Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 15 de julho de 2014

O suicídio político dos que apostaram contra a Copa


Teve Copa e teve final da Copa, apesar dos grupos políticos (de esquerda e direita) que tentaram sabotar o evento e que, por resolverem simplesmente tratar a opinião pública como idiota, protagonizaram um dos maiores fiascos políticos da história recente. Um fiasco cujo preço será pago por eles nas próximas eleições.
Ironicamente, dois extremos do espectro político se uniram, tacitamente, contra a realização do maior evento esportivo do planeta. Direita e ultraesquerda, cada uma a seu modo, tentaram sabotar aquele evento e se deram muito, muito, mas muito mal mesmo, como se verá adiante.
De um lado, grandes grupos empresariais de mídia e partidos de direita (PSDB, DEM e PPS) tentaram faturar politicamente a Copa apostando em problemas de organização do evento que bastava um mínimo de reflexão para perceber que não ocorreriam.
Ao longo dos últimos anos, uma literal avalanche de reportagens e textos opinativos da grande mídia – todos apoiados em manchetes espalhafatosas ao extremo – inventaram que os preparativos para o evento redundariam em fiasco anunciado. Para tanto, apoiaram-se em problemas comuns em qualquer programa de obras públicas no Brasil, seja ele levado a cabo por que partido for.
De fato, burocracia e problemas sociais do Brasil garantem “matéria-prima” a qualquer um que queira acusar governantes de não estarem sabendo levar a cabo esses programas de obras públicas. São problemas de licenças ambientais, de contestações na Justiça e de pessoas em situação de fragilidade social.
Desde que começou a ladainha oposicionista-midiática sobre “caos” durante a Copa era mais do que visível que havia um exagero quase infantil, oriundo da premissa estúpida de que o país é governado por completos incompetentes, incapazes de somar dois mais dois.
Ora, alguém acredita que sob aquela saraivada de vaticínios sobre o fracasso da organização da Copa o governo não cercaria por todos os lados as chances de algo dar errado? Subestimaram gravemente o poder do Estado para realizar um evento que, por grande que possa ser, em um país com 200 milhões de habitantes não assusta ninguém.
O governo estima que cerca de 1 milhão de pessoas vieram ao Brasil assistir à Copa. Em um país acostumado a lidar com contingentes populacionais infinitamente maiores, receber essa quantidade de gente não geraria o grau de dificuldade que pintaram.
O que vai nas linhas acima foi previsto incontáveis vezes neste Blog. A diferença, agora, é que aquela previsão não pode mais ser contestada porque a Copa transcorreu muito bem. Aliás, segundo vários analistas estrangeiros, melhor até do que em eventos similares no “Primeiro Mundo”.
Clique na imagem abaixo para visitar o site que publicou a matéria

A mídia, os partidos e a militância de direita, porém, continuam batendo na tecla de que algumas “obras da Copa” não ficaram prontas. A Folha de São Paulo, por exemplo, publicou nesta terça-feira (15) matéria sobre “Herança de 23 obras por fazer”, como que tentando salvar seus vaticínios derrotistas.
Nem diante do fato inegável de que obras inseridas inicialmente no cronograma preparativo da Copa – e que, depois, foram excluídas desse cronograma – não fizeram falta, os pretensos sabotadores do evento sentiram-se intimidados em dizer bobagens e tomaram o cuidado de calarem as bocas.
Agora, como se estivessem vencendo esse jogo (político-partidário) de goleada, os grupos políticos de direita e ultraesquerda que tentaram sabotar a Copa tentam vender a teoria de que o evento não deixará legado, ou que deixará um legado negativo.
Por outro lado, não há como a mesma mídia oposicionista esconder a enxurrada de avaliações positivas sobre a organização da Copa e sobre os benefícios que realizar o evento no Brasil deixará ao país. Assim, aqui e ali já são vistas análises abalizadas sobre o legado do evento.
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Na última segunda-feira, o instituto Datafolha registrou pesquisa eleitoral no TSE em busca de “boas notícias” sobre a derrota fragorosa da Seleção. Quais sejam, de que os brasileiros tenham misturado política e futebol e estejam culpando Dilma Rousseff.
A pesquisa também questiona se o entrevistado aprovou a organização da Copa. Pela lógica, respostas positivas deveriam ser esmagadoramente majoritárias. E também integra a mais pura lógica a constatação de que o “caos” previsto era apenas torcida política e que isso influencie outros quesitos da pesquisa, inclusive as intenções de voto de Dilma.
Claro que estamos falando de lógica e essa nem sempre prevalece entre as massas…
Sobre a tentativa de sabotagem da direita, era isso. Agora vejamos a sabotagem pela esquerda, que já se sabe que foi outro desastre político para os seus autores – como sempre, setores da esquerda que ajudam a direita e não lucram nada; pelo contrário, perdem.
Os grupos políticos pretensamente espertos que cooptaram movimentos sociais legítimos e os usaram como massa de manobra valendo-se de mentiras como a de que foi tirado dinheiro público da saúde e da educação para realizar a Copa, deverão ser triturados nas próximas eleições.
Tendo o PSOL à frente, esses grupos provocaram ojeriza na sociedade por tratá-la como idiota.
Os protestos que esses partidos de ultraesquerda organizaram exageraram na estupidez. Tentaram vender à sociedade que a violência que invariavelmente se fazia presente a cada protesto contra a Copa foi obra de ninguém. Mas quem não sabe que protesto contra a Copa se tornou sinônimo de vandalismo de black blocs ou do que quiserem chamar os energúmenos que chegaram a assassinar um cinegrafista de tevê “por acidente”?
Vemos agora o caso dos ativistas cariocas presos na véspera da Final da Copa. Em que pese ser perturbadora a suspeita de que foram presos “sem motivo” e em “antecipação ao que fariam”, o histórico dessas pessoas e as alegações da polícia são tratados como nada, como se tudo fosse vento.
É óbvio que, em se tratando da polícia brasileira, não é de todo incrível a acusação de que ela pode ter plantado provas contra esses ativistas. Mas se eles não tinham nada que ver com os planos que circularam fartamente nas redes sociais de melar a Final da Copa provocando uma guerra campal com torcedores argentinos, para que prendê-los? Por antipatia?
A polícia do Rio apresentou artefatos supostamente encontrados com as mais de duas dezenas de pessoas que prendeu, como a ativista Elisa Quadros, a “Sininho”, ligada ao PSOL do Rio de Janeiro. E prometeu concluir o inquérito e apresentar as provas em cerca de 10 dias.
Das duas, uma: ou a polícia montou uma farsa digna das piores ditaduras ou esses grupos que defendem essa tese sobre “provas plantadas” enlouqueceram por fazerem tal afirmação de forma tão peremptória.
Tenho lido postagens em sites que defenderam os protestos contra a Copa afirmando, sem hesitar, que foi tudo inventado. A polícia teria ido buscar Sininho lá no Rio Grande do Sul – ela, que vive no Rio – por pura picuinha ou para usá-la como bode expiatório ou por sabe-se lá que outra razão.
Abaixo, imagem dos artefatos e do relatório apresentados pela polícia.

O laudo policial foi feito pelo Esquadrão Antibombas carioca e afirma que os ativistas presos se organizaram pelas redes sociais para provocar uma tragédia na decisão da Copa do Mundo, no domingo, no Maracanã.
Também afirma que com um casal preso foi encontrada uma bomba caseira com potencial letal. Segundo a polícia carioca, o artefato tinha “140 gramas de pólvora” e explica que “para se ter uma ideia, o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro deste ano, continha 60 gramas”.
O casal em questão é composto pela professora da UERJ Camila Rodrigues Jourdan e o ativista Igor Pereira D’Icarahy, filho do advogado Marino D’Icarahy Júnior, defensor da ativista “Sininho” em processos a que ela responde.

Segundo o lado policial, no apartamento do casal também teriam sido encontrados litros de gasolina, material para preparação de coquetéis molotov e a bomba supracitada.
O reitor da UERJ, Ricardo Vieira Alves, criticou a prisão de Camila e disse “não saber” as razões de sua prisão. Seguramente, ou não acredita que ela tivesse em seu apartamento os artefatos que a polícia diz que encontrou lá ou, então, acha que, mesmo a moça sendo do movimento contra a Copa e tendo tais artefatos em casa, ainda assim não havia motivos para prendê-la (?!).
Por outro lado, o laudo técnico da polícia carioca foi assinado pelos inspetores Francisco Sidney Farias Rodrigues e Raphael Ferreti de Souza. Segundo esse laudo, a bomba caseira seria uma “bomba tubo” e só poderia ter sido construída por alguém “com habilidade e conhecimento no manuseio de bombas caseiras desta natureza” e que “a detonação deste artefato explosivo tem capacidade de provocar mortes, lesões corporais diversas, bem como danos patrimoniais e ao meio ambiente”.
O laudo policial não para por aí. A polícia ainda afirma que encontrou com os ativistas presos  “armas de choque, martelos pontiagudos, litros de gasolina, garrafas e escudos”.
Se tudo isso foi “plantado” nas casas dos ativistas presos, trata-se de um escândalo sem tamanho. Os policiais e quaisquer outras autoridades que tenham montado tal cenário seriam criminosos perigosos e deveriam ser presos imediatamente.
Fica difícil acreditar piamente em qualquer das versões. Há que esperar esses dez dias prometidos pela polícia para apresentar, também, transcrição oficial de escutas telefônicas, entre as demais provas.
O delegado Alessandro Thiers, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, responsável pelo caso, rejeita as acusações de que foram “prisões arbitrárias”. Segundo ele, “É leviano tratar a investigação como se fosse política sem conhecê-la”.
O delegado também afirma que “Não tem nenhuma banalidade sendo investigada”, e pergunta: “O que um manifestante pacífico faria com coquetel molotov e bomba caseira?”. Conclui informando que “Os advogados dos presos tiveram amplo acesso aos documentos da investigação”.
Não se pode endossar essa versão, mas daí a tratá-la como clara farsa vai uma distância imensa.
Pergunta: e se daqui a alguns dias a polícia apresentar, por exemplo, escutas telefônicas que comprovem que as pessoas presas planejavam provocar uma tragédia, muito provavelmente com mortes, como é que fica?
Os ativistas mais radicais desses movimentos contra a Copa e de outros movimentos assemelhados que convocam protestos nos quais os black blocs têm presença obrigatória dizem abertamente que “Sem violência não adianta protestar, pois protestos pacíficos não incomodam”. Qualquer um que já visitou uma dessas páginas na internet que defendem protestos violentos, sabe disso.
As pessoas, com efeito, podem acreditar no que quiserem. Mas colocar em prática crenças dessa natureza é crime, sim.
Independentemente de qualquer coisa, há que exigir com grande, enorme, imensa veemência que a polícia prove e comprove as razões que a levaram a efetuar essas prisões. Ao longo das próximas semanas, essas provas têm que aparecer e têm que ser, no mínimo, suficientes para justificar grave suspeita, suficiente para prender pessoas de vida ilibada como a professorinha da UERJ.
A pior conduta que se pode adotar em uma situação como essa, porém, é a que está sendo vista por parte dos que defenderam e continuam defendendo os movimentos Não Vai Ter Copa. Aceitar que vidas sejam colocadas em risco porque um grupo não aceita a “democracia representativa”, chega a ser surreal.
Ao ignorar a revolta da sociedade com a violência de movimentos como esses de que participam “Sininho” e companhia limitada, esses grupos de esquerda cometeram literal suicídio político. Pior que o da direita que garantiu, com base nos próprios desejos, que a organização da Copa seria um fiasco.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ironia suprema: após tanta sabotagem, “Copa das Copas” pode reeleger Dilma

Pergunto a você, estimadíssimo leitor: o que mais os grupos político-midiáticos de direita e esquerda que apostaram na Copa de 2014 como meio de desgastar Dilma poderiam ter feito para atingir tal objetivo? Eu diria que fizeram de tudo e mais um pouco.
Pela esquerda, protestos violentos contra a Copa infernizaram as grandes cidades, feriram centenas de pessoas, provocaram prejuízos econômicos imensos, rebaixaram a autoestima dos brasileiros até o rés do chão, tudo com base na mentira hedionda de que os investimentos no evento teriam roubado dinheiro da Saúde e da Educação.
Pela direita, mentiras sobre a organização da Copa não deram um só dia de sossego para os organizadores – ou para a face mais visível da organização do evento, o governo federal. Após caírem as mentiras espalhadas mundo afora pela mídia brasileira, a mídia internacional vem denunciando aquela campanha infame que o evento sofreu, que previa “caos”.
Não se pode negar que essa campanha de desmoralização funcionou tanto para um extremo quanto para o outro do espectro político – ao menos enquanto foi possível manter mentiras dessa magnitude:  Dilma caiu razoavelmente nas pesquisas.
Além disso, do ano passado até abril deste ano, a 3 meses do início da Copa, pesquisa Datafolha mostrava que a aprovação ao evento despencara. Em novembro de 2008, 79% dos brasileiros apoiavam a Copa; em junho de 2013, eram 65%; em abril último, esse apoio caiu para míseros 48% – a maioria, então, era contrária ou indiferente a realizar a Copa no país.
Eis que, de supetão, sem divulgação prévia no UOL – como costuma acontecer –, pesquisa Datafolha dá conta de melhora na aprovação de Dilma – aparentemente minimizada pelo instituto – e, acima disso, de forte melhora na aprovação à realização da Copa no Brasil, que, agora, subiu para 63%. Em menos de um mês.
E, consequentemente, segundo essa pesquisa Datafolha recém-divulgada, do mês passado para cá a aprovação ao governo Dilma subiu de 33% para 35% e as intenções de voto dela subiram para 38%.
Para este Blog e os leitores que nele acreditam, não houve surpresa. ONZE DIAS atrás, foi dito nesta página que o sucesso da Copa melhoraria a aprovação de Dilma. Como você pode ver, leitor, não foi chute.
Mas, para variar, a famigerada “margem de erro” do Datafolha fez os adversários de Dilma desfrutarem do que não faz sentido que desfrutem. Eduardo Campos e Aécio Neves ganharam pontos também, mas dentro da margem de erro de 2% – Dilma ganhou 4 pontos.
Não faz sentido que Aécio e Eduardo ganhem pontos porque eles estiveram entre os mais vira-latas no que tange a Copa. Garantiram que o Brasil passaria “vergonha”, que as obras não ficariam prontas etc. Ora, se nada disso ocorreu não faz sentido que tenham ganhado pontos.
“Análise” do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, publicada na Folha nesta quinta-feira 3 explica que os candidatos da oposição ganharam esses pontinhos porque se tornaram “mais conhecidos” e porque caiu o percentual dos que não escolheram um candidato, mas é balela. É mais provável que tenham perdido pontos após a realidade da Copa desmascarar a fantasia pregressa.
Este blog tem notícias de que pesquisas privadas feitas para o governo Dilma mostram que os ganhos dela com a excelente organização do Mundial superam o que o Datafolha diz. Isso porque o desmoronamento do catastrofismo mostrou um fato aos brasileiros: Dilma e a Copa que seu governo organizou foram alvo de mentiras, sob inspiração de seus adversários políticos.
A campanha contra a Copa foi tão insistente, tão esmagadora, tão peremptória que a ausência do desastre chegou a ser chocante. Muitos dos que deram crédito àquelas mentiras ficaram absolutamente embasbacados com a realidade.
Alguém que acreditou piamente nas mentiras – pessoa com quem este blogueiro chegou a ter uma discussão acalorada – disse, recentemente, que estava absolutamente chocado. Pediu-me desculpas, inclusive. E reconheceu que houve (má) intenção política naquela história do “imagina na Copa”.
Para os brasileiros, em expressiva maioria, ficaram claros os métodos dos críticos renitentes de Dilma. Mais do que isso, a grande mídia atucanada desmoralizou-se fortemente.
Quem mandou exagerar tanto na dose?
Ora, não é por outra razão que a pesquisa Datafolha mostrou que também no que diz respeito à economia e à expectativa dos entrevistados sobre a própria vida houve melhora para Dilma e seu governo.
Tudo melhorou para Dilma. O pessimismo com a inflação caiu de 64% para 58%, o pessimismo irracional com o desemprego – pois temos hoje o desemprego mais baixo da história – caiu de 48% para 43%. Além disso, subiu de 27% para 32% o contingente dos que acham que os salários irão se valorizar.
Estamos falando de milhões de brasileiros que perceberam que foram jogados contra Dilma ao custo de mentiras. Não há nenhuma outra explicação. Esse fato é claro como água. E, mais do que isso, este blog acredita que se trata de fenômeno não apenas irreversível, mas crescente.
Além da verossimilidade de o Datafolha ter usado a margem de erro – e, talvez, mais um tiquinho – para deprimir os números da adversária Dilma e inflar os dos aliados Aécio e Eduardo, há outros números – que serão conhecidos proximamente – dando conta de melhora ainda maior para a presidente.
Ao fim, o que chama a atenção é a ironia suprema de a grande aposta da oposição midiática para desgastar Dilma se tornar um dos principais fatores que desencadearão sua reeleição, pois o desmoronamento das mentiras mostrou quem é quem.
Este Blog não estranhará, portanto, se, em breve, Aécio Neves e Eduardo Campos tentarem disputar com Dilma a paternidade da Copa. Afinal, filho feio não tem pai, mas filho bonito tem um monte.

terça-feira, 24 de junho de 2014

E o Brasil não bebeu água em meia cuia de queijo Palmira

Aos cacos? 46% das companhias sediadas no Brasil vão ampliar investimentos em máquinas nos próximos 12 meses; 24% pretendem construir novas instalações. Números são substancialmente maiores que os dos EUA, Alemanha, Japão, México e nove pontos acima da média dos Brics (pesquisa da Grant Thornton em 45 países)

 Lula: 'governo vai lançar plano de ciência e tecnologia para ampliar a construção de plataformas de petróleo no país'

Luciano Coutinho, do BNDES: 'Apenas os campos de Libra e aqueles da cessão onerosa já garantem um ciclo de investimentos por 30 anos no setor petrolífero'

O xote da reeleição: 'Dilma/Coração Valente/ O que tá bom vai continuar/ O que não está /a gente vai melhorar'(jingle da campanha pela reeleição, lançado na convenção)

Oferta de emprego perde fôlego em maio, com 58,8 mil vagas, mas no governo Dilma já foram criados 5 milhões de empregos

MTST acampa em frente à Câmara de SP para exigir a aprovação do Plano Diretor de Haddad, boicotado pelo PSDB

Plano Diretor de Haddad para SP reserva 20% de áreas da cidade para moradia popular e concentra adensamento junto a eixos de transporte coletivo para facilitar a mobilidade: onde está o Movimento Passe Livre?


O cenário de terra arrasada, que faria a autoestima nacional beber água num pé da mesa, em meia cuia de queijo Palmira, passa ao largo do que se vê na Copa.

por: Saul Leblon 

Agência Brasil














Os caosnáticos que durante meses  anunciaram  o apocalipse para os 32 dias  em que o país sediaria a Copa do Mundo  devem estar duplamente arrependidos.

Vencido  1/3 do torneio a apreensão cedeu lugar à agradável sensação de que, afinal, com todas as deficiências  sabidas, esse lugar  não é a montanha desordenada de incompetência, corrupção e conflagração  anunciada – incentivada- - por seus vocalizadores  desinteressados.

O  cenário de terra arrasada, que faria a autoestima nacional beber  água  num pé da mesa, em meia cuia de queijo Palmira, passa ao largo do que se vê, se ouve e se vive dentro e fora dos estádios. 

Sobretudo,  porém, o maior gol contra foi a aposta  de que o fracasso da Copa serviria como credenciamento antecipado para  o conservadorismo ‘consertar o Brasil corroído pelo PT’.

A menos que um acontecimento inesperado  inverta o quadro em curso, a verdade é que estamos diante de um efeito bumerangue  em espiral ascendente. Nem mesmo uma eventual eliminação brasileira do torneio poderá modificá-lo.

O revés não é café pequeno.

Ele  desqualifica  de forma importante o discurso derrotista  da turma do Brasil aos cacos.

O caos na Copa era (atenção: ‘é’) acalentando como um precioso passaporte emocional para garantir o livre trânsito do discurso conservador  no imaginário brasileiro, na disputa presidencial de outubro.

O que emerge das ruínas  anunciadas, ao contrário, é outra coisa, na forma de uma pergunta bastante incomoda.

Como dar crédito às avaliações mais abrangentes  --e às propostas ‘mudancistas’--  de quem   não consegue sequer enxergar o país em que vive,  tanto quanto  não consegue  diferenciar um Felipão falso de um verdadeiro?

A verdade é que a emissão conservadora criou um sósia do Brasil, tentou espetá-lo  na alma nacional  e agora se tornou refém de seu próprio ardil.

Quanto custa a uma sociedade  ter uma elite que,  nas horas decisivas, aposta quase sempre contra  as suas potencialidades?  Seja por interesses unilaterais, seja por incapacidade histórica, mantem-se impermeável  à compreensão do lugar em que vive,  da época em curso e dos seus desafios?

O paradoxo da Copa, que de excelente oportunidade para o Brasil, quase  foi soterrada como um estorvo contagioso ,  encerra, portanto, angulações  mais graves do que apenas  o  fla-flu eleitoral da superfície.

Só o inexcedível  descompromisso com a sorte da nação e o destino de sua gente poderia menosprezar, como se fez, o  conjunto de  projetos  e possibilidades  associados  ao evento   – que no caso do legado logístico reúne  projetos ainda inacabados, mas em curso.

No fundo, trava-se aqui um embate visceral entre lógicas antagônicas embutidas  na disputa histórica entre dois projetos para o país.

Grandes obras e investimentos públicos constituem a melhor maneira de socializar e regular  a curva do investimento na sociedade, impedindo uma oscilação desastrosa ao emprego, ao consumo e ao crescimento.

As grandes obras do  PACs, os projetos em torno  da Copa, o financiamento subsidiado para aquisição de máquinas e equipamentos (PSI), do BNDES, por exemplo  – o maior banco estatal de investimento do mundo foi criado  há 62 anos, em 20 de junho de 1952, por Getúlio Vargas, exatamente com essa finalidade--  são formas de amortecer a tendência errática, intrínseca à incerteza  que cerca  as inversões privadas  no capitalismo em geral. E mais acentuadamente   em nações em luta pelo desenvolvimento.

Um dos grandes gargalos  brasileiros , ao contrário do que ruge o jogral ortodoxo, é justamente o  reduzido fôlego fiscal do Estado ( subtraído em parte pelo rentismo), que o  impede de exercer uma coordenação de mercado que  propicie  a curva estável e sustentada do crescimento.

O movimento anti-Copa, ainda que inclua parcelas  bem intencionadas à esquerda,  reflete no fundo  o velho antagonismo  entre os que buscam viabilizar o papel do interesse público sobre o erratismo privado, e os que recusam essa prerrogativa ao Estado.

Por que recusam se inclusive seriam beneficiados  por ela?

Porque para  exerce-lo o Estado deve controlar  uma fatia significativa do gasto social. Deve socializar  o comando sobre grandes massas de investimentos,  que lhe permitam coordenar as expectativas da sociedade, sobretudo as do investimento privado.

Isso requer, entre outras providências,  desmontar  a linha Maginot do rentismo.
Entrincheirada em taxas de juros sempre mais rentáveis do que a aplicação produtiva , ela suga o fôlego fiscal do país e inibe  o planejamento do interesse público, ademais de fixar  um piso elevado para a desigualdade social, como ensinou Thomas  Piketty.

A cortina de fogo contra a Copa   --contra ‘a gastança’ de um modo geral--   filia-se a essa corrente.

Trata-se  de impedir que  a racionalidade social se imponha sobre o salve-se quem puder  característico do ambiente de competição, incerteza  e, em decorrência disso, de obsessão mórbida pela liquidez rentista, que move o capital privado aqui e em todos os lugares.

Ademais dos desequilíbrios  estruturais  irradiados por essa lógica,  a economia brasileira  reúne distorções  específicas que os  acentuam  e reproduzem, como a  segunda taxa de juros  mais elevada do planeta,  câmbio fora do lugar  e livre mobilidade de capitais.

O quão equivocado era o  garrote anti-Copa  se vê agora pelo  desmentido do desastre nas ruas e nos campos.

Mas também nas entrelinhas do noticiário econômico.

O pouco que escapa –somente agora--  da pauta catastrofista serve como ilustração de um benefício  que talvez pudesse ter sido muito superior, caso as expectativas  do país  não tivessem sido garroteadas pela coleira da ortodoxia derrotista.

Abaixo, algumas evidências  de um dinamismo  torpedeado  durante meses  pelas previsões de  fiasco da Copa  e de quem apostasse no seu sucesso:  

1) Faturamento médio das empresas de turismo cresceu 7,1% no 1º trimestre –antes mesmo de começar a Copa.  Levantamento do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a área de turismo receptivo cresceu 14,7%, agências de viagem e parques temáticos, mais 9,6% de faturamento e setor de  hotelaria, mais 9% no período.

2)Mais de  600 mil estrangeiros  vieram  para o Mundial, além de 3,1 milhões de brasileiros que vão se deslocar  para as 12 cidades-sede  dos jogos. A previsão é de que os gastos do conjunto somem R$ 6,7 bilhões (Valor)

3)Bons negócios com a Copa elevaram em 16% os planos de investimento do setor de turismo para o 2º trimestre.

4)Em média, a projeção dos 80 maiores conglomerados de turismo do país é de um crescimento da ordem de 6,5% este ano.

5) Para quem acreditou no fiasco vaticinado pela mídia, o sucesso inesperado do evento trouxe gargalos por falta de capacidade de atendimento. Sintomas: em Brasília,  segundo o jornal Valor, ‘restaurantes do Pontão do Lago Sul  já não têm chope –“os colombianos tomaram tudo", diz um garçom ouvido pelo jornal.  Em Fortaleza, sobraram poucas opções  no cardápio de restaurantes  na avenida Beira Mar, relata o mesmo jornal que engole agora o pessimismo estampado em sua linha editorial por  meses: ‘ Lá, a culpa era dos mexicanos, segundo a garçonete’.

6) A subestimação da demanda atingiu até  a prosaica produção de  brindes, que se deixou contagiar pelo jogral derrotista.  ‘Nos aeroportos de São Paulo e Brasília, por exemplo, produtos como chaveiro do Fuleco, o mascote da Copa, já estão em falta’, admite o mesmo Valor, sem explica o motivo.

7)Fogo de palha? Não é essa a percepção de quem está na linha de frente dos acontecimentos. Hotéis, bares, restaurantes e agências de viagens afirma  que o Mundial proporcionará outros ganhos, nem sempre mensuráveis.: ‘a experiência de receber turistas de todas as partes e a superexposição do país no exterior são alguns desses legados que ficam para as empresas e deverão reverberar por muitos anos’ (Valor).

8)No dia de abertura da Copa, no Itaquerão, na zona leste de São Paulo, a capital paulista tinha 76,6% de suas vagas de hospedagem ocupadas ; 93% dos restaurantes e bares dos bairros Bela Vista, Jardins e Pinheiros festejavam o movimento;  98,7% das mensagens sobre a cidade postadas nas principais redes sociais foram positivas. Durante a partida Brasil e Croácia, foram publicados 12,2 milhões de comentários sobre o jogo somente no Twitter.

9) Em apenas três dias , de 12 a 15 de junho, na abertura da Copa, segundo a Visa, visitantes internacionais movimentaram US$ 27 milhões com seus cartões, alta de 73% em relação ao mesmo período do ano .

10) Por fim, diz Walter Ferreira, assessor da presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur),enquanto a bola rolar, o Brasil concentrará as atenções de 3,6 bilhões de espectadores, quase metade da população mundial. ‘ O evento terá o poder de quebrar estereótipos e revelar ao mundo um país moderno, com empresas globais importantes, que investe em ciência de ponta e que tem um povo acolhedor e alegre.  A cena dos jogadores holandeses abraçando brasileiros em Ipanema, por exemplo, ou as inúmeras cenas de confraternização entre os torcedores contagiam o mundo. Este é o nosso maior legado de imagem’, diz Ferreira (Valor)

domingo, 22 de junho de 2014

OS 10 MAIORES MICOS DA COPA Cala a boca, Galvão, camarote VIP do Itauuuuu …



Conversa Afiada reproduz artigo de Najla Passos, extraído da Carta Maior:

OS 10 MAIORES MICOS DA COPA DO MUNDO DO BRASIL



Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.

Najla Passos

A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo. 

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário. 

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”. 

Confira, então, os principais micos do mundial… pelo menos até agora!


1 – O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!


2 – A vênus platinada ladeira abaixo 

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.


3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!


4 – A enquadrada na The Economist 

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem “Traffic and tempers”, publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo. 


5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!


6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo – sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico… 


7 – A “morte do pai” do jogador marfinense


O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. “Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.


8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!


9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!


10 – Sou “coxinha” e passo recibo!


Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.  

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Imagina depois da Copa


Está passando batida a progressiva consolidação de uma possibilidade que, até há poucos dias, enorme parcela de brasileiros descartava peremptoriamente, mas que vai se impondo: a possibilidade de a organização da Copa continuar sendo o sucesso que tem sido desde a abertura até o dia em que este texto está sendo escrito – o quinto dia do evento.
A menos que este país em peso tenha tomado alguma droga muito forte que o esteja impedindo de enxergar um palmo diante do nariz, ao que me consta não estamos passando vergonha com a organização da Copa, como a grande mídia martelou, incessantemente, que iríamos passar.  E isso não é pouco, do ponto de vista político.
Senão, vejamos: se muitos cidadãos acreditaram, de boa-fé, nas histórias da mídia sobre obras necessárias à realização do evento que não ficariam prontas e que, por não terem ficado prontas, produziriam o caos, com centenas de milhares de estrangeiros aportando no país e não encontrando as condições necessárias, 5 dias são mais do que suficientes para mostrar que, no mínimo, houve exagero nas previsões catastrofistas.
Se está ficando claro que houve exagero – e má fé – nas críticas à organização da Copa, quantos se negarão a enxergar esse fato? Será que a maioria dos brasileiros é tão desonesta intelectualmente? Seremos tão estúpidos a ponto de recusarmo-nos a enxergar que o governo que elegemos fez o que tinha que fazer?
Quero acreditar que não. Afinal, se um governo faz o que deve fazer e eu não valorizo isso mostro à classe política que posso ser manipulado politicamente, de forma a jogar contra meus próprios interesses. Seremos tão ingênuos a esse ponto, a maioria dos brasileiros?
Na opinião deste que escreve, não somos ingênuos nem burros. Acredito que o povo, o povão mesmo está avaliando muito bem e curtindo muito a realização da Copa no Brasil.
Nesse contexto, um vídeo que vem circulando nas redes sociais mostra que o povo brasileiro é muito mais vivo do que pensam os estratos superiores da nossa pirâmide social. E que é capaz de avaliar muito bem tudo o que está acontecendo.
Abaixo, a opinião da catadora de recicláveis mineira Maria Sueli dos Santos, que trabalha ao lado do Estádio Mineirão.


Esse é o povo brasileiro do século XXI. Subestimado, desprezado, ironizado pelos mais ricos e escolarizados, mas que, de 2002 para cá, toda vez que foi às urnas mostrou que não se deixa mais enganar.
Ok, até aconteceu, após os protestos de 2013, que boa parte desse povo tenha se deixado confundir com mentiras, distorções, censura a certos fatos, superexposição de outros… Mas acredito que, se transcorrer tranquilamente – e com sucesso – um evento de tal importância, brotará orgulho e satisfação entre essa maioria humilde que só quer melhorar minimamente de vida e ter motivos para ser feliz.
Se ficar provado que é mentira tudo que foi dito de negativo sobre a organização da Copa de 2014, isso não provocará efeito eleitoral? Repito: só se a maioria dos brasileiros tiver tido uma regressão quase sobrenatural de sua consciência política.
Particularmente, apesar da gritaria da elite e de uma parcela das classes populares que se deixa fazer de trouxa, ainda acho que a maioria não enlouqueceu. Muito pelo contrário.
Alguém, do lado dos que espalharam catastrofismo, por certo está pensando nisso. E alguns, inclusive, já estão agindo com vistas a sabotar a Copa. Matéria do jornal Diário de Pernambuco dá conta de que “A Linha Centro do metrô do Recife pode ter sofrido um atentado”.
Na noite do último sábado, pessoas ainda não identificadas lançaram pneus nos trilhos dos trens e atearam fogo, paralisando o serviço por cerca de 20 minutos. O incidente ocorreu a 800 metros da estação Cosme e Damião.
Segundo o jornal, “A superintendência do Metrorec trabalha com a real possibilidade de atentado pelo risco aos passageiros com a possível explosão caso o trem batesse nos pneus. A investigação da Polícia já foi acionada para o caso”.
E o pior é que a sabotagem também está sendo pensada por outras vias. Estão buscando uma sabotagem “legal” da Copa. Na coluna da jornalista Mônica Bergamo de segunda-feira (16), na Folha de São Paulo, uma notícia estarrecedora:
Parece brincadeira, mas não é. O Ministério Público de SP, esse nosso velho conhecido que esquece processo contra tucanos dentro de gavetas, está querendo fechar a Arena Corinthians em plena Copa, obviamente que visando produzir noticiário para depor contra a organização do evento, para ser citado nas redes sociais.
Enfim, não será fácil atravessarmos as próximas semanas. Há grupos políticos e econômicos absolutamente dispostos a impedir que o Mundial transcorra tranquilamente, que tudo funcione bem e que o país lucre com isso.
Criminosos de lesa-pátria estão dispostos a agir para impedir que, depois da Copa, o país reflita serenamente sobre o governo Dilma, agora de posse da informação preciosa de que quando esse governo disse que o evento transcorreria bem e que seria positivo para o país, estava falando a verdade. E de que quem dizia o contrário, estava mentindo.

Senhores sabidos, cadê o fracasso retumbante da Copa?

copadascopas
Termina hoje a primeira rodada da fase inicial da Copa.
Onze dos 12 estádios já tiveram jogos, sem qualquer problema significativo, embora tenhamos legões de repórteres procurando defeitos.
Multidões de argentinos, colombianos, holandeses e gente de todas as partes chegaram nos aeroportos, que funcionaram sem contratempos.
Com algumas dificuldades, aqui e ali, todos chegaram nos estádios em paz e com tranquilidade.
O “imagina na Copa” perdeu de goleada para a realidade.
O que não funcionou, aliás, em geral foram as obrigações da Fifa e seu “padrão”: a festa pífia da abertura e o “mico” de ontem no Beira-Rio, quando o sistema de som engasgou na Marselhesa, que ainda será cantada a plenos pulmões, como foi, por milhões em todo o mundo, pelo que significou com para os povos a Revolução Francesa.
O Brasil experimenta um clima festivo e alegre como poucas vezes.
E o que se passa dentro e em torno dos campos mereceu hoje, do site inglês Eurosport, uma das maiores redes esportivas da Europa,  onde se  diz que, em quatro dias, esta caminha para ser a melhor copa de todos os tempos.
Claro que cabem discussões sérias e responsabilidade no que se gastou e gasta para no evento diretamente, embora a maior parte dos gastos sejam em obras que servem á população e sóo eventualmente ao torcedores.
Mas todo mundo sabe e sabia que negociar com uma máfia como a Fifa não seria, propriamente, trabalhar ao lado de Mahatma Ghandi ou da Irmã Dulce.
Ou alguém achava que fazer a Copa poderia ser um “churrasquinho na laje”, como nós gostamos de fazer e o que, aliás, não nos tira um grama da nossa alegria simples e focada nas pessoas.
Como perguntou muito bem o Florestan Fernandes Jr. no GGN, “onde estavam ontem os políticos que festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra, Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga, Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi? Onde estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde estavam os prefeitos, senadores, deputados, âncoras de televisão e rádio que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa?”
Todo mundo na toca, embora a Lula, pelo seu tamanho político, não coubesse mesmo se substituir à primeira mandatária do país. E ele ainda teve a coragem de protestar contra a “babaquice” da imprensa de achar que os estrangeiros exigiriam ser carregados no colo até dentro dos estádios…
Foi Dilma Rousseff quem botou a cara para as Donas Lalá, da “área VIP” a xingarem.
Ficamos nisso, nos de “barriga-cheia” que ganharam ingressos da Globo, do Itaú e de outros patrocinadores e os de “cabeça-vazia” que juntam umas dezenas de babacas para ir arrumar confusão na porta dos estádios, nenhum deles capaz de entender as regras básicas de convivência.
Aliás, a direita hidrófoba ainda quer que a agradecendo por estar “apenas” mandando pessoas irem “tomar”, quando diz que poderia ser pior e estar nos “protestos” de gatos pingados.
É a versão chique do “poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou apenas…”
Ontem, duas horas e pouco antes do jogo da Argentina, passei próximo ao Maracanã com meu filho pequeno e,  sozinho, meia hora depois.
Uma festa em azul e branco, vestido por argentinos e por muitos brasileiros.
Ruas cheias, bares lotados, sorrisos e alegria.
Claro, teve uns grupinhos de “barrabravas” castelhanos e nacionais, fazendo confusão. Assim como tem na Inglaterra e na Holanda.
A diferença é que aqui, ao longo de mais de um ano, isso foi insuflado pela mídia e pela oposição.
Só vi isso antes na construção do Sambódromo, em 1983, com Brizola, naquela ocasião com (além da Globo) o Governo Federal sabotando, ao ponto de o porta-voz de Figueiredo, o senhor Carlos Átila, declarando à imprensa que torcia para chover muito durante o Carnaval.
Os fatos, porém, os fatos têm uma força que se impõe sempre, sobretudo quando se age com coragem e sem se deixar intimidar.
Mas paro por aqui, senão começo a elogiar a seleção da Holanda, garfada com um pênalti que provocou menos de 1% da indignação do sofrido por Fred.
Que praticou uma antiquíssima e esquecida regra  para proteger sua defesa relativamente inexperiente.
Atacou, atacou e atacou.
Com juízo e sem imprudência, mas absolutamente corajosa diante do supostamente imbatível “tic-tac” da poderosa Espanha.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Globo vai secar o Brasil na Copa O rosto da Globo não é o da Fernanda Gentil. O Bessinha sabe qual é .


O amigo navegante já percebeu a súbita conversão dos apresentadores da Globo Overseas.

Agora, quando os pessimistas foram irremediavelmente derrotados e a Copa vai começar no Itaquerão – jamais se viu uma campanha “política” cheia de ódio contra a construção de um estádio de futebol … – agora, os rapazes e moças, inclusive as suaves apresentadoras da GloboNews, são só sorrisos.

Todos de sorrisos amarelos cortejam o Globope, que lhe escapa.

Está na hora de a Globo Overseas honrar os compromissos comerciais que assumiu com os patrocinadores.

(E quando acabar o encaixe publicitário da Copa ? Quem vai comprar a Globo: o Binho, a Friboi ou a Odebrecht ?)

Aguarda-se o Faustão, domingo, quando provavelmente virá de ceroula verde-amarela.

A Dilma se impôs ao Golpe, entupiu os pessimistas.

Como diz o corajoso ministro Aldo Rebelo, tudo porque o Lula trouxe a Copa e a Dilma a realizará.

Clique aqui para ler “Rebelo descreve o legado da Copa”.

É só isso.

Portanto, não se iluda, amigo navegante, com essa disfarçada hipocrisia.

No coração da matéria, lá dentro, nas camadas mais profundas dos interesses geológicos da Globo Overseas os interesses não mudam.

A Globo só se salva se o Arrocho for eleito e a Globo, como fez durante muito tempo, controlar a SECOM e o BV, o Ministério das Comunicações – ah, que saudades do ACM ! – e o BNDES – oh !, Francisco Gros, por que você foi embora tão cedo ?

Só o Tesouro Nacional salva a Globo !

Porque a Globo vai morrer gorda.

O amigo navegante certamente se lembra daquele “manual” sobre como os “jornalistas” da Globo deveriam se comportar com a Copa: só pau !

O “de profundis” da Globo se expressa, nesta radiosa quinta-feira, na colona (*) do Ataulfo Merval (**):

“… a Dilma se utilizou de um instrumento de comunicação do Estado para defender seu Governo de críticas”…

É muito engraçado.

A Globo explora o espectro eletromagnético, que pertence ao povo brasileiro, para difundir que o Brasil é uma m…, e a Presidenta da Republica não pode usar uma cadeia nacional de rádio e tevê.

Muito engraçado !

“… há uma sociedade inquieta em busca de um futuro que não se resuma a pão e circo”.

Quá, quá, quá !

Como se a Globo Overseas fosse a BBC.

É porque o Ataulfo nunca viu o Faustão…

O BBB do Bial…

Na placa tectônica mais profunda dos interesses da Globo, também se lê no Segundo Caderno, de obscuro redator:

http://oglobo.globo.com/cultura/gol-no-mundo-sem-gozo-12820203

“… Pródigo em produzir camelôs e outros restolhos do mundo trabalho, o Brasil foi compelido a varrê-los da frente dos estádios. Chamou então os milicos para a higienização. Nada como a manu militari para serviços de limpeza.

O general José Carlos de Nardi, chefe do Estado-Maior da Forças Armadas, disse anteontem que houve um ganho significativo para o Brasil no aprendizado de defesa química, biológica, radiológica e nuclear. Afora a sofisticação tecnológica, nunca se viu tanta força bruta na rua, embora não haja terroristas à vista. Quem são os inimigos? São os grevistas e a galera que se insurge contra os supereventos da globalização: reuniões do FMI, do G-8, do Banco Mundial, Copas e Olimpíadas. As forças armadas e a polícia garantem o livre — e, por que não dizer, sagrado — trânsito de mercadorias e consumidores, de jogadores e torcedores. O gol é o gozo desse mundo sem gozo.


Em tempo: quem aí está com problema de gozo, amigo navegante ?


O verdadeiro rosto da Globo não é o da Fernanda Gentil, escalada para substituir a Fátima, que não pode sair do caminhão.
O rosto da Globo é outro.
Que a gente sabe qual é.
A Globo quer que o Brasil se ferre na Copa, porque o Brasil (trabalhista) é uma m…

Paulo Henrique Amorim




(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dilma rebate Fifa: o que não entregamos?

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"Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará", disse a presidente sobre as criticas de Joseph Blatter e de Jérôme Valcke, presidente e secretário geral da FIFA, respectivamente; segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo" e o clima de desânimo vai mudar ao longo do torneio: "Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso"
5 de Junho de 2014 às 05:30
247 – Prestes a receber mais de 12 chefes de Estado e de abrir as portas da Copa no Brasil a torcedores do mundo todo, a presidente Dilma Rousseff voltou a rebater críticas de dirigentes da Fifa. Segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo", e afirma que discurso da entidade não tem nenhuma novidade já que fez o mesmo em relação à África do Sul.
“Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará”, disse em entrevista ao SBT.
A presidente ainda descartou pontos negativos que foram levantados na preparação do Mundial. “Disseram que os aeroportos não estariam prontos, que teria epidemia da dengue. Não há essa possibilidade, quando a temperatura cai. Também não teremos racionamento de energia nem durante, nem depois da Copa”.
Dilma reitera que vai garantir a segurança dos que desejam ir ao estádio e diz que considera "barbárie e inadmissível" ferimentos de morte em protestos.
Segundo ela, o clima de desânimo “vai mudar” ao longo do torneio e que o pensamento negativo das pessoas ainda está relacionado com o complexo de inferioridade. “Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso. Nós estamos preparados dentro e fora de campo também”.
Quanto ao técnico Felipão, não poupa elogios: "sensacional, caráter forte, confiável e dá segurança aos jogadores".