Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DIFERENÇAS


FHC queria chamar a Petrobrás de ‘Petrobrax’ para torná-la ' mais palatável aos mercados'. 

Lula batiza hoje uma plataforma com o nome de Apolonio de Carvalho e festeja a soberania no pré-sal 

Em 2002, em Angra dos Reis, o candidato Lula fuzilou a política tucana de terceirizar encomendas da Petrobrás a estaleiros no exterior, gerando falências na indústria naval e a demissão de cerca de 30 mil trabalhadores brasileiros. Nesta 5º feira, o Presidente Lula volta Angra dos Reis para um balanço dos compromissos assumidos há oito anos. Leva trunfos respeitáveis: a] no batismo da gigantesca plataforma P 57 –que terá o nome do legendário Apolonio de Carvalho-- ele poderá festejar um índice de nacionalização superior a 65% (exceto casco e grandes máquinas); b] a Petrobrás em seu governo tornou-se uma das 4 principais empresas de energia do planeta, fortalecida pelo sucesso da maior capitalização da história econômica mundial; c] a parcela do Estado na empresa saltou de 39,8% para 48% e foi a 63% do capital votante; d] já aprovado, o regime de partilha do pré-sal garante o comando da Petrobrás na exploração da maior reserva de petróleo descoberta nas últimas décadas; e] se predominasse o regime de concessão defendido pelo coordenador do programa de energia de José Serra, David Zylberstajn [Valor, 06-10), essa riqueza irrigaria os circuitos das petroleiras internacionais, mas sobraria pouco para investir no país e no seu povo, como defende Lula ; f] graças à soberania brasileira no pré-sal, as encomendas de embarcações, plataformas, sondas e outros equipamentos vão rechear a carteira de pedidos do parque naval brasileiro ao longo de muito anos; g] hoje, a indústria naval já emprega 45 mil trabalhadores, vinte vezes mais do que o saldo deixado pelo governo FHC, que teve Zylberstajn na Agencia Nacional de Petróleo e José Serra, no ministério do Planejamento.
(Carta Maior e o confronto entre dois projetos de país; 07-10)

Serra se alia à extrema direita. Só falta o CCC !




Saiu no Blog do Fernando Rodrigues, no UOL:

Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana


texto incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição


Participantes da reunião de cúpula da campanha de José Serra (PSDB) hoje (6.out.2010), em Brasília, receberam um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.



O panfleto basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana:



“O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.



O blog estava dentro da sala do centro de convenções Brasil 21 na qual se realizou o encontro tucano. Por volta das 16h10, antes de a imprensa ser admitida no recinto, uma mulher com adesivo de Serra colado no peito distribuiu o bilhete. “Pega e passa”, dizia.



Era do tamanho de um papel A4 dividido ao meio. Mais tarde, uma pequena pilha (cerca de 3 cm de altura) com esses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café –e a imprensa teve livre acesso. Ao final, o texto recomenda: “Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut…)”.



Segundo as assessorias do PSDB nacional e do candidato José Serra, a confecção do panfleto não tem relação com o partido nem com a campanha tucana. Ainda assim, o papel ficou à disposição de quem tivesse interesse em pegar. Os panfletos só foram retirados um pouco depois de o Blog ter perguntado à cúpula tucana a respeito do assunto.



Eis a íntegra do texto do bilhete:



“Você sabe o que é o PNDH-3? Se você é uma pessoa que pensa em votar na Dilma, conheça bem este projeto antes de votar.



“O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial.


“O que podemos esperar de um governo que tenta atropelar a sua constituição, tratados e convenções internacionais? Não duvide da veracidade dessas informações, pesquise a respeito e voto consciente!



“No próximo dia 3 de outubro, você pode mudar radicalmente o campo de batalha contra o PNDH-3. Para o bem ou para o mal… Tudo vai depender de como se comporá o novo Congresso Nacional depois do resultado das urnas. Mas e muito grande o número de pessoas que ainda não se conscientizaram do momento que atravessamos.



“Se você não fizer nada agora, não adiantará chorar sobre o resultado das urnas. E prepare-se para assistir nos próximos 4 anos uma transformação radical do País. Pense na sua família! O direito de votar é seu , o dever de promover a vida é do povo brasileiro. É através do voto que demonstramos o nosso poder!



“Passe essa informação adiante, não se omita, lute pelos nossos direitos! Depois pode ser tarde demais!



“Vamos eleger os políticos “Ficha Limpa de PNDH-3”. Veja as propostas dos seus candidatos, fique alerta! Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut…)



“Acesse HTTP://www.ipco.org.br/home/  – Envie o seu cartão amarelo de alerta as deputados e senadores. Faça você também a sua parte, não se omita! Se puder faça cópias deste texto e ajude-nos com este trabalho, imprima os cartazes disponíveis neste site.



“Jesus disse: Eu vim para que todos tenham vida!”.



“Uma democracia sem valores converte-se facilmente num totalitarismo aberto ou dissimulado, como a história demonstra”. João Paulo II”.



A TFP – 
http://www.tfp.org.br/ – é a mais reacionária instituição filo-católica de São Paulo.

É uma das orquídeas que brotam no bairro de Higienópolis, onde mora o Fernando Henrique.

Ali, a sede da TFP parece um Valle de los Caídos, no estilo neo-clássico que encanta a aristocracia paulista. 

Quase-fascista, neo-franquista, agressiva, totalmente à deriva do núcleo do pensamento católico brasileiro – dessa é a TFP.

Parecia em extinção, desde a morte de seu patrono, o Dr Plínio Corrêa de Oliveira.

Uma espécie de General Franco à paisana. 

José Serra conseguiu ressuscitá-lo.

É outra notável contribuição de Serra à Cultura Política do Brasil.

Inventar a Marina, como fenômeno eleitoral.

Ressuscitar o Franco.

Só falta reabrir as portas do CCC.

(Porque este, extinto, não está.)

Paulo Henrique Amorim



Dois pesos…


Maria Rita Kehl

Este jornal (Estadão) teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.


Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³ 
Under Creative Commons License: Attribution

Abaixo o desfecho da história sobre o texto acima de Maria Rita kehl no "Estadão".  Aí está a imparcialidade da imprensa brasileira.


Guerra Santa: Estadão demite Maria Rita Kehl

Enviado por luisnassif

@pdralex, pelo Twitter


 Confirmado: Conselho Editorial do Estadão manda demitir Maria Rita Kehl por artigo elogioso ao governo Lula

Dilma monta central para enfrentar baixaria na internet



    Campanha de Dilma vai fortalecer central antiboatos na web


    A campanha de Dilma Rousseff vai reforçar uma “central antiboatos” para frear correntes contra a candidata petista na internet. Na avaliação dos governadores eleitos e do comando político, houve lentidão na resposta aos boatos dirigidos aos evangélicos. A tarefa de reagir a e-mails com notícias falsas estava a cargo do grupo da Pepper Comunicação, em parceria com a empresa americana Blue State.


    Segundo o Terra apurou, essa função deve ser transferida para a equipe de Marcelo Branco, responsável pela mobilização da campanha nas redes sociais e nos blogs, além da transmissão ao vivo dos comícios.


    Entre os motivos para justificar a perda de votos de Dilma, aponta-se uma mensagem com uma falsa declaração da petista em Minas Gerais, de que “nem Cristo” tiraria dela a vitória no primeiro turno. Outras correntes atacavam as convicções da presidenciável sobre o aborto. Num nível abaixo da cintura, alguns e-mails traziam relatos inverídicos sobre a sua vida íntima.


    O comando da campanha deve montar uma estrutura mais apropriada à velocidade da disseminação dos boatos. A equipe coordenada por Branco, que realiza diagnósticos diários da rede, estaria afiada para esse trabalho.


    No esboço original, a Pepper responderia pelo disparo de e-mails e de sms. Os reveses da campanha sugeriram deficiência na comunicação com os internautas e na desmontagem de ataques a Dilma. Desde o início, o site oficial e o Twitter da candidata estão sob responsabilidade da equipe de jornalismo.


    Procurado pelo Terra, Marcelo Branco prefere não comentar a estrutura da campanha na web nem falar sobre os erros anteriores ao primeiro turno. Ele expõe: “A estratégia é reforçar e estruturar a central anti-boatos, para mobilizar uma reação mais rápida”.



    Durante a campanha à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama teve de enfrentar os boateiros de plantão.

    Para isso ele também criou uma central antiboatos, ativa até hoje. Clique aqui para conhecer.

    Clique aqui para saber como se proteger dos e-mails falsos que ajudam o Serra.

    Marina está numa sinuca de bico,

     
    Dirigentes petistas recomendam a insistência nas comparações entre os governos de Lula e de FHC, quando a comparação é outra: entre um projeto político esquerdista e outro direitista"
    Celso Lungaretti*

    O   day after  foi melancólico.
    De um lado, os demotucanos estão sendo bem persuasivos nas tentativas para convencer Marina Silva a se suicidar politicamente.
    Tomara que ela não ouça o canto dessas sereias - como as mitológicas, carnívoras.
    Se fizer uma composição com os representantes da ganância capitalista exacerbada e sem limites, ajudará a devolver o poder à pior direita brasileira.
    Em termos ambientais, será um desastre.
    E, claro, isso lhe seria cobrado adiante: sua responsabilidade pessoal num grave retrocesso histórico.
    Iria virar uma morta sem sepultura, como o ex-Gabeira.
    Voltar à esfera de influência do PT para receber um ministério mais importante desta vez? É pouco para a dimensão que ela atingiu. Só se lhe oferecerem bem mais.
    O pior é que seu partido já não é mais verde: amadureceu e apodreceu. Está traindo o compromisso assumido de combater as práticas ambientais predatórias, ao aliar-se com quem as encarna.
    Então, Marina está numa sinuca de bico.
    Como a decisão de a quem apoiar no 2º turno é impostergável, a sabedoria política manda que fique neutra, liberando o voto do seu eleitorado.
    Assim, conservará intacto o patrimônio político que acumulou como terceira via, preservando-se para passos mais ambiciosos no futuro.
    Depois, com mais vagar, vai ter de escolher um partido para o  projeto 2014, já que o PV virou mera linha auxiliar da direitona.
    Aliás, a única afirmação reveladora de Marina nesta 2ª feira, desconsiderado o blablablá convencional sobre as consultas que fará antes de anunciar sua decisão, foi esta:
    "O resultado que tivemos de aprovação ao projeto meu e do [vice] Guilherme [Leal] é muito maior que o nosso partido".
    Corretíssimo. Ela precisará de um partido mais adequado para suas pretensões vindouras, nem que tenha de criar um, como Fernando Collor fez (PRN).
    Suas próximas decisões determinarão se ela é uma estrela que veio para ficar ou uma supernova que logo irá perdendo o brilho, como Heloísa Helena.

    Entrevista com Mino Carta em 1988

    Franklin Martins vai à Europa para organizar Seminário Internacional Marco Regulatório da Radiodifusão


     Essa é para mídia golpista , " INSTITUTO MILLENNIUM''. Aperta que eles roncam.


    O ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação) viajou nesta quarta-feira para a Europa para conhecer modelos de regulação da mídia e para convidar instituições a participarem, em novembro, de seminário sobre o tema.Franklin visitará instituições em Londres e Bruxelas até o dia 10. Ele está organizando o Seminário Internacional Marco Regulatório da Radiodifusão, Comunicação Social e Telecomunicação, ainda sem data e local definidos porque dependem da agenda dos convidados internacionais.

    O Presidente Lula quer enviar até dezembro ao Congresso uma proposta de marco regulatório dos serviços de telecomunicação e radiodifusão. Um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil está analisando as propostas aprovadas durante a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), que ocorreu em dezembro passado.A conferência aprovou 633 sugestões para regular os meios de comunicação.

    Os principais eixos são o marco regulatório da internet, direitos autorais, legislação geral para a comunicação pública, regulamentação do artigo 221 da Constituição (pelo qual as TVs devem priorizar conteúdo nacional) e o marco regulatório para o setor de comunicação.A Confecom contou com a participação do governo e da sociedade civil.

    Dilma fala de aborto e se nem Cristo a derrotaria

    Assessor de Serra quer mudar modelo de exploração do pré-sal


    Assessor sugere modelo antigo para pré-sal
    Juliana Ennes | VALOR ECONÔMICO
    David Zylberstajn, assessor técnico para a área de energia da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse ontem que aconselha o candidato a desistir da proposta do atual governo de modificar o modelo de concessão de campos de petróleo para o modelo de partilha, no caso dos blocos do pré-sal.
    Ele lembrou, no entanto, que o custo político da decisão é somente o candidato quem pode avaliar e é isso que deve nortear a decisão final de se adotar ou não o modelo de partilha no pré-sal.
    “A minha opinião é pelo lado técnico, mas dentro do contexto político eu não sei. Eu aconselharia a deixar o que está funcionando bem do jeito que está. Se houvesse justificativa para mudar, tudo bem”, disse Zylberstajn.
    O presidente da DZ Negócios com Energia e ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) acredita que o modelo proposto não traz benefícios para o governo em termos de arrecadação. Além do fato de o governo receber sua parte em petróleo, e não mais em dinheiro.
    “Não há nenhuma conta que diga que esse sistema é mais vantajoso financeiramente para o governo. Eu, particularmente, acho que qualquer que seja o governo, ter uma estatal comprando e vendendo petróleo é uma janela para a corrupção. É um modelo completamente estapafúrdio”, disse.
    O assessor de Serra acredita que o regime de concessões seja melhor não somente em termos de arrecadação, mas tem também a vantagem de antecipar o recebimento dos recursos. “Você tem o bônus de assinatura. No sistema de partilha, você só vai receber lá na frente. Depois de ter descontado o que gastou com o campo, vai receber sua parte em óleo, que vai ter que ser vendido. Isso só vai gerar alguma coisa lá na frente. Enquanto, hoje, se licitar um campo, o governo coloca dinheiro no Tesouro hoje mesmo”, disse.
    Ele lembrou que a obrigatoriedade de que a Petrobras opere ao menos 30% de todos os blocos do pré-sal traz um grande risco. De um lado, para a própria companhia, que fica obrigada inclusive a ter como sócias empresas que ganharem a briga, independentemente do desejo de se fazer uma sociedade. E é também ruim para o país, que fica preso à capacidade da estatal de investir.
    Zylberstajn disse que o Rio de Janeiro precisa tomar cuidado para não virar um importador de equipamentos industriais de São Paulo, devido à escassez de mão de obra, a problemas de infraestrutura, aos meios instituicionais e a eventuais incentivos fiscais.

    Geração de emprego: Lula 15 milhões X FHC 5 milhões



    A partir desta quarta-feira, a Carta Maior publica uma série de artigos do economista José Prata Araújo, fazendo uma comparação entre os governos Lula e FHC. Araújo apresenta números e resultados dos dois governos, procurando apresentar os dois caminhos que estarão diante da população brasileira no dia 31 de outubro. No primeiro artigo ele aborda o tema da criação de empregos. O Brasil está entre dois caminhos, assinala. O de Dilma e Lula representa mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, distribuição de renda, e mais empregos formais. O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada.
    O indicador do mercado de trabalho formal mais amplo é a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS. Os dados da RAIS são divulgados anualmente, representam cerca de 97% do mercado de trabalho formal brasileiro e são aproximadamente 6,9 milhões de empresas declarantes. De forma diferente do CAGED, que se restringe ao trabalho celetista, a RAIS também recolhe dados dos estatutários, dos trabalhadores regidos por contratos temporários e dos empregados avulsos. 

    Veja na tabela abaixo os dados da RAIS dos últimos 15 anos e a estimativa para 2010. Sob Lula serão 15 milhões de empregos formais em oito anos, uma média de 1.877.954 empregos por ano. Já sob FHC, os números foram bem mais baixos: 5.016.672 vagas em oito anos, com uma média de 627.084 contratações anuais. 

    Assim, a média anual de geração de empregos com Lula pela RAIS foi cerca de três vezes maior que no governo FHC. Os tucanos sempre desacreditaram a meta de 10 milhões de empregos, fixada por Lula em 2002. O petista acabou alcançando 15 milhões de novos empregos de carteira assinada e os 10 milhões viraram a diferença para mais em relação ao governo FHC. 

    Geração de empregos formais – RAIS  – 1995 a 2010

    Como explicar tamanha disparidade na geração de empregos formais entre os governos Lula e FHC? As teorias dos tucanos e de seus aliados são risíveis. Veja o que disse o economista Edward Amadeo:

    “O emprego com carteira assinada cresceu como não fazia desde a década de 1970. Quem imagina que isso se deva ao aumento da taxa de crescimento econômico pode estar enganado. Foi o aumento no crescimento econômico, ou a redução da incerteza com um Lula prudente, que fez as empresas sentirem-se à vontade para contratar mais trabalhadores com carteira? Um bom debate. (...) Enfim, a redução da inflação e o arquivamento da política econômica do PT fez muito bem ao país” (Valor Econômico, 26/12/2007). 

    Ora, se prudência e a confiança dos empresários gerasse empregos, FHC, e não Lula, seria o campeão na geração de empregos formais.

    Há ainda aqueles, como o economista Naercio Menezes Filho, que creditam às reformas neoliberais a maior geração de empregos: 

    “Por que será que nas décadas de 1980 e 1990 o crescimento econômico não gerou empregos? Como este foi um período de inflação alta e crescente, economia fechada, mão de obra não qualificada e custos trabalhistas elevados, as firmas evitavam contratar formalmente a todo custo, adotando uma postura defensiva no mercado de trabalho. A partir de meados da década de 1990, com a inflação controlada e as reformas liberalizantes da economia, o mercado de trabalho passou a funcionar de forma mais fluída, não sem antes passar por um duro período de ajuste até 1999” (Valor Econômico, 15/5/2009).

    O emprego formal no Brasil vem crescendo de forma consistente no governo Lula e não é por causa das reformas neoliberais, como afirmam os tucanos. Com Lula, a economia acelerou o seu crescimento, o que explica em parte a criação de milhões de empregos formais. O forte impulso da distribuição de renda e do mercado interno de massas, onde se sobressaem empresas fortemente geradoras de mão de obra sejam pequenas, micros, médias e até mesmo grandes empresas, também contribui. O governo Lula tem como diretriz o trabalho de carteira assinada, seguida pela fiscalização do Ministério do Trabalho, ao contrário de FHC que estimulava as empresas a adotarem novas formas de contratação, visando reduzir o que chamavam de “custo Brasil”. Com Lula, os sindicatos foram valorizados, ao contrário de FHC que tinha como objetivo impor-lhes uma dura derrota. 

    O Brasil entre dois caminhos: continuar com Dilma e Lula, com mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, mais distribuição de renda, mais e melhores empregos formais. O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada. 

    (*) Economista mineiro, autor dos livros "O Brasil de Lula e o de FHC" e "Guia dos direitos sociais" 

    PARA AVALIAÇÃO DO MOVIMENTO FEMINISTA: MONICA SERRA X RUTH CARDOSO



    "...Mônica Serra, passou a tarde de hoje em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense,[...] a mulher de Serra partiu para o ataque à adversária do marido, a petista Dilma Rousseff. A um eleitor evangélico, que citava Jesus Cristo como o "único homem que prestou no mundo" e que declarou voto em Dilma, a professora afirmou que a petista é a favor do aborto. "Ela é a favor de matar as criancinhas", disse a mulher de Serra ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos. [Estadão, 14-09-2010]

    [Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falecida em 24-06-2008, era] "...feminista declarada, a favor do aborto,que considerava uma liberdade feminina..." 
    [Estadão, 24, 06-2008]
    (Carta Maior e a regressão ética do tucanato; 06-10)

    FHC sobre a privatização da Vale - Veja.com

    Lungaretti: Folha trava batalha para obter munição contra Dilma


    Um pedido de vista interrompeu nesta 3ª feira (5) o julgamento do mandado de segurança com que a Folha de S.Paulo tenta obter acesso ao antigo processo de Dilma Rousseff na Justiça Militar. O placar estava empatado em 2 x 2, com nove ministros ainda por votarem.

    Por Celso Lungaretti, no blog Náufragos da Utopia

    Quem acompanha a atuação do jornal da “ditabranda”, está careca de saber que seu único objetivo é desencavar alguma informação bombástica que possa ser usada pela campanha de José Serra.

    O recurso foi protocolado pela Folha no Superior Tribunal Militar depois de a revista Época ter informado que o processo relativo a Dilma, dos idos da ditadura militar, estava indisponível para a imprensa durante o período eleitoral.

    A advogada da Folha deixou claro o objetivo da querela jurídica, primeiramente no recurso, ao alegar que os leitores precisavam ter conhecimento do passado de Dilma.

    Interrompido o julgamento, ela entregou o ouro de vez: "Tenho a confiança que o tribunal irá proferir a decisão em tempo hábil de informar o cidadão, ou seja, antes do segundo turno das eleições".

    O relator Marcos Martins Torres, que não é bobo nem nada, questionou as intenções da Folha: "Talvez [o objetivo] não seja propriamente o de informar, mas possivelmente o de criar um fato político às vésperas das eleições".

    Vale destacar, entretanto, que nada disto estaria acontecendo se os petistas situados nos altos escalões governamentais não tivessem ignorado olimpicamente as advertências que fiz em março/2008, quando desmontei denúncias de Elio Gaspari contra antigos resistentes, lastreadas nas informações absolutamente inconfiáveis dos processos da ditadura.

    Afirmei que esse entulho autoritário estava merecidamente jogado na lata de lixo da História, não servindo para respaldar acusação nenhuma contra ninguém que combateu o arbítrio instaurado em 1964.

    Como a extrema-direita utiliza incessantemente esse lixo ensanguentado para disparar acusações as mais falaciosas contra grandes brasileiros, eu conclamei as autoridades a estabelecerem, de uma vez por todas, que tais processos foram condenados pela História e não podem ser citados como fonte para denegrir os mortos e os sobreviventes daquelas carnificinas.

    Preço da omissão
    Falei com paredes. E, por conta de sua omissão de dois anos e meio atrás, os grãos senhores do PT são agora obrigados a mover céus e terras para evitar que a Folha faça com Dilma o que os sites e correntes de e-mails da extrema-direita fazem conosco (os veteranos da resistência não presidenciáveis) impunemente, há anos e anos.

    Abaixo, relembro minhas principais alegações à época:

    "Um regime de exceção utilizou práticas hediondas para investigar a ação dos resistentes que a ele se opunham e os inquéritos assim produzidos serviram para condenar patriotas, heróis e mártires em tribunais militares, com oficiais das Forças Armadas fazendo as vezes de jurados, o que atropelava flagrantemente o direito de defesa.

    "O quadro era tão kafkiano que, num julgamento em que fui réu, o advogado de ofício designado para um companheiro apresentou-se completamente embriagado e começou sua peroração não falando coisa com coisa. O juiz auditor o expulsou da sala e mandou que outro advogado de ofício improvisasse a defesa, imediatamente, mal tendo tempo para ler os autos. O julgamento prosseguiu.

    "A Lei da Anistia de 1979 sustou os efeitos concretos desses julgamentos e as ações seguintes do Estado brasileiro, como a constituição das comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos, evidenciaram que os antes tidos como criminosos passaram a ser considerados, oficialmente, vítimas.

    "Enfim, os IPMs foram, tão-somente, a versão que um inimigo apresentava do outro, para dar aparência de legalidade ao que não passava de arbitrariedade, sem compromisso nenhum com a verdade e a justiça.

    "... para aqueles militares, a verdade não existia em si. Só lhes interessava a verdade operacional, as versões mais adequadas a seus objetivos na guerra psicológica que travavam.

    "...é mais do que tempo da imprensa se compenetrar que, sem uma sentença lavrada por um tribunal na vigência plena do estado de direito, ninguém pode ser apontado taxativamente nos textos jornalísticos como 'terrorista' ou autor de tais ou quais crimes com motivação política.

    "Os repórteres, comentaristas, articulistas e editorialistas que agirem de outra forma, estarão coonestando a prática de torturas e os julgamentos realizados por tribunais de exceção".