Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Gilberto Carvalho, Lula e a “elite branca”


A manifestação raivosa e literalmente obscena contra Dilma Rousseff na Arena Corinthians durante a cerimônia de abertura da Copa foi interpretada de formas diametralmente opostas pelo ministro da

Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e pelo ex-presidente Lula.

Para o primeiro, o segundo errou ao avaliar que os insultos partiram da “elite branca”, que pôde pagar, em média, mil reais para assistir à cerimônia, confortavelmente instalada na “área VIP” do estádio.

A Folha de São Paulo, que faz oposição cerrada a Dilma, não perdeu tempo e estampou o diagnóstico de Carvalho em manchete principal de primeira página – a tese dele reforça a teoria da oposição midiática, de que Dilma “já perdeu”.

Segundo relatos esparsos de leitores que estiveram no local, porém, os insultos à presidente teriam partido do camarote do Itaú. Carvalho não discute. Acha que, assim mesmo, nos setores populares também há muita gente com raiva dela

O diagnóstico de Carvalho, que virou manchete na Folha, foi feito durante reunião entre ele e blogueiros, uma reunião à qual este que escreve não pôde comparecer por razões particulares.

Carvalho diagnosticou que as críticas da mídia ao governo Dilma, que as camadas mais altas da sociedade compraram há muito, começam a “escorrer” para as camadas mais baixas, razão pela qual julga que o ataque à presidente no “Itaquerão” não pode ser debitado só à tal “elite branca”.

A Folha de São Paulo correu para entrevistar Carvalho, prevendo que poderia obter mais munição contra Dilma. Na segunda-feira (23), publicou a entrevista.

Nessa entrevista, ele não só reafirmou sua discordância de Lula quanto à origem dos insultos a Dilma, mas aprofundou uma tese à qual Folha tratou de dar grande publicidade: “O PT erra no diagnóstico sobre a insatisfação com o governo”.

Um trecho da entrevista de Carvalho à Folha revela como ele se contaminou com essa teoria.

“(…) Quando chego em Curitiba (sic) e encontro um garçom falando que o PT é o mais corrupto da história. Quando vejo em Fortaleza meninos cobrando a questão da corrupção. Quando vi no metrô meninos entrando e puxando o coro do mesmo palavrão usado no estádio, não posso achar que é um fenômeno apenas na cabeça daquilo que está se chamando de elite branca (…)”
A Folha, espertamente, questionou Carvalho sobre a origem da teoria sobre a “elite branca”. Lembrou que “Foi Lula quem puxou esse discurso”. O ministro diz que “não quer polemizar com Lula” e que seu objetivo foi “alertar” – supostamente o PT e o próprio Lula – para o que chamou de “generalização da insatisfação”.

Carvalho é um dos ministros mais próximos a Dilma – trabalha em sala contígua à da presidente. É um quadro antigo do PT. Não se entende por que esse alerta teve que ser feito publicamente. Pareceu ingenuidade…

Seja como for, na terça-feira a Folha publica mais um trecho da entrevista com o ministro. Nesse trecho, ele relata encontro que manteve com um grupo de trinta black blocs – desde que esses espécimes começaram a promover vandalismo, Carvalho tem mantido interlocução com eles na esperança de enfiar algum juízo em suas cabeças vazias.

O ministro cometeu o mesmo erro que muitos que se aproximaram dessa turma ligada a partidos à esquerda do PT vêm cometendo, o erro de encarar a visão política dessa meninada como visão do povo.

Não é o caso de Carvalho, é preciso dizer. Ele sabe muito bem que esses protestos violentos são um grande erro. Mas muitos homens e mulheres maduros, já na quinta ou sexta década de vida, deixaram-se seduzir pela juventude e pelo idealismo boboca de pretensos revolucionários, garotos que não fazem a menor ideia do que é lutar de verdade contra a opressão e que se acham verdadeiros “Che Guevaras” por quebrarem algumas vitrines de lojas de carros e caixas-eletrônicos.

Porém, o que pode ter impressionado Carvalho certamente foi encontrar jovens pobres entre um movimento que teve origem nas universidades, onde professores ligados a partidos de extrema esquerda enfiaram esse lixo importado do Norte do planeta (a tática black bloc) na cabeça dos alunos. Assim, jovens pobres foram no embalo, atraídos pelo clima de rave (festas de estudantes) das “jornadas de junho”. E nada mais.

A partir da popularização dos protestos, ano passado, alguns líderes de movimentos sociais ligados aos mesmos partidos de esquerda viram oportunidade de colher frutos para suas legítimas demandas.

A visão de Carvalho se baseia nesse ambiente. A de Lula, em uma vida inteira e em sua origem entre a pobreza.

Aonde quero chegar: é um erro confundir com o povo esses movimentos da esquerda ultrarradical que admitem em seus protestos o que há de pior na ultradireita, contanto que neonazistas e outros energúmenos ajudem a provocar caos no trânsito e a quebrar tudo.

O povo mesmo, tem falado muito pouco. Quem é pobre e melhorou de vida, mas vive exposto aos ambientes da elite, acaba indo no embalo. Mas a maioria do povo nem chega perto da elite, seja nas universidades, seja nos locais em que pobres vão lhe prestar serviços.

Nas grandes cidades, a situação é pior. Sobretudo em Estados como São Paulo, onde a vida piorou muito devido aos governos do PSDB, que deixaram o transporte público chegar a uma situação de caos, que transformaram a escola e os hospitais públicos em lixo.

Nenhum governo federal conseguirá promover grandes melhoras em áreas que são da competência municipal e estadual.

Mas veja, leitor, a situação em São Paulo: Fernando Haddad está promovendo uma revolução nos transportes com os corredores de ônibus. Outras medidas simples serão tomadas. Apesar de o governo dele ter problemas para se comunicar, lá pelo quarto ano de governo a população paulistana sentirá a diferença.

Seja como for, há que fazer o povo entender que o governo federal comanda, precipuamente, a política econômica, estimula investimentos, empreende grandes projetos nacionais, mas a administração cotidiana da saúde, da educação, do transporte público é responsabilidade de prefeitos e governadores.

Contudo, essas manifestações tresloucadas acabaram empurrando para o governo federal – e, consequentemente, para o PT – uma culpa que até pode ser, também, do partido desse governo, mas que também é de todos os outros partidos.

Nos grandes centros urbanos como São Paulo, a vida tornou-se um inferno devido ao governo do Estado e aos governos municipais. Governos de todos os partidos. Premidos por grandes dívidas, Estados e municípios não conseguem enfrentar os problemas, que vão se avolumando.

Contudo, em uma coisa concordam Lula, Gilberto Carvalho e este blogueiro: a comunicação do governo Dilma é que permitiu que a mídia empurrasse para o governo federal uma responsabilidade que não é dele.
Tendo, porém, a concordar com Lula quanto à questão da “elite branca”. Ela e os pobres que influencia estão longe de ser o povo, estão longe de ser maioria. Mas claro que não será fácil Dilma vencer a eleição presidencial que se avizinha.

Contudo, se a campanha da reeleição for incisiva contra as críticas injustas, e se souber refrescar a memória dos adultos e mostrar aos garotos o que era o Brasil até 2002, dificilmente  o PSDB conseguirá tirar proveito dessa insatisfação de setores da sociedade.

Nesse contexto, o sucesso da Copa e os excessos dos revolucionários de butique já estão abrindo os olhos de muita gente.

Esses cinquentões ou sessentões da academia ou do jornalismo que diziam orgulhosamente que apoiavam os protestos tresloucados contra a Copa, já estão fechando os bicos e fazendo cara de paisagem.

Esse caso específico da Copa está sendo subestimado pela direita truculenta e pela esquerda abilolada. O Brasil e o mundo já perceberam como têm havido exageros nas críticas ao governo Dilma. O efeito político disso ainda não pode ser mensurado, mas não será pequeno.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vip’s blocs, Ilha Fiscal, camarote da vaia. Não foi à toa que não tocou a Marselhesa


Apresentamos os Yellows Brocs !



antonieta


Sensacional a vídeo-reportagem de Lígia Mesquita e Ana Virgínia Baloussier  sobre o pessoal do “agrega valor” vendo o jogo do Brasil nas festas de luxo em São Paulo.
Inacreditável.
O maior coeficiente de babaquice por metro quadrado que se viu desde Maria Antonieta.
Não mostre para as crianças.
Nem consigo imaginar o que seria “coxinha de ossobuco”.
O “rei do camarote” ficaria com inveja.
Comecei a entender porque não tocou a “Marselhesa” no jogo da França.
Foi ordem da segurança.
O pessoal podia confundir o que gritaram com a palavra pescoço em francês, né?
E achar que era uma conspiração comunista, como o Rodrigo Constantino, da Veja, viu na logomarca da Copa.
Ai, que saudades do Ibrahim…
Le churrasquin sûr la laje”  dá de dez a zero na peruagem paulistana.
Que pode achar que é aristocrata, mas é só endinheirada.
Só fico preocupado do José Simão perder o emprego.
O padrão Fifa do Brasil é de doer.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

FHC acusa o golpe, reage a Lula e vem para a campanha

eeucomisso
Nada dói tanto quanto tocar numa ferida.
Isso é o que explica a reação de Fernando Henrique Cardoso às declarações de Lula, dizendo que  não ia “vestir a carapuça”  em relação a corrupção da compra de votos na emenda que, no governo tucano, instituiu a reeleição.
Nem a mais simpática imprensa tem qualquer dúvida de que houve um “mercado do voto” para instituir a releição sem, ao menos, fazer disso uma regra válida para o futuro, mas beneficiando diretamente ao então ocupante do Palácio do Planalto.
Fernando Henrique, no fundo, se vê como  um D. Pedro I, que fez um “imenso favor” ao povo brasileiro em permanecer mais quatro anos.
Só que como o “proclamador da Dependência”, dedicado a completar sua missão de destruir todas as aspirações deste país em ter um destino próprio.
A vaidade é a pior das armadilhas.
Fernando Henrique vai exatamente para onde Lula o quer.
Para um embate entre os dois.
Porque, afinal, é este mesmo o embate, embora os “bundinhas” da análise política torçam o nariz para a personalização da política.
Na sua pobreza mental, elitista e fria, não conseguem ver que os personagens servem ao enredo, não ao contrário.
Quanto às queixas do grão-tucano ao “baixo nível”, sugiro que ele dê um pulinho à área vip do Itaquerão, para falar com aquela gente “diferenciada” que o apóia.

Senhores sabidos, cadê o fracasso retumbante da Copa?

copadascopas
Termina hoje a primeira rodada da fase inicial da Copa.
Onze dos 12 estádios já tiveram jogos, sem qualquer problema significativo, embora tenhamos legões de repórteres procurando defeitos.
Multidões de argentinos, colombianos, holandeses e gente de todas as partes chegaram nos aeroportos, que funcionaram sem contratempos.
Com algumas dificuldades, aqui e ali, todos chegaram nos estádios em paz e com tranquilidade.
O “imagina na Copa” perdeu de goleada para a realidade.
O que não funcionou, aliás, em geral foram as obrigações da Fifa e seu “padrão”: a festa pífia da abertura e o “mico” de ontem no Beira-Rio, quando o sistema de som engasgou na Marselhesa, que ainda será cantada a plenos pulmões, como foi, por milhões em todo o mundo, pelo que significou com para os povos a Revolução Francesa.
O Brasil experimenta um clima festivo e alegre como poucas vezes.
E o que se passa dentro e em torno dos campos mereceu hoje, do site inglês Eurosport, uma das maiores redes esportivas da Europa,  onde se  diz que, em quatro dias, esta caminha para ser a melhor copa de todos os tempos.
Claro que cabem discussões sérias e responsabilidade no que se gastou e gasta para no evento diretamente, embora a maior parte dos gastos sejam em obras que servem á população e sóo eventualmente ao torcedores.
Mas todo mundo sabe e sabia que negociar com uma máfia como a Fifa não seria, propriamente, trabalhar ao lado de Mahatma Ghandi ou da Irmã Dulce.
Ou alguém achava que fazer a Copa poderia ser um “churrasquinho na laje”, como nós gostamos de fazer e o que, aliás, não nos tira um grama da nossa alegria simples e focada nas pessoas.
Como perguntou muito bem o Florestan Fernandes Jr. no GGN, “onde estavam ontem os políticos que festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra, Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga, Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi? Onde estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde estavam os prefeitos, senadores, deputados, âncoras de televisão e rádio que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa?”
Todo mundo na toca, embora a Lula, pelo seu tamanho político, não coubesse mesmo se substituir à primeira mandatária do país. E ele ainda teve a coragem de protestar contra a “babaquice” da imprensa de achar que os estrangeiros exigiriam ser carregados no colo até dentro dos estádios…
Foi Dilma Rousseff quem botou a cara para as Donas Lalá, da “área VIP” a xingarem.
Ficamos nisso, nos de “barriga-cheia” que ganharam ingressos da Globo, do Itaú e de outros patrocinadores e os de “cabeça-vazia” que juntam umas dezenas de babacas para ir arrumar confusão na porta dos estádios, nenhum deles capaz de entender as regras básicas de convivência.
Aliás, a direita hidrófoba ainda quer que a agradecendo por estar “apenas” mandando pessoas irem “tomar”, quando diz que poderia ser pior e estar nos “protestos” de gatos pingados.
É a versão chique do “poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou apenas…”
Ontem, duas horas e pouco antes do jogo da Argentina, passei próximo ao Maracanã com meu filho pequeno e,  sozinho, meia hora depois.
Uma festa em azul e branco, vestido por argentinos e por muitos brasileiros.
Ruas cheias, bares lotados, sorrisos e alegria.
Claro, teve uns grupinhos de “barrabravas” castelhanos e nacionais, fazendo confusão. Assim como tem na Inglaterra e na Holanda.
A diferença é que aqui, ao longo de mais de um ano, isso foi insuflado pela mídia e pela oposição.
Só vi isso antes na construção do Sambódromo, em 1983, com Brizola, naquela ocasião com (além da Globo) o Governo Federal sabotando, ao ponto de o porta-voz de Figueiredo, o senhor Carlos Átila, declarando à imprensa que torcia para chover muito durante o Carnaval.
Os fatos, porém, os fatos têm uma força que se impõe sempre, sobretudo quando se age com coragem e sem se deixar intimidar.
Mas paro por aqui, senão começo a elogiar a seleção da Holanda, garfada com um pênalti que provocou menos de 1% da indignação do sofrido por Fred.
Que praticou uma antiquíssima e esquecida regra  para proteger sua defesa relativamente inexperiente.
Atacou, atacou e atacou.
Com juízo e sem imprudência, mas absolutamente corajosa diante do supostamente imbatível “tic-tac” da poderosa Espanha.