Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Marina difere de outros políticos em que, afinal?


Escrevo antes de o Tribunal Superior Eleitoral julgar o pedido de Marina Silva para que autorize a criação do (seu) partido “Rede Sustentabilidade” à revelia do parecer do vice-procurador-geral-eleitoral, Eugênio Aragão, que julgou que a pretensa legenda não cumpriu exigências.
Marina tem todo o direito e toda a legitimidade para criar “sua” legenda particular, que, ao que tudo indica, teria – ou terá – dono. Ou dona. E cabe à Justiça Eleitoral autorizar ou não, caso entenda que foram ou não cumpridas as exigências legais para tanto.
Aconteça o que acontecer, porém, o que dá causa a este texto não é o desfecho desse caso, mas o quanto reforça a percepção de que essa senhora está muito longe de provar ser o que apregoa, ou seja, uma política “diferente”.
Marina vem construindo uma imagem política calcada muito mais – ou exclusivamente – em sua imagem histórica do que em suas ideias e propostas.
Auferiu 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010 só dizendo ser “diferente”, porém ao lado de um mega empresário que foi candidato a vice-presidente em sua chapa, Guilherme Leal, então presidente da Natura.
A Natura foi processada por biopirataria pelo Ministério Público do Acre e, depois, foi inocentada pela Justiça, mas sempre fica a questão sobre se sua ligação com uma empresa que sequer registra em carteira (garantindo direitos trabalhistas básicos) a sua força de vendas, composta por mulheres que chama de “consultoras”, é assim tão “diferente”.
Marina tem entre os entusiastas de sua candidatura Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal, o falecido fundador do banco Itaú. Maria Alice é “articuladora essencial” — cuida da captação de recursos — para o partido de Marina. É uma espécie de fada madrinha da “Rede Sustentabilidade”.
Com uma dona de banco cuidando do suporte financeiro do “seu” partido, por certo a “fadinha da floresta” não terá muitos problemas de dinheiro…
Mas tudo bem. Lula teve como vice um mega empresário, o falecido José Alencar. Só não se pode dizer que Marina é “diferente” do ex-presidente ou de tantos outros políticos. A “sustentabilidade” financeira é a mesma, no mínimo.
O que não é igual a Lula, em relação a Marina, são as suas ideias, suas propostas, sua ideologia. Ninguém sabe nada sobre o ideário da pré-candidata a governar o Brasil. Só o que se sabe é da empatia que a grande mídia, eternamente adepta do PSDB, tem pela candidata “verde”.
Marina é tão “diferente”, mas tão “diferente” que desperta esse apoio midiático-empresarial-financeiro totalmente “desinteressado”. Ora, vejam só…
O que preocupa é que, tal qual Fernando Collor, temos hoje no Brasil uma candidata que se projeta com frases feitas e uma imagem que pretende dizer o que suas palavras não dizem. E que tenta criar um partido para disputar uma eleição, quando não é essa a lógica que deveria nortear qualquer agremiação política.
Sem uma base política clara, sem um ideário, com dinheiro chovendo sobre si, Marina, agora, tenta conseguir que a legislação sobre criação de partidos políticos seja ignorada só por ela ser quem é.
Em um vídeo lançado há dias e que ainda só tem cerca de 2 mil visualizações, Marina diz que a Justiça Eleitoral autorizar a criação de seu partido mesmo sem ele ter reunido assinaturas suficientes iria “democratizar a democracia”.
Marina, seguramente, construiu uma imagem muito generosa de si mesma para si mesma, mas ela se auto elogiar e apresentar suas ambições políticas como determinantes da democracia da nação me parece um certo exagero…
Então pergunto: quais são as posições da pré-candidata Marina Silva sobre economia, área social, educação, saúde etc.? Tampouco encontrei nada que ela tenha dito claramente sobre tais temas, além de chavões e mais chavões.
Concluo pedindo que alguém me informe se esqueci de citar algum elemento que referende a tese de que Marina Silva é uma política “diferente”, porque não encontrei nenhum. Tudo o que encontrei foi um blábláblá que lhe justifica o apelido de “Blablarina”.

Porque a direita quer Marina no páreo?

Porque o conservadorismo quer tanto a
Rede de Marina?


E alerta: o que eles querem fazer


lembra que fizeram com o PTB de 


Brizola: burlaram a lei para manipular as 


eleições.


Por Fernando Brito, no Tijolaço.
O conservadorismo brasileiro está em franca campanha para que os ministros do TSE aprovem a criação da “Rede” de Marina Silva.
Com assinaturas ou sem assinaturas exigidas pela lei, importa pouco.
Mas está difícil.
Merval Pereira, o Ruy Barbosa do casuísmo, depois de revogar os embargos infringentes por conta própria, agora quer revogar as exigências legais e lamenta que o tribunal esteja inclinado a “optar pela letra fria da lei, em vez de interpretar o espírito do legislador”.
Ou seja, o respeito à lei depende do freguês.
Esse “jeitinho” já foi dado há 30 anos, quando Ivete Vargas “registrou” o PTB sem os documentos exigidos por lei, alguns dias antes que Leonel Brizola o tentasse fazer, este com a documentação completa.
O TSE, por artes e manhas de Golbery do Couto e Silva, a quem era essencial que Brizola não pudesse reatar o fio da história petebista que o Golpe de 64 quisera cortar, inspirou um “direito de protocolo” que entregou a sigla a Ivete quando ela, afinal, conseguiu os apoios e documentos que não tinha ao fazer o pedido de registro.
Agora, a direita faz tudo para conseguir que o Tribunal ”flexibilize” a lei e dê a Marina o partido que ela não organizou como se exige.
Não por ela, mas porque deseja que a eleição não tome, já de início, uma natureza plebiscitária, com Marina servindo de estuário a um voto de classe média arisco ao tucanato.
E que, assim, não se possa decidir no primeiro turno.
Não que Marina careça de legitimidade pessoal para ser candidata. Tem.
Mas o processo democrático é fundado em partidos e ela saiu do PV – como antes do PT – porque quis, não entrou em outro partido porque não quis e lançou esta tal Rede apenas em fevereiro deste ano porque assim o quis.
Como quis, arrogantemente, que as instituições e regras legais se abrissem e deixassem passar a “princesa da floresta” ou outro título nobiliárquico que se adeque à sua atual e pomposa condição de queridinha das elites.
Por: Fernando Brito
blair

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

LIÇÕES DE UMA SESSENTONA REBELDE


Mais Médicos: contra o boicote corporativo, registros de estrangeiros podem ficar com a Saúde.

**A Rede de Marina subiu no telhado e Serra caiu na realMP dá parecer desfavorável à aprovação da nova sigla pela justiça eleitoral; tucano sente o contravapor da devassa no metrô de SP e insiste na candidatura pelo PSDB,"para derrotar o PT", diz ele.

** E afinal, qual é a proposta do PSB para o país? Enquanto Eduardo Campos toca flauta para 'os mercados', o vice presidente da sigla sonha com uma campanha pela esquerda.

**Eric Nepomuceno: eleições legislativas do dia 27 aumentam as incertezas na Argentina:o que virá depois de Cristina?

 
Mais que uma empresa de petróleo, a Petrobrás é um marcador  incômodo do desenvolvimento brasileiro. Seus sessenta anos comemorados nesta 5ª feira, 3 de outubro, arguem o país do século 21 com um exemplo de audácia bem sucedida trazida do ciclo anterior. A implícita capacidade de cobrar o presente com o desassombro  de um passado que o pré-sal atualiza e magnifica, talvez seja a principal explicação para a profunda antipatia que a simples menção do seu nome inspira no sistema auditivo conservador. Mais que antipatia, há um esforço para tornar inaudíveis as perguntas que a sua trajetória enseja. Por exemplo: como é que uma Nação que teve audácia de se credenciar na corrida do petróleo, num tempo em que isso equivalia a uma maratona de ricos, sofre hoje a duras penas para fazer rodovias? Não consegue ampliar portos? Ou estender dormentes? Como é que o país que fez a 8ª maior petroleira do planeta. líder na exploração em águas profundas, não consegue mais prover a infraestrutura  básica na extensão e velocidade requeridas pelo desenvolvimento? A Petrobrás nasceu da rua. Começa por aí. Nasceu de um amplo debate que politizava as escolhas do desenvolvimento. (LEIA MAIS AQUI)



BLÁBLÁRINA É
UMA AUTORITÁRIA

Cerra é um autoritário conhecido. Ela, uma autoritária dissimulada.





Saiu no Estadão, em comatoso estado:

MARINA: ‘DEMOCRACIA NÃO PODE TER DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS’


Eduardo Bresciani – O Estado de S. Paulo

Brasília – Em um ato com cerca de 40 militantes da Rede Sustentabilidade na Praça dos Três Poderes, a ex-ministra Marina Silva afirmou nesta terça-feira, 1º, que apesar do parecer contrário do Ministério Público Eleitoral (MPE), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concederão o registro ao partido, se levarem em conta os autos do processo. 

Sem conseguir atingir a exigência de 492 mil assinaturas certificadas por cartórios, a Rede pede a validação de 95 mil assinaturas rejeitadas sem justificativa para atender o critério estabelecido em lei.

“O processo tem várias etapas. Estamos aguardando a decisão do pleno do TSE, conversamos com todos os senhores ministros e suplentes, apresentamos uma série de razões e temos convicção de que se atendo aos autos os senhores ministros votarão de forma favorável a reconhecer as 95 mil assinaturas que foram encaminhadas e invalidades injustamente pelos cartórios”, disse Marina.

(…)
Imagine, amigo navegante, uma Presidenta Bláblárina.
Sem apoio no Congresso.
Sem um programa de Governo.
Contra Darwin e a pesquisa com célula tronco.
Contra as hidrelétricas, por causa dos bagres.
E, pior: autoritária.
Bláblárina presidenta põe a Vila Militar na porta do Supremo, do STJ, do TSE, se precisar aprovar alguma coisa.
E o que não fará com o Congresso, se o Congresso aprovar o Código Florestal que ela combate ?
Cerra é um autoritário conhecido.
Agora, na companhia do Andrea Matarazzo, um autoritário com água nos calcanhares.
Bláblárina é uma autoritária em processo de amadurecimento.
De Verde a madura..
Debaixo de chales, vozinha fina, imaculados propósitos – e hipocrisia.
Clique aqui para ler “MP é conra a Rede da Blablarina”.





Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

BYE, BYE BLÁBLÁRINA Dias, na Carta, afunda a Rede.


Sugestão do amigo navegante Resec, que localizou na Carta Capital a abertura da imperdível” Rosa dos Ventos”.

Dias sempre disse que a Rede era uma quimera, como a verdade do Ministro Fux:

MARINA SAI DE CENA, SERRA ENTRA


Talvez o ex-governador deixe de ser tucano; já a candidatura da ex-ministra parece impossível

Por Maurício Dias

Parece definida a situação de Marina Silva em relação à eleição presidencial de 2014. Como não há mais tempo hábil para cumprir as exigências legais para a Rede Sustentabilidade formalizar o registro junto ao TSE, ela não tem opção. Fica fora da competição ou, até o dia 4 de outubro, põe o pé no estribo do primeiro bonde que passar. No entanto, Marina tornou proibido falar em “plano B”.
Não há espaço para ela no PSOL. Não há como retornar ao PV, com o qual rompeu após disputar a eleição de 2010 e “arrancar” quase 20 milhões de votos. Talvez ela seja bem recebida no PPS, que tem como preferência, no entanto, a adesão de José Serra, caso ele decida dar adeus ao PSDB.
Sem Marina Silva no páreo, a situação, em tese, favorece Dilma, com a popularidade em recuperação. As precoces pesquisas indicam que, neste caso, se a eleição fosse hoje, ela venceria no primeiro turno se os adversários fossem Aécio Neves e Eduardo Campos.
O quadro de candidatos ainda está tão indefinido quanto o da economia. Um fator predominante na eleição de 2014.
Para onde escoaria a votação de Marina, considerando que é um voto de forte conteúdo antipartidário? Ela reproduziria a decisão de não apoiar ninguém, como fez no segundo turno de 2010? Até quando ela vai evitar o jogo político? Talvez quando a bem-aventurada Marina entender, como já foi dito, que a política é uma atividade para pecadores.
Além de perder a corrida contra o tempo, Marina engasgou com as mais de 800 mil assinaturas coletadas em um ano. Era preciso, no entanto, certificar em cartório. Somente 250 mil foram reconhecidas oficialmente. A metade do que a legislação exige para a formação de partido. Esse número expressa o mínimo exigido pela legislação: 0,5% dos votos dados na última eleição para a Câmara dos Deputados, não computados os brancos e nulos. Isso corresponde a exatamente 491.656 assinaturas certificadas em cartório de, pelo menos, nove estados.
Marina acusou a lentidão dos cartórios. Foi vítima da burocracia que, quando não falha, tarda. Em gesto de desespero, propôs ao TSE entregar mais de 600 mil sem conferência para obter, em confiança, o registro do partido. Ela pede o impossível: que o tribunal abra uma exceção.
Mas eis que, de São Paulo, chegaram notícias ruins. A Justiça Eleitoral identificou indícios de fraude na coleta de assinaturas para a criação do partido. O Ministério Público Eleitoral e a polícia foram mobilizados em alguns municípios paulistas.
Somente o registro perante o TSE garante a participação no processo eleitoral. Marina não cumpriu as exigências preliminares para chegar a essa etapa que, em geral, consome cerca de 30 dias. Basta conferir o calendário. O tempo passou.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Serra, você precisa se controlar…


O senhor José Serra deve estar com a cabeça meio atrapalhada pela prisão de seu amigo e ex-subchefe da Casa Civil no Governo de São Paulo, o ex-senador João Faustino (RN), e anda dizendo coisas que depõem contra o seu ex-chefe (e ex-chefe de Faustino) Fernando Henrique Cardoso.
É que ele deve ter lido a nota do Estadão, hoje, dizendo que “a engenharia do esquema de fraude na inspeção veicular em São Paulo denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) serviu de modelo para o edital e a licitação no Rio Grande do Norte, alvo da Operação Sinal Fechado, que levou para a cadeia 14 pessoas na quinta-feira. A acusação é da Promotoria potiguar, com base em interceptações telefônicas e de e-mails trocados pelo lobista paulista Alcides Fernandes Barbosa.” com o presidente da Controlar, Harald Peter Zwetkoff, caso que está complicando a vida de seu amigo Gilberto Kassab.
Mas essa perturbação não é motivo para que ele diga que “o Brasil ainda é, no contexto da economia mundial, por incrível que pareça, um país pequeno”, como fez hoje, falando a jovens empreendedores na Fiesp, segundo a Folha.
Não é, não, Serra. É injusto, mas não é pequeno.
Tornamo-nos, este ano, a sétima economia do mundo e estamos prestes a sermos a sexta, deixando para trás o Reino Unido, a depender de pequenas variações do PIB dos dois países.
Quando o governo tucano terminou, em 2002, éramos a 14ª. E caindo.
Deixamos de andar de pires na mão, de dizer “sim, alteza” para o FMI, paramos de vender patrimônio público, aumentamos o salário mínimo, não tiramos mais os sapatos para falar com os países ricos e não quebramos mais quando há uma crise na Tailândia.
Quem é o senhor para reclamar que não baixamos os juros, se participou de um Governo que, mesmo alienando quase todo mês uma empresa estatal para fazer caixa, fez quase triplicar a proporção entre a dívida pública do Governo Federal e o Produto Interno Bruto.  E fez isso porque pagava taxas de juros da ordem de 20% reais ao ano, cinco vezes mais do que hoje!
Então, menos, Serra, menos.  Se o seu plano de aliar, goela abaixo do Governador Alckmin, os tucanos ao candidato de Kassab parece que não vai emplacar mais , não é razão para andar dizendo estas besteiras.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MP pede afastamento de Kassab

MP pede afastamento de Kassab por fraude na inspeção veicular em SP 
Ação diz que projeto foi executado de por meio de dados falsos e pede devolução de dinheiro

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu no início da tarde desta quinta-feira, 24, o afastamento de Gilberto Kassab (PSD) do cargo de prefeito de São Paulo. Kassab, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, seis empresas - entre elas a CCR e a Controlar - e 13 empresários são acusados de participar do que seria uma fraude bilionária: o contrato da inspeção veicular em São Paulo.

A ação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social pede o bloqueio dos bens dos envolvidos, a perda dos direitos políticos e a condenação por improbidade administrativa dos acusados.

O valor da causa dado pelos promotores Roberto de Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi é de R$ 1,05 bilhão. A ação pede a suspensão imediata da inspeção veicular, a devolução dos valores de multas cobradas dos moradores de São Paulo, além de indenização por danos morais aos donos de veículos.

O problema, segundo o MPE não é a ideia da inspeção, mas a forma como ela foi executada na cidade. Desde a constituição da empresa Controlar até as sucessivas prorrogações do contrato teriam sido feitas por meio de fraudes, como a apresentação de garantias falsas, documentos e informações falsas e, além de possíveis fraudes tributárias e fiscais. A ação foi apresentada no Fórum Helly Lopes Meireles, sede das Varas da Fazenda Pública de São Paulo.
Leia mais em: O Esquerdopata

 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Estamos em guerra e cada um precisa fazer a sua parte!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!
- por André Lux, jornalista

Pessoal, a campanha eleitoral para Presidente acabou. Campanha é discussão de proposta, debate de idéias, apresentação de solução para problemas. Esqueçam isso.

Estamos agora no meio de uma guerra. Uma guerra suja e nojenta, provocada por um sociopata sem qualquer escrúpulo que seria capaz de tratorar a própria filha para chegar ao poder: o sr. José Serra.

A guerra suja começou na internet, com o envio de milhares de emails repletos de mentiras, calúnias e distorções. Tudo isso saiu do mundo virtual e ganhou as ruas, com padres e líderes religiosos ligados ao que há de mais podre e retrógrado em nossa sociedade pregando abertamente o ódio e a intolerância contra Dilma e a esquerda.

Twitar, deixar mensagens no orkut, no facebook e mandar emails com contra informações e esclarecimentos é muito importante, mas precisamos também ir pras ruas, conversar com as pessoas - principalmente as mais pobres, pois esses ataques nauseabundos do Serra e de seus mercenários visam os brasileiros de baixa renda que são ultra regiliosos e estão sendo manipulados pelas mentiras disseminadas pelos canalhas a serviço do PSDB.

Tem muita gente que ganha bolsa família, tem filho na faculdade graças ao Prouni e comprou carro pela primeira vez na vida que pode deixar de votar em Dilma por causa das mentiras propagadas a respeito das posições de Dilma sobre o aborto!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!

Não adianta esperar uma reação eficaz do PT e de seus dirigentes agora. Esse pessoal ainda não acordou para a era digital e não tem noção da importância da internet, muito menos vai sair às ruas para enfrentar as mentiras de peito aberto. Eu conheço políticos do PT que estão no meio de mandato e, num momento crucial como esse, estão falando coisas como "Bem feito, quem mandou o PT escrever sobre a descriminalização do aborto na resolução tal de tal de mil novecentos e bolinha!". Parece brincadeira, mas não é.

Chegou a nossa hora. Ou ganhamos as ruas e fazemos acontecer ou corremos o risco de sermos tratorados pelo obscurantismo medieval que o sociopata José Serra e seus lacaios lançaram sobre o nosso querido Brasil.

Abaixo, repasso dicas valiosas sobre como atuar contra calúnias e boatos mentirosos na internet.

*************************************

Cada um precisa fazer sua parte

O endereço oficial na internet da campanha de Dilma Rousseff, criou uma central onde qualquer pessoa pode conferir se um boato recebido por email ou de ourta forma sobre ela é verdade ou é mentira. O endereço é esse: www.dilma13.com.br/verdades

Se você ficar sabendo de outros boatos, denuncie lá no botão contato, ou na área de comentários.

Denunciar na central oficial também é importante. Mas não se limite a isso, esperando que os outros façam tudo. Nossa maior força é a militância popular, é cada cidadão exercer seu papel de garantir nossa cidadania.

Se receber email de pessoas conhecidas que mereçam respeito, contendo mentiras, responda com a verdade, com seriedade e educação. A melhor forma de convencer algum amigo de boa vontade, mas que esteja mal-informado, é com seriedade e educação.

Faça mesmo fora do mundo virtual, nas conversas pessoais.

Se receber um email que contém crime, denuncie. Atribuir a uma pessoa crime que a pessoa não cometeu, é crime de quem acusa. Em caso de candidatos em eleições, é agravante, por que a ofensa não é apenas pessoal, mas perturbação à ordem democrática, sujeitando os criminosos a penalidades como formação de quadrilha, alarmismo, etc.

Denuncie na polícia federal: http://www.safernet.org.br/

E ao Ministério Público Eleitoral (É crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor): pge@pgr.mpf.gov.br

O email é prova material do crime. Basta reencaminhar. Quem souber como mostrar o código original da mensagem (com o ip de origem), envie estas informações também. Prefira fazer denúncias identificadas do que anônimas.

Atenção:
Se receber um email anônimo ou vindo de lista de spam, fazendo campanha positiva ou negativa, contendo crime ou não, denuncie ao Ministério Público Eleitoral.

1) Emails de pessoa física que expressam apenas opinião ou narram fatos verdadeiros não é crime, não devem ser denunciado para não atrapalhar as investigações sobre os verdadeiros criminosos.

2) Qualquer email contendo mentiras para convencer o eleitor é crime eleitoral, e deve ser denunciado ao PGE.

3) Emails em massa vindo de sistemas empresariais, independente de ser opinião ou não, seja para fazer campanha negativa ou positiva, quase sempre é crime eleitoral (conforme os Art. 57-C, Art. 57-D e Art. 57-E da Lei Nº 12.034/2009).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Brizola Neto e o MPE


Nesta campanha que vai e encerrando, não foi raro que tivéssemos que defender o processo democrático de situações ameaçadoras que, infelizmente, vieram de onde esperávamos viesse a proteção às liberdades e o equilíbrio no processo eleitoral. Curiosamente, a única ameaça à livre imprensa, entre as tão faladas pela mídia, veio justamente da ação do Ministério Público Eleitoral contra a revista Carta Capital, enquanto outros órgãos, que interferiam e interferem com parcialidade e até mentiras absolutamente eleitoreiras ficaram livres para seus abusos.
A resposta de Mino Carta á Dra. Sandra Cureau parece ter posto fim a esta ofensiva, como parecem ter cessado também às que se fizeram ao presidente da República. Igualmente não prosperaram alguns ensaios feitos contra a liberdade de expressão, na tribuna, dos parlamentares. Coloco aí em címa o vídeo, que muitos ainda não assistiram, de um pronunciamento que fiz contra estas investidas, ainda em julho passado.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dra. Cureau, seus colegas não dão entrevista, trabalham



Viva o Ministério Público que não se entrega ao jogo midiático e age contra quem deve agir, independente de partido ou candidato. Honra aos procuradores da República do meu Rio Grande que não se preocupam em ser simpáticos aos interesses poderosos dos meios de comunicação.
Agora há pouco, deu no Estadão:
” A promotora eleitoral Margarida Teixeira de Moraes, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, ofereceu denúncia contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, por calúnia e difamação contra o PT e o candidato ao Senado pelo partido, Fernando Pimentel (MG), à Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul.
No texto da denúncia, encaminhada no dia 24 de setembro e tornada pública nesta segunda-feira pelo site do PT, a promotora afirma que Serra, “visando fins de propaganda eleitoral, difamou o Partido dos Trabalhadores ao afirmar que o mesmo tem ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”. Para sustentar, transcreve trecho de entrevista dado pelo tucano ao jornal Zero Hora de 23 de julho, na qual ele, ao comentar declarações de seu vice Índio da Costa (DEM), diz que “está mais do que evidenciado que o PT tem ligação com as Farc, que, por sua vez, são uma força do narcotráfico”.
No segundo fato da mesma denúncia, a promotora também sustenta que Serra caluniou Pimentel imputando-lhe falsamente fatos definidos como crime, como violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. E transcreve outro trecho da mesma entrevista, no qual o candidato, questionado sobre a quebra de sigilo de Eduardo Jorge, responde: “É estratégia do PT. Eles tinham montado um grupo de dossiê sujo. Dossiê limpo não é obrigatoriamente algo criminoso. Quando é feito com baixaria, você está comprando depoimento. Isso é jogo sujo, e o PT estava montando isso e foi descoberto. Tudo coordenado por um personagem importante do PT, que é o Fernando Pimentel. Não é um Zé Ninguém. Uma delas foi começar a quebrar sigilo usando de funcionários ligados ao PT”.
Mas o mais legal em tudo isso é a frase que encerra a matéria: ” A promotora não atendeu a imprensa para comentar a denúncia”.
Procurador, assim como juiz, não fala aos microfones senão, como diziam aqueles antigos anúncios nos ônibus, “senão para dizer apenas o essencial”. Fala nos autos dos processos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como desmascarar o PIG


A repercussão que teve a proposta do Movimento dos Sem Mídia de denunciar à Justiça Eleitoral um dos tradicionais processos de campanha eleitoral ilegal que a grande imprensa brasileira costuma desenvolver para os políticos de sua preferência a cada ano eleitoral desde sempre neste país, nos obriga a ir em frente.

A teoria do MSM é a seguinte: a grande imprensa escrita, televisada e radiofônica, maiormente representada pelos grupos empresariais Folha, Estado, Globo e Abril, com seus tentáculos espalhados por todo o país, está promovendo, mais uma vez, uma enxurrada de noticiário em favor da candidatura José Serra e contra a candidatura Dilma Rousseff.

Nos jornais, por exemplo, há dias em que se vê as primeiras páginas com quatro, cinco, seis manchetes negativas para o PT, seja fazendo denúncias, seja comprando as teses da oposição tucana, seja defendendo tucanos aliados de Serra, promovendo campanha negativa contra Dilma.

Esse fenômeno se reproduz, de forma análoga, porém mais dissimulada, em concessões públicas de rádio e televisão.

Esta campanha eleitoral tem sido marcada por uma atuação bastante vistosa da Justiça Eleitoral, que tem multado seguidamente os candidatos a presidente e titulares do governo federal e do Estado de São Paulo por “propaganda antecipada”, e até veículos de comunicação, como no caso do jornal O Estado de Minas, recentemente multado por fazer campanha eleitoral para Serra.

A Justiça Eleitoral também tem aplicado multas a sindicatos por fazerem “campanha negativa”. Ou seja: entidades que têm criticado Serra publicamente, estão sendo acusadas de atuarem para a campanha de Dilma.

Diante disso, surge uma avenida de oportunidades para mostrar a essa Justiça Eleitoral que a campanha eleitoral negativa e antecipada mais escandalosa quem tem feito são os quatro grupos empresariais supra mencionados e seus tentáculos menores na imprensa.

Há inclusive uma atuação conjunta da mídia e do PSDB, do DEM e do PPS, na qual os primeiros levantam alguma denúncia contra o PT e os meios de comunicação se encarregam de endossá-la, como no caso do “dossiê” contra Serra e no da “quebra de sigilo fiscal” do tucano Eduardo Jorge, casos nos quais a mídia claramente optou por endossar as posições oposicionistas.

A adesão praticamente automática da mídia à oposição é verificável em praticamente todas as questões políticas, econômicas e administrativas. Não consigo me lembrar de um só caso em que a mídia tenha ficado ao lado do governo e contra a oposição. Se existir, é exceção da exceção.

Todavia, há uma dificuldade para levar essas ações partidarizadas da mídia à Justiça. Por mais que qualquer um que seja honesto saiba que Globos, Folhas, Vejas e Estadões são tucanos até a alma, para a Justiça é preciso oferecer evidências concretas desse fato.

Há que fazer uma apuração de um período (qualquer período) que se verificará com facilidade o enorme apoio que Serra e seus aliados têm recebido dos veículos supra mencionados em todas as suas questões com Dilma, Lula e o PT.

Se pegarmos qualquer período, há uma avalanche de notícias, editoriais, colunas etc. atacando e acusando e criticando a situação, sempre sob a ótica da oposição, tratada pela imprensa como vítima de um governo despótico e corrupto.

O grande problema é fazer essa apuração em tempo hábil.

Apesar do apoio dos leitores deste blog, que às centenas se filiaram ao Movimento dos Sem Mídia e que se propuseram não só a trabalhar mas a contribuir com doações para que tenhamos alguma receita que nos dê condições de assumir compromissos, um estudo como esse, que mostre, estatisticamente, como é descomunal o partidarismo midiático, precisa ser feito em bases minimamente científicas.

Pensei, então, em recrutar filiados e simpatizantes do MSM para pegarem períodos dos arquivos dos jornais que seriam divididos entre os envolvidos e classificarem as edições diárias por notícias negativas para cada candidato, notícias positivas e notícias neutras.

A idéia é a de que se dê para cada militante do MSM um período para apurar, porque, de acordo com estudos do setor jurídico da organização, a denúncia desse partidarismo está amplamente amparada pela lei que rege a matéria eleitoral.

Se ficar minimamente demonstrada a campanha partidarizada que a mídia vem empreendendo para ajudar Serra, esses veículos podem ser multados. Mas o principal efeito será político, pois, pela primeira vez, haverá um fato que comprove que Globos, Folhas, Vejas e Estadões vêm atuando como partidos políticos.

O grande problema de o estudo ser feito da forma que imaginei inicialmente é no que tange cada um que ajudar a fazê-lo saber identificar claramente o que é notícia negativa, positiva e neutra, pois, aí, entram em campo os sentimentos das pessoas.

A subjetividade e a tendência ideológica podem fazer alguém ver notícia negativa ou positiva onde não existe, pois quando se tem lado é mais difícil ter equilíbrio. O melhor, portanto, seria conseguir fazer um trabalho estatístico independente e feito por pessoas treinadas para tanto.

Estou em contato com algumas instituições que poderiam nos socorrer nesse caso, mas, como todos sabem, os recursos do MSM, mesmo com o apoio dos leitores deste blog, são bastante escassos.

Na pior das hipóteses, se não tivermos como bancar um estudo profissional, teremos que tentar selecionar pessoas com algum conhecimento para fazermos o estudo nós mesmos. Seria um trabalho difícil, mas poderia ser feito.

Posso comprar assinaturas de jornais, exemplares antigos, de forma a irmos quantificando e classificando essa campanha eleitoral ilegal imensa que os veículos em questão têm feito para Serra.

O importante, agora, é que o apoio dado ao MSM pelos caros leitores durante este mês de julho prossiga, de forma a termos recursos para ir em frente e, pela primeira vez, provarmos, publicamente, que a grande imprensa brasileira se converteu em um partido político, já descrito como Partido da Imprensa Golpista.

Se tivermos êxito, acho que será um duro golpe para uma elite que criou para si um aparato de comunicação que se constitui em um poder paralelo ao do Estado, que tem conseguido atrasar o progresso do país escudado em uma liberdade de imprensa que nada mais é do que liberdade para usar até concessões públicas em prol de interesses sectários de um pequeno e influente grupo social.

Há, ainda, a frente de luta contra a manipulação de pesquisas, que graças aos leitores deste blog o MSM está tendo como travar. Aliás, nessa questão estamos muito próximos de provar que um crime eleitoral foi cometido por ao menos dois institutos de pesquisa, pois estamos indo para cima do inquérito que o MPE enviou à Polícia Federal com base na representação dos Sem Mídia pedindo auditoria de todos os institutos de pesquisa.

Neste fim de semana, teremos as pesquisas Datafolha e Vox Populi sobre a sucessão presidencial. É bem possível que um desses institutos forneça as provas finais para demonstrar um crime eleitoral de falsificação de pesquisas.

Se Vox Populi e Datafolha divergirem significativamente em pesquisas que fizeram quase ao mesmo tempo, ficará claro que um deles está mentindo e, assim, haverá uma pressão adicional para que a investigação da PF caminhe mais rápido.

O Movimento dos Sem Mídia, como se vê, está em uma encruzilhada. Com o vosso apoio, poderá realizar um feito inédito na história política deste país. O Brasil, portanto, conta com cada um de vocês para que mantenham a ONG de pé, de forma que, de uma vez por todas, tenha fim o uso da comunicação dessa forma ilegal e imoral que temos visto.

Que nos próximos meses continuemos juntos e atuando, porque procurarei a todos os que se dispuseram a ajudar. E são muitos. Em grande parte, já demonstraram que estão dispostos a impedir essa vergonhosa campanha midiática para eleger José Serra. Com esse apoio todo, venceremos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Finalmente se ergues da justiça a clava forte

Professor Hariovaldo Almeida Prado

20 julho 2010

Dra. Cureau, altiva e bela

Para todos aqueles que têm fé em São Serapião a justiça nunca falha, e mesmo o sexo frágil, suscetível ao pecado e a perdição desde o jardim do Éden, pode ser remido pela graça e tornar-se um instrumento sagrado na luta contra as forças maléficas de Lula, aleluia! Eis que dentre as mais belas viragos se ergue impoluta e digna uma das mais competentes procuradoras da Justiça Eleitoral, que, tal qual as mariposas noturnas, vive a procurar a luz ante as trevas que o petismo atroz espalhou na tentativa vã de sagrar sua candidata terrorista a sucessora do parvo molusco.

Com grande isenção e imparcialidade, a competente dama do bem tem oferecido duro combate às chagas do mal, na pessoa de Lula e de sua sacerdotisa dilmística, sempre bem fundamentada na parte boa da imprensa, aquela que ainda não foi comprada pelo imprensalão do PT.

E mesmo sob os ataques vis das hostes marxistas ela não esmorece, afinal que culpa tem se o representante dos homens bons é do bem, enquanto a candidata petista é do mal? Oras, se até as criancinhas já sabem que Serra é a pessoa ideal para governar o país, nada mais justo e correto para o bem da nação que a procuradora procure defender a verdade dos ataques malignos dos bolchevistas, em nome da justiça dos homens de bem. Alvíssaras

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Representação contra Dra. Cureau faria bem ao país


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel não está correto ao classificar como intimidação a simples intenção do PT de fazer umarepresentação ao Conselho Nacional do Ministério Público contra a vice-procuradora eleitoral, Sandra Cureau. O procurador sabe que nenhum agente público está imune a ter seus atos questionados, dentro da lei e dos mecanismos judiciais adequados. Um dos princípios da República é o de que nenhum cidadão e nenhuma instituição está acima do que a lei impõe a todos. Se até mesmo os atos de um Ministro do Supremo podem ser questionados juridicamente, porque não os seriam os de uma procuradora da República?

Será que existe na democracia brasileira um ente acima do bem e do mal e da própria Justiça?

Quem discordar do que ela faz, senhor procurador, o que deve fazer? Choramingar? Não há remédio legal para quem creia estar sendo prejudicado por sua ação? Representar, dentro da lei, é intimidar?

Quando seus representantes se manifestam fora dos autos, distribuem entrevistas aos magotes e se referem ao mandatário da Nação de forma desabrida e chula, afirmando que Lula “não consegue ficar de boca calada”. Imagine se o presidente diz que uma procuradora “não consegue ficar quietinha”, que escândalo seria?

Que o procurador-geral queira defender sua colega de Ministério Público, é compreensível. Mas é preciso que defenda, primeiro, o império da Lei. O PT – ou qualquer partido ou cidadão - pensar em representar contra Sandra Cureau, isso nada tem de ilegal. Não está propondo nenhum desrespeito à lei ou atitude que fira o processo eleitoral ou a ordem democrática. Está somente exercendo, e por enquanto apenas na intenção, um direito legítimo de contestar o que lhe parece errado. Direito que está na Lei da qual o MP é o fiscal e defensor supremo.

Se o procurador-geral afirma categoricamente que o MP tem exercido corretamente suas funções eleitorais, deveria receber de bom grado uma representação que permitiria a confirmação do que declara. Considerar “lamentável” que um partido político questione a correção que ele acredita haver é comportamento que amiúda a Procuradoria-Geral da República.

Gostaria que o procurador-geral lesse atentamente tudo que tenho escrito aqui sobre as manifestações da dra. Sandra Cureau. Não me parece um comportamento adequado a vice-procuradora se posicionar sobre comportamentos ao afirmar que o PSDB tem demonstrado mais zelo à lei eleitoral do que o PT. Não parece exercício correto da função o MPE ignorar as infrações cometidas por José Serra em dois programas nacionais de outros partidos, que não o dele, porque embora depois de longo intervalo, representou contra o que seria o terceiro, o do DEM. Não parece correto a dra. Sandra Cureau pedir as fitas da declaração de Lula sobre Dilma Rousseff em cerimônia do trem-bala e ignorar o que diz o atual governador de São Paulo sobre José Serra. Não me parece respeito entre os poderes, a vice-procuradora notificar o Senado para conferir o discurso de dois senadores pretendendo restringir-lhes as prerrogativas parlamentares. E olha que estou falando de dois pronunciamentos pró-Serra, meu adversário. Mas não estou pugnando por este ao aquele candidato, mas sim pelo equilíbrio da Justiça.

Todos os questionamentos que escrevi foram feitos com respeito e responsabilidade. Não são intimidação, são o direito de crítica ao qual ninguém – nem presidente, nem deputado, nem procurador – está livre de merecer. O nome disso é democracia, não intimidação.

domingo, 18 de julho de 2010

Procuradora faz elogio indireto a Serra e pode ser processada


A Folha perguntou à procuradora Sandra Cureau o que ela achava do governador de SP, Alberto Goldman (PSDB), ficar citando José Serra em seus discursos. A resposta veio na forma de um camuflado mas óbvio elogio ao presidenciável tucano: "Não pode, falando oficialmente como governador, dizer as coisas boas que Serra fez. Ele está indicando à população que Serra é a pessoa ideal para governar o país", disse Cureau. Ela pode ser acusada de abuso de poder.

por Weden, no blog de Luis Nassif

Convenhamos. A sub-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau (foto ao lado) é, no mínimo, uma personagem folclórica. Trago um exemplo fictício, e depois sigo com o exemplo da vida real nos ofertado pela procuradora.

Joana chega para Maria e reclama: "Maria, você não deveria falar sobre o quanto Pedro é desonesto"

Ora, o que Joana disse foi: [Pedro é desonesto] [Você não deveria falar sobre].

Lula fez algo parecido há dias: desculpou-se por ter elogiado Dilma em discurso, fazendo novo elogio.

Traduzindo a estratégia de Lula teríamos: [Nunca mais direi que] [Sem Dilma, o trem bala não sairia]

A imprensa criticou o primeiro elogio de Lula a Dilma e o segundo também. Todo mundo percebeu que Lula fez uma mea culpa retórica. A procuradora Sandra Cureau também percebeu. E ameaçou Lula - e Dilma - pela enésima vez.

Logo depois, a rede informou que Alberto Goldman estava fazendo o mesmo: utilizando eventos pagos com o dinheiro do contribuinte para fazer campanha para José Serra.

A Folha de São Paulo, pautada pela rede, confirmou, quase que numa mea culpa editorial, que o governador de São Paulo citou o candidato correligionário dezenas de vezes em seus discursos.

Foram perguntar à procuradora o que ela achava disso. A resposta deve entrar para os anais das curiosidades das eleições de 2010.

Partindo do pressuposto de que a Folha transcreveu fielmente a declaração da entrevistada, a procuradora disse:

"Não pode, falando oficialmente como governador, dizer as coisas boas que Serra fez. Ele está indicando à população que Serra é a pessoa ideal para governar o país."

Desmembrando, teríamos

E1. ["Não pode, falando oficialmente, como governador dizer]"

E2. ["as coisas boas que Serra fez"]

E3. [Ele está indicando à população que]

E4. ["Serra é a pessoa ideal para governar o país"]

Os enunciados 1 e 3 trazem um alerta ao governador Alberto Goldman. Mas os enunciados 2 e 4 são reafirmações do que Alberto Goldman disse.

Seria muito diferente se a procuradora, ouvida pela Folha, dissesse que "O governador não pode, falando oficialmente, elogiar Serra em público, indicando à população a opinião dele sobre o candidato do mesmo partido"

O que a procuradora fez foi embutir um elogio a Serra numa suposta crítica ao governador. Isso é campanha. E com o dinheiro do contribuinte.

A procuradora pode ser denunciada por abuso de poder.

VERMELHO