque o outro da dupla “Larida”, o André Lara Resende – que o Nassif imortalizou no livro “Cabeças de Planilha” (leia a entrevista com o Nassif) – parece ter influência sobre as ideias do “crescimento sustentável” da Bláblárina.
(“Crescimento sustentável”, como se sabe, é uma das falácias que escondem os neolibelês (***).)
O choque fiscal, ou de “responsabilidade” (o que pressupõe a “irresponsabilidade” da Dilma !) significa:
– arrocho salarial (daí ele rasgar a lei de correção do salário mínimo, aprovada pelo Congresso no Governo do Nunca Dantes);
– redução drástica do investimento publico;
– e, last but not least, como deseja o Itaú, pau nos juros !
Algo assim, como nos bons tempos do jenio neolibeles (***), o Armínio Fraga: 40% ao ano.
Será muito interessante aplicar um choque de “responsabilidade” em contas que exibem uma taxa de inflação seguidamente dentro da meta (quem não ficava na meta era o FHC) e uma relação dívida/PIB que é uma das menores do mundo.
Mas, como se sabe, aí o Dudu e a Bláblárina tentam encantar os teólogos que seguem a cartilha do FMI – clique aqui para ver o que a Dilma disse ao tucano Alckmin sobre os bons tempos do FMI.
“Choque de responsabilidade” numa economia com pleno emprego !
Quero ver o Dudu explicar isso lá num boteco de Brasília Teimosa:
“Meu querido, Severino (pode ser Inocêncio, também.) Desculpa, mas precisamos tirar o teu emprego. Vamos aumentar os juros… Casa própria, meu filho ? Minha Casa Minha Vida, Minha Casa Melhor ? Bye-bye ! Vamos ter que cortar o teu consumo, Severino, para ajustar as contas do jeito que o FMI e a Urubóloga gostam !”
O Dudu e a Bláblárina dançam o pas de deux que agrada a plateia cheirosa da Big House.
Mas, eles, finalmente, foram convidados para um o garden party na Big House por causa do desmonte que o Dudu quer aplicar no regime de partilha.
(O ansioso blogueiro dizia que a eleição de 2010 era sobre o pré-sal.
De 2014 será também !)
Dudu disse à Folha que é a favor da partilha.
Mesmo, amigo navegante ?
Ele é a favor da partilha SEM a Petrobras !
Logo, a partilha perde a razão de ser.
Porque essa lorota de a Petrobras continuar na partilha, mas num “percentual opcional” é desmontar a partilha – e a Petrobras.
E, aos ouvidos da Big House, quando ele assume essa posição, o naipe de violinos se ouve a fundo…
Vamos supor o impensável: o Dudu, a Bláblárina, o Aécio e o Cerra, num consórcio com o Itaú, assumem o Governo.
(O Jorge Bornhausen seria o presidente para privatizar o Banco do Brasil …)
O presidente da Petrobras será o genro do FHC.
O diretor de exploração da Petrobras, o Adriano Pires – quando eu crescer quero ser o Adriano Pires.
Aí, o Presidente Campriles pergunta ao genro: meu querido, quanto você quer explorar do campo ?
O genro consulta o Pires, e o Pires diz que a Petrobras não tem condições de ir além de 0,1% !
Perfeito !
A Petrobras terá, com o direito à “opção”, a “responsabilidade” de explorar 0,1% dos próximos campos partilhados …
Daí a se retirar da Petrobras – sempre tão incapaz, frágil, com a “defasagem” dos preços dos combustíveis, obsessão da Urubóloga … – coitadinha, a Petrobras, nesse cenário de opções, desiste também de ser a operadora única.
Além disso, como se sabe, a indústria nacional não tem como cumprir a sua parte de “conteúdo nacional”.
Tem que trazer tudo de Cingapura, mesmo !
Sai mais barato !, não é Reichstul ?
E estará aberto o caminho para a volta triunfal da Chevron.
A Chevron tomará conta da partilha: com a redução da Petrobras a 0,1% da exploração, e a perda do caráter de “operadora única”.
E a PPSA, amigo navegante ?
Bem, como é um cabide de empregos, mais uma invenção dos trabalhistas para empregar desocupados, fecha-se a PPSA em nome da redução dos gastos do Estado.
E o Gustavo Franco, de novo, presidente do Banco Central, consegue, enfim, realizar o sonho: vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa.
(Por um precinho um pouco maior do que o genro e o Adriano venderam um pedaço de Libra e o Cerra torrou a Vale, segundo o insuspeito testemunho do Príncipe.)
É nisso que dá o Dudu receber os colonistas da Folha.
Abre-se a caixa de Pandora do Palácio das Princesas.
Como diria o Oráculo de Delfos, ultimamente visto em Olinda, no restaurante Oficina do Sabor: o Dudu saiu da toca.



Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TUCARINA VAI PROVOCAR APAGÃO ELÉTRICO. COMO FHC A Tucarina é contra hidrelétricas e queria impedir a construção de Jirau, Santo Antonio e Belo Monte por causa da copulação dos bagres.

Amigo navegante que trabalha no setor elétrico liga para dizer que morre de medo das ideias (sic) originais da Tucarina – clique aqui para entender por que o ansioso blogo trocou “Bláblárina” por “Tucarina”.

O amigo lembra que a Tucarina queria impedir a construção de Jirau, Santo Antonio e Belo Monte por causa da copulação dos bagres, o que exigiu que o Nunca Dantes fizesse um curso sobre bagres (e sua copulação). 

Não escapou ao amigo navegante a informação do Ciro Gomes, na Carta Capital dessa semana: a Tucarina começou a odiar a Dilma quando propôs que o Brasil assinasse um protocolo internacional que ia fechar as hidrelétricas – e a Dilma não deixou.

A Tucarina é contra hidrelétricas.

E, como agora ela aderiu de corpo, alma e financiadores de São Paulo às ideias neolibelistas (*) do Príncipe da Privataria, o amigo navegante enviou esse trecho de um livro recente e os comentários subsequentes deste ansioso blogueiro.

Trata do “Apagão do Príncipe”, que ela pretende emular:

“O estrago estava feito: a taxa de crescimento do PIB … caiu de 4,3% para 0,6% em 2001. A meta de inflação estourou, desatando a espiral de alta de juros para conte-la. Um estudo do TCU calculou em 45,2 bilhões de reais o prejuízo do apagão (60% na conta dos consumidores). Com esse dinheiro, seria possível erguer duas usinas do porte de Belo Monte, a maior obra do PAC … “

Na página 122 do livro “A vida quer é coragem – a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, de Ricardo Batista Amaral, editora Primeira Pessoa, 2011.

Àquela altura, em maio de 2001, Dilma Rousseff era Secretária de Energia do Rio Grande do Sul, no Governo Olívio Dutra.

Com o trabalho ali feito, Dilma convenceu Pedro Parente, ministro da Cerra/FHC para chefiar a Câmara de Gestão da Crise de Energia, a excluir o Rio Grande do racionamento de 20%.

Em tempo: dá para entender, em parte, porque o Padim Pade Cerra, na eleição de 2002, escondeu o Farol de Alexandria embaixo do palanque.E o Alckmin também.

Clique aqui para ler “O Principe só existe no PiG (**)”, do Azenha.

Em tempo: Conversa Afiada destaca o pitaco do amigo navegante Jb de Floripa:

“Tucarina ao Itaú: meus juros serão juros tucanos !”


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Devagar com o andor de Eduardo Campos

naosao2


O ex-presidente Lula divulgou e-mail negando que esteja preocupado com a aliança entre o PSB e a virtual Rede.
“São absolutamente fantasiosas as declarações sobre a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no blog do jornalista Josias de Souza e também na coluna Painel, da Folha de S.Paulo.”, diz a nota da assessoria de Lula.
Josias e o Painel dizem que Lula teria achado que a aliança é um perigo para a reeleição de Dilma.
E Lula não acha nada disso.
Aliás, quem acha, acha porque quer achar.
Que Campos terá algum reforço, é óbvio. De parte (impossível dizer de quanto será essa parte, mas certamente é bem menor que o todo) dos marinistas e da exposição de mídia que está tendo.
Mas daí a dizer que passa de azarão a pule de 10 vai uma distância maior do que a da realidade do governador de Pernambuco e as suas pretensões.
Não há nenhuma indicação de que isso vá provocar um salto de Campos.
Isso é muito mais o desejo de quem “topa qualquer negócio” na esperança de derrotar Dilma do que análise político-eleitoral.
Até porque Eduardo só chegou a ser a força que é em Pernambuco porque foi, até o ano passado, o maior “lulista” do Estado. Eduardo contra Lula não é o mesmo.
Quem tem de se preocupar – e muito – com isso é Aécio Neves, porque mesmo pequena, uma ascensão do pernambucano faz balançar sua condição de, agora, segundo colocado nas pesquisas.
Balançar é muito perigoso, sobretudo quando o jacaré José Serra está ali por baixo, de boca aberta esperando a desgraça aecista.
Por: Fernando Brito
camarina

Jânio: Campos e Marina só se parecem na pretensão e no

mal-contido autoritarismo


A coluna de Jânio de freitas, na Folha de hoje, faz uma crua radiografia da aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, muito diferente das análises mais supérfluas que se tem lido. Aliás, mais festejos de ter – duvido eu – surgido uma “grande esperança branca” para a oposição do que propriamente um diagnóstico sereno do quadro eleitoral.
Jânio vai à natureza que cada um dos dois tem demonstrado em sua trajetória política. E lhes analisa as contradições: Eduardo Campos não é um homem de esquerda; Marina Silva tem traços conservadores.
A reuni-los, o que ele resume com a sabedoria de décadas de observação da cena polìtica: “as conveniências políticas dos dois são as mesmas e concorrentes entre si. Sustentadas, de uma parte e de outra, em graus equivalentes de pretensão e mal contido autoritarismo.”

Presente e futuro

Jânio de Freitas
Visão política é a capacidade de olhar para o momento presente e, em vez dele, ver o futuro.
Tudo indica que Marina Silva e Eduardo Campos voltaram os olhos para o futuro e viram apenas um momento do presente.
Em um só lance, os dois plantaram fartos problemas para sua adaptação mútua, em meio a igual dificuldade de seus grupos. Políticos costumam ter flexibilidade circense, mas não é o caso, por certo. Bem ao contrário.
Nem mesmo o pessoal do PSB cita o nome do partido por inteiro, há muito tempo: fazê-lo exigiria mencionar a palavra “Socialista”. O que se sabe das ideias do próprio Eduardo Campos não é muito mais do que se sabe de Marina Silva. Em relação aos dois sabe-se, porém, o suficiente para perceber a inconciliação quase completa. Não cabe mais dizer que o PSB seja partido “de esquerda”, nem se pode dizer isso de Eduardo Campos. Mas conservadores, o partido e seu presidente não são, nem podem sê-lo, por exigência da ambição eleitoral que expõem.
Marina Silva tem mais de esfinge que de política (sem alusão a certa semelhança de traços básicos). Se não há clareza de como a ex-candidata à Presidência pensa o país e seus problemas, ao menos se dispõe de uma percepção básica, na medida em que uma dedicação religiosa intensa exprime uma concepção bastante mais ampla. E ao deixar o catolicismo para tornar-se evangélica dedicada, Marina Silva integrou-se a uma corrente de notório conservadorismo. Demonstrado, inclusive, em extensão política, nas posições e atos de sua bancada no Congresso, com frequentes referências nos meios de comunicação.
Imaginar que tamanha diferença, digamos, conceitual caminhe para a conciliação, em nome de conveniências políticas imediatistas, exige esquecer o início da questão: as conveniências políticas dos dois são as mesmas e concorrentes entre si. Sustentadas, de uma parte e de outra, em graus equivalentes de pretensão e mal contido autoritarismo.
Com este pano de fundo, veremos o que se passará diante das posições de ambos invertidas na chapa do PSB em comparação com as pesquisas. Os seguidores de Marina nem esperam por próximas pesquisas, já entregues à campanha pela cabeça da chapa. As simpatias dos dois grupos vão mostrar o que são, de fato, quando se derem as verdadeiras discussões sobre liderança, temas de campanha, respostas às cobranças do eleitorado, a batalha.
A história das eleições, mesmo a recente, já legou exemplos suficientes de que acordos, garantias, alianças e comunhões são passíveis de também desmanchar-se no ar. É só bater um ventinho mais conveniente para um dos lados. Eduardo Campos sabe disso, o que significa que o festejado entendimento com Marina representa, para ele, múltiplos riscos. Entre os quais, até o desgaste político decorrente da simples dificuldade de convivência, descoberta agora por vários (ex-)entusiastas da Rede Sustentabilidade.
Marina Silva, ao passar de uma posição de liderança para a duvidosa inserção em partido alheio e com líder-candidato definido, na melhor hipótese fez uma jogada no escuro sob a luz do dia. Ao menos terá tempo para sair pelo país explicando ao seu eleitorado o que quer dizer sustentabilidade, um nome de partido à altura da incompetência com que foi tratado por seus sustentadores.
 
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Gadelha: afinal, que plano tem Marina?

maricampos


Leio, no blog de meu bom amigo Hayle Gadelha – publicitário e especialista e marketing eleitoral – uma análise do que marcou a surpreendente “campinização” de Marina Silva.
Gadelha é impiedoso também com o deputado Alfredo Sirkis, até sexta feita braço direito de Marina, depois seu crìtico feroz e, após o anúncio da aliança com Campos arauto de sua genialidade, chamando-a de “estadista”.
Vale a pena a leitura, que partilho com vocês:

Rede de intrigas – afinal, que plano é esse?

Hayle Gadelha 
Esse Plano de Sustentabilidade de Marina mostrou-se uma sucessão de intrigas e trapalhadas, tornando-se quase insustentável. A jogada final de aliança com o PSB do C foi muito boa, apesar da pressão do desespero. O maior beneficiado, evidentemente, foi Eduardo Campos, que deu um chega pra lá no seu principal adversário (Aécio Neves), ganhou prestígio e melhores condições para atrair o grande capital e a classe média conservadora do Sudeste. Outro que se deu bem foi o PMDB, que ganhou voz mais forte dentro da aliança com o PT. Poderá falar mais grosso tanto na distribuição de ministérios quanto nas disputas regionais. O PSDB, não precisa nem falar, foi o maior prejudicado, caiu de plano e agora corre o sério risco de inviabilizar-se completamente, depois de 2014. Marina, que estava prestes a entrar em 2014 com uma mão na frente e outra atrás, ganhou sobrevida. Firma-se como principal nome da oposição conservadora e poderá até mesmo ser a cabeça da chapa de Campos. Cesar Maia já chegou a dizer que ela seria bom nome para o governo do Rio, mas isso é difícil. As pesquisas vão ajudar a saber se esse será um Plano de C ou um Plano de M.Ainda acho que o Plano D, de Dilma, deve dar certo logo no primeiro turno.
***
Pergunta que não quer calar: afinal, qual era o Plano de Syrkis? Por que as cobras e lagartos que andou soltando? Alguém leva a sério os seus disparates? Por mais que o meio político já conheça bem o seu estilo, foram surpreendentes suas declarações sobre Marina. “Populista”, “evangélica de direita”, “caótica”, etc, etc. Mal viu ruírem suas esperanças de candidatura pelo Rede Sustentabilidade, Syrkis saiu atirando no prato que comeu. Pior: no prato que ele ajudou a fazer e do qual era um dos mais fervorosos defensores. A Marina não me agrada, é conservadora, aparentemente bem despreparada para cargo executivo, mas atacá-la como ele fez ficou no plano da traição, apenas uma facada pelas costas.
Mas o Plano de Marina serve principalmente como demonstração da necessidade de uma reforma política séria. Não dá para continuar convivendo com essa enxurrada de partidos frutos do oportunismo e das pinimbas regionais. Ou pior: na maioria das vezes são frutos de jogadas comerciais. Lembro do telefonema que recebi (2004) de um empresário recém-apaixonado por “política eleitoral”. Ele queria saber os preços de veiculação de comerciais nas emissoras de TV do Rio. Dei uma ligeira noção e perguntei o que ele pretendia. Resposta: “É que estou querendo comprar um partido político”. Esse desistiu do “negócio” e da política, mas acredito que a maioria continua negociando partidos para ganhar dinheiro com os tempos de TV e os apoios. Lembro também que há cerca de um ano presenciei por acaso parte de uma reunião onde já se discutia a criação de um partido alternativo para Marina – seria o verdadeiro Plano de M?
Por: Fernando Brito

ACORDO ENTRE REDE E PSB UNE MARINA E CAIADO

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sábado, 5 de outubro de 2013

A BORBOLETA VIROU LAGARTA?


O tabuleiro mexeu: Campos e Marina estarão juntos em 2014. Nasce a 'quarta via', o  socialismo econeoliberal."Para destruir o chavismo do PT", diz a suave senadora que deixou o PT em 2009, 'para ser coerente com a luta 'pelo desenvolvimento sustentável'. Marina decidiu. E comunicou a seus pares em caráter irrevogável: será a vice de Eduardo Campos, que ganha assim um discurso palatável à classe média, ele que antes só falava à Fiesp e à Febraban. Marina perde a Rede, mas sobretudo, a aura de maria  imaculada e ganha a companhia dos Bornhausen, os afáveis banqueiros de Santa Catarina, que terão o comando do PSB no Estado e voz ativa na esfera nacional. Os Demos também querem 'destruir o chavismo do PT' e tem precedência na fila. É natural que ocupem espaços. Parece não incomoda-la: Marina é obstinada. Tudo pela causa. A sua passa a ser a mesma de Campos, Aécio, Serra, Freire e a da  plutocracia em busca de uma 'terceira via' para capturar o Estado novamente. Todos contra Dilma. Funciona?Dúvidas: quanto vai durar o casamento entre o personalismo anêmico de votos de Campos e a pureza armada de Marina? Como evitar que a identidade de propósitos da frente anti-petista apenas pulverize os votos dos já convertidos? Marina Silva prometeu neste sábado 'sepultar de vez a velha República'. São palavras fortes. Mas o que cogitaria como nova República um Heráclito Fortes, por exemplo, outro demo recém convertido ao socialismo complacente do PSB? Como diz Zizek, passada a fase alegre dos consensos, será preciso ir além, sem se transformar em um desastre. A ver.

Marina e Eduardo Campos = segundo turno. E nada mais






Acaba de ocorrer o fato político mais importante do ano: entre sete e oito partidos (conforme a versão) ofereceram à ex-senadora e ex-candidata a presidente Marina Silva o acolhimento de sua candidatura a presidente da República no ano que vem, mas o PSB, do governador Eduardo Campos, com empenho pessoal deste para aliciá-la, levou a melhor.
Além do PSB – partido que vem se estruturando nacionalmente com força, nas últimas eleições – e de tantos outros partidos que lhe ofereceram filiação, Marina também contou com a simpatia de setores do PSDB que vinham trabalhando pela constituição do partido dela, ainda que pensando em como ser criado ajudaria Aécio Neves a ir ao segundo turno.
Marina ainda conta com a simpatia da grande mídia oposicionista, dos banqueiros e dos grandes empresários. No vigoroso PSB e com tantas forças econômicas e políticas ao seu lado, será uma vice com luz própria de Eduardo Campos, que, apesar de ser forte apenas em Pernambuco, terá agora mais chances de ser a principal candidatura anti-Dilma.
Para os antipetistas de várias tendências que ora comemoram o já quase certo segundo turno que a nova configuração de pré-candidaturas a presidente praticamente assegura, entre os antipetistas tucanos a comemoração deveria ser mais contida ou, se houver realismo, deveria até ser lamentada.
Claro que, com o quadro supra descrito, a candidatura Dilma perde a chance de liquidar o jogo no primeiro turno, mas a força da aliança entre Marina e Campos (mídia + capital + garantia de bom tempo de tevê) já ameaça a ida de um tucano (quase certamente, Aécio Neves) ao segundo turno.
Em um hipotético – e, agora, mais do que provável – segundo turno, é mais do que claro que o PSDB não hesitará em pular no barco de Campos e Marina, o que tornará mais difícil para Dilma também a segunda etapa da eleição presidencial do ano que vem. Contudo, os petistas sempre trabalharam com a hipótese quase certa de segundo turno desde que chegaram ao poder.
Uma reeleição dura para Dilma, portanto, nunca foi novidade. E antes que os petistas e simpatizantes se desesperem, lembremo-nos de que, a partir de agora, em vez de três adversários competitivos a presidente terá só dois, ainda que mais fortes do que seriam se fossem três. Porém, só um irá ao segundo turno.
Se for Aécio, Marina e Eduardo Campos retornarão ao seus tamanhos reais; se a chapa do PSB vingar, o PSDB sofrerá uma perda de importância e de tamanho que lhe será trágica. E quando uso este adjetivo, quero dizer trágico mesmo. Uma catástrofe para os tucanos.
A garantia de segundo turno que o arranjo entre Marina e Eduardo Campos gerou, porém, não vai além disso. Haver segundo turno não significa, de fato, uma vitória oposicionista, mas a certeza de que o Brasil, mais uma vez, dividir-se-á entre os que enxergam os avanços do país e os que se negam a enxergar.
Como quando se fala em avanços do país não se fala em vento, mas em ganhos de qualidade de vida mais do que concretos para a esmagadora maioria da sociedade, é quase certo que terá sido inútil toda essa politicagem em que Marina se envolveu ao abandonar seu projeto de criação de um partido ideológico só para disputar uma eleição.

MARINA FALA EM ACABAR COM "CHAVISMO" DO PT




sexta-feira, 4 de outubro de 2013

FUNDADOR DA REDE DETONA AS FALHAS DE MARINA

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Porque a direita quer Marina no páreo?

Porque o conservadorismo quer tanto a
Rede de Marina?


E alerta: o que eles querem fazer


lembra que fizeram com o PTB de 


Brizola: burlaram a lei para manipular as 


eleições.


Por Fernando Brito, no Tijolaço.
O conservadorismo brasileiro está em franca campanha para que os ministros do TSE aprovem a criação da “Rede” de Marina Silva.
Com assinaturas ou sem assinaturas exigidas pela lei, importa pouco.
Mas está difícil.
Merval Pereira, o Ruy Barbosa do casuísmo, depois de revogar os embargos infringentes por conta própria, agora quer revogar as exigências legais e lamenta que o tribunal esteja inclinado a “optar pela letra fria da lei, em vez de interpretar o espírito do legislador”.
Ou seja, o respeito à lei depende do freguês.
Esse “jeitinho” já foi dado há 30 anos, quando Ivete Vargas “registrou” o PTB sem os documentos exigidos por lei, alguns dias antes que Leonel Brizola o tentasse fazer, este com a documentação completa.
O TSE, por artes e manhas de Golbery do Couto e Silva, a quem era essencial que Brizola não pudesse reatar o fio da história petebista que o Golpe de 64 quisera cortar, inspirou um “direito de protocolo” que entregou a sigla a Ivete quando ela, afinal, conseguiu os apoios e documentos que não tinha ao fazer o pedido de registro.
Agora, a direita faz tudo para conseguir que o Tribunal ”flexibilize” a lei e dê a Marina o partido que ela não organizou como se exige.
Não por ela, mas porque deseja que a eleição não tome, já de início, uma natureza plebiscitária, com Marina servindo de estuário a um voto de classe média arisco ao tucanato.
E que, assim, não se possa decidir no primeiro turno.
Não que Marina careça de legitimidade pessoal para ser candidata. Tem.
Mas o processo democrático é fundado em partidos e ela saiu do PV – como antes do PT – porque quis, não entrou em outro partido porque não quis e lançou esta tal Rede apenas em fevereiro deste ano porque assim o quis.
Como quis, arrogantemente, que as instituições e regras legais se abrissem e deixassem passar a “princesa da floresta” ou outro título nobiliárquico que se adeque à sua atual e pomposa condição de queridinha das elites.
Por: Fernando Brito
blair