Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

A ideologia brasileira da mesquinharia



O mesquinho acha-se moderno, pragmático, altivo, crítico, autônomo e visionário. Acredita que toda forma de proteção social, desde que não seja a empresas, é uma forma de populismo, de paternalismo e de assistencialismo.
A ideologia da mesquinharia usa sempre o mesmo argumento falacioso: não se deve dar o peixe, deve-se ensinar a pescar. Não se deve dar bolsa-família, deve-se dar empregos. Justamente os empregos que nunca foram dados pelos partidos que apoiam. E não foram dados por não existirem. E não existiram por incompetência na sua criação, por falta de um modelo adequado ou por impossibilidade conjuntural ou estrutural de serem gerados.
O mesquinho entende que, se os empregos não existem, os necessitados devem ralar-se. Que fiquem passando fome até que seja possível criá-los.
Nessa lógica, o mesquinho promete o futuro, não se lembra do passado e ignora o presente. Explora sofismas, meias verdades e mentiras inteiras como formas de justificar a sua indiferença pelo sofrimento dos outros. Espalha que o assistencialismo gera preguiça. Faz crer que a maioria das pessoas vai preferir viver com R$ 70 sem trabalhar a viver com R$ 700 trabalhando.
Essa é uma das asneiras mais difundidas por espíritos malignos, gente ruim, ideólogos da maldade, mas, principalmente, mentes toscas. Isso até pode acontecer de maneira marginal, mas jamais, estatisticamente falando, como tendência global. Viver bem, com trabalho, continua sendo mais interessante para a maioria do que viver mal sem trabalho. Salvo quando a alma do indivíduo alquebrado já está saturada e ninguém mais pode lhe incutir esperança, o que ocorre quando o sistema atrofia o gosto pela vida.
A ideologia da mesquinharia é dissimulada, ardilosa, cruel. Prefere gastar em repressão a investir em ajuda social. Todo adepto da ideologia da mesquinharia é um radical, um fundamentalista, um xiita, um extremista, um fanático da ordem dos cemitérios, da asfixia social, do parasitismo absoluto.
O mesquinho passa o dia repetindo chavões como se fossem pilares da modernidade. Acredita, como uma anta, que toda crítica aos excessos do capitalismo é uma defesa do comunismo.Vê em toda ressalva do modo de vida americano, marcado pelo consumismo, uma adesão ao estilo de vida cubano.
O mesquinho tem cérebro de ervilha. Mas não consegue enlatá-las para vender. Gasta o seu tempo no ódio aos demais. É pouco rentável.
As asneiras dos mesquinhos incluem: acreditar que Lula, de fato, se tornou milionário, ou bilionário, e que a revista Forbes publicou uma capa com ele como um dos homens mais ricos do mundo; crer que destacar os aspectos positivos das cotas, do bolsa-família, do ProUni e de outras políticas assistenciais dos governos do PT, é ser petista; difundir a ideia de que nunca houve tanta corrupção no Brasil, como se a corrupção atual, enorme e condenável, não fosse a mesma de antes; acreditar que a meritocracia realmente seleciona os melhores num sistema de desigualdade na competição e não que serve de mecanismo de reprodução dessa desigualdade.
Enfim, melhor não ser muito sofisticado na análise para não confundir as mentalidades mesquinhas mais lentas e pesadas.
Usina de ódio, de ressentimento e de rancor, o mesquinho odeia as ruas engarrafadas por causa do acesso dos pobres aos automóveis; odeia os aeroportos cheios por causa das viagens da classe C; odeia as universidades “rebaixadas” pela entrada dos que deveriam fazer cursos técnicos; odeia esses pobres que votam com o estômago; entende que só os ricos podem votar com os bolsos; vê como a modernidade a permanência dos pobres na pobreza, à espera dos empregos do futuro, e uma elite desfrutando da climatização. São os mesmos que se venderam aos Estados Unidos, em 1964, para evitar as reformas de base: reforma da educação, agrária, bancária, tributária, etc.
O Brasil corria um sério risco: poderia ficar melhor para a maioria.
A ideologia da mesquinharia deu o golpe para salvar-nos da melhoria.
Atrasou o país em mais de 20 anos.
Continua a cantar o refrão: o perigo comunista.
São fantasmas de opereta.
O comunismo acabou.
Falta construir um capitalismo muito melhor.
Uma verdadeira social-democracia.
Para isso, será preciso ensinar geografia aos mesquinhos.
Falar-lhe dos países escandinavos, etc.
O mesquinho adora Estado mínimo em economia e Estado máximo em moral. Gostar de meter-se na vida alheia para domesticá-la como seu moralismo.
Todo mesquinho é um moralista de ceroula.

Vídeo no estilo “uma foto por dia” acaba com uma surpresa emocionante



Intitulado Uma foto por dia no pior ano da minha vida o filme trata de um assunto pesado, mas que infelizmente acontece em todo o mundo: a violência doméstica.

Assista ao vídeo:

O vídeo começa com fotos lindas de uma moça e, passando alguns segundos, percebe-se que algo está fora quando vemos alguns hematomas no rosto da mulher que vai progredindo para algo mais grave.
No final do vídeo é possível perceber que trata-se de um anúncio croata para chamar a atenção para um problema, infelizmente, generalizado da violência doméstica.
One photo a day in the worst year of my life_2
ey
Na verdade, ninguém ficou ferido. Como já mencionado, trata-se de um anúncio que aproveita a mídia virtual para falar de um ponto forte social.
UPDATE: nosso leitor Temístocles Renato, foi atrás para descobrir o que a mensagem no final do vídeo significava. Segundo ele, o Google Tradutor deu a seguinte tradução: ”pomozite mi ne znam da li cu docekat sutra” é, “Ajuda-me, não sei se eu posso esperar por amanhã”
No hypeness

A economia pode derrotar Dilma ano que vem? Duvido!


Afinal de contas, a nossa economia vai bem ou vai mal? O emprego e a renda crescem sem parar, mas o PIB anda de lado, a indústria não aumenta a sua produção e a inflação não mostra sinais de acomodação.
Esse paradoxo está sendo visto como um “mistério” da economia brasileira. Como é possível haver criação de empregos e aumento na renda das famílias se o setor produtivo e boa parte da economia estão estagnados?
Você tem alguma explicação para esse fenômeno? Tem pensado nisso, está preocupado? Ou será que é tudo invenção do PIG e da oposição?
E a reeleição de Dilma? Você leu a análise de Brian Winter na Agência Reuters pintando um quadro bem difícil para ela no ano que vem justamente com base no desempenho da economia?
Em síntese, esse analista diz que Dilma não seria derrotada se o quadro econômico, que dizem ruim, se mantiver. Mas levanta sérias dúvidas sobre em que estado chegará a economia ao ano que vem, achando serem fortes as chances de chegarmos a 2014 com desemprego e inflação em alta (!?).
A economia não tem mistério algum, apesar de estar com problemas que podem, sim, tornar-se sérios. E a reeleição de Dilma, claro, não é fava contada. Mas não dá para passar da euforia ao derrotismo por uma conjuntura econômica que está longe de ser ruim.
Primeiro, falemos do paradoxo entre emprego e renda, de um lado, e estagnação econômica e inflação de outro.
Se a economia não cresce, como é possível que exista inflação? E o que é mais intrigante: como pode haver inflação de demanda (preços subindo porque há mais gente querendo comprar do que produtos sendo fabricados) se, com crescimento baixo, em tese não aumenta o contingente de consumidores?
É aí que entra o aspecto “misterioso” da questão. Pelas teorias econômicas convencionais, o PIB fraco deveria gerar competição de empresários por mercado, o que se traduz em redução de preços, mas o que se vê é o contrário: os preços sobem.
Certos preços sobem por conta da sazonalidade (produtos agrícolas sobem de preço por quebra de safra, por exemplo), mas ela não explica tudo. O consumo alto está, sim, gerando inflação de demanda.
Não há mistério algum na economia. Ela estagnou-se, sim, mas em patamar extremamente alto. Em 2002, o PIB brasileiro foi de R$ 1,32 trilhão. Em 2012, foi de R$ 4,4 trilhões. A economia brasileira, na última década, triplicou de tamanho.
Ainda que digam que não foi um grande crescimento, foi quase o dobro da década anterior. Mas isso não explica tudo. Há um fator que gerou demanda desproporcional ao crescimento do PIB: a distribuição de renda.
Em 2002, tínhamos um PIB que era um terço do de hoje, mas era distribuído de forma muito mais perversa. O índice de Gini, que mede a distribuição de renda, caiu de 0,61 em 2001 para 0,51 em 2011, ou seja, houve uma revolução nessa área no Brasil
Ainda está longe de se esgotar o processo redistributivo em curso. Com cada vez mais gente que não consumia passando a consumir, a pizza continua do mesmo tamanho, mas a maioria que dividia algumas poucas fatias agora fica com mais fatias.
Ou seja: a economia, em 2012, não cresceu (praticamente), mas a renda cresceu porque a maioria passou a consumir uma parte maior daquela pizza.
Esse processo, aliás, não terminou. A renda continua sendo distribuída. Assim, o empresariado está vendendo para mais gente.
Outro aspecto é a falta de mão-de-obra. Por força da estagnação econômica, da concentração de renda e do desemprego que imperaram até o início da década passada, o Brasil não formava profissionais que vão de encanadores a engenheiros
Com a explosão de crescimento da década passada, o país passou a requerer mão-de-obra para sustentar um patamar da economia altíssimo. Estamos importando profissionais de outros países, inclusive.
A inflação, portanto, decorre da sede de consumo da dita “nova classe média”, que mal começou a consumir e que nos próximos anos irá consumir ainda mais. E como o empresariado, intimidado com o alarmismo da mídia, não investe, estamos enfrentando um processo inflacionário que pode, sim, prosseguir.
O receituário ortodoxo recomenda reduzir o crédito e aumentar os juros. Todavia, se levarmos em conta o processo redistributivo em curso, com políticas públicas voltadas a incluir consumidores ao mercado, a inflação não irá ceder com taxa de juro, a menos que aumente tanto que produza uma recessão.
Do contrário, a falta de mão-de-obra necessária para sustentar o atual patamar da economia certamente continuará elevando a renda das famílias, até equilibrar a demanda por essa mão-de-obra com a oferta.
Nesse ponto entra a análise de Brian Winter, na Reuters. Um ano e meio é suficiente para se atingir o equilíbrio entre oferta e procura por mão-de-obra e o estímulo ao consumismo que a busca por ela produz de forma a produzir falta de emprego?
Falar em desemprego, nesse quadro, é absurdo. O contingente de brasileiros que há para ser integrado ao mercado de consumo é imenso, ainda. Mal começamos o processo inclusivo. E para contrabalançar a falta de investimento do setor privado, há a liderança do processo pelo Estado.
Há um pacote incrivelmente amplo de obras de infraestrutura (PAC) em curso. Essas obras por certo sustentarão o crescimento (que é até bom que não seja tão alto, por conta da inflação) e continuarão gerando demanda por mão-de-obra em todos os setores.
Dilma pode ser derrotada pela estratégia política que está sendo armada, como escrevi recentemente aqui, com várias “Marinas” em 2014 no lugar de uma Marina só em 2010. Com Eduardo Campos, Marina Silva e o anti-Lula tucano da vez (Aécio Neves?), o arranjo político pode criar uma situação difícil para a atual presidente.
Um segundo fator é a criminalização de Lula, que, mais uma vez, pretende anular a sua imensa influência eleitoral.
O segundo turno de 2014 está cada vez mais garantido, a despeito das pesquisas que mostram que se a eleição fosse hoje Dilma venceria no primeiro turno – como se sabe, nos períodos eleitorais as pessoas são influenciadas por fatores não-racionais, como religião, moralismo relativo a “corrupção” etc.
Todavia, no segundo turno um só candidato terá que enfrentar todo o bem-estar social que há hoje no Brasil. E terá a seu dispor a única arma de sempre, a das denúncias de corrupção que serão feitas sobretudo a Lula, que acaba de ser indiciado em processos armados pelo procurador-geral da República visando unicamente a eleição do ano que vem.
Funcionará desta vez? Parece difícil, mas, claro, não é impossível.
Contudo, apostar no mal-estar social para o ano que vem, como fez Brian Winter, é uma estupidez e um alheamento da realidade.
A economia brasileira vai bem. Está em um patamar altíssimo de funcionamento e a distribuição de renda em curso está sendo subestimada em um processo de autoengano das elites destro-midiáticas.
Em resumo: só o que pode derrotar Dilma, ano que vem, é a política. A economia será sua aliada. A direita midiática não entende de economia. Basta lembrar das previsões que vem fazendo – e errando feio – ao longo da última década.

Tucanos da Privataria em pânico: investigação desnuda políticos em paraísos fiscais.



 O Jornal Nacional não deu esta notícia. Será por quê?


 O Jornal Nacional não deu esta notícia. Será por quê? Dois milhões de emails, relacionados principalmente com o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas [do livro "A Privataria Tucana"]  revelam negócios de várias personalidades do mundo inteiro emoff-shores, locais onde circularão cerca de 32 biliões de dólares (32 milhões de milhões) livres de impostos. A revelação faz parte de uma investigação jornalística que começou a ser publicada esta quinta-feira em órgãos de comunicação social de todo o mundo, sob a égide do International Consortium of Investigative Journalists [ICIJ], uma associação sem fins lucrativos com sede em Washington.
Entre os envolvidos nestes emails estão vários políticos, banqueiros e homens de negócios, cujas atividades começaram ou começarão agora a ser escrutinadas em todo o mundo. Alguns exemplos:

• Jean-Jacques Augier, co-tesoureiro da campanha eleitoral de François Hollande, lançou uma distribuidora na China com base nas ilhas Caimão e tendo como sócio uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

• Um magnata da construção do Azerbaijão, Hassan Gozal, controla diversas entidades nos nomes das duas filhas do presidente do país.

• O marido de uma senadora canadiana depositou mais de 1,7 milhões de dólares num off-shore. Pagou as custas em dinheiro e pediu para que as comunicações escritas fossem reduzidas ao mínimo.

• A mais conhecida colecionadora de arte espanhola, a baronesa Carmen Thyssen-Bornemisza, usa off-shores para comprar quadros. Um dos cinco Van Gogh que adquiriu, Moinho de Água em Gennep, foi comprado através de uma sociedade nas ilhas Cook.

• Um dos clientes dos off-shores nos Estados Unidos é Denise Rich, ex-mulher do magnata do petróleo Marc Rich, que esteve envolvido em acusações de fuga aos impostos por parte do ex-Presidente Clinton. Denise Rich colocou 144 milhões de dólares no Dry Trust, nas ilhas Cook.

Para analisar os dois milhões de emails a que teve acesso, o ICIJ contou com jornalistas das publicações The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), Süddeutsche Zeitung (Alemanha) e da Canadian Broadcasting Corporation, para além de mais 33 parceiros no mundo inteiro. Oitenta e seis jornalistas de 46 países investigaram informações e registos bancários que cobrem mais de 30 anos. Segundo o ICIJ, trata-se do maior trabalho de investigação jornalística da história, em número de órgãos de comunicação e países envolvidos. (da RPT)
Veja também a reportagem da TV Brasil:

Tucanos propõem retirar direitos trabalhistas recém-conquistados pelas domésticas



Tucanos propõem retirar direitos trabalhistas recém-conquistados pelas domésticas
Carlos Sampaio afirmou que a PEC embute o risco 
de provocar demissões em massa
(Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara)
Bancada do PSDB quer acabar com multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa e reduzir de 12% para 5% a alíquota do INSS que deve ser recolhida pelos patrões 
São Paulo – A bancada do PSDB no Câmara, alegando ameça de demissões em massa para empregados domésticos por conta da regulamentação da profissão, apresentou hoje (4) projeto que retira direitos estabelecidos pela chamada PEC das Domésticas, a Proposta de Emenda à Constituição aprovada em março no Senado e promulgada esta semana no Congresso.
Os deputados tucanos propõem que os patrões sejam isentos de pagar a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão sem justa causa. A multa é um direito conquistado por trabalhadores da iniciativa privada com registro em carteira.
A bancada tucana também quer diminuir o percentual de recolhimento da alíquota do INSS, de 20% – 12% recolhidos pelos patrões e 8% pelos trabalhadores – para 8% – sendo 5% dos patrões e 3% dos trabalhadores.
Segundo publicou hoje o jornal Folha de S.Paulo, o líder da bancada tucana, Carlos Sampaio (PSDB), afirmou que a proposta tem por objetivo simplificar e reduzir a cobrança de encargos. “A PEC veio para garantir direitos, não para promover demissões em massa”, afirmou.
De acordo com o jornal, a justificativa do deputado para retirar dos trabalhadores domésticos a multa em caso de demissão sem justa causa é que os empregadores de trabalho doméstico não são empresas, não visam lucros, e merecem um tratamento diferenciado em relação ao recolhimento de encargos.
A proposta do PSDB é que seja criada a figura do microempregador doméstico para pessoas ou empresas que contratem trabalhadores domésticos, sem fins lucrativos, para viabilizar o regime diferenciado no recolhimento dos direitos trabalhistas.
A bancada tucana também propõe a criação de um sistema simplificado para a cobrança destes encargos sobre o trabalho doméstico por meio da unificação do documento de arrecadação do INSS e do FGTS para os trabalhadores domésticos.
Os tucanos propõem ainda a autorização para contratar trabalhador por regime temporário em caso de afastamento por acidente de trabalho ou licença-maternidade dos trabalhadores domésticos e que sejam considerados motivos para demissão sem justa causa a morte ou invalidez do empregador ou seu cônjuge e motivos econômicos que comprometam a renda familiar um período superior a três meses.
A PEC das domésticas foi promulgada nesta semana, mas o recolhimento do FGTS ainda precisa de regulamentação.
No Rede Brasil Atual