Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A estratégia de sobrevivência de Henrique Alves e assemelhados


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Muita gente se surpreendeu com postura do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, de retroceder de uma suposta confrontação com o STF. Inexplicavelmente, porque, como já foi dito aqui, por muito tempo ele demonstrou sua estratégia para sobreviver não só no cargo que ora ocupa, mas ao se reeleger, vez após outra, ao longo de décadas.
A estratégia de gente como Alves, Renan Calheiros, Sarney e tantos outros, é uma só: eles têm um discurso para cada platéia, ao gosto do freguês.
Para se eleger presidente da Câmara, Alves adotou um discurso de independência e de afirmação do Legislativo diante de ofensiva de um Judiciário que pretende que a Câmara aceite sem questionar cassações políticas no âmbito do julgamento da AP 470 (vulgo “mensalão”).
Eleito, porém, o novo presidente da Câmara adotou um discurso que já o tirou da linha de fogo em que permaneceu enquanto teve que sustentar o discurso eleitoral.
Ou alguém acha que esse homem se mantém deputado há 40 anos sendo coerente e franco? Político é isso aí, para quem não sabe. Diz o que cada um quer ouvir e depois faz o que a conjuntura indica ser melhor.
O novo discurso de Alves significa que os réus do julgamento do “mensalão” que têm mandatos de deputados federais já podem dar adeus aos cargos? Não significa, não.
Alves jamais teria tido problemas com a imprensa e com o partidarizado procurador-geral da República se não tivesse adotado o discurso de confronto com o Supremo que a maioria da Câmara queria. Os “escândalos de emergência” que surgiram contra si nessas instâncias ficaram guardados durante anos, esperando a hora de ser usados.
Viram que maravilha como sumiram todos os “bodes galeguinhos”, assessores enrolados e tudo mais, como em um passe de mágica?
Impressiona que impérios de comunicação e certos políticos tão experientes e com tantos recursos se deixem levar pelo vaivém de outros políticos notórios justamente pela ambigüidade política e ideológica.
Ao ceder à chantagem jurídico-midiática de que se confrontasse o STF seria atacado da mesma forma com que Renan Calheiros no Senado e Severino Cavalcanti na Câmara foram há alguns anos, Alves também agrada ao Palácio do Planalto e a parcela crescente do PT que prefere “virar a página” de um jogo que julgam perdido, pois a mídia conseguiu condenar politicamente alguns petistas.
O fato é o seguinte: Alves se reelegeu contra a vontade da mídia. Ele sabe muito bem que isso não iria ficar assim, que ela trabalharia dia e noite para derrubá-lo, pois não pode ficar como derrotada em conseguir desmoralizar quem quiser desmoralizar, pois precisa ser temida. Assim, ele ofereceu mercadoria que não pode entregar.
Quem acha que o rito que a Câmara irá adotar quando se esgotarem todos os recursos dos réus do julgamento do “mensalão” será decidido única e exclusivamente pelo presidente da Casa, engana-se redondamente. Decisões como essa são frutos de acordos de bastidores. No caso de Alves e da Câmara, o que vier a ocorrer daqui a talvez até um ano, será assim.
Sem essa pseudo rendição do presidente da Câmara, ele enfrentaria já um ataque em massa e incessante, além de certamente os braços midiáticos no MPF e no STF levarem adiante um processo contra si que estava esquecido e que ao esquecimento voltará… Ou melhor, que ao esquecimento JÁ voltou.
Caso a montanha de recursos dos réus da AP 470 que serão interpostos no STF não funcionem e o processo seja remetido à “Câmara”, o rito a ser adotado será produto de uma decisão política que, por óbvio, não será só do presidente da Casa, mas de acordos mil.
A má notícia para os réus é que, cada vez mais, vai aumentando o contingente de cabeças coroadas do PT que julgam que não adianta mais lutar por eles, caso sejam definitivamente condenados, com sentenças transitadas em julgado. Como se esses réus petistas de hoje não fossem outros – e novos – réus petistas de amanhã.
Politicagem de Carnaval
Estive lendo aquelas notícias que sempre saem nesta época de Carnaval todo ano, há pelo menos uns seis anos, e que dão a impressão de que o governo petista de turno está desmoralizado.  Refiro-me àquelas máscaras carnavalescas de políticos. Neste ano, são as de Joaquim Barbosa e as de “mensaleiros”.
A mídia tenta vender que a admiração a um e a repulsa a outros é produto de sentimento popular, quando a confecção das tais máscaras e a venda de alguns milhares delas não passam de farsa organizada pela mídia, em sua eterna campanha de desmoralização de petistas e, sobretudo, de Lula.
A Editora Abril está até fazendo “gibis” para crianças atacando o PT; novelas, programas humorísticos e tantos outros da Globo, idem. O Carnaval é só mais uma tentativa (vã) de jogar o ódio ao PT no gosto popular.
Tem funcionado? Acho que não precisaria responder, mas respondo: com máscaras de Carnaval, novelas, gibis, programas humorísticos e o diabo a quatro, a oposição demo-tucano-midiática está virando pó e o PT se fortalece a cada eleição – na última (2012), tornou-se o partido mais votado do país.
A idéia que a mídia oposicionista tenta vender com as tais máscaras carnavalescas, portanto, é falsa. O povo nem sabe quem é Joaquim Barbosa. Nem José Dirceu é tão conhecido. Muito menos João Paulo Cunha, Delúbio Soares ou José Genoino.
É tudo parte da “viagem” golpista do PIG, que, no novo Brasil, mais se assemelha às “viagens” de ácido lisérgico dos anos 1970, quando a “imprensa” ainda fazia a cabeça do brasileiro politicamente. Hoje não faz mais. Entre ter emprego e renda e embarcar na politicagem destro-midiática, o povo já fez sua opção.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PSDB e mídia vinculam aumento da gasolina a energia mais barata


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Os principais jornais de quarta-feira (30) amanheceram com destaque principal de primeira página para o primeiro aumento de gasolina da Petrobrás para as refinarias desde 2005, há mais de sete anos. Em média, o aumento deverá ser de 6,6% nos produtores.
Todavia, como a gasolina é misturada com 20% de álcool, o reajuste aos consumidores deverá ser de míseros 4% nas bombas.
Dias antes do aumento, o PSDB passou a inundar redes sociais na internet com a versão de que o governo estaria dando com uma mão ao consumidor e tirando com outra, vendendo a história de que o aumento da gasolina anularia o da energia elétrica.
Além disso, o partido de oposição vem alardeando que o suposto “escambo” governamental teria a intenção de anular, nos índices de inflação, o peso do aumento da gasolina.
Os jornais desta quarta-feira compraram integralmente a versão tucana e deram a ela um destaque grandiloqüente em suas primeiras páginas. Nos telejornais será a mesma coisa: tentarão vender ao público que ninguém ganhou nada com a redução da conta de luz.
Detalhe: fracassado o alarmismo sobre racionamento, apagão etc., a direita midiática teve essa idéia de “jênio” (By PHA).
Trata-se de uma falácia. Estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) mostra que a frota brasileira de veículos automotores tem 32,9 milhões de automóveis e comerciais leves, 1,54 milhão de caminhões, 354 mil ônibus e 11,674 milhões de motocicletas. Com isso, relação de veículos por habitantes no país é de 1 para 4. Ou seja: só um quarto dos brasileiros tem algum veículo.
Não é preciso ser muito esperto para notar que é uma empulhação dizer que 4% de aumento no preço dos combustíveis anulará média de 20% de desconto nas contas de luz (18% para residências e 32% para empresas), pois 98% dos brasileiros têm energia elétrica em casa e só ¼ tem veículos.
O peso da redução no preço da energia elétrica, portanto, é muito maior do que o aumento irrisório no preço dos combustíveis. E isso sem falar que, de 2005 para cá, todos passaram a ganhar salários muito maiores enquanto que os combustíveis não subiram.
Até mesmo em termos de politicagem a estratégia da mídia e do PSDB para desgastar o governo Dilma é inepta. É óbvio que não são 25% dos brasileiros que têm carro ou qualquer outro veículo. Neste país de renda concentrada, uma minoria tem vários veículos.
A reação da grande maioria, mesmo de quem acreditar que o governo trocou aumento em combustível por desconto na energia elétrica, será de desprezo pelo aumento. A esmagadora maioria que não tem carro achará muito justa a troca que não houve.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Contrabando de Nióbio estaria financiando Rede Globo Minas


Investigações do Ministério Público Estadual e da Receita Federal apuram a
destinação dos valores desviados pela venda subfaturada de Nióbio

Um canal de televisão que desde seu surgimento esteve no centro das grandes jogadas
políticas estaduais e nacionais, através de acordos pouco ortodoxos, volta à cena sob
suspeita de carrear recursos provenientes da venda subfaturada de Nióbio, para financiar
a expansão da Rede Globo em Minas Gerais, a serviço de um projeto político.
A principal suspeita de irregularidade encontrada é o fato do dirigente da Rede Integração,
 Antônio Leonardo Lemos Oliveira, sem se afastar da emissora, assumir a vice presidência
da CODEMIG, empresa pertencente ao governo de Minas encarregada de administrar o
patrimônio minerário do Estado, por consequência a extração, beneficiamento e venda
do Nióbio.
A venda e exploração do Nióbio de Araxá já é objeto de investigação pelo Ministério
 Público mineiro. Porém, um relatório da Receita Federal visando apurar a evasão de
 divisas existente na venda subfaturada do mineral joga luz sobre a possível transferência
de recursos obtidos na operação pela Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá,
sociedade celebrada sem autorização legislativa ou licitação entre CODEMIG e CBMM,
 empresa do Grupo Moreira Sales para a Rede Globo de Televisão.
Em 1962, através da outorga assinada pelo primeiro-ministro Tancredo Neves,
 foi entregue a TV Triangulo ao empresário Edson Garcia Nunes. Tudo por articulação
política de Adib Chueire, e em 1964, um mês após o golpe militar, foi ao ar a emissora.
 O primeiro contato de retransmissão foi com a TV Excelsior e a seguir com a Record.
No início da década de 70, a difícil situação da TV Record e o fim da TV Excelsior
comprometeram o funcionamento da TV Triângulo.
As ações de Edson Garcia Nunes, suas opções a respeito da televisão e o próprio
nome da emissora já o colocavam como um defensor da criação do Estado do Triângulo.
Segundo o seu depoimento, essa opção tomara novo fôlego em 1967, quando ele passa
a participar mais ativamente do movimento de emancipação do Estado do Triângulo.
A TV Triângulo passa a divulgar o movimento, a bandeira do estado é afixada nos
caminhões da emissora, faixas e inscrições defendendo a causa. 
                                                         
A principal peça da campanha emancipacionista era: “Essa gente sabe muito bem
 cuidar do seu nariz. Estado do Triângulo. Vamos respirar livremente. O crescimento
desse movimento começava a incomodar o Governo Militar ,e em 1968, segundo
informações do próprio Edson Garcia Nunes, ele é convocado para uma “conversa”
 com o Chefe de Gabinete do então presidente Costa e Silva.
Nessa conversa ficou claro que, se Edson Garcia Nunes não se afastasse do movimento
separatista, perderia a concessão do canal. Movimento que deixou de ser significativo
 quando o uberlandense Rondon Pacheco assume o governo do Estado de Minas Gerais.
 Segundo Golberi, a TV Triangulo simulava a vontade de divisão do Estado de Minas Gerais
 para justificar a escolha de Rondon Pacheco pelo regime militar.
Segundo o livro depoimento de Edson Garcia Nunes, em 1965, a TV Triangulo passava por
 uma séria crise financeira e o político paulista Ademar de Barros o convida para uma
 visita ao seu gabinete em São Paulo, e lá faz uma proposta para a compra da emissora.
Aceitando, chegou a receber uma ordem de crédito equivalente à metade do valor da
venda como uma primeira parcela do pagamento. Antes da segunda parcela, que seria
 paga após seis meses, Adhemar de Barros tem os seus direitos políticos cassados e
desiste da compra.
Os problemas financeiros se repetiram em 1968 quando Rondon Pacheco ocupava a
Chefia da Casa Civil do presidente militar Costa e Silva. Os novos proprietários da
TV Excelsior, já então uma pequena Rede, com quatro emissoras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), envolvem-se em uma delicada negociação de venda
da rede que envolveu o próprio Garcia Nunes, atuando como “testa de ferro” de
Antônio Delfim Netto, que tinha aspirações políticas de ser Governador do Estado de
 São Paulo.
A negociata incluía, entre outras coisas, que um processo envolvendo a falsificação
dos selos de uma empresa de cigarros, de propriedade dos mesmos empresários que
 comandavam a Excelsior, fosse “desaparecido”. Em troca, os empresários passariam
 dois terços das ações das emissoras para os novos proprietários sem nada receber.
 Os novos donos teriam como compromisso apenas o pagamento das dívidas de Impostos
Federais, encargos sociais e salários dos funcionários.
Enquanto as conversações corriam e auditorias eram realizadas, ficou comprovado que o
 valor das dívidas era maior do que o esperado, e foi feito um novo acordo que, segundo
 Edson Garcia Nunes, incluiu o “esquecimento” dos impostos federais. Nesse meio tempo
 também, os proprietários das quatro emissoras receberam uma boa oferta pela TV Gaúcha
 e realizaram o negócio acreditando que o interesse do grupo comprador ao qual estava
ligado Edson Garcia Nunes resumia-se à emissora de São Paulo.
Ele, no entanto, se sentiu traído, pois tinha um interesse particular na emissora gaúcha
 e o negócio se desfez.  Ainda interessado em expandir seus negócios, entrou em contato
com Otávio Frias, de quem comprou a TV Vila Rica, de Belo Horizonte, assumindo
as dívidas da empresa. A emissora foi logo vendida para Januário Carneiro, que
posteriormente a transferiu para á Rede Bandeirantes de Televisão.
Em 31 de agosto de 1971 a TV Triângulo é vendida para os empresários Tubal de
Siqueira e Silva, Rubens de Freitas e seu irmão Renato de Freitas e Rubens Leite,
 iniciando a retransmissão da programação da Rede Globo. A emissora foi a terceira
afiliada da Rede. Como o próprio Edson Garcia Nunes afirma em seu livro de memórias
, desde sua fundação a TV Triângulo esteve umbilicalmente ligada a “Jogadas Políticas e
econômicas” pouco ortodoxas.
Como se a seguir seu destino, os investimentos para expansão da Rede Globo no interior
de Minas Gerais, através da TV Triangulo, atual Rede Integração, assustam. Após 2002,
como que em um passe de mágica, a Rede Integração é propagada como de propriedade
exclusiva do empresário Tubal de Siqueira Silva. Segundo o relatório da Receita Federal,
 os investimentos posteriores já ultrapassaram R$ 1 Bilhão, sem que qualquer faturamento
significativo de publicidade tenha ocorrido no período.
Todo capital foi obtido através de empréstimos tomados de Bancos ligados ao Grupo
Moreira Sales. Em 2007, a Rede Integração adquiriu parte da TV Panorama, afiliada da
 Globo de Juiz de Fora/MG, expandindo a empresa também para a Zona da Mata,
controlando assim 4 das 8 retransmissoras da TV Globo em Minas Gerais e se tornando a
maior empresa de comunicação do interior mineiro. Cinco anos mais tarde, a Rede
 Integração assumiu a totalidade da TV Panorama que com isso, passou a se chamar
TV Integração Juiz de Fora.
Segundo o superintendente da emissora, Rogério Nery, a compra da participação é um
 marco importante. “Vamos levar efetivamente a marca da TV Integração para a Zona da
 Mata, com respeito aos costumes e à cultura da região, que é muito importante para o
Estado e para o país”. Dessa maneira, a TV Integração, que atua no Triângulo Mineiro,
Alto Paranaíba, Noroeste, Pontal e Centro-Oeste, agora passa a abranger a Zona da Mata.
 Ao todo, são 233 municípios que recebem a sinal da emissora e mais de 5,5 milhões de
telespectadores.
Ao todo, hoje são 259 cidades e 5.376,579 milhões de habitantes atingidas pelo sinal da
 Rede Integração que além de TV, opera 3 emissoras de rádio (95,1 FM, Globo
Cultura Am 1020 e Regional FM), um portal de Internet (Megaminas.com),
uma operadora de TV a Cabo (Net Patos de Minas), uma empresa com soluções para
web (Webroom) - com filiais em Uberlândia, Brasília e Goiânia - e uma produtora de
vídeo (Imaginare Filmes).
Emissoras
TV Integração Araxá (Araxá) - Canal 12
TV Integração Ituiutaba (Ituiutaba) - Canal 7 e 30 UHF Digital
TV Integração Uberlândia (Uberlândia) - Canal 8 VHF e 30 UHF Digital
TV Integração Juiz de Fora (Juiz de Fora) - Canal 5
Principais Cidades
Uberlândia - 611.903 habitantes IBGE/2011
Juiz de Fora - 520.810 habitantes IBGE/2011
Uberaba - 299.360 habitantes IBGE/2011
Divinópolis - 215.246 habitantes IBGE/2011
Patos de Minas - 139.848 habitantes IBGE/2011
Barbacena - 127.217 habitantes IBGE/2011
Araguari - 110.402 habitantes IBGE/2011
Ubá - 102.782 habitantes IBGE/2011
Muriaé - 101.430 habitantes IBGE/2011
Ituiutaba - 97.791 habitantes IBGE/2011
Araxá - 94.798 habitantes IBGE/2011
Itaúna - 86.123 habitantes IBGE/2011
Paracatu - 85.447 habitantes IBGE/2011
Pará de Minas - 85.075 habitantes IBGE/2011
São João del-Rei - 84.404 habitantes IBGE/2011
Patrocínio - 82.471 habitantes IBGE/2011
Viçosa - 72.244 habitantes IBGE/2011
Rádios
Cultura FM 95,1 - Uberlândia
Radio Bandeirantes de Araguari Ltda. - Araguari
Radio Cultura de Uberlândia Ltda. - Uberlândia
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. Ituiutaba
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Retransmissoras de TV
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Alegre de Minas. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patos de Minas. Canal 10
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Conquista. Canal 14
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Ituiutaba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patrocínio. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Frutal. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araporã. Canal 24
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Sacramento. Canal 2
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Carmo do Paranaíba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Coromandel. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Santa Vitória. Canal 36
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Tupaciguara. Canal 5
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Carmelo. Canal 9
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Guimarânia. Canal 13
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araxá. Canal 12

Consultado, o dirigente da Rede Integração e da CODEMIG, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, não quis comentar o assunto. Igualmente, a Rede Integração, Rede Globo e CODEMIG também não se pronunciaram.
Documentos que fundamentam esta matéria
Área de Cobertura TV Integração Araxá
Área de Cobertura TV Integração Juiz de Fora
Área total de Cobertura da Rede Integração
Área total de Cobertura da Rede Globo MInas
Matéria Relacionada
“Jogo Final” fundamentou investigações sobre o nióbio de Araxá

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A praga da liderança Prozac


Do inevitável Bergman ao movimento Dogma 95, e além… O cinema escandinavo sempre ofereceu alternativas aos interessados em fugir do entediante escapismo hollywoodiano. A Arte do Pensamento Negativo é uma comédia de humor negro norueguesa, realizada em 2006. O filme, escrito e dirigido por Bård Breien, foi apresentado na 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2010. A história gira em torno de Geirr, um homem de 33 anos que ficou paraplégico após um acidente de automóvel. O protagonista vive em uma casa de campo, na companhia de sua bela e dedicada esposa, Ingvild. Passa o tempo bebendo, fumando maconha e assistindo a filmes sobre a Guerra do Vietnã.

Preocupada com o marido, Ingvild o inscreve em um grupo de autoajuda, formado por pessoas com diferentes deficiências. O grupo é liderado por Tori, uma entusiasta da autoajuda. Ela, que não tem nenhuma deficiência, proíbe os membros do grupo de dizer qualquer coisa negativa sobre seus problemas e os estimula com clichês e frases de efeito. “Focar em nossas fraquezas nos apequena, mas, se focarmos em nosso potencial, nós podemos nos tornar gigantes”, proclama Tori em uma reunião para deleite do grupo.
O choque entre Tori e Geirr é inevitável. Tori tenta estimular Geirr a pensar positivamente e “concentrar-se nas soluções, não nos problemas”. Geirr, iconoclasta e irreverente, rebela-se contra a visão idílica de Tori e, de crise em crise, conquista o grupo para sua visão crítica e niilista da realidade. Aos poucos, o faz de conta induzido por Tori perde força, os membros do grupo vão se abrindo para seus próprios problemas e encontram algum consolo na honestidade e na solidariedade que começam a surgir.
O filme norueguês trata cinicamente da “cultura de autoajuda”, praga contemporânea que cruzou fronteiras nas últimas décadas e avança sobre os mais diversos domínios da sociedade, da Escandinávia aos trópicos. Sintomaticamente, a mídia popular brasileira está hoje impregnada pela lógica e pelo discurso da autoajuda. Em muitos países, a autoajuda se transformou em uma indústria milionária: palestras, livros, revistas, vídeos, treinamento, consultoria etc.
O mundo corporativo foi domínio no qual a autoajuda encontrou terreno propício, com as portas escancaradas pelas deslumbradas áreas de recursos humanos. Nas empresas, o culto do pensamento positivo fomenta o otimismo, encoraja o estabelecimento de metas ambiciosas e celebra o sucesso. Contudo, sob os efeitos especiais de powerpoints apresentados em reuniões, as metas são manipuladas, o sucesso tem pés de barro.
David Collinson, professor da Escola de Negócios da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, publicou recentemente um texto no jornal britânico Financial Times, com o sugestivo título “O lado negativo da liderança positiva”. Segundo Collinson, no coração da crise em muitas nações ocidentais, encontra-se uma abordagem específica de liderança, da qual foi extirpado o pensamento crítico em favor do pensamento positivo e da propensão ao risco. O autor denomina o fenômeno de “liderança Prozac”, mal que afeta a sociedade e as empresas e causa vício em uma positividade excessiva e artificial.
Os líderes Prozac fazem discursos delirantes, acreditam em suas próprias palavras e desencorajam visões alternativas e críticas. Alguns são carismáticos e nutrem fiéis seguidores: eles ignoram problemas e tornam suas organizações menos preparadas para enfrentar crises. Quando encontram terreno propício, criam uma “cultura positiva”, que pune ou aliena funcionários não praticantes.
Candidatos a líderes Prozac são fáceis de identificar. Eles aguardam ansiosamente as palestras promovidas pela HSM, empresa especializada em eventos de autoajuda empresarial, e discutem avidamente as pérolas ouvidas dos “grandes nomes do management”. Circulam entusiasticamente vídeos das conferências TED (Technology, Entertainment and Design), cujo grande objetivo parece ser atrair cientistas e pensadores, misturá-los com caçadores de novidades e transformar todos em celebridades de auditório.
Collinson observa que o pensamento positivo, base da liderança Prozac, pode ter certo poder de transformação, facilitando inovações e processos de mudança. Porém, o otimismo excessivo pode estimular o cinismo, erodir a confiança e provocar o afastamento da realidade. Mais sábio seria combinar doses adequadas de pensamento positivo e pensamento crítico, de forma a enfrentar realidades complexas. O ilusionismo, bem sabemos, é competência essencial nas organizações, públicas e privadas, grandes e pequenas. Porém, convém não exagerar.
Últimos artigos de Thomaz Wood Jr.:
A arte do tempo
Anjo caído

sábado, 10 de novembro de 2012

STF está criando um mártir


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Desde que foi cassado pela Câmara dos Deputados, José Dirceu se tornara uma figura anódina. Apesar de ter continuado a influir dentro do PT, em termos gerais – e, sobretudo, eleitorais – passou a não cheirar nem feder na grande política brasileira.
Se o ex-ministro não submergiu completamente foi por conta da mídia oposicionista, que o manteve em evidência durante sete anos com o propósito escancarado de desgastar o PT, sendo os últimos meses o ápice desse processo.
A irrelevância política que Dirceu assumiu, porém, pode mudar. Mas não como pretendiam os seus inimigos.
De 2007 para cá, ele foi alvo de inúmeras capas da Veja, de manchetes de primeira página em jornais e de longas matérias em telejornais, sempre em tom condenatório. Parece até que os quatro cavaleiros midiáticos do apocalipse (Globo, Folha, Estadão e Veja) sabiam do desfecho que teria o juízo dele no Supremo Tribunal Federal…
Há um ano, porém, poucos apostariam na condenação de Dirceu. Inclusive ele mesmo. Não se imaginava que um político, culpado ou inocente, pudesse ser condenado por uma Corte que jamais utilizou critérios sequer parecidos para julgar políticos. Ainda mais sem haver provas.
Contudo, o tiro saiu pela culatra.
Recentemente, completaram-se sete anos desde que o jornal Folha de São Paulo publicou a célebre entrevista do ex-deputado Roberto Jefferson que desencadearia essa que vem sendo a maior – e a única – aposta da oposição para tomar o poder central do PT.
Essa campanha, essa aposta abraçada com sofreguidão pela grande imprensa, porém, começou a fracassar em 2006, em termos eleitorais, e não parou mais. A oposição não colheu absolutamente nada da exploração da imagem de Dirceu e de seus problemas com a Justiça.
A grande esperança era 2012. Com a condenação do ex-ministro pelo Supremo Tribunal Federal, esperava-se que essa maioria do eleitorado brasileiro que vem mantendo o PT no poder finalmente acolhesse a tese de que é um partido corrupto e deixasse de votar nele.
Não aconteceu. E mais: após uma campanha midiática de difamação contra o PT ainda maior do que a de 2005/2006, o partido saiu do processo eleitoral deste ano como campeão de votos – por ter sido o partido que mais recebeu votos (cerca de vinte milhões).
Como se não bastasse, o PT também tomou da oposição cidade que é considerada a “jóia da coroa” entre os municípios, São Paulo, onde se acreditava que o antipetismo fosse mais intenso em todo o país.
Por ser uma região metropolitana em que a comunicação de massas alcança a praticamente todos, queiram ou não, ninguém – nem mesmo o PT – imaginaria que fosse possível vencer uma eleição em São Paulo, onde o julgamento do mensalão ganhou maior repercussão.
Adicionando as três últimas eleições presidenciais à equação, torna-se lícito afirmar que a maioria empobrecida do povo brasileiro, bem como um naco considerável da classe média, desconfia de que o PT vem sendo alvo de uma campanha injusta por parte “dos ricos”.
O longo preâmbulo visa contextualizar o cenário em que José Dirceu, graças aos excessos do STF e da grande mídia no âmbito do julgamento mensalão, tem tudo para deixar de ser uma figura política irrelevante para se tornar um mártir.
Sua trajetória, sua prisão política durante a ditadura, e agora a condenação sem provas pelo STF, com magistrados à beira da histeria, trocando ofensas entre si enquanto despejam sobre o país um linguajar empolado do alto de posturas (inclusive físicas) imperiais, condimentam a receita da tese de martírio desse político tão polêmico.
O próprio, inclusive, contribui para a imagem de si que pode vir a se concretizar ainda mais quando a mídia alcançar seu intento principal de reproduzir para o país a celebre cena que ele protagonizou durante a ditadura ao exibir os pulsos algemados para uma câmera fotográfica.
Dirceu, apesar da condenação, não se calou. Segue altivo, denunciando cada chicana jurídica usada para condená-lo. Além do que, ninguém sabe dizer qual é a prova de que cometeu algum crime.
O máximo que se tem são ilações de que “tinha que saber” do mensalão por força do cargo que ocupava à época dos fatos e de que sua ex-mulher recebeu um empréstimo e um emprego de um dos bancos envolvidos no escândalo.
Contudo, a teoria de que alguém que ocupou cargo tão alto na República tenha organizado um grande esquema de compra de votos em troca de um financiamento e de um emprego que nem mesmo o beneficiaram diretamente, é risível. Imagine, leitor, se todo o corrupto fosse pago com empréstimos e empregos. Seria o melhor dos mundos.
Quanto à teoria de que Dirceu “tinha que saber” por ocupar um cargo importante no governo é tão risível que nem valeria a pena comentar. Aliás, ela explica a tentativa de envolver Lula, porque se Dirceu foi condenado por isso ele também tinha que ser…
E um fato recente está contribuindo ainda mais com a imagem épica de Dirceu. Ao anunciar punição aos réus do mensalão por conta da pena do ex-ministro, que teima em não se calar, seu maior algoz, o ministro Joaquim Barbosa, deu a ele a oportunidade de consolidar ainda mais tal imagem.
Esse, aliás, é o diferencial que faz de Dirceu um forte candidato a mártir e herói da resistência. À diferença de José Genoino, que se deixou abater severamente e se calou, ele não se rendeu.
Por fim, o último ingrediente. A prisão que vier a abrigar Dirceu pode, sim, vir a ser alvo de ruidosas manifestações de partidos e movimentos sociais, ainda que só após o fim do julgamento, de forma a não açularem o espírito vingativo do STF.
Dirceu pagará dois, três anos de prisão para se tornar mártir e um dia, à luz da história, talvez até herói nacional. Por conta disso, seus inimigos devem torcer para que não seja assassinado na prisão, pois aí seu martírio heróico se materializará muito antes.

GILMAR PENDURA VIOLÊNCIA DA CHUÍÇA (*) NA DILMA

Onde é que já se viu ministro do Supremo vir à Chuíça (*) dar palpite sobre a violência? O Supremo já começou a caça à Dilma?

Saiu no G1:

GILMAR MENDES CRITICA POSTURA DO GOVERNO FEDERAL SOBRE SEGURANÇA


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez duras críticas nesta sexta-feira (9) ao que chamou de falta de ação do governo federal em relação à segurança pública no país.

A declaração foi dada nesta tarde, antes da apresentação de uma palestra na Escola da Advocacia Geral da União, no Centro de São Paulo. Mendes disse que a União deve assumir sua responsabilidade diante da onda de violência que assola o país, em especial na capital paulista.

“Temos que fazer uma reflexão séria sem partidarismos. Não tem como a União, hoje, fugir dessa responsabilidade”, declarou. O ministro afirmou que os ataques aos policiais que têm ocorrido em São Paulo “sugerem práticas que se aproximam muito de práticas terroristas” e que devem ser vistos como uma ação política.
Isso soa como música aos ouvidos da Globo e, portanto, dos tucanos de São Paulo.
A culpa é da Dilma.
159 assassinatos em 16 dias – tudo culpa dela.
Onde é que já se viu ministro do Supremo vir à Chuíça (*) dar palpite sobre a violência ?
Ele está em campanha para Governador ?
Chefe de Polícia ?
Ou o Supremo já começou a caça à Dilma ?
Não vai nem esperar o sacrifício do “safo”? (Clique aqui para ler sobre qual dos “safos”.)
Quando a inépcia tucana fica com as tripas à mostra a culpa é do PT …
Depois de dizer que há uma “fartura” de provas para algemar o Dirceu, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo reassume o cargo Supremo.
Deve ser para preencher o vácuo entre a saída de Ayres Britto e a chegada de Joaquim Barbosa.
Enquanto isso, ele retoma a ribalta.
Ele, que faz parte da bancada do Golpe no Supremo.
Clique aqui para ler o Mino: “E o mensalão tucano, e o valeriodantas ?
Como disse o professor Wanderley numa de suas sábias intervenções nesse julgamento de Exceção, ministros do Supremo votam e fazem política no PiG (**) – fora dos autos, no palanque armado no Projac.
Usam a Globo e suas contrafações, como a Folha (***) e o Estadão, para fazer política e cortejar a Fama– como o Catão dos Pinhais, que corre o risco de ficar em partido no Paraná, e as assistentes de palco do Faustão.
Estamos ou não estamos numa PiGocracia (****), amigo navegante ?
Como diz aquele ansioso blogueiro: a Elite sem voto corteja Nova York para acabar em Assunção.







Clique aqui para ler “São Paulo sem lei – 150 assassinatos em 16 dias”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG (**) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****) PiGocracia é um regime político que não rejeita a ditadura (é “um mal necessário”), é exercido pela opinião pública (familiares dos empresários do PiG) e seu orgão deliberativo não eleito, de natureza judiciária, legislativa e executiva, o P-STF. A PiGocracia é muito encontradiça na América Latina, particularmente no seu litoral leste. Atualmente, vem sendo dizimado a golpes de Lei, republicanismo e democracia , no sul da região (Argentina).

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Violência explode nos protestos “mais do mesmo” na Argentina


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Aí no Brasil – escrevo em viagem de trabalho ao exterior –, os protestos contra o governo de Cristina Kirchner que eclodiram na Argentina na quinta-feira (8.9) foram apresentados sem que fossem informados detalhes que desautorizam o tom de “revolta popular” apocalíptica adotado pela imprensa corporativa brasileira, pelo que este Blog trata de oferecê-los.
Explico que a iniciativa de escrever este post se deveu a que estou no Peru, no âmbito de uma incursão comercial que já chega ao 11º dia após passar por Bolívia e Equador e que, neste sábado, retornará à Bolívia e lá permanecerá até meados da semana que entra, quando retorno ao Brasil.
O fato é que, na noite de quinta-feira, assistindo tevê a cabo no quarto de hotel, sintonizei a televisão argentina Telefé e deparei com uma cena impressionante que, inclusive, é o que dá título a este post – e sobre a qual discorrerei mais adiante.
Antes, porém, devo contextualizar o que aconteceu na Argentina, o que farei graças a ligações que fiz para fontes que tenho naquele país.
Em primeiro lugar, é bom que saibam que o tão propalado “8 N” (8 de novembro, dia do protesto) ocorreu pouco menos de dois meses após o “13 S” (13 de setembro), o protesto anterior que levou argentinos à rua com a mesma finalidade de atacar o governo pelos mais distintos motivos, que não se resumem só à tal “re-re”, a suposta intenção da presidente do país vizinho de se candidatar à re-reeleição, o que a lei argentina proíbe.
Muito menos, tais protestos ocorreram em favor do grupo de mídia Clarín, em razão de fato que ocorrerá em breve e que se representa por outra sigla oriunda do calendário, o “7 D” (7 de dezembro), data em que vence a liminar que permitiu à “Globo” argentina descumprir a lei que proíbe oligopólios na comunicação, apesar de certa mídia brasileira tenta fazer crer o contrário.
Outra conversa fiada é a de que não havia políticos nas manifestações. Havia, sim, e muitos. Só que estavam disfarçados. Ou seja: os partidos de oposição que ajudaram a insuflar as marchas em todo país apenas deixaram as suas bandeiras em casa, de forma a ajudarem a conferir “espontaneidade” a elas.
Nos arredores do Obelisco da Avenida 9 de julho, onde a manifestação foi mais massiva, havia uma variedade de políticos insuflando a massa, quase todos pertencentes ao “macrismo” e ao grupo Gapu, movimentos de direita que se opõem a Cristina Kirchner e que se inspiram no prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri.
Foram vistos nos protestos vários integrantes da coalizão PRO (Proposta Repúblicana), integrada pelo CPC (Compromisso Pela Mudança), partido de Macri.
Alguns políticos identificados foram Federico Pinedo, Paula Bertol, Sergio Bergman, Patricia Bullrich, Eduardo Amadeo. Havia, também, vários funcionários do PRO como Néstor Grindetti e Daniel Chain, ruralistas como Mario Llambías e Luciano Miguens, o ativista de oposição Raúl Castells e o ultradireitista Alejandro Biondini.
Outro fato que a mídia brasileira sonega é que a manifestação foi maciçamente composta pelas classes alta e média alta. Prova disso é que os manifestantes marcharam desde bairros como Santa Fé rumo à avenida Corrientes, que desemboca na 9 de Julho, onde fica o Obelisco. No Sul da cidade, região mais pobre, as manifestações foram escassas ou inexistentes.
Mais uma informação sonegada: durante as marchas, registraram-se simultâneos “apagões” em várias regiões, coisa que não costuma acontecer. Há relatos continuados de sabotagem das redes elétricas. Ou terá sido coincidência que esses apagões ocorreram justo no dia das manifestações?
Ainda que pareça espantosa a massa humana que foi às ruas – e para oferecer essa informação não precisei de fontes porque conheço muito bem a Argentina e, sobretudo, Buenos Aires, por conta de meu trabalho –, na Argentina e em vários outros países latino-americanos as manifestações de rua são comuns e para todos os gostos.
Este ano mesmo, durante viagem que fiz a Buenos Aires, a mesma avenida 9 de Julho fervilhava de apoiadores do governo – sindicatos, movimentos sociais etc. A Argentina é muito parecida com a Venezuela, nesse aspecto. Portanto, não se surpreendam se, em poucos dias, eclodir uma marcha de apoiadores do governo para se contrapor à de opositores.
Só haverá uma diferença: a mídia brasileira não irá cobrir como fez com a marcha antigovernista.
Por conta disso, as manifestações que se pretenderam apocalípticas para o governo de Cristina Kirchner – e que assim foram apresentadas pela mídia brasileira – não passam de mais do mesmo, de protestos que ocorrem naquele país contra o governo há bastante tempo, inclusive antes da última eleição presidencial, que a presidente venceu com folga. Eis porque ela não está nem dando bola.
O que surpreendeu, em alguma medida, foram atos de violência um tanto incomuns nessas manifestações. Atos que ocorreram sobretudo contra a imprensa.
Então você deve estar se perguntando como é possível que uma marcha contra o governo ataque a imprensa, pois deve estar supondo que, como no Brasil, ela também é contra o governo. Não é bem assim. Com a democratização das comunicações em curso na Argentina já a um bom tempo, o país tem hoje imprensa para todos os gostos.
As imagens que você verá abaixo, em matéria da rede argentina Telefé, portanto, mostram o viés truculento desses setores elitistas que saíram às ruas para protestar contra o governo. E note que, em nenhum momento, a matéria acusa kirchneristas pelos ataques. Os que agrediram o repórter da rede C5N e outros julgaram-nos como sendo da “imprensa governista”.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

MENSALÃO NÃO É MINEIRO. É TUCANO

Mensalão “mineiro” é o mesmo que chamar Privataria Tucana de “Privataria caribenha”






Amigo navegante Fabrício, mineiro de Carangola, liga furioso para fazer uma achega ao post do Nassif:“Escândalo: Procurador-Geral Antonio Fernando achou que mensalão tucano era só uma Caixinha Dois”.

Coisa boba, Caixinha Dois…

Já no outro mensalão, o do PT, segundo o Excelentíssimo Procurador-Geral, foram os “40 ladrões” da maior Roubalheira da Humanidade, desde os saques de Sir Francis Drake nos mares do Caribe.

Fabrício observa, com razão, que não se pode falar em  mensalão mineiro”, mas, sim, em “mensalão tucano”.  

Minas era só a base física, geográfica da operação.

O dinheiro jorrava para fora de Minas.

Caiu na horta do Gilmar Dantas (*).

Na do Ronaldo Cezar Coelho, no Rio.

Na do Fernando Henrique e do dileto filho.

Até a cidade de Carangola foi aquinhoada com R$ 75 mil em 1998.

O Fabrício puxa pela memória do ansioso blogueiro e foi buscar na Carta Capital histórica reportagem de Mauricio Dias e Leandro Fortes, onde está lá a lista de ilustres (tucanos) beneficiários.

Dizer que o mensalão tucano é mineiro é dizer que a Privataria não é tucana, mas caribenha…

À Carta e sua versão no Conversa Afiada:

Gilmar, juiz ? Não ! Ele é réu !
Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, recebeu R$ 185 mil deste Mega-Caixa Dois.
Os repórteres Mauricio Dias e Leandro Fortes, na Carta Capital desta semana, publicam a contabilidade do maior de todos os mensalões.

Trata-se da contabilidade de Marcos Valério para a re-eleição de Eduardo Brandão de Azeredo a governador de Minas, e de Fernando Henrique Cardoso para Presidente, em 1998.

São “demonstrações de recursos arrecadados com as fontes e os recebedores”.

São 26 páginas.

Dez se referem a doadores.

Entre os ilustres doadores, o insigne Banco Opportunity, do banqueiro que mereceu dois HCs Canguru.

Dezesseis páginas se referem a recebedores.

Uma Mega-Caixa Dois que movimentou a bagatela de R$ 104 milhões.

Viva o Brasil !

Viva a UDN !

Viva o PiG (**) !

Viva o Merval !

Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, aquele que foi chantageado e não denunciou o chantageador; aquele que, segundo o Demóstenes ao Cachoeira, “mandou subir”, este Catão de Diamantino, recebeu, então,  R$ 185 mil.

Nessa época, ele já trabalhava para o Presidente Fernando Henrique, e cuidava de instalar, em Brasília,  seu Instituto de Ensino da Constituição por SMS.

R$ 185 mil !

Será que vieram do Banco Opportunity ?

Estão entre os recebedores: Paulo Henrique Cardoso e o pai, Fernando Henrique Cardoso, que, depois de expressa recomendação de Azeredo e de Pimenta da Veiga, são agraciados com a ninharia de R$ 573 mil.

Recebem tambem outros heróis do PiG (*), como Tasso Jereissati, Ronaldo Cesar Coelho e o indefectível Heráclito Fortes.

Há um ilustre petista, Senador Delcídio Amaral, que quase sepultou a CPI dos Correios antes de indiciar Daniel Dantas.

E se isso tudo for uma fraude ?

Como, por muito tempo, os tucanos disseram que era a Lista de Furnas.

Bem, Mauricio Dias e Leandro Fortes são macacos velhos.

Os documentos datam de 28/03/1999.

São assinados por Marcos Valério com firma reconhecida.

Os documentos têm uma cópia adicional, assinada por Valério e Cláudio Mourão, para dar autenticidade à contabilidade.

Além disso, Dias e Leandro mostram DOCs cujos valores coincidem com os mencionados nas operações para os beneficiários.

Há algumas surpresas no Mega Mensalão tucano.

André Lara Resende e Luiz Carlos Mendonça de Barros, os cérebros da Privataria, recebem insignificantes R$ 1 mil, cada.

Consta da lista, como quem recebeu R$ 1 milhão e 825 mil, a modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada.

(*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 21 de outubro de 2012

MARCHA DAS INDIGNADAS E CANSADAS DA ZONAL SUL CARIOCA

 Altamir Tojal é membro do Diretório Estadual do PSDB do Rio de Janeiro (https://plus.google.com/116701628320258773833/about ); um dos clientes de sua empresa SPS Comunicação é a Rio Bravo Investimentos, do ex-presidente do Bacen, na gestão FHC, Gustavo Franco... e isso é só o começo. Querem fazer parecer um movimento cidadão, apartidário, mas estão explorando a boa fé das pessoas que, desinformadas sobre o julgamento do STF e a política envolvida, apostam no Joaquim Barbosa como "novo herói nacional"...


















O Jornal Nacional desta noite NÃO deu Nenhuma noticia sobre as Eleições 2012.

Em 70% do tempo, abordou temas internacionais e Abandonou um importantíssimo tema - as eleições municipais.

Estranho não ???




JOSEPH PULITZER ( 1847 - 1911 ) E MILLÔR FERNANDES ( 1925 - 2012 )

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".

Millôr Fernandes em 2006:

"“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.