Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

TSE desmente que Época tenha pago a esquisitíssima pesquisa “Paraná”



No fim da tarde de quarta-feira (8), a revista Época divulgou em seu portal na internet que contratou “A primeira pesquisa sobre o segundo turno” com um tal “Instituto Paraná”. O resultado dessa pesquisa surpreendeu não só petistas mas também tucanos ao mostrar Aécio Neves disparado à frente de Dilma Rousseff (54% a 46%).
Abaixo, a chamada na home do portal de Época


Pelo inusitado dos números, o Blog procurou a campanha de Dilma Rousseff. Perguntou se o PT já dispunha de trackings ou pesquisas internas sobre o segundo turno, ao que foi informado de que o partido começa a fazer suas sondagens a partir desta quinta-feira (9).

Em seguida, a pergunta foi sobre a confiabilidade da pesquisa. Abaixo, a resposta:
Picaretagem. Dê uma olhada no site do TSE. [A pesquisa] nem está registrada no TSE como uma pesquisa comprada pela Época. No registro da pesquisa perante o TSE (BR 01064 e 01065), não consta a revista Época nem tampouco a Editora Globo como contratantes, ao contrário do afirmado pela própria Época em sua página

O Blog acolheu a sugestão da fonte e foi ao site do TSE pesquisar. Abaixo, a reprodução da página de

registro de pesquisas do TSE que mostra os números de registro da pesquisa “Paraná”.



Como se vê, a pesquisa custou R$ 62 mil e o contratante é o próprio “Instituto Paraná”.
Pelo que se entende da lei, quando o TSE pergunta a quem registra uma pesquisa eleitoral quem foi que pagou por ela, espera que lhe digam a verdade. Ora, se a revista Época diz que pagou, mas o site do TSE diz que não pagou, só há duas hipóteses: ou mente a revista ou mente o Tribunal.

Enquanto sobrevém esse fato estranho, surgem outros. O blogueiro parananese Esmael de Moraes divulga que o dono do “Instituto Paraná” é alguém chamado Murilo Hidalgo. A partir da informação de Esmael, o blogueiro Miguel do Rosário vai “fuçar” e descobre que o mesmo Hidalgo “já está nomeado para integrar o novo governo de Beto Richa” e que “deverá dirigir a Celepar, companhia de TI do estado do Paraná”.

Para fechar o círculo de estranhezas, o Blog tentou acessar o site do tal “Instituto Paraná” e o resultado você confere abaixo.



Como se vê, não abre página alguma ao digitar o endereço http://www.paranapesquisas.com.br/
A primeira tentativa de acesso foi por volta das 19 horas de quarta-feira (8). Foi tentado o acesso por mais QUATRO computadores diferentes e por dois celulares, e nada. Esperou-se mais SETE horas para tentar acessar o site, e nada.

Nesta quinta-feira (9), deve ser divulgada pesquisa Datafolha registrada no dia 4 deste mês, com campo nos dias 8 e 9. Abaixo, o registro da pesquisa.



Diante da volatilidade nas eleições de 2014, não se descarta a possibilidade de a pesquisa mostrar alguma coisa parecida, mas que a pesquisa “Paraná é “esquisita”, não há dúvida. Além de todo o exposto, Dilma aparece com menos votos no segundo turno do que teve no primeiro.

Seja como for, na tarde desta quinta o PT já terá seu primeiro tracking no segundo turno. Provavelmente, sairá antes do Datafolha. Ou este Blog ou algum outro certamente terão os números para confrontar com as pesquisas “Paraná” e Datafolha.

Independentemente da pesquisa Datafolha e do tracking do PT, entre outros, sobressai uma pergunta – e não é sobre a ligação do dono do “Instituto Paraná” com o PSDB: por que Época disse que pagou essa pesquisa, se não pagou? Será que a revista e o instituto não sabem que fazer esse tipo de coisa constitui crime eleitoral?

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Caso Bolsa Família desvendado; parem a investigação da PF

Todos têm direito a ter qualquer opinião sobre qualquer coisa. E se o que pensamos sobre qualquer assunto não for injurioso, difamatório, calunioso ou preconceituoso contra pessoas ou instituições, temos o direito de difundir publicamente. Só não temos o direito de apresentar nossas convicções como fatos. Fazer isso é trapaça, pura e simplesmente.
Este Blog, por exemplo, julga que difundir um boato sobre extinção do Bolsa Família não poderia interessar ao governo federal, mas interessaria à oposição. E pensa, também, que a antecipação do pagamento do benefício pela Caixa Econômica Federal não poderia fazer os beneficiários concluírem, autonomamente, que isso significaria a extinção do programa social.
Os beneficiários do Bolsa Família somam 13 milhões de famílias, ou cerca de 50 milhões de pessoas. Estima-se que metade desse contingente – pais e mães dessas famílias beneficiadas –, vota. A mera suspeita de que o governo Dilma iria extinguir o programa por certo causaria revolta contra si em cerca de 1/5 do eleitorado brasileiro.
A oposição, no entanto, teria muito a ganhar caso fosse instilada tal dúvida nesse expressivo naco do eleitorado. Se cerca de 25 milhões de pessoas se indispusessem de forma tão veemente contra o governo, desapareceria, do dia para a noite, a vantagem que elegeu Dilma Rousseff em 2010.
Por fim, a teoria ventilada por setores da oposição e da grande mídia de que o governo espalharia o boato para depois desmenti-lo e de que, assim, mostraria aos beneficiários a importância do benefício que lhes paga, é ainda mais inverossímil. Por que o governo julgaria que os beneficiários do programa não valorizam sua importância?
A possibilidade de o governo ter sido o autor do boato cai por terra diante de matéria do portal UOL divulgada na semana passada que mostrou que mesmo após os veementes desmentidos do governo algumas famílias entrevistadas afirmaram que ainda não acreditavam que o programa Bolsa Família não iria acabar.
Sejamos francos: dizer que o governo levantaria dúvidas sobre a continuidade do programa apesar de ser facilmente imaginável que pessoas tão humildes, como mostra a matéria supracitada, poderiam demorar a acreditar que não é verdade que o benefício seria extinto, é uma literal sandice.
Resta, então, a teoria de que a antecipação do dia de pagamento do benefício pela Caixa fez os beneficiários concluírem, por si sós, que isso significaria que o Bolsa Família iria acabar.
A teoria que se tornou consenso em toda a grande imprensa brasileira e que a oposição já trata como fato inquestionável afirma que, em 24 horas, alguns beneficiários que conseguiram sacar o dinheiro antes foram capazes de espalhar por 12 ou 13 Estados – mas não em todos os 26 Estados brasileiros – que o programa social seria extinto.
A teoria de que a culpa pelo pânico é da antecipação do pagamento do Bolsa Família tampouco se dá ao trabalho de explicar por que, se essa antecipação ocorreu nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, só em 12 ou 13 Estados ocorreu o pânico. E por que só houve pânico nos Estados do Norte e do Nordeste e na Baixada Fluminense.
Essas dúvidas são mais do que suficientes para obrigar qualquer analista sério a no mínimo não tratar essa versão como fato. Ou seja: quem está tratando essa suposição sobre o pânico dessas famílias como fato está tentando enganar a sociedade, está mentindo.
A conduta esperável de um grande meio de comunicação ou de um jornalista de renome ou de um líder político de expressão é a de aguardar a conclusão da investigação do ocorrido pela Polícia Federal, conclusão que, inclusive, poderá ser posta em dúvida se não vier revestida de provas inquestionáveis. Mas só após ser conhecida.
Contudo, a seriedade obriga a reconhecer que pessoas que têm posições que as obrigam a ter responsabilidade no tratamento de um caso assim e que não poderiam se antecipar e difundir conclusões como verdades absolutas, infelizmente não estão só na oposição e na mídia oposicionista.
Apesar de estarem se tornando incontáveis os jornalistas de grandes meios de comunicação e os políticos de oposição que estão difundindo como fato inquestionável a versão sobre a culpa pelo pânico ser da Caixa, a ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, foi a primeira a se aventurar em difundir conclusões precipitadas, acusando a oposição.
Um blogueiro ou um colunista de um grande jornal até podem expor suas opiniões no sentido de que possa ter ocorrido isso ou aquilo, mas políticos da oposição e autoridades do governo, nunca. Têm obrigação de, no mínimo, esperar o fim da investigação da Polícia Federal.
O principal pré-candidato de oposição a presidente da República, o senador tucano Aécio Neves, e a ministra Maria do Rosário, por exemplo, agiram muito mal. Contudo, a ministra deu apenas UMA declaração pelo Twitter e, inclusive, recuou da declaração. Errou? Sim, errou. Agora, o que Aécio Neves está fazendo é vergonhoso.
Aécio está culpando pessoalmente sua provável adversária na eleição do ano que vem e exortando-a a “pedir desculpas” pelo que ainda ninguém sabe se de fato aconteceu. Ele está sendo incrivelmente irresponsável. Está fazendo politicagem, não pode fazer as afirmações que está fazendo. Está mentindo.
Quanto à “grande imprensa”, se alguém, algum dia, chegou a duvidar de que é partidária da oposição – ainda que ouse se dizer “isenta” –, não pode ter mais dúvidas. Esse bando de jornalistas que está afirmando que a antecipação do pagamento do benefício pela Caixa foi a causa do pânico daquela população sofrida, não passa de um bando de picaretas.

terça-feira, 1 de março de 2011

APRENDIZES DE MADOFF GANANCIA INFECCIOSA & LAISSEZ FAIRE


 REVOLTA ÁRABE - Clique para ver a página especial



Um grupo de jovens competitivos --alguns, filhos de famílias endinheiradas, todos formados nas melhores faculdades de economia e administração do país--  operava no mercado brasileiro um esquema de pirâmide semelhante ao que gerou um rombo de US$ 30 bi nos EUA, no célebre calote da corrente especulativa administrada pelo financista  Bernard Madoff'(condenado a 150 anos de prisão). A exemplo do que aconteceu lá, a pirâmide dos aprendizes  nativos de Madoff implodiu aqui na semana passada. A ‘Porto Forte',Fomento Mercantil, criada em 2002, captava recursos no mercado , aspas para o jornal Valor de 28/02, "à margem de qualquer tipo de regulamentação ou fiscalização" das zelosas autoridades ortodoxas do BC  tupiniquim. As mesmas que devem anunciar nesta 4º feira mais um aumento na taxa de juros do país em nome da 'estabilidade'.  Os acionistas do fundo especulativo, entre eles José Ermírio de Moraes Filho, herdeiro do grupo Votorantim e membro do ‘conselho consultivo da ‘Porto', prometiam o céu na terra : remuneração mínima sem risco, na base de 160% acima dos CDIs, fosse qual fosse a taxa do CDI (o CDI é um título de transações entre bancos; sua a taxa,cobrada por um banco quando empresta a outro, funciona como um piso do mercado, semelhante a Selic). Há  alguns dias o ‘mercado' descobriu que a ‘Porto Forte' tinha ido a pique. Não dispunha de caixa para entregar o que prometera . Quem ainda estava atracado arcará com o ‘prejú' decorrente da revoada anterior dos mais espertos. O tombo, calcula-se, é  de pelo menos 50% do investimento original. A  seleta turma que levou o ‘beiço' -cerca de 450 gentis cidadãos- pertence  à fina flor das chamadas ‘classes dirigentes' nativas. Um pessoal acostumado ao trato com o dinheiro grosso, escolado nos ardis e picaretagens das finanças. A ganância infecciosa e o laissez faire que subsiste na área financeira, levou-os, porém, a amarrar o dinheiro numa canoa furada. É mais uma história exemplar de estrepolias dos endinheirados, a ser abafada pelos defensores da desregulação e do Estado mínimo.

(Carta Maior, com informações Valor; 3º feira-, 01/03/2011)