Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
terça-feira, 20 de julho de 2010
O esquerdopata: O medo da luz
El Brasil de los tucanos
O real da miséria e a miséria do Real
Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995). Os números desmentem categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos. O artigo é de Antônio Lassance.
Antonio Lassance (*)
O gráfico acima merece ser emoldurado. Ele representa os avanços que o Brasil alcançou até o momento na luta pela redução da miséria.
Antes de mais nada, é preciso dar os devidos créditos. O gráfico tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), colhidos, organizados e divulgados pelo IBGE. São sistematicamente trabalhados pelo IPEA, que tem grandes estudiosos sobre o tema da pobreza, assim como pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas-RJ.
Graças a esses estudos se pode, hoje, visualizar se estamos avançando ou retrocedendo; se o Brasil está resgatando seus pobres ou produzindo quantidades cada vez maiores de pessoas que ganham menos que o estritamente necessário para sobreviver; gente que se encontra sob situação de insegurança e vulnerabilidade.
Os números e a trajetória que os liga permitem não só uma fotografia da miséria, mas também um retrato do que os governos fizeram a esse respeito. Serve até de exame para um diagnóstico do bem estar ou do mal estar que as políticas econômicas podem causar à nossa sociedade.
Descritivamente: esta linha sinuosa decresce em ritmo forte em 1994 e 1995, quando estaciona. Depois de 1995, a queda deixa de ter continuidade e, salvo pequenas oscilações, os patamares de miséria ficam estáveis pelos sete anos seguintes, até 2002. Depois de 2003, ocorre uma nova trajetória descendente e, desta vez, sustentada, pois se mantém em queda ao longo de sete anos.
Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995).
O gráfico desmente categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos, principalmente aqueles que são mais entusiastas do que analistas e, a cada 5 anos, comemoram o aniversário do plano como se fosse alguém da família.
O Plano Real conseguiu reduzir a miséria apenas pelo efeito imediato e inicial de retirar do cenário econômico aquilo que é conhecido como “imposto inflacionário”: o desconto compulsório, que afeta sobretudo as camadas mais pobres, ao devorar seus rendimentos. Retirar a inflação do meio do caminho foi importante, mas insuficiente.
No governo FHC, a miséria alcançou um ponto de estagnação. Uma estagnação perversa, que deu origem, por exemplo, à teoria segundo a qual muitos brasileiros seriam “inimpregáveis”. Para o discurso oficial, o problema da miséria entre uma parte dos brasileiros estaria, imaginem, nos próprios brasileiros. A expressão era um claro sinônimo de “imprestáveis”: pessoas que não tinham lugar no crescimento pífio daqueles 8 anos. Era um recado a milhões de pessoas, do tipo: "não há nada que o governo possa fazer por vocês". "Se virem!"
O governo Lula iniciou uma nova curva descendente da miséria no Brasil e a intensificou. Sua trajetória inicial foi mais íngrime do que a verificada no início do Plano Real e, mais importante, ela se manteve em declínio ao longo do tempo. Por trás dos números e da linha torta, está o regate de milhões de brasileiros.
A razão que explica essa trajetória está no conjunto de políticas sociais implementadas por Lula, como o Fome Zero, o Bolsa Família, a bancarização e os programas da agricultura familiar, além da melhoria e ampliação da cobertura da Previdência.
No campo econômico, além de proteger as camadas sociais mais pobres da volta do imposto inflacionário (estabilidade macroeconômica), houve uma política sistemática de elevação do salário mínimo e, a partir de 2004, patamares mais significativos de crescimento econômico, com destaque nas regiões mais pobres, que cresceram em ritmo superior à média nacional - em alguns casos, superior ao ritmo chinês.
O governo FHC, sem políticas sociais robustas e integradas e com índices sofríveis de crescimento econômico, exibiu uma perversa estabilidade da miséria. Se lembrarmos bem, ao final de seu mandato, a economia projetava inflação de dois dígitos, os juros (Selic) superavam os 21% ao ano (haviam batido em 44,95% em 1999), a crise da desvalorização cambial fizera o dólar disparar, as reservas estavam zeradas e o País precisara do FMI como avalista. Por isso se pode dizer que a característica principal do Governo FHC não foi propriamente a estabilidade macroeconômica. Foi o ajuste fiscal e a estabilidade da miséria.
Por sua vez, a tríade crescimento, estabilidade e redução da miséria, prometida por Lula na campanha de 2002, aconteceu. Se alguém tinha alguma dúvida, aí está a prova.
(*) Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.
COMO SERRA AGE; O QUE OS AMIGOS PENSAM DO SEU MÉTODO
Logo ao assumir o governo de São Paulo, em 2007, Serra desfechou um golpe contra a autonomia universitária, o mesmo bote traiçoeiro que, segundo interlocutores fiéis, ele promete dar contra os DEMOS, caso vença as eleições de 2010. O conto do 'golpe progressista' ainda cultivado em alguns círculos acadêmicos serristas soa cada vez mais como um conto do vigário, depois do seu endosso ao terrorismo do piccolo balilla, Indio da Costa. O episódio de 2007 reforça essa percepção. O que Serra desejava então era reduzir a autonomia das universidades estaduais para engordar o caixa único do seu governo, já de olho na disputa presidencial. Com o decreto 51.461/07 ele impôs uma espécie de intervenção branca criando uma Secretaria do Ensino Superior acima dos reitores. Outro decreto, o de nº 51.636 (9/3) subordinava as universidades ao Sistema Integrado de Administração Financeira, subtraindo a autonomia de gestão das instituições que prestam contas diretamente ao Tribunal de Contas do Estado. O decreto nº 51.660 (14/3) instituía uma Comissão de Política Salarial (CPS), composta pelos secretários da Fazenda, de Economia e Planejamento etc atropelando o Fórum criado no interior das universidades para esse fim. A comunidade acadêmica reagiu. Estudantes e professores organizaram protestos e paralisações em todo o Estado. Pinotti, o secretário da Educação, já falecido, foi para o sacrifício e entregou a carta de renúncia. Após semanas de desgaste, Serra foi obrigado a recuar no que seria o primeiro de uma série interminável de conflitos de sua gestão com servidores públicos, professores, estudantes, sindicatos, movimentos sociais... Amigos de Serra do ambiente universitário desabafaram então em conversa com jornalistas numa assembléia em um campus do interior de SP: ‘Serra pensa que é mais inteligente do que de fato é. Na verdade, em política ele é burro. A prova dessa burrice é mexer com as universidades dessa forma intempestiva e acreditar que poderia dar certo. Serra pensa que sabe fazer política; pior ainda, acredita nos que dizem que ele sabe. Ele poderia até ser um bom ministro da Fazenda, mas não tem cabeça para coisas maiores’. A desastrosa condução da candidatura demotucana nesta campanha eleitoral, em que a palavra equilíbrio foi esquartejada e salgada em via pública pelo ex-governador de SP, sugere que os amigos sabiam do que estavam falando.
Dilma visita Uberlândia
Aécio sobre Lula
Finalmente se ergues da justiça a clava forte
Professor Hariovaldo Almeida Prado
20 julho 2010
Para todos aqueles que têm fé em São Serapião a justiça nunca falha, e mesmo o sexo frágil, suscetível ao pecado e a perdição desde o jardim do Éden, pode ser remido pela graça e tornar-se um instrumento sagrado na luta contra as forças maléficas de Lula, aleluia! Eis que dentre as mais belas viragos se ergue impoluta e digna uma das mais competentes procuradoras da Justiça Eleitoral, que, tal qual as mariposas noturnas, vive a procurar a luz ante as trevas que o petismo atroz espalhou na tentativa vã de sagrar sua candidata terrorista a sucessora do parvo molusco.
Com grande isenção e imparcialidade, a competente dama do bem tem oferecido duro combate às chagas do mal, na pessoa de Lula e de sua sacerdotisa dilmística, sempre bem fundamentada na parte boa da imprensa, aquela que ainda não foi comprada pelo imprensalão do PT.
Guerra anunciada na ABL: João Ubaldo x FHC
Guardei, por 12 anos, em meio à minha papelada imunda de recortes de jornais e revistas velhas, numa caixa de papelão em frangalhos, um artigo de João Ubaldo Ribeiro datado de 25 de outubro de 1998, porque esperava justamente esse momento: a hora em que Fernando Henrique Cardoso, alijado da política e na iminência de cair no esquecimento público, se candidatasse a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. O artigo, intitulado “Senhor Presidente”, foi escrito logo depois da vitória de FHC, no primeiro turno das eleições de 1998, graças ao Plano Real e à aprovação, no Congresso Nacional, da Emenda Constitucional da reeleição, conseguida à custa de um escandaloso esquema de compra de votos. O texto é pau puro e, surpreendentemente, foi escrito numa época em que a mídia nacional era, praticamente, uma assessoria de imprensa do consórcio PSDB/PFL. Não por outra razão, foi inicialmente censurado em “O Estado de S.Paulo”, para onde o cronista escrevia, embora o jornal tenha sido obrigado a publicá-lo, uma semana depois, para evitar se envolver em um escândalo de censura justo com um dos mais respeitados escritores do país. Num tempo de internet incipiente, a repercussão do artigo foi mínima, ficando restrita às redações e ao meio intelectual, de resto, também acovardado pela força do pensamento único imposto à sociedade pela imprensa e pelo governo de então.
Esse retalho jornalístico ficou comigo tanto tempo porque, no fundo, eu tinha certeza que a vaidade intelectual de FHC iria levá-lo, em algum momento, a pleitear uma vaga na ABL, como agora se noticia em notas discretas de colunas de jornal, certo de que se trata de uma confraria historicamente vulnerável a influências políticas, quando não à bajulação pura e simples, como qualquer um pode constatar, embora abrigue grandes escritores, como o próprio João Ubaldo Ribeiro. Contudo, lá também estão escribas do calibre de José Sarney e do cirurgião plástico Ivo Pitanguy. No passado, também circulavam entre os imortais o general Aurélio de Lira Tavares (codinome “Adelita), eleito em 1970, com o apoio do ditador Emílio Médici, e Roberto Marinho, das Organizações Globo. A presença de FHC, que pelo menos escreveu uns livros de sociologia não seria, portanto, um escândalo em si. O problema é o artigo de João Ubaldo.
No texto, o escritor baiano, entre outras considerações, refere-se assim a Fernando Henrique Cardoso: “(…) o senhor é um sociólogo medíocre, cujo livro O Modelo Político Brasileiro me pareceu um amontoado de obviedades que não fizeram, nem fazem, falta ao nosso pensamento sociológico”. Mais adiante, relembra um dos piores momentos da vida de FHC: “(…) o senhor, que já passou pelo ridículo de sentar-se na cadeira do prefeito de São Paulo, na convicção de que já estava eleito, hoje pensa que é um político competente e, possivelmente, tem Maquiavel na cabeceira da cama. O senhor não é uma coisa nem outra, o buraco é bem mais embaixo”.
E por aí vai, até se lembrar, a certa altura do texto, que FHC, em algum momento da vida, poderia se interessar pela vida imortal da ABL. João Ubaldo, então, cospe uma fogueira de brasas para cima de Fernando Henrique: “(…) E, falando na Academia, me ocorre agora que o senhor venha a querer coroar sua carreira de glórias entrando para ela. Sou um pouco mais mocinho do que o senhor e não tenho nenhum poder, a não ser afetivo, sobre meus queridos confrades. Mas, se na ocasião eu tiver algum outro poder, o senhor só entra lá na minha vaga, com direito a meu lugar no mausoléu dos imortais”.
Eu posso estar errado, já se passou mais de uma década, a ira de João Ubaldo pode ter se perdido na poeira do tempo, mas a julgar pelo teor do imortal artigo do escritor e jornalista baiano, FHC vai ter que pensar duas vezes antes de se candidatar a uma vaga na ABL. Ou considerar o fato de que só vai entrar lá por cima do cadáver de João Ubaldo Ribeiro. A conferir.
Abaixo (e aqui, retirado do ótimo site Alma Carioca), o artigo completo, para quem quiser se deleitar:
Senhor Presidente – João Ubaldo Ribeiro
25 de outubro de 1998
Senhor Presidente,
Antes de mais nada, quero tornar a parabenizá-lo pela sua vitória estrondosa nas urnas. Eu não gostei do resultado, como, aliás, não gosto do senhor, embora afirme isto com respeito. Explicito este meu respeito em dois motivos, por ordem de importância. O primeiro deles é que, como qualquer semelhante nosso, inclusive os milhões de miseráveis que o senhor volta a presidir, o senhor merece intrinsecamente o meu respeito. O segundo motivo é que o senhor incorpora uma instituição basilar de nosso sistema político, que é a Presidência da República, e eu devo respeito a essa instituição e jamais a insultaria, fosse o senhor ou qualquer outro seu ocupante legítimo. Talvez o senhor nem leia o que agora escrevo e, certamente, estará se lixando para um besta de um assim chamado intelectual, mero autor de uns pares de livros e de uns milhares de crônicas que jamais lhe causarão mossa. Mas eu quero dar meu recadinho.
Respeito também o senhor porque sei que meu respeito, ainda que talvez seja relutante privadamente, me é retribuído e não o faria abdicar de alguns compromissos com que, justiça seja feita, o senhor há mantido em sua vida pública – o mais importante dos quais é com a liberdade de expressão e opinião. O senhor, contudo, em quem antes votei, me traiu, assim como traiu muitos outros como eu. Ainda que obscuramente, sou do mesmo ramo profissional que o senhor, pois ensinei ciência política em universidades da Bahia e sei que o senhor é um sociólogo medíocre, cujo livro O Modelo Político Brasileiro me pareceu um amontoado de obviedades que não fizeram, nem fazem, falta ao nosso pensamento sociológico. Mas, como dizia antigo personagem de Jô Soares, eu acreditei.
O senhor entrou para a História não só como nosso presidente, como o primeiro a ser reeleito. Parabéns, outra vez, mas o senhor nos traiu. O senhor era admirado por gente como eu, em função de uma postura ética e política que o levou ao exílio e ao sofrimento em nome de causas em que acreditávamos, ou pelo menos nós pensávamos que o senhor acreditava, da mesma forma que hoje acha mais conveniente professar crença em Deus do que negá-la, como antes. Em determinados momentos de seu governo, o senhor chegou a fazer críticas, às vezes acirradas, a seu próprio governo, como se não fosse o senhor seu mandatário principal. O senhor, que já passou pelo ridículo de sentar-se na cadeira do prefeito de São Paulo, na convicção de que já estava eleito, hoje pensa que é um político competente e, possivelmente, tem Maquiavel na cabeceira da cama. O senhor não é uma coisa nem outra, o buraco é bem mais embaixo. Político competente é Antônio Carlos Magalhães, que manda no Brasil e, como já disse aqui, se ele fosse candidato, votaria nele e lhe continuaria a fazer oposição, mas pelo menos ele seria um presidente bem mais macho que o senhor.
Não gosto do senhor, mas não tenho ódio, é apenas uma divergência histórico-glandular. O senhor assumiu o governo em cima de um plano financeiro que o senhor sabe que não é seu, até porque lhe falta competência até para entendê-lo em sua inteireza e hoje, levado em grande parte por esse plano, nos governa novamente. Como já disse na semana passada, não lhe quero mal, desejo até grande sucesso para o senhor em sua próxima gestão, não, claro, por sua causa, mas por causa do povo brasileiro, pelo qual tenho tanto amor que agora mesmo, enquanto escrevo, estou chorando.
Eu ouso lembrar ao senhor, que tanto brilha, ao falar francês ou espanhol (inglês eu falo melhor, pode crer) em suas idas e vindas pelo mundo, à nossa custa, que o senhor é o presidente de um povo miserável, com umas das mais iníquas distribuições de renda do planeta. Ouso lembrar que um dos feitos mais memoráveis de seu governo, que ora se passa para que outro se inicie, foi o socorro, igualmente a nossa custa, a bancos ladrões, cujos responsáveis permanecem e permanecerão impunes. Ouso dizer que o senhor não fez nada que o engrandeça junto aos corações de muitos compatriotas, como eu. Ouso recordar que o senhor, numa demonstração inacreditável de insensibilidade, aconselhou a todos os brasileiros que fizessem check-ups médicos regulares. Ouso rememorar o senhor chamando os aposentados brasileiros de vagabundos. Claro, o senhor foi consagrado nas urnas pelo povo e não serei eu que terei a arrogância de dizer que estou certo e o povo está errado. Como já pedi na semana passada, Deus o assista, presidente. Paradoxal como pareça, eu torço pelo senhor, porque torço pelo povo de famintos, esfarrapados, humilhados, injustiçados e desgraçados, com o qual o senhor, em seu palácio, não convive, mas eu, que inclusive sou nordestino, conheço muito bem. E ouso recear que, depois de novamente empossado, o senhor minta outra vez e traga tantas ou mais desditas à classe média do que seu antecessor que hoje vive em Miami.
Já trocamos duas ou três palavras, quando nos vimos em solenidades da Academia Brasileira de Letras. Se o senhor, ao por acaso estar lá outra vez, dignar-se a me estender a mão, eu a apertarei deferentemente, pois não desacato o presidente de meu país. Mas não é necessário que o senhor passe por esse constrangimento, pois, do mesmo jeito que o senhor pode fingir que não me vê, a mesma coisa posso eu fazer. E, falando na Academia, me ocorre agora que o senhor venha a querer coroar sua carreira de glórias entrando para ela. Sou um pouco mais mocinho do que o senhor e não tenho nenhum poder, a não ser afetivo, sobre meus queridos confrades. Mas, se na ocasião eu tiver algum outro poder, o senhor só entra lá na minha vaga, com direito a meu lugar no mausoléu dos imortais.
O SONHO SOCIAL-DEMOCRATA ACABOU E FOI FHC QUEM LEVOU O PSDB AO ÍNDIO DA COSTA E À EXTREMA-DIREITA
A responsabilidade pela presença de Índio da Costa (deputado do DEM já apelidado de Sarah Palin, vice republicana nas últimas eleições dos
EUAS e que representa a ala mais conservadora) como vice de José Serra é
de Fernando Henrique Cardoso e remonta à eleição de 1994. Fernando
Henrique é o grande articulador que colocou o PSDB na extrema-direita.
O PSDB era para ser um partido como o próprio nome diz, social-democrata, mas o destino diz lhe reservou outra posição na
política. Em 1994, ao articular uma aliança com os setores mais
conservadores e atrasados do Brasil, muitos crescidos na política à
sombra da ditadura militar, FHC (que traiu os que lutavam contra a ditadura) jogou o PSDB no caminho da
extrema-direita. FHC estava interessado em poder, em ser presidente da
República, e sacrificou o PSDB para isso. O governo de Fernando Henrique
foi um governo dos sonhos do DEM, com desemprego, concentração de
renda, liberalismo exacerbado, privatizações e pressão intensa contra as
conquistas sociais da população, seja no campo do trabalho ou do
bem-estar social. Depois de FHC, o PSDB criou uma identidade próxima ao
DEM. Além disso, o crescimento do PT em todo o Brasil fez com que os
dois partidos não pudessem mais se separar.
O PSDB sonhou um dia em ser o que o PT é hoje, um partido liberal-democrata com um viés social. O PT está completamente integrado
ao liberalismo e isso irrita profundamente os tradicionais ideólogos do
PSDB. Esse deveria ser o papel do PSDB, mas a aliança os 16 anos com o
DEM (ex-Arena, PDS, PFL) provocou um amálgama ideológico inseparável.
Atualmente não é possível saber se José Serra é mais ou menos à direita
do que Sarah Palin ou Índio da Costa. Acusar o estado Boliviano de
traficante, acusar o PT de ligação com às Farcs, narcotráfico etc mostra
que não há política públicas para o país, mas fantasmas. O DEM é o
fantasma do PSDB e o sonho social-democrata acabou, se é que um dia
existiu. (Glauco Cortez)
Postura de perdedor
Pelo que dizem as lendas, ao saber das declarações do garotão reacionário carioca, Dilma Rousseff deve ter tido vontade de lhe passar uma carraspana daquelas, tal como fizera no Congresso quando um homenzinho chamado A-gri-pi-no ajeitou a bola para ela chutar em seu gol.
Contudo, bem treinada por Lula para lidar com essa gente, Dilma manteve a compostura. É uma Dilminha paz e amor, a que estamos vendo. E sabem por que ela e Lula têm tanta paciência, deixando respostas menos duras do que o adequado para políticos de seu partido com menos a perder? É que quem está indo bem numa campanha eleitoral não tem que comprar briga nem bater boca.
E ainda melhor quando se tem um belo e óbvio discurso para responder a uma acusação energúmena como a de que o partido dela tem relações com o narcotráfico internacional. “O Brasil não merece um debate desse nível”, disse Dilma. Na mosca. Quem se surpreendeu com a tática “indígena” do playboy carioca que detesta mendigos, certamente viu, na fala de Dilma, aquilo que queria dizer e não sabia como.
Alguém pode imaginar uma forma mais idiota de levantar um debate público? Coisa de moleque… Nem a imprensa tucana perdoou. De Dora Kramer (talvez a mais serrista colunista do Estadão) a Fernando de Barros e Silva (o serrista relutante da Folha), ninguém perdoou.
Querem saber? Nessas horas, não sei se prefiro os que tentam manter a dignidade e reconhecer um absurdo do seu candidato, evitando uma desmoralização completa, ou aqueles que, como um Reinaldo Azevedo, ficam a buscar explicações para o inexplicável. Ou seja: explicação para alguém achar que uma acusação velha como essa, de que o PT é um partido de traficantes, iria tirar um único voto de Dilma.
O Reinaldo é um idiota? Claro que é, mas é um idiota autêntico. Talvez melhor um desses do que um falso honesto, que só não age como o idiota porque lhe sabe o tamanho descomunal da idiotice proferida.
Mas a postura do vice se coaduna com a do candidato. Serra não acusou Dilma, pessoalmente, de ter feito um “dossiê” contra ele? Então… Além de desleal, eles a chamam de traficante. O tal A-gri-pi-no fez escola.
Isso, sim, é postura de perdedor. Todo mundo sabe, no Brasil, que candidato que fica nervoso e ataca é aquele que está perdendo. E por que quem está perdendo ataca? Porque atacar funciona . Eleições já foram vencidas assim. Lula que o diga. Por várias vezes esteve na frente, nas eleições que disputou antes de se eleger, e caiu ante os ataques do adversário.
Só que esses ataques precisam de verossimilhança. Era fácil associar aquele homem de cabelos e barbas negros e com cara de zangado a um risco para a sociedade. Lula tinha uma aparência destemperada. Particularmente, divido a vida política dele em antes e depois dos cabelos e da barba embranquecerem. A idade fez um bem enorme à aparência de Lula, tanto quanto à sua experiência.
Serra sabe que está perdendo a eleição e tenta a tática dos que estão em desvantagem numa disputa eleitoral, a de oferecer boas razões para o eleitorado não votar no adversário.
Mas essa tática necessita de um elemento que, se não estiver presente, não funciona. Marta Suplicy, por exemplo, parece mesmo uma dondoca dos Jardins, mesmo sendo alguém que governou o tempo todo para os mais pobres. E ela de fato onerou o contribuinte paulistano, mesmo tendo usado bem o dinheiro.
Se o benefício que medidas impopulares de um governante não existem ou ainda não chegaram, é fácil derrubar-lhe a imagem usando-as. Tem que atacar, nesse caso.
O diabo, para Serra, é que não há muito o que atacar neste governo. Não porque tenha resolvido tudo e a vida, no Brasil, tenha se tornado igual à vida na Suíça. É porque tem muita coisa que ainda não está boa, mas, pela primeira vez na vida da maioria dos brasileiros, está tudo melhor.
Renda, emprego, educação, saúde, segurança, transporte e, mais do que tudo, a imagem que o brasileiro tem de si mesmo.
Tem coisa que melhorou pouco. Segurança e saúde, por exemplo. Só que, nesse caso, dá pra dividir (bem) a responsabilidade pelo problema com os governos municipais e estaduais.
Mas dinheiro no bolso, ah, isso as pessoas notam. Emprego novo, filho na faculdade – muitas vezes, o primeiro universitário da família –, salário maior…
Até concordo que Serra tenha que atacar. Essa foi a “adversidade” que Dilma citou, ao criticar o nível do ataque do bad boy carioca.
Apesar de a mídia tentar esconder a crise crescente na campanha de Serra, essa sua sangria de intenções de votos continua lenta e inexorável, Dilma sabe e nós, aqui, sabemos que Serra está indo de mal a pior, e que escolher aquele moleque para vice foi a maior bobagem que fez, pois o eleitorado sabe muito bem que vices podem virar presidentes.
Enfim, como já disse, a postura de Serra é a de perdedor. Ataca porque tenta o tudo ou nada. Enquanto ataca, sua rejeição cresce, aproximando-se, perigosamente, do ponto de não-retorno.
Remédios genéricos: Serra mente!
Durante o seminário “Brasil: desenvolvimento e inclusão social”, realizado pelo PSB ontem (19), a candidata Dilma Rousseff desmascarou mais uma das mentiras de José Serra. Ao homenagear um dos dirigentes deste partido, Jamil Haddad, falecido em dezembro, ela fez uma justa correção histórica. “Gostaria de ressaltar também a importância de Jamil Haddad, que possibilitou a fabricação dos genéricos no Brasil. Precisamos dar a autoria do programa a quem é de direito”.
Na sua campanha, o demotucano coleciona mentiras novas e antigas. Entre as novas, ele afirmou recentemente que iria “dobrar o Bolsa Família”, logo ele que sempre desqualificou esta iniciativa como “bolsa esmola” e que cortou investimentos de São Paulo nos programas de transferência de renda. Entre as velhas, o tucano voltou a repetir que foi o pai do FAT e do seguro-desemprego, o que foi imediatamente desmascarado pelas centrais sindicais. A mentira mais batida, porém, é de Serra foi o criador dos remédios genéricos e “o melhor ministro da Saúde da história do país”.
Haddad desmente os tucanos
O decreto-lei número 793, que possibilitou a fabricação de remédios genéricos, é de 1993 e o seu autor foi Jamil Haddad, ex-ministro da Saúde de Itamar Franco. Antes, em 1991, o ex-deputado Eduardo Jorge já havia apresentado o projeto de lei 2.022, que proibia o uso de marca comercial ou fantasia nos produtos farmacêuticos e obrigava a utilização do nome genérico nos remédios comercializados no país. Ou seja: bem antes do trágico reinado de FHC e do seu egocêntrico ministro da Saúde, a política dos remédios genéricos já estava em pleno curso.
Ainda vivo, Jamil Haddad até ironizou os que tentavam se apropriar indevidamente do seu projeto: “Como de filho bonito todo mundo quer ser o pai, em 1999 foi aprovada uma lei, que era praticamente uma regulamentação dos remédios genéricos. O então ministro da Saúde, José Serra, passou a dizer que ele era o autor da lei. Eu considero uma usurpação o que está sendo enfatizado pelo PSDB. Eles não têm fundamento legal nenhum para afirmar que foi por meio daquele partido que se implantou a política dos medicamentos genéricos no país”.
Retrocessos e bondades do ex-ministro
Além de mentir sobre a autoria do projeto, os tucanos ainda foram denunciados por tentar atrasar a sua implantação. O partido cedeu às pressões do poderoso lobby da indústria farmacêutica, que ingressou na Justiça com liminares e fez chantagem diplomática a partir dos países sedes destas multinacionais. No primeiro mandato de FHC, iniciado em 1995, a implantação dos genéricos foi simplesmente arquivada. Só no final, com o desgaste do seu governo, é que ela foi retomada, com o aperto da fiscalização sobre as empresas farmacêuticas.
Para apagar as digitais de Jamil Haddad, FHC e Serra revogaram o decreto anterior e baixaram uma lei (9.787) e um novo decreto (3.181) sobre o tema. Ambos apresentaram retrocessos com relação à política anterior, fazendo concessões às multinacionais do setor. Enquanto o decreto do ex-ministro de Itamar Franco obrigava, por exemplo, que as letras do nome genérico fossem três vezes maiores do que a marca comercial, o projeto de Serra reduziu para o mesmo tamanho. Na ocasião, o presidente da Abifarma, o empresário Bandeira de Mello, elogiou a bondade de Serra para com as multinacionais. “A empresa agora poderá vender caro para quem quiser comprar”.
“Um lobista das multinacionais”
Vários estudos também desmascaram o embuste de que “Serra foi o melhor ministro da Saúde da história do Brasil”. A sua passagem pelo ministério foi um desastre para a indústria nacional de medicamentos. O setor foi totalmente desnacionalizado, beneficiando as multinacionais do setor, em especial dos EUA. A importação de insumos e remédios saltou de US$ 50 milhões, em 1990, para US$ 2,5 bilhões em 2001. “Nós viramos uma zona franca para a importação de remédios”, acusou Dante Alário Júnior, da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).
O incentivo dado por José Serra às importações de remédios fez com que o consumo de produtos fabricados no exterior crescesse trinta vezes, saltando da faixa de 1% para 30% do mercado. A isenção do imposto de importação bancada pelos tucanos desestimulou a produção interna, gerou forte desemprego no setor, reduziu os investimentos em pesquisa e tecnologia, causou a falência de várias indústrias nativas e elevou o preço dos remédios. Na época, alguns empresários do setor acusaram José Serra de ser “lobista das multinacionais dos medicamentos”.
Ministério virou “balcão de negócios”
Mesmo na área dos genéricos, a atuação do ex-ministro sofreu duras críticas. Ele presenteou os laboratórios estrangeiros com isenção total de impostos para importação. Certificados obtidos em órgãos de outros países, como do FDA dos EUA, eram imediatamente liberados como o rótulo de “genéricos”. Já as empresas nacionais eram obrigadas a fazer testes demorados para registrar os seus produtos, ao custo de US$ 60 mil. O resultado foi a invasão de “genéricos” estrangeiros e várias suspeitas de corrupção. Tanto que o ministério foi rotulado de “balcão de negócios”.
Quando a Polícia Federal apreendeu a agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos, ela continha os nomes de assessores de Serra. Alguns foram acusados de extorquir empresários nacionais para liberar seus produtos. Em outro caso suspeito, batizado de “operação vampiro”, a PF desvendou uma quadrilha que atuava no Ministério da Saúde nas licitações para a compra de medicamentos. Os “vampiros” da máfia do sangue faziam parte do esquema PC Farias, mas continuaram agindo impunemente na gestão de José Serra. Ao ano, eles desviaram cerca de R$ 120 milhões.
Desmonte e surto da dengue
A política entreguista do ex-ministro José Serra causou o aumento do preço dos medicamentos – os de marca e os genéricos. No reinado tucano, as multinacionais do setor festejaram os recordes dos seus lucros. Além de prejudicar a saúde da população com os preços abusivos, Serra sabotou a indústria nacional de remédios e agravou o desemprego no país. Como ministro da Saúde, sua única prioridade foi beneficiar as multinacionais do setor. Já como deputado, ele tinha cumprido o mesmo papel, atuando como lobista da lei das patentes do cartel farmacêutico.
Como se nota, é muita petulância afirmar que “Serra foi o melhor ministro da Saúde da história”. Para desmenti-lo, bastaria lembrar o surto da dengue no país. Em 2001, o grão-tucano gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas de combate à dengue. Como parte do desmonte neoliberal do Estado, ele demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar os focos do Aedes Aegypti (transmissor da dengue). Resultado: em 2002 o Estado do Rio de Janeiro registrou 207.521 casos de dengue, com 63 mortes. Ou seja: Serra mente!
Irã acusa EUA de traírem Brasil e Turquia por rejeição de acordo nuclear
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, acusou nesta segunda-feira, 19, o governo dos Estados Unidos de ter traído o Brasil na negociação conjunta com a Turquia para obter um acordo sobre troca de material nuclear com Teerã.
“O tratamento dispensado (ao Brasil e à Turquia) é um indicador da arrogância e da atuação desonrada e desprovida de princípios dos Estados Unidos no cenário internacional”, disse Larijani em Genebra, durante a Convenção Mundial de Presidentes de Parlamento.
De acordo com ele, os EUA foram desonestos com Brasil e Turquia ao rejeitarem um acordo inicialmente incentivado pela Casa Branca. Dias depois do anúncio do acordo, os Estados Unidos obtiveram apoio para a aprovação de um novo pacote de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança (CS) da Organização da ONU.
Larijani acusou os EUA e outras potências de fazerem uso inadequado das entidades multilaterais e defendeu que a ONU e a União Interparlamentar criem uma nova organização internacional que supere as “históricas limitações” das Nações Unidas e de outras agências.
“A injusta estrutura de poder no cenário internacional levou ao uso instrumental dos órgãos internacionais especializados, situação esta prejudicial ao presente e ao futuro da humanidade”, declarou Larijani. “A atual estrutura de poder não foi apenas incapaz de assegurar a paz e a segurança internacionais, mas levou também ao surgimento do novo fenômeno do terrorismo estruturado de forma muito perigosa e organizada”, prosseguiu o presidente do Parlamento iraniano.
“Não há dúvida de que tal incapacidade deriva da aplicação de diferentes pesos e medidas e de políticas unilaterais por parte das grandes potências, entre elas os Estados Unidos”, concluiu Larijani. As informações são da Dow Jones.
Lula assina decreto que dá mais autonomia às universidades federais
Medida editada pelo governo atende a reivindicações de instituições.
Universidade poderá remanejar recurso não empenhado de um ano para outro.
Robson BoninDo G1, em Brasília
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (19) decreto que altera dispositivos referentes à gestão financeira e orçamentária das Universidades Federais para dar mais autonomia às instituições.
A partir do decreto, as universidades vão poder remanejar recursos não empenhados de um ano fiscal para o seguinte e ainda terão a figura de um banco de técnicos administrativos, que deverá dar maior agilidade na reposição de técnicos em caso de aposentadoria dos cargos.
O remanejamento de verbas e a mobilidade na substituição de servidores eram reivindicações antigas da área e foram negociadas entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Para os reitores, o decreto dará mais agilidade, autonomia e transparência à gestão das universidades.
A cerimônia reuniu 58 reitores de instituições federais do país. Além do decreto da autonomia, também foi pauta da reunião com o presidente Lula a assinatura de uma medida provisória que disciplina o relacionamento das universidades com as fundações de apoio à pesquisa.
Lula também conversou com os reitores sobre o Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Reitores de instituições responsáveis pela gestão de hospitais universitários apresentaram suas preocupações e debateram a publicação de portarias que contemplem o Rehuf.
Durante a cerimônia, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo, Lula lembrou a boa relação que manteve com reitores durante o seu governo. “Quero agradecer o carinho com que vocês me trataram o tempo inteiro. Eu posso dizer na frente da imprensa que nunca foi destratado por reitor ou reitora desse país”, discursou Lula.
O CHANCELER ANTÍTESE DE RIO BRANCO
Publicado no “O SUL” em 16 de Julho de 2010
Sugestão
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Forças Armadas, Rio Branco nunca precisou escudar suas vitórias nestas instituições nacionais, porém, nunca descartou o significado vital em mantê-las preparadas e aptas para a guerra. O princípio de uma nação armada, hoje, mais do que nunca, revela capacidade de avaliação, noção da realidade do tempo presente e visão prospectiva do cenário mundial para as próximas décadas. Justo o que não se depreendeu do posicionamento dos painelistas, um ex-ministro de relações exteriores e dois professores provocados por Willian Waack em seu programa na televisão.
O primeiro comparou credibilidades no jogo diplomático, condenando apenas o Irã em face das escamoteações para ganhar tempo na questão gerada pelo seu projeto que jura ser energético, assim como jurou o Iraque acusado injustamente de produzir armas de destruição em massa. Neste caso, como confiar na boa fé dos EUA que, de imediato, procura desacreditar a celebração de um acordo, agravando sanções com linguagem de pressão ainda mais reticente. Disse que o Brasil da forma como atuou, francamente não dá para perceber aonde quer chegar o ex-chanceler Celso Lafer, não está contribuindo para uma solução pacífica. Com certeza, radicalismos é que não vão dirimir o impasse com uma nação de brio, decidida a fazer valer sua soberania, não para contestar a comunidade internacional, mas, sim, para se impor à tirania do Conselho de Segurança da ONU, à qual já se submeteram outros “emergentes” menos determinados e carentes de liderança.
Na contramão do inigualável Barão do Rio Branco valorizou ainda a postura do País em face do TNP, inclusive quanto ao acordo correlato com a Argentina. Deve ser dito, este último castrou solução mais inteligente que viabilizaria, aos dois países em conjunto, alcançar um nível dissuasório compatível. Certamente, tivéssemos naquelas oportunidades um presidente e um chanceler com visão prospectiva, não teríamos assinado tratado que nos obriga a lutar ao invés de dissuadir e, também, teríamos ajustado com a nação irmã, sim, um acordo perene na área nuclear para o desenvolvimento de um projeto defensivo definitivo, com cientistas brasileiros e argentinos pesquisando em arsenais comuns de forma a nos aliviar o peso da missão que não podemos cumprir, da guerra que vamos perder.
Que não se duvide, o “patrimônio da humanidade” e as reservas do pré-sal das bacias de Campos, do Rio de Janeiro e no entorno das Malvinas estão na mira de um conselho viciado de potencias nucleares e será reivindicado “em prol do bem de todos e em nome da tão propalada comunidade internacional”. Ainda segundo esse “expert em assuntos estratégicos”, o Brasil não precisa de poder maior para garantir as suas segurança e soberania. Estão querendo zombar do soldado que vai verter o sangue na selva , não estão nem aí para aviadores e marinheiros que vão enfrentar meios aeronavais de última geração com os “yellow submarines” e os caças que ainda negociamos, é de pasmar, nos mesmos mercadores da morte encastelados no Conselho de “ Insegurança”.
Questionado sobre a postura do País em face do protocolo de intenções de fiscalização de instalações nucleares, entreguista, simplesmente proscreveu o Barão dando a entender que o País estava em posição muito cômoda, pois, poderia abrir o segredo do processo, reconhecidamente revolucionário de enriquecimento de urânio, muito mais em conta do que os demais, em troca de uma redução convincente de ogivas atômicas. Durma-se com esta ingenuidade franciscana. Alerta Brasil!
Líder do mensalão carrega Serra nos braços
Saiu no blog ‘Os Amigos do Presidente Lula’:
Serra recebido por Eduardo Azeredo, do mensalão tucano
terça-feira, 20 de julho de 2010
José Serra (PSDB/SP) ao visitar Minas na segunda-feira (19), foi recebido e ciceroneado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que ficou conhecido como o pai do valerioduto, do mensalão tucano.
Azeredo é reu na Ação Penal 536, respondendo pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.