Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Brito: a Justiça canalha! Na hora de incriminar o Traíra, delator desdelata...

Chque.jpeg
Reprodução: Tijolaço
Conversa Afiada reproduz indignada do Fernando Brito, diante da manipulação canalha dessa falsa Justiça de delações que delatam ao sabor dos intere$$$$$e$$$$$!
manda pra casa o bi-perdoado, o Youssef, com dinheiro no bolso e tornozeleira...
(Provavelmente, Brito se refere também aos canalhas do Requião e do Lindbergh na canalha reunião em que o Senador Ciro Nogueira, outro canalha, condenou a Dilma.)
Justiça ao sabor de canalhas? Se foi para Temer, claro, não foi propina…

Foi preciso aparecer a prova documental da farsa.

O cheque do PMDB, com o nome de Michel Temer.

Aí, claro, o “delator” mudou a versão.

O dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez, agora, não é mais de corrupção, é limpinho e é cheiroso. 

Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira, diante do cheque, mudou de versão. 

O que era antes dinheiro sujo, entregue ao PT e à campanha de Dilma Rousseff por conta de achaques, agora, é contribuição espontânea, legal, cívica, porque foi mostrado a quem se deu: Michel Elias Temer Lulia.

E a mudança não se deu sobre o que se disse ao acaso, ao acaso corrigido. 

Não, foi dito num depoimento formal, diante de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral e se referia a alguém que teve 54 milhões de votos e foi escolhida pelo povo brasileiro para dirigir o país.

Até agora, o mentiroso só teve benefícios. É delator premiado.

Se já se podia ter dúvidas sobre o que dizia antes, agora é possível ter certeza: este cidadão mente e diz o que lhe é conveniente porque é aquilo que alguém quer ouvir.

Quantos outros fazem o mesmo sem que se possa ter um pedaço de papel que lhes desmonte a vilania?

Em países onde a Justiça é tão utilizada como modelo por aqui, Azevedo teria saído preso do depoimento, por ter mentido ao Tribunal.

Aqui, sai para o carro alugado, com motorista, “bastante tranquilo”, segundo o Estadão, dizendo que vai “caminhar olhando para a frente”.

E, por certo, ainda processará, com boa chance de que algum juiz lhe dê razão, alguém que o chame de canalha.

Afinal, o que é mentir a um Tribunal, se a mentira é o que convém?

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Cunha ameaça contar como Temer conspirou contra Dilma e a democracia

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O estopim do desembarque foi uma ameaça direta de Cunha ao presidente Michel Temer. O recado, em tom de ameaça, era sobre a possibilidade de Cunha contar 'a quem quisesse ouvir' detalhes das reuniões mantidas com Temer para afinar a aceitação do impeachment de Dilma Rousseff", diz reportagem do jornalista Fábio Serapião, do Estado de S. Paulo, que confirma o que todos sempre souberam: Eduardo Cunha e Michel Temer conspiraram juntos para afastar a presidente eleita Dilma Rousseff 

247 – Uma reportagem do jornalista Fábio Serapião, sobre os bastidores da cassação de Eduardo Cunha, traído por Michel Temer e pelo Palácio do Planalto, revela um segredo de Polichinelo: os dois conspiraram juntos para afastar a presidente eleita Dilma Rousseff do cargo para o qual foi eleita com 54 milhões de votos.

Cunha esperava que "Michel" fizesse gestos para protegê-lo, mas acabou sendo abandonado. Pouco antes da votação, ele prometeu contar, "a quem quisesse ouvir", detalhes da conspiração que feriu de morte a democracia brasileira.

Leia, abaixo, a reportagem de Serapião:

BASTIDORES: Planalto abandonou Cunha após ameaça direta a Temer
Por Fábio Serapião, no Estado de S. Paulo

Os desdobramentos de duas reuniões iniciadas na noite de domingo, 11, resultaram no placar de 450 deputados a favor da cassação de Eduardo Cunha e apenas 10 contra. O resultado foi se consolidando após o Planalto abandonar Cunha e liberar a base para votar pelo fim de seu mandato. O Estado apurou que o estopim do desembarque foi uma ameaça direta de Cunha ao presidente Michel Temer. O recado, em tom de ameaça, era sobre a possibilidade de Cunha contar “a quem quisesse ouvir” detalhes das reuniões mantidas com Temer para afinar a aceitação do impeachment de Dilma Rousseff.

Enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), reunia políticos e jornalistas na residência oficial, aliados de Cunha conversavam no escritório do advogado Renato Ramos. Estavam presentes, além de Maia, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e outros políticos. Todos comiam pizza quando o telefone de Maia tocou. A ligação partia de um dos convivas da outra reunião.

Convicto de que a reunião de Maia era um sinal do que o esperava na votação do dia seguinte, Cunha pediu para que dois de seus aliados fossem até a residência oficial para saber se o presidente da Câmara manteria a palavra de abrir a sessão somente com 420 deputados presentes. Maia confirmou que daria seguimento à votação apenas com esse quórum, mas informou que, em caso de tentativa de postergação, iniciaria a sessão com mais de 300 presentes.

Ao saber do posicionamento de Maia, já na madrugada da segunda-feira, 12, Cunha teria ficado nervoso. Na manhã de segunda, o clima piorou. Segundo aliados, Cunha fez a ameaça direta a Temer e acabou abandonado pelo Planalto.

domingo, 7 de agosto de 2016

Quem tem interesse em salvar Temer




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É preciso ter cautela diante da denúncia de que o interino Michel Temer recebeu R$ 10 milhões em dinheiro vivo da Odebrecht, conforme a revista VEJA divulga esta semana. Tanto o arquivamento como a investigação de acusações de natureza política, em nosso país, constituem processos abertamente seletivos.
Aprendemos isso na AP 470 e no mensalão PSDB-MG. No metroduto de São Paulo e nas várias denúncias já surgidas contra Aécio Neves. Nos mistérios do jatinho onde morreu Eduardo Campos, cujo esclarecimento poderia levar ao financiamento de campanha de Marina Silva, em 2014. Nos dez milhões pagos ao senador Sergio Guerra para bloquear investigações numa CPI que poderia esclarecer negócios suspeitos na Petrobras. A lista é longa, e inclui o caso mais gritante de 2016: Eduardo Cunha, cuja punição será adiada até onde for necessário para evitar qualquer tumulto que possa prejudicar o afastamento definitivo Dilma Rousseff.
Na currículo do interino Michel Temer, consta – conforme simples consulta a Wikipedia esta manhã – um conjunto de acusações graves em busca de esclarecimentos límpidos. Uma das mais antigas sustenta que, como Secretário de Segurança do governo de São Paulo, mostrou-se conivente com o jogo do bicho, um velho e amplo esquema de corrupção da política paulista, até que o caso foi arquivado no STF em 2006.



Em vários países sul-americanos, a denúncia de que um político colaborou com a CIA costuma ser suficiente para arruinar sua carreira por traição a pátria, como lembra o caso de Carlos Andrez Perez, presidente da Venezuela no período anterior ao governo Hugo Chávez.


A denúncia de que Temer foi informante da embaixada dos EUA foi divulgada pelo Wikileaks, em maio, reproduzida em tom compreensível de espanto em vários do planeta mas não gerou maiores explicações. Temer foi incluído numa relação de políticos beneficiados com uma mesada de R$ 100 000 do esquema do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.


Como aprendemos após tantos episódios, as denúncias de corrupção não costumam ter valor em si –mas em função de sua utilidade política de cada momento.

A acusação da Odebrecht contra Temer tem uma gravidade que não se encontra em nenhuma denúncia contra Dilma Rousseff, afastada do cargo pelo golpe de abril-maio. Não se compara ao apartamento do Guarujá nem ao sítio de Atibaia de Lula – casos que, apesar das 1000 repetições da formula da publicidade do nazismo elaborada por Joseph Goebbels, continuam sendo mentiras que não se transformaram em verdade.


O horizonte é mais complexo, porém.


O país atravessa a mais grave crise política e econômica de sua história. Encontra-se num deserto sem perspectivas, sob dominio de uma articulação que envolve a grande mídia, a parcela mais influente do Judiciário e o empresáriado o que representa 1% da população mas consegue submeter 100% do país a seus interesses. Eles exercem o poder, diretamente, sem intermediários, como recomendaria a boa prática representativa. Mantem em posição subordinada, como se fossem cachorrinhos amestrados sob a lona de um circo, uma parcela dos políticos do PSDB, PMDB, DEM e vizinhanças, conduzidos a defender seus interesses e maquinações.


Numa situação em que a democracia encontra-se sequestrada, o objetivo comum é impor uma derrota de longo curso às lideranças responsáveis pelos 13 anos de governo Lula-Dilma, esmagando quem resistir e arrancando a raiz de novas sementes que poderiam germinar. Esta é a prioridade. Gilmar Mendes já fala em extinguir o Partido dos Trabalhadores.


Vale até fechar os olhos para medidas típicas de ditadura, como proibir cartezes e camisetas Fora Temer nas Olimpíadas.


Temer é protegido e será preservado enquanto puder contribuir para isso. Trouxe uma solução sob medida para um golpe que não ousava dizer seu nome. Era o vice, condição que poderia evitar atropelos formais contra a Constituição. Tornava a saída de Dilma menos escandalosa. O vice estava pronto para trair, enquanto resmungava que não era bem tratado pela titular. A todo momento, mostrou disposição para defender a casca do ritual de impeachment.


Temer será abandonado e conduzido à vala comum reservada a Eduardo Cunha, quando e se não tiver mais serventia. Até lá será cozinhado em fogo brando, para que a deposição, caso venha setornar inevitável, não implique na convocação de novas eleições. Este é o ponto central, a linha divisória. Neste momento, qualquer debate, toda discussão, pode representar um oxigênio ao conjunto de lideranças atingidas pelo golpe, que podem ganhar oxigênio e espaço para explicar o que aconteceu.


Não há saída? Há. É difícil mas não custa lembrar que os homens nunca puderam escolher as condições em que irão atuar para defender causas justas e interesses respeitáveis. Numa situação desfavorável, a prioridade número 1 consiste em reagrupar as forças que resistem ao golpe para defender o retorno da legalidade democrática, que se inicia com a volta de Dilma à presidência. A prioridade do novo governo consiste em convocar um plebiscito, que autorize a realização de novas eleições presidenciais. A democracia pode ser recuperada. Esta é a luta, agora. Mais do que nunca, Fora Temer!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Temer fará alguma falta na reunião do G20?

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Oficialmente, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ferir o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff e antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro; ocorre que dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio; além disso, o único líder do G20 que virá para a Rio 2016 no Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande; ele vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024; nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China 

247 – Na reta final do processo de impeachment, pouca gente entendeu por que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu manchar sua biografia, encurtando os ritos processuais do processo de impeachment e ferindo o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff

Oficialmente, Renan decidiu antecipar em quatro dias a votação final do impeachment, atendendo a um pedido do interino Michel Temer, que gostaria de viajar à China, para a reunião do G20, como presidente efetivo, nos dias 4 e 5 de setembro.

Ocorre que Temer não faria a menor diferença no encontro das vinte nações mais desenvolvidas do mundo. Dos 19 países que, além do Brasil, fazem parte do grupo, nenhum saudou Temer como presidente, após sua chegada ao poder no dia 13 de maio.

Além disso, o único líder do G20 que virá ao Brasil, que, em razão da crise política, apresenta a maior recessão do mundo, é François Hollande, que vem por obrigação, porque Paris pretende sediar os Jogos de 2024.

Nos bastidores, o que se comenta é que a pressa está mais relacionada com o temor de uma delação de Eduardo Cunha do que com a viagem de Temer à China.


Dilma: Temer não é apenas um traidor. É um usurpador


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Em entrevista ao correspondente Germán Aranda, do El Mundo, um dois mais importantes jornais da Espanha, a presidente eleita Dilma Rousseff afirma que o interino Michel Temer é um intruso na cerimônia de abertura da Rio 2016; "Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", diz ela; Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse; ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos; Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil

247 – A presidente eleita Dilma Rousseff avalia que o interino Michel Temer a traiu e não só usurpou a presidência da República como também roubou seu lugar na cerimônia de abertura da Rio 2016.
"Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa", disse ela, em entrevista ao jornal El Mundo.

Dilma afirma que Temer não apenas a traiu como também conspirou com seu fiel aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o golpe vingasse e fosse conduzido de forma absolutamente antiética.
Ela afirma que muitos brasileiros foram ludibriados pelos meios de comunicação, que apoiaram o golpe, e agora se sentem enganados ao perceber que seus direitos serão suprimidos.
Dilma também afirmou que Lula não será preso porque, se isso ocorresse, haveria grande comoção no Brasil.

Leia, abaixo, as perguntas e respostas da entrevista, em espanhol:
 ¿Usted confía en la Justicia o cree que participó de lo que usted llama golpe?

Yo confío en la institución de la Justicia, no creo que ninguna institución participara en el golpe. Ni el judicial, ni el legislativo ni las fuerzas armadas. Lo que hubo son miembros de todas las instituciones que participaron de alguna forma.

En la primera sesión del plenario que precipitó su alejamiento temporal del cargo, 55 senadores votaron a favor del cese y 22 en contra. Hay que convencer a unos cinco senadores para que cambien el voto. Entonces, ¿por qué se respira pesimismo en su propio Partido de los Trabajadores (PT)?

El Senado ha estado parado en las últimas semanas y ahora retoma su actividad, va a haber una movilización mayor. No voy a hablar de nombres concretos, pero la sensación de que no es un gobierno popular se traslada de la sociedad al Senado. Las personas, como se vio en las marchas del pasado viernes, comienzan a percibir que hubo una manipulación de los medios en la construcción del ambiente para que se dieran condiciones para el 'impeachment'. Los medios intentan decir que el impeachment ya ha tenido lugar. Como los grupos y personas que defienden el golpe están mejor representados por los medios, tienen más condiciones de exteriorizar ese sentimiento. Muchos de los que votaron a favor del impeachment lo que querían era que se frenaran las investigaciones contra el caso Lava Jato. Y el Gobierno interino está tomando medidas contra derechos sociales como la jubilación o el despido. Mucha gente se siente engañada.

La oposición al Gobierno de Temer ha sido mucho menor que la oposición a su propio Gobierno. ¿Se siente decepcionada con la movilización de la izquierda?

No, yo creo que la izquierda se movilizó bastante después de la votación en la Cámara, hubo marchas en 26 ciudades. A partir de ahora creo que volverán a hacerlo. Estamos a punto de empezar los Juegos Olímpicos y eso puede dar una visibilidad mayor a los movimientos. Además, yo creo que el impeachment tampoco consigue ya movilizar igual a la población, como se vio en las marchas del viernes, porque las personas empiezan a sentir que fueron engañadas cuando ven muchos ministros corruptos asumir cargos en el gobierno de Temer.

Las manifestaciones, como las redes sociales, muestran una polarización nunca vista en el país.

Han crecido los mensajes de intolerancia y prejuicio contra la libertad de las mujeres y también la homofobia, estimulada por sectores de la oposición y parte de los medios. Pero también ha crecido la reacción a ese odio. Estamos en un momento de pérdida de derechos sociales que afecta a varias camadas de la sociedad. Ciertas cosas son absurdas. En un país con una Constitución que prevé un Estado laico, no es aceptable que se asuman posiciones religiosas en las leyes como pretendía el ex presidente de la Cámara, Cunha.  
El Estado se asienta en la diversidad, que está en la esencia de nuestra unión como pueblo.
¿Usted cree que el Congreso refleja esa diversidad?

No, no lo hace, pero aún menos un Ejecutivo interino formado por hombres blancos, ricos y muy masculinos. Hombres, en fin.


¿Es esa falta de diversidad lo que le dificultaba negociar con el Congreso o, como dijo recientemente, una voluntad de chantajearla por parte los diputados?

Yo tenía relación con el Congreso. Pero era difícil negociar.

 La agenda del ex presidente de la Cámara, que fue alejado por tener cuentas en Suiza y haber lavado dinero, no coincidía en absoluto con la del Gobierno. A pesar de que su partido hasta entonces era centrodemocrático, él es extremamente conservador.

Con ese conservadurismo, él consiguió convencer al Congreso para aprobar las leyes y el 'impeachment' y usted no.

Tal vez él tuviese más recursos para persuadir a los congresistas que el Ejecutivo. Financiaba sus campañas, en primer lugar, y en segundo están las acusaciones del Fiscal General contra él. [Fue acusado de corrupción y cobro ilegal, pero también de mentir en las Comisiones parlamentarias e intentar desviar las investigaciones contra el caso Petrobras]. Como esto no es un régimen parlamentarista, no es suficiente con no aprobar la gestión de un presidente para someterle a una cuestión de confianza. 

No es legítimo que el Congreso saque a un presidente sin causa jurídica. No hay delito en las maniobras fiscales.

Y si es ilegal, ¿por qué el 'impeachment' no ha sido vetado por el Supremo?

Aún no hemos pedido al Supremo que vete el mérito del impeachment, es algo que haremos cuando creamos oportuno si es necesario, porque el juicio aún no se ha llevado a cabo.

Usted rechazó recientemente asistir a la ceremonia inaugural de los Juegos del próximo viernes.
Imagina que vas a dar una fiesta, trabajas durante varios años para la fiesta, montas las condiciones, colocas la iluminación, llamas a la prensa... Y el día de la fiesta alguien llega, toma tu lugar y se apropia de la fiesta. En esta historia de los Juegos, yo soy la Cenicienta, la invitan a la fiesta pero se tiene que ir antes, vive en las cenizas.

La pasada semana, 'Lula' fue imputado por obstrucción a la Justicia, ¿sigue defendiéndole?

Lula es un hombre íntegro y correcto que ha sido blanco de una persecución. Y por las encuestas que hemos visto, es un candidato fuerte para las elecciones de 2018. No creo que Lula vaya a ir preso. Si es detenido, habrá una gran conmoción en el país. El presidente Lula va a saber responder a las acusaciones correctamente y así va a mostrar su compromiso con la justicia del país.

¿No cree que es normal que mucha gente sospeche que usted conocía la trama corrupta, después de que al menos dos procesados lo hayan expresado en sus declaraciones a la policía y también por los cargos que usted ocupaba, siempre próximos Petrobras?

No se puede sospechar a partir de declaraciones, sino de pruebas y evidencias. Ya le dieron la vuelta a mi vida de lado a lado y del revés y no hay nada que me relacione con actos de corrupción. No recibí dinero de ninguna trama, no participé de ninguna manera y no tengo cuentas en Suiza.
¿Y no sabía que esa corrupción tenía lugar?

Creo que es extraña esa pregunta. Porque son muchas instituciones las que estaban relacionadas con Petrobras. La Comisión de Valores Mobiliaria, el Tribunal de Cuentas o las empresas auditoras. ¿Ellas sabían que esa corrupción tenía lugar? No. Lo que vale para ellos, vale para mí. La corrupción es un proceso insidioso que se da escondido. Es muy difícil, sin tener instituciones fuertes y legislaciones adecuadas. ¿Y cuándo fueron fortalecidas? En el Gobierno de Lula y en mi Gobierno. Se empezó a luchar contra la corrupción mediante nuevas leyes y medidas.

¿Se siente más cómoda, como parece por su actitud, luchando contra el 'impeachment' que como presidenta?

Ejercer en el Gobierno es una tarea de todos los minutos del día. No estás haciendo una oposición, estás construyendo, y eso es mucho más difícil que luchar contra la injusticia. Tienes que tomar muchas decisiones, muy difíciles algunas. Gobernar exige que tomes sistemáticamente decisiones todos los segundos y minutos de tu vida.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O juiz do Porsche tem direito de defesa ou vamos metê-lo numa cela da PF?





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O juiz do Porsche tem direito de defesa ou vamos metê-lo numa cela da PF?

Autor: Fernando Brito
O Dr. Flávio Souza, colega e aluno da escolinha do Dr. Sérgio Moro, mostrado ontem cedo aqui, horas depois foi flagrado dirigindo, gostosamente, o Porsche apreendido de Eike Batista, além de guardar, com alto espírito público, uma picape do empresário na garagem do seu prédio.

Ele, o juiz vingador, que ameaçava “esmiuçar a alma” do réu, “pedaço por pedaço” parece ter começado pelo pedaço mais agradável e invejado.

Eike decorava a sala de sua casa com um Lamborghini, o Dr. Flávio parece ter preferido decorar o Fórum com o carrão.

Abriu-se contra ele uma sindicância, não um processo criminal por peculato.

Muito menos fez-se a prisão – neste caso em flagrante, porque o carro ali estava, no momento da denúncia – contra o magistrado.

Ao contrário, o Juiz Flávio ainda tem a caradura de dizer à Folha que isso é praxe.

“É absolutamente normal, pois comuniquei em ofício ao Detran que o carro estava à disposição do juízo. Vários juízes fazem isso.”

Será que os valentes integrantes do Ministério Público vão pedir a prisão provisória de Sua Excelência, numa cela coletiva com “privada em público” até que ele confesse, talvez em “delação premiada” que são os outros “vários juízes (que) fazem isso”?

Não seria o caso de um “ato exemplar” de Justiça?

Terá o Dr. Flávio o privilégio que não teria, certamente, o funcionário da garagem do Tribunal se decidisse “dar uma voltinha” com o possante?

Não, o Dr. Flávio deve responder por seus atos como qualquer pessoa e não pode ser coagido, pela prisão, a delatar os outros juízes bandalhos.

Tem o direito que não se lhe “esmiuce a alma”, mas apenas seus atos.

Pois, meu caro amigo e querida amiga, o Dr. Flávio é um ser humano e um cidadão e não deve ser submetido a ilegalidades, não importa o quão imoral tenha sido o ato praticado. O critério para a prisão é o da periculosidade e o de ter capacidade de impedir ou distorcer a investigação do crime, o que até se poderia alegar neste caso, “forçando a barra”.

Quando publiquei o post de ontem, saltava aos olhos que o Dr. Flávio havia perdido o decoro ao sair da posição de juiz isento e austero para a de “vingador da corrupção”.

E o decoro, como se sabe, é a antessala da violação.

Por isso, caro amigo, quando encontrar um moralista arrogante, que se quer mostrar “paladino da honestidade”, cuide da carteira e prepare o estômago.

E lembre que o Vinícios de Moraes, há uns 50 anos, cantou: “O homem que diz “sou”, não é!”

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sonhei que há prova de que Veja cooptou o doleiro




Vou reproduzir um “sonho” que tive poucos minutos antes de começar a escrever – um sonho em estado de vigília, diga-se.

No início da semana passada, a derrocada de Aécio Neves era visível. Dilma vinha ganhando terreno e já se falava em vitória sobre o tucano com margem maior do que a que ela teve sobre José Serra em 2010.
Em uma revista hipotética, numa certa marginal, o clima beirava o desespero. Eis que um membro imaginário de uma imaginária banda tucana da Polícia Federal bate em uma porta da marginal – não da revista, mas da via pública em que ela está sediada.

O delegado imaginário apresenta uma proposta imaginária para um chefão imaginário da publicação imaginária: haveria um jeito de reverter a escalada eleitoral de Dilma rumo à reeleição.

E o sonho prossegue: o delegado imaginário foi lá convencer o tal chefão de que “um dos advogados” de Alberto Youssef propunha convencer seu cliente a acusar a primeira mandatária da Nação de, ao lado de seu padrinho político, ter orquestrado um esquema de corrupção na Petrobrás.

O golpe de Veja não funcionou e Dilma se reelegeu. Mas, no meu sonho, investigação de uma imaginária banda não-tucana da PF teria conseguido gravação em que a banda tucana ofereceu “redenção” ao doleiro, caso Aécio fosse eleito.

A vitória de Aécio teria um efeito benfazejo na vida do doleiro. Com toda grande mídia do seu lado, Youssef se tornaria um herói como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Afirmaria em juízo tudo que a

Veja disse e o domínio do fato se encarregaria do resto.

O “resto” seria, após a vitória de Aécio, mídia, MP e Judiciário extirparem os “petralhas” Dilma e Lula da vida pública. Tornando-os fichas-sujas, estaria eliminado o “risco” de um deles voltar em 2018.

Quem enfrentaria tal poder, os 70 deputados federais do PT?

Quanto ao doleiro, após o serviço concluído se exilaria em algum pequeno e distante país e nunca mais se ouviria falar dele.

Mas o meu sonho teve final feliz. Por via das dúvidas, a proposta a Youssef foi gravada por “um dos advogados” dele.

Apesar de a gravação não valer como prova, tornaria inexorável a investigação do caso. E com o poder tendo permanecido nas “mãos erradas” do PT, o doleiro, agora, estaria disposto a contar mais sobre o meu sonho à banda não-tucana da PF.

Mas foi só um sonho… Ou será que não foi?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Arsenal contra Dilma começa a se esgotar e ela não cai


Aos poucos, vai dando a lógica. A campanha de Dilma Rousseff à reeleição começa a se impor apesar da mais impressionante campanha de difamação contra um chefe de Estado que se viu na história recente – nem Lula enfrentou coisa igual.
Antes de prosseguir rumo ao ponto central do texto, vale explicar a razão de considerar a campanha contra Dilma como a “mais impressionante da história recente”.
Para deprimir a até então alta popularidade da presidente, em 2013 foi levado a cabo um movimento de massas que não encontra paralelo em todo o pós-redemocratização. E cuja origem até hoje não ficou suficientemente clara.
A combinação de protestos de rua, efeitos previsíveis da crise internacional em alguns indicadores da economia, bombardeio midiático e a morte intempestiva de Eduardo Campos, tudo isso logrou nivelar intenções de voto da presidente, primeiro, às de Aécio Neves e, depois, às de Marina Silva.
Aécio beneficiou-se no início da campanha eleitoral. Com a mídia batendo só em Dilma e com os dois principais candidatos da oposição resguardados, o tucano chegou a empatar com a petista nas projeções de segundo turno.
O voo desse mesmo tucano, porém, foi de galinha – foi abatido no ar pelas denúncias de que pagou com dinheiro público construções de aeroportos para seu uso particular por todo o Estado de Minas Gerais.
No começo de agosto, Aécio já caía nas pesquisas e Campos não decolava. Dilma começava a se firmar. Mas eis que a tragédia revoluciona o quadro eleitoral.
O bom e velho costume brasileiro de santificar pessoas que falecem e uma brilhante encenação de Marina Silva foram matéria-prima para a mídia construir um dramalhão mexicano, praticamente santificando a substituta de Campos por uma ou duas semanas.
Contudo, a mídia errou na dose e inflou Marina muito além do que deveria. Resultado: Aécio virou pó e Dilma e Marina passaram a polarizar uma eleição que, até então, estava polarizada entre a petista e o tucano.
A mesma mídia tenta consertar o erro e notícias e críticas contra a Marina começam a ser veiculadas com estardalhaço nos grandes meios. Por alguns dias, ela apanha quase tanto quanto Dilma.
Claro que havia que noticiar as informações de que o avião que matou Campos foi fornecido a ele e a Marina por empresas fantasmas ligadas a bandidos, mas há uma montanha de coisas que há para noticiar contra Aécio e não foram noticiadas com o devido destaque ou nem foram noticiadas.
Exemplo: Aécio não construiu um só, mas vários aeroportos com dinheiro público. Todos para seu uso privado. Mas a mídia acabou enterrando o caso todo. Poderia fazer o mesmo com Marina, mas havia que derrubá-la um pouco para Aécio não afundar de vez.
Mais uma vez, porém, a mídia errou a mão. Marina bateu no teto e parou de crescer. A partir das últimas pesquisas oficiais que mostraram a “parada” dela, os trackings das campanhas passaram a detectar que sua candidatura começa a murchar.
Informações extraoficiais da campanha petista dão conta de que Marina começa a cair – já estaria empatada numericamente com Dilma no segundo turno. E nada de Aécio se recuperar…
No fim da semana passada, a mídia começa a “bombar” o vazamento da tal “delação premiada”. Em flagrante crime eleitoral – que a Justiça Eleitoral por certo irá ignorar –, a revista Veja divulga acusações a um pequeno grupo de políticos pinçado do grande grupo citado pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa à Polícia Federal.
Veja escolheu meia dúzia de nomes em meio a dezenas citados pelo ex-diretor da Petrobrás – inclusive nomes ligados ao PSDB. Se divulgar seletivamente dados sigilosos de uma investigação da PF com fins claramente eleitorais não for crime eleitoral, nada mais é.
A mídia, desta vez, atinge Marina e Dilma com intensidade parecida, porém desigual. Para a desgastar a primeira dá grande destaque ao fato de que Eduardo Campos foi acusado diretamente pelo ex-diretor da Petrobrás, mas o bombardeio de saturação, claro, recai sobre Dilma.
As campanhas de Dilma e Marina deixam vazar que não esperam reação da candidatura Aécio, que já caiu no desencanto popular. Se ficar muito ousado sobre a Petrobrás e Campos, seus podres e de seu partido começarão a voltar à tona. Afinal, com o horário eleitoral os candidatos não dependem da mídia para divulgar informações.
Ao fim, o estoque de munição contra Dilma vai se esgotando. Terrorismo econômico, denúncias de corrupção, fenômeno Marina, tudo já foi usado à exaustão. E as manifestações da ultraesquerda murcharam e não devem voltar a florescer durante a campanha eleitoral.
Por conta desse quadro, pipocam vazamentos de pesquisas privadas dos partidos que mostram Marina começando a cair, Aécio estagnado e Dilma se mantendo.
Assim, o mercado financeiro, que saliva diante dos lucros que lhe seriam gerados pela privatização do pré-sal e a independência do Banco Central que Marina e Aécio oferecem, vem operando em baixa desde a semana passada ante a melhora das chances de Dilma.

sábado, 6 de setembro de 2014

Delação em véspera de eleição tem mau cheiro. Parece desespero.


vejacosta








Segundo o que já foi divulgado pela revista Veja – porque será que 11 entre 10 policiais federais e promotores preferem a Veja para vazar informações sigilosas? – a lista de nomes apresentada pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, atingiria meio mundo, ou pouco mais, da política.
Do falecido Eduardo Campos a deputados de partidos do governo e de outros,  integrantes de coligações anti-Dilma, passando pelos presidentes da Câmara e do Senado, a lista de Costa tem um imenso potencial explosivo.
Por isso mesmo, deve ser encarada com muita cautela.
A começar pelo fato de que é algo que parte de um homem em situação de desespero, apanhado em um monte de negócios irregulares aqui e lá fora, que estava ameaçado de 30 anos de prisão e ao qual se acena com uma, na prática, absolvição.
É o que narra o Estadão:
“Calcula-se que Costa poderia pegar pena superior a 50 anos de cadeia se respondesse a todos os processos derivados da Lava Jato – já é réu em duas ações penais, uma sobre lavagem de dinheiro desviado da Petrobras, outra sobre ocultação e destruição de documentos e é investigado em vários outros inquéritos. 
Angustiado com a possibilidade de não sair tão cedo da prisão, ele decidiu delatar como operava a rede de malfeitos na Petrobras. O acordo prevê que, em troca de suas revelações, Costa deverá sofrer uma pena tão reduzida, que se aproxima do perdão judicial”. 
Agora, antes que esse acordo fosse homologado no Supremo, vaza o sigilo e, claro, mesmo que haja pouca consistência nas suas declarações, cria-se um clima político para que elas sejam aceitas como verdade absoluta.
Isso a um mês das eleições.
Uns dizem que a lista de Costa contém 39 nomes, outros dizem 42 e a “nominata” da Veja elenca, segundo divulgado no blog de Ricardo Noblat elenca 12.(Aliás, vejo que a nota foi retirada, mas pode ser conferida aqui)
Seja qual for o tamanho e sejam quais forem os integrantes, não basta a delação de um homem acuado, é preciso que haja elementos e fatos para sustentá-la.
Que empresas financiam campanhas eleitorais, todos sabem e, infelizmente, é essa a regra num modelo político de financiamento privado de eleições. Só no financiamento exclusivamente público, proposto por este governo e repelido, de forma quase unânime, pelos políticos e pela mídia, candidatos não dependem de empresários.
O que se tem de verificar, portanto, são quais destes favores empresariais foram clandestinos e, pior, quais deles foram destinados a enriquecer pessoalmente seus beneficiários.
Tudo isso cheira mal e já vinha cheirando, desde que Luís Nassif nos chamou a atenção sobre um “abraço de afogado” de Aécio Neves.
E não é apenas o cheiro dos negócios sujos de Costa, aliás afastado do cargo, contra a vontade dos políticos,  pela mulher a quem se procura atingir: Dilma Rousseff.
Verdade, no Brasil, é algo que quando aparece, é só pela metade.




terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O caguete Valério



Valério: "Caguete é mesmo um tremendo canalha"
(Foto Antonio Cruz/ABr)
E eis que o vetusto Estadão estampa, orgulhoso, a "denúncia" de que Lula foi não só beneficiado, mas um dos mentores do esquema do tal mensalão.
Treme a República!
Finalmente, depois de tanto tempo e tantos esforços, a incrível verdade afinal aparece - para o Estadão e todos os seus admiradores, claro.
Claro porque a fonte é esse incrível e desesperado Marcos Valério, tipo mais que suspeito, mais sujo que pau de galinheiro - vamos simplificar a sua descrição.
Personagens como Valério existem aos montes por aí. São famosos, frequentam todas as camadas sociais, se infiltram em qualquer lugar que possa render o que mais desejam - Valério já quis dinheiro, hoje quer apenas se livrar da prisão.
Para eles, nossos artistas já dedicaram muitas obras. Em poucas eles são os protagonistas, mas geralmente desempenham papel chave no enredo.
O grande Bezerra da Silva, intérprete maior da população oprimida, porta-voz das favelas, dos pobres e da fauna que habita o submundo, sabia muito bem que tipo é esse Valério.
Em 1984 gravou "Defunto Caguete" (Adelzonilton/Franco Teixeira/Ubirajara Lucio), partido alto em que presta a sua homenagem a tipos como Marcos Valério (clique).
Bezerra sabia das coisas, Valério não sabe de nada, é só um caguete...
Mas é que eu fui num velório velar um malandro
Que tremenda decepção
Eu bati que o esperto era rife ilegal, 
Ele era do time da entregação 
O bicho esticado na mesa 
Era dedo nervoso e eu não sabia 
Enquanto a malandragem fazia a cabeça 
O indicador do defunto tremia (Refrão)
Era caguete sim! 
Era caguete sim! 
Eu só sei que a policia pintou no velório 
E o dedão do safado apontava pra mim 
Era caguete sim! 
Era caguete sim! 
Veja bem que a polícia arrochou o velório
E o dedão do coruja apontava pra mim 
Caguete é mesmo um tremendo canalha 
Nem morto não dá sossego 
Chegou no inferno, entregou o diabo
E lá no céu caguetou São Pedro 
Ainda disse que não adianta 
Porque a onda dele era mesmo entregar 
Quando o caguete é um bom caguete 
Ele cagueta em qualquer lugar
No Crônicas do Motta