Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gostoso como um abraço?




Imagem: Jonathan Camuzo

Feche os olhos e imagine por um minuto:


Então você, negra, de black e linda acorda em um belo domingo e decide ir até o shopping, como você tem uma filha/o e como crianças de qualquer idade, tamanho, cor de pele (sim, pasmem, as negras também) usam e perdem muitas roupas você entra em uma loja cujo slogan remete a um carinho para fazer compras. Sua filha/o passa mal e vomita dentro da loja. Até aqui tudo comum na vida de QUALQUER mãe, quem nunca passou por uma situação do tipo que atire a primeira pedra. A situação começa a ficar incomum no pior sentido da palavra, quando a vendedora te traz um balde e um pano e te coloca para limpar a loja ‘Por gentileza, a senhora limpe essa sujeira da loja‘. No susto e no desespero, porque ter sua filha/o sem roupa, passando mal, exposta ao ar condicionado é uma situação desesperadora, você executa a tarefa enquanto vendedores e clientes observam sua atividade.


Consegue imaginar esta situação acontecendo? Agora mude um pouquinho os detalhes e altere esta mãe para alguém de pele branca. Foi mais difícil enxergar agora? Doeu mais o frio da criança ou o constrangimento da mãe?


O caso ocorrido na loja Malwee do shopping Interlagos chegou a público depois que a mãe em questão publicou seu desabafo nas redes sociais. Eu acompanhei o caso com olhos bem atentos não apenas porque eu considerei de um racismo inacreditável (sim sou da opinião que se esta mãe fosse branca a vassoura JAMAIS lhe seria apresentada e também porque não acho que o racismo no Brasil esteja de mãos dadas com o Papai Noel, o Coelho da Páscoa e o Saci, portanto ele existe e se materializa diante dos nossos olhos sempre que há uma brecha), foi também de um despreparo e falta de tato e empatia das vendedoras da loja, que poderiam ao menos ter oferecido um copo de água para esta criança, chamado socorro ou acionado o serviço de limpeza. Responsabilidade das vendedoras? Sim sem duvida, algumas coisas a gente traz no coração e ponto final. Mas e a Malwee? Até onde eu sei, vendedores passam por treinamentos, aprendem sobre as atividades da loja, sobre respeito e ética. Me pergunto: que treinamento as moças envolvidas receberam uma vez que a própria Malwee apresenta uma nota que mais parece um atestado de descaso na mesma rede social que a mãe apresentou o seu caso e como ele foi muito criticado na própria página da marca exigia um “cala boca”.


Só isso, Malwee? Claro que não. No dia 09 de setembro esteve na residência desta mãe uma representante da marca que repetiu o que foi publicado na nota, pediu desculpas e “presenteou” a família com 4 sacolas com itens da loja. Vamos recapitular: está mãe não comprou uma camiseta estragada para que fosse substituída por uma nova e, como pedido de desculpas, recebeu sacolas com itens da loja pelo transtorno, esta mãe foi humilhada, não só a mãe, mas a criança também, assistir sua mãe “levando uma bronca” por causa de um acidente que te envolve não é como um passeio no parque.


O que passou pela cabeça desta assessoria para entregar brindes a esta família, como um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, conclui que bastam alguns brindes para que tudo seja esquecido? Qual é a visão da marca Malwee com relação a sua consumidora?


A mim não basta contratar algumas crianças negras para aparecerem nos comerciais, eu quero mais, quero o mesmo tratamento, quero respeito por onde passo e quero isto para meu filho também.


Eu era compradora Malwee, já não sou mais. Nem eu, nem grande parte da família que já está ciente do ocorrido.


Mas talvez você seja do grupo dos que bradam: “Ah, mas vocês veem racismo em tudo!” A você eu só posso afirmar que vejo racismo onde ele está representado, onde eu consigo me enxergar diante da dor ou do constrangimento a que a pessoa foi exposta sem a menor necessidade, se é em tudo é mais um motivo para que a gente fale muito sobre o assunto, aponte onde ele ocorre e batalhe para que situações como a deste episódio triste não ocorram mais. E se ainda assim você não se convenceu da necessidade de abrir os olhos para o que é aceitável e o que não é, sobre o que é respeito independente de etnia, tom de pele, nacionalidade, instrução, volte lá no primeiro paragrafo e faça o exercício de imaginar você nesta situação.


Quando nós, mães, pais, tios, tias, madrinhas, padrinhos vamos às compras, não raro avaliamos se o material das roupinhas é bom, se é puro algodão, se não foi costurado por crianças chinesas, por outras mães bolivianas em situação de semiescravidão, se agrediu o meio ambiente no processo de tingimento, além das perguntas corriqueiras como causa alergia ou dá a mobilidade necessária, cada um tem seu critério de avaliação para aquisição de qualquer produto embora a indústria aparentemente insista que basta ser bonitinho e com um comercial apelativo que nosso cérebro será lavado e compraremos como zumbis. Eu não gosto de ter minha inteligência subestimada. Além de avaliar uma série de critérios na hora das minhas compras, eu levo em consideração o modo como uma marca trata seu consumidor e no (DES)caso da Malwee, além de vendedoras despreparadas e racistas, sua assessoria é, no mínimo, desrespeitosa e não deu nem a esta família nem aos seus tantos consumidores uma resposta digna (a não ser de lamento).


Malwee na minha casa nunca mais. Este ABRAÇO eu estou dispensando.


Maria Rita Casagrande
No Blogueiras Negras

URUBÓLOGA E RENATINHA AGRIDEM PELA MANHÃ Privatizar é entregar o ouro. Como o Cerra e o FHC faziam (sob aplausos de quem ?).



Conversa Afiada reproduz interessante e-mail que recebeu de amiga navegante enfurecida:

Querido PHA,

o editorial de Miriam Urubologa Leitão no Bom (?) Dia Brasil, hoje de manhã, demonstra a extrema parcialidade que contamina as opinioes que profere e frequentemente coincidem com interesses dos patrocinadores do que você chama de Globo Overseas Investment BV.

O editorial é sobre concessão de rodovias. 

Tudo começa com uma pergunta da Renata Vasconcellos, que todas as manhãs, infatigavelmente,  demonstra conhecer pouco de quase tudo. 
Renata Vasconcellos: O governo evita o termo mas é privatização, não é ?
Miriam Leitão: Sim, o nome disso é privatização. O governo fica… por causa de razões ideológicas, com medo da palavra. Mas concessão é a privatização de serviços públicos… que é concedido ao setor privado. Então é a mesma coisa. (Sic !) Mas o governo tem que ter regras mais estáveis. Dar mais segurança ao investidor e menos subsídios escondidos, como contou o entrevistado.
(Note, amigo navegante, a clareza, a nitidez, a sequência coerente dos argumentos expostos. PHA)
Renata Vasconcellos: Privatizar sem culpa…
Miriam Leitão: É… privatizar sem culpa e com regras transparentes.

PH, como sabe a torcida do Flamengo, privatizar é vender, entregar a rapadura.

Como o Cerra e o Farol de Alexandria fizeram na Vale e com a telefonia, na bacia das almas, e iam fazer com a Petrobrax.
(Clique aqui para ler sobre as últimas notícias do “O Príncipe de Privataria”.)

Conceder é alugar. 

Estradas concedidas nunca deixarão de ser patrimônio público.

Se o concessionário bobear, a Dilma vai lá e toma de volta. 

Já a telefonia, privatizada, desnacionalizada inteiramente, nunca mais voltará a ser pública. 

É que a Urubóloga deve querer privatizar sem culpa…

O link do Bom Dia: 

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/09/governo-tem-que-ter-regras-mais-estaveis-diz-miriam-leitao.html

Essa conversa se dá aos 1′15″. 


Assinado:

Leitora do Aloysio Biondi, do Amaury Ribeiro Jr e do Palmério Dória

No país em que faltava emprego, falta trabalhador

estal


A Presidenta Dilma Rousseff, hoje, em Porto Alegre, (aqui, em vídeo) ao entregar a maior plataforma de petróleo já construída no Brasil, a P-55 da Petrobras, falou da missão que recebeu de Lula de reerguer a indústria naval.
Pouca gente, talvez só os mais velhos como eu, se dá conta da importância da construção naval para o Brasil e, muito especialmente, para o Rio de Janeiro.
E não é exagero dizer que ela estava morta, em meados dos anos 90, após dez anos de crise. O fim da Docenave, frota mercante da Vale do Rio Doce e a política de encomendas no exterior que, até então, era seguida pela Petrobras.
Uma indústria que chega a ser a segunda maior do mundo em tonelagem – em 1979, empregava 40 mil trabalhadores na construção de 50 embarcações – estava reduzida, por toda parte, a sucata, onde pouco mais de 5 mil trabalhadores atuavam, a maioria apenas em estaleiros de reparos.
empregonaval
Basta olhar o gráfico ao lado, que extraí da tese de doutorado de Claudiana Guedes de Jesus, da Unicamp,  para que se possa fazer ideia do fundo do poço em que chegamos e a maravilhosa recuperação do setor, basicamente conseguida com a ação do Estado brasileiro, através de dois programas da Petrobras: o da ampliação e mordernização de sua frota e as encomendas para fazermos aqui as plataformas que FHC mandava contratar no exterior.
E estes números poderiam ser ainda mais fantásticos, se não fosse a criminosa decisão da Vale privatizada de fazer na China e na Coreia um programa bilionário de construção de megagraneleiros, que acabou por se revelar um fiasco.
Mas não perdemos apenas empregos para os operários, técnicos e supervisores nessa indústria, não. Perdemos tecnologia e conhecimento, nos quais o Brasil tinha alta capacidade desde o final do século 19, porque destruímos os cursos de engenharia naval em nossas universidades.
engenO levantamento feito pela Dra. Claudiana mostra o número de formandos em engenharia naval na UFRJ e fala por si. Boa parte do connhecimento se foi, à medida em que a necessidade de sobrevivência e o próprio tempo iam “tirando de combate” a parcela mais experiente dos engenheiros e dos trabalhadores.
Sobreviveram uns poucos – e bons – escritórios de projeto naval, formado por antigos engenheiros do Ishikawagima – hoje rebatizado de Inhaúma, no Rio, onde está sendo adaptada a P-77 da Petrobras – e  do Emaq.
Também entre os trabalhadores, segundo o estudo da Unicamp, este conhecimento em parte se perdeu. Os trabalhadores com mais de cinco anos de experiência eram 35% em 1995, em 2010, menos de 18%. Os com mais de dez anos de vínculo caíram de 15% para menos de 3%.
Hoje, o problema da indústria naval é o de falta de pessoal. Estima-se que, nos próximos anos, o setor vai exigir 40 mil soldadores, chapeadores, montadores, encanadores e outros profissionais navais, com salários que superam, com os mais experientes, R$ 15 mil mensais.
É disso que o Brasil vai precisar para fazer os 46 navios encomendados pela Petrobras – além de uma centena de embarcações de apoio marítimo – as 20 plataformas de petróleo em construção ou encomendadas e os 28  navios-sonda de águas ultraprofundas.
Mas isso o povo brasileiro não sabe, quando falam a ele sobre a Petrobras.

Por: Fernando Brito

Viagem aos EUA: a boa lição de Pinheiro Machado a Dilma Rousseff

obama



Desde o início, este Tijolaço defende que a resposta ao ato de agressão praticado pelos EUA contra o Brasil seja lucidamente política.
Não termos nenhuma razão para não sermos firmes nem nenhum motivo para agirmos aos arroubos.
Sabemos bem o que somos e o que queremos.
Ficou famosa a frase de Pinheiro Machado a seu cocheiro, quando seus adversários o ameaçavam, para que este tocasse o coche: “”Nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo!”
A nota confirmando o cancelamento – que ganhou o nome de adiamento  - segue essa linha. Reafirma o inconformismo brasileiro com o que ocorreu, mas deixa Obama elegantemente contemplado como se fosse parte da decisão.
E prepara, convenientemente, o discurso de queixas que Dilma fará na abertura da Assembleia Geral da ONU, semana que vem.
O roteiro é este e o epílogo será o controle hegemônico do campo de Libra, no leilão do dia 21 de outubro.
Isso é o que doerá nos americanos, não rugidos pueris.
A nota da presidência
“A presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem, 16 de setembro, telefonema do presidente Barack Obama, dando continuidade ao encontro mantido em São Petersburgo, à margem do G-20, e aos contatos entre o ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado e a assessora de Segurança Nacional Susan Rice.
O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua. Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países.
As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos.
Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada.
Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada.
O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica a patamares ainda mais altos.”
Por: Fernando Brito

Não subestimem a pressão da mídia sobre Celso de Mello

Apesar de o ministro Celso de Mello ter ficado refém de suas próprias palavras sobre os embargos infringentes, apesar de sua aparente disposição em seguir a lei e apesar de o veículo mais antipetista da imprensa nacional (O Globo) ter cochilado e deixado um repórter publicar na internet a prova definitiva de que aqueles embargos são legais, sugiro que ninguém subestime o poder da pressão que o decano do STF está sofrendo.
Este blogueiro, através da revolucionária invenção do filho mais ilustre de Edimburgo, Alexander Graham Bell, descobriu que o aparato político-ideológico que a direita tucano-midiática instalou tanto no Supremo Tribunal Federal quanto na Procuradoria Geral da República e na Procuradoria Geral Eleitoral está sendo desmontado e, assim, a sessão desta quarta-feira no STF pode ser a última chance de condenar (tacitamente) o governo Lula na Justiça e na história
Que ninguém se iluda, portanto, com a conversinha de Celso de Mello de que ele pode até votar a favor dos embargos infringentes que isso não significará a absolvição daqueles que a oposição midiática (à direita e à esquerda do governo Dilma e do PT) quer destruir – pela ordem, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha.
Mello não pode prometer nada. E, muito menos, pode-se esquecer de que aqueles que estão esperando coerência do decano pensam assim no âmbito de um processo marcado justamente pela falta de coerência.
Se a condenação judicial de uma era política não for obtida na sessão do STF desta quarta-feira, pode não ser obtida nunca mais porque aquela Corte mudou muito e deve mudar ainda mais. A mesma Procuradoria Geral da República e a mesma Procuradoria Geral Eleitoral cujas folhas de serviços prestados à direita midiática nos últimos anos dispensam comentários, também estão para recuperar a seriedade.
Antes de prosseguir na explicação sobre o desmonte do aparato tucano-midiático no STF, na PGR e na PGE, um lembrete: o mesmo Celso de Mello de quem esperam coerência cedeu à pressão da mídia não faz muito tempo. Em julho do ano passado, anunciou que iria se aposentar antes de 2015, quando completa 70 anos e, pela lei, tem que fazê-lo compulsoriamente. Eis que, em outubro de 2012, a revista Veja lança a campanha “Fica, Celso de Mello” e ele atende ao clamor midiático e permanece no cargo para condenar definitivamente os réus do julgamento da Ação Penal 470.
De volta ao desmonte do aparato jurídico-investigativo da direita midiática no STF e na PGR, peço ao leitor que note que a bancada legalista no STF, que no ano passado se resumiu a Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Toffoli, agora conta com Teori Zavascki, Luis Roberto Barroso e com o pudor renovado de Rosa Weber.
O empate entre ministros legalistas e ministros políticos na semana passada por 5 a 5 reduziu a vantagem tucano-midiática naquela corte a um mísero ministro, a alguém cuja chance de se aposentar – voluntária ou involuntariamente – antes do fim do “novo julgamento” da AP 470 é muito grande. Isso sem dizer que se o STF der uma banana aos colunistas que pedem que uma Corte de Justiça dispense “tecnicalidades” e “velharias jurídicas”, ou seja, que dispense a lei para atender ao “clamor das ruas”, essa Corte pode até vir a absolver os réus contra os quais nunca houve prova alguma de culpa.
Mas não é só. A era da picaretagem na Procuradoria Geral da República e na Procuradoria Geral Eleitoral terminou no segundo dia útil desta semana. Terça-feira, 17 de setembro de 2013 é um dia para se comemorar porque Rodrigo Janot toma posse na PGR e Eugênio Aragão na subprocuradoria-geral da República e na PGE.
As referências que o Blog obteve sobre Janot e Aragão são as melhores possíveis. Ter um jurista do calibre de Aragão no lugar de uma Sandra Cureau durante as eleições do ano que vem será um salto de qualidade digno de nota. E Janot deve pôr fim à politicagem no comando do Ministério Público Federal.
Acabou a moleza da direita midiática. Ou melhor, está acabando. Assim, ou o STF materializa o golpe jurídico contra a era Lula e contra o PT agora, já, ou pode não materializá-lo nunca mais. A pressão da mídia, portanto, tem sido muito maior do que a que está se vendo nas colunas, nos editoriais, no Congresso etc. Celso de Mello irá comprar uma briga tão feia com um poder dessa magnitude? Vai se arriscar a virar a Geni da mídia golpista?
Tenho minhas dúvidas…
PS: a matéria de o Globo que desmontou qualquer argumentação contra os embargos infringentes não só irá constar do Acórdão dessa última fase do julgamento do mensalão como pode ser exposta durante a sessão desta quarta-feira, caso algum ministro político resolva fazer alguma gracinha retórica.

NOTICIÁRIO INTERNACIONAL: UMA EXTENSÃO DA GUERRA INTERNA


*Obama falou com Dilma por 20 minutos nesta 2ª feira:  telefonema de Washington adiou para hoje a decisão sobre a viagem de outubro aos EUA, da qual Dilma já havia desistido, em resposta à espionagem da CIA no país (leia a reportagem de Najla Passos e o relato do clima nos bastidores do governo sobre esse tema)

**A crise mundial acabou? O que teria mudado para que ela virasse passado? 

** 93% apoiam os corredores de ônibus em SP (Ibope); 73% apoiam o 'Mais Médicos'(CNT): governo aprendeu o caminho das pedras?



A ONU confirmou o uso de gás sarin num ataque a um subúrbio
de Damasco no dia 21 de agosto.O documento não define os responsáveis pelo ataque, embora o secretário-geral, Ban-Ki-moon, ensaie uma espécie de domínio do fato contra o regime de Damasco. O recurso, como se vê, é multiuso. O brasileiro Paulo Sergio Pinheiro, comissário da ONU que investiga crimes contra os direitos humanos na Síria há mais de dois anos, tem uma opinião diferente. Ele concedeu uma profilática entrevista à Folha nesta 2ª feira, retificando um 'consenso' para o qual se empenham colunistas do próprio jornal. "As análises estratégicas por parte de vários países, os quais não vou nomear, foram profundamente enganadas e enganosas (...) porque alguns interesses externos apostam na destruição do Estado sírio", disse Pinheiro e disparou no alvo: " Se houvesse um Datafolha na Síria hoje, mais de 50% estariam a favor dele (Assad)". Quantas vezes você leu ou ouviu isso antes, sobre um conflito que se arrasta há dois anos? A manipulação do noticiário internacional é um socavão intocado do jornalismo conservador. Escuro e embolorado, ele desautoriza ilusões no fim da guerra fria. O muro caiu; mas as classes continuam de pé. E a mídia oligopolizada está onde sempre esteve: editorias de internacional fazem da guerra externa uma extensão do combate interno. (LEIA MAIS AQUI.