Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Movimentos convocam atos contra Temer e o golpe

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Manifestações "para barrar o golpe, exigir a saída de Michel Temer e defender os direitos" ocorrerão nesta sexta-feira no Rio de Janeiro, data da cerimônia de abertura da Olimpíada, e no dia 9 de agosto em todo o Brasil, informa nota divulgada pela Frente Brasil Popular, que reúne diversos movimentos sociais e centrais sindicais; texto detalha os aspectos do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, ressalta que o presidente interino vem retirando benefícios dos brasileiros e alerta que a mídia reforçará, nos próximos dias, uma "cobertura ufanista das Olimpíadas", dando o golpe como consumado; "O fator decisivo para assegurar essa virada será a nossa mobilização nessa reta final do impeachment. Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro", diz ainda a nota 

247 - Em nota divulgada nesta quinta-feira 4, a Frente Brasil Popular, que reúne diversos movimentos sociais e centrais sindicais, convoca os brasileiros a participarem de dois grandes atos contra o presidente interino, Michel Temer, e o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.

Manifestações "para barrar o golpe, exigir a saída de Michel Temer e defender os direitos" estão marcadas para acontecer nesta sexta-feira 5 no Rio de Janeiro, data da cerimônia de abertura da Olimpíada, e no dia 9 de agosto em todo o Brasil.

O texto detalha os aspectos do golpe, ressalta que Temer vem retirando benefícios dos brasileiros e alerta que a mídia reforçará, nos próximos dias, uma "cobertura ufanista das Olimpíadas", dando o golpe como consumado.

"O fator decisivo para assegurar essa virada será a nossa mobilização nessa reta final do impeachment. Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro", diz ainda a nota. Leia a íntegra:
Nota Pública

Enfrentar o golpe! Derrubar o governo ilegítimo!

A Frente Brasil Popular convoca todos/as os lutadores/as sociais às ruas do Rio de Janeiro no próximo dia 05, e de todo o Brasil no dia 09 de agosto para barrar o golpe, exigir a saída de Michel Temer e defender os direitos. Fora o golpista Michel Temer e seu governo ilegítimo e interino: este é o brado cada vez mais forte na sociedade brasileira.

Cientes de que as urnas não aprovariam o desmonte do patrimônio público e a retirada de direitos conquistados há décadas pelos trabalhadores e trabalhadoras, os arquitetos do golpe sabiam que precisavam passar por cima da democracia e da Constituição Federal para aplicar seu programa radical de arrocho e ajuste fiscal de longo prazo.

Segundo a Constituição, a deposição de um presidente da República só é possível caso ele tenha cometido algum crime. A perícia do Senado isentou Dilma de atuação nas pedaladas fiscais. Depois, o Ministério Público Federal confirmou o que os setores democráticos e progressistas da sociedade vêm dizendo: pedaladas fiscais não configuram crime. Por isso, o parecer da procuradoria indicou o arquivamento da apuração.

Neste sentido, é o próprio relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), alegando a procedência da acusação e defendendo o prosseguimento do processo, que atenta contra a Constituição. O pedido de impeachment de Dilma Rousseff não tem nenhum fundamento legal, é um golpe de Estado, planejado e conduzido, inclusive, para deter as investigações que atingiriam os próprios golpistas.

Não se trata somente de um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, é também contra os milhões de votos que estariam sendo cassados, contra a Constituição. O alvo do golpe é a classe trabalhadora, os setores populares, os direitos sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio público, a soberania e o Estado Nacional.

A gestão interina de Temer amplia o déficit público e anuncia um projeto que acaba com a obrigatoriedade de gastos governamentais em saúde e educação, impondo limites que significam um verdadeiro desmonte dos serviços públicos. Concretamente, isto significa o fim do SAMU, a falta de medicamentos, equipamentos e materiais hospitalares, a precarização dos trabalhadores da saúde e da educação, o sucateamento das escolas, etc.

Além disso, Temer diminuiu os recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e do Bolsa Família, anunciou mudanças na Previdência Social, para aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição da aposentadoria, planeja acabar com a política de valorização do salário mínimo e aumentar a jornada de trabalho para 80 horas semanais. Sem falar na perversa política de juros altos que só beneficia os interesses do rentismo.

Ao mesmo tempo, os golpistas conduzem a privatização de empresas estatais no setor elétrico, nos portos e aeroportos, a venda de campos do pré-sal para corporações transnacionais e a venda de terras e demais recursos naturais ao capital internacional, dilapidando o patrimônio do povo brasileiro, estimulando a cizânia nos organismos regionais de integração e submetendo a soberania nacional aos interesses das grandes potências imperialistas.

Por isso, em legítima defesa, gritamos não ao golpe, fora Temer e nenhum direito a menos! Nas últimas semanas a mídia tem se esforçado para tratar o impeachment como um fato consumado, escondendo as mobilizações que estão ocorrendo, bem como ocultando a figura da Presidenta legítima. Esse esforço será intensificado nos próximos dias, omitindo a crise política e econômica com uma cobertura ufanista das Olimpíadas.

Contudo, temos consciência de que é possível reverter a votação no Senado. Apesar da narrativa fatalista da mídia, são poucos votos que nos separam da vitória sobre os golpistas. Não é por outro motivo que o governo golpista tenta a todo custo antecipar a votação no Senado. O fator decisivo para assegurar essa virada será a nossa mobilização nessa reta final do impeachment.  

Portanto, no dia 5 de agosto, faremos um grande ato nas ruas do Rio de Janeiro, juntos com a Frente Povo Sem Medo e a Frente de Esquerda Socialista, para defender nossos direitos e mostrar ao Brasil e ao mundo que as Olimpíadas acontecerão em um país que está sofrendo um golpe de Estado. As centrais sindicais farão também no dia 16 de agosto, em todas capitais, grandes atos em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores/as, sendo esta uma etapa fundamental do processo de construção da greve geral.

A Frente Brasil Popular, por sua vez, convoca todos e todas para que realizem manifestações em suas cidades no dia 9 de agosto, quando será votado o juízo de pronúncia no Senado. Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro. Agora é a hora: não temos tempo a perder e não temos nada a temer!

Não Ao Golpe, Fora Temer!

 4 de Agosto de 2016

FRENTE BRASIL POPULAR

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Temer fará alguma falta na reunião do G20?

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Oficialmente, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ferir o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff e antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro; ocorre que dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio; além disso, o único líder do G20 que virá para a Rio 2016 no Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande; ele vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024; nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China 

247 – Na reta final do processo de impeachment, pouca gente entendeu por que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu manchar sua biografia, encurtando os ritos processuais do processo de impeachment e ferindo o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff

Oficialmente, Renan decidiu antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro.

Ocorre que Temer não faria a menor diferença no encontro das vinte nações mais desenvolvidas do mundo. Dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio.

Além disso, o único líder do G20 que virá ao Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande, que vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024.

Nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China.


Dilma: Temer não é apenas um traidor. É um usurpador


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Em entrevista ao correspondente Germán Aranda, do El Mundo, um dois mais importantes jornais da Espanha, a presidente eleita Dilma Rousseff afirma que o interino Michel Temer é um intruso na cerimônia de abertura da Rio 2016; "Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", diz ela; Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse; ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos; Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil

247 – A presidente eleita Dilma Rousseff avalia que o interino Michel Temer a traiu e não só usurpou a presidência da República como também roubou seu lugar na cerimônia de abertura da Rio 2016.
"Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", disse ela, em entrevista ao jornal El Mundo.

Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu fiel aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse e fosse conduzido de forma absolutamente antiética.
Ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos.
Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil.

Leia, abaixo, as perguntas e respostas da entrevista, em espanhol:
 ¿Usted confía en la Justicia o cree que participó de lo que usted llama golpe?

Yo confío en la institución de la Justicia, no creo que ninguna institución participara en el golpe. Ni el judicial, ni el legislativo ni las fuerzas armadas. Lo que hubo son miembros de todas las instituciones que participaron de alguna forma.

En la primera sesión del plenario que precipitó su alejamiento temporal del cargo, 55 senadores votaron a favor del cese y 22 en contra. Hay que convencer a unos cinco senadores para que cambien el voto. Entonces, ¿por qué se respira pesimismo en su propio Partido de los Trabajadores (PT)?

El Senado ha estado parado en las últimas semanas y ahora retoma su actividad, va a haber una movilización mayor. No voy a hablar de nombres concretos, pero la sensación de que no es un gobierno popular se traslada de la sociedad al Senado. Las personas, como se vio en las marchas del pasado viernes, comienzan a percibir que hubo una manipulación de los medios en la construcción del ambiente para que se dieran condiciones para el 'impeachment'. Los medios intentan decir que el impeachment ya ha tenido lugar. Como los grupos y personas que defienden el golpe están mejor representados por los medios, tienen más condiciones de exteriorizar ese sentimiento. Muchos de los que votaron a favor del impeachment lo que querían era que se frenaran las investigaciones contra el caso Lava Jato. Y el Gobierno interino está tomando medidas contra derechos sociales como la jubilación o el despido. Mucha gente se siente engañada.

La oposición al Gobierno de Temer ha sido mucho menor que la oposición a su propio Gobierno. ¿Se siente decepcionada con la movilización de la izquierda?

No, yo creo que la izquierda se movilizó bastante después de la votación en la Cámara, hubo marchas en 26 ciudades. A partir de ahora creo que volverán a hacerlo. Estamos a punto de empezar los Juegos Olímpicos y eso puede dar una visibilidad mayor a los movimientos. Además, yo creo que el impeachment tampoco consigue ya movilizar igual a la población, como se vio en las marchas del viernes, porque las personas empiezan a sentir que fueron engañadas cuando ven muchos ministros corruptos asumir cargos en el gobierno de Temer.

Las manifestaciones, como las redes sociales, muestran una polarización nunca vista en el país.

Han crecido los mensajes de intolerancia y prejuicio contra la libertad de las mujeres y también la homofobia, estimulada por sectores de la oposición y parte de los medios. Pero también ha crecido la reacción a ese odio. Estamos en un momento de pérdida de derechos sociales que afecta a varias camadas de la sociedad. Ciertas cosas son absurdas. En un país con una Constitución que prevé un Estado laico, no es aceptable que se asuman posiciones religiosas en las leyes como pretendía el ex presidente de la Cámara, Cunha.  
El Estado se asienta en la diversidad, que está en la esencia de nuestra unión como pueblo.
¿Usted cree que el Congreso refleja esa diversidad?

No, no lo hace, pero aún menos un Ejecutivo interino formado por hombres blancos, ricos y muy masculinos. Hombres, en fin.


¿Es esa falta de diversidad lo que le dificultaba negociar con el Congreso o, como dijo recientemente, una voluntad de chantajearla por parte los diputados?

Yo tenía relación con el Congreso. Pero era difícil negociar.

 La agenda del ex presidente de la Cámara, que fue alejado por tener cuentas en Suiza y haber lavado dinero, no coincidía en absoluto con la del Gobierno. A pesar de que su partido hasta entonces era centrodemocrático, él es extremamente conservador.

Con ese conservadurismo, él consiguió convencer al Congreso para aprobar las leyes y el 'impeachment' y usted no.

Tal vez él tuviese más recursos para persuadir a los congresistas que el Ejecutivo. Financiaba sus campañas, en primer lugar, y en segundo están las acusaciones del Fiscal General contra él. [Fue acusado de corrupción y cobro ilegal, pero también de mentir en las Comisiones parlamentarias e intentar desviar las investigaciones contra el caso Petrobras]. Como esto no es un régimen parlamentarista, no es suficiente con no aprobar la gestión de un presidente para someterle a una cuestión de confianza. 

No es legítimo que el Congreso saque a un presidente sin causa jurídica. No hay delito en las maniobras fiscales.

Y si es ilegal, ¿por qué el 'impeachment' no ha sido vetado por el Supremo?

Aún no hemos pedido al Supremo que vete el mérito del impeachment, es algo que haremos cuando creamos oportuno si es necesario, porque el juicio aún no se ha llevado a cabo.

Usted rechazó recientemente asistir a la ceremonia inaugural de los Juegos del próximo viernes.
Imagina que vas a dar una fiesta, trabajas durante varios años para la fiesta, montas las condiciones, colocas la iluminación, llamas a la prensa... Y el día de la fiesta alguien llega, toma tu lugar y se apropia de la fiesta. En esta historia de los Juegos, yo soy la Cenicienta, la invitan a la fiesta pero se tiene que ir antes, vive en las cenizas.

La pasada semana, 'Lula' fue imputado por obstrucción a la Justicia, ¿sigue defendiéndole?

Lula es un hombre íntegro y correcto que ha sido blanco de una persecución. Y por las encuestas que hemos visto, es un candidato fuerte para las elecciones de 2018. No creo que Lula vaya a ir preso. Si es detenido, habrá una gran conmoción en el país. El presidente Lula va a saber responder a las acusaciones correctamente y así va a mostrar su compromiso con la justicia del país.

¿No cree que es normal que mucha gente sospeche que usted conocía la trama corrupta, después de que al menos dos procesados lo hayan expresado en sus declaraciones a la policía y también por los cargos que usted ocupaba, siempre próximos Petrobras?

No se puede sospechar a partir de declaraciones, sino de pruebas y evidencias. Ya le dieron la vuelta a mi vida de lado a lado y del revés y no hay nada que me relacione con actos de corrupción. No recibí dinero de ninguna trama, no participé de ninguna manera y no tengo cuentas en Suiza.
¿Y no sabía que esa corrupción tenía lugar?

Creo que es extraña esa pregunta. Porque son muchas instituciones las que estaban relacionadas con Petrobras. La Comisión de Valores Mobiliaria, el Tribunal de Cuentas o las empresas auditoras. ¿Ellas sabían que esa corrupción tenía lugar? No. Lo que vale para ellos, vale para mí. La corrupción es un proceso insidioso que se da escondido. Es muy difícil, sin tener instituciones fuertes y legislaciones adecuadas. ¿Y cuándo fueron fortalecidas? En el Gobierno de Lula y en mi Gobierno. Se empezó a luchar contra la corrupción mediante nuevas leyes y medidas.

¿Se siente más cómoda, como parece por su actitud, luchando contra el 'impeachment' que como presidenta?

Ejercer en el Gobierno es una tarea de todos los minutos del día. No estás haciendo una oposición, estás construyendo, y eso es mucho más difícil que luchar contra la injusticia. Tienes que tomar muchas decisiones, muy difíciles algunas. Gobernar exige que tomes sistemáticamente decisiones todos los segundos y minutos de tu vida.