Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Mossack & Fonseca e os segredos do futebol: Como a Globo pagou os U$ 10 milhões pelos direitos da Libertadores? Por que o Brasil não ajuda o FBI a investigar a CBF?

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Teixeira com Marcelo Campos Pinto (Globo) e J. Hawilla na Argentina; Alexandro Burzaco fazia negócios com eles
por Luiz Carlos Azenha
São peças do quebra-cabeças que vão lentamente se encaixando.
Elas estão quase todas lá, no livro O Lado Sujo do Futebol, finalista do Prêmio Jabuti, que escrevi com Leandro Cipoloni, Tony Chastinet e Amaury Ribeiro Jr.
A parceria entre Ricardo Teixeira e o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rossell, em torno da qual se aglutinou um grupo que dava muitas cartas no futebol.
No Brasil, J. Hawilla e Marcelo Campos Pinto — o primeiro sócio da Globo em emissoras no interior de São Paulo e o segundo todo poderoso dos negócios da emissora no esporte.
O castelo de cartas aos poucos desaba, com vazamentos e delações.
Teixeira vive escondido no Brasil. Rossell perdeu o cargo e está sob investigação na Espanha. Campos Pinto deixou a Globo. Hawilla entrega tudo nos Estados Unidos, junto com o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Na busca e apreensão da sede da Mossack & Fonseca, no Brasil, a localização de três empresas offshore ligadas à herdeira da Globo, Paula Marinho, filha do bilionário João Roberto Marinho: a Vaincre LLC, de Las Vegas, Nevada; a A Plus Holdings, do Panamá, e a Juste International, das ilhas Seychelles.
Elas foram veículo para transferências da emissora?
Nos #panamapapers, a constatação de que a Globo depositava no banco holandês ING, em Amsterdã, os pagamentos pelos direitos da Copa Libertadores que comprava da Torneos & Traffic Sports Marketing BV, uma sociedade entre o argentino Alejandro Burzaco e o brasileiro J. Hawilla. Foram ao menos U$ 10 milhões.
Hawilla, que atuava em Miami, se tornou colaborador da Justiça dos Estados Unidos na investigação do escândalo da FIFA.
Burzaco, preso na Itália e extraditado para os EUA, se declarou inocente diante de um tribunal.
O esquema do qual eles teriam participado foi responsável pelo pagamento de U$ 150 milhões em propinas a cartolas, dizem os investigadores. Os pagamentos, segundo o FBI, teriam partido da Datisa, que reúne a Torneos, a Traffic e uma terceira empresa de marketing, a Full Play.
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Na Holanda, em 2015, o jornalAlgemeen Dagblad foi atrás da parceria entre a Torneos e a Traffic registrada naquele país, a Torneos & Traffic Sports Marketing B V.
Descobriu que era uma empresa de papel baseada num edifício onde ficavam outras empresas internacionais, em Haia. Estava em nome de um laranja, Maarten van Genuchten.
A T&T era controlada por outra empresa, baseada na ilha de Chipre. O capital dela, em 2013, era de 2 milhões de euros.
Os negócios envolvendo direitos de TV do futebol formam um obscuro emaranhado de interesses que se organiza em torno de empresas de fachada, pagamentos através de paraísos fiscais e sonegação de impostos.
Em 2015 o Wall Street Journal já tinha desvendado as relações entre a argentina Torneos, a brasileira Traffic e duas empresas de mídia com interesse cada vez maior no futebol: a DirecTV e a Fox.
No Brasil, a Globo foi acusada pela Receita Federal de sonegar R$ 600 milhões na compra dos direitos das Copas de 2002 e 2006 através de engenharia financeira organizada em torno da empresa Empire, nas ilhas Virgens Britânicas.
De acordo com a Receita, a emissora dos irmãos Marinho simulou investimento no Exterior para em seguida desmontar a Empire e usar o capital para pagar as cotas de transmissão.
Neste quebra-cabeças, ainda falta descobrir como a Globo fez os depósitos para a Torneos & Traffic na Holanda. Foi uma remessa que partiu diretamente do Brasil, com o conhecimento do Banco Central e declaração ao imposto de renda? Ou foi uma transferência realizada através de uma offshore? Por exemplo, a Vaincre LLC?
Se sim, muito mais que a mansão de concreto de Paraty estará por trás dos negócios da Vaincre.
Se o juiz Moro se interessar, está aí a ligação entre a Operação Lava Jato — que pegou a Vaincre na Mossack & Fonseca — e o escândalo da FIFA, que pode dar a ele projeção internacional.
Porém, Moro e o Ministério Público Federal terão de superar antes uma barreira criada pela própria Justiça brasileira.
No ano passado, uma juíza do Rio de Janeiro, onde ficam as sedes da TV Globo e da CBF, bloqueou a cooperação internacional entre investigadores brasileiros e norte-americanos no caso FIFA.
Ou seja, o Brasil ajuda os Estados Unidos a processarem a Petrobras, mas não pode ajudar os Estados Unidos a desvendar a corrupção da FIFA/CBF! Inacreditável.
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Abaixo, reportagem publicada no GNN sobre o assunto:
Globo pagou US$ 10 mi a offshore por direitos de transmissão
Jornal GGN – A relação entre a Mossack Fonseca, especialista em criação de empresas em paraísos fiscais, com as Organizações Globo vai, aos poucos, ganhando novas provas de indícios de crimes. A nova leva de documentos intitulada Panama Papers trouxe, por exemplo, a comprovação de que a TV Globo negociou aportes milionários com offshores para obter contratos de direitos de transmissão de jogos, entre 2004 e 2019.
Todos os dados da Mossack Fonseca e suas offshores, reunidos na investigação Panama Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), estão nas mãos de jornalistas do Uol, do Estado de S. Paulo e da RedeTV!. Mas nenhuma informação sobre documentos da TV Globo foi publicada, até agora, pelos veículos brasileiros.
O La Nación, da Argentina, foi quem detalhou o passo-a-passo do esquema montado na offshore T&T para esconder o caminho do dinheiro usado pelo argentino Alejandro Burzaco, executivo da Torneios SA para obter os direitos televisivos da Copa Libertadores durante 14 anos. A empresa T&T tornou-se uma grande intermediadora de venda de direitos, tema que já é investigado pela Justiça norte-americana com o escândalo da Fifa.
Os contratos da Globo com a T&T também foram disponibilizados.
Abaixo, a reportagem completa do jornal argentino, traduzido pelo GGN:
Burzaco movimentou 370 milhões de dólares em paraísos fiscais para a Copa Libertadores
As transações, realizadas por uma offshore nas Ilhas Cayman, levaram o executivo a obter os direitos para o torneio
Por Iván Ruiz, Maia Jastreblansky e Hugo Alconada Mon
O alto executivo da Torneios SA, Alejandro Burzaco, movimentou 370 milhões de dólares por meio de um grupo de empresas criadas em diversos paraísos fiscais para obter os direitos televisivos da Copa Libertadores durante 14 anos. A metodologia utilizada, que agora vem à público, reproduz a que levou a Justiça norte-americana a prendê-lo como um dos protagonistas decisivos do escândalo da FIFA.
Burzaco fixou suas operações para obter os direitos para a Libertadores em uma sociedade identificada como Torneios & Traffic Sports Marketing LTD (T&T), com base nas Ilhas Cayman, embora tenha incluído paradas em Chipre, no Uruguai e na Holanda, de acordo com centenas de documentos e extensas trocas de e-mails obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas investigativos (ICIJ), e pelo jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, da qual teve acesso o La Nación e El Trece.
O então poderoso CEO da Torneios SA e outros empresários argentinos desenvolveram essas manobras com a ajuda da Mossack Fonseca, uma agência especializada em administrar empresas em paraísos fiscais. A T&T cedeu os direitos televisivos para a sociedade Torneios & Traffic Sports Marketing BV, sediada na Holanda, para operar como intermediária nas negociações com os canais de TV. E por trás dessa empresa holandesa, o escritório panamenho montou redes via Chipre e Uruguai com o objetivo de blindar o vazamento de quem seria o verdadeiro dono.
Mas esta metodologia, que agora vem à luz nos documentos do Panamá, é a que estava investigando a justiça norte-americana, que prendeu no ano passado Burzaco, acusado de obter contratos de televisão da Copa América, mediante o pagamento de propinas. Também, neste caso, os intermediários e offshores envolvidos são os mesmos da investigação da Fifa.
O complexo da rede societária parte em Buenos Aires. Torneios e Competições SA (T&C) detém 25% da offshore T&T, a empresa que concluiu o pagamento de 370 milhões de dólares para a Conmebol, quando Burzaco era o CEO da T&C.
O primeiro grupo foi montado para criar a T&T nas Ilhas Cayman, com vários intermediários. O vínculo entre a T&T e a CONMEBOL seguiu três etapas: o primeiro contrato foi assinado em 22 de agosto de 2003, na edição da Taça Libertadores em 2004-2010. O acordo foi mais tarde estendido para 2014 e, depois, mais uma vez renovado para 2018. Esse último contrato, assinado em 06 de março de 2008 – sim, dez anos antes – expõe a natureza secreta da operação: exige confidencialidade da relação de negócio, mesmo após a conclusão. Quem assinou? O argentino Julio Humberto Grondona e Eduardo Deluca, ambos do Comitê Executivo da CONMEBOL, e o presidente da entidade, Nicolás Leoz.
A afinidade entre a T&T e a Confederação também ficou evidente quando a empresa obteve a prioridade em uma das renovações. Inclusive, no último contrato, a empresa pagou um prêmio de 4 milhões de dólares extras.
O contrato permitia a T&T impor condições, inclusive, no aspecto esportivo da Copa Libertadores. A CONMEBOL deu a empresa o poder de exigir que as equipes tivessem um mínimo de sete jogadores titulares com, pelo menos, 15 partidas em primeiro lugar. Além disso, a empresa devia dar a sua aprovação sobre os locais, datas e horários das partidas.
Redes
Por razões fiscais, em 2012, a T&T transferiu os seus direitos à empresa Torneios&Traffic Sports Marketing BV, com sede nos Países Baixos. Por trás dessa offshore holandesa, a Mossack Fonseca criou a Medak Holding Ltd., registrada em Chipre, que, por sua vez, era controlada pela uruguaia Henlets Grupo.
O beneficiário final do Grupo Henlets era o uruguaio Escardó Barbe, até sua morte, em 2014. Após a sua morte, tornou-se acionista e diretora da Medak Marina Kantarovsky uma moradora de Córdoba, de 32 anos, que vive com o marido, o holandês Maarten Van Genutchen, que passou a ser o diretor da T&T Holanda, mas renunciou quando o esquema de corrupção da FIFA foi deflagrado. Os jornais El Trece e La Nacion tentaram se comunicar com o casal, mas não obtiveram resposta.
A empresa holandesa, com licença de televisão concedida pela T&T, intermediava a venda dos direitos. Por exemplo, a offshore negociou aportes milionários com a TV Globo do Brasil, que eram depositados no ING Bank, em Amsterdã. A empresa holandesa e a TV Globo tiveram contratos negociados de 2004 a 2019, a uma quantia estimada de 10 milhões de dólares.
Enquanto comercializavam direitos já adquiridos, a empresa holandesa executou curiosos subcontratos, algumas vezes, com José Margulies. Este empresário argentino naturalizado brasileiro é acusado pelos EUA de ser o facilitador de propinas para os dirigentes da Conmebol. As contratações eram realizadas por duas de suas empresas – também investigados pela justiça – a Somerton Ltd., registrada em Turks e Caicos, e Valente Corp., no Panamá.

sábado, 30 de maio de 2015

Comédia: Band cria teoria conspiratória sobre investigação contra Fifa

fifa

O empresário José Hawilla, proprietário da Traffic, já vai se tornando íntimo dos que curtem – e até dos que odeiam – futebol. O “parceiro comercial” predileto dos cartolas da Fifa e das empresas de mídia – Globo à frente – que exploram (literalmente) o futebol brasileiro foi o estopim para o escândalo de corrupção que eclodiu ao longo da semana.
Graças a acordo de delação premiada do empresário com a Justiça americana, o FBI estourou escândalo que envolve dirigentes esportivos como José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), preso na última quarta-feira (27) junto com outros dirigentes de entidades das Américas do Sul, Central e do Norte.
Para que não restem dúvidas sobre a seriedade do caso, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos o executivo foi procurado em dezembro do ano passado e aceitou as acusações de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro e selou um acordo de “delação premiada” de US$ 151 milhões, dos quais US$ 25 milhões foram pagos à vista.
Só tendo muita cara-de-pau, portanto, para sequer insinuar que empresas de mídia que estariam “de fora” da divisão do bolo de transmissão do futebol estariam participando, em conluio com os Estados Unidos da América, de uma conspiração que poderia ter “interesses políticos e econômicos”.
Bem, o que não falta à mídia tupiniquim é, justamente, cara-de-pau. Desse modo, o Jornal da Band deste sábado teve a audácia quase inacreditável de insinuar que “Prisões de dirigentes da FIFA podem ter interesses políticos e econômicos”.
Não acredita? Pois bem, então assista ao vídeo da reportagem da emissora paulista.




Incrível, não? Segundo você acabou de ver e ouvir, a teoria da Band é a de que as prisões efetuadas pela polícia suíça ao longo da semana “Podem ter interesses políticos e econômicos”.
Quais interesses? A matéria não soube explicar. Começa dizendo que o alvo dessa conspiração ianque poderia ser “a Rússia, sede da próxima Copa”. Mas o que é, diabos, que os EUA estariam pretendendo? Será que querem tirar a Copa da Rússia para trazê-la para o território norte-americano?
E, claro, não poderia faltar alguma insinuação contra o governo Dilma Rousseff. A bela apresentadora da Band diz que, “Aqui no Brasil, o temor é que o caso leve a uma tentativa de intervenção do governo no futebol brasileiro”.
Ou seja: o governo Dilma estaria mancomunado com o FBI para, quem sabe, estatizar o futebol brasileiro. Só pode ser essa a tese. Há que especular, porque a reportagem da Band não diz que tipo de intervenção seria essa, até porque está claro que não sabe o que inventar, já que não existe uma hipótese crível para tal bobagem.
Como indício de conspiração, a reportagem cita que as prisões foram levadas a cabo “A dois dias da eleição na Fifa”, como se todo esse monte de sujeira que está brotando do caso tivesse sido inventado para influir nessa eleição. Provavelmente J. Hawilla teria sido abduzido pela conspiração comuno-capitalista que envolve o governo norte-americano e o brasileiro e quem sabe a Record, interessada em tomar de Globo e companhia a exploração das imagens dos jogos.
A Band chegou ao ridículo de colocar um gringo com sotaque carregado para conferir verossimilhança à tese maluca:
— Questões políticas e geopolíticas também estão atrás dessa ação do governo dos Estados Unidos. Com certeza (…) Um dos grandes apoiadores do que se passa é a Rússia. A Copa do Mundo vai ser realizada na Rússia. Então isso é um recado ao governo russo, que os Estados Unidos estão de olho no que está acontecendo na Fifa.
Uau! Que revelação. Mas, afinal, qual é mesmo a revelação, que “Os Estados Unidos estão de olho”? Qual é a tese, afinal? O que os EUA pretenderiam supostamente inventando um esquema de corrupção na entidade?
A reportagem ainda teve a falta de vergonha na cara de colocar uma fala do respeitável Valter Maierovitch dizendo que tem que investigar tudo mesmo e que o caso deverá despertar o interesse de autoridades brasileiras para fazer crer ao espectador desatento que o es-desembargador concorda com a teoria da conspiração mal-ajambrada.
Palavras de Maierovitch:
— O Brasil vai ter que passar a limpo não só a CBF. Nós temos, ainda pendente, o Panamericano, que custou muito e se desviou muito, entre aspas.
Ora, o que diabos tem que ver essa fala de Maierovitch com uma reportagem intitulada “Prisões de dirigentes da FIFA podem ter interesses políticos e econômicos”? Ele está dizendo justamente o contrário, ou seja, que há motivos muito sólidos para investigar tudo, inclusive com participação do governo brasileiro.
A locução do repórter de campo da Band prossegue:
— Há setores muito preocupados com uma possível intervenção do governo na administração do futebol brasileiro…
E tome “especialistas” formulando teorias conspiratórias que não se entende quais seriam. Um tal “especialista em marketing esportivo” tirado do bolso do colete ainda tenta formular alguma coisa. O escândalo poderia “ser visto como oportunidade” para “Grupos que estão de olho nos negócios do futebol para ocupar espaços que até hoje não conseguiram”.
Segundo o tal especialista, os que não participam dos “negócios do futebol” precisariam de “uma ruptura, uma grande crise” para que esses grupos de mídia que não estão nesses “negócios” possam tirar uma parte do bolo.
O que quer dizer tudo isso? Que Globo e Band acham que a Record estaria por trás de tudo isso, juntamente com os EUA e o governo comuno-petista de Dilma Rousseff. A emissora de Edir Macedo estaria provendo informações a laranjas para desacreditarem as sacrossantas emissoras que controlam a veiculação do esporte.
Mas será que foram Dilma, os EUA e a Record que obrigaram J. Hawilla a fazer suas traquinagens – em parceria com herdeiros da família Marinho e outros personagens menores – ou será que existe mesmo uma sujeira muito grande, e decenal, conspurcando os tais “negócios do futebol”?

sexta-feira, 29 de maio de 2015

O FBI conhece o Marcelo da Globo ?

E o João Dória ? Vai fazer o “Cansei CBF”?


É Marcelo Campos Pinto.

Ele é o homem da Globo que negocia e compra os direitos de “transmissão televisiva”, segundo a expressão do FBI.

Ele é o Rei da Cocada Preta na Globo.

Ele é o embaixador plenipotenciário da Globo na FIFA e na CBF.

Manda mais que o Ali Kamel, que redige até as perguntas que o Bonner lê.

Muito mais.

Porque o Marcelo mexe com grana !

Grana grossa.

Como se sabe, não fosse a exclusividade para transmitir a Copa e o Brasileirinho, a Globo já tinha quebrado – com Bolsa PiG e tudo !

O Marcelo trabalha dentro do cofre dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio. 

Conversa Afiada se sensibilizou com a guinada moralista da Globo.

Ela quer porque quer apurar tudo, até as últimas consequências.

Não pode ficar pedra sobre pedra na roubalheira desenfreada da FIFA !

Comovente !

Nessa mesma cruzada moralista, com o intuito de colaborar com a Justiça e a Punição Implacável dos Corruptos, o Conversa Afiada se pergunta se o FBI já ouviu falar no Marcelo.

Quem sabe o Marcelo se apresente a representantes do FBI no Brasil – à PF do zé é inútil… – e se voluntarie e conte tudo o que sabe sobre a FIFA e, portanto, sobre a CBF.

Ninguém mais qualificado do que ele para dar ao FBI instrumentos para desvendar o que se esconde atrás dessa expressão “transmissões televisivas”.

O Marcelo poderia fazer como o J. Hawilla, que, espontaneamente, se ofereceu para colaborar com a busca da Justiça.

Afinal, depois de assistir àquele editorial do Bonner no jornal nacional, todo cidadão brasileiro está na obrigação de colaborar com o FBI !

A Globo não se eximirá dessa grave responsabilidade.

E, com certeza, vai liberar o Marcelo para prestar esse serviço à Causa da Limpeza do Futebol.

A propósito: leia  http://espn.uol.com.br/noticia/506834_diretor-da-globo-surpreende-faz-discurso-em-festa-do-paulista-e-chora-ao-falar-de-cartola o comovente – o amigo navegante irá às lágrimas – discurso que Marcelo pronunciou num evento com o Grande Marin e o Marco Polo (não menos Grande!):


“Mais importante do que comprar um campeonatos é conviver com o mundo do futebol. É um prazer imenso”, começou a falar, logo depois iniciando uma série de cumprimentos.

(…) Excelentíssimo senhor Juan Ángel Napout, ilustre presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol. Excelentíssimo senhor Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, com quem tenho o privilégio de conviver assiduamente há mais de 11 anos. Ilustríssimo presidente, ex-presidente, da Confederação Brasileira de Futebol, mas como muito bem acentuou Marco Polo, o eterno presidente José Maria Mari. Excelentíssimo, queridíssimo amigo de mais de duas décadas, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. 

2015 vai entrar na história do futebol brasileiro como um grande ano. O ano em que há poucas semanas o presidente José Maria Marin passou o bastão para o presidente Marco Polo. Presidente Marin, em nome do grupo Globo, em meu nome, eu gostaria de agradecer todo o carinho, toda a atenção com a qual o senhor sempre nos brindou, sempre aberto a discutir os temas que interessam ao futebol brasileiro, dos quais me permito destacar, o novo formato da Copa do Brasil, que deu mais charme a essa competição promovida pela CBF, que é a verdadeira competição do futebol brasileiro.

O apoio às Séries C e D no Campeonato Brasileiro, que em outros tempos tinham de abrir mão de participar porque não tinham como pagar as passagens e hospedagens. A sua visão de homem do futebol fez com que a CBF passasse a patrocinar essas competições e melhorasse o nosso futebol. 

A Granja Comary, toda reformada, para a formação de nossos futuros craques. E por que não dizer da sede da CBF, a José Maria Marin? Presidente, o senhor inscreveu o seu nome na história do futebol, tendo sucedido um grande presidente, que foi Ricardo Teixeira. 

Presidente Marco Polo, quero lhe dizer que repito as palavras de atenção e carinho, de colaboração, a você. Espero continuar essa parceria de sucesso que foi feita na Federação também na CBF. Desejo sucesso a você, não é uma dúvida, é uma garantia, dado o seu passado, de um homem que conhece profundamente o futebol.

Querido Reinaldo, fico até um pouco emocionado em lhe homenagear como um pai de família, como um amigo carinhoso, como uma pessoa que veio construindo seu nome no futebol e que sabe realmente o alfabeto do futebol que é tão complexo. O parabenizo, e também ao Marco Polo, pelo Campeonato Paulista de 2015, recorde de público e de renda quebrados, jogos eletrizantes, semifinais inacreditáveis, com estádios lotados, duas finais de tirar a emoção de todos nós, com públicos presentes e audiências jamais vistas.

Parabéns a todos vocês. Parabéns ao presidente Modesto Roma, do glorioso Santos. Parabéns ao presidente Paulo Nobre, do não menos glorioso Palmeiras. E um detalhe importante para encerrar e não tomar o tempo de vocês. Dois clubes que lutaram com dificuldades financeiras extremas, mas graças a dedicação e competência de seus dirigentes, que mostraram que administrações austeras também podem ser campeãs. Parabéns.”



Em tempo: e o João Dória ? Não vai liderar um movimento “Cansei CBF”? Afinal, por sugestão do Marco Polo, ele vai chefiar a delegação brasileira na Copa América. O Marcelo concordou ?
Em tempo2: Esse Bessinha…

Leia também:

NOGUEIRA: AS LIGAÇÕES EXPLOSIVAS ENTRE J. HAWILLA E A GLOBO


BLATTER É REELEITO PRESIDENTE DA FIFA APÓS DESISTÊNCIA DE CONCORRENTE



Marcelo (E) com Reinaldo Carneiro Bastos, Presidente da FPF, substituto de Marco Polo

quinta-feira, 19 de junho de 2014

NY TIMES E A COPA: "E O TAL DO MUNDO NÃO SE ACABOU"

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vip’s blocs, Ilha Fiscal, camarote da vaia. Não foi à toa que não tocou a Marselhesa


Apresentamos os Yellows Brocs !



antonieta


Sensacional a vídeo-reportagem de Lígia Mesquita e Ana Virgínia Baloussier  sobre o pessoal do “agrega valor” vendo o jogo do Brasil nas festas de luxo em São Paulo.
Inacreditável.
O maior coeficiente de babaquice por metro quadrado que se viu desde Maria Antonieta.
Não mostre para as crianças.
Nem consigo imaginar o que seria “coxinha de ossobuco”.
O “rei do camarote” ficaria com inveja.
Comecei a entender porque não tocou a “Marselhesa” no jogo da França.
Foi ordem da segurança.
O pessoal podia confundir o que gritaram com a palavra pescoço em francês, né?
E achar que era uma conspiração comunista, como o Rodrigo Constantino, da Veja, viu na logomarca da Copa.
Ai, que saudades do Ibrahim…
Le churrasquin sûr la laje”  dá de dez a zero na peruagem paulistana.
Que pode achar que é aristocrata, mas é só endinheirada.
Só fico preocupado do José Simão perder o emprego.
O padrão Fifa do Brasil é de doer.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Documento: Globo censurou o exoesqueleto do Nicolelis Blog Megacidadania foi em busca da comprovação documental



Bomba! Documento comprova, Globo censurou exoesqueleto


Após três postagens enfatizando que a Tv Globo censurou o momento do chute inicial da Copa 2014, o blog Megacidadania foi em busca da comprovação documental que fundamentasse definitivamente nossa afirmação e a disponibiliza ao distinto público.

O documento está disponível no próprio portal da Rede Globo (clique aqui).

A SEGUIR ALGUNS TRECHOS DO DOCUMENTO DA PRÓPRIA TV GLOBO


A maior e mais desafiadora cobertura esportiva já feita pela Globo tem a missão de levar a Copa do Mundo FIFA 2014 para a casa de cada brasileiro. E de ser os olhos de cada torcedor em tudo que acontece no Brasil durante o Mundial.

Para isso, a Globo está mobilizando toda a sua rede …

São 1.496 profissionais credenciados … em uma operação que envolve cerca de 2.500 profissionais …

GLOBO PREPARA UMA GRANDE FESTA PARA O DIA 12 DE JUNHO; SAIBA TUDO

… equipe de 80 repórteres que vão trabalhar na cobertura …

… a Globo terá cinco câmeras exclusivas …

*

E a pergunta óbvia é: por que mesmo com todo este aparato, inclusive com cinco câmeras exclusivas, a Tv Globo deixou “escapar” a cobertura do ponta pé inicial ?





O depoimento do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis elucida a questão.

Foi censura política sim.

É desculpa esfarrapada da Tv Globo que a FIFA e “só” a FIFA estava gerando as imagens.

A Tv Globo com suas cinco câmeras exclusivas não fez a cobertura jornalística do exoesqueleto, com a devida ênfase, simplesmente por que assim decidiu seus dirigentes.


Obs.: se por acaso a Globo retirar o acesso ao documento, é só nos avisar aqui mesmo nos comentários, pois o salvamos na íntegra.

Em tempo: o Enio Barroso, famoso cadeirante paulista, fez um sincero e indignado comentário sobre o caso e teve mais de dois milhões de visualizações:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=843795528982344&set=a.226577860704117.72168.100000557142557&type=1&theater&notif_t=photo_reply


Clique aqui para ler “​A Copa comeu a Globo”

E aqui para “Dilma: a seleção está acima da política”

E aqui para
“Nicolelis joga Veja onde ela se rola”

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dilma rebate Fifa: o que não entregamos?

:

"Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará", disse a presidente sobre as criticas de Joseph Blatter e de Jérôme Valcke, presidente e secretário geral da FIFA, respectivamente; segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo" e o clima de desânimo vai mudar ao longo do torneio: "Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso"
5 de Junho de 2014 às 05:30
247 – Prestes a receber mais de 12 chefes de Estado e de abrir as portas da Copa no Brasil a torcedores do mundo todo, a presidente Dilma Rousseff voltou a rebater críticas de dirigentes da Fifa. Segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo", e afirma que discurso da entidade não tem nenhuma novidade já que fez o mesmo em relação à África do Sul.
“Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará”, disse em entrevista ao SBT.
A presidente ainda descartou pontos negativos que foram levantados na preparação do Mundial. “Disseram que os aeroportos não estariam prontos, que teria epidemia da dengue. Não há essa possibilidade, quando a temperatura cai. Também não teremos racionamento de energia nem durante, nem depois da Copa”.
Dilma reitera que vai garantir a segurança dos que desejam ir ao estádio e diz que considera "barbárie e inadmissível" ferimentos de morte em protestos.
Segundo ela, o clima de desânimo “vai mudar” ao longo do torneio e que o pensamento negativo das pessoas ainda está relacionado com o complexo de inferioridade. “Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso. Nós estamos preparados dentro e fora de campo também”.
Quanto ao técnico Felipão, não poupa elogios: "sensacional, caráter forte, confiável e dá segurança aos jogadores".

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Brasil guardou duas Copas para juro e investiu mais duas, até abril. FH vendeu a Vale por 1/2…

emcopas2

Se a gente considerar os gastos do Governo Federal com a Copa do Mundo – mesmo somando o que foi aplicado em obras de mobilidade urbana que tem bem pouco a ver, senão a oportunidade, com os jogos de futebol e os financiamentos do BNDES para os construtores dos estádios, que voltarão ao cofres do Banco – tem-se, segundo a Folha, R$ 13,1 bilhões
O jornal mostrou que, mesmo juntando estados e municípios e gastos privados na conta,  para chegar a R$ 25,8 bilhões, não daria para um mês dos gastos públicos com educação.
Mas alguns argumentaram que isso inclui pessoal, encargos e outros gastos de custeio, que não são, como aqueles, investimentos novos.
Muito bem.
Então fui comparar aos investimentos.
Até abril, segundo dados apresentados hoje pelo Tesouro Nacional, os programas de investimento federais desembolsaram, desde janeiro, R$ 27,4 bilhões, com destaque para o PAC (R$ 19, 9 bilhões) e o Minha Casa, Minha Vida.
Mais de duas Copas, ao longo de sete anos, portanto, apenas como investimento, obras, sem contar salários e outros gastos de custeio, em apenas quatro meses.
Se somarmos as outras despesas de custeio, o dispêndio com a Saúde, sem contar o transferido para Estados, só em março e abril ( R $ 7,05 bi e R$  6, 85 bi) é outra Copa.
Se a isso somarmos o que se destina à saúde pela renúncia fiscal federal em favor de planos de saúde e despesas médicas, só em 2011 (hoje certamente será bem mais), que somou R$ 15,8 bi, dá mais outra Copa ainda, com sobras.
Haja Copa!
Mas é possível fazer outra conta, também, esta bem triste.
É que de janeiro a abril acumulamos um superavit primário de R$ 29, 7 bilhões, mais de duas Copas.
É dinheiro que deixamos de gastar em saúde, educação, estradas, portos. E que não vai nem deixar estádios ou metrô, linhas expressas e outras obras “da Copa”.
Vai para a turma da “bufunfa” padrão Fifa, na forma de juros e encargos da dívida brasileira.
O olha que isso não chega para cobrir nem a metade dos cerca de R$ 80 bilhões que o país pagou de juros, quase seis Copas.
Mas essa despesa é boa, bonita e agradável ao poder econômico e à mídia, deus os livre de fazerem tal comparação.
Daqui a pouco vai aparecer um inconveniente dizendo que, nos sete anos de preparação para a Copa, o dinheiro que ganharam com juros daria para construir algo como mil e quinhentos estádios de R$ 1 bilhão cada!

A única comparação que não dá para fazer é quantas Copas daria para fazer com o dinheiro pelo qual Fernando Henrique vndeu a Vale, maior empresa de minério de ferro do mundo.
É que foram só US$ 3 bilhões, ou R$ 6,4 bilhões em dinheiro ao câmbio de hoje.
Não dá meia Copa sequer.