Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Imprensa golpista chama críticos de ‘censores’ e lhes nega voz




Posted by eduguim on 22/09/10 • Categorized as Opinião do blog

Foi uma festa. Os estafetas da imprensa golpista desandaram a atacar o ato público contra o golpismo midiático que terá lugar amanhã à noitinha em São Paulo, no Sindicato dos Jornalistas, no centro da capital paulista. Para tanto, contaram com a prestimosa contribuição do presidente da OAB nacional, o mesmo que ajudou a legitimar o tiroteio contra a Casa Civil.

Outros bate-paus foram os de sempre – Josias de Souza, Noblat, Reinaldo Azevedo, além de matérias nos principais jornais, telejornais e portais da internet. Na Globo News, um frangote engomadinho dava voz à diatribe do indefectível Merval Pereira, naturalmente contra blogs que seriam “Todos financiados pelo governo Lula”.

O presidente do PSDB, partido aliado dos setores da imprensa que ajudaram a dar o golpe de 1964, também desmentiu que esses setores estejam ajudando o seu candidato. A nota que ele emitiu foi exibida pelos veículos acusados de partidarismo. Cita “atentado à democracia” e outras baboseiras para se referir ao ato público de amanhã.

Apesar da defesa dos beneficiados pelo favorecimento midiático e dos que os favorecem, enquetes nos portais UOL e Globo sobre se a imprensa favorece ou não algum candidato dão conta de que a maioria esmagadora dos que responderam a tal enquete consideram que favorece a Serra, sim…

Pesquisa realizada pela Folha de São Paulo entre os seus leitores e publicada hoje pelo jornal também revela que, depois do início da campanha eleitoral, os que acreditam que o veículo favorece a Serra e prejudica a Dilma aumentaram de 2% para 11%.

Vale lembrar que entre o leitorado da Folha, segundo a sua pesquisa, à diferença do que acontece no Brasil real Serra tem 50% das intenções de voto e Marina Silva, 21%. Dilma fica na terceira posição, com 15%, uma diferença de 35 pontos percentuais para a sua real intenção de voto no país.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, no mesmo dia do ato público contra golpistas midiáticos que até entre seu público vão sendo percebidos como tal, Reinaldo Azevedo e Merval Pereira irão dar um showzinho pornogolpista para milicos de pijama se masturbarem.

O ponto alto da orgia golpista serão os devaneios de jogarem contra a democracia tropas que no golpe de 1964 eram esfaimadas e mal-pagas, mas que, hoje, ascendem socialmente e melhoram de padrão de vida tanto quanto o resto do povo.

Enfim, enquanto nos acusam de tudo, aos que nos manifestaremos contra a imprensa que tanto já atentou contra a democracia no Brasil, Azevedos, Mainardis, Jabores, Leitões – e leitoas –, Cantanhêdes, Rossis, Josias, Noblats, Mervais, Soninhas e outros espécimes raros silenciam sobre o fato de que os veículos dos seus patrões jamais cogitaram dar aos acusados o direito a dizerem a versão deles.

Como presidente de uma ONG que, por essas e por outras, declarou-se Movimento dos Sem Mídia, eu jamais poderia faltar ao ato contra a imprensa golpista que acontecerá amanhã na rua Rego Freitas, número 530, às 19 horas. Todos os que estarão lá podem se considerar “sem-mídia” tanto quanto eu e aqueles que, comigo, formam um movimento que só faz crescer.

Estadão segue Folha e usa chantagista como fonte



O Estado de S. Paulo publica uma matéria que equipara o outrora sisudo diário paulista às “folhices” da Folha de S. Paulo. Hoje, o jornal soltou a matéria “TV de Lula contrata empresa que emprega filho de Franklin”, dando a entender que o secretário de Comunicação de Lula, Franklin Martins, teria beneficiado a emissora (RedeTV) . Nem comentei mais cedo, porque a simples leitura da matéria dava para fazer perceber a “forçação” de barra do jornal.

Começa-se por chamar a EBC, nome comercial da TV Brasil de “TV do Lula”. Nunca ouvi, nem você deve ter ouvido, alguém chamar a TV Brasil de TV do Lula. No máximo muitos a continuam chamando de TVE, seu nome antigo. Depois, fala-se de uma “licitação feita ás pressas” , quando todos sabem que licitações têm prazos legais definidos e têm que ser realizadas dentro do ano orçamentário, sob pena de se perderem os recursos. E, por último, o único caso que eu já vi de empresário que teria “ajudado” a confecionar o edital – ou seja, dirigido a licitação – mas que perdeu no preço, para outra empresa.

O ministro Franklin Martins emitiu hoje uma nota que aborda todos estes pontos. E acrescenta mais dois. Seu filho não é dirigente da RedeTV ou de seu ramo de informática, mas empregado. E, com farta documentação, comprova que a linha seguida pela matéria é a mesma que um empresário que perdeu contratos junto á EBC está usou em uma tentativa de chantagem, a qual foi devidamente encaminhada à Polícia Federal.

(…) a matéria reproduz, em grandes linhas, as afirmações constantes de ação popular movida pelo Sr. Angelo Varela de Albuquerque Neto contra a EBC. Isso fica claro também nas perguntas enviadas pelo repórter mim e a EBC . Esse senhor, no início de 2009, na iminência de perder contratos de utilização de software com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, mantenedora da TVE, passou a ameaçar e a chantagear funcionários tanto da Acerp quanto da EBC”, diz a nota de Martins, que pode ser lida, assim como os documentos anexos, no Blog do Planalto.

A “escola de jornalismo” inaugurada pela Folha, de usar qualquer fonte para atacar a honra alheia vai acabaer rendendo um bom dinheiro, e legítimo, a Franklin Martins. Lá, na Justiça.

Direita lança “Manifesto” pró-1964





Posted on setembro 22nd, 2010 by Osvaldo Bertolino
Osvaldo Bertolino
No mundo da mídia brasileira — ao contrário do jogo do bicho em que vale mesmo o que está escrito —, não vale nem o que está escrito e nem o que é falado. Nada mais arriscado do que tomar ao pé da letra o que se ouve e se lê nas principais manchetes. Os jornais de hoje, por exemplo, carregam tanto nas manchetes catastróficas que fica difícil selecionar alguma para provar a desfaçatez do jogo política da direita nessa reta de chegada da campanha eleitoral. Escolhi, por ser emblemática, a manchete que anuncia que “personalidades” lançaram um “Manifesto em defesa da democracia”.
Entre os que já assinaram o documento, informa o jornal O Estado de S. Paulo, estão Hélio Bicudo, Carlos Velloso, José Arthur Gianotti, Ferreira Gullar e Carlos Vereza. Talvez com exceção de Bicudo, todos são figurinhas carimbadas das hostes tucanas, gente de direita que, mais ou menos raivosa, tem dedicado seus dias à pregação golpista. O jornal carrega na tinta ao anunciar que o “Manifesto” sai “num momento em que o governo do presidente Lula se dedica a investidas quase diárias contra a liberdade de informação e de expressão e critica a imprensa”.
Alguns democratas
Ainda segundo o vetusto jornal das oligarquias paulistanas, estão no grupo que protagoniza a farsa “personalidades de diferentes setores — entre eles juristas, intelectuais e artistas”. A meta, diz a matéria, é “brecar a marcha para o autoritarismo”. O ato público ocorreu nesta quarta-feira (22), ao meio dia, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O jornal também informa outros nomes como signatários — os dos tucanos Marco Antonio Villa, Bóris Fausto, Celso Lafer e Leôncio Martins Rodrigues, além dos de José Álvaro Moisés, Lourdes Sola, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho e do respeitadíssimo democrata d. Paulo Evaristo Arns.
A presença de alguns democratas entre o grupo não invalida a sua essência rancorosa, reacionária, golpista. A pregação fascista aparece já no início, quando o “Manifesto” diz: “Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam para solapar o regime democrático.” Mais adiante, considera “inconcebível” que “uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita”. O terrorismo eleitoral é indisfarçável.
Apelo dramático
Marco Antônio Villa garante na matéria que existe “uma ameaça concreta” à “democracia”. “É uma preocupação geral com o que está ocorrendo no país, e hoje (ontem) o Lula mais uma vez reforçou”, disse o tucano. Para o golpista, caso um eventual governo Dilma consiga eleger três quintos do Congresso “eles conseguirão fazer mudanças constitucionais a seu bel-prazer”. “E se você tiver uma parte da legislatura formada por ‘Tiriricas’, corremos sério risco”, pregou, verbalizando o asqueroso preconceito social da elite brasileira. Villa faz um apelo dramático e patético a favor do seu candidato, o direitista José Serra. “É preciso de um grito de alerta”, pregou. E foi corroborado por dois outros tucanos, Leôncio Martins Rodrigues e Arthur Gianotti.
O “Manifesto” está eivado de golpismo. “É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais”, diz o documento farsesco. “É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos”, falsifica novamente o “Manifesto”.
O texto tucano é um emaranhado de falsidades e proselitismos. E de uma mediocridade de dar dó. Por meio de um festival de é isso, é aquilo, o documento tece um retrato desfigurado da realidade política do país e não esconde a verdadeira intenção dos seus idealizadores — abastecer a mídia com pronunciamentos que serão transformados em factóides e servirão de manchetes que serão exploradas na propaganda eleitoral de José Serra. “Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade. Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos”, brada o patético documento.
Comentários dos leitores
Como era de esperar, a notícia pegou fogo nos “Comentários” do site do jornal. E muitos comentários — além da média, uma vez que esta publicação é amplamente dominada pela direita — surpreenderam pela sagacidade. Reproduzo dois, que são emblemáticos: “Qual será o próximo passo? Marcha da família com Deus pela liberdade, com a TFP a frente? Já assisti esse filme. Muitos, mas muitos mesmos, morrem no fim”, disse Ricardo Malta
Pedro Pinto de Arruda comentou: “É o movimento Cansei, em sua vertente pseudo-intelectual! Juntando essa trupe toda, nao dá meio grama de credibilidade! Ferreira Gular, o farsante maranhense que envergonha seus admiradores do grande poeta que foi um dia… Marco Antonio Villa, o intelectual da tucanalha… Gianotti, o filósofo da amoralidade de FHC… tutti buona gente… Nao valem o que o gato enterra…”
Conceito de mídia
Na maioria das nações com um grau razoável de civilização, faz parte das regras do jogo acreditar no que a mídia diz. Não no Brasil, e menos ainda no Brasil de hoje. Antes de prosseguir, é preciso definir o conceito de mídia. Parece razoável pensá-la, resumidamente, como o espectro de informações que circulam nos veículos de comunicação majoritários de um país e a sua reprodução como senso comum.
Nada a ver com uma das manchetes de hoje do jornal O Globo, que anunciou: Centrais e movimentos sociais organizam ato contra imprensa. O ato é contra a mídia, não contra a imprensa — uma conquista civilizatória. O que a mídia paratica hoje em dia no Brasil está muito distante dos nobres ideais da imprensa. Analisar a postura da mídia brasileira em relação ao governo Lula tendo como pano de fundo esta definição é ter a certeza de que algo muito grave está ocorrendo.
Ódio de classe
O exame clínico do passado recente desta relação revela que se existe algo que o Brasil tem de sobra — como petróleo, minério de ferro e água — são pregações golpistas. Vale tudo para tentar transformar um governo com identificação com o povo, e que aparece bem na foto, numa administração de segunda classe. Talvez a mídia não tenha tempo ou capacidade para cometer todos os desatinos que pretende até as eleições, mas com certeza está empenhada em aproveitar ao máximo todas as oportunidades que aparecerem pela frente para vituperar contra o governo Lula.
Há um indisfarçável ódio de classe — tecla na qual tenho batido desde a primeira campanha de Lula à Presidência da República, em 1989. Hoje, depois de oito anos de práticas políticas voltadas para os interesses do povo, vivemos uma realidade tão complexa que a construção de uma simples rede de esgoto em alguma periferia ou de uma estrada asfaltada que rasga os sertões rompe ao mesmo tempo o véu das relações sociais obsoletas que temos no Brasil.
E olha que são medidas meia-sola, que nem de longe ameaçam o satus quo. O problema é que um eventual governo Dilma Rousseff se propõe a ir além e, com essas ações sociais, granjear imenso apoio popular para temas como política externa independente, desenvolvimento econômico, planejamento, papel do Estado na economia e integração progressista da América Latina — assuntos que, pouco a pouco, ganham espaços no panorama político e no debate ideológico.
Vazio de propostas
Com estes dados, fica fácil entender por que o vazio de propostas da direita é preenchido com adjetivos fortes e factóides esdrúxulos no julgamento paralelo dos justiceiros da mídia. A verdade é que um mínimo de seriedade ao analisar o papel da mídia mostra que ele é ágil em lançar “suspeitas” sobre quem quer que seja do campo governista e cágada — a sílaba tônica, outra vez, fica a seu critério — no cumprimento do papel que cabe à imprensa.
O problema é que a tendência humana é a de acreditar muito mais no que se vê do que no que se lê — ou se ouve. Daí a repetição e a renovação da roupagem das “denúncias” numa velocidade estonteante. Para encobrir a realidade, quanto mais manchetes funéreas, melhor. A idéia da mídia é fazer com que, como no jogo do bicho, se está escrito deve valer — e assim vai se dando como verdade qualquer coisa que apareça contra o governo. Pouco importa se o dito tem ou não tem nexo. Desde que indique a existência de uma calamidade extrema, a coisa em questão passa a ser repetida, vai se alimentando da própria repetição e acaba por se transformar em um embolada sobre a qual ninguém entende mais nada. Fica aquela fumaça no ar, como a que sobe depois de um tiroteio.
O caso da corrupção é um dos clássicos do gênero. Em matéria de bobagem em estado puro, é o que há. As denúncias que vieram à tona nos últimos tempos deram ensejo a debates acalorados, como é legítimo e saudável que aconteça. Mas esse calor não nos exime da tarefa de analisá-las com certa frieza, numa perspectiva temporal mais ampla, como um capítulo da história que estamos tentando construir no Brasil. São denúncias que nunca dão em nada. Elas não prosperam por falta de qualidade.
Episódios farsescos
Não deveria ser assim. Se há denúncias, é preciso investigá-las com rigor e lupa de precisão. Isso é bem diferente deste encontro do estardalhaço com a inutilidade. O fato é que os escândalos que se vão sucedendo parecem produzir efeitos cada vez menores no que se refere à mobilização cívica e ao aperfeiçoamento institucional. Quais seriam as causas desse declínio? A questão é complexa — e mais ainda quando se tem em vista o que está por trás desta inusitada sucessão de acusações.
Nenhum dos episódios farsescos contra o governo Lula teve desfecho explosivo, como pretendia a mídia. Ao contrário: a impressão que se tem é que o teor radioativo da série se reduz à medida que as denúncias se multiplicam. Minha hipótese é que esse festival de besteira que assola o país perde cada vez mais credibilidade em decorrência da falta de seriedade, de responsabilidade e de compromisso público da direita. Isso está em seu DNA de classe.
Um exemplo evidente disso é o grau de repercussão das denúncias sobre os cartões corporativos federais e paulistas. De nariz torto, a mídia foi obrigada a registrar práticas semelhantes e justificativas idênticas — sem se dar ao trabalho de verificar se havia ou não fundamento nas denúncias sobre os dois casos.
Maior vitória de Lula
Para que uma denúncia se transforme em indignação social viva e pública, ela precisa de um ingrediente básico: credibilidade. Quando a denúncia não se sustenta, um ou outro cidadão pode até ter os seus motivos de indignação, mas abstém-se de comunicá-los a outras pessoas — e, mais ainda, de participar em demonstrações coletivas. Na verdade, as causas principais do esmaecimento das reações sociais diante de tantas denúncias são a própria consolidação do governo Lula e a sensação de melhora que o país passou a desfrutar.
Ultrapassado o momento mais agudo da transição do regime abertamente neoliberal ao de maior atenção ao papel do Estado, observou-se uma redução da carga dramática da política em todos os seus aspectos — inclusive no tocante a denúncias de irregularidades. O governo Lula optou pelo exercício do poder político cimentado por ingredientes como transigência, negociação, composição de interesses e o estímulo à cooperação.
A sua principal vitória não foi propriamente a reeleição em 2006 — obviamente contra a vontade da mídia e de outros menos votados. A maior vitória do governo Lula é a capacidade de resistir ao desgaste e de continuar persuadindo a maioria da sociedade de que ela precisa desse poder que se vem formando no país.
Comitê central
Estamos entrando numa fase em que a direita tenta reerguer a sua agenda e cabe aos setores populares impedir que isso aconteça. Em outras palavras: não é papel do presidente da República dar resposta agudas aos ataques da mídia. O movimento social precisa entrar em campo.
Movidos por objetivos politiqueiros ou por interesses próprios, o fato é que os protagonistas do regime neoliberal — a mídia no fundo é o comitê central dessa gente — passaram a investir muito nessas sucessivas cruzadas de purificação moral, tentando dizer que elas, por si só, podem solucionar os problemas do país.
Essa é uma visão abertamente golpista. O recurso demasiado freqüente a tais cruzadas tem o perverso efeito de desvalorizar a própria cruzada como instrumento cívico e político. Se tudo é escândalo, nada mais é escândalo. Aí aparecem os redentores, como apareceram em 1964.

Paulo Henrique Amorim: a eleição agora é entre Dilma e a mídia






Amigo navegante telefona preocupado: o PiG (*) vai ao Tribunal Superior Eleitoral para impedir a vitória da Dilma no tapetão. Há certo perigo aí.

o verdadeiro 'homem' de papel

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada
A procurador eleitoral é a Dra. Cureau, sempre imparcial, que quer calar o Mino Carta. Marco Aurélio de Mello, que, em 2006, como presidente do TSE, ameaçou não dar posse ao Lula, é titular do TSE. Gilmar Dantas (Gilmar Mendes) é suplente no TSE, ele que tentou, com as tropas do Estadão, dar o Golpe de Estado da Direita.

O jenio (José Serra) tem mais chance no TSE do que no voto. E a UDN só ganha eleição no tapetão — no Golpe.

Acontece que a Dilma perdeu a paciência. Dilma não é Lula.

Na resposta à Folha, ela se pôs ao lado de Leonel Brizola, autor de outro vídeo histórico — o editorial que Brizola obrigou o Roberto Marinho a ler. Os filhos do Roberto Marinho sabem disso — o temperamento da Dilma está mais para Brizola do que para Lula.

A Dilma não vai esperar o Golpe sentada em cima das mãos. Dilma tem um aliado importante. Já imaginou o Lula na rua, a pregar uma greve geral para garantir a posse da Dilma? Lula não é Jango. Isso parece uma insensatez? Insensatez é o que o PiG (*) faz hoje no Brasil.

A eleição não é mais entre a Dilma e o Serra, que foi atropelado pela própria insignificância. A eleição é entre a Dilma e o PiG (*).

A Judith Brito disse que a Associação Nacional dos Jornais, que preside em nome do Otavinho, é a oposição. Ela provavelmente não sabia que tinha entrado para a História do Golpe, que tinha escrito uma página do Livro de Ouro da extrema direita brasileira.

O PiG (*) não tem mais volta. Ele destruiu todas as pontes que o ligavam à Democracia e ao Estado de Direito. O PiG (*) é o PiG (*) da Argentina e da Venezuela. Vai fazer o quê? Demitir a Eliane Catanhêde para se aproximar da Dilma? A urubóloga, o Merval, o Waack, o Ali Kamel, o do Golpe de 2006? Não tem como.

O ultimo recurso será entrar com um pedido de anulação da eleição no TSE, redigido por um jurista de prateleira, como, por exemplo, Yves Gandra Martins. O que o PiG (*) quer? Uma Guerra da Secessão? Uma “Revolução” de 32, para se separar de Vargas?

O PiG (*) está miseravelmente isolado. Deve representar uns 5% da população brasileira — seus leitores. Na tem uma passeata do Cansei na rua. Não tem uma Marcha com Deus pela Família e a Propriedade. Não tem um Carlos Lacerda.

A Fiesp não está no Golpe. A Febraban não está no Golpe. A Associação Comercial … associação comercial, qual? Acabou a União Soviética e não assusta mais as mal-amadas. A Igreja Católica afundou-se com seus próprios pedófilos e não tem autoridade moral para derrubar nem prefeito. Os americanos estão atolados no Afeganistão e nas dividas. Não vão mandar a Frota que derrubou o Jango. E o Obama acha o Lula “o cara”.

Não tem Manifesto dos Coronéis. Não tem mais seu redator, o grande democrata Golbery e seu fantoche, o George Washington do Elio Gaspari, o general Geisel. Não tem o Ipês (o Millenium do Jabor, convenhamos…)

Tem alguém na tribuna da Câmara a pedir o Golpe, como o Padre Godinho, da UDN de São Paulo? Cadê o jovem deputado da UDN da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, a dizer que o Lula é ladrão? Eles morrem de medo do Lula

Quem o PiG (*) representa? Quer dar o Golpe em nome de que? Em defesa de quem? De seus próprios interesses? A quem interessa defender o interesse do Otavinho, a não ser o próprio Otavinho? Quantas lágrimas serão derramadas no dia em que a Folha fechar? Provavelmente só as do Clóvis Rossi.

O PiG (*) não tem mais como conversar com a presidenta Dilma, depois desse desabafo, hoje, no Rio. Não adiante produzir manchete na Folha para o jenio e o Gonzalez reproduzirem no programa eleitoral. Não dá em nada.

A pesquisa tracking da Vox Populi desmoralizou o Datafalha e o Globope. A Sensus idem. Os institutos mineiros acabaram com o blefe, a chantagem.

O Tribunal Superior Eleitoral vai dar o Golpe em nome de que? Da quebra dos 30 milhões de sigilos da filha do Serra? Do filho da Erenice? Do tucano que sumiu com a Caixa (2?) do Serra?

Como diz o Vasco: acharam um monte de Vavás e o Daniel Dantas está solto. Esse é o problema grave: o PiG perdeu a importância. Ele só serve para dar Golpe. Para desestabilizar o país. Com o Lula, o PiG (*) podia achar que levava o Brasil à beira do precipício e, na hora “h”, o Lula conciliava. A bonomia do Lula não deixava o caldo virar.

A Dilma não é o Lula. O Otavinho que se cuide. Os filhos do Roberto Marinho que se cuidem. Eles vão fechar o negócio do pai.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Serra usa rottweillers. Tática de vira-latas?



Alô procuradora-eleitoral Sandra Cureau!

A senhora conhece o artigo 51, Inciso IV, da Lei 9504, que regula a propaganda eleitoral?

Pois ele expressa que “na veiculação das inserções é vedada a utilização de gravações externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais, e a veiculação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação.”

Pois é exatamente isso do que se vale a ofensiva terrorista tucana no seu desespero diante da derrota anunciada.

Na reta final da campanha, será o “terrorismo eleitoral” declarado, como classifica o próprio Estadão, usando uma série de vídeos de ataques à Dilma Rousseff preparados pelo marqueteiro Adriano Gehres, e que estão prontos para serem utilizados no programa eleitoral gratuito.

Os vídeos, aprovados por José Serra, se valem de todos os recursos proibidos em uma campanha eleitoral: montagem, trucagem e efeitos especiais para reforçar a agressividade do que pretendem disseminar para assustar a sociedade.

Em um dos vídeos, que já pode ser visto na internet e a esta altura certamente está sendo disseminado pelos brucutus da campanha serrista, a imagem sorridente de Dilma vai se transfigurando até assumir o rosto de José Dirceu. A voz grave, em off, narra: “Dilma foi escolhida a dedo pelo PT por um motivo muito simples: ela vai trazer de volta todos os petistas que foram cassados ou que renunciaram. Dilma vai trazer de volta inclusive aquele que o procurador-geral da República chamou de chefe da quadrilha. Você pode até escolher a Dilma, mas quem vai governar é o PT.”

Os outros vídeos seguem o mesmo nível baixo deste e um deles chega a usar um clone do presidente Lula segurando quatro cães rottweilers, como se fossem os radicais do PT. O texto diz que Lula soube segurá-los, “já a Dilma…”

O terrorismo eleitoral dos vídeos é o retrato de uma campanha derrotada, que abandonou qualquer princípio ético, e tenta manipular as pessoas pelo sentimento do medo. Não se trata de nenhuma novidade em se tratando de Serra. Em 2002, ele recorreu a um vídeo com Regina Duarte dizendo que tinha medo do que seria o país com Lula. O povo ignorou o temor da atriz e votou sem medo de ser feliz.

Como voltará a fazer agora, depois de oito anos gloriosos, em que viu suas condições de vida melhorarem sensivelmente.

José Serra não sairá dessa campanha apenas menor do que entrou. Sairá escorraçado como um vira-latas, junto com seus rottweillers.

Algumas perguntas que os jornalistas isentos do RS não conseguem responder

Blog Contextolivre


Algumas perguntas sem resposta aqui no Rio Grande do Sul:
Liberdade de expressão ameaçada (1): quem são os jornalistas que tinham acesso privilegiado a informações do aparato de segurança do RS?
Liberdade de expressão ameaçada (2): Quanto a ZH e o Correio do Povo receberam em publicidade do Banrisul no gov, Yeda?
Liberdade de expressão ameaçada (3): por que a mídia gaúcha não dedicou uma linha ao “braço midiático da fraude no Detran”?
Liberdade de expressão ameaçada (4): quem são os jornalistas que receberam “senhas” especiais do gov. Yeda?
Os jornalistas auto-intitulados independentes e isentos do Estado não tem resposta a nenhuma das questões listadas acima. Por que será???
By: RS Urgente

A gripe suína e a sujeira da Veja


A avalanche midiática sobre Dilma Rousseff opera com a quantidade e não com a qualidade da informação. O importante na ofensiva que se dá na reta final para as eleições é não dar trégua. As denúncias não podem parar, mesmo que sejam irresponsáveis, inconsequentes e desmentidas pouco depois. Enquanto os desmentidos não aparecem, fica valendo a acusação.

De tudo que já foi levantado contra Dilma recentemente, uma das coisas mais esdrúxulas teria sido uma suposta interferência da Casa Civil, então sob o comando de Dilma Rousseff, na compra de medicamentos para o tratamento da gripe H1N1, em junho de 2009.

Essa gripe ficou conhecida como gripe suína por conter em seu vírus material genético dos suínos e não por ser transmitida pela respiração dos porquinhos, como desinformou José Serra, que se autoproclama o melhor ministro da Saúde que o país já teve.

A gripe suína se espalhou perigosamente pelo mundo a ponto da Organização Mundial de Saúde declará-la como pandemia, justamente em junho de 2009. O Brasil comprou o antiviral Tamiflu do único laboratório que o produz no mundo, o que por si só impediria qualquer ação lobista, já que não há concorrentes.

Mas a revista Veja publicou que o Ministério da Saúde teria feito uma compra maior que o necessário, com vantagens para um ex-assessor da Casa Civil. O ministro da Saúde José Gomes Temporão já tinha desmontado a denúncia negando a participação da Casa Civil em qualquer negociação do ministério e explicando que a quantidade do medicamento adqurido atendeu a critérios técnicos.

O Brasil comprou medicamentos suficientes para 14,5 milhões de pessoas (7,5% da população) por preço abaixo do mercado, depois de ter sido criticado por ter um estoque suficiente para atender apenas 5% da população, enquanto outros países tinham estoque para até 80% da população.

Agora, o laboratório Roche, fabricante do Tamiflu, publicou no site de sua subsidiária no Brasil, comunicado para esclarecer que os processos de compra do medicamento foram conduzidos de forma direta, sem participação de nenhum intermediário.

O Governo não apenas comprou uma quantidade prudente de medicamento como – preste atenção – fez um enorme esforço para produzir aqui, numa fábrica estatal, de forma independente o oseltamivir. Sob a direção do médico Eduardo Costa, então presidente da Farmanguinhos, começamos a fazer aqui o antiviral e não faltaria “Veja” para criticar se as mortes continuassem acontecendo e faltassem remédios. Agora, se estivesse correndo comissão para o Governo, na compra, alguém ia querer fazer um esforço – que o Tijolaço, ao contrário da mídia, registrou aqui, no dia 31 de julho de 2009 – iam se interessar em fabricá-lo numa estatal?

A Veja não se deu ao trabalho de ouvir a Roche quando preparou a sua denúncia. O compromisso com a verdade da informação já foi abandonado há muito tempo. Como escrevi outro dia aqui, me referindo à Folha de S.Paulo, o lema da grande imprensa nos ataques à Dilma é “se colar, colou”. Se depois os fatos desmentirem a versão, que se danem os fatos.

Por que a grande mídia e a oposição resolveram jogar sujo



A grande mídia e a oposição não compreenderam que o país entrou em um novo período histórico e, desta forma, correm o risco de ficarem falando sozinhas por um bom tempo. As pessoas não estão votando em personalidades, como supunham os próceres da campanha Serra. Estão votando no futuro - no seu futuro e no futuro do país. A disputa eleitoral de 2010 não ficará marcada pelo “confronto de biografias”, como imaginavam os tucanos e seus aliados no início da campanha. Derrotados em seus próprios conceitos; perplexos diante de uma ampla maioria que lhes vira as costas, só lhes resta o golpe, que não tem força pra dar. O artigo é de Vinicius Wu.
Vinicius Wu
Revisitemos as declarações de Serra e de diversos articulistas da grande mídia simpáticos à sua candidatura ao longo de 2009 e início deste ano. Sem esforço, perceberemos que sua estratégia eleitoral baseava-se na tese do “contraste de biografias”. Inebriado por sua vaidade, Serra alimentou a certeza de que a comparação de sua trajetória política com a de Dilma seria a senha para a vitória. Ocorre que o povo brasileiro rejeitou a fulanização do debate. Optou por contrastar os projetos de Brasil disponíveis e sepultou as pretensões tucanas nestas eleições.

Mas o drama da oposição não termina aí. Afinal, estamos diante de um processo ainda mais complexo, que está na origem da impotência política da oposição hoje. Diante do atual cenário, tiveram de optar entre a resignação diante da derrota e o surto golpista que assistimos nos últimos dias. Compreender os motivos que desencadearam este processo é o que buscaremos nas próximas linhas.

Crise do neoliberalismo e mudança do léxico político brasileiro
As eleições de 2010 encerram a profunda alteração do léxico político brasileiro em curso desde o embate eleitoral de 2002. A crise do paradigma neoliberal possibilitou uma mudança radical dos termos e dos conceitos através dos quais se organiza a luta política no país.

Se nas eleições de 1994 e 1998 o debate eleitoral orbitava em torno do tema da “estabilidade”, desde 2002 vivemos um profundo deslocamento do debate em direção aos temas do desenvolvimento, da inclusão social e distribuição de renda. Ou seja, a disputa política passou a se desenvolver a partir de temas estranhos ao receituário neoliberal. Esta foi a grande derrota política do bloco conservador proporcionada pela vitória de Lula em 2002.

Portanto, o debate político nacional nos últimos anos passou por uma verdadeira metamorfose que desencadeou: 1. Uma mudança de problemática: da manutenção da estabilidade econômica e do ajuste fiscal para a busca do desenvolvimento e da justiça social; 2. uma alteração da lógica argumentativa: a defesa das privatizações e do enxugamento do Estado cedeu lugar ao combate às desigualdades e ampliação do alcance das políticas públicas e; 3. uma mudança de conceitos: crescimento econômico, papel indutor do Estado, distribuição de renda, cidadania etc. passam a integrar, progressivamente, o discurso de todas as correntes políticas do país.

Este é o grande legado político da “Era Lula” e diante do qual as respostas da direita brasileira foram absolutamente insuficientes até aqui.

O novo protagonismo dos pobres
Paralelamente ao processo supramencionado, foi sendo desenvolvida uma nova consciência das camadas populares no país, que identificaram em Lula a expressão viva de seu novo protagonismo. O operário do ABC paulista alçado à condição de Presidente mais popular da história da República é a síntese perfeita da nova condição política dos “de baixo”.

Ao afirmar recentemente que “nós” somos a opinião pública, o Presidente Lula não está cedendo a nenhuma tentação autoritária, como desejam alguns mal intencionados articulistas da grande mídia. O que está em jogo é o fim da tutela dos “formadores de opinião” sobre a formação da opinião nacional. Este é o motivo do desespero crescente da mídia monopolista do centro-sul do país.

Há uma revolução democrática em curso no Brasil e ela altera profundamente a forma como os pobres se relacionam com a política. O país vivencia uma inédita e profunda reestruturação de seu sistema de classes. As implicações deste processo para o futuro da nação ainda não são mensuráveis.

A grande mídia e a oposição não compreenderam que o país entrou em um novo período histórico e, desta forma, correm o risco de ficarem falando sozinhas por um bom tempo.

As pessoas não estão votando em personalidades, como supunham os próceres da campanha Serra. Estão votando no futuro - no seu futuro e no futuro do país.

A disputa eleitoral de 2010 não ficará marcada pelo “confronto de biografias”. Esta é a eleição da aposta no “Devir-Brasil” no mundo, como sugere Giuseppe Cocco. O país recompôs a esperança em seu futuro e deseja ser grande. Os brasileiros querem continuar mudando e, principalmente, melhorando suas vidas.

E o eleitor brasileiro não está “inebriado pelo consumo” como afirmou, revoltado, um dos mais preconceituosos articulistas da grande mídia. Os seres humanos fazem planos, sonham, imaginam uma vida melhor para si e para seus filhos. As pessoas estão sim - e é absolutamente legitimo que o façam - votando com a cabeça no seu próximo emprego; no seu próximo carro ou eletrodoméstico; no seu próximo empreendimento; na faculdade dos seus filhos; em seus filhos... É uma opção consciente. Não querem retroagir, preferem a continuidade da mudança conduzida por Lula, por mais que esperneiem os articulistas sempre bem pagos da grande mídia.

A “Conservação” da mudança
Talvez, nem o próprio Presidente Lula tenha se dado conta de uma outra - e também decisiva - derrota imposta ao bloco conservador. Trata-se da apropriação e ressignificação de um dos conceitos mais caros ao neoliberalismo.

Lula tomou para si a primazia da estabilidade. A defesa da estabilidade (quem diria?!) passa ser tarefa da esquerda brasileira. Mas não a estabilidade neoliberal, e sim uma nova estabilidade; a da continuidade da mudança.

O slogan da campanha Dilma não poderia ter sido mais adequado: “Para o Brasil seguir mudando”. Esta é a perfeita síntese da opinião popular no atual período; continuar mudando para que permaneçam abertas – e se ampliem – as possibilidades de mobilidade social, de emancipação e prosperidade econômica. A mensagem é simples e foi acolhida pela maioria do povo brasileiro: “conservar” a mudança e não retroagir.

A “venezuelização” do comportamento da grande mídia
Derrotados em seus próprios conceitos; perplexos diante de uma ampla maioria que lhes vira as costas (só 4% da população rejeitam Lula); impotentes diante de uma nova realidade, que se impõe diante de seus olhos, só lhes resta o golpe, que não tem força pra dar.

E se não podem “restaurar a democracia” à força, resta-lhes, então, trabalhar para que a disputa política no próximo período se dê em outros termos. Como imaginam que estarão livres da força de Lula a partir de Janeiro de 2011, iniciam uma virulenta campanha de difamação, deslegitimação e questionamento da autoridade daquela que deverá ser a primeira Presidenta do país.

Desejam fazer do Brasil uma nova Venezuela, onde posições irreconciliáveis travam uma luta sem tréguas, instaurando um clima de instabilidade e insegurança generalizado. Querem que oposição e governo não dialoguem. Preferem a radicalização ao entendimento. Concluíram que esta é a única maneira de derrotar as forças populares no futuro. Precisam retirar de nossas mãos o primado da estabilidade. Querem, de fato, venezuelizar o Brasil.

Mal se deram conta de que quase ninguém sairá vencedor em Outubro confrontando-se com Lula. Em todas as regiões do país, candidatos oposicionistas bem sucedidos resolveram absorver Lula e o sucesso de seu governo. Raros serão os candidatos oposicionistas que vencerão com discurso de oposição.

A “venezuelização” que pretendem esbarrará na força política que se assenta na emergência de um novo Brasil, que estamos a construir, e na fé de nosso povo em um futuro diferente daquele que imaginaram as oligarquias deste país.

Twitter: @vinicius_wu / Blog: www.leituraglobal.com

Le Figaro: Como Lula transformou o Brasil


Terminei a tradução do artigo sobre Lula publicado ontem com destaque no jornal Le Figaro, o mais importante jornal conservador da França. O original está aqui.

Como Lula transformou o Brasil

Lamia Oualalou, nossa correspondente no Rio de Janeiro
Tradução: Miguel do Rosário, do blog Óleo do Diabo.


No outono próximo, se tudo der certo, Ricardo Mendonça irá rever seus parentes, em Itatuba, pequena cidade do estado da Paraíba, no Nordeste brasileiro. Já tem vários meses que o jovem economiza para pagar a viagem desde o Rio de Janeiro. "Eu não os vejo desde 2003; e mesmo com o telefone, é duro", suspira.

Ricardo tinha 18 anos quando deixou sua cidade, empurrado pelo instinto de sobrevivência e a promessa de abrigo feita por um tio instalado no Rio de Janeiro. "Eu venho de uma família muito pobre. Com meu irmão, trabalhava toda manhã na lavoura, para ajudar meus parentes. Depois do meio-dia, íamos à escola, de bicicleta, a 8 quilômetros de nossa casa", conta. No total, sua família obtinha uma renda mensal de 100 reais (45 euros). "A gente bebia água do rio, e ficava doente com frequência. Ficar, seria condenar-me", lembra-se.

No Rio de Janeiro, o adolescente encontrou um emprego de porteiro. Estimulado por seus professores, ele sonhava entrar na universidade. Para isso, seria necessario desembolsar 600 reais (270 euros) por mês, quantia inacessível. "Eu deixei pra lá, até que me falaram do Prouni. Eu tentei a sorte e recebi uma bolsa. Em três anos, terei diploma de direito!", exclama Ricardo. O programa, lançado em 2005 pelo governo federal, oferece bolsas parciais ou integrais aos estudantes pobres, desde que eles tenham formação escolar.

Para convencer as instituições privadas, que sempre esnobaram este segmento, o Estado lhes ofereceu exonerações fiscais. Em cinco anos, mais de 700 mil estudantes foram beneficiados pelo programa, mudando o aspecto da universidade. A medida criou uma bola de neve: percebendo que estes estudantes se integravam perfeitamente, mais universidades baixaram as mensalidades. Em novembro de 2009, quase 31% dos 5,9 milhões de inscritos na universidade vinham de famílias de baixa renda. A proporção dobrou em relação a 2002.

"Como meus parentes são analfabetos, no começo eles não compreenderam porque eu desejava estudar. Hoje eles choram de orgulho. Tudo isso, graças a Lula. É o primeiro a pensar que, mesmo se nascemos pobres, temos direito a uma chance. Antes dele, tudo estava predeterminado para nós", assevera Ricardo. "Para meus parentes também a vida se transformou. Eles tem direito a crédito de agricultura familiar, instalou-se água potável a cidade, e minha mãe conseguiu a sua aposentadoria", prossegue com ânimo exaltado.

Histórias como as de Ricardo contam-se aos milhões no Brasil. A três meses do fim de seu mandato, é um país transformado o que o presidente Luiz Inacio Lula da Silva entregará a seu sucessor. Quando ele chegou ao Planalto, o palácio presidencial de Brasília, era um país sem grandes esperanças que aceitou dar uma chance ao turbulento barbudo, onipresente na cena eleitoral desde o restabelecimento da democracia em 1985.

Em sua primeira eleição presidencial, em 1989, Lula foi bem colocado. O ex-sindicalista, que dirigiu as grandes greves dos anos 70 contra a ditadura e criou, em 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT), prometia uma revolução. A elite e a televisão aterrorizaram a classe média assegurando que, em caso de uma vitória da esquerda, eles deveriam abrigar em suas casas os moradores de rua. Lula foi derrotado.

Em 1994, depois em 1998, foi a ânsia por estabilidade que deu dois mandatos consecutivos ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Seu líder, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, era o rosto por trás do "Plano Real", que criou uma nova moeda e deu fim ao pesadelo da inflação. "Eles conseguiram a estabilização da economia. Mas o PSDB não propôs mais nada aos mais pobres. Ao cabo de alguns anos, não era mais suficiente", analisa Marcus Figueiredo, politólogo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi com alto grau de impopularidade que Cardoso deixou o poder, em 2002. "Lula assumiu sua herança, com uma política monetária e econômica contrária ao que pregava. Mas, paralelamente, ele deu início a uma política social para ajudar os mais pobres, tanto no meio urbano quanto no rural", acrescenta o cientista

O chefe de Estado reagrupou algumas medidas sociais de seu predecessor e lhes deu uma dimensão até então inimaginável. O nome do programa resumia o objetivo final: "Fome Zero". A sua principal iniciativa, o "Bolsa Família", teve início em 2004, com alocação de recursos para as famílias mais pobres, exigindo apenas a presença na escola e acompanhamento médico das crianças. Variando de 22 a 220 reais (10 a 100 euros), segundo a renda e o número de crianças, o programa atinge hoje 12,6 milhões de famílias, o que corresponde a cerca de 50 milhões de brasileiros. O pequeno cartão amarelo permite às famílias melhorar suas refeições e ativou o comércio nas cidades mais pobres, em particular no Nordeste, onde a concentração de beneficiários do programa é mais elevada. As cidades também se beneficiaram do programa "segurança alimentar", que abastece creches e escolas, e disponibiliza alimentos para famílias pobres, assim como os "restaurantes populares", que oferecem refeições completas por um real (0,44 euro).

A origem dos alimentos é outra forma de aumentar a renda nas zonas rurais: para ter direito às subvenções públicas, é necessário comprar junto à agricultura familiar. Os pequenos agricultores recebem crédito para se equipar, beneficiam-se dos programas de irrigação e instalação de cisternas, assim como a chegada de luz elétrica para dez milhões de lares, com o plano "Luz para Todos". Ao decidir aumentar o salário mínimo acima da inflação, todos os anos (aumento de 54% de 2003 a 2010), o governo elevou a renda de 27 milhões de empregados e de 18,5 milhões de aposentados, cujas pensões são indexadas ao salário mínimo, que atinge hoje 520 reais (231 euros).

Pela primeira vez na história, o Brasil assiste hoje a uma redução contínua, e inédita, de suas desigualdades. Em dois mandatos, 24 milhões de brasileiros saíram da miséria, e outros 31 milhões ingressaram na classe média. Geograficamente, a redistribuição é explícita. "Todo o Brasil está em efervescência, mas no Nordeste se encontra um crescimento a taxas chinesas, de 10 a 12%", explica Marcus Figueiredo.

Os ataques ao assistencialismo falharam. "As políticas sociais são responsáveis por um terço da redução das desigualdades, o resto foi gerado pela alta gerada pela renda do trabalho", calcula Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Para ele, os que atribuem a popularidade do chefe de Estado à sua imagem de "pai dos pobres", não captaram a amplitude das mudanças. "Lula não é o pai de ninguém: ele é a encarnação da ascensão social, a personificação do novo herói brasileiro, que é o trabalhador, com um contrato de trabalho, e direitos", insiste. Em sete anos, mais de 14 milhões de empregos formais foram criados, apesar de uma informalidade ainda alta. "O Brasil mudou de escala, nos anos 90, criavam-se 600 mil empregos por ano, hoje passamos a 1,4 milhão por ano, sob Lula", diz Marcelo Neri.

Ainda aí, o papel do Estado é central. Após ver suas prerrogativas questionadas nos anos 90, através de uma política fiscal rigorosa e privatizações, ele (o Estado) recuperou seu prestígio. As universidades públicas, fragilizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, que trabalhava com a privatização da educação, receberam recursos que lhes permitiram aumentar o número de professores e se expadirem. O segundo mandato de Lula foi dominado pelo "Programa de Aceleração do Crescimento", que investiu 262 bilhões de euros no desenvolvimento de infra-estrutura (portos, estradas, pontes, etc), casas populares, urbanização de favelas e, sobretudo, políticas energéticas.

"Se eu fosse escolher a cena que simboliza a mudança de paradigmas com Lula, seria a decisão de acabar com a aquisição no estrangeiro das plataformas de petróleo de uma empresa pública, a Petrobrás, e fazê-las no Brasil", declara Marcus Figueiredo. "Isso reativou a construção naval, moribunda e, além disso, é uma orientação ideológica de consequências enormes", diz.

Quando a Petrobrás revelou a existência, ao largo das costas brasileiras, de gigantescas reservas de petróleo - a mais importante descoberta em trinta anos nas Américas - Lula pediu a sua maioria parlamentar no Legislativo para acabar com o regime de concessão, mais generoso, segundo ele, com as multinacionais estrangeiras. A Petrobrás tornou-se uma empresa privilegiada, e os lucros obtidos serão revertidos para um Fundo soberano destinado a financiar a educação, a saúde e melhorar as condições de vida dos mais pobres.

Porque se o Brasil mudou muito, e rápido, ainda é um dos países mais desiguais do mundo. Com o boom dos últimos anos, as autoridades e os analistas não se renderam à complacência e a autocelebração. Mesmo se o número de lares com acesso à agua corrente cresceu 30% no curso do último decênio, 12 milhões de famílias ainda estão excluídas, enquanto 56% dos domicílios não tem acesso à rede de esgoto. A mortalidade infantil caiu, mas as condições atuais da saúde publica permanecem deploráveis. A universidade pública levantou a cabeça, mas o Brasil contava ainda com 14 milhões de analfabetos em 2008, e o ensino nas escolas, onde os professores recebem salários miseráveis, é um dos piores da América Latina. Malgrado algumas experiências interessantes na política de segurança, a violência continua a matar no Brasil mais de 40 mil pessoas por ano, uma cifra digna de um país em guerra.

Marcelo Neri é, todavia, otimista: os estudos mostram que, em vez de se refugiarem no consumo, os brasileiros, mesmo os mais pobres, investem antes em educação de seus filhos. "Antes, o sentimento de urgência era tal que cada um não pensava que no seu cotidiano. Hoje, a população está mais preocupada com os problemas coletivos como saúde, educação, infra-estrutura", diz Neri. Lembrando a famosa atribuída o general De Gaulle, segundo a qual o Brasil não seria um país sério, o economista conclui: "De Gaulle teve razão por um longo tempo. Mas as coisas mudaram. Estamos em vias de nos tornar um país sério".

CADEIA PARA O MAFIOSO OTAVIO FRIAS FILHO – FOLHA MENTIU SOBRE CONTAS DE DILMA


Extraído do Dilma 13

TCE-RS aprovou todas as contas de Dilma

A Folha de S. Paulo procurou a assessoria da campanha de Dilma Rousseff para falar sobre pontos da gestão da candidata em secretaria do governo do Rio Grande do Sul. O jornal publicou hoje uma série de textos sem todos os esclarecimentos dados pela campanha de Dilma.
Seguem abaixo as perguntas do repórter da Folha de S. Paulo e as respostas completas enviadas pela assessoria. É importante ressaltar que o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) aprovou todas as contas referentes às gestões de Dilma Rousseff à frente da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (1993, 1994, 1999, 2000, 2001 e 2002).

Folha de S. Paulo - Auditorias externas feitas para instrução dos processos no TCE-RS apontam que houve favorecimento à empresa Meta Instituto de Pesquisa em contratos com a respectiva fundação (FEE). A candidata tinha ou tem ligação com os responsáveis pela empresa?

A candidata não tinha e nem tem qualquer ligação com a empresa. As supostas irregularidades foram contestadas, ponto por ponto, em recurso apresentado ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, que lhe deu provimento por unanimidade. Foi demonstrada a correção da modalidade de contratação, através de licitação por tomada de preços com a publicação do edital em jornal, conforme prevê a legislação. As empresas concorrentes encaminharam suas propostas e foi contratada a empresa que apresentou o menor preço, tendo ocorrido inclusive uma redução do preço na assinatura do contrato. Em sua decisão final, de 17 de junho de 1998, o TCE-RS registrou que “as providências adotadas pela recorrente (...) revelaram-se eficazes, tanto que se refletiram positivamente no exercício seguinte (1993)”.

Folha de S. Paulo - Os auditores constataram que 90% do quadro de funcionários nomeados na secretaria desrespeitava a legislação para preenchimento por concurso.
Desde sua criação, sem quadro próprio adequado às suas necessidades, a Secretaria de Energia, Mineração e Comunicações (SEMC) funcionou basicamente com assessorias, cargos em comissão, funções gratificadas e servidores cedidos pelas estatais Cia. Riograndense de Telecomunicações (CRT), Cia. Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Cia. Riograndense de Mineração (CRM). Esta era a situação quando Dilma Rousseff assumiu, em novembro de 1993. O índice mencionado pelo repórter refere-se especificamente à Tomada de Contas de 1994. Nos esclarecimentos que apresentou ao TCE-RS sobre aquela Tomada de Contas, Dilma Rousseff registrou que a cessão de funcionários das empresas estaduais de energia, telecomunicações e mineração era a forma adequada e viável para atender às exigências de funcionamento da Secretaria. Acrescentou que todas as cessões em sua gestão haviam sido autorizadas pelo Governador do Estado.
A propósito desta situação preexistente, ao examinar a Tomada de Contas de 1994 da SEMC, o TCE-RS acolheu o seguinte entendimento do Ministério Público Estadual: “Considerando que a situação em tela se trata de deficiência de ordem estrutural que perdura há longa data, e as procedentes manifestações da Sra. Dilma Vana Rousseff, somos de opinião que a mesma não pode ser responsabilizada”.
Em sua segunda gestão à frente da SEMC (1999 a 2002), Dilma Rousseff solicitou à Secretaria de Administração e Recursos Humanos o provimento de cargos do quadro permanente do Estado (Quadro Geral e Quadro dos Técnicos Científicos) para a Secretaria, que dispunha apenas de dois servidores, e apresentou proposta de reformulação, incluindo minutas de decretos para Estrutura Básica e de Recursos Humanos necessários por Departamentos e Assessorias. Estas iniciativas, bem como a informação de que o Governo do Estado não dotara a SEMC de quadro próprio e que as contratações eram feitas de acordo com orientação expressa da autoridade competente, a Secretaria da Casa Civil, constam da última Tomada de Contas da gestão Dilma Rousseff, acolhida pelo TCE-RS.
O TCE-RS aprovou todas as contas referentes às gestões de Dilma Rousseff à frente da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (1993, 1994, 1999, 2000, 2001 e 2002).

MANIFESTO EM DEFESA DO GOLPE



Sobre certa notícia estampada hoje no portal dos marginais quatrocentões do Tietê, temos a dizer o seguinte:

MANIFESTO EM DEFESA DO GOLPE

Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam em certos veículos de imprensa para solapar o governo democrático e vitorioso do Presidente Lula.

É intolerável assistir ao uso de certos jornais, revistas e emissoras de rádio e TV como extensão de um partido político, máquina de assassinatos de reputação e de agressão à inteligência dos cidadãos.

É inaceitável que o Caixa 2 do PSDB tenha convertido certos órgãos de imprensa em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que a Rede Globo, a Folha, o Estadão e a Veja escondam dos noticiários que vemos as conquistas do país em que vivemos, no qual a miséria está sendo eliminada, a prosperidade é visível e a auto-estima do povo resgatada do limbo.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de jornalismo pestilento, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República seja achincalhado nas vinte e quatro horas do dia. Não há ''depois do expediente'' para um Chefe de Estado.

É aviltante que o governo financie a ação de grupos midiáticos que pregam abertamente um golpe de estado, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas independentes e blogs pés-de-chulé às determinações de um partido político e de seus interesses espúrios.

É repugnante que essa mesma máquina de moer biografias tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a inclusão social e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Judiciário seja tratado como mera extensão do Jardim Botânico, explicitando o intento de enrabar o Presidente. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de, em nome da Democracia, aturar essa corja de golpistas cheirosos.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder o obriguem a ouvir calado tanto desaforo. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de imprensa golpista. Basta de canalhice!

CartaCapital responde à procuradora serrista Sandra Cureau




São Paulo, 20 de setembro de 2010.

Excelentíssima Senhora Vice-Procuradora Geral Eleitoral

Acuso o recebimento do ofício de número 335/10-SC, expedido nos autos do procedimento PA/PGR 1.00.000.010796/2010-33 e, tempestiva e respeitosamente, passo a expor o que se segue.

Para melhor atender ao ofício requisitório de relação nominal de contratos de publicidade celebrados entre o Governo Federal e a Editora Confiança Ltda. – revista CartaCapital –, tomamos a iniciativa e a cautela de consultar, por meio de repórter da nossa sucursal de Brasília, os autos do procedimento geradores da determinação de Vossa Excelência. Verificamos tratar-se de denúncia anônima, baseada em meras e afrontosas ilações, ou seja, conjecturas sem apoio em elementos a conferir lastro de suficiência.

Permito-me observar que a transparência é princípio insubstituível a nortear esta publicação, iniciada em 1994 e sob minha responsabilidade. Nunca nos recusamos, portanto, dentro da legalidade, a apresentar nossos contratos e aceitar auditorias e perícias voltadas a revelar a ética que nos orienta. Não podemos, no entanto, aceitar uma denúncia anônima, que, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal ao interpretar o artigo 5º, inciso IV, da Constituição da República (“é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”), afronta o Estado democrático de Direito e por esta razão é indigna de acolhimento ou defesa e desprovida da qualidade jurídica documental.

A propósito do tema, ao apreciar o inquérito número 1.957-PR em sessão plenária realizada em 11 de maio de 2005, o STF decidiu, sobre o valor jurídico da denúncia anônima, só caber apurar a acusação dotada de um mínimo de idoneidade e amparada em outros elementos que permitam “apurar a sua verossimilhança, ou a sua veracidade ”.

Se esse órgão ministerial, apesar do exposto acima, delibera apresentar a requisição referida nesta missiva, seria antes de tudo necessário, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.784/1999, esclarecer e indicar os motivos da mesma, justificação esta que se encontra, me apresso a sublinhar, ausente da aludida requisição.

Cabe ainda ressaltar que todos os contratos firmados pela Administração Pública federal com a Editora Confiança, em atenção ao art. 37 da Constituição Federal, foram devidamente publicados em Diário Oficial da União e nas informações disponibilizadas na internet e, portanto, estão disponíveis à V. Excia.

Por último, esclarecemos que o levantamento de dados referido na requisição desse órgão implicará em uma auditoria nos arquivos dessa editora quanto aos exercícios de 2009 e 2010. Evidentemente, essas providências não cabem em um exíguo prazo de 5 dias, mas demandam meses de trabalho. Desse modo, se justificada adequadamente a realização de um tal esforço, indagamos ainda sobre a responsabilidade pelos custos correspondentes.

Ausente os pressupostos que justifiquem a instauração da investigação, requeremos o seu arquivamento. E mais ainda, identificado o autor da denúncia ainda mantido sob anonimato, ou no caso desta Procuradoria entender pela existência de indícios a dar suporte à odiosa voz que nos carimba de “imprensa chapa-branca”, nos colocamos à disposição para prestar as informações e abrir nossos arquivos e sigilos bancários e fiscais, observados, sempre e invariavelmente, os preceitos legais aplicáveis.

Atenciosamente,

MINO CARTA
Diretor de redação e sócio majoritário
Editora Confiança Ltda


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Lula: “O povo de 2010 não é mais massa de manobra”


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21/09/2010 17h20 – Atualizado em 21/09/2010 18h07

Lula critica imprensa e diz que ‘povo sabe’ quando denúncia é mentira

‘Liberdade de imprensa não significa que pode inventar coisa’, afirmou. Presidente disse que já foi ‘vítima’ de denúncias em época de campanha.

Nathalia Passarinho

Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou nesta terça-feira (21) a criticar a imprensa pela publicação de denúncias envolvendo membros do governo. Segundo Lula, a garantia de liberdade de imprensa não pode justificar a publicação de “mentiras”.

“Acho que liberdade de imprensa é uma coisa sagrada. Agora, a liberdade de imprensa não significa que você pode inventar coisa o dia inteiro, significa que você deve orientar corretamente a opinião pública”, disse durante cerimônia de inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em Porto Nacional (TO).

Consultada pelo G1, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse que mantém a posição manifestada na nota divulgada no último domingo (19), quando lamentou as declarações feitas pelo presidente em um comício realizado no dia anterior. Ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, Lula disse que, além dos tucanos, serão derrotados “alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político.”

Em resposta à declaração, a ANJ disse, em nota, ser “lamentável e preocupante que o presidente da República se aproxime do final de seu segundo mandato manifestando desconhecimento em relação ao papel da imprensa nas sociedades democráticas.”

No discurso desta tarde tarde, Lula disse que alguns veículos de comunicação demonstram “ódio” e torcem para que ele fracasse. “Vocês estão acompanhando a imprensa, veem pela internet, assistem a televisão,ouvem rádio, e vocês veem, às vezes, chega quase a virar ódio, porque eles ficam torcendo para o Lula fracassar.”

O presidente disse que já foi “vítima” de acusações em épocas de campanha. De acordo com ele, os brasileiros não são facilmente manipuláveis e sabem discernir quando as denúncias são verdadeiras.

“Chega na época da campanha, eu já fui vitima do que está acontecendo hoje. O que eles não percebem é que nós aprendemos. O povo de 2010 não é mais massa de manobra como era o povo de 30 anos atrás”, disse. “Não podem colocar mais alguém para mentir e o povo acreditar. O povo sabe que quando escreve coisa errada é mentira, quando fala coisa errada é mentira, o povo sabe quando é mentira”, afirmou.

Na semana passada Erenice Guerra deixou a chefia da Casa Civil depois de acusações de que o filho dela Israel Guerra teria negociado contratos de empresas privadas com órgãos públicos e estatais mediante pagamento de comissão. Outros dois funcionários da Casa Civil, supostamente envolvidos no esquema, também pediram demissão.

As senhoras de Santana da imprensa

Cynara Menezes

Em 1980, surgiu em São Paulo um grupo de mulheres preocupadas com a “imoralidade” que tomava conta da televisão. Sobretudo com os programas que surgiam naquela década falando abertamente de sexo, como o da hoje candidata a senadora Marta Suplicy no TV Mulher. Apelidadas de “senhoras de Santana”, por serem moradoras do bairro com este nome, elas marcaram época e viraram sinônimo do atraso e do conservadorismo nos costumes.

Trinta anos depois, surge uma nova geração de “senhoras de Santana”. Desta vez, não descobertas por jornalistas: são jornalistas. Instaladas em número cada vez mais volumoso nas redações, premiadas com cargos de chefia e ascensão meteórica, as senhoras de Santana do jornalismo são o exato oposto da figura mítica do repórter talentoso, espirituoso, culto e algo anarquista: têm um texto ruim de doer e nunca leram nada a não ser seu próprio veículo, mas cumprem rigorosamente as tarefas que lhes são dadas. Seu maior ídolo é o patrão.

Esqueça a imagem do jornalista concentrado, batucando com rapidez sua reportagem com um cigarro pendurado no bico. As novas senhoras de Santana do jornalismo não fumam. Aliás, deduram quem estiver fumando em ambiente fechado, como reza a lei imposta por aquele político que seus patrões adoram e que eles, obedientemente, passaram a bajular. Fumar baseado, então, nem pensar. Os repórteres de Santana são contra a descriminação de todas as drogas, até da menos nociva delas. Se as senhoras de Santana do jornalismo soubessem que andam por aí fumando orégano, fariam matérias pela proibição do uso, mesmo na pizza.

As novas senhoras de Santana do jornalismo não questionam o poder ou os dogmas da Igreja católica. Pelo contrário, fazem questão de ir à missa todos os domingos. Pior: simpatizam com a Opus Dei, a ala mais conservadora do catolicismo. São contrários à liberação do aborto e defensores do papa sob quaisquer circunstâncias, inclusive quando o suposto representante de Deus na Terra é acusado de acobertar a pedofilia.

Ao contrário do que ocorreu no passado, quando os jornalistas tiveram papel importante na luta contra a ditadura, as novas senhoras de Santana do jornalismo se especializaram em denegrir a imagem daqueles que optaram pela ação armada para combater o poderio militar. Vilipendiam os guerrilheiros com fichas falsas e biografias inventadas. O repórter Vladimir Herzog morreu enforcado nos porões do regime. Não viveu para ver a triste transformação dos “coleguinhas” em senhoras de Santana. Quando Herzog morreu, a grande maioria dos jornalistas se dizia de esquerda. As novas senhoras de Santana do jornalismo adoram pontificar que não existe mais esquerda e direita, mas são de direita.

Nem pense nos papos animados após o fechamento dos velhos homens de imprensa, varando madrugadas pelos bares da vida. As novas senhoras de Santana não bebem, vão direto para casa depois de trabalharem mais de dez horas por dia – sem carteira assinada. E ainda patrulham a birita alheia, como se fossem fiscais de trânsito 24 horas a postos com seus bafômetros virtuais. “O presidente bebe cachaça”, torcem o nariz as jornalistas de Santana. “A candidata do presidente torceu o pé. Deve ser porque encheu a cara”, acusam.

Toda vez que as novas senhoras de Santana da imprensa encontrarem aquele ator famoso que andou se desintoxicando do vício de cocaína e por isso perdeu papéis em novelas, vão torturá-lo com as mesmas perguntas: “Você parou mesmo de cheirar?” “O tratamento funcionou ou não?” Sim, os jornalistas de Santana não saem para beber porque preferem ficar em casa vendo novela. Se duvidar, as novas senhoras de Santana do jornalismo nem fazem sexo. Talvez de vez em quando, vai. Mas só papai-e-mamãe. E heterossexual, claro.

No futuro, as escolas de jornalismo serão monastérios, de onde sairão mais e mais senhoras de Santana habilitadas não só a escrever reportagens como a rezar a missa.

E Houve Quem Quisesse Imitá-los O México é hoje muito menos livre que o Brasil

CONCORDA FHC?
DO BLOG ESQUERDOPATA
Hoje o panorama da América Latina apresenta uma polarização tanto política como econômica. Enquanto Brasil, Bolívia, Venezuela, Argentina, Equador, Paraguai e Uruguai protagonizam nova gestão independentista que busca recuperar a autodeterminação nacional, México, junto a Colômbia e alguns países da América Central seguem na subordinação econômica, política e até militar em relação aos EUA. O México é hoje muito menos livre que o Brasil.
Por Julio Boltvinik Kalinka, em La Jornada


Escrevo em Brasília, capital do Brasil, onde não festejo os 200 anos do início da guerra de independência do México e de muitos outros países da América Latian (AL), a maioria dos quais iniciou processos de independência por uma circunstância externa: a imposição de José Bonaparte (Pepe Botella) como monarca na Espanha (1808).

A mãe-pátria perdia sua independência e seus súditos nos vice-reinados entravam em crise que, depois de longas e cruentas guerras desembocariam na independência política. Nossos territórios coloniais se tornaram estados formalmente soberanos que, de fato, estavam muito longe de sê-lo.

Nossas histórias dos séculos XIX e XX mostram as vicissitudes trágicas dessa paródia. As histórias da AL tiveram fortes parapelismos políticos a partir de então, que se repetiram no Século XX, nos aspectos econômico, com a industrialização substitutiva de importações e, até o final do século XX, de novo com o giro ao neoliberalismo, que significou uma rendição de fato das soberanias nacionais.

Hoje o panorama da América Latina apresenta uma polarização tanto no âmbito político como no econômico. Enquanto Brasil, Bolívia, Venezuela, Argentina, Equador, Paraguai e Uruguai, com matizes e graus muito diversos, protagonizam uma nova gestão independentista que busca recuperar a autodeterminação nacional, México, junto com Colômbia e alguns países da América Central seguem na subordinação econômica, política e até militar.

Enquanto o primeiro grupo de países disse não (a desobediência sagrada de que tantas vezes Erich Fromm falou) a uma parte do Consenso de Washington, reivindicando o papel do Estado na economia e defendendo a soberania sobre os recursos naturais, o México segue sendo obediente e, portanto, não livre. Imitando os EUA da era Bush, Calderón declarou guerra ao narcotráfico, como Bush havia declarado ao terrorismo. Quis sentir-se grande fazendo o mesmo que Bush. Essas guerras, já sabemos, são uma maneira de restringir liberdades cívicas mais elementares.

Calderón carece da autoridade moral mínima para encabeçar os festejos do bicentenário da Independência por sua semelhança com Pepe Botella (governante imposto) e porque não promoveu a independência do país; pelo contrário, sua crescente subordinação aos EUA.

Em agudo contraste, Lula converteu o Brasil numa economia pujante e numa nova nação líder no contexto mundial. Na carta de convite para o Seminário Internacional sobre Governança Global (razão pela qual me encontro em Brasília), isso se assinala numa frase, carregada de significados:

“Os tempos atuais começam a delinear a formação de uma nova correlação de forças internacionais, com uma profunda mudança em torno das relações norte-sul. Analistas sugerem que, dentro de alguns anos, as economias emergentes podem representar a maioria absoluta da população e da atividade econômica mundial, impondo um novo mundo multipolar”.

A mudança de tom nas relações norte-sul (presente de maneira notável no grupo de países sul-americanos antes mencionado) não disse respeito ao México. Pelo contrário, observou-se mais o tom tradicional da relação.



O Brasil forma parte do grupo de economias emergentes chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China). O nome BRIC foi cunhado pelo negativamente célebre grupo de investimentos Goldman Sachs, que previu que a participação do crescimento das economias desses 4 países no crescimento mundial poderia passar de 20% em 2003 para 45% em 2025, e sua participação no PIB, de 10% para 30%.

Em 2025 o Brasil seria a quarta economia do planeta, contra o oitavo lugar que ocupa em 2010. O México conservaria seu 13° lugar mundial. Mais impressionante ainda: enquanto em 2006 o PIB per capita do México era de 1,4 vezes o do Brasil, em 2010 já são iguais, segundo essa mesma fonte.

No gráfico acima se avalia que se há 20 anos (1989 no México e 1990 no Brasil) o nível de pobreza que a CEPAL mede era quase igual em ambos os países (48% no Brasil e 47,7% no México), em 2008 a pobreza era substancialmente mais baixa no Brasil (25,8%) do que no México (34,8%).

Particularmente interessante é comparar o México com o Brasil durante o período de Lula, que começou em janeiro de 2003 e terminará no fim deste ano. Em 2003 os níveis de pobreza de ambos os países eram quase iguais (veja-se o gráfico), mas enquanto Lula conseguiu diminuir a probreza em 13 pontos percentuais em cinco anos (de 2003 a 2008), no México só houve uma redução de 4, 6 pontos.

É necessário advertir que, depois de 2008, com a explosão da crise mundial em que o México mais sofreu as consequências na AL (graças à ausência de uma política econômica anticíclica e a sua quase total dependência do mercado dos EUA) e o Brasil seguiu crescendo (graças à sua vigorosa política anticíclica de estímulo ao mercado interno) e à diversificação de seus mercados), mesmo que em ritmo mais lento, a pobreza seguiu crescendo no México e seguramente seguiu diminuindo no Brasil, ampliando-se assim a distância entre os dois países. Não é exagerado supor que a proporção da população vivendo na pobreza, assim como a CEPAL mede, seja quase o dobro no México, em relação ao Brasil.

A liberdade não consiste só em não ser escravo, nem tampouco em não ver-se sujeito à coerção direta para fazer o que se faz. O capitalismo inventou um chicote mais sutil: o chicote da fome, despossuindo a população de todos os meios de produção que lhe permitia obter seu sustento, obrigando-os a vender sua capacidade de trabalho por um salário, para sobreviver.

Nesses casos, o que tira a liberdade do ser humano é a necessidade. O verdadeiro oposto da liberdade é a necessidade. A independência política formal de um país não se converte em liberdade individual nem em autêntica soberania nacional quando se depende economicamente do exterior. Assim como para quase todos nós vender nossa força de trabalho não é uma escolha livre mas uma opção forçada, a seguir o que se impõe de fora para dentro. O México é hoje muito menos livre do que o Brasil.
Postado por René Amaral às 9/22/2010 08:00:00 AM

Furacão_MS.flv- O QUE O JN NO AR NÃO MOSTRA

ESTÁ NA CARA



Especialista americano contratado pela Folha acha Serra um salafrário
Eu não consigo sequer imaginar como uma coisa dessa acaba publicada, mas é problema do Zé encontrar o responsável e demiti-lo.

Serra tem "prazer do trapaceiro"
DAVID MATSUMOTO
ESPECIAL PARA A FOLHA


Esta semana analisei o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, através de um vídeo que ele gravou para Dilma Rousseff no Dia da Independência.

Ele parece bastante intenso, provavelmente bravo e amargo com a campanha eleitoral. Diversas vezes, tensiona as pálpebras e abaixa suas sobrancelhas não apenas para intensificar o que está falando, mas também para mostrar sua irritação.

Dado o conteúdo do discurso, me pareceu que suas expressões eram apropriadas. Quando ele menciona "nosso adversário", ele passa uma grande repugnância, o que parece demonstrar bem a intensidade de seu sentimento sobre a questão.

Lula também dá um rápido microssorriso para dizer que os "brasileiros saberão repelir" a campanha rival. Foi um sorriso de convicção. Fiquei com uma forte impressão de seus sentimentos, fortes e honestos.

O segundo vídeo que analisei trouxe o candidato do PSDB, José Serra. Mais uma vez não fiquei com uma boa impressão do que vi. Por exemplo, quando ele fala que está "indignado" com o escândalo do sigilo fiscal violado de seu genro, ele está sorrindo. Eu não vejo muita indignação. Suas expressões faciais eram muito inconsistentes com o que ele estava falando.


Ele dá o mesmo microssorriso quando fala que os crimes não são contra ele pessoalmente e sim contra o próprio Brasil. Quando diz que o PT debocha das vítimas, percebi outro microssorriso. Serra amplifica seu discurso de forma apropriada com gestos e expressões faciais, mas sem emoção. Parece que estava tentando muito convencer o espectador de sua sinceridade, mas, com esses exemplos que eu citei, suas expressões foram totalmente inconsistentes com sua fala.

Penso que esses podem ser exemplos do que chamamos de "dupers delight", algo como "prazer dos trapaceiros", nos quais uma pessoa que não é totalmente franca está curtindo em não ser totalmente franca.

Em depoimento a FERNANDA EZABELLA, em Los Angeles

DAVID MATSUMOTO é professor de psicologia da Universidade de San Francisco (EUA) e fundador da Huminell, empresa de serviços para análises de comportamento não-verbal.


Leia mais em: O esquerdopata
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Entrevista da Presidenta Dilma - BOM DIA (?) BRASIL




Entrevistas da GROBO
Acabo de assisitir à reapresentação da entrevista do entrevado ssERRA na GROBONIUS.
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Aquilo que já se esperava, o tratamento subserviente e delicado, o Laissez-faire (não o precursor do neo liberalismo) dando liberdade para o sacripanta desenvolver sua arenga de bosta com aquele arzinho de superioridade que é justamente o que ninguém tolera nele!
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A Mirian Leitão, devidamente Kamelizada, nem insistia muito em tópicos trôpegos como 13° para o bolsa família, ou o mínimo de 600 pratas, deixa o careca falar, ele tá fudido mesmo!
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Com a Renata e o Renato, a mesma coisa, sem coragem ou motivação pra encostar o estrupício na parede_parecem a versão mais podre do BoBonner e da Lástima Bernardes.
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Não sei por que ainda perco meu tempo e dinheiro com essa assinatura,
aí eu lembro do JN

O Globo e o ato contra o golpe midiático Por Altamiro Borges O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, que ocorrerá nesta quin


Por Altamiro Borges

O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, que ocorrerá nesta quinta-feira, dia 23, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, parece que incomodou o poderoso monopólio da família Marinho. O site do jornal O Globo deu manchete: “Após ataques de Lula, MST e centrais sindicais se juntam contra a imprensa”. Já o jornal impresso publicou a matéria “centrais fazem ato contra a imprensa”. Como se nota, o império global sentiu o tranco!

Diante desta reação amedrontada, é preciso prestar alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, o ato do dia 23 não está sendo convocado pelas centrais sindicais, MST ou partidos. Ele é organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, entidade fundada em 14 de maio último, que reúne em seu conselho consultivo 54 jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais ligados à luta pela democratização da comunicação. A entidade é ampla e plural, e tem todo o direito de questionar as baixarias da mídia golpista.

As mentiras sobre o protesto

As manchetes e a “reporcagem” do jornal O Globo tentam confundir os leitores. Insinuam que o protesto é “chapa-branca” e serve aos intentos do presidente Lula, que “acusa a imprensa de agir como partido político”. A matéria sequer menciona o Centro de Estudos Barão de Itararé e tenta transmitir a idéia de que o ato é articulado pelo PT, “siglas aliadas”, MST e centrais. A repórter Leila Suwwan, autora do texto editorializado, cometeu grave erro, que fere a ética jornalística.

Em segundo lugar, é preciso explicitar os verdadeiros objetivos do protesto. Ele não é “contra a imprensa”, como afirma O Globo, jornal conhecido por suas técnicas grosseiras de manipulação. É contra o “golpismo midiático”, contra a onda denuncista que desrespeita a Constituição – que fixa a “presunção da inocência” – e insiste na “presunção da culpa” que destrói reputações e não segue os padrões mínimos do rigor jornalístico – até quem saiu da cadeia é usado como “fonte”.

Falso defensor da liberdade de imprensa

O Globo insiste em se travestir como defensor da “liberdade de imprensa”. Mas este império não tem moral para falar em democracia. Ele clamou pelo golpe de 1964, construiu o seu monopólio com as benesses da ditadura e tem a sua história manchada pelo piores episódios da história do país – como quando escondeu a campanha das Diretas-Já, fabricou a candidatura do “caçador de marajás”, defendeu o modelo destrutivo do neoliberalismo ou criminaliza os movimentos sociais.

Quem defende a verdadeira liberdade de expressão, contrapondo-se à ditadura midiática, estará presente ao ato desta quinta-feira. Seu objetivo é dar um basta ao golpismo da mídia, defender a soberania do voto popular e a democracia. Ele não é contra a imprensa, mas contra as distorções grosseiras dos donos da mídia. Não proporá qualquer tipo de censura, mas servirá para denunciar as manipulações dos impérios midiáticos, inclusive dos que são concessionárias públicas.

O manifesto neoudenista


BRIZOLA NETO
Alguns artistas e intelectuais estão lançando, com grande apoio da mídia, um manifesto “em defesa da democracia”. Muito bem, todos somos e eu trago na vida familiar a herança da sombra ditatorial.
Mas a pergunta que me ocorre é: como é que a democracia está “assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade”.
Como é este autoritarismo hipócrita? As instituições funcionam livremente ou não? O Ministério Público não está impondo, até com muito mais severidade que ao outro contendor, sanções à candidata do Governo e ao próprio Presidente da República? Os ministros do TSE que ora rejeitam, ora confirmam estas sanções estão pressionados para qual dos dois atos?
A Polícia Federal está limitada partidariamente em sua ação? Não acaba de agir com total liberdade contra aliados do Governo?
Gostaria que os senhores respondessem a esta pergunta com um simples sim ou não.
Ou democracia seria pré-condenar qualquer pessoa acusada, sem o devido processo legal, sem julgamento regular e justo, sem direito de defesa?
Dizem eles que “é um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo”. Quero testemunhar, como membro do Legislativo, que nunca recebi uma ameaça, uma pressão ilegítima, um ultimato para votar em qualquer questão do interesse do Governo. Algumas vezes, aliás, caminhei em sentido contrário, e posso citar, por exemplo, a questão do reajuste dos aposentados e do fator previdenciário, onde nossa pressão – e inclusive, registro, de alguns petistas, como o Senador Paim – se voltou justamente contra o Governo, em defesa das causas que apoiamos.
Mas o que mais estranhei foi que o tal texto dissesse que “é aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses”.
Como assim?
Teriam os senhores signatários a fineza de dizer que mecanismos são estes? Seriam, por acaso, as determinações constitucionais de que as concessões de rádio e televisão sirvam à educação e à informação correta da população? E que grupos estão sendo financiados e como? Os senhores fariam a fineza de informar ou vão ficar na “denúncia anônima” que fez a excelentíssima Dra. Sandra Cureau inquirir a Carta Capital, de Mino Carta, sobre quais foram os anúncios que recebeu, quando os grandes jornais e revistas, evidentemente de oposição ao Governo, publicam também anúncios insitucionais e comerciais de empresas estatais?
Mas a direita manifesteira, que não faz manifesto contra a fome, contra a pobreza, contra o aniquilamento cultural da população submetica a uma mídia baixa e deseducadora, que estimula o individualismo e a “notoriedade a qualquer preço”, no final do texto entrega sua devoção:
“É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.”
Ah, sim, agora eu entendi.
O manifesto não é em defesa da democracia. É um manifesto em defesa do neoliberalismo, em defesa de Fernando Henrique Cardoso.
Não tenho nada contra.
Mas eu me lembro de uma frase de meu avô: as palavras devem ser usadas para expressar os pensamentos, não para os esconder.
Quando se esconde algo, boa coisa não é.

“Eles querem ganhar no tapetão, companheiros !”



Bye-bye Serra forever

O Conversa Afiada reproduz post do Blog dos Amigos do Presidente Lula.

A imparcial Dra Cureau tentou calar este blog e, quando tentou fazer o mesmo com o Mino, foi tratada a luvas de pelica.

Neste post, se verá que a indignação de Lula com o PiG (*) subiu outro degrau.

Como subiu a Dilma, que foi para a jugular do Otavinho.

(E logo depois calou a urubóloga)

Lula e Dilma perceberam que a batalha não é entre a Dilma e o jenio.

O jenio submergiu, tragado pela própria irrelevância.

Como na Argentina e na Venezuela, a batalha é entre Dilma/Lula e o PiG (*).

Clique aqui para ler “a eleição agora é entre a Dilma e o PiG (*)”.

O PiG (*) é o que restou da oposição.

(Agora que o Gilmar Dantas (**) foi reduzido à sua ministerial insignificância.)

Clique aqui para ver o que a presidente da ANJ, auto-proclamada líder da oposição, tem em comum com a Marina

O Lula tem razão.

O PiG (*) e o jenio pensam que ainda é 2002, quando bastava dar três telefonemas para fazer a cabeça do Brasil: para o Dr Roberto, para o Ruy (Mesquita) e para o “Seu” Frias, nome de uma ponte em São Paulo.

O Robert(o) Civita vinha no vácuo.

Mudou.

Agora tem a internet e o Barão de Itararé, que vai organizar um Ato contra o Golpe do PiG (*).

Clique aqui para ler o que o Miro diz sobre a tentativa do Globo de desvirtuar o sentido do Ato.

E aqui para ler como a OAB sentou na garupa do Golpe (que saudades do Faoro !).

O que o PiG (*) começou a entender é que, dessa vez, o povo vai para a rua, na pista de alta velocidade da banda larga.

Já pensou o Lula em frente à sede da Folha (*), na Barão de Limeira, com o pessoal dos Sem Mídia ?

Em frente à sede da Globo, na Berrini, ao lado daquele terreno invadido que o Serra agasalhou ?

E o Lula dizer assim: “eles querem tomar a nossa vitória no tapetão, companheiros ! Eleição se ganha no voto !”.

Já pensou ?, amigo navegante ?

O Ali Kamel pensa que é sabido.

O Otavinho está brincando com fogo.

Vai fazer xixi na cama, já, já.

Paulo Henrique Amorim