Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dilma lidera a corrida para 2014


Se a eleição fosse hoje, a presidenta teria o mesmo índice dos votos somados pelos adversários do cenário mais provável da disputa
A presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Alvorada

No cenário mais provável da disputa para 2014, a presidenta Dilma Rousseff tem hoje o mesmo índice de intenção de votos do que a soma do desempenho de seus três possíveis adversários. É o que revela a mais recente pesquisa CartaCapital/VoxPopuli, publicada na atual edição da revista. O levantamento faz parte de uma parceria entre o instituto e a publicação para a divulgação do cenário eleitoral a cada dois meses.
A pesquisa, realizada entre 7 e 9 de agosto, coloca a presidenta em vantagem sobre os adversários. A petista soma 38% das intenções de voto, seguida por Marina Silva (Rede Sustentabilidade), com 19%, Aécio Neves (PSDB), com 13%, e Eduardo Campos (PSB), com 4%. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, o que deixa a possibilidade de segundo turno em aberto. Outros 15% dos eleitores disseram que vão votar em branco ou em ninguém e 11% estão indecisos. A primeira medição do cenário, feita pouco antes dos protestos de junho explodirem, colocava a presidenta com 51%, seguido por Marina e Aécio (14% cada) e Campos (3%).
Na pesquisa atual, 35% dos entrevistados disseram consider o governo Dilma ótimo ou bom, contra 22% dos que consideram a gestão ruim ou péssima.
Para 49%, o maior problema do País hoje é a saúde. Outros 16% consideram a segurança o item mais problemático e 11%, a corrupção.
O instituto mediu também o índice de confiança nos políticos. Dos entrevistados, 46% dizem confiar na presidenta, contra 47% dos que não confiam. O político recordista de desconfiança, segundo o instituto, é Renan Calheiros (64%), seguido por Michel Temer (58%) e José Serra (55%).
A pesquisa completa pode ser conferida na edição impressa de CartaCapital, já nas bancas.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fernando Henrique, o esquecido











O economista Luiz Gonzaga Beluzzo, em sua coluna na Carta Capital – infelizmente o texto não está ainda na rede  - dá um “chega pra lá” no esquecido Fernando Henrique Cardoso que postou em  em seu Facebook: “Nunca soube de espionagem da CIA”. E acrescentou: “Só poderia saber se fosse com o conhecimento do governo, o que não foi o caso”.
Beluzzo lembra que, entre 1999 e 2002, só a  CartaCapital ”publicou mais de uma dúzia de capas sobre a intervenção da CIA, do FBI e da DEA na Polícia Federal e nos ditos órgãos de segurança brasileiros”, grampeando ” até conversas do então presidente da República”.
Escreve Beluzzo: Diz o texto da edição n°97 de CartaCapital: “Assim, enquanto o Brasil tocava o maior negócio privado dos EUA naquele ano, o Sivam, projeto de 1,4 bilhão de dólares, a CIA, órgão de espionagem dos americanos em consórcio com a polícia do Brasil, gravava conversas com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso”. FHC tem o hábito irrefreável de esquecer o passado.
Fernando Henrique só é coerente em uma coisa: o cinismo elitista com que se expressa, semore achando que a opinião pública é formada por um bando de idiotas que o veneram. Não, não é. Apenas as editorias dos grandes meios de comunicação, que o aplaudem em tudo,  o são.
Por: Fernando Brito

terça-feira, 28 de maio de 2013

Carta não perdoa Civita por entrega de sua cabeça à ditadura


Mino Carta

Em entrevista aos alunos da PUC-Campinas, o jornalista Mino Carta fundador das revistas VejaIsto ÉCarta Capital e Quatro Rodas conta que os donos da editora Abril Victor Civita e seu filho Roberto Civita o “venderam” em troca de um empréstimo de 50 milhões de dólares. No momento em que revive suas emoções, o Michelangelo das revistas perde o controle e afirma que duas vezes tentou bater no Roberto Civita “Minha cabeça foi vendida por 50 milhões de dólares.Eu tentei duas vezes dar um murro na cara do Roberto Civita, e ele fugiu! Escreve isso, ele fugiu”, conta Carta
O episódio culminou na saída do jornalista da editora Abril, Mino Carta que foi ele que se demitiu, não foi demitido como contam os Civita. Carta relembra que foi Richard Civita, irmão de Roberto, que, durante uma partida de tênis contaria para Carta sobre as dificuldades financeiras da editora Abril, o empréstimo de 50 milhões de dólares proposto pela Caixa Econômica Federal a mando dos líderes da Ditadura que só seria possível se os Civita aceitassem a troca: o dinheiro pela saída de Carta da Abril. Da primeira vez que toca nesse assunto não estoura em sentimentos e até brinca “Vocês viram como valho muito?”
A entrevista não foi apenas marcada por essa declaração, houve momentos de forte crítica as elites brasileiras e a sociedade. “Nós tivemos a pior elite do mundo. Os brasileiros são os herdeiros da Casa Grande né. Eu acho que a tragédia brasileira são três séculos e meio de escravidão e uma elite cafajeste, vulgar, prepotente, arrogante, incapaz, incompetente, muito incompetente, muito ignorante. Nossa elite é uma tragédia”, conclui o jornalista.
O italiano, radicado no país desde os doze anos analisa que o Brasil ainda não é uma nação por não ter uma identidade. Ele afirma que o povo brasileiro é infantil e estupidamente festeiro, colocando a culpa nas elites coloniais e da república velha. “Mas o problema do Brasil é que sofreu algo monstruoso que foram os três séculos e meio de escravidão. É que essa elite é tão calhorda que ela permitiu o inchaço das cidades. Então, há uma péssima distribuição da população brasileira dentro do território brasileiro, tão ruim quanto à distribuição de renda. A nossa distribuição de renda nos coloca ao nível da Nigéria e de Serra Leoa”, contextualiza Carta.
O diretor de redação da Carta Capital ainda condena os escolhidos pela presidente Dilma Roussef para compor a Comissão da Verdade. Na opinião de Mino Carta, os integrantes deveriam ser pessoas que estiveram envolvidas, sentiram os problemas. “E por que chama pilantras notórios? Nelson Jobim na comissão da verdade? Paulo Sérgio Pinheiro na comissão da verdade? José Carlos Dias na comissão da verdade? Isso é uma piada! Ou a Dona Dilma está confusa ou enganada, está sendo enganada ou está tudo errado”, defende o jornalista.
Mino Carta ainda critica as faculdades de jornalismo, afirma que os cursos de comunicação são corporativos e que foram criados pela ditadura. Apesar de analisar que não é mais possível acabar com os cursos, ele aconselha que o estudante faça uma graduação de História ou Ciências Sociais e apenas posteriormente fazer uma pós – graduação em Jornalismo. “Para a prática profissional o jornalista deve ter uma busca canina pela verdade factual, um espírito crítico, e o dever de fiscalizar o poder”
Apesar dos problemas com os Civita, o ítalo – brasileiro revela carinho com os veículos que criou. Ele afirma gostar da Veja que criou e da revistaQuatro Rodas. “A Quatro Rodas foi um sucesso de mercado realmente. Era um momento muito oportuno, porque estava nascendo a indústria automobilística brasileira”, diz Carta que observa que as revistas criadas foram uma aventuras complicadas por levar muito tempo para se afirmar, como no caso de Veja e da Carta Capital. Mas brinca que sempre teve que inventar seus empregos: “São revistas que eu inventei para poder garantir um salário”.
Abaixo parte da entrevista, em Mino Carta conta da sua relação com Roberto Civita
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Danilo Zanini | Foto de Ubiratan Maia
Do Digitais PUC-Campinas
No Contraponto PIG

APÓS DENÚNCIAS, STF RETIRA MORDOMIAS AÉREAS DO AR

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Supremo atribuiu a retirada de informações sobre gastos com passagens aéreas do site a "inconsistências encontradas nos dados anteriormente divulgados" e informou que o fato é temporário; reportagem do Estadão na última semana revelou que o tribunal gastou R$ 2,2 milhões com viagens entre 2009 e 2012; no período, R$ 608 mil foram destinados a bilhetes de esposas de cinco ministros; jornal omitiu, porém, que desse dinheiro, R$ 437 mil foi usado pela mulher de Gilmar Mendes, informação publicada pela CartaCapital; deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que é auditor fiscal, pede apuração no TCU e devolução do dinheiro
247 – Uma semana depois de a imprensa destacar os exorbitantes gastos com passagens aéreas pelo Supremo Tribunal Federal – inclusive com viagens internacionais para as esposas, em período de férias – a corte retirou os dados de sua página na internet. Mensagem publicada pelo tribunal diz que "as informações referentes aos gastos com passagens foram retiradas temporariamente deste portal devido a inconsistências encontradas nos dados anteriormente divulgados. As informações serão novamente disponibilizadas, assim que revisadas". Procurada pelo 247, a assessoria de imprensa do STF não informou, até a publicação dessa reportagem, quando os dados foram retirados do site e quais seriam as "inconsistências".
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo publicada no dia 20 de maio revela, com base nos dados que estavam publicados no site do STF, conforme determina a Lei de Acesso à Informação, que em quatro anos (de 2009 a 2012), o total de recursos públicos gasto em passagens pelos ministros e suas esposas foi de R$ 2,2 milhões, sendo que R$ 1,5 milhão foi usado em viagens internacionais. No período, foram destinados R$ 608 mil para as mulheres de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski - ainda na corte -, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Eros Grau - já aposentados.
No total, foram feitas 39 viagens nesses quatro anos pelas cinco esposas, sendo 31 para fora do País. Os destinos incluem capitais famosas e turísticas na Europa, África, Ásia e América: Veneza (Itália), Paris (França), Lisboa (Paris), Moscou (Rússia), Washington (Estados Unidos), Cairo (Egito), Cidade do Cabo (África do Sul), Nova Délhi (Índia) e Pequim (China). Um detalhe muito importante e não divulgado pelo Estadão, porém, foi que desses R$ 608 mil, boa parte (R$ 437 mil) custeou as viagens de Guiomar Feitosa de Albuquerque Ferreira Mendes, a esposa do ministro Gilmar Mendes.
O dado, omitido pelo jornal, foi divulgado pela CartaCapital nesta segunda-feira 27, na reportagem Esposas a tiracolo. Como justificativa para as viagens, o Supremo apresentou uma norma interna de 2010, que permite que o tribunal pague passagens a dependentes de ministros, inclusive em viagens internacionais, sob a alegação de que a presença do parente seja "indispensável" no evento do qual participará o ministro do STF. Atualmente, porém, um membro da corte não precisa dar justificativas quando leva a esposa em suas viagens.
À CartaCapital, o deputado federal Amauri Teixeira (PT-BA), que é auditor fiscal, avalia que um ato interno não serve como justificativa e, por isso, pedirá ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o caso seja investigado e que, dependendo do resultado, o dinheiro seja devolvido ao erário. "Imagine o STF diante de resoluções internas de tribunais menores ou das cinco mil câmaras de vereadores autorizando pagar passagens para esposas de agentes públicos. Não dá para aceitar um ato interno desse", disse Teixeira.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A escolha é sempre sua


SENSACIONAL este vídeo de George Galloway ativista e parlamentar britânico na Universidade de Oxford em 29/10/2012. SENSACIONAL!
Ele responde ao um aluno que parece que foi educado por Olavo de Carvalho sobre os direitos dos homossexuais e a eleição presidencial de 07/10/2012 na Venezuela.

Dica de Elizeu Beckmann
No Maria Frô

No Tudo em Cima

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gilmar emprega candidato que apoia para vaga no STF


Lendo o imprescindível blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, deparo com uma matériasurpreendente que dá conta de que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes trabalha pela candidatura do advogado Humberto Bergman Ávila para a vaga aberta naquela Corte pela aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto.
A matéria de PHA informa vínculos profissionais que Mendes teria com Ávila no Instituto Brasiliense de Direito Público. Todavia, revendo tudo o que foi publicado na imprensa sobre a Escolinha do Professor Gilmar, não encontrei uma relação direta entre o ministro do STF e o aspirante ao mesmo posto, apesar de todos os indícios.
Curioso, corri ao Google. Sem maior esforço, descubro o que, até então, não fora veiculado.
Antes de explicar o que descobri, há que dizer que, apesar de, como diz PHA, Gilmar não estar apoiando oficialmente nenhum candidato à vaga no STF por saber que, se o fizer, automaticamente “queimará” o indicado junto ao governo Dilma e grande parte do Congresso,  o ministro apoia Ávila veladamente, fato este que todo mundo sabe no meio jurídico e na imprensa.
Essas ligações um tanto quanto confusas entre Ávila e Gilmar – o que deveria bastar para “torpedear” o candidato a ministro do STF – ganham em concretude quando se descobre que, além do Instituto Brasiliense de Direito Público, agora o mesmo Gilmar é dono da Escola de Direito do Brasil.
E o que tem essa instituição a ver com o candidato in pectore de Gilmar à vaga em aberto no STF? O que tem é que Humberto Ávila, candidato do ministro, integra, oficialmente, o corpo Docente da EDB, conforme mostra apágina do corpo docente dessa instituição, abaixo reproduzida.
Ser candidato preferido por este ou aquele ministro não tem problema algum. O que tem problema é se esse ministro do STF tiver vínculos com aquele que apoia. Sobretudo se forem vínculos empregatícios.
Ora, Ávila presta serviços em Escola da qual Gilmar é dono. Figura no corpo docente da Instituição. Como um advogado, por força de lei, não pode prestar serviços de graça a um juiz e obviamente que o ministro do STF em questão não infringiria a lei, por certo deve pagar pelas aulas que seu candidato dá em sua escola.
Por qualquer ângulo que se olhe, portanto, Ávila tem contra si um forte impedimento para ocupar o lugar de Ayres Brito: as relações extremamente próximas com um membro de Corte em que pretende atuar.
Em tempo, vale dizer que o candidato preferido de ministros do STF como o doutor Ricardo Lewandowski e, ao que se sabe, também do Palácio do Planalto é o jurista Heleno Torres, que, segundo fontes do Blog, tem sofrido bombardeio de quem quer emplacar outros nomes. Contudo, contra Heleno não pesa nenhuma relação igual à de Ávila com Gilmar.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Policarpo-Cachoeira: uma dupla para limpar o Brasil

A Veja "desencarnou" Demóstenes: parceria cívica com Carlinhos Cachoeira
Um dos principais argumentos para dizer que o ex-Presidente Lula tinha conhecimento dos esquemas de depósitos ilegais de dinheiro para parlamentares em seu primeiro governo é o fato de que o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirma tê-lo avisado de que estaria ocorrendo o “mensalão”.
Perillo diz ter sido alertado pelo deputado tucano Carlos Leréia. Ambos, como todos sabem, mais do que ligados a Carlinhos Cachoeira.
O caso começou, todos se recordam, com a filmagem de um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, recebendo R$ 3 mil de interlocutores, num “furo de reportagem” de Policarpo Júnior, da Veja.
Sabe-se agora que a gravação foi providenciada pelo araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, sargento reformado da Aeronáutica a serviço de Carlinhos Cachoeira. Dadá é aquele que “revelou” a Policarpo Júnior o suposto “dossiê” que se fazia contra a candidatura Serra que, de tão secreto, virou o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Júnior.
Cachoeira  é, por sua vez, o autor da gravação de Waldomiro Diniz, na época dirigente da empresa de loterias do Governo do Rio de Janeiro, pedindo propina, outro “furo” de Policarpo Júnior.
Agora, não podendo mais ocultar a “série de coincidências” – embora, ao contrário de outras vezes, tenha poupado uma capa sobre o escândalo – Veja mostra que associação entre seu editor e o banqueiro do bicho era de natureza “cívica”.
Sabendo que o áudio vazara, o publica como prova de sua “total transparência”, com a garantia do próprio bicheiro: “‘O Policarpo nunca vai ser nosso’.
Não, apenas estão trabalhando juntos pela moralidade pública:
- Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos (furos de reportagem) já foram, rapaz? E tudo via Policarpo.
Chega a ser comovente tanta pureza. Ouça o diálogo aqui.

E é também tocante o discernimento de toda a grande imprensa brasileira, que se convenceu, automaticamente, que a associação Policarpo-Cachoeira era quase uma benemerência, uma cruzada moralizadora para livrar o Brasil da corrupção.
É certamente por esse elevado sentido de honradez que todas estas informações foram sonegadas aos leitores. O homem que mandava corromper e gravava a propina queria apenas o bem do Brasil e Policarpo, dono de um altíssimo sentido de dever pátrio, seguia suas orientações, profusamente transmitidas em dezenas e até centenas de telefonemas.
Só falta dizer que é dele a imagem no Santo Sudário, ao qual apelou a Veja para esconder sob Cristo o seu pecado Demo-Cachoeirista.
Enquanto isso, Lula, com a garganta – aquela que ele salvou do impeachment que a Veja desejava – recém recuperado, vai fazendo o milagre de contar, como prometera, tudo o que esteve encoberto na história do “mensalão”.
Sem ter de dizer uma palavra.


Quem teria comprado toda edição de Carta Capital no estado de Goias ?
A quem interessa não noticiar ?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Estadão "descobre" que venda de cadastro é ilegal. E a filha do Serra?


O Jornal da Tarde, do grupo Estadão, traz matéria em tom de denúncia, dizendo que empresas vendem cadastros ilegalmente.

Só o Jornal da Tarde não sabia, e também não quis saber, quando a Carta Capital noticiou no ano passado, antes das eleições, a venda de informações, inclusive a quebra de sigilo de milhões de brasileiros, por uma empresa da filha de José Serra (PSDB/SP):
Em tempo: Às vésperas das eleições do ano passado, recebi "spam" em um e-mail usado no cadastro de uma antiga conta no UOL, como e-mail alternativo.
Era mensagem em campanha pelo Zé Baixaria contra Dilma, a partir de um sistema de "email marketing" do UOL (emlmkt-0193.virtualtarget.uolhost.com.br).
Eu já havia cancelado há mais de 10 anos minha conta no provedor do grupo Folha.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dilma desafia direita e veste “saia justa”


Blog Cidadania-Eduardo Guimarães
Saiba, em três atos, como a presidenta Dilma, que cada vez mais vai se mostrando avessa à política discursiva, parece que irá recorrer à política gestual, de maneira a efetivamente exercer a liderança política inerente ao cargo ao qual foi guindada por sólida maioria dos eleitores brasileiros.
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1º ATO
FOLHA DE SÃO PAULO, 25 de janeiro de 2011
ELIANE CANTANHÊDE  ( a entendida em caças para FAB- grifo o apedeuta)
Lenço justo, saia justíssima
BRASÍLIA – Ao desembarcar em Buenos Aires no dia 31 para sua primeira visita internacional depois de eleita, Dilma Rousseff vai enfrentar a maior saia justa -ou melhor, o maior lenço justo.
A Argentina revogou a anistia para permitir que os torturadores da ditadura fossem julgados e punidos. Aqui, diferentemente, o Supremo acaba de ratificar, digamos assim, a Lei da Anistia de 1979.
E se Dilma for chamada a meter na cabeça um daqueles lenços das Mães da Praça de Maio, que desde os anos 1970 cobram justiça e informações sobre o paradeiros de seus filhos e netos? Que interpretação isso terá em Brasília e arredores?
Como mulher, democrata e ex-guerrilheira torturada na juventude, Dilma não pode recusar o lenço, denso de simbologia. Mas, no Brasil, não há consenso para a revisão da Lei da Anistia e a questão não está em pauta neste início de governo, quando Dilma tem outras prioridades. Inclusive não criar turbulências políticas.
O mais provável é um acordão bem costurado entre o Planalto, a Casa Rosada e as duas chancelarias para que Dilma passe ao largo do lenço e do constrangimento. Combinar com “as adversárias” vai ser fácil, porque as Mães da Praça de Maio, líderes da justiça e da luta pelos direitos humanos, foram cooptadas pelo casal Kirchner. Se antes se reuniam na praça, agora tomam chá dentro da Casa Rosada e fazem oposição à oposição.
Mais ou menos como ocorreu no Brasil, onde MST, CUT, UNE e os chamados “movimentos sociais” se recolheram no governo Lula, negligenciando como força de pressão e de cobrança para dizer “amém”.
Ao meter o boné do MST na cabeça, Lula provocou uma discussão infindável -e estéril- no seu primeiro ano de governo. Ao pisar na Argentina, Dilma terá de saber se quer ou não usar o lenço branco e que tipo de consequência pretende provocar internamente.
É bem mais do que só saia justa.
2º ATO
CARTA CAPITAL, 28 de janeiro de 2011
MINO CARTA
O fantasma fardado e outras histórias
A presidenta Dilma Rousseff parte dia 31 para uma visita a Buenos Aires e está previsto seu encontro com as “mães da Plaza de Mayo”, as valentes cidadãs argentinas cujos filhos foram assassinados ou desapareceram durante a ditadura. Hoje elas frequentam a Casa Rosada, recebidas pela presidenta Cristina Kirchner, em um país que puniu os algozes, a começar pelos generais ditadores.
Há quem diga e até escreva que Dilma se expõe ao risco de uma “saia-justa” (não aprecio a enésima frase feita frequentada pelos nossos perdigueiros da informação, mas a leio e reproduzo) ao encontrar as mães da praça. Quem fala, ou escreve, talvez funcione como porta-voz de ambientes fardados. Ocorre, porém, que a reunião foi solicitada pela própria presidenta do Brasil, e ela sabe o que faz.
No discurso de posse, Dilma mostrou-se orgulhosa do seu passado de guerrilheira e homenageou os companheiros mortos na luta. Conta com o aplauso de CartaCapital. Foi o primeiro sinal de um propósito claro do novo governo: aprofundar o debate em torno das gravíssimas ofensas aos Direitos Humanos cometidas ao longo dos nossos anos de chumbo. O encontro de Buenos Aires confirma e sublinha a linha definida pela presidenta, a bem da memória do País.
Cada terra tem suas características, peculiaridades, tradições. O Brasil não é a Argentina. Ambos foram colônias. Nós padecemos, contudo, três séculos de escravidão. A independência não veio com a rebelião contra a metrópole e sim graças aos humores contingentes de um jovem príncipe brigado com a família. A república foi proclamada pelos generais. A resistência e a luta armada na Argentina tiveram uma participação bem maior do que se deu no Brasil, e nem por isso o terror de Estado deixou de ser menos feroz aqui do que no Prata.
Já li mais de uma vez comparações entre o número de mortos e de desaparecidos brasileiros e argentinos, de sorte a justificar que a nossa foi ditabranda. Bastaria um único assassinado. A violência, de todo modo, foi a mesma, sem contar que os nossos torturadores deram aulas aos colegas de todo o Cone Sul, habilitados por sua extraordinária competência. Se a repressão verde-oliva numericamente matou, seviciou e perseguiu menos que a argentina foi porque entendeu poder parar por aí.
Fernando Henrique Cardoso disse na terça-feira 25 ao Estadão ser favorável à abertura dos arquivos da ditadura. Surpresa. Foi ele, antes de deixar a Presidência, quem referendou a proposta do general Alberto Cardoso, que comandava seu gabinete da Segurança Institucional, de manter indevassável a rica documentação por 50 anos. No elegante português que o distingue, FHC agora declara: “Aquilo ocorreu no meu último dia de governo e alguém colocou um papel para eu assinar lá”. Deu para entender que alguém pretendia enganá-lo e que o presidente assinava sem ler. Resta o fato de que, ao chegar ao poder, o príncipe dos sociólogos recomendou: “Esqueçam o que eu disse”. Dilma teve um comportamento de outra dignidade. E não há como duvidar que saberá dar os passos certos na realização da Comissão da Verdade.
Certos significa também cautelosos, sempre que necessário. E sem o receio da “saia-justa”. Adequados a tradições que, infelizmente, ainda nos perseguem. Colonização predatória, escravidão etc. etc. As desgraças do Brasil. E mais, daninha além da conta, o golpe de 64 a provar no País a presença insuportável de um exército de ocupação, pronto a executar os planos dos Estados Unidos com a inestimável colaboração da CIA e a servir às conveniências dos titulares do privilégio e seus aspirantes. Os marchadores com Deus e pela liberdade. Que Deus e que liberdade é simples esclarecer.
O fantasma brasileiro é fardado e não há cidadão graúdo que não o tema, e também muitos miúdos. Todas as desculpas valem, na hora em que se presume seu iminente comparecimento, para, de antemão, cancelar o debate ou descartar as soluções destinadas a provocá-lo. Nada disso é digno de um país em ascensão e de democracia conquistada. Carta-Capital acredita que a presidenta saberá exorcizar o fantasma sem precipitar conflitos. Saias-justas, se quiserem.
3º ATO
PORTAL TERRA, 31 de janeiro de 2011
LARYSSA BORGES
Direto de Buenos Aires
Dilma: Avós da Praça de Maio identificam em mim o que perderam
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que as Mães e Avós da Praça de Maio, mulheres que cobram o paradeiro dos desaparecidos políticos na ditadura argentina (1976-1983), identificaram nela uma maneira de se lembrarem dos filhos desaparecidos durante os anos de chumbo no país portenho.
Dilma, que em visita de trabalho a Buenos Aires recebeu 23 mulheres que compõem a organização, foi presenteada com dois protótipos de casas populares, similares a trailers, para poder estudar uma eventual aplicação daquele modelo de moradia popular no Brasil.
“Elas fizeram uma manifestação de imenso carinho por mim. De uma certa forma identificando em mim o que elas perderam ao longo dos anos”, disse a presidente na Base Aérea de Buenos Aires, ao deixar o país. Dilma foi uma sobrevivente da tortura durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). A mães e avós da Praça de Maio buscam localizar corpos e desaparecidos da ditadura argentina (1976-1983)
“Elas me explicaram que têm uma fundação, a Fundação das Mães da Praça de Maio, e me deram duas casas de um material desenvolvido por uma tecnologia que elas falaram que é delas, misturada com uma tecnologia italiana, de forma que você faz uma casa em muito pouco tempo. Elas me disseram que é bem barato. Se eu me interessar elas me dão o preço”, disse a presidente a respeito do projeto habitacional das mães e avós.
É muito interessante porque é uma casa reta e tem todos os elementos, cozinha, banheiro e quarto. Uma delas disse que o sorriso de uma criança é algo que para ela é impagável e por isso elas passaram a trabalhar na questão da fundação”, afirmou ainda, sobre os protótipos.
Além de manter viva a memória dos desaparecidos políticos, as Mães e Avós da Praça de Maio conseguiram, através de cruzamento de informações e exames de DNA, localizar 102 homens e mulheres arrancados dos pais militantes durante a ditadura.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Julian Assange responde à Blogosfera


Reproduzo, abaixo, a entrevista que o ciberativista australiano Julian Assange concedeu à jornalista Natalia Viana, que tem um blog hospedado no portal da revista Carta Capital e que propôs à blogosfera que estimulasse seus leitores a enviarem perguntas ao editor do Wikileaks. Leia as respostas de Assange às perguntas que a jornalista selecionou e lhe enviou.
—–
Vários internautas - O WikiLeaks tem trabalhado com veículos da grande mídia – aqui no Brasil, Folha e Globo, vistos por muita gente como tendo uma linha política de direita. Mas além da concentração da comunicação, muitas vezes a grande mídia tem interesses próprios. Não é um contra-senso trabalhar com eles se o objetivo é democratizar a informação? Por que não trabalhar com blogs e mídias alternativas?
Por conta de restrições de recursos ainda não temos condições de avaliar o trabalho de milhares de indivíduos de uma vez. Em vez disso, trabalhamos com grupos de jornalistas ou de pesquisadores de direitos humanos que têm uma audiência significativa. Muitas vezes isso inclui veículos de mídia estabelecidos; mas também trabalhamos com alguns jornalistas individuais, veículos alternativos e organizações de ativistas, conforme a situação demanda e os recursos permitem.
Uma das funções primordiais da imprensa é obrigar os governos a prestar contas sobre o que fazem. No caso do Brasil, que tem um governo de esquerda, nós sentimos que era preciso um jornal de centro-direita para um melhor escrutínio dos governantes. Em outros países, usamos a equação inversa. O ideal seria podermos trabalhar com um veículo governista e um de oposição.
Marcelo Salles – Na sua opinião, o que é mais perigoso para a democracia: a manipulação de informações por governos ou a manipulação de informações por oligopólios de mídia?
A manipulação das informações pela mídia é mais perigosa, porque quando um governo as manipula em detrimento do público e a mídia é forte, essa manipulação não se segura por muito tempo. Quando a própria mídia se afasta do seu papel crítico, não somente os governos deixam de prestar contas como os interesses ou afiliações perniciosas da mídia e de seus donos permitem abusos por parte dos governos. O exemplo mais claro disso foi a Guerra do Iraque em 2003, alavancada pela grande mídia dos Estados Unidos.
Eduardo dos Anjos - Tenho acompanhado os vazamentos publicados pela sua ONG e até agora não encontrei nada que fosse relevante, me parece que é muito barulho por nada. Por que tanta gente ao mesmo tempo resolveu confiar em você? E por que devemos confiar em você?
O WikiLeaks tem uma história de quatro anos publicando documentos. Nesse período, até onde sabemos, nunca atestamos ser verdadeiro um documento falso. Além disso, nenhuma organização jamais nos acusou disso. Temos um histórico ilibado na distinção entre documentos verdadeiros e falsos, mas nós somos, é claro, apenas humanos e podemos um dia cometer um erro. No entanto até o momento temos o melhor histórico do mercado e queremos trabalhar duro para manter essa boa reputação.
Diferente de outras organizações de mídia que não têm padrões claros sobre o que vão aceitar e o que vão rejeitar, o WikiLeaks tem uma definição clara que permite às nossas fontes saber com segurança se vamos ou não publicar o seu material.
Aceitamos vazamentos de relevância diplomática, ética ou histórica, que sejam documentos oficiais classificados ou documentos suprimidos por alguma ordem judicial.
Vários internautas - Que tipo de mudança concreta pode acontecer como consequência do fenômeno Wikileaks nas práticas governamentais e empresariais? Pode haver uma mudança na relação de poder entre essas esferas e o público?
James Madison, que elaborou a Constituição americana, dizia que o conhecimento sempre irá governar sobre a ignorância. Então as pessoas que pretendem ser mestras de si mesmas têm de ter o poder que o conhecimento traz. Essa filosofia de Madison, que combina a esfera do conhecimento com a esfera da distribuição do poder, mostra as mudanças que acontecem quando o conhecimento é democratizado.
Os Estados e as megacorporações mantêm seu poder sobre o pensamento individual ao negar informação aos indivíduos. É esse vácuo de conhecimento que delineia quem são os mais poderosos dentro de um governo e quem são os mais poderosos dentro de uma corporação.
Assim, o livre fluxo de conhecimento de grupos poderosos para grupos ou indivíduos menos poderosos é também um fluxo de poder, e portanto uma força equalizadora e democratizante na sociedade.
Marcelo Träsel - Após o Cablegate, o Wikileaks ganhou muito poder. Declarações suas sobre futuros vazamentos já influenciaram a bolsa de valores e provavelmente influenciam a política dos países citados nesses alertas. Ao se tornar ele mesmo um poder, o Wikileaks não deveria criar mecanismos de auto-vigilância e auto-responsabilização frente à opinião pública mundial?
O WikiLeaks é uma das organizações globais mais responsáveis que existem.
Prestamos muito mais contas ao público do que governos nacionais, porque todo fruto do nosso trabalho é público. Somos uma organização essencialmente pública; não fazemos nada que não contribua para levar informação às pessoas.
O WikiLeaks é financiado pelo público, semana a semana, e assim eles “votam” com as suas carteiras.
Além disso, as fontes entregam documentos porque acreditam que nós vamos protegê-las e também vamos conseguir o maior impacto possível. Se em algum momento acharem que isso não é verdade, ou que estamos agindo de maneira antiética, as colaborações vão cessar.
O WikiLeaks é apoiado e defendido por milhares de pessoas generosas que oferecem voluntariamente o seu tempo, suas habilidades e seus recursos em nossa defesa. Dessa maneira elas também “votam” por nós todos os dias.
Daniel Ikenaga - Como você define o que deve ser um dado sigiloso?
Nós sempre ouvimos essa pergunta. Mas é melhor reformular da seguinte maneira: “quem deve ser obrigado por um Estado a esconder certo tipo de informação do resto da população?”
A resposta é clara: nem todo mundo no mundo e nem todas as pessoas em uma determinada posição. Assim, o seu medico deve ser responsável por manter a confidencialidade sobre seus dados na maioria das circunstâncias – mas não em todas.
Vários internautas - Em declarações ao Estado de São Paulo, você disse que pretendia usar o Brasil como uma das bases de atuação do WikiLeaks. Quais os planos futuros? Se o governo brasileiro te oferecesse asilo político, você aceitaria?
Eu ficaria, é claro, lisonjeado se o Brasil oferecesse ao meu pessoal e a mim asilo político. Nós temos grande apoio do público brasileiro. Com base nisso e na característica independente do Brasil em relação a outros países, decidimos expandir nossa presença no país. Infelizmente eu, no momento, estou sob prisão domiciliar no inverno frio de Norfolk, na Inglaterra, e não posso me mudar para o belo e quente Brasil.
Vários internautas - Você teme pela sua vida? Há algum mecanismo de proteção especial para você? Caso venha a ser assassinado, o que vai acontecer com o WikiLeaks?
Nós estamos determinados a continuar a despeito das muitas ameaças que sofremos. Acreditamos profundamente na nossa missão e não nos intimidamos nem vamos nos intimidar pelas forças que estão contra nós.
Minha maior proteção é a ineficácia das ações contra mim. Por exemplo, quando eu estava recentemente na prisão por cerca de dez dias, as publicações de documentos continuaram.
Além disso, nós também distribuímos cópias do material que ainda não foi publicado por todo o mundo, então não é possível impedir as futuras publicações do WikiLeaks atacando o nosso pessoal.
Helena Vieira - Na sua opinião, qual a principal revelação do Cablegate? A sua visão de mundo, suas opiniões sobre nossa atual realidade mudou com as informações a que você teve acesso?
O Cablegate cobre quase todos os maiores acontecimentos, públicos e privados, de todos os países do mundo – então há muitas revelações importantíssimas, dependendo de onde você vive. A maioria dessas revelações ainda está por vir.
Mas, se eu tiver que escolher um só telegrama, entre os poucos que eu li até agora – tendo em mente que são 250 mil – seria aquele que pede aos diplomatas americanos obter senhas, DNAs, números de cartões de crédito e números dos vôos de funcionários de diversas organizações – entre elas a ONU.
Esse telegrama mostra uma ordem da CIA e da Agência de Segurança Nacional aos diplomatas americanos, revelando uma zona sombria no vasto aparato secreto de obtenção de inteligência pelos EUA.
Tarcísio Mender e Maiko Rafael Spiess - Apesar de o WikiLeaks ter abalado as relações internacionais, o que acha da Time ter eleito Mark Zuckerberg o homem do ano? Não seria um paradoxo, você ser o “criminoso do ano”, enquanto Mark Zuckerberg é aplaudido e laureado?
A revista Time pode, claro, dar esse título a quem ela quiser. Mas para mim foi mais importante o fato de que o público votou em mim numa proporção vinte vezes maior do que no candidato escolhido pelo editor da Time. Eu ganhei o voto das pessoas, e não o voto das empresas de mídia multinacionais. Isso me parece correto.
Também gostei do que disse (o programa humorístico da TV americana) Saturday Night Live sobre a situação: “Eu te dou informações privadas sobre corporações de graça e sou um vilão. Mark Zuckerberg dá as suasinformações privadas para corporações por dinheiro – e ele é o ‘Homem do Ano’.”
Nos bastidores, claro, as coisas foram mais interessantes, com a facção pró- Assange dentro da revista Time sendo apaziguada por uma capa bastante impressionante na edição de 13 de dezembro, o que abriu o caminho para a escolha conservadora de Zuckerberg algumas semanas depois.
Vinícius Juberte - Você se considera um homem de esquerda?
Eu vejo que há pessoas boas nos dois lados da política e definitivamente há pessoas más nos dois lados. Eu costumo procurar as pessoas boas e trabalhar por uma causa comum.
Agora, independente da tendência política, vejo que os políticos que deveriam controlar as agências de segurança e serviços secretos acabam, depois de eleitos, sendo gradualmente capturados e se tornando obedientes a eles.
Enquanto houver desequilíbrio de poder entre as pessoas e os governantes, nós estaremos do lado das pessoas.
Isso é geralmente associado com a retórica da esquerda, o que dá margem à visão de que somos uma organização exclusivamente de esquerda. Não é correto. Somos uma organização exclusivamente pela verdade e justiça – e isso se encontra em muitos lugares e tendências.
Ariely Barata - Hollywood divulgou que fará um filme sobre sua trajetória. Qual sua opinião sobre isso?
Hollywood pode produzir muitos filmes sobre o WikiLeaks, já que quase uma dúzia de livros está para ser publicada. Eu não estou envolvido em nenhuma produção de filme no momento.
Mas se nós vendermos os direitos de produção, eu vou exigir que meu papel seja feito pelo Will Smith. O nosso porta-voz, Kristinn Hrafnsson, seria interpretado por Samuel L Jackson, e a minha bela assistente por Halle Berry. E o filme poderia se chamar “WikiLeaks Filme Noire”.