Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

O gringo dos sonhos de Luciano Huck e de FHC

Copa rompe o bombardeio derrotista: confiança do brasileiro sobe em junho pela primeira vez desde novembro do ano passado; 'melhorou a opinião a respeito da situação atual e quanto à situação financeira familiar no futuro', diz a pesquisa da FGV

Até a Economist jogou a toalha:edição da bíblia do neoliberalismo reconhece o sucesso do Brasil em sediar a Copa e faz autocrítica: 'o movimento nos aeroportos é normal, os torcedores conseguem chegar aos jogos sem grandes entraves e mesmo a deficiência parcial na infraestrutura é compensada pelo clima de festa'

Aos cacos? 46% das companhias sediadas no Brasil vão ampliar investimentos nos próximos 12 meses; 24% pretendem construir novas instalações. Números são substancialmente maiores que os dos EUA, Alemanha, Japão, México e nove pontos acima da média dos Brics

Lula convoca engajamento na reforma política, 'para acabar com a interferência do poder econômico na democracia' (assista: https://www.youtube.com/watch?v=q1X66PR3KZc)



gringodossonhos
O “Ministro da Cultura” de Aécio Neves, o apresentador Luciano Huck, apagou a postagem “meiga” que fez em seu Facebook, com o endereço que criou para que “cariocas solteiras” se candidatem a cinderelas de um “gringo encantado”.
Nem vou entrar na discussão sobre essa visão medíocre da condição feminina e de suas repercussões num quadro de um programa de televisão global.
É claro que não há nada de errado – ainda mais no mundo globalizado destes tempos – em relações entre pessoas de nacionalidades diferentes. Vivo isso em minha família.
O que me intriga é que essa forma de pensar é um reflexo da mente colonizada que se forma nos grupos humanos (e, claro, nos países) dominados, desiguais e reduzidos a considerarem-se incapazes.
A felicidade, a fartura, a satisfação têm de vir de outros, não de si mesmos.
Precisam, como nas fotonovelas, de um “príncipe”, porque só eles podem aliviar uma vida de sofrimentos e carências.
Sem, é claro, romper uma relação de dominação e poder, apenas aumentando o tamanho das migalhas concedidas.
A mente de Huck e dos que “bolaram” este quadro é uma das que pensam assim em todos os campos da existência humana.
De alguma maneira, Huck e Fernando Henrique Cardoso raciocinam da mesma forma, com todos os descontos que se possa dar à sofisticação e ao empolamento das palavras.
O capital estrangeiro é o “príncipe gringo” que vai nos tirar dessa “mísera existência”.
Não o estudo, o trabalho, a vida, os esforços e as alegrias. Muito menos o nosso sentido de unidade, de grupo, de povo, de nação.
Huck e FHC, porém, entendem muito pouco sobre mulheres e povos.
Não compreendem que, embora se possam viver sonhos, ilusões e histórias da “Contigo”, no fundo, elas e eles querem mesmos é ser os donos de suas próprias vontades.
E que , à medida em que vão amadurecendo,  acabam sendo.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A suprema Globo











De PauloNogueira, no Diário do Centro do Mundo, hoje:

Porque a Globo faz o que faz

Existe uma passagem no livro Dossiê Geisel – uma compilação de papeis do arquivo pessoal de Geisel – que conta muito sobre o espírito da Globo.
O governo militar – que criara a Rede Globo para receber apoio maciço na televisão – começara a ficar preocupado com o monopólio da emissora. Os militares não queriam que a emissora crescesse mais.
A Globo, por isso, não receberia novas concessões.
Roberto Marinho se insurgiu.
Numa conversa com um ministro de Geisel, registrada e depois guardada pelo ex-presidente, Roberto Marinho explicou a filosofia da Globo. Ele queria que tirassem os freios à expansão de seu negócio.
Uma empresa que não cresce declina, afirmou Marinho.
Na visão dele, a Globo teria sempre que crescer para não entrar em declínio.
Crescer a qualquer preço seria uma consequência natural do modo de ver as coisas de Roberto Marinho: ele jamais se caracterizou por escrúpulos ou magnanimidade.
Num dos episódios mais reveladores de sua vida empresarial, submeteu o concorrente quebrado Adolpho Bloch a uma espera interminável em sua antessala. Bloch precisava de dinheiro. Ao recebê-lo enfim Roberto Marinho disse: “Passar bem.”
Foi essa a maneira que ele encontrou de responder a Bloch depois de um episódio em que o direito de transmissão do Carnaval do Rio fora dado à Manchete.
Seus herdeiros – Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto – são continuações e extensões do pai.
Isso significou que, morto Roberto Marinho, as coisas continuaram essencialmente do mesmo jeito na Globo.
Ou crescemos ou estamos fritos.
Se você acredita nisso, tende a tomar grandes riscos para o avanço ininterrupto.
Se os riscos parecem protegidos por um esquema que garanta, ou quase garanta, impunidade, você num certo momento já não enxerga limites.
O espetacular caso da trapaça fiscal para não pagar os impostos relativos à compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002 se encaixa aí.
Por que não fazer algo que evitaria o pagamento de milhões de reais? A Receita poderia pegar? Difícil: quem quer encrenca com a Globo?
E se uma eventual disputa fosse parar na Justiça.
Ora, a Globo tem excelentes conexões na Justiça. O mais novo integrante do Supremo, Luiz Roberto Barroso, era advogado da organização de lobby da Globo, a Abert.
Num artigo publicado no Globo, Barroso defendeu a reserva de mercado para a mídia brasileira com argumentos engraçados.
Num deles, dizia que seria arriscado uma emissora estrangeira – chinesa, suponho – fazer propaganda, no Brasil, da ideologia de Mao Tsetung.
Em outro, classificava as novelas de patrimônio cultural brasileiro. Não poderíamos arriscar perder esse patrimônio, segundo Barroso.
As relações são sempre renovadas. Recentemente, a Globo empregou o filho de Joaquim Barbosa. Algum tempo antes, como revelou o Diário, JB pagara – quer dizer o erário pagara – as despesas de viagem de uma jornalista do Globo para cobrir uma palestra insignificante sua na Costa Rica.
Uma das vozes mais estridentes em defesa dos interesses dos Marinhos – Merval Pereira – desfilou várias vezes com Ayres Brito, recém-aposentado do Supremo.
O magistrado escreveu o prefácio de um livro de Merval sobre o Mensalão. Na luz do sol. Isso quer dizer que, com o passar dos anos e com a consolidação da impunidade, você já não enxerga coisas como a abjeção de relações promíscuas. Merval e Ayres Brito sorriram para as câmaras como se a aliança entre ambos fosse natural.
Quem acredita que o caso dos direitos da Copa de 2002 foi o único acredita em tudo, como disse Wellington.
Nos últimos anos, a Globo se esmerou em práticas destinadas a sonegar impostos.
A transformação de funcionários caros em Pessoas Jurídicas, as PJs, por exemplo.
De vez em quando, isso traz problemas, mas o benefício parece ser muito maior que a custo nas contas da Globo. Neste momento, um dos PJs, Carlos Dornelles, trava uma disputa jurídica com a Globo.
Semanas atrás, em São Paulo, eu soube que o jornalista Paulo Moreira Leite – que eu contratara para a Época pela CLT, é claro – fora transformado em PJ depois de minha saída do cargo de diretor editorial das revistas da Globo. (PML hoje está na Isto É.)
É o chamado vale tudo para crescer.
Num ambiente de acentuado declínio das mídias tradicionais por conta da internet, você pode imaginar o grau de ansiedade – e agressividade — dos Marinhos para continuar a crescer.
O fato novo, aí, é o jornalismo digital.
É mais fácil controlar tudo quando nada é noticiado, evidentemente.
O jornalismo digital acabou com isso. As coisas saem. A opinião pública é informada de coisas como a sonegação na compra da Copa.
Em outras circunstâncias, dois ou três telefonemas dos donos da Globo bastariam para que ninguém noticiasse na mídia tradicional. E você não saberia de nada.
A mídia digital liquidou esse controle subterrâneo das informações.
Quem ganha com isso é a sociedade.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Venício Lima: as notícias que a Globo faz questão de esconder


Salvo por uma matéria traduzida da The Economist, publicada na Carta Capitalnº 639, a grande mídia brasileira optou por não noticiar a briga de gigantes deflagrada no México, nos últimos dias.


Por Venício Lima, no Observatório da Imprensa

E por que interessaria ao público brasileiro o que ocorre no México? Quando nada, um dos gigantes envolvidos é sócio (alguns dizem, majoritário) da maior operadora de televisão paga do Brasil: a NET, ligada às Organizações Globo. Ademais, o que está acontecendo ao norte do Equador pode perfeitamente vir a acontecer também ao sul, vale dizer, aqui mesmo entre nós.

Monopólio vs. monopólio
As operações de telefonia e televisão no México são praticamente monopolizadas por dois grandes grupos.

Cerca de 80% das linhas de telefonia fixa estão conectadas à Telmex – a mesma empresa que é sócia da NET – e 70% do mercado de telefonia móvel (celular) são controlados pela Telcel, outra empresa do mesmo grupo – ambas de Carlos Slim, o homem mais rico do planeta.

Por outro lado, o grupo Televisa, do empresário Emilio Azcárraga, controla cerca de 70% da audiência da televisão aberta. O que sobra, em boa parte, está sob controle da TV Azteca, comandada por Ricardo Salinas, outro magnata mexicano.

Os grupos conviviam em relativa harmonia, cada um com seu respectivo "mercado". Agora, diante da convergência tecnológica, resolveram se enfrentar abertamente.

Um grupo de 25 empresas de telecomunicações, incluídas a Cablevisión (propriedade do Grupo Televisa) e Iusacell (do Grupo Salinas, da TV Azteca), entrou com uma ação na Comissão Federal de Competição (Cofeco, equivalente ao nosso Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, do Ministério da Justiça) contra o alto custo das tarifas de interconexão cobradas pela Telcel. Ao mesmo tempo, a Telmex apresentou quatro denúncias contra a Televisa, a Televisión Azteca, a Cablesivion, a Megacable, a Cablemas, a Television Internacional e a Yoo por "práticas de monopólio e correlatos".

As ações legais vieram acompanhadas de anúncios de página inteira nos jornais parceiros da Televisa denunciando o "monopólio caro e ruim" da indústria de telecomunicações, enquanto Carlos Slim retirava os anúncios de suas empresas – cerca de 70 milhões de dólares anuais – dos canais da Televisa. Em represália e solidariedade à Televisa, a TV Azteca passou a recusar os anúncios do Grupo Telmex.

Disputa de mercado
O que está em jogo, por óbvio, é o controle do mercado convergente de telefonia e televisão. Como explica didaticamente a matéria da The Economist:

"A tecnologia transformou os negócios de telefonia e televisão em um único mercado: a televisão hoje inclui telefone e internet em seu serviço de TV a cabo, e quer adicionar telefones celulares. Salinas, que também controla uma empresa de celulares, a Iusacell, lançou um pacote semelhante em 2010. Slim deseja usar seus cabos de telefonia para distribuir TV paga (setor em que se tornou o maior ator no resto da América Latina), mas o governo não quer permitir.

"Agora os bilionários pedem o tipo de reforma da concorrência de que suas respectivas indústrias precisavam há muito tempo. Os magnatas da TV querem que Slim reduza o valor cobrado quando, um telefone rival liga para um celular Telcel (a agência reguladora das teles do México lhe disse para reduzir algumas taxas). A atual tarifa de interconexão é 43,5% acima da média da maioria dos países ricos da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso torna impossível que outras operadoras ofereçam tarifas competitivas. A Comissão Federal de Concorrência (CFC) do México diz que os consumidores se beneficiariam de 6 bilhões de dólares por ano se as taxas de conexão se equiparassem à média da OCDE. A CFC recomenda deixar Slim concorrer na televisão quando tiver relaxado seu poder no setor de telefonia. Se a Telmex entrasse no mercado de tevê paga, o aumento da concorrência colocaria os preços ao alcance de mais 3,8 milhões de residências, admite a CFC."
 
E no Brasil?
A situação brasileira é diferente da mexicana, mas a briga entre teles e radiodifusores tradicionais ocorre também aqui. O locus dessa disputa, desde 2007, tem sido o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e "abre o setor de TV por assinatura para as teles, cria a separação de mercado entre produtores de conteúdo e empresas de distribuição e ainda cria cotas de programação nacional nos pacotes de canais pagos", além de revogar a Lei do Cabo de 1995.

Na sua versão atual o projeto – PLC 116 do Senado Federal – é o resultado da articulação inicial de três propostas representando grupos e interesses distintos: o PL 29/2007 representa as empresas de telefonia; o PL 70/2007 representa os radiodifusores; e o PL 323/2007 situa-se em posição intermediária entre os interesses dos dois setores. Aprovado em junho de 2010 na Câmara dos Deputados, até hoje tramita no Senado Federal.

Será que teremos aqui uma versão explícita da briga entre teles e radiodifusores como ocorre no México?

A ver.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Puente Llaguno, o documentário que poucos viram no Brasil

Muitos brasileiros já assistiram ao documentário A Revolução Não Será Televisionada, que trata do golpe midiático aplicado em Hugo Chávez, na Venezuela.
Mas pouca gente conhece Puente Llaguno, cuja primeira parte reproduzo acima.
Para ver as partes seguintes, é só ir ao meu canal no You Tube (A Revolução também está lá).
Trata-se de uma análise cuidadosa dos eventos midiáticos que levaram à deposição temporária do presidente venezuelano em 11 de abril de 2002.
A manipulação de uma imagem foi crucial para causar condenação mundial contra o governo chavista nas horas que antecederam o golpe.
De cima da Ponte Lllaguno, em Caracas, chavistas foram flagrados atirando.
A eles foi atribuído um “massacre” que causou comoção e indignação dentro e fora da Venezuela.
Mais tarde ficou provado que a imagem tinha sido manipulada para não mostrar que, na verdade, eles reagiam contra fogo de franco-atiradores postados em edifícios e de agentes da Polícia Metropolitana a serviço da oposição, que foram os verdadeiros responsáveis pela morte de 19 pessoas.
Não se trata, aqui, de comparar situações tão distintas quanto as da Venezuela em 2003 e do Brasil em 2010.
É apenas para demonstrar que o poder de desfazer as mentiras da mídia, mesmo para um governo, é limitado. E que muitas vezes a gente só vai descobrir lá na frente, passados muitos anos, o que de fato se passou em dado momento político ou eleitoral, quais forças atuaram, se houve ou não interferência estrangeira, subterrânea ou dissimulada. Serve de alerta.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O CHANCELER ANTÍTESE DE RIO BRANCO

Publicado no “O SUL” em 16 de Julho de 2010

Sugestão

Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Forças Armadas, Rio Branco nunca precisou escudar suas vitórias nestas instituições nacionais, porém, nunca descartou o significado vital em mantê-las preparadas e aptas para a guerra. O princípio de uma nação armada, hoje, mais do que nunca, revela capacidade de avaliação, noção da realidade do tempo presente e visão prospectiva do cenário mundial para as próximas décadas. Justo o que não se depreendeu do posicionamento dos painelistas, um ex-ministro de relações exteriores e dois professores provocados por Willian Waack em seu programa na televisão.

O primeiro comparou credibilidades no jogo diplomático, condenando apenas o Irã em face das escamoteações para ganhar tempo na questão gerada pelo seu projeto que jura ser energético, assim como jurou o Iraque acusado injustamente de produzir armas de destruição em massa. Neste caso, como confiar na boa fé dos EUA que, de imediato, procura desacreditar a celebração de um acordo, agravando sanções com linguagem de pressão ainda mais reticente. Disse que o Brasil da forma como atuou, francamente não dá para perceber aonde quer chegar o ex-chanceler Celso Lafer, não está contribuindo para uma solução pacífica. Com certeza, radicalismos é que não vão dirimir o impasse com uma nação de brio, decidida a fazer valer sua soberania, não para contestar a comunidade internacional, mas, sim, para se impor à tirania do Conselho de Segurança da ONU, à qual já se submeteram outros “emergentes” menos determinados e carentes de liderança.

Na contramão do inigualável Barão do Rio Branco valorizou ainda a postura do País em face do TNP, inclusive quanto ao acordo correlato com a Argentina. Deve ser dito, este último castrou solução mais inteligente que viabilizaria, aos dois países em conjunto, alcançar um nível dissuasório compatível. Certamente, tivéssemos naquelas oportunidades um presidente e um chanceler com visão prospectiva, não teríamos assinado tratado que nos obriga a lutar ao invés de dissuadir e, também, teríamos ajustado com a nação irmã, sim, um acordo perene na área nuclear para o desenvolvimento de um projeto defensivo definitivo, com cientistas brasileiros e argentinos pesquisando em arsenais comuns de forma a nos aliviar o peso da missão que não podemos cumprir, da guerra que vamos perder.

Que não se duvide, o “patrimônio da humanidade” e as reservas do pré-sal das bacias de Campos, do Rio de Janeiro e no entorno das Malvinas estão na mira de um conselho viciado de potencias nucleares e será reivindicado “em prol do bem de todos e em nome da tão propalada comunidade internacional”. Ainda segundo esse “expert em assuntos estratégicos”, o Brasil não precisa de poder maior para garantir as suas segurança e soberania. Estão querendo zombar do soldado que vai verter o sangue na selva , não estão nem aí para aviadores e marinheiros que vão enfrentar meios aeronavais de última geração com os “yellow submarines” e os caças que ainda negociamos, é de pasmar, nos mesmos mercadores da morte encastelados no Conselho de “ Insegurança”.

Questionado sobre a postura do País em face do protocolo de intenções de fiscalização de instalações nucleares, entreguista, simplesmente proscreveu o Barão dando a entender que o País estava em posição muito cômoda, pois, poderia abrir o segredo do processo, reconhecidamente revolucionário de enriquecimento de urânio, muito mais em conta do que os demais, em troca de uma redução convincente de ogivas atômicas. Durma-se com esta ingenuidade franciscana. Alerta Brasil!