Emissora oficial do Mundial de Futebol deste ano, a Globo já vendeu cotas de R$ 1,4 bilhão, mas tenta descolar sua imagem do evento, que tem sido alvo de protestos; para jornalistas da rede, TV emitiu comunicado orientando-os a privilegiarem reportagens de denúncias de irregularidades; Globo não quer passar imagem de que é aliada da Fifa, embora o seja; além de transmitir os jogos, TV é licenciadora de mais de 1,7 mil produtos do Mundial; contradição define posição da empresa dos irmãos Marinho
Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Recuperação dos EUA não são “favas contadas”. Tesouro ameaça “calote” para o fim do mês
Embora nossa imprensa fale todo o tempo na recuperação americana e no inevitável refluxo de capitais para os títulos do Tesouro Americano, com a redução ou o fim do “quantitative easing” pela melhora da economia dos EUA, a coisa não é bem assim.
Enquanto se fala horrores de nossa situação fiscal, lá a coisa estava e vai ficando ainda mais feia.
Hoje, o Secretário do Tesouro, Jack Lew, anunciou que “muito em breve” o Governo americano não poderá, de novo, honrar suas dívidas por não poder emitir mais.
Desde 2011, os EUA vivem de crise em crise pela ameaça de “default” – que vem a ser um “calote” chique – de suas dívidas e, da última vez, teve de fechar repartições e suspender serviços públicos.
A dívida pública, hoje está estimada em US$ 16,7 trilhões, ou 101% do PIB americano, e você pode ver como este salto coincide com a crise de 2008 e as maciças injeções de moeda feitas na economia: na americana e na mundial.
Lew afirmou que os EUA podem lançar mão de mecanismos contábeis para evitar ultrapassar o limite até o final de fevereiro. Mas logo depois, ”os EUA só serão capazes de pagar sua dívida e outras obrigações com dinheiro cash“.
Hoje, os dados de queda da atividade industrial de quase 10% de dezembro para janeiro atiraram a bolsa de Nova York para baixo. A perda, em um mês, chega a 6,2%.
E isso, claro, arrasta as bolsas do mundo inteiro, porque sinaliza que o tão falado aquecimento da economia mundial é mais uma esperança que uma realidade.
A verdade é que os nossos “professores” não andam conseguindo mesmo fazer o seu “dever de casa”.
Mas continuam a nos querer dar aulas.
MARCO AURÉLIO SOBRE CARTEL: ‘VOU DAR OS NOMES’
Ministro do STF deve derrubar esta semana o sigilo do inquérito sobre o suposto esquema de fraudes em licitações de trens e metrô de São Paulo envolvendo tucanos; "O sigilo eu vou preservar no que a lei impõe, agora, no mais, não. Vamos abrir inclusive os nomes dos envolvidos", declarou Marco Aurélio Mello; acesso foi pedido pela comissão de sindicância do MPF, que investiga atuação do procurador Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso; sobre o desmembramento do processo, já decidido, o relator do caso Siemens comentou: "para mim é algo claro, devemos evitar o que houve na AP 470"
3 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 15:11
SP247 – As informações do inquérito sobre o esquema de fraude e pagamento de propina que envolve políticos do PSDB em São Paulo, conhecido como caso Siemens, podem ser tornadas públicas. A decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello sobre o assunto pode sair ainda semana.
Segundo ele, que é relator do processo, mantido sob segredo de Justiça, apenas informações que ferem a privacidade dos envolvidos devem ser mantidas em segredo. São citados na denúncia do caso o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e três secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB): Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico e Social).
Marco Aurélio reafirmou que irá desmembrar a ação, como já havia decidido. Desta forma, apenas políticos com direito ao foro especial serão julgados pelo Supremo, e o restante pela Justiça Federal de São Paulo.
Segundo ele, a medida tem como objetivo "evitar o que houve na AP 470", o chamado 'mensalão', processo que, por decisão do plenário do mesmo STF, de 2002, não foi desmembrado, apesar de apenas três (de 38) réus terem direito ao foro especial (leia mais).
Abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
STF decide esta semana sobre compartilhamento de investigação do metrô de SP
André Richter - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello deve decidir esta semana se autoriza o compartilhamento das informações do inquérito sobre o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo.
O acesso à investigação foi pedido pela comissão de sindicância do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, que verifica a conduta do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso.
Em outubro do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que o MPF esclareça a suposta falha do procurador que impediu a tomada de depoimento de três supeitos. A falha fez com que o Ministério Público suíço arquivasse o processo contra os investigados pelo fato de o MPF em São Paulo não ter atendido ao pedido, feito em 2011.
O ministro Marco Aurélio, que é relator do processo que investiga o suposto cartel do metrô de São Paulo, deverá autorizar a quebra de parte do sigilo da investigação, além de determinar o desmembramento do processo. Com a decisão, apenas parlamentares citados no processo devem responder às acusações no STF.
"O sigilo eu vou preservar no que a lei impõe, agora, no mais, não. Vamos abrir inclusive os nomes dos envolvidos. E o desmembramento para mim é algo claro, devemos evitar o que houve na AP 470 [o processo do mensalão]", disse o ministro.
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A Secom e o desassossego da mídia
Eleições presidenciais em El Salvador e na Costa Rica vão para o segundo turno com esquerda salvadorenha e a centro-esquerda constarriquenha na dianteira
Aécio Neves afirma que Helena Chagas deixou a Secom por seus méritos (?)
Receita espanhola de ajuste exitoso: bancos quadruplicam lucros em 2013; suicídios batem recorde (alta de 11%) e desemprego vai a 26%
Confiança do consumidor recua nos EUA; no Brasil tem a maior alta em 15 meses (CNI)
O alarido em colunas e gargantas mensageiras expressa uma expectativa consuetudinária das corporações em relação à pasta.
por: Saul Leblon
O desassossego da emissão conservadora com a saída de Helena Chagas, da Secom, não diz algo apenas sobre a ex-ministra egressa das Organizações Globo, e que por mais de quatro anos esteve à frente do órgão que centraliza a comunicação e o orçamento de publicidade do governo federal.
O alarido em colunas e gargantas adestradas no varejo dos recados patronais expressa, ademais, o entendimento consuetudinário que as grandes corporações do setor nutrem em relação a essa pasta.
- Se é preciso mexer, que seja para nada mudar, adverte o ectoplasma dos interesses que se avocam a indivisa prerrogativa sobre a opinião pública nacional.
O dispositivo midiático relaciona-se com a Secom na mesma chave hierárquica através da qual o mercado financeiro busca impor sua soberano ao BC. Equivale ao tratamento dispensado pelos oligopólios regulados às agencias regulatórias, por reles capturadas.
Tudo se passa como se a esfera pública lhes devesse a fidelidade própria de uma extensão dos interesses privados.
Essa é a natureza dos recados disparados ao governo por ocasião da saída de Helena Chagas da Secom.
Equivale aos avisos intimidativos que gangues enviam à chegada de novos moradores no quarteirão.
Justiça seja feita, há coerência com o que se estampa e se emite a título de noticiário.
Importa, assim, discutir o outro lado.
O problema maior é a eficácia –razoavelmente alta—que esse comportamento tem obtido.
Há quem tema que o sucesso se repita agora, mergulhando-se a mudança na Secom em um formol de busca de indulgência composto de mais do mesmo.
Que um governo progressista, há mais de uma década à frente do Estado, não tenha formado ainda um consenso quanto a necessidade de tornar mais ecumênico o sistema de comunicação do país, configura um mistério que até mesmo os dilatados limites das alas moderadas da esquerda não conseguem mais aceitar.
Muito das hesitações petistas nessa esfera pode ser atribuída à percepção de uma correlação de forças adversa, que impõe a estrita seleção dos confrontos a enfrentar.
A avaliação teria excluído das prioridades do governo Dilma o projeto de regulação das comunicações audiovisuais preparado pelo ex-ministro Franklin Martins.
O texto dorme no berço esplendido da gaveta do ministro Paulo Bernardo, mas embalado por ordens superiores.
Há uma inércia histórica que explica –ou pelo menos explicou até a crise do chamado mensalão— comportamento dos governos petistas nessa área.
O PT nasceu há 34 anos, em fevereiro de 1980.
Veio ao mundo com a simpatia abrangente dos jornalistas brasileiros.
As greves históricas dos anos 70 e 80 no ABC paulista magnetizaram as redações e toda uma geração de profissionais formada na resistência à ditadura.
Os levantes metalúrgicos criariam o sujeito histórico do novo período acalentado.
São Bernardo do Campo simbolizava o protagonista e o lugar da mudança.
Era uma pauta de apelo avassalador.
Estabeleceu-se uma camaradagem solidária entre repórteres e os destemidos metalúrgicos de Lula. A intimidade com o baixo clero das redações trouxe apoios, informações e contatos.
Era um tempo em que a luta operária carecia de escala e organização política.
A proximidade com os jornalistas - muitos dos quais renunciariam a cargos e carreiras para se engajar na luta sindical e depois, na do PT - criou também ilusões.
O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na grande indústria da notícia. Formou-se um consenso: a margem de manobra existia, bastava habilidade, certa moderação e bons contatos para explorá-la.
Marcaria uma inflexão nesse entendimento a derrota para Collor em 1989.
A Globo editou o debate final da campanha; deu quase dois minutos adicionais ao 'caçador de marajá' no compacto que levou ao ar no Jornal Nacional; estigmatizou as falhas de Lula, selecionando-as em contraponto aos melhores momentos do rival.
O alerta foi claro, mas não construiu uma novo diagnóstico político a ponto de renovar a agenda em relação ao aparato midiático.
Pesaria mais naquele momento a autocrítica das falhas da campanha do que a percepção do novo adversário de peso.
Foi um erro.
Não era qualquer adversário, mas aquele que aos poucos se revelaria com poderes para exacerbar a relação de forças e disposto a fazê-lo --até o limite da manipulação, se necessário.
A 'união' nacional no impeachment de Collor, ato contínuo à derrota, e a vitória em 2002, num ambiente de hostilidade aberta, mas contrastado pelo racha que a inoperância tucana promoveria no interior do próprio empresariado, mitigaram o conflito entre as convicções históricas do partido e a postura abertamente anti-petista da mídia.
A liderança de massa de Lula atingiu seu auge então reverberou no país durante os oito anos em que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.
O prestígio esmagador dentro e fora do país empalideceu o cerco midiático e coagulou o debate sobre o tema da comunicação no interior do partido.
Parecia desnecessário.
Lula falou todos os dias, algumas vezes por dia, durante os 2.920 dias em que exerceu a Presidência da República.
O instinto político comandava a garganta.
A voz rouca abria espaços na opinião pública estabelecendo uma linha direta com o imaginário popular, a contrapelo da má vontade dos veículos de comunicação.
Não eram apenas palavras ocas, como alvejavam os editoriais raivosos. Elas carregavam resultados de políticas bem-sucedidas que entravam na casa dos mais humildes, sentavam-se à mesa, mudavam a rotina do país, redesenhavam as fronteiras da produção e do consumo de massa.
A mídia era obrigada a repercutir e Lula falava sem trégua.
Pautava a conversa nacional: era uma estratégia militante de ocupação de um espaço que se tornara esfericamente adverso. Eles chamavam a isso de 'lulo-populismo'.
Paradoxalmente, a exuberância oratória de Lula –ancorada em êxitos econômicos robustos-- veio revalidar a ingenuidade dos que ainda apostavam na existência de um espaço de tolerância no interior das redações.
Escaparia a esses dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações.
Ao longo de duas décadas de polarização política entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e as urgências sociais do país, o ambiente jornalístico sofreria uma mudança qualitativa de pauta, estrutura e composição profissional.
A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do 'mensalão' - que culminaria em novembro de 2012 com o linchamento e a condenação à prisão justamente de lideranças históricas e pragmáticas do partido-- sacudiu a inércia petista com força, pela primeira vez.
O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos da mídia sobre o preço a pagar por uma trégua, perdeu eco na cúpula do governo.
Lula recorreria ao movimento sindical em 2005. A palavra 'golpe ' foi entronizada no discurso da resistência - para horror dos que insistiam em um acordo com o dispositivo que costurava a derrubada do governo.
A reeleição em 2006 quando se imaginava que o Presidente sangraria até morrer, e o êxito em eleger a sucessora, em 2010 --que termina seu mandato assentada em trunfos suficientes para ser reconduzida ao cargo-- evidenciariam ao conservadorismo, em contrapartida, a importância crucial de preservar a sua única vantagem verdadeira no embate: o quase monopólio midiático.
Instalou-se, progressivamente, um "termidor" nas redações.
A fratura acalentada originariamente pelo PT, entre o baixo clero feito de jornalistas solidários e as direções conservadoras, foi cicatrizada a ferro e fogo com depurações e rupturas nos últimos anos.
A última purga da década foi feita recentemente no jornal Valor Econômico.
Profissionais íntegros e isentos continuam a existir nas redações.
Mas os sistemas de controle, a pauta e o torniquete da edição, sob comando de robespierres que compartilham do diretório demotucano, esmagaram o espaço da isenção, sem o qual não há contraditório.
A mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade brasileira deixou de existir no país.
Pouca dúvida pode haver de que isso ameaça a democracia e a equidistância das instituições, do legislativo ao judiciário.
A percepção dessa ruptura, e os desdobramentos políticos que ela acarreta, cristalizou-se no linchamento midiático que subordinou as togas à cenoura dos holofotes, no julgamento da Ação Penal 470.
A tradição acomodatícia do PT em relação à chamada grande imprensa - seu descuido histórico com iniciativas para contrapor pluralidade ao monólogo - tornou-se perigosamente anacrônica.
Quando a Presidenta Dilma diz que prefere o excesso de uma mídia ruidosa ao silêncio das ditaduras, por exemplo, não está dizendo –como se viu acima-- nada de novo para a história do PT.
Mas a frase soa insuficiente para as circunstâncias que se modificaram.
O PT sempre perfilou entre os partidos pluralistas, antagônicos à voz única, ao poder absoluto e à intolerância ideológica ou religiosa.
O que se discute agora é outra coisa.
Como fazer prosperar a democracia, o senso crítico e a pluralidade num ambiente em que um poder não eleito e sem rival à altura em sua abrangência e decibéis, dá voz de comando até mesmo à Suprema Corte --diz quem deve ou não ser julgado, como, com que precedência, a forma como deve cumprir a pena e onde?
A investida algo abusada e intimidadora sobre a Secom, após a saída de Helena Chagas, ilustra a determinação de um apetite pantagruélico que não saciará com a tradicional busca de indulgência, advogada por áreas conservadoras do PT.
Como contrapor a esse ruído despótico um contrapeso equivalente de vozes democráticas?
Essa é a pergunta que a mídia jamais fará à Presidenta Dilma.
Nem por isso a história a exime de responder.
A intimidação em curso tem como meta consagrar o interdito da publicidade federal aos sites e blogs progressistas, aqueles que semeiam a referência de um ponto de vista alternativo ao círculo de ferro conservador.
Por certo, a Presidenta Dilma não convalida em sua concepção de ruído democrático a narrativa de uma nota só evocada por esse jogral, que sobrepõem a liberdade de empresa à liberdade de expressão.
Não se pode mais declinar de dar às consequências as suas causas.
As causas da crispação autoritária que lateja na vida política do país decorrem em grande parte do desequilíbrio avassalador cristalizado no seu sistema de mídia e comunicação.
Não enxergar o óbvio é pagar a crediário o suicídio político.
Um governo democrático, que pretende fazer do Brasil um país de classe média - supõe-se que não simplesmente de consumidores de tablets, não pode mais lutar a batalha do dia anterior.
A disjuntiva que se coloca não é mais entre autoritarismo/aparelhismo ou monólogo conservador, como quer o capcioso enunciado da emissão dominante;
Não estamos nos anos 60 ou 70.
Estamos diante de um aparato claustrofóbico de difusão que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira e de interditar o debate –crucial nos dias que correm-- sobre o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.
Não se constrói um país de classe média esclarecida sem as condições efetivas ao esclarecimento e à formação da consciência crítica.
Não basta o crédito à aquisição de computadores, celulares etc
É obrigação de governo, também, assegurar espaço para que seu conteúdo seja plural e democrático.
Disputar as expectativas, em certos momentos, é tão decisivo quanto ajustar as linhas de passagem entre um ciclo econômico e outro.
Esse é um desses momentos.
E isso requer um novo entendimento de comunicação do governo.
A Secom pode exprimi-lo com equidistância e lisura.
Há uma prova de fogo no caminho: não se submeter à intimidação dos que se avocam a prerrogativa de fixar critérios --e limites implícitos-- do que seja uma política democrática de comunicação para a sociedade brasileira hoje.
O alarido em colunas e gargantas adestradas no varejo dos recados patronais expressa, ademais, o entendimento consuetudinário que as grandes corporações do setor nutrem em relação a essa pasta.
- Se é preciso mexer, que seja para nada mudar, adverte o ectoplasma dos interesses que se avocam a indivisa prerrogativa sobre a opinião pública nacional.
O dispositivo midiático relaciona-se com a Secom na mesma chave hierárquica através da qual o mercado financeiro busca impor sua soberano ao BC. Equivale ao tratamento dispensado pelos oligopólios regulados às agencias regulatórias, por reles capturadas.
Tudo se passa como se a esfera pública lhes devesse a fidelidade própria de uma extensão dos interesses privados.
Essa é a natureza dos recados disparados ao governo por ocasião da saída de Helena Chagas da Secom.
Equivale aos avisos intimidativos que gangues enviam à chegada de novos moradores no quarteirão.
Justiça seja feita, há coerência com o que se estampa e se emite a título de noticiário.
Importa, assim, discutir o outro lado.
O problema maior é a eficácia –razoavelmente alta—que esse comportamento tem obtido.
Há quem tema que o sucesso se repita agora, mergulhando-se a mudança na Secom em um formol de busca de indulgência composto de mais do mesmo.
Que um governo progressista, há mais de uma década à frente do Estado, não tenha formado ainda um consenso quanto a necessidade de tornar mais ecumênico o sistema de comunicação do país, configura um mistério que até mesmo os dilatados limites das alas moderadas da esquerda não conseguem mais aceitar.
Muito das hesitações petistas nessa esfera pode ser atribuída à percepção de uma correlação de forças adversa, que impõe a estrita seleção dos confrontos a enfrentar.
A avaliação teria excluído das prioridades do governo Dilma o projeto de regulação das comunicações audiovisuais preparado pelo ex-ministro Franklin Martins.
O texto dorme no berço esplendido da gaveta do ministro Paulo Bernardo, mas embalado por ordens superiores.
Há uma inércia histórica que explica –ou pelo menos explicou até a crise do chamado mensalão— comportamento dos governos petistas nessa área.
O PT nasceu há 34 anos, em fevereiro de 1980.
Veio ao mundo com a simpatia abrangente dos jornalistas brasileiros.
As greves históricas dos anos 70 e 80 no ABC paulista magnetizaram as redações e toda uma geração de profissionais formada na resistência à ditadura.
Os levantes metalúrgicos criariam o sujeito histórico do novo período acalentado.
São Bernardo do Campo simbolizava o protagonista e o lugar da mudança.
Era uma pauta de apelo avassalador.
Estabeleceu-se uma camaradagem solidária entre repórteres e os destemidos metalúrgicos de Lula. A intimidade com o baixo clero das redações trouxe apoios, informações e contatos.
Era um tempo em que a luta operária carecia de escala e organização política.
A proximidade com os jornalistas - muitos dos quais renunciariam a cargos e carreiras para se engajar na luta sindical e depois, na do PT - criou também ilusões.
O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na grande indústria da notícia. Formou-se um consenso: a margem de manobra existia, bastava habilidade, certa moderação e bons contatos para explorá-la.
Marcaria uma inflexão nesse entendimento a derrota para Collor em 1989.
A Globo editou o debate final da campanha; deu quase dois minutos adicionais ao 'caçador de marajá' no compacto que levou ao ar no Jornal Nacional; estigmatizou as falhas de Lula, selecionando-as em contraponto aos melhores momentos do rival.
O alerta foi claro, mas não construiu uma novo diagnóstico político a ponto de renovar a agenda em relação ao aparato midiático.
Pesaria mais naquele momento a autocrítica das falhas da campanha do que a percepção do novo adversário de peso.
Foi um erro.
Não era qualquer adversário, mas aquele que aos poucos se revelaria com poderes para exacerbar a relação de forças e disposto a fazê-lo --até o limite da manipulação, se necessário.
A 'união' nacional no impeachment de Collor, ato contínuo à derrota, e a vitória em 2002, num ambiente de hostilidade aberta, mas contrastado pelo racha que a inoperância tucana promoveria no interior do próprio empresariado, mitigaram o conflito entre as convicções históricas do partido e a postura abertamente anti-petista da mídia.
A liderança de massa de Lula atingiu seu auge então reverberou no país durante os oito anos em que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.
O prestígio esmagador dentro e fora do país empalideceu o cerco midiático e coagulou o debate sobre o tema da comunicação no interior do partido.
Parecia desnecessário.
Lula falou todos os dias, algumas vezes por dia, durante os 2.920 dias em que exerceu a Presidência da República.
O instinto político comandava a garganta.
A voz rouca abria espaços na opinião pública estabelecendo uma linha direta com o imaginário popular, a contrapelo da má vontade dos veículos de comunicação.
Não eram apenas palavras ocas, como alvejavam os editoriais raivosos. Elas carregavam resultados de políticas bem-sucedidas que entravam na casa dos mais humildes, sentavam-se à mesa, mudavam a rotina do país, redesenhavam as fronteiras da produção e do consumo de massa.
A mídia era obrigada a repercutir e Lula falava sem trégua.
Pautava a conversa nacional: era uma estratégia militante de ocupação de um espaço que se tornara esfericamente adverso. Eles chamavam a isso de 'lulo-populismo'.
Paradoxalmente, a exuberância oratória de Lula –ancorada em êxitos econômicos robustos-- veio revalidar a ingenuidade dos que ainda apostavam na existência de um espaço de tolerância no interior das redações.
Escaparia a esses dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações.
Ao longo de duas décadas de polarização política entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e as urgências sociais do país, o ambiente jornalístico sofreria uma mudança qualitativa de pauta, estrutura e composição profissional.
A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do 'mensalão' - que culminaria em novembro de 2012 com o linchamento e a condenação à prisão justamente de lideranças históricas e pragmáticas do partido-- sacudiu a inércia petista com força, pela primeira vez.
O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos da mídia sobre o preço a pagar por uma trégua, perdeu eco na cúpula do governo.
Lula recorreria ao movimento sindical em 2005. A palavra 'golpe ' foi entronizada no discurso da resistência - para horror dos que insistiam em um acordo com o dispositivo que costurava a derrubada do governo.
A reeleição em 2006 quando se imaginava que o Presidente sangraria até morrer, e o êxito em eleger a sucessora, em 2010 --que termina seu mandato assentada em trunfos suficientes para ser reconduzida ao cargo-- evidenciariam ao conservadorismo, em contrapartida, a importância crucial de preservar a sua única vantagem verdadeira no embate: o quase monopólio midiático.
Instalou-se, progressivamente, um "termidor" nas redações.
A fratura acalentada originariamente pelo PT, entre o baixo clero feito de jornalistas solidários e as direções conservadoras, foi cicatrizada a ferro e fogo com depurações e rupturas nos últimos anos.
A última purga da década foi feita recentemente no jornal Valor Econômico.
Profissionais íntegros e isentos continuam a existir nas redações.
Mas os sistemas de controle, a pauta e o torniquete da edição, sob comando de robespierres que compartilham do diretório demotucano, esmagaram o espaço da isenção, sem o qual não há contraditório.
A mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade brasileira deixou de existir no país.
Pouca dúvida pode haver de que isso ameaça a democracia e a equidistância das instituições, do legislativo ao judiciário.
A percepção dessa ruptura, e os desdobramentos políticos que ela acarreta, cristalizou-se no linchamento midiático que subordinou as togas à cenoura dos holofotes, no julgamento da Ação Penal 470.
A tradição acomodatícia do PT em relação à chamada grande imprensa - seu descuido histórico com iniciativas para contrapor pluralidade ao monólogo - tornou-se perigosamente anacrônica.
Quando a Presidenta Dilma diz que prefere o excesso de uma mídia ruidosa ao silêncio das ditaduras, por exemplo, não está dizendo –como se viu acima-- nada de novo para a história do PT.
Mas a frase soa insuficiente para as circunstâncias que se modificaram.
O PT sempre perfilou entre os partidos pluralistas, antagônicos à voz única, ao poder absoluto e à intolerância ideológica ou religiosa.
O que se discute agora é outra coisa.
Como fazer prosperar a democracia, o senso crítico e a pluralidade num ambiente em que um poder não eleito e sem rival à altura em sua abrangência e decibéis, dá voz de comando até mesmo à Suprema Corte --diz quem deve ou não ser julgado, como, com que precedência, a forma como deve cumprir a pena e onde?
A investida algo abusada e intimidadora sobre a Secom, após a saída de Helena Chagas, ilustra a determinação de um apetite pantagruélico que não saciará com a tradicional busca de indulgência, advogada por áreas conservadoras do PT.
Como contrapor a esse ruído despótico um contrapeso equivalente de vozes democráticas?
Essa é a pergunta que a mídia jamais fará à Presidenta Dilma.
Nem por isso a história a exime de responder.
A intimidação em curso tem como meta consagrar o interdito da publicidade federal aos sites e blogs progressistas, aqueles que semeiam a referência de um ponto de vista alternativo ao círculo de ferro conservador.
Por certo, a Presidenta Dilma não convalida em sua concepção de ruído democrático a narrativa de uma nota só evocada por esse jogral, que sobrepõem a liberdade de empresa à liberdade de expressão.
Não se pode mais declinar de dar às consequências as suas causas.
As causas da crispação autoritária que lateja na vida política do país decorrem em grande parte do desequilíbrio avassalador cristalizado no seu sistema de mídia e comunicação.
Não enxergar o óbvio é pagar a crediário o suicídio político.
Um governo democrático, que pretende fazer do Brasil um país de classe média - supõe-se que não simplesmente de consumidores de tablets, não pode mais lutar a batalha do dia anterior.
A disjuntiva que se coloca não é mais entre autoritarismo/aparelhismo ou monólogo conservador, como quer o capcioso enunciado da emissão dominante;
Não estamos nos anos 60 ou 70.
Estamos diante de um aparato claustrofóbico de difusão que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira e de interditar o debate –crucial nos dias que correm-- sobre o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.
Não se constrói um país de classe média esclarecida sem as condições efetivas ao esclarecimento e à formação da consciência crítica.
Não basta o crédito à aquisição de computadores, celulares etc
É obrigação de governo, também, assegurar espaço para que seu conteúdo seja plural e democrático.
Disputar as expectativas, em certos momentos, é tão decisivo quanto ajustar as linhas de passagem entre um ciclo econômico e outro.
Esse é um desses momentos.
E isso requer um novo entendimento de comunicação do governo.
A Secom pode exprimi-lo com equidistância e lisura.
Há uma prova de fogo no caminho: não se submeter à intimidação dos que se avocam a prerrogativa de fixar critérios --e limites implícitos-- do que seja uma política democrática de comunicação para a sociedade brasileira hoje.
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Justiça estangeira desmonta “teoria dos bagrinhos do fato” com que FHC explica a propina em SP
Aplicada a teoria do “domínio do fato”, aquela invocada pelo Ministro Joaquim Barbosa de que um superior tem, mesmo sem prova material , culpa por atos de corrupção de seus indicados para a administração, toda a cúpula tucana estaria agora sentada no banco dos réus nos casos da Siemens e Alstom.
Hoje, a Folha mostra que os “bagrinhos” que Fernando Henrique diz terem sido os responsáveis pela corrupção nadavam, também, em águas federais, durante a era tucana, abocanhando ao menos R$ 6 milhões na construção da usina de Itá, em Santa Catarina, um das (poucas) obras do Governo Federal.
E o Estadão registra também que os mais altos dirigentes das estatais paulistas levavam sua cota – inclusive em viagens a Paris, ulalá! – na propinagem generalizada entre a Alston e os governos tucanos de São Paulo.
Aliás, a denúncia do Ministério Público Federal contra 12 pessoas de estatais paulistas, além do Tribunal de Contas do Estado é muito curiosa: indicia o time inteiro, mas deixa de fora o técnico e os cartolas graúdos da equipe.
A “teoria dos bagrinhos do fato” sustentada pelo ex-presidente tucano e a avifauna correlata – que, ao inverso da tese barbosiana, diz que ninguém sabia de nada – tem um problema, porém.
A Justiça da Suíça, Alemanha e França.
Apesar de tanto tempo guardadas “na pasta errada” os fatos estão aparecendo, vindo lá de fora.
Para vergonha do sistema judicial brasileiro, que vai sendo atropelado, meio a contragosto, por verdades que não se pode mais esconder, apesar de sabidas há mais de seis anos.
Como registra hoje o Estadão, ao reproduzir trecho do depoimento de um ex-diretor da Empresa Paulista de Transmissão de Energia, ouvia-se “nos corredores da extinta estatal que a multinacional francesa Alstom pagava propina para o presidente da EPTE, o diretor técnico, o diretor financeiro, bem como para funcionários da área técnica.”
Ouvia-se nos corredores, reparem.
Todo mundo sabia, menos os “dominadores do fato”.
Os bagrões.
Mas resta um consolo à turma tucana: pelo menos são corruptos em francês, n’est pas?
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DOAÇÕES: TRIBUNAL DO JÚRI CONDENA O STF O povo pôs a mão no bolso e jogou o dinheiro na cara do STF.
Genoino arrecadou o dobro do que o Supremo lhe impôs.
Delubio arrecadou o dobro.
O que sobrou é um bom começo para a campanha que beneficiará o Dirceu e o João Paulo.
Foi uma campanha realizada na internet, através dos instrumentos de um partido político, o PT.
Dependesse do PiG e da Big House, o Presidente Barbosa expropriaria a casa que o Genoino comprou no BNH para indenizar vítimas de perseguição, como alguns “morcegões” – clique aqui para ver na TV Afiada.
As doações foram feitas com identificação: com CPF.
São brasileiros de carne e osso, que existem, e que não operam via-cabo.
É tudo por dentro.
As doações se transformaram num fenômeno político de profunda dimensão.
O povo não concordou com a decisão do Supremo.
Organizou-se e submeteu o Supremo a um tribunal do júri.
E o tribunal do júri popular condenou o Supremo.
Simples assim !
Como se sabe, a Constituição prevê que o tribunal do júri é soberano.
O papel do juiz é respeitá-lo.
Não adianta o PiG (*) e a Big House agora se estrebucharem.
O Globo, numa notável página 3 deste sábado, levante suspeitas sobre as contribuições – será que o Al Capone doou ao Delúbio ?
O Fernandinho Beira-Mar ? – pergunta-se o Globo, com outros exemplos.
Discussão bizarra: está tudo registrado – com DARF.
Com DARF ! – clique aqui para ver como é importante ter uma emissora de tevê.
Numa colona (**) da Folha (***), o grande estadista Eduardo Cunha, um dos varões da Moral do PMDB, protagonista daquele celebre discurso do Garotinho na Câmara sobre a “Emenda Tio Patinhas”, na discussão da MP dos Portos, pois o Grande Estadista invoca argumentos interessantes.
As doações demonstram – diz o padrão da Moral peemedebista – a irremediável necessidade de as empresas – como a Santos Brasil e o Banco Oppportunity, por exemplo – fazerem doações a campanhas eleitorais.
Se não – segue o Ético raciocínio – só o PT vai ter dinheiro, porque só o PT consegue ir ao povo e realizar doações.
De fato, se, por algum descuido na penúltima instância, um dos Varões da Ética peemedebista caísse numa multa dessas, seria difícil mobilizar a população para lhes oferecer um tusta …
A reação da Big House e seus Varões é reveladora.
O tribunal do júri é soberano.
Condenou o Supremo.
Mostrou que, para a população, foi, sim, um julgamento de exceção, um Mentirão.
Enquanto os cheirosos tucanos escapam do mensalão tucano por conveniente prescrição.
No regime capitalista se faz Justiça também com dinheiro.
O tribunal do júri popular levantou o dobro do dinheiro e jogou na cara do STF.
Em tempo: liga o Profeta Tirésias, impressionado com a fúria da Folha e do Globo contra os doadores. Disse o grande Profeta: “eles queriam expropriar a mansão do Genoino e que a Miruna fosse pra debaixo da ponte …”
Em tempo2: não deixe de ir a “Fonteles: Ayres Britto ‘deitou’ no mensalão mineiro”: Ayres Brito, o Big Ben de Propriá, deitou sobre o mensalão tucano ! A sugestão é do amigo navegante João Connor, no face do C Af. O STF do mensalão (o do PT) enobrece a Justiça !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Delubio arrecadou o dobro.
O que sobrou é um bom começo para a campanha que beneficiará o Dirceu e o João Paulo.
Foi uma campanha realizada na internet, através dos instrumentos de um partido político, o PT.
Dependesse do PiG e da Big House, o Presidente Barbosa expropriaria a casa que o Genoino comprou no BNH para indenizar vítimas de perseguição, como alguns “morcegões” – clique aqui para ver na TV Afiada.
As doações foram feitas com identificação: com CPF.
São brasileiros de carne e osso, que existem, e que não operam via-cabo.
É tudo por dentro.
As doações se transformaram num fenômeno político de profunda dimensão.
O povo não concordou com a decisão do Supremo.
Organizou-se e submeteu o Supremo a um tribunal do júri.
E o tribunal do júri popular condenou o Supremo.
Simples assim !
Como se sabe, a Constituição prevê que o tribunal do júri é soberano.
O papel do juiz é respeitá-lo.
Não adianta o PiG (*) e a Big House agora se estrebucharem.
O Globo, numa notável página 3 deste sábado, levante suspeitas sobre as contribuições – será que o Al Capone doou ao Delúbio ?
O Fernandinho Beira-Mar ? – pergunta-se o Globo, com outros exemplos.
Discussão bizarra: está tudo registrado – com DARF.
Com DARF ! – clique aqui para ver como é importante ter uma emissora de tevê.
Numa colona (**) da Folha (***), o grande estadista Eduardo Cunha, um dos varões da Moral do PMDB, protagonista daquele celebre discurso do Garotinho na Câmara sobre a “Emenda Tio Patinhas”, na discussão da MP dos Portos, pois o Grande Estadista invoca argumentos interessantes.
As doações demonstram – diz o padrão da Moral peemedebista – a irremediável necessidade de as empresas – como a Santos Brasil e o Banco Oppportunity, por exemplo – fazerem doações a campanhas eleitorais.
Se não – segue o Ético raciocínio – só o PT vai ter dinheiro, porque só o PT consegue ir ao povo e realizar doações.
De fato, se, por algum descuido na penúltima instância, um dos Varões da Ética peemedebista caísse numa multa dessas, seria difícil mobilizar a população para lhes oferecer um tusta …
A reação da Big House e seus Varões é reveladora.
O tribunal do júri é soberano.
Condenou o Supremo.
Mostrou que, para a população, foi, sim, um julgamento de exceção, um Mentirão.
Enquanto os cheirosos tucanos escapam do mensalão tucano por conveniente prescrição.
No regime capitalista se faz Justiça também com dinheiro.
O tribunal do júri popular levantou o dobro do dinheiro e jogou na cara do STF.
Em tempo: liga o Profeta Tirésias, impressionado com a fúria da Folha e do Globo contra os doadores. Disse o grande Profeta: “eles queriam expropriar a mansão do Genoino e que a Miruna fosse pra debaixo da ponte …”
Em tempo2: não deixe de ir a “Fonteles: Ayres Britto ‘deitou’ no mensalão mineiro”: Ayres Brito, o Big Ben de Propriá, deitou sobre o mensalão tucano ! A sugestão é do amigo navegante João Connor, no face do C Af. O STF do mensalão (o do PT) enobrece a Justiça !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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