Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Collor: procuradores entregaram investigação secreta à Veja

E se o Caneta tiver repassado os documentos ao Cachoeira? O que dirão Gurgel e a Corregedoria do MP?

Na mesma reunião da CPI em que o deputado Dr. Rosinha preferiu não levar a votação o requerimento para convocar o Caneta, o Policarpo Júnior, o senador Fernando Collor fez outras graves denúncias que envolvem o Procurador Roberto Gurgel, o Caneta e seu patrão.

Collor revelou que, no dia 2 de março de 2012, procuradores que funcionam como braço direito de Gurgel, Leia Batista de Oliveira, Daniel de Resende Salgado e Alexandre Camagno de Assis, se encontraram, a mando do Caneta, com dois repórteres da Veja: Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel.

Nesse encontro, os procuradores entregaram aos repórteres da Veja documentos de inquéritos que resultaram, depois, nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.

Os documentos eram sigilosos, protegidos por “segredo de Justiça”.

Portanto, deduz-se da acusação do Senador que membros da equipe de Gurgel transferiam à Veja informações privativas do Ministério Público.

O que leva Collor a afirmar que a Veja e o Procurador Geral estão no coração da organização criminosa.

Se o Caneta é tão amigo do Cachoeira, por que ele não entregaria os documentos do Ministério Público ao amigão, ao Cachoeira ? – é o caso de se perguntar.

Collor fez uma nova denúncia.

Que Policarpo, o Caneta, se encontrava no apartamento 1103 do Hotel Nahoum, em Brasília – o mesmo em que a Veja tentou plantar cocaína no apartamento de José Dirceu – com empreiteiros para tratar de empreitagens.

(As 73 transcrições de gravações de e sobre Policarpo mostram a complementaridade entre os interesses de Cachoeira com empreiteiras e os interesses “jornalísticos” do Caneta.)

Collor lamentou que a Policarpo não tivesse sido convocado nesta terça-feira.

Mas, não tem problema.

Ele marcou um encontro, ali, com Robert(o) Civita, a quem prometeu receber com a revelação de “fatos horripilantes” praticados por ele, o Murdoch brasileiro.

Collor voltou a se referir à Veja como um “coito de bandidos”,  comandados pelo chefe maior, Robert(o) Civita.

Collor identificou o Procurador Alexandre Camagno de Assis como “o braço direito desse Procurador da República que deslustra” a Procuradoria Geral da República.

Gurgel é a “peça apodrecida” do MPF e ali não pode continuar.

Porque ele é “criminoso, prevaricador e chantagista”, voltou a dizer Collor.

Sobre a mulher de Gurgel, a Sub-Procuradora, Collor voltou a dizer que ela tem a “reserva de mercado” para cuidar de todas as investigações sobre quem tenha “prerrogativa de fôro”.

Que o sistema de distribuição de processos na Procuradoria da República não segue nenhum critério técnico: nem por sorteio eletrônico ou qualquer outro.

Se tem “prerrogativa de foro” vai para ela, automaticamente.

É bom lembrar que “venceu o prazo para Gurgel responder a dois requerimentos com perguntas de Collor a Gurgel”.


O que dirão os procuradores Leia Batista de Oliveira, Daniel Resende Salgado e Alexandra Camagno de Assis ?
O que dirá Gurgel em defesa deles ?
Entregaram documentos sigilosos ao detrito sólido de maré baixa ?
Por que ?
E se o Caneta tiver repassado os documentos ao Cachoeira ?
O que dirão Gurgel e a Corregedoria do Ministério Público sobre a denúncia de uma “reserva de mercado” para dar tratamento privilegiado a quem já tem privilégio ?
Até quando a CPI, o Temer, o Miro e os filhos do Roberto Marinho resistirão a convocar o Caneta ?
Por que a Veja teria acesso a documentos sigilosos de investigações seríssimas e não o Ali Kamel ? – haveria de se perguntar um dos filhos do Roberto Marinho.
Por que não nós, que há tanto tempo estamos no Golpe e o Robert(o) não passa de um arrivista ?

Paulo Henrique Amorim


No Julgamento do 'mensalão', imprensa abre espaço para má fé


A velha mídia está dando espaços generosos para Roberto Jefferson e seu advogado, que querem colocar o ex-presidente Lula como réu do processo – numa tentativa clara de desviar o foco da atenção sobre si.O plenário do Supremo Tribunal Federal, no entanto, rejeitou por unanimidade os treze pedidos feitos pelos advogados de defesa do ex-deputado federal – ele sim, réu na Ação Penal (AP) 470 – e decidiu enviar ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a cópia do acórdão e das notas taquigráficas do julgamento, por considerar que a defesa abusou do seu poder de litigar. Leia a matéria completa aqui na Revista Brasil Atual

Prorrogação no mensalão: Merval e o Golpe paraguaio

Só a Justiça pode rever a decisão do povo em 2002, 2006 e 2010.


Saiu na CBN, a rádio que troca a notícia:
Ataulfo Merval de Paiva resolve ir não mais para o terceiro tempo, mas para a prorrogação do terceiro tempo.

Perdido o mensalão, com a irremediável desconstrução da acusação do brindeiro Gurgel – não deixe de ler a gravíssima acusação de Fernando Collor sobre as relações entre Procuradores da República, o Caneta e Carlinhos Cachoeira – o merválico do PiG (*) resolveu partir direto para a jugular do Lula.

Com o depoimento do advogado de Roberto Jefferson, o PiG (*) tirou a máscara e desceu ao lixão, sem luvas, para ir buscar lá embaixo, em meio a detritos sólidos, uma forma de atingir o Lula.

O Ataulfo Merval de Paiva começou na CBN a dar nexo a essa desesperada tentativa.

Ele se apoia na “denúncia” do advogado de Jefferson, quatro vezes rejeitada pelo Supremo: Lula deu uma colher de chá ao banco BMG e o BMG encheu o PT de grana.

Lula e seu Ministro da Previdência, Amir Lando, teriam mandado 10 milhões de cartas a registrados no INSS com o convite para que fizessem crédito consignado – no BMG.

Naquela altura, diz o merválico locutor da CBN, o BMG “agia sozinho” no mercado.

Sim, sozinho, com a Caixa Econômica Federal, um banquinho de Jacarepaguá…

Seria, segunda a Imortal interpretação, o “ato de ofício” do Lula, que espontâneamente, se oferecia à consumação da deslavada corrupção.

Segundo o Imortal merválico, os episódios – mensalão e crédito consignado – estão “correlacionados claramente”.

A acusação do advogado de Jefferson dá “nova dimensão” ao julgamento do mensalão.

Ela dá “base mais substancial (sic) às acusações do Procurador Geral”.

(Ah, que saudades do Carlos Lacerda !)

Trata-se, de uma segunda etapa do mensalão.

Aí, a merválica analise comete uma tese que provocaria gargalhadas dentro do vagão de trem do “Zorra Total”.

Ele submete o âncora da CBN à proposição de que o Supremo envolveu erroneamente o Eduardo Azeredo – pai de todos os mensalões – no julgamento do mensalão de Minas, mas deixou o Lula de fora.

E a situação dos dois é exatamente a mesma, segundo aquela Imortal opinião.

Ou seja: para a Globo, Lula está para o mensalão no Supremo assim com o Azeredo está para o mensalão mineiro que, já, já, entra no Supremo.

Se a Justiça Federal aceitar a denúncia do Ministério Público, vai ser “uma complicação danada”, diz Ataulfo Merval de Paiva.

E aí, a CBN passa a usar a mesma tática que usou ao longo de sete anos para tentar derrubar o Lula num Golpe Judiciário – e produzir no Brasil um Golpe paraguaio.

Só a Justiça pode rever a decisão do povo em 2002, 2006 e 2010.

Para que isso seja possível, a CBN identifica o Juíz e a Vara e começa a fazer pressão: trata-se do Juíz Paulo Cesar Lopes, da 13a. Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

Cabe ao Juiz Lopes salvar a Democracia, já que o Gurgel jogou a oportunidade na lata do lixo.

O futuro do Brasil e da Globo sai das mãos do Supremo e se deposita nas dele, solitariamente.

Se ele, nos próximos dias aceitar a denúncia, a vingança estará feita e Lula e Dilma serão escorraçados da vida pública.

(Sim, porque, uma vez abatido o Lula, Dilma será a próxima.)

E, mesmo que o Juiz Lopes não aceite a denúncia, o que provocará profunda decepção no supracitado merválico, ela pode servir para novas acusações.

Ou seja, o Globo vai tentar pendurar a espada em cima da cabeça do Lula até quando for possível.

Até o Dr Getúlio se recolher aos aposentos do segundo andar e dar um tiro no peito.

E a massa botar fogo na sede da Globo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.