Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Lula não precisaria recorrer à ONU para pedir asilo, procuradores idiotas





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É de perder a paciência o nível de burrice, má fé e autoritarismo que permeou a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal após o advento do julgamento do mensalão, em 2012, com seu “domínio fascistoide do fato”, recurso usado para jogar na cadeia, por razões políticas, pessoas contra as quais não existiam provas.

No Brasil ditatorial de Sergio Moro e daquele bando de vedetes que fazem pose de super-heróis para fotos promocionais do Ministério Público e da Polícia Federal, alegar inocência e buscar todos os recursos possíveis contra uma condenação a perda de liberdade é “antidemocrático”; o que essa gente julga democrático é jogar alguém na cadeia sem julgamento e não soltar enquanto a pessoa não confessar um crime.

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Na ditadura tupiniquim do século XXI, não é mais necessário pau-de-arara. Você deixa o sujeito fisicamente incólume enquanto tortura a mente dele, jogando-o em uma cela escura, privando-o até de luz do sol uma vez ao dia, à espera de que fraqueje e diga o que você quiser para ele poder voltar a viver na companhia de outros seres humanos.

Na semana passada, a defesa de Lula recorreu ao Comitê de Direitos Humanos (CDH) da ONU. No imagem abaixo, trecho da reclamação do ex-presidente ao organismo multilateral dá uma pista das razões pelas quais foi feita – trata da condução coercitiva ilegal de Lula para depor, em março deste ano.


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 Para a mídia antipetista e as vedetes da Lava Jato, aquele abuso não teve nada demais. Porém, a iniciativa de levar um ex-presidente da República à força para depor escandalizou todos os que defendem o Estado de Direito. Teve até juiz do Supremo manifestando perplexidade com aquele abuso.

Se alguém não viu, vale ver a explicação de um juiz do Supremo Tribunal Federal sobre por que foi um abuso levar Lula para depor “sob vara”.


 As razões para Lula julgar que está sendo vítima de perseguição política não faltam. A última, aliás, guarda íntima relação com seu recurso à ONU, que está sendo vista pela própria mídia que quer negar ao ex-presidente o direito àquele recurso como causa para um juiz de Brasília tê-lo indiciado por “obstrução da Justiça”. Ou seja: Lula não foi indiciado por ser culpado, mas por ter recorrido à ONU contra Sergio Moro, despertando, assim, o “corporativismo” de magistrados.

 Há dezenas de matérias dos grandes grupos de mídia dizendo isso, que o indiciamento de Lula foi retaliação do Judiciário por ele ter recorrido à ONU contra Moro – basta uma busca na internet para achar essas matérias. 

 Mas a reação mais absurda e antidemocrática ao exercício do direito de Lula de se defender de todas as formas partiu dos procuradores da Lava Jato e dos empregadinhos dos barões da mídia escalados para agirem em consonância com eles. Surgiu a tese maluca de que Lula teria recorrido à ONU como preparação para pedido de “asilo político” como forma de fugir da decretação de sua prisão.

A tese do blogueiro da Globo Noblat de que Lula recorreu à ONU para fundamentar futuro pedido de asilo político caso sua prisão seja decretada não saiu da cabeça desse sujeito, mas da cabeça dos procuradores da Lava Jato, os quais já foram dando a linha de discurso aos grupos de mídia que os sustentam.

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 Fica difícil saber se é só má fé ou se não há, nessa hipótese, uma boa dose de burrice. Será que esses procuradores e pistoleiros da mídia golpista não sabem que há um sem número de países que acolheriam Lula prontamente, bastando ele pedir? 

Só para ficarmos nos países mais próximos, alguém tem dúvida de que Bolívia, Equador, Venezuela ou Uruguai dariam guardiã ao presidente sem perguntar nada, bastando ele pedir?

 Na verdade, essa teoria idiota de que Lula recorreu à ONU para preparar “pedido de asilo” com vistas a fugir da lei soa, isso sim, como justificativa para um ato de violência contra o ex-presidente; qual seja, a decretação de sua prisão preventiva sob essa desculpa esfarrapada de que está pretendendo “pedir asilo” para fugir às suas responsabilidades.

Temer fará alguma falta na reunião do G20?

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Oficialmente, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ferir o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff e antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro; ocorre que dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio; além disso, o único líder do G20 que virá para a Rio 2016 no Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande; ele vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024; nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China 

247 – Na reta final do processo de impeachment, pouca gente entendeu por que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu manchar sua biografia, encurtando os ritos processuais do processo de impeachment e ferindo o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff

Oficialmente, Renan decidiu antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro.

Ocorre que Temer não faria a menor diferença no encontro das vinte nações mais desenvolvidas do mundo. Dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio.

Além disso, o único líder do G20 que virá ao Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande, que vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024.

Nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China.


Dilma: Temer não é apenas um traidor. É um usurpador


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Em entrevista ao correspondente Germán Aranda, do El Mundo, um dois mais importantes jornais da Espanha, a presidente eleita Dilma Rousseff afirma que o interino Michel Temer é um intruso na cerimônia de abertura da Rio 2016; "Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", diz ela; Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse; ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos; Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil

247 – A presidente eleita Dilma Rousseff avalia que o interino Michel Temer a traiu e não só usurpou a presidência da República como também roubou seu lugar na cerimônia de abertura da Rio 2016.
"Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", disse ela, em entrevista ao jornal El Mundo.

Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu fiel aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse e fosse conduzido de forma absolutamente antiética.
Ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos.
Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil.

Leia, abaixo, as perguntas e respostas da entrevista, em espanhol:
 ¿Usted confía en la Justicia o cree que participó de lo que usted llama golpe?

Yo confío en la institución de la Justicia, no creo que ninguna institución participara en el golpe. Ni el judicial, ni el legislativo ni las fuerzas armadas. Lo que hubo son miembros de todas las instituciones que participaron de alguna forma.

En la primera sesión del plenario que precipitó su alejamiento temporal del cargo, 55 senadores votaron a favor del cese y 22 en contra. Hay que convencer a unos cinco senadores para que cambien el voto. Entonces, ¿por qué se respira pesimismo en su propio Partido de los Trabajadores (PT)?

El Senado ha estado parado en las últimas semanas y ahora retoma su actividad, va a haber una movilización mayor. No voy a hablar de nombres concretos, pero la sensación de que no es un gobierno popular se traslada de la sociedad al Senado. Las personas, como se vio en las marchas del pasado viernes, comienzan a percibir que hubo una manipulación de los medios en la construcción del ambiente para que se dieran condiciones para el 'impeachment'. Los medios intentan decir que el impeachment ya ha tenido lugar. Como los grupos y personas que defienden el golpe están mejor representados por los medios, tienen más condiciones de exteriorizar ese sentimiento. Muchos de los que votaron a favor del impeachment lo que querían era que se frenaran las investigaciones contra el caso Lava Jato. Y el Gobierno interino está tomando medidas contra derechos sociales como la jubilación o el despido. Mucha gente se siente engañada.

La oposición al Gobierno de Temer ha sido mucho menor que la oposición a su propio Gobierno. ¿Se siente decepcionada con la movilización de la izquierda?

No, yo creo que la izquierda se movilizó bastante después de la votación en la Cámara, hubo marchas en 26 ciudades. A partir de ahora creo que volverán a hacerlo. Estamos a punto de empezar los Juegos Olímpicos y eso puede dar una visibilidad mayor a los movimientos. Además, yo creo que el impeachment tampoco consigue ya movilizar igual a la población, como se vio en las marchas del viernes, porque las personas empiezan a sentir que fueron engañadas cuando ven muchos ministros corruptos asumir cargos en el gobierno de Temer.

Las manifestaciones, como las redes sociales, muestran una polarización nunca vista en el país.

Han crecido los mensajes de intolerancia y prejuicio contra la libertad de las mujeres y también la homofobia, estimulada por sectores de la oposición y parte de los medios. Pero también ha crecido la reacción a ese odio. Estamos en un momento de pérdida de derechos sociales que afecta a varias camadas de la sociedad. Ciertas cosas son absurdas. En un país con una Constitución que prevé un Estado laico, no es aceptable que se asuman posiciones religiosas en las leyes como pretendía el ex presidente de la Cámara, Cunha.  
El Estado se asienta en la diversidad, que está en la esencia de nuestra unión como pueblo.
¿Usted cree que el Congreso refleja esa diversidad?

No, no lo hace, pero aún menos un Ejecutivo interino formado por hombres blancos, ricos y muy masculinos. Hombres, en fin.


¿Es esa falta de diversidad lo que le dificultaba negociar con el Congreso o, como dijo recientemente, una voluntad de chantajearla por parte los diputados?

Yo tenía relación con el Congreso. Pero era difícil negociar.

 La agenda del ex presidente de la Cámara, que fue alejado por tener cuentas en Suiza y haber lavado dinero, no coincidía en absoluto con la del Gobierno. A pesar de que su partido hasta entonces era centrodemocrático, él es extremamente conservador.

Con ese conservadurismo, él consiguió convencer al Congreso para aprobar las leyes y el 'impeachment' y usted no.

Tal vez él tuviese más recursos para persuadir a los congresistas que el Ejecutivo. Financiaba sus campañas, en primer lugar, y en segundo están las acusaciones del Fiscal General contra él. [Fue acusado de corrupción y cobro ilegal, pero también de mentir en las Comisiones parlamentarias e intentar desviar las investigaciones contra el caso Petrobras]. Como esto no es un régimen parlamentarista, no es suficiente con no aprobar la gestión de un presidente para someterle a una cuestión de confianza. 

No es legítimo que el Congreso saque a un presidente sin causa jurídica. No hay delito en las maniobras fiscales.

Y si es ilegal, ¿por qué el 'impeachment' no ha sido vetado por el Supremo?

Aún no hemos pedido al Supremo que vete el mérito del impeachment, es algo que haremos cuando creamos oportuno si es necesario, porque el juicio aún no se ha llevado a cabo.

Usted rechazó recientemente asistir a la ceremonia inaugural de los Juegos del próximo viernes.
Imagina que vas a dar una fiesta, trabajas durante varios años para la fiesta, montas las condiciones, colocas la iluminación, llamas a la prensa... Y el día de la fiesta alguien llega, toma tu lugar y se apropia de la fiesta. En esta historia de los Juegos, yo soy la Cenicienta, la invitan a la fiesta pero se tiene que ir antes, vive en las cenizas.

La pasada semana, 'Lula' fue imputado por obstrucción a la Justicia, ¿sigue defendiéndole?

Lula es un hombre íntegro y correcto que ha sido blanco de una persecución. Y por las encuestas que hemos visto, es un candidato fuerte para las elecciones de 2018. No creo que Lula vaya a ir preso. Si es detenido, habrá una gran conmoción en el país. El presidente Lula va a saber responder a las acusaciones correctamente y así va a mostrar su compromiso con la justicia del país.

¿No cree que es normal que mucha gente sospeche que usted conocía la trama corrupta, después de que al menos dos procesados lo hayan expresado en sus declaraciones a la policía y también por los cargos que usted ocupaba, siempre próximos Petrobras?

No se puede sospechar a partir de declaraciones, sino de pruebas y evidencias. Ya le dieron la vuelta a mi vida de lado a lado y del revés y no hay nada que me relacione con actos de corrupción. No recibí dinero de ninguna trama, no participé de ninguna manera y no tengo cuentas en Suiza.
¿Y no sabía que esa corrupción tenía lugar?

Creo que es extraña esa pregunta. Porque son muchas instituciones las que estaban relacionadas con Petrobras. La Comisión de Valores Mobiliaria, el Tribunal de Cuentas o las empresas auditoras. ¿Ellas sabían que esa corrupción tenía lugar? No. Lo que vale para ellos, vale para mí. La corrupción es un proceso insidioso que se da escondido. Es muy difícil, sin tener instituciones fuertes y legislaciones adecuadas. ¿Y cuándo fueron fortalecidas? En el Gobierno de Lula y en mi Gobierno. Se empezó a luchar contra la corrupción mediante nuevas leyes y medidas.

¿Se siente más cómoda, como parece por su actitud, luchando contra el 'impeachment' que como presidenta?

Ejercer en el Gobierno es una tarea de todos los minutos del día. No estás haciendo una oposición, estás construyendo, y eso es mucho más difícil que luchar contra la injusticia. Tienes que tomar muchas decisiones, muy difíciles algunas. Gobernar exige que tomes sistemáticamente decisiones todos los segundos y minutos de tu vida.

Um governo de extermínio



  

Emir Sader
 
 A que veio o governo que chegou pela via de um golpe? Prometeu que ia reunificar o país, mas tudo o que ele faz é desmontar o que havia sido construído de país, de sociedade, de Estado, de Brasil.Governo que se instalou para destruir: destruir o que temos de democracia. Violou o mandato de uma presidenta reeleita pelo voto popular, por meio de acusações sem fundamento. Violou a democracia, conspirando contra o mandato legal de uma presidenta para se valer de maioria parlamentar eleita na base dos métodos corruptos do seu aliado privilegiado, Eduardo Cunha, para assaltar o Estado.

Governo que só tem agenda negativa: destruição do patrimônio publico, privatizando a preço de banana o pré-sal, conquista da capacidade de pesquisa do setor publico brasileiro, dado de presente a empresas privadas e a corporações multinacionais. Destrói a Petrobras como maior empresas brasileira, para fatia-la e vende-la a corporações multinacionais.

Governo que veio para impor um ajuste fiscal brutal, frente a uma recessão profunda, promovendo o endividamento do Estado, para fazer o Brasil voltar aos braços do FMI, do qual saiu na ultima década.
Governo que destrói o Estado brasileiro, enfraquecendo sua ação de regulação econômica, de indução do crescimento econômico, de garantia dos direitos de todos. Governo que liquida o poder do Estado de limitar a ação selvagem do mercado e dos seus agentes.

Governo que veio para desmontar os direitos que foram estendidos a todos na última década, promovendo a inclusão social de todos, voltando a intensificar a desigualdade, a exclusão social, a pobreza, a miséria e o abandono. Governo que veio para reinserir o Brasil no Mapa da Fome.

Governo que veio para promover a agressão contra os países aliados do Brasil, com atuações violentas e extremadas, fala fino com os EUA e grosso com os nossos vizinhos e, até agora, aliados.

O Senado vai deixar que um governo que destrói o Brasil siga governando? Em 2018, o país estará reduzido a cinzas, socialmente desintegrado e explosivo, politicamente com a rejeição de toda a população ao governo, ao Congresso, aos políticos e ao Judiciário. Economicamente na mais profunda crise recessiva da sua história. Internacionalmente isolado e desprestigiado.

O cenário da votação final do Senado está dado: não ficou em pé nenhum argumento que pudesse fundamentar o impeachment. Está inquestionavelmente configurado que se trata de um golpe, que se vale de uma maioria parlamentar para tentar invalidar as eleições e o voto popular.

A voz das ruas é inequívoca: Fora Temer! Os escrachos dos que mantêm posição a favor do golpe é uma condenação permanente aos que não ouvirem a voz das ruas.

O Senado poderá votar com o povo ou contra o povo, com a democracia ou contra a democracia, com o Brasil ou contra o Brasil. Poderá dar licença para que um governo não eleito pelos brasileiros extermine o que foi construído de melhor no país ou devolva para o povo a decisão sobre o seu destino.

É a votação mais importante da história do Senado, depois daquela vergonhosa em que aprovou o golpe de 1964. Votará com os brasileiros ou contra os brasileiros, pela reconstrução do país como democracia política e social ou o entregará nas mãos dos banqueiros, para que dilapidem a riqueza do país? Votará pela retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, como o povo escolheu em quatro eleições sucessivas ou jogará o país nas trevas da recessão sem saída, do desemprego sem limites e da ditadura, como desprestigio internacional voltando a recair sobre o Brasil? Ou se entrega o país nas mãos dos que o destroem irreversivelmente ou se vota pelo direito dos brasileiros decidirem sobre seu futuro e o destino do país.































Recordes no petróleo: eis o que Parente está entregando de bandeja

� Sergio Moraes / Reuters: Operário checa amostra de petróleo na plataforma Cidade Angra dos Reis, no campo de Lula, a cerca de 300 km da costa do Rio de Janeiro. A Petrobras vai aumentar a produção neste ano com a operação de projetos atrasados e a entrada de plataformas previstas
A Agência Nacional do Petróleo  divulgou o relatório de produção de petróleo e gás no Brasil.
Foi a maior produção da história: 3,21 milhões de barris diários de óleo equivalente por dia (petróleo + gás), uma alta de 3% sobre a produção  maio e de 7,1% sobre junho do ano passado.
Quase a totalidade vinda da produção do pré-sal, que atingiu 1,24 milhão de barris diários.
Aumento de 8,2% em relação a maio e recorde: 1 milhão de barris de petróleo e mais o equivalente a 240 mil barris em gás, a cada dia.

38% de tudo o que o Brasil produz, numa área que não completou ainda 9 anos do início da exploração, o que é nada.

Para comparar: o Brasil demorou  58 anos (de 1939, com o poço de Lobato, na Bahia, até 1.997) para produzir um milhão de barris de petróleo por dia. E quando chegou lá, só 16 países no mundo estavam no “Clube do Milhão de Barris”.

É isso o que estamos entregando e é ainda mais o que vamos entregar.

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Depois da venda da jazida de Carcará, preparam-se para vencer Júpiter, ao lado do maior campo do pré-sal, o de Lula, que responde por 662 mil barris por dia, mais de 20% de toda a produção nacional.

Este é o tamanho do crime que estão cometendo contra o Brasil.

Empresa investigada na Lava Jato recebeu de consórcios com contratos milionários na CPTM nos governos Serra e Alckmin

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Sede da JFM Engenharia, segundo a Receita Federal. Foto: Reprodução

Empresa investigada na Lava Jato recebeu de consórcios com contratos na CPTM

Lava Jato revela que JFM Engenharia, que teria sido utilizada pela empreiteira Mendes Junior, captou recursos inclusive da Focco, do ex-diretor da estatal de transporte coletivo, João Zaniboni

Fábio Serapião, de Brasília, e Mateus Coutinho, no Estadão, 02/08/2016

Relatório produzido no âmbito da Operação Lava Jato revela que uma empresa apontada como sendo de fachada pela Receita Federal e utilizada pela Mendes Júnior recebeu valores de ao menos três consórcios com contratos milionários com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A mesma empresa, a JFM Engenharia, também recebeu valores da Focco Engenharia, do ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni, condenado na Suíça por lavagem de dinheiro e indiciado no Brasil sob suspeita de corrupção, formação de cartel, crime financeiro e também lavagem de dinheiro no caso do cartel de trens do Metrô e CPTM.

Segundo o laudo da Receita, anexado ao inquérito que apura a participação da Mendes Júnior no cartel a atuar na Petrobrás, a JFM não declarou possuir nenhum funcionário no período entre os anos de 2010 e 2013, quando recebeu cerca de R$ 8 milhões de empresas com contratos na CPTM, entre elas, a Mendes Júnior, também investigada na Lava Jato.

“Todos estes indícios convergem para a conclusão de esta empresa não ter realizado, efetivamente, qualquer prestação de serviços, sendo mais uma pessoa jurídica de fachada utilizada para o pagamento de vantagens indevidas”, afirma a Receita.

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No caso da Focco, de Zaniboni, o repasse foi de ao menos R$ 40 mil à JFM Engenharia.

A Focco Tecnologia, pela qual o ex-diretor da CPTM prestou os serviços de consultoria, está com as contas bloqueadas pela Justiça justamente por causa das suspeitas de envolvimento de Zaniboni com o cartel, que passou a ser investigado no Brasil em 2008. Zaniboni foi diretor de Operações da estatal de trens paulista entre 1999 e 2003, durante dos governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin.
O Ministério Público da Suíça identificou depósitos de US$ 836 mil, entre 1999 e 2002, em uma conta sua no banco Credit Suisse em Zurique.

Segundo os investigadores do país europeu, uma parte desse dinheiro foi paga por lobistas do esquema, suspeitos de serem os pagadores de propina do cartel, entre eles o consultor Arthur Teixeira.

Consórcios. Ao menos três consórcios com contratos com a CPTM repassaram valores à JFM Engenharia, segundo relatório da Receita Federal. Formado pela Tejofran e SPE Engenharia, o Consórcio TS foi contratado pela CPTM, em 2009, para “prestação de serviços de engenharia especializada para elaboração de projeto e execução de servios para correção da curva de Artur Alvim”. Pelo contrato, o consórcio recebeu ao menos R$ 7,3 milhões da CPTM.

No relatório da Receita Federal, o consórcio aparece como responsável por pagamentos de ao menos R$430 mil para a JFM Engenharia. Os pagamentos aconteceram em 2010, um ano após a contratação realizada pela CPTM. Integrante do consórcio, a Tejofran é investigada no caso do cartel de trens e também efetuou pagamento de R$ 60 mil à JFM.

O Consórcio Mendes Júnior/Vetec foi contratado por R$ 30 milhões pela CPTM para “prestação de serviços de engenharia especializada para elaboração de projeto executivo e construção da nova estação Tamanduateí da Linha 10 – Turquesa.

Na quebra de sigilo da JFM, o consórcio aparece como fonte de pagamentos de R$ 270 mil reais efetuados em 2010, um anos após a contração do consórcio.

Por fim, o consórcio formado pelas empresas Ferreira Guedes e Galvão Engenharia foi contratado por R$ 29,4 milhões pela CPTM em 2010 para “recuperação da infraestrutura da via permanente e limpeza” da linha 8 – Diamante. O consórcio repassou R$46 mil à JFM Engenharia. em 2012.

Procurada, a Mendes Júnior não respondeu aos contatos da reportagem. A Galvão Engenharia informou que não iria comentar o caso e a Vetec disse que participou apenas da elaboração do projeto no consórcio que teve com a Mendes Júnior, sem atuar diretamente nas obras.

O criminalista Luiz Fernando Pacheco, que representa João Roberto Zaniboni, afirmou que ele era sócio minoritário da Focco Engenharia. “Ele tinha apenas um por cento.”

COM A PALAVRA, A DEFESA DA JFM:

Procurado, o advogado Anivaldo dos Anjos Filho, que representa a empresa, encaminhou a seguinte nota à reportagem:

“- A movimentação apresentada no relatório enviado, de plano verifica-se que não contempla as faturas e serviços executados em anos anteriores a 2010 e recebidas a partir deste período, inclusive de ações judiciais movidas pela Empresa, Embora as declarações anteriores Receita contenham tais informações.
Importante frisar que o relatório apresentado pela “Receita”, contém incongruências a serem melhor apuradas.

A JFM atua desde 1995 na área de Engenharia Consultiva de sistemas ferroviários, especificamente no Sistema de Sinalização, área contemplada pela Lei de Segurança Nacional, e pela sua especificidade sub contrata outras empresas para fornecimento de mão de obra.

– Em relação à eventuais suspeitas da Receita, desconhecemos, posto que todos os serviços prestados pela JFM, se converteram em obras concretas, bastando para tanto que sejam verificadas no Órgão Principal Contratante.

– Em relação às licitações, a JFM no âmbito de sua especialidade, presta serviços de consultoria e estudo de viabilidade técnica e financeira para as Empresas proponentes em certames licitatórios”

COM A PALAVRA, A CPTM:

“A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nunca teve, não possui contato, nem efetuou pagamentos a estas empresas. As obras e serviços, segundo demanda da própria reportagem, foram realizados pelos consórcios contratados de acordo com a Lei de Licitações 8666/93. Os contratos foram cumpridos.”


COM A PALAVRA, A TEJOFRAN:

“Foram realizados pagamentos à empresa JFM Engenharia por serviços prestados na área de projeto e sinalização ferroviária. A JFM e seus sócios são reconhecidos no mercado de engenharia pela expertise nesse segmento. Em razão disso, realiza serviços para outras companhias com atuação na área de trens e metrô, como pode ser facilmente constatado.  Todos os serviços, medições e pagamentos estão registrados e devidamente contabilizados pelo consórcio e pela empresa.”


 PS do Viomundo: As denúncias em questão envolvem a CPTM, estatal do governo paulista, de 2010 a 2013. Pegam, portanto, as gestões dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. Elas mostram como a Lava Jato e o trensalão caminham juntos, como já denunciamos aqui e aqui.

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