Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 15 de dezembro de 2013

O que pretende Serra ao dizer que cocaína será tema em 2014?

Autor: Miguel do Rosário
popar
(Via Julio Cesar Macedo Amorim)
SERRA APUNHALA AÉCIO (MAIS UMA VEZ)
Por Leandro Fortes, no Facebook
Neste fim de semana, a velha mídia acionou seus mais bem aplicados colunistas da trincheira tucana para iniciar um processo de desestigmatização de Aécio Neves, cuja imagem vinculada ao uso de cocaína tornou-se um fato, sobretudo nas redes sociais.
No eixo UOL-Folha de S.Paulo, a vida loka de Aécio nas noites cariocas, que já lhe valeu uma fuga do bafômetro e um cambaleante vídeo de gorjetas de 100 reais, está sendo vendida como “alegria de viver”.
(pausa para as gargalhadas)
Neste domingo, a colunista Eliane Cantanhede assina um incrível artigo chamado “A cocaína de Lula”, cujo título não tem, literalmente, nada a ver com o texto escrito pela jornalista.
Na verdade, Eliane verbalizou uma reação tardia à fala do ex-presidente na abertura do 5º Congresso do PT.
Lula ousou comparar a desproporcionalidade entre a cobertura da mídia sobre a meia tonelada de cocaína encontrada no helicóptero da família Perrella, ligada a Aécio, e o emprego de José Dirceu em um hotel de Brasília.
Não é loucura minha, leiam aqui:
http://migre.me/h1o8g
Imagino que o próximo passo dessa lavagem de biografia seja mostrar Aécio colhendo flores no Morumbi e as entregando a pobres zumbis da cracolândia de São Paulo, em reportagem exclusiva do Fantástico.
Mas, aí, vem José Serra, tranquilo e infalível como Bruce Lee.
Porque quando o assunto é detonar Aécio Neves, Serra não falha e anuncia: 2014 vai ser o ano da cocaína!
Podem rir à vontade, agora.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Na Globo, Jô e Cantanhêde passam a noite atacando Lula, Dilma e o PT


A madrugada de segunda para terça-feira foi uma farra para a oposição ao governo Dilma Rousseff. A concessão pública de TV entregue à família Marinho se transformou em palanque para ataques à presidente da República, ao ex-presidente Lula e ao partido de ambos.
Em clima de festa, o apresentador global Jô Soares e sua entrevistada principal da noite, a colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde, demonstravam uma excitação incontida com o cenário político desfavorável ao governo federal.
Quem tiver interesse em ver com os próprios olhos e ouvir com os próprios ouvidos o uso de uma concessão pública com fins político-partidários, pode clicar aqui. Ou, então, pode ler este relato.
Em um dos momentos mais bizarros, a dupla “acusou” Lula de ser o “culpado” por trazer para o Brasil a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e por Dilma Rousseff e Fernando Haddad terem sido eleitos.
Além de terem passado 41 minutos e 30 segundos falando exclusivamente mal de Lula, Dilma e PT, o apresentador e sua convidada também agiram como porta-vozes do que chamaram de “o movimento”, referindo-se à onda de protestos que eclodiu pelo país no mês de junho.
A dupla atribuiu esse movimento a uma revolta contra o “petismo”, que “ninguém aguenta mais”.
E não faltaram, claro, os elogios à “beleza” de um “movimento” que teve como subproduto 15 mortes, centenas de feridos, prejuízos bilionários ao patrimônio privado e público, desmoralização da imagem do país diante do mundo e problemas econômicos que ainda serão conhecidos.
Na maior parte do tempo, Jô e Cantanhêde referiam-se a Lula, Dilma e PT como “eles”, enquanto se dirigiam a uma plateia selecionada com o óbvio intuito de vibrar com os ataques, batendo palmas, assoviando e gargalhando.
Não houve o menor traço de jornalismo, no programa. O tom de voz afetado da dupla, as ironias, o foco exclusivo em políticos petistas, ignorava que governos estaduais e municipais ocupados por partidos de oposição ao governo federal também foram alvos de protestos.
Jô e Cantanhêde vibraram especialmente com as agressões que militantes do PT sofreram por todo país ao tentarem participar dos protestos. Contudo, não falaram em agressões. Disseram, apenas, que o PT tentou “infiltrar” membros e os “infiltrados” foram convidados a se retirar.
A isso, seguiu-se uma longa demonização de partidos políticos, apresentados como ilegítimos em manifestações populares, apesar de serem a mais legítima expressão da vontade popular.
Em determinado momento, Cantanhêde opinou que “os políticos” correm o risco de ser “tirados de lá”, ou seja, de serem depostos “pelas ruas”. Como os alvos dos ataques foram todos petistas, a impressão que ficou é a de que o risco vale só para eles.
Não poderia faltar, também, pouco caso ao povo. Sobre o plebiscito pela reforma política, Cantanhêde disse que “a Maria” – referindo-se claramente a uma empregada doméstica – não teria condições de entender a consulta ao povo por “não ter estudado para isso”.
O uso escancarado de grandes redes de televisão com fins político-partidários, a fim de atacar um grupo político específico, explica a situação política do governo Dilma e do partido do governo, o PT.
O ódio da classe social que mandou seus filhos à rua em junho nasceu do uso reiterado das televisões com finalidade de destruir aquele grupo político e seus expoentes, com a ajuda inestimável do imobilismo das autoridades diante do que é nitidamente ilegal, pois televisão não pode ser usada com esse fim fora do horário eleitoral do TSE.
Nenhum programa semestral de partido político adversário do governo federal foi mais agressivo a ele e ao seu partido do que têm sido programas como esse do Jô Soares. Esse uso ilegal de concessão pública, esse abuso de poder econômico desequilibra a disputa política.
No mínimo, o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma Rousseff deveriam representar contra a Globo na Justiça Eleitoral. Caberia, inclusive, uma declaração forte da presidente. Acontecerá? Nunca.
Eis por que vai ficando cada vez mais difícil a reeleição da presidente da República. Ela e seu partido se renderam. Continuam acreditando que após o fatídico mês de junho podem continuar impassíveis diante de ilegalidades como essa sem serem atingidos.
O grande erro do PT e de Dilma tem sido o de acreditarem que podem vencer um jogo de cartas marcadas. O outro jogador está cheio de ases na manga e o jogador prejudicado não reclama.
Para onde se olha, não há entendimento do país que emergiu do último mês de junho. O Brasil está à deriva, sem liderança política. E esse vácuo vai sendo ocupado por empresas de comunicação como a Globo. O Brasil está voltando ao passado.
Enquanto o barco afunda, a orquestra continua tocando. Alheia ao naufrágio iminente.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Caso Bolsa Família desvendado; parem a investigação da PF

Todos têm direito a ter qualquer opinião sobre qualquer coisa. E se o que pensamos sobre qualquer assunto não for injurioso, difamatório, calunioso ou preconceituoso contra pessoas ou instituições, temos o direito de difundir publicamente. Só não temos o direito de apresentar nossas convicções como fatos. Fazer isso é trapaça, pura e simplesmente.
Este Blog, por exemplo, julga que difundir um boato sobre extinção do Bolsa Família não poderia interessar ao governo federal, mas interessaria à oposição. E pensa, também, que a antecipação do pagamento do benefício pela Caixa Econômica Federal não poderia fazer os beneficiários concluírem, autonomamente, que isso significaria a extinção do programa social.
Os beneficiários do Bolsa Família somam 13 milhões de famílias, ou cerca de 50 milhões de pessoas. Estima-se que metade desse contingente – pais e mães dessas famílias beneficiadas –, vota. A mera suspeita de que o governo Dilma iria extinguir o programa por certo causaria revolta contra si em cerca de 1/5 do eleitorado brasileiro.
A oposição, no entanto, teria muito a ganhar caso fosse instilada tal dúvida nesse expressivo naco do eleitorado. Se cerca de 25 milhões de pessoas se indispusessem de forma tão veemente contra o governo, desapareceria, do dia para a noite, a vantagem que elegeu Dilma Rousseff em 2010.
Por fim, a teoria ventilada por setores da oposição e da grande mídia de que o governo espalharia o boato para depois desmenti-lo e de que, assim, mostraria aos beneficiários a importância do benefício que lhes paga, é ainda mais inverossímil. Por que o governo julgaria que os beneficiários do programa não valorizam sua importância?
A possibilidade de o governo ter sido o autor do boato cai por terra diante de matéria do portal UOL divulgada na semana passada que mostrou que mesmo após os veementes desmentidos do governo algumas famílias entrevistadas afirmaram que ainda não acreditavam que o programa Bolsa Família não iria acabar.
Sejamos francos: dizer que o governo levantaria dúvidas sobre a continuidade do programa apesar de ser facilmente imaginável que pessoas tão humildes, como mostra a matéria supracitada, poderiam demorar a acreditar que não é verdade que o benefício seria extinto, é uma literal sandice.
Resta, então, a teoria de que a antecipação do dia de pagamento do benefício pela Caixa fez os beneficiários concluírem, por si sós, que isso significaria que o Bolsa Família iria acabar.
A teoria que se tornou consenso em toda a grande imprensa brasileira e que a oposição já trata como fato inquestionável afirma que, em 24 horas, alguns beneficiários que conseguiram sacar o dinheiro antes foram capazes de espalhar por 12 ou 13 Estados – mas não em todos os 26 Estados brasileiros – que o programa social seria extinto.
A teoria de que a culpa pelo pânico é da antecipação do pagamento do Bolsa Família tampouco se dá ao trabalho de explicar por que, se essa antecipação ocorreu nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, só em 12 ou 13 Estados ocorreu o pânico. E por que só houve pânico nos Estados do Norte e do Nordeste e na Baixada Fluminense.
Essas dúvidas são mais do que suficientes para obrigar qualquer analista sério a no mínimo não tratar essa versão como fato. Ou seja: quem está tratando essa suposição sobre o pânico dessas famílias como fato está tentando enganar a sociedade, está mentindo.
A conduta esperável de um grande meio de comunicação ou de um jornalista de renome ou de um líder político de expressão é a de aguardar a conclusão da investigação do ocorrido pela Polícia Federal, conclusão que, inclusive, poderá ser posta em dúvida se não vier revestida de provas inquestionáveis. Mas só após ser conhecida.
Contudo, a seriedade obriga a reconhecer que pessoas que têm posições que as obrigam a ter responsabilidade no tratamento de um caso assim e que não poderiam se antecipar e difundir conclusões como verdades absolutas, infelizmente não estão só na oposição e na mídia oposicionista.
Apesar de estarem se tornando incontáveis os jornalistas de grandes meios de comunicação e os políticos de oposição que estão difundindo como fato inquestionável a versão sobre a culpa pelo pânico ser da Caixa, a ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, foi a primeira a se aventurar em difundir conclusões precipitadas, acusando a oposição.
Um blogueiro ou um colunista de um grande jornal até podem expor suas opiniões no sentido de que possa ter ocorrido isso ou aquilo, mas políticos da oposição e autoridades do governo, nunca. Têm obrigação de, no mínimo, esperar o fim da investigação da Polícia Federal.
O principal pré-candidato de oposição a presidente da República, o senador tucano Aécio Neves, e a ministra Maria do Rosário, por exemplo, agiram muito mal. Contudo, a ministra deu apenas UMA declaração pelo Twitter e, inclusive, recuou da declaração. Errou? Sim, errou. Agora, o que Aécio Neves está fazendo é vergonhoso.
Aécio está culpando pessoalmente sua provável adversária na eleição do ano que vem e exortando-a a “pedir desculpas” pelo que ainda ninguém sabe se de fato aconteceu. Ele está sendo incrivelmente irresponsável. Está fazendo politicagem, não pode fazer as afirmações que está fazendo. Está mentindo.
Quanto à “grande imprensa”, se alguém, algum dia, chegou a duvidar de que é partidária da oposição – ainda que ouse se dizer “isenta” –, não pode ter mais dúvidas. Esse bando de jornalistas que está afirmando que a antecipação do pagamento do benefício pela Caixa foi a causa do pânico daquela população sofrida, não passa de um bando de picaretas.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Colunista expõe Folha ao ridículo


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Otavinho Frias, dono da Folha de São Paulo, deve estar refletindo sobre o custo que a partidarização que impôs ao seu jornal vai cobrando à sua credibilidade. Para usar um jargão jornalístico, ao ter em seu time de colunistas uma militante política como Eliane Cantanhêde, a Folha acaba de colher uma volumosa “barriga” (notícia falsa publicada em destaque).
A “barriga” ocorreu porque, na última segunda feira, esse jornal jogou lenha em uma fogueira acesa pelo concorrente Estadão na semana anterior, sobre iminente “racionamento de energia elétrica no país” devido à falta de chuvas que fez diminuir o nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Confiando no taco da colunista Eliane Cantanhêde, esposa de um dos marqueteiros do PSDB, o jornal divulgou, no último dia 7, manchete principal de primeira página difundindo uma suposta “reunião de emergência” do governo para tratar do tal “risco de racionamento”.
Diante de notícia tão alarmista e divulgada com tanto destaque, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ligou para Cantanhêde, autora da matéria em tela, para informar que a reunião não fora convocada por Dilma e nem era de “emergência”, pois integrava um cronograma de reuniões ordinárias do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que acontece todos os meses. E divulgou, no site do Ministério, o cronograma de reuniões para 2013.
Veja, abaixo, o cronograma.
Desmontada a farsa da Folha, produzida por Cantanhêde, sobre ser reunião de “emergência”, a colunista não se deu por vencida e, em sua coluna da última quinta-feira (10), tentou remendar a “barriga” a que induziu seu empregador. Veja, abaixo, a coluna.
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Folha de São Paulo
10 de janeiro de 2013
Eliane Cantanhêde.
Aos 45 do segundo tempo
BRASÍLIA – Como previsto, o governo tentou desmentir a manchete de segunda da Folha sobre a reunião de emergência do setor elétrico marcada para ontem para discutir o nível preocupante dos reservatórios, ou o que o setor privado vem chamando, talvez com exagero, de “risco de racionamento”.
Desmentir notícias desconfortáveis, aliás, é comum a todos os governos: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”.
Por isso, guardei uma carta, literalmente, na manga: o e-mail enviado por um dos órgãos participantes às 17h56 da última sexta-feira: “A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informa aos agentes que a 53ª Assembleia Geral Extraordinária foi transferida para o dia 14 de janeiro [...]. O adiamento deve-se à coincidência da data anterior [9/1] com a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), convocada pelo Ministério de Minas e Energia”.
Não se desmarcam assembleias gerais do dia para a noite, porque elas custam um dinheirão, envolvem dezenas de pessoas na organização, centenas de convidados e deslocamentos. A CCEE só fez isso porque foi convocada de última hora, cinco dias antes, para a reunião de Brasília.
O governo, porém, insiste que é coincidência que a reunião ocorra no meio do turbilhão -e da assimetria das chuvas. O ministro Lobão até me disse que estava marcada havia “um ano”. Para comprovar, me remeteu para o cronograma de reuniões no site do ministério.
Sim, estava lá, mas o cronograma foi postado no site precisamente às 15h14min30s de segunda, dia 7, horas depois de a manchete da Folha sacudir o governo, o setor, talvez o leitor/consumidor.
Há muito o que discutir: as falhas do sistema, a falta de planejamento, a birra de são Pedro, os custos das térmicas e, enfim, como ser transparente com indústrias, concessionárias e usuários. Aliás, uma obrigação de qualquer governo.
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Nem seria necessário mais nada para entender que a tese salvacionista de Cantanhêde não se sustentava, pois bastaria ver o cronograma de reuniões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para saber se, como a colunista insinuou, tal cronograma fora composto às pressas para desmentir a tese da “reunião de emergência”.
O Ministério das Minas e Energia, porém, antecipou-se ao que este blog iria publicar e enviou carta ao jornal provando que nunca houve reunião de emergência alguma, conforme a “barriga” que o veículo cometeu sob influência de sua colunista. Sem remédio, a Folha publicou a carta em sua edição desta sexta-feira. Veja, abaixo, a manifestação do Ministério.
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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Painel do Leitor
Energia
No dia 7/1, a Folha publicou a seguinte manchete de capa: “Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico”, com o subtítulo “Reunião de emergência discutirá propostas para evitar riscos de racionamento”. O texto remetia para reportagem em “Mercado” sob o título “Racionamento de luz acende sinal amarelo”.
Tratava-se de uma desinformação. Na mesma data da publicação, preocupado com a repercussão da reportagem, principalmente nas Bolsas, o ministro Edison Lobão, em telefonema à autora da reportagem, a jornalista Eliane Cantanhêde, esclareceu que a reunião em referência não fora convocada pela presidenta da República, nem tinha caráter de emergência. Tratava-se, conforme relatou, de reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada desde o ano passado.
Além desses esclarecimentos não terem sido prestados na reportagem sobre o assunto publicada em 8/1 (“Lobão confirma reunião, mas descarta riscos”, “Mercado”), a jornalista, na coluna “Aos 45 do segundo tempo” (“Opinião”, ontem), põe em dúvida a veracidade das informações do Ministério de Minas e Energia. Para que não reste dúvida sobre o assunto, consta na ata da 122ª Reunião do CMSE, realizada em 13/12/2012, precisamente no item 12, a decisão de realizar no dia 9/1/2013 a referida reunião ordinária.
Antonio Carlos Lima, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)
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Como este blog opinou no texto Imprensa tucana inventa apagão para tentar sabotar a economia, o Ministério das Minas e Energia também entendeu que a matéria tinha, se não objetivo, ao menos potencial para tumultuar a economia, do que decorreu queda do valor das ações das empresas geradoras de energia, as quais, desfeita a farsa, recuperaram-se na última quinta-feira.
O mais engraçado mesmo, porém, foi a tréplica de Eliane Cantanhêde tentando salvar sua matéria irresponsável, alarmista, criminosa mesmo. Leia abaixo.
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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Painel do Leitor
RESPOSTA DA JORNALISTA ELIANE CANTANHÊDE – De fato, a reunião foi marcada em dezembro, mas, diante dos níveis preocupantes dos reservatórios, ganhou caráter emergencial – evidenciado pela intensa movimentação do governo. A Folha contemplou no dia 8/1 a versão do ministro de que não havia risco de racionamento.
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É piada, não é mesmo? A matéria de Cantanhêde na Folha do dia 7 não disse que a reunião “ganhou caráter emergencial” devido aos “níveis preocupantes dos reservatórios”; disse que era de emergência, convocada às pressas. Não foi por outra razão que a própria Folha retificou a matéria mentirosa e alarmista logo abaixo da resposta de sua colunista, na seção “Erramos”.
Veja, abaixo, a retratação da Folha – obviamente que sem o destaque que o jornal deu à  “barriga” que cometeu por obra e graça de uma “jornalista” cujo trabalho, há muito, pauta-se por motivações político-partidárias, para dizer o mínimo.
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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Seção “Erramos”
MERCADO (7.JAN, PÁG. B1) A reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico havia sido marcada em 13 de dezembro de 2012, e não neste ano, conforme informou a reportagem “Racionamento de luz acende sinal amarelo”, de Eliane Cantanhêde.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Folha diz na 1ª página que “PT” está “à beira da prisão”


de
Na verdade, a frase no alto da primeira página da edição da Folha de São Paulo desta quinta-feira (30.08) é atribuída pelo jornal à esposa do publicitário Gilnei Rampazzo, sócio de Luiz Gonzalez, marqueteiro de José Serra e do PSDB há incontáveis eleições. A frase textual que compõe a manchete é a seguinte:
Eliane Cantanhêde: PT à beira da prisão é motivo de constrangimento
Fico imaginando o tamanho da prisão que terá que ser construída para abrigar um partido com 1.549.180 filiados caso “o PT” seja preso. Aliás, segundo essa manchete delirante, mal-intencionada, criminosa, a presidente Dilma Rousseff já pode ir preparando sua malinha para esperar o camburão vir recolhê-la, certo?
Quem é tão burro para acreditar em um jornal como a Folha de São Paulo? Aquilo nem um partido político é – nenhum partido seria tão burro de acusar um partido adversário inteiro por um escândalo que envolve seus filiados simplesmente porque todos os partidos têm membros envolvidos em escândalos.
Assim sendo, quando o mensalão do PSDB for a julgamento no STF – se é que as penas não prescreverão antes – e surgirem condenações, será que essa militante tucana travestida de jornalista dirá que “o PSDB” está “à beira da prisão”? E se escrevesse, será que a Folha colocaria essa cretinice na primeira página?
Esse esforço dessa imprensa criminosa para atingir todo um partido político pelo envolvimento de alguns poucos membros seus em um escândalo em que fatos e invenções convivem lado a lado, de acordo com a história recente está fadado ao fracasso.
Quem tem um pingo de memória sabe que o mensalão “petista” foi julgado no tribunal popular em 2006 e o partido foi amplamente absolvido. Neste ano, não se percebem efeitos eleitorais dignos de nota, do que é prova a ascensão do candidato Fernando Haddad em São Paulo mesmo com o dilúvio midiático sobre o mensalão.
A primeira página da Folha de São Paulo de 30 de agosto de 2012 equivale às primeiras páginas desse panfleto partidário tucano que reproduziram ficha policial falsa da hoje presidente Dilma Rousseff, acusação ao ex-presidente Lula de ter assassinado as vítimas do acidente com o avião da TAM e a acusação a ele de ser “estuprador”.
De resto, espera-se que o PT processe a Folha de São Paulo e represente à Procuradoria Geral Eleitoral contra uma jogada política baixa, suja, mesquinha e burra como só uma família que lambeu as botas da ditadura militar e a serviu com vassalagem inaudita, como fez a família Frias, sabe produzir.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mensagem para D. Eliane Cantanhede

Amigos,
Tomamos a liberdade de enviar para D. Eliane Cantanhede a mensagem abaixo, distribuída na blogosfera [leia, adiante]. Assim, pelo menos, damos a ela a chance de ler melhor jornalismo - que D. Eliane não faz porque não quer ou porque não sabe, o que não nos interessa nem preocupa, porque esse é o problema da D. Eliane.
O nosso problema é que os leitores consumidores PAGANTES da Folha de S.Paulo e telespectadores PAGANTES da Globo News TEMOS DIREITO a melhor jornalismo que o 'jornalismo' que essas empresas nos impingem. E não teremos melhor jornalismo, enquanto aquelas empresas nos impingirem os 'jornalistas' que nos impingem.
Enganados, sempre, por jornalistas empregados e empresas jornalísticas, no Brasil, somos nós, os consumidores PAGANTES ADIMPLENTES. Até quando, IDEC?!
D. Eliane Cantanhede já foi vista às gargalhadas, no 'sofá da Hebe', exibindo uma cueca estampada com uma estrela vermelha. Às gargalhadas. Nenhum pejo, nenhuma decência, nenhuma elegância.
D. Eliane já deu incontáveis demonstrações de que não tem nem vestígio de qualquer consciência civilizada "das fatalidades humanas, dos erros" - na expressão correta de Aldo Rebelo, deputado comunista, ontem, ao tomar posse no ministério dos Esportes.
Jornalismo e jornalistas que não tenham NEM alguma consciência civilizada "das fatalidades humanas, dos erros", quer dizer, que não tenham NEM ISSO, e vivam de pregar uma 'ética' de 'faça justiça com as próprias mãos', 'ética' de assassinar reputações, 'ética' de condenar e degolar e impedir qualquer julgamento civilizado... Meu Deus! Acordem!
Se esse jornalismo de esgoto e esses jornalistas de esgoto nos fossem dados DE GRAÇA, já dariam prejuízo ao público exposto a esse tragicômico 'jornalismo' brasileiro! Até quando, IDEC, pelo amor de Deus!
O fato de D. Eliane ainda escrever na página 2 da Folha de S.Paulo, mesmo depois daquela cena horrenda, no sofá de D. Hebe, diz muito sobre o que é o 'jornalismo' da Folha de S.Paulo, jornalismo e empresa que já estão em extinção, como todos sabem. Quando o 'jornalismo' da Folha de S.Paulo estiver completamente extinto, o Brasil terá, afinal, preenchido uma lacuna. Chegaremos lá!
D. Eliane tentou carreira como 'âncora' num telejornal que Ana Maria Padrão iniciava, faz tempo. Ali, D. Eliane não durou nem uma semana. Provavelmente, Ana Maria Padrão viu, imediatamente, o que o público veria com certeza. É provável que não tenha querido comprometer o próprio prestígio, aliando-se àquele fracasso. Fato é que Ana Maria Padrão descartou D. Eliane, ainda na fase de testes para o novo telejornal.
Na Folha de S.Paulo, D. Eliane dedicou-se também ao crime de absolver, por conta própria os pilotos do avião Legacy que colidiu com um grande avião de carreira, provocando a morte de 154 passageiros. Os pilotos depois foram condenados em tribunal regular. D. Eliane, evidentemente, não 'noticiou' nem 'colunou' a condenação dos pilotos norte-americanos que ela absolvera 'preventivamente'.
Depois, sempre na Folha de S.Paulo, D. Eliane dedicou-se ao crime de 'ensinar' pessoas a tomarem várias doses de vacinas contra a febre amarela. Nesse caso, D. Eliane, delirante, entendeu que bastaria uma epidemia de febre amarela que ela inventasse e disseminasse, para conseguir derrubar governo democrático, eleito em eleições democráticas, cujo principal defeito, pela avaliação de D. Eliane e de seus capi, era não ser o governo que aqueles capi mafiosos tucano-midiáticos e do marketing-empresa apoiavam, contra a maioria dos eleitores no Brasil.
Da campanha alucinada a favor da febre amarela que D. Eliane comandou, resultaram vários mortos, pessoas que, mal informadas e com medo, tomaram várias vacinas contra a febre amarela, quando os médicos insistentemente recomendavam que se tomasse só uma dose.
Nesses dois casos de 'jornalismo' assassino, D. Eliane mostrou-se 'isenta' à moda da bandidagem. Como aqueles bandidos que, entrevistados, declaram, sem sinal de vergonha ou remorso e às vezes até sorrindo: "amarrei ele e apaguei ele". D. Eliane faz mal ao Brasil. É como uma peste, uma praga. É a neo-saúva (e faz tempo).
Nesta quarta-feira, D. Eliane Cantanhede atacou novamente.
Nesta quarta-feira - no canal Globo News, do sempre mesmo Grupo GAFE (Globo-Abril-Folha-Estadão) - D. Eliane dedicou-se a 'explicar' aos brasileiros, falando da doença do presidente Lula, que "é claro que os médicos apresentam ao paciente uma versão edulcorada das doenças".
Já começa, pois, D.Eliane, a disseminar sua neopeste recém-inventada. Depois de ter matado gente a golpes de vacina contra a febre amarela, D. Eliane já obra, agora, para matar mais gente, de câncer ou de medo.
O Brasil espera que as organizações médicas do Brasil desmintam imediatamente aquele 'jornalismo' nauseabundo de D. Eliane Cantanhede. Mas mesmo que não respondam, todos os que já tivemos ou temos casos de câncer na família, sabemos que bons médicos NÃO apresentam aos pacientes "versões edulcoradas das doenças".
D. Eliane, mais uma vez, mentiu. Mentiu a essa entidade abstrata, chamada "o telespectador". Mas mentiu também a uma entidade nada abstrata, muito real, e que são OS CONSUMIDORES de JORNAIS, REVISTAS E TELEVISÃO, que pagam para obter informação confiável e, no Brasil, são condenados a só receber, como se fosse informação fatual, aproveitável, as imbecilidades opinativas, metidas a 'jornalísticas' de D. Eliane Cantanhede, agora também pela Globo News, e agora também... sobre câncer.
O problema dos brasileiros consumidores pagantes do 'jornalismo' que há é problema sobre o qual poucos falam. E é preciso falar MUITO sobre isso. Essa é uma importante frente de luta contra o jornalismo-empresa - que desgraça o mundo, túmulo de todas as democracias, em todo o planeta. E é uma frente de luta que nos afasta do lodaçal liberal ideológico e fala, diretamente - e fala grosso! - a linguagem dos interesses econômico de empresas jornalísticas e seus anunciantes.
Os consumidores brasileiros já sabem até procurar pela data de validade dos produtos postos à venda nos supermercados. Esses saberes foram conquistas a duras penas, contra as empresas interessadas em vender remédio vencido e, até, remédio falsificado. São conquistas do público, contra, muitas vezes, também os interesses privados das empresas jornalísticas. É é luta que os progressistas vencemos.
Mas esses mesmos consumidores que PAGAM para obter informação, ainda não sabem que 'jornalismo' como o que D. Eliane Cantanhede lhes impinge é risco muito mais mortal que comprar peixe podre, oferecido pelas empresas-imprensa que o produzem como se fosse peixe bom para a saúde.
O que tenha a ver com o engodo propriamente 'jornalístico', muitos já aprenderam a ver e veem. Os que já viram o engodo 'jornalístico', no Brasil, felizmente, já são milhões. Basta ver que, por maior e incansável que tenha sido o trabalho de D. Eliane Cantanhede para conseguir eleger os candidatos de sua falange político-marketada travestida de 'informação' e 'jornalismo', ela fracassou. O Brasil elegeu e relegeu já em três eleições presidenciais, candidatos que NUNCA foram os que pagam para que D. Eliane trabalhe por eles, mas pelos quais, verdade seja dita, ela trabalharia também de graça: essa é a definição perfeita do "fascista sincero".
Pode-se dizer que o problema jornalístico é pequeno - e tem muito mais a ver como futuro do jornalismo-empresa que se faz no Brasil e o futuro dos empregos para jornalistas, do que, propriamente, com o futuro do Brasil e os brasileiros. Diga e deseje D. Eliane o que for, os brasileiros já aprendemos a não crer em suas tolices marketosas fundamentalistas.
A impressão que se tem é que só alguns petistas simplórios (viciados em se-lamentação, que adoram declarar-se perseguidos) e alguns fascistas do PSDB e DEM (quanto menos votos têm, mais aparecem na 'midia'! [risos, risos]. Quem se lembra do 'aguerrido' senador Arthur Virgílio?! [risos, risos]) ainda leem e citam a Folha de S.Paulo e a revista (NÃO)Veja. Tudo isso acabou. Ou acabará completamente, em breve.
Mas o problema dos consumidores brasileiros PAGANTES desse jornalismo podre, esse problema, verdade seja dita, é como se não existisse! Como se não bastasse o problema ser absolutamente invisível no Brasil, não faltam 'jornalistas' e empresas jornalísticas que fazem muito dinheiro, ainda e sempre, hoje, vivendo de 'ensinar' aos consumidores do mesmo jornalismo podre que produzem, que jornalismo podre faz muito bem à saúde e à democracia e deve, sim, ser consumido em altas doses. A essa campanha a favor de jornalismo podre, patrões e empregados jornalistas, no Brasil, chamam "defender a liberdade de expressão"... do peixe podre.
É como se o Brasil já tivesse derrotado o PIG (Partido da Imprensa Golpista) -- que derrotamos nas eleições, só até agora, três vezes!. Mas ainda não derrotamos o Grupo GAFE (Globo-Abril-Folha-Estadão), que continua ativo.
A parte boa é que é preciso ser muito mais e melhor propagandista fascista e divulgador de opiniões de fascistização da opinião pública, para convencer alguém de que opiniões de D. Eliane sobre "médicos" e sobre "câncer" contenham uma vírgula, que seja, de opinião que interessa ao bem de alguém. Nem o mais 'verde' ongueiro de salão burguês acreditaria que o peixe podre também é gente e tem direitos. Isso, essa autoevidência que a maioria já viu e entende, aparece nas eleições.
Amigo nosso, norte-americano, que assistiu ao programa do Canal Globo News, ontem, no qual D. Eliane Cantanhede disse o que disse, e que jamais ouvira falar de D. Eliane Cantanhede - o felizardo! - assistiu àquilo, pelo Canal Globo News, e disse: "Sarah Palin is a better human being. This journalist is a sordid person." Está dito, pois, até em inglês! Jornalismo sórdido. Empresa sórdida. Profissional sórdida. Pessoa sórdida.
Avisem lá aos anunciantes do canal Globo News. Isso, que aqui vai, é a opinião do consumidor PAGANTE: D. Eliane Cantanhede, a Folha de S.Paulo e o canal Globo News, por aqui, NUNCA MAIS!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Cantanhêde, inspirada pelo perfume da massa cheirosa

Assim é o bolsa-família dos sonhos de nossa sub-elite
Ela voltou! Depois de férias, eis que ressurge, em grande estilo, nas páginas da Folha de S. Paulo, Eliane Cantanhêde, ex-especialista em aviação de caça e em relações militares, agora como – sabe-se lá por que experiências – guia de compras em Miami.
“A classe média vai ao paraíso: às compras nos EUA. Também, pudera. Um casaco que aqui custa R$ 800 sai por US$ 200 (menos de R$ 400) lá. Uma blusa de seda, R$ 500 aqui, US$ 60 lá. Um macacão de bebê, R$100 aqui, US$ 10 lá. Bons lençóis, R$ 600 aqui, US$ 50 lá. Eletrônicos? Nem se fala. A diferença é tão grande que as passagens saem de graça. Então, vai a família inteira -pai, mãe, filhos adultos, crianças, netos. Na volta, as malas enormes e empilhadas são um espanto.”
Sentiram o padrão da massa cheirosa?
A culpa, é claro, é da nossa carga fiscal.
“E ainda me vêm com essa história de recriação da CPMF?”, reclama a moça elegante, ainda com as sacolas de compras.
Os lençóis puídos de nossos hospitais públicos não são de 600 fios, é claro, para merecerem um impostinho.
Não, não, precisamos lutar com energia e coragem, convoca a jornalista.
“Depois das manifestações no Sete de Setembro em Brasília, começa a mobilização na internet para novos atos pelo país no dia 20. No Rio, por exemplo, será na emblemática Cinelândia. O grito de guerra é “abaixo a corrupção”. Mas bem que poderia evoluir para “abaixo a corrupção, os impostos astronômicos, os maiores juros do planeta”. Parece mais saudável do que voar o tempo todo para Miami”.
A massa cheirosa não terá dificuldades em chegar à Cinelândia, pois o metrô vai à Ipanema, construído com os impostos astronômicos.
Nem para ir a Miami, porque as passagens estão baratas – curioso, apesar dos impostos astronômicos – e os maiores juros do planeta garantiram uma grana ali no fundo de renda fixa.
Fique tranquila, D. Cantanhêde, a Presidenta já garantiu que não virá uma nova CPMF. Mas não garantiu que não virá mais um “imposto astronômico”, destes que taxem consumo no exterior, compras de luxo e grandes fortunas.
É triste o retrato da sub-elite brasileira, desta que acha Miami o paraíso e que não acha absurdo que um mês de trabalho de um brasileiro possa custar menos que um lençol, porque as domésticas estão muito exigentes, agora.
PS. E para quem acha que isso é exagero, recomendo a leitura do Premio Nobel de Economia, Paul Krugman, há dois dias: “Atualmente – os melhores ou, pelo menos, os supostos homens e mulheres sensatos que deveriam estar cuidando do bem-estar da nação, não têm essa convicção, enquanto que os piores, representados por uma boa maioria dos republicanos, estão tomados por uma fúria irascível”

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O insensato coração de madame


Chega a ser difícil eleger o adjetivo mais adequado para a forma como a grande imprensa trata a blogosfera em detrimento das demais redes sociais. Pode-se discordar dos blogs, mas não há mais quem lhes subestime a importância. Sobretudo depois do último fim de semana…
Esse setor da imprensa – que não é só a corporativa –, porém, trata os blogueiros com um misto de arrogância, desconfiança e medo, sem falar nos golpes baixos como, por exemplo, o de lhes fazer acusações veladas indiscriminadamente e sem maiores detalhes.
Poderia ser qualquer um desses colunistas da grande imprensa de São Paulo e do Rio, a ilustrar este texto. Neste caso, trata-se de alguém que sofreu impressionante metamorfose após a chegada de Lula ao poder. A personagem é Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo.
Este blogueiro tem um computador velho e quebrado que guarda dentro de si trocas de e-mails que manteve com Eliane entre 2000 e 2001 e que mostram que a colunista da Folha pensava bem diferente sobre a imprensa. Um dia desses, essas mensagens serão recuperadas.
Enquanto isso, é importante abordar ataque que os blogueiros que se reuniram em Brasília com o ex-presidente Lula no último fim de semana sofreram dessa colunista na edição da Folha desta terça-feira. Abaixo, o texto:
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FOLHA DE SÃO PAULO
21 de junho de 2011
ELIANE CANTANHÊDE
Não fosse a imprensa…
BRASÍLIA - Quem descobriu que o poderoso Palocci havia multiplicado seu patrimônio por 20 em quatro anos e acabara de comprar um apartamento pela bagatela de R$ 6,6 milhões foi a imprensa: os repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credendio, da Folha.
Quem acrescentou que Palocci ganhara R$ 20 milhões no ano eleitoral e que metade disso foi quando já era chefe da transição e virtual homem forte do governo Dilma foi a imprensa: a repórter Catia Seabra, da mesma Folha.
Quem alertou para os riscos de libertinagem orçamentária com o tal RDC (Regime Diferenciado de Contratações) para a Copa e a Olimpíada foi a imprensa.
Quem também identificou um contrabando que vincula a transparência dos contratos à “conveniência do Executivo” foi a… imprensa. Ou seja: estão afrouxando as regras das licitações e do fluxo do dinheiro público para a iniciativa privada e mantendo tudo bem escondidinho do distinto público pagante.
De Sarney, sobre o RDC: “Nós devemos encontrar uma maneira de retirar esse artigo, uma vez que ele dá margem inevitavelmente a que se levante muitas dúvidas sobre os orçamentos da Copa”. Palavras dele, hein, gente?!
E, enfim, quem mostrou o recuo na questão do sigilo eterno de documentos públicos foi a imprensa, o que colocou o governo numa gangorra, para cima e para baixo, sem encontrar o equilíbrio entre o que a pessoa física Dilma pensa e o que a pessoa pública Dilma precisa fazer.
É por isso que Lula se encontra com os tais “blogueiros independentes” (sic, porque muitos são, mas nem todos…) e desanda a falar em controle da imprensa. Nem se tocou aqui em mensalão…
Some-se o silêncio da imprensa ao sigilo do patrimônio de autoridades, ao sigilo dos documentos oficiais e ao sigilo dos contratos e gastos da Copa e da Olimpíada e tem-se o ambiente perfeito para… ah! você sabe. É como o diabo gosta.
elianec@uol.com.br
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Abstenhamo-nos de considerações sobre a pessoa Eliane Cantanhêde. Ela não importa. O que importa é o que diz, pois integra um mantra que seus colegas de Folhas, Vejas, Estadões e Globos repetem em uníssono e que mostra a importância da blogosfera progressista.
Em primeiro lugar, há que ter em mente que ninguém chuta cachorro morto. Os ataques ao II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas só mostram que a blogosfera vai sendo levada cada vez mais a sério pela imprensa corporativa e conservadora.
A autocongratulação do texto de Eliane mostra como essa imprensa perdeu a conexão com a realidade a um ponto em que já confessa abertamente o seu partidarismo político enquanto distribui acusações veladas e sem dar nomes aos bois.
Ao enumerar os feitos denuncistas da imprensa em que trabalha, Eliane não teve o cuidado de elencar ao menos um que atingisse a oposição onde ela é situação, ou seja, nos Estados. Provavelmente, porque não existe.
No caso da Folha, a omissão em fiscalizar o governo do Estado em que está sediada é mais escandalosa. Uma centena de CPIs paradas na Assembléia Legislativa paulista, escândalos e mais escândalos sendo investigados na Justiça e esse jornal dificilmente noticia alguma coisa.
Talvez o maior escândalo na administração paulista, atualmente, seja o das obras de desassoreamento do Rio Tietê, que o grupo Folha até chegou a divulgar rapidamente na internet – durou um dia, o noticiário –, mas omitiu em sua edição impressa.
Eliane não quer que Lula prestigie os blogueiros porque “a imprensa” em que trabalha levanta escândalos só contra o lado do ex-presidente? É isso o que essa senhora cobra em sua coluna supra reproduzida?
Que tipo de jornalismo faz insinuação tão barata de que alguns blogueiros dependem do governo Dilma? Quem são os “dependentes”? Ela se referiu à Comissão Organizadora do Encontro dos blogueiros ou às centenas deles que integram o movimento?
A imprensa de Eliane precisa aprender com os blogueiros a aceitar críticas. Aliás, já que tantos jornalistas da Folha acessam este blog, poderiam tentar aprender com o seu signatário a encarar as críticas com naturalidade.
Nos comentários deste blog há ataques ferozes a ele. No Encontro de Blogueiros do fim de semana, alguém que não gostou do que leu aqui levou cartazes detratando este blogueiro, que, como parte da Comissão Organizadora do evento, defendeu que não fossem retirados.
A imprensa que Eliane representa não consegue conviver com críticas. Qualquer objeção que se faça ao seu trabalho é tratada como ímpeto censor, apesar de que o que se quer é o direito de ocupar espaços para dar ao público o lado da moeda que essa imprensa esconde.
O que o leitor está vendo nesta crônica, pois, é o insensato coração de madame imprensa.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Maria do Rosário ganhou: Johnbim vai embora. Dilma é pelos Direitos Humanos



Videla é direito, humano e encarcerado

Se tem alguém que entende de Nelson Johnbim, além do embaixador americano, é a notável colonista (*) Eliane Cantanhêde, especialista em Ar, da Folha (**).

Cantanhêde diz que Johnbim vai embora até julho, porque detesta Guimarães Rosa.

Foi ela quem disse que o Lula precisava mais do Johnbim do que o Johnbim do Lula.

Lula deixou Johnbim de herança para fazer dele o Marechal Lott da JK de saias.

Só que a JK de saias não é o JK.

E ela prefere a Maria do Rosário, com quem o Johnbim não ia “c… e andar”.

A divergência entre a Presidenta e o Ministro da Defesa pró-americano não é sobre Guimarães Rosa.

É sobre a Comissão da Verdade, os Direitos Humanos.

Como se sabe, se pudesse, Johnbim faria como o General Videla, da Argentina, hoje devidamente encarcerado, que diante das acusações de tortura, criou o slogan “os argentinos são direitos e humanos”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dilma desafia direita e veste “saia justa”


Blog Cidadania-Eduardo Guimarães
Saiba, em três atos, como a presidenta Dilma, que cada vez mais vai se mostrando avessa à política discursiva, parece que irá recorrer à política gestual, de maneira a efetivamente exercer a liderança política inerente ao cargo ao qual foi guindada por sólida maioria dos eleitores brasileiros.
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1º ATO
FOLHA DE SÃO PAULO, 25 de janeiro de 2011
ELIANE CANTANHÊDE  ( a entendida em caças para FAB- grifo o apedeuta)
Lenço justo, saia justíssima
BRASÍLIA – Ao desembarcar em Buenos Aires no dia 31 para sua primeira visita internacional depois de eleita, Dilma Rousseff vai enfrentar a maior saia justa -ou melhor, o maior lenço justo.
A Argentina revogou a anistia para permitir que os torturadores da ditadura fossem julgados e punidos. Aqui, diferentemente, o Supremo acaba de ratificar, digamos assim, a Lei da Anistia de 1979.
E se Dilma for chamada a meter na cabeça um daqueles lenços das Mães da Praça de Maio, que desde os anos 1970 cobram justiça e informações sobre o paradeiros de seus filhos e netos? Que interpretação isso terá em Brasília e arredores?
Como mulher, democrata e ex-guerrilheira torturada na juventude, Dilma não pode recusar o lenço, denso de simbologia. Mas, no Brasil, não há consenso para a revisão da Lei da Anistia e a questão não está em pauta neste início de governo, quando Dilma tem outras prioridades. Inclusive não criar turbulências políticas.
O mais provável é um acordão bem costurado entre o Planalto, a Casa Rosada e as duas chancelarias para que Dilma passe ao largo do lenço e do constrangimento. Combinar com “as adversárias” vai ser fácil, porque as Mães da Praça de Maio, líderes da justiça e da luta pelos direitos humanos, foram cooptadas pelo casal Kirchner. Se antes se reuniam na praça, agora tomam chá dentro da Casa Rosada e fazem oposição à oposição.
Mais ou menos como ocorreu no Brasil, onde MST, CUT, UNE e os chamados “movimentos sociais” se recolheram no governo Lula, negligenciando como força de pressão e de cobrança para dizer “amém”.
Ao meter o boné do MST na cabeça, Lula provocou uma discussão infindável -e estéril- no seu primeiro ano de governo. Ao pisar na Argentina, Dilma terá de saber se quer ou não usar o lenço branco e que tipo de consequência pretende provocar internamente.
É bem mais do que só saia justa.
2º ATO
CARTA CAPITAL, 28 de janeiro de 2011
MINO CARTA
O fantasma fardado e outras histórias
A presidenta Dilma Rousseff parte dia 31 para uma visita a Buenos Aires e está previsto seu encontro com as “mães da Plaza de Mayo”, as valentes cidadãs argentinas cujos filhos foram assassinados ou desapareceram durante a ditadura. Hoje elas frequentam a Casa Rosada, recebidas pela presidenta Cristina Kirchner, em um país que puniu os algozes, a começar pelos generais ditadores.
Há quem diga e até escreva que Dilma se expõe ao risco de uma “saia-justa” (não aprecio a enésima frase feita frequentada pelos nossos perdigueiros da informação, mas a leio e reproduzo) ao encontrar as mães da praça. Quem fala, ou escreve, talvez funcione como porta-voz de ambientes fardados. Ocorre, porém, que a reunião foi solicitada pela própria presidenta do Brasil, e ela sabe o que faz.
No discurso de posse, Dilma mostrou-se orgulhosa do seu passado de guerrilheira e homenageou os companheiros mortos na luta. Conta com o aplauso de CartaCapital. Foi o primeiro sinal de um propósito claro do novo governo: aprofundar o debate em torno das gravíssimas ofensas aos Direitos Humanos cometidas ao longo dos nossos anos de chumbo. O encontro de Buenos Aires confirma e sublinha a linha definida pela presidenta, a bem da memória do País.
Cada terra tem suas características, peculiaridades, tradições. O Brasil não é a Argentina. Ambos foram colônias. Nós padecemos, contudo, três séculos de escravidão. A independência não veio com a rebelião contra a metrópole e sim graças aos humores contingentes de um jovem príncipe brigado com a família. A república foi proclamada pelos generais. A resistência e a luta armada na Argentina tiveram uma participação bem maior do que se deu no Brasil, e nem por isso o terror de Estado deixou de ser menos feroz aqui do que no Prata.
Já li mais de uma vez comparações entre o número de mortos e de desaparecidos brasileiros e argentinos, de sorte a justificar que a nossa foi ditabranda. Bastaria um único assassinado. A violência, de todo modo, foi a mesma, sem contar que os nossos torturadores deram aulas aos colegas de todo o Cone Sul, habilitados por sua extraordinária competência. Se a repressão verde-oliva numericamente matou, seviciou e perseguiu menos que a argentina foi porque entendeu poder parar por aí.
Fernando Henrique Cardoso disse na terça-feira 25 ao Estadão ser favorável à abertura dos arquivos da ditadura. Surpresa. Foi ele, antes de deixar a Presidência, quem referendou a proposta do general Alberto Cardoso, que comandava seu gabinete da Segurança Institucional, de manter indevassável a rica documentação por 50 anos. No elegante português que o distingue, FHC agora declara: “Aquilo ocorreu no meu último dia de governo e alguém colocou um papel para eu assinar lá”. Deu para entender que alguém pretendia enganá-lo e que o presidente assinava sem ler. Resta o fato de que, ao chegar ao poder, o príncipe dos sociólogos recomendou: “Esqueçam o que eu disse”. Dilma teve um comportamento de outra dignidade. E não há como duvidar que saberá dar os passos certos na realização da Comissão da Verdade.
Certos significa também cautelosos, sempre que necessário. E sem o receio da “saia-justa”. Adequados a tradições que, infelizmente, ainda nos perseguem. Colonização predatória, escravidão etc. etc. As desgraças do Brasil. E mais, daninha além da conta, o golpe de 64 a provar no País a presença insuportável de um exército de ocupação, pronto a executar os planos dos Estados Unidos com a inestimável colaboração da CIA e a servir às conveniências dos titulares do privilégio e seus aspirantes. Os marchadores com Deus e pela liberdade. Que Deus e que liberdade é simples esclarecer.
O fantasma brasileiro é fardado e não há cidadão graúdo que não o tema, e também muitos miúdos. Todas as desculpas valem, na hora em que se presume seu iminente comparecimento, para, de antemão, cancelar o debate ou descartar as soluções destinadas a provocá-lo. Nada disso é digno de um país em ascensão e de democracia conquistada. Carta-Capital acredita que a presidenta saberá exorcizar o fantasma sem precipitar conflitos. Saias-justas, se quiserem.
3º ATO
PORTAL TERRA, 31 de janeiro de 2011
LARYSSA BORGES
Direto de Buenos Aires
Dilma: Avós da Praça de Maio identificam em mim o que perderam
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que as Mães e Avós da Praça de Maio, mulheres que cobram o paradeiro dos desaparecidos políticos na ditadura argentina (1976-1983), identificaram nela uma maneira de se lembrarem dos filhos desaparecidos durante os anos de chumbo no país portenho.
Dilma, que em visita de trabalho a Buenos Aires recebeu 23 mulheres que compõem a organização, foi presenteada com dois protótipos de casas populares, similares a trailers, para poder estudar uma eventual aplicação daquele modelo de moradia popular no Brasil.
“Elas fizeram uma manifestação de imenso carinho por mim. De uma certa forma identificando em mim o que elas perderam ao longo dos anos”, disse a presidente na Base Aérea de Buenos Aires, ao deixar o país. Dilma foi uma sobrevivente da tortura durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). A mães e avós da Praça de Maio buscam localizar corpos e desaparecidos da ditadura argentina (1976-1983)
“Elas me explicaram que têm uma fundação, a Fundação das Mães da Praça de Maio, e me deram duas casas de um material desenvolvido por uma tecnologia que elas falaram que é delas, misturada com uma tecnologia italiana, de forma que você faz uma casa em muito pouco tempo. Elas me disseram que é bem barato. Se eu me interessar elas me dão o preço”, disse a presidente a respeito do projeto habitacional das mães e avós.
É muito interessante porque é uma casa reta e tem todos os elementos, cozinha, banheiro e quarto. Uma delas disse que o sorriso de uma criança é algo que para ela é impagável e por isso elas passaram a trabalhar na questão da fundação”, afirmou ainda, sobre os protótipos.
Além de manter viva a memória dos desaparecidos políticos, as Mães e Avós da Praça de Maio conseguiram, através de cruzamento de informações e exames de DNA, localizar 102 homens e mulheres arrancados dos pais militantes durante a ditadura.