Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Estamos em guerra e cada um precisa fazer a sua parte!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!
- por André Lux, jornalista

Pessoal, a campanha eleitoral para Presidente acabou. Campanha é discussão de proposta, debate de idéias, apresentação de solução para problemas. Esqueçam isso.

Estamos agora no meio de uma guerra. Uma guerra suja e nojenta, provocada por um sociopata sem qualquer escrúpulo que seria capaz de tratorar a própria filha para chegar ao poder: o sr. José Serra.

A guerra suja começou na internet, com o envio de milhares de emails repletos de mentiras, calúnias e distorções. Tudo isso saiu do mundo virtual e ganhou as ruas, com padres e líderes religiosos ligados ao que há de mais podre e retrógrado em nossa sociedade pregando abertamente o ódio e a intolerância contra Dilma e a esquerda.

Twitar, deixar mensagens no orkut, no facebook e mandar emails com contra informações e esclarecimentos é muito importante, mas precisamos também ir pras ruas, conversar com as pessoas - principalmente as mais pobres, pois esses ataques nauseabundos do Serra e de seus mercenários visam os brasileiros de baixa renda que são ultra regiliosos e estão sendo manipulados pelas mentiras disseminadas pelos canalhas a serviço do PSDB.

Tem muita gente que ganha bolsa família, tem filho na faculdade graças ao Prouni e comprou carro pela primeira vez na vida que pode deixar de votar em Dilma por causa das mentiras propagadas a respeito das posições de Dilma sobre o aborto!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!

Não adianta esperar uma reação eficaz do PT e de seus dirigentes agora. Esse pessoal ainda não acordou para a era digital e não tem noção da importância da internet, muito menos vai sair às ruas para enfrentar as mentiras de peito aberto. Eu conheço políticos do PT que estão no meio de mandato e, num momento crucial como esse, estão falando coisas como "Bem feito, quem mandou o PT escrever sobre a descriminalização do aborto na resolução tal de tal de mil novecentos e bolinha!". Parece brincadeira, mas não é.

Chegou a nossa hora. Ou ganhamos as ruas e fazemos acontecer ou corremos o risco de sermos tratorados pelo obscurantismo medieval que o sociopata José Serra e seus lacaios lançaram sobre o nosso querido Brasil.

Abaixo, repasso dicas valiosas sobre como atuar contra calúnias e boatos mentirosos na internet.

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Cada um precisa fazer sua parte

O endereço oficial na internet da campanha de Dilma Rousseff, criou uma central onde qualquer pessoa pode conferir se um boato recebido por email ou de ourta forma sobre ela é verdade ou é mentira. O endereço é esse: www.dilma13.com.br/verdades

Se você ficar sabendo de outros boatos, denuncie lá no botão contato, ou na área de comentários.

Denunciar na central oficial também é importante. Mas não se limite a isso, esperando que os outros façam tudo. Nossa maior força é a militância popular, é cada cidadão exercer seu papel de garantir nossa cidadania.

Se receber email de pessoas conhecidas que mereçam respeito, contendo mentiras, responda com a verdade, com seriedade e educação. A melhor forma de convencer algum amigo de boa vontade, mas que esteja mal-informado, é com seriedade e educação.

Faça mesmo fora do mundo virtual, nas conversas pessoais.

Se receber um email que contém crime, denuncie. Atribuir a uma pessoa crime que a pessoa não cometeu, é crime de quem acusa. Em caso de candidatos em eleições, é agravante, por que a ofensa não é apenas pessoal, mas perturbação à ordem democrática, sujeitando os criminosos a penalidades como formação de quadrilha, alarmismo, etc.

Denuncie na polícia federal: http://www.safernet.org.br/

E ao Ministério Público Eleitoral (É crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor): pge@pgr.mpf.gov.br

O email é prova material do crime. Basta reencaminhar. Quem souber como mostrar o código original da mensagem (com o ip de origem), envie estas informações também. Prefira fazer denúncias identificadas do que anônimas.

Atenção:
Se receber um email anônimo ou vindo de lista de spam, fazendo campanha positiva ou negativa, contendo crime ou não, denuncie ao Ministério Público Eleitoral.

1) Emails de pessoa física que expressam apenas opinião ou narram fatos verdadeiros não é crime, não devem ser denunciado para não atrapalhar as investigações sobre os verdadeiros criminosos.

2) Qualquer email contendo mentiras para convencer o eleitor é crime eleitoral, e deve ser denunciado ao PGE.

3) Emails em massa vindo de sistemas empresariais, independente de ser opinião ou não, seja para fazer campanha negativa ou positiva, quase sempre é crime eleitoral (conforme os Art. 57-C, Art. 57-D e Art. 57-E da Lei Nº 12.034/2009).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Regional Sul 1 da CNBB trabalhou contra voto ao PT


Incrustado na Zona Sudeste da cidade de São Paulo, o Parque São Lucas esconde a única igreja do Brasil da Congregação do Oratório São Filipe Neri. Fundada pelo padre Aldo Giuseppe Maschi em meados do século passado, a igreja até hoje realiza missas em latim, abolidas mundialmente pelo Concílio Vaticano II, em 1963. Na sexta-feira, o jovem padre Paulo Sampaio Sandes rezou a missa da tarde, de costas para os fieis, com a concessão ao português de três Aves Marias e uma Salve Rainha. O coro, de cinco beatas, também preferiu o latim.

O padre Paulo faz parte de uma congregação tradicional, é contra o aborto, a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais de homossexuais. Entendeu a recomendação da Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) como uma ordem: expor, na homilia, no dia da eleição, o suposto veto da Igreja Católica à candidata Dilma Rousseff (PT), estendido a todos os candidatos do Partido dos Trabalhadores, e distribuir, na saída da missa, a carta onde explicitamente a regional descarta o voto católico nos candidatos que defendem o aborto, em especial, e nomeadamente, nos petistas. "No dia das eleições eu vou distribuir a carta lá fora, mas a carta é muito explícita em relação aos candidatos, não vou falar o nome deles na homilia", disse o padre, depois da missa, confessando constrangimento com a determinação da Regional. "O próprio Dom Odilo Scherer diz que não devemos falar de nomes de candidatos".

A recomendação da Regional Sul 1, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, foi uma "trama", segundo o bispo de Jales, Demétrio Valentini, da Regional Sul I da CNBB, urdida de forma a induzir os fiéis paulistas a acreditarem que a CNBB nacional impôs um veto aos candidatos do PT nessas eleições. "Estamos constrangidos, pois a nossa instituição [a Igreja] foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos".

A regional, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, recomendou às paróquias que distribuíssem o "Apelo aos Brasileiros", uma longa carta em que acusa o PT de, mancomunado com o "imperialismo demográfico" representado por fundações norte-americanas que financiam programas de controle familiar, apoiar o aborto, e pediu aos padres que "alertassem" os fiéis para não votarem na candidata a presidente Dilma Rousseff, nem em qualquer outro petista. "A Presidência e a Comissão Representativa dos bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua reunião ordinária, acolhem e recomendam a ampla difusão do apelo a todos os brasileiros e brasileiras elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1", dizem o site da regional e o site da diocese de Guarulhos.

O presidente da Sul 1 da CNBB, Dom Nelson Westrupp, não respondeu a questões que foram enviadas pelo Valor por e-mail por orientação da sua assistente, Irmã Maurinea. O bispo de Guarulhos, Dom Luis Gonzaga, um dos articuladores do movimento antipetista na Igreja, em julho, no artigo "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", recomendou "aos verdadeiros cristãos católicos" não votarem em candidatos que apoiam o aborto e, em especial, recusarem o apoio a Dilma e ao PT.

Do ponto de vista da hierarquia católica, a recomendação e o documento dos dirigentes da Regional Sul da CNBB não têm validade. No dia 16, a Conferência deixou claro isso, numa nota oficial: "Falam em nome da CNBB somente a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência. O único pronunciamento oficial da CNBB sobre as eleições/2010 é a Declaração sobre o Momento Político Nacional, aprovada pela 48ª Assembleia Geral da CNBB, deste ano, cujo conteúdo permanece como orientação neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País", diz. O cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, em 20 de agosto, enviou um comunicado a todos os padres de dioceses esclarecendo que os representantes da Igreja não devem se envolver publicamente na campanha partidária, nem "fazer uso instrumental da celebração litúrgica para expressão de convicções político-partidárias". Sugere que orientem os fiéis a votarem em candidatos afinados com os princípios cristãos, "sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural", mas alerta para que não indiquem nomes.

Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, foi o bispo que reagiu de forma mais direta e clara ao que chama de "trama" da Regional Sul 1 da CNBB. À sua diocese, tem encaminhado sucessivos artigos contra o documento da regional. "Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas (...) Portanto, seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro, intrometendo-se onde não lhe cabe estar", no artigo "Pela liberdade de consciência", divulgado no dia 19.

A CNBB nacional acabou encerrando sua participação no episódio com a nota em que desautoriza qualquer decisão contrária à da Assembleia Geral, que não vetou candidatos ou partidos. A direção da Conferência está em Roma. Em São Paulo, remanescentes da Igreja progressista estão pasmos. "Nunca houve uma campanha eleitoral com tanta manipulação da religião", lamenta um deles, lembrando que isso aconteceu também, e fortemente, com a Igreja Evangélica. 
Maria Inês Nassif