Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que o serra e PSDB , na campanha presidencial , disse não existir.Voa o Tololó Ptista


Avião não tripulado deve começar até março a vigiar fronteira com Paraguai

POSTADO POR VINNA QUARTA-FEIRA, FEVEREIRO 09, 2011 
Objetivo é conter tráfico de drogas e armas, segundo Ministério da Justiça.

Veículos aéreos não tripulados já operam nas fronteiras da Amazônia.
Aviões não tripulados da Força Aérea Brasileira (FAB) vão começar até março a fazer a vigilância na fronteira entre Brasil e Paraguai, segundo informou o Ministério da Justiça.

Os veículos aéreos não tripulados, conhecidos como Vants, já operam na região Norte do país com o objetivo de coibir o tráfico de drogas e armas na região. O equipamento será usado com a mesma finalidade na fronteira entre Brasil e Paraguai.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Paraná na última sexta-feira (4) e anunciou o início dos vôos não tripulados.

Segundo ele, a iniciativa faz parte da estratégia de segurança que será implementada pelo governo, com foco na inteligência e na integração das forças de segurança.

"A única forma de termos uma revolução da segurança pública do país será agindo de forma mais integrada, com a ação conjunta da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das Forças Armadas, das polícias estaduais, entre outros órgãos", afirmou Cardozo.

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), propôs a Cardozo a criação de um gabinete de gestão integrada. "O governo federal tem como prioridade o enfrentamento da violência, o combate ao crime organizado e, portanto, é necessário que estejamos juntos", disse o ministro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alckmin: cadê a ponte do Serra?


publicada sexta-feira, 07/01/2011 às 11:55 e atualizada sexta-feira, 07/01/2011 às 12:14
O blogueiro Augusto da Fonseca (que conhece muito bem a área de transporte e infra-estrutura) pergunta: cadê a ponte do Serra? 
Pouco antes de deixar o cargo pra concorrer à Presidência, o então governador paulista mostrou a maquete. A ponte ligaria Santos ao Guarujá (conhecido balneário paulista).
O governo Lula tem muitas falhas na área de infra-estrutura. Elas são expostas na velha imprensa. Ok. Mas, vejamos: Lula faz a rodovia transoceânica (que liga o Brasil ao Peru), mas o governo paulista não consegue fazer uma ponte?
Imaginem se Lula tivesse inaugurado uma maquete, e anos depois não desse explicação sobre a ponte que sumiu? Estaria nas manchetes, como escândalo!
A imagem de bons gestores, que os tucanos mantêm entre a classe média paulista, é um mistério. Na verdade, nem tanto: eles contam com a ajuda singela da velha mídia (que compra assinaturas dos jornais, e entrega nas escolas públicas, pra dar uma “força”),  e põe o nome de “publishers” da velha mídia em prédios públicos. É assim que as coisas acontecem em São Paulo – como bem mostra o Augusto…
Já ouvimos falar de governo marqueteiro. Mas parece que agora São Paulo criou o governo “maqueteiro”.
===
por Augusto da Fonseca, no blog FBI
Já que o desgovernador Alckmin está desmontando a farsa que foi o desgoverno Serra (mostrando, aliás, que foi desgoverno mesmo), que tal informar a nós todos sobre o paradeiro do projeto da ponte estaiada que, supostamente, fará a ligação Santos-Guarujá, hoje feita por barcaças?
Para entender o que estou falando, é necessário contar a história em detalhes.
***
No ano passado (9/3/10), publicamos o seguinte post, republicado em outubro/10:
Vejamos o que dizia, na ocasião, o site oficial do Governo de São Paulo:
O governador José Serra anunciou nesta terça-feira, 09, o projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá.
O complexo de 4,6 km, sendo 1 km de ponte estaiada, irá beneficiar não só os 24 mil veículos que passam todo dia pela balsa, mas também os cerca de um milhão de pessoas que vivem em Santos, São Vicente e Guarujá.
Estimadas em cerca de R$ 700 milhões, as obras terão duração prevista de 30 meses, após a assinatura do contrato.
***
Em 10/12/10, publiquei o post:
Há 12 anos os tucanos enganam os paulistas sobre o túnel que ligaria Santos a Guarujá e, com isso, eliminaria a arcaica travessia por barcaças.
Em janeiro de 2009, o Governador José Serra anunciou que as obras do túnel iniciariam até o final daquele ano.
Agora, de repente, é inaugurada (9/3/10) a maquete de uma ponte estaiada (foto), que substituirá o túnel (não há  maquete do túnel).
Um breve histórico para entender a farsa número 1 – a do túnel:
  • O projeto é previsto desde 1947, pelo Plano Regional de Santos, elaborado pelo urbanista Prestes Maia
  • Em 1997, o ministro dos Transportes de FHC, Eliseu Padilha, autorizou as prefeituras de Santos e Guarujá a formar um consórcio para a construção e a operação de um túnel submarino entre as duas cidades. O custo estimado da obra era R$ 110 milhões.
  • No Plano Plurianual do Governo do Estado de São Paulo consta o estudo do túnel (clique aqui e vá à pag. 97) e não consta o estudo da ponte
***
A farsa número 2 – a da Ponte Estaiada – mais uma realização da “Central Serra de Factóides“:
A partir de março/09 – quando Serra constata que não iniciará obra alguma de túnel, em 2009, como tinha prometido – surge a idéia da ponte.
O motivo, mais ridículo não poderia ser: “o secretário Mauro Arce esclareceu que a proposta inicial do Estado era de um túnel, a qual foi descartada por diversos motivos: “Com o processo de desassoreamento do porto, verificou-se que o túnel pré-moldado precisaria estar abaixo da linha d’água em mais de 30 metros. Outra dificuldade: a montagem, que implicaria em interrupções de operações portuárias. A obra custaria mais de R$ 2,5 bilhões e levaria cinco anos para ser realizada.”
Como é que em janeiro o Serra anuncia o início das obras para 2009 sem saber desses problemas todos e do elevadíssimo custo?
Ou o governo tucano foi incompetente durante os doze anos em que se comprometeu com o túnel ou está sendo incompetente agora. Lembrar que o custo previsto inicialmente para a construção do túnel era de R$ 110 milhões!
Portanto, foram 12 anos com a enganação sobre o túnel para, num estalar de dedos, surgir com uma nova proposta, mais vistosa e mais fácil de trabalhar o imaginário coletivo dos moradores daquela região: a Ponte Estaiada.
Que não terá tráfego para caminhões! O Estado de São Paulo não sobrevive sem o caminhão e, no entanto, os demo-tucanos querem se livrar dos caminhões a qualquer custo.
  • Serra vai anunciar ponte Santos-Guarujá (site Revista Ecoturismo – 10/3/10)
    • A data de abertura do processo de licitação para a construção da Ponte Santos-Guarujá,aguardada há quase 70 anos, deverá ser feita pessoalmente pelo governador José Serra. O projeto básico da obra já está concluído pela Vetec Engenharia, empresa contratada pelo Governo do Estado para realizar o estudo.
    • Como demonstrei, é mentira que o projeto da ponte é aguardado há quase 70 anos. O que era aguardado era o túnel, com promessa do Serra, em janeiro de 2009, de que as obras seriam iniciadas ainda naquele ano!

Uma questão importante ainda está no “vai prá lá, vem prá cá”, característico do sempre indeciso governador José Serra:  quem financiará essa obra?
Ora Serra diz que será o usuário – como sempre – através de pedágio. Ora Serra diz que não será o usuário.
Como não há previsão de ponte – e sim de túnel – no Plano Pluri-Anual, vamos ver se a revisão deste, a ser enviada à Alesp no mês de maio, contemplará essa obra. Eu não acredito!
***
No dia 17/3/10, publiquei o seguinte post:
A imprensa, na ocasião, informou haver um projeto básico elaborado pela Vetec.
O site da Vetec Engenharia diz que ele foi iniciado em setembro/09.
Estranho, porque o projeto para o qual havia recursos orçametários em 2009 era do túnel e não da ponte.
Se eu fosse deputado estadual do PT, encaminharia um requerimento de CPI do Túnel Santos-Guarujá, para esclarecer a situação do túnel, o motivo fundamentado da troca de túnel para ponte e, finalmente, solicitaria o projeto básico da ponte cuja maquete foi inaugurada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lula diz que Dilma é alvo das 'cretinices' pelas quais passou

Em Curitiba, presidente diz que os adversários atacam somente Dilma porque não podem falar mal de presidente com alta popularidade

Piero Locatelli, enviado a Curitiba

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse em comício nesta terça-feira em Curitiba, que sofreu nas eleições de 1989 os mesmos ataques sofridos pela candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, neste ano.

“A impressão que eu tenho (nesta campanha) era que era eu que estava sendo atacado. Em 89, os mesmos diziam sobra mim: ‘Não vota no Lula, o partido dele tem bandeira vermelha. (...). Não vota no Lula porque ele tem barba. Não vota no Lula porque ele é comunista, (...) porque ele vai fechar a Igreja Católica, vai fechar as igrejas evangélicas’. As mesmas cretinices eles falaram da Dilma Rousseff agora”, disse o presidente, durante comício realizado na Cidade Industrial, zona Sul da capital paranaense.

Segundo Lula, os seus adversários só atacam Dilma porque não podem falar mal de um presidente com alta popularidade. “Só tem 3% no Brasil que acham o governo ruim ou péssimo. Esses 3% devem estar no comitê do Serra”, falou Lula.

Foto: Agência Estado
Lula faz comício em Curitiba na véspera de seu aniversário
Lula também disse que, apesar de ter sido derrotado em três eleições, nunca agiu como o postulante tucano à Presidência José Serra. “Eu ia para casa chorar minhas derrotas, mas não atacava os adversários como eles estão fazendo com a Dilma”, disse Lula. “Não vamos aceitar nada, que daqui a pouco eles vão jogar bola de papel na gente. Não vamos aceitar nenhuma provocação.”

O presidente também usou a expressão “serra abaixo”, em referência a José Serra, utilizada por Dilma em comício no Nordeste. 
“Eu estou aqui para pedir para vocês. Não é possível que um Estado como o Estado do Paraná. Um dos Estados mais desenvolvidos deste país. Um Estado em que o seu povo atingiu um padrão de maturidade acima da média nacional. Não é possível que a gente permita que esse país desça serra abaixo”.

Respeito 

O presidente pediu para que as pessoas presentes no comício se perguntassem como uma pessoa que “não respeita uma mulher” conseguiria respeitar “cada um de nós”.

A pergunta que eu faço para vocês é a seguinte. Um cara que não respeita numa campanha política, não respeita uma mulher que está disputando com ele. Agredindo ela na televisão, pra gente receber as ofensas dentro da sala da gente. Eu me pergunto: e um cara desses? Como ele ia respeitar cada um de nós? O que ele ia fazer com cada um de nós?

Durante seu discurso, Lula pediu para que os militantes comparassem seu governo com os anteriores e disse que a oposição só pensa em pobre no período eleitoral.

“Na época de eleição, a coisa mais valorizada é o pobre. Todo mundo na televisão. Pobrezinho daqui, pobrezinho dali. Se pudessem ser vendidas ações nas bolsas de valores, a ação mais valorizada seria a do pobre na época de eleição. Agora, depois da eleição, eles tomam café da manhã e o pobre não é convidado. Eles almoçam e o pobre não é convidado”, disse o presidente.

Lula discursou durante aproximadamente meia hora em um palco instalado numa praça. No evento, os militantes cantaram parabéns para o presidente que fará 65 anos nesta quarta-feira. O presidente foi homenageado no palco com balões em formato de estrelas vermelhas, símbolo do partido, e recebeu presentes de militantes em cima do palco. Muito emocionado, o presidente chegou a levar as mãos ao rosto durante grande parte do comício em que jingle de suas campanhas, "Lula lá", foi tocado. Depois, a letra da música foi trocada pelo refrão “Dilma lá”.

O governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB), o senador Osmar Dias (PDT), os senadores eleitos Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) e o ministro do planejamento, Paulo Bernardo, participaram do evento.

FALTAM 4 DIAS FARSAS PRÉ-ELEITORAIS A ESPECIALIDADE DA DIREITA NA ANTE-VÉSPERA DO VOTO

Jogo sujo de José Serra:Polícia apreende panfletos contra Dilma com cabos eleitorais de José Serra

Panfletos com ataques à candidata Dilma Rousseff (PT) foram apreendidos com cabos eleitorais do PSDB na periferia de São Paulo. Com o título "É esse o presidente que você quer para o nosso país?", eles reproduzem uma falsa ficha de Dilma no Dops.

César Lisboa Bastos, que disse trabalhar para a campanha de José Serra, confirmou ao Globo a autoria dos panfletos.

Marinalva Félix Anacleto, que afirmou à polícia ser filiada ao PSDB há cinco anos, estava com uma sacola com 101 panfletos.Ela e outros cabos eleitorais foram levados ao 46º Distrito Policial e disseram ter sido contratados para trabalhar no segundo turno.

Os cabos eleitorais foram indiciados por difamação na propaganda eleitoral. O comando da campanha de Serra  diz que não falam sobre o assunto

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Escândalo: licitação do metrô de Serra era de carta marcada



O Serra se enterrou no metrô

E o Serra ainda insiste com a Erenice.

Saiu na Folha:

Resultado de licitação do metrô de São Paulo já era conhecido seis meses antes


RICARDO FELTRIN

DE SÃO PAULO


A Folha soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô.


O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente.


A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) –ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman.


O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório.


O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou “acertos”.


O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU.


VÍDEO E CARTÓRIO


A Folha obteve os resultados da licitação no dia 20 de abril, quando gravou um vídeo anunciando o nome dos vencedores.


Três dias depois, em 23 de abril, a reportagem também registrou no 2º Cartório de Notas, em SP, o nome dos consórcios que venceriam o restante da licitação e com qual lote cada um ficaria.


O documento em cartório informa o nome das vencedoras dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, cuja proposta acabaria sendo rejeitada em 26 abril. A seguir, o Metrô decidiu que não só a Galvão/Serveng, mas todas as empresas (17 consórcios) que estavam na concorrência deveriam refazer suas propostas.


A justificativa do Metrô para a medida, publicada em seu site oficial, informava que a rejeição se devia à necessidade de “reformulação dos preços dentro das condições originais de licitação”.


Em maio e junho as empreiteiras prepararam novas propostas para a licitação. Elas foram novamente entregues em julho.


No dia 24 de agosto, a direção do Metrô publicou no “Diário Oficial” um novo edital anunciando o nome das empreiteiras qualificadas a concorrer às obras, tendo discriminado quais poderiam concorrer a quais lotes.


Na quarta-feira passada, dia 20, Goldman assinou, em cerimônia oficial, a continuidade das obras da linha 5. O nome das vencedoras foi divulgado pelo Metrô na última quinta-feira. Eram exatamente os mesmos antecipados pela reportagem.


OBRA DE R$ 4 BI


Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. As linhas 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor.


Pelo edital, apenas as chamadas “quatro grandes” Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões.


OUTRO LADO


Em nota, o Metrô de São Paulo informou que vai investigar as informações publicadas hoje na Folha.


A companhia disse ainda que vai investigar todo o processo de licitação.


“É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo. A responsabilidade do Metrô, enquanto empresa pública, é garantir o menor preço e a qualidade técnica exigida pela complexidade da obra.”


Ainda de acordo com a estatal, para participação de suas licitações, as empresas precisam “atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade” impostos por ela.


No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso “Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm”. “Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública. Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas”, diz trecho da nota.


O Metrô afirmou ainda que, “coerente com sua postura transparente e com a segurança de ter conduzido um processo licitatório de maneira correta, informou todos os vencedores dos lotes e os respectivos valores”.


Disse seguir “fielmente a lei 8.666″ e que “os vencedores dos lotes foram anunciados na sessão pública de abertura de propostas”. “Esse procedimento dispensa, conforme consta da lei, a publicação no ‘Diário Oficial’”.


Todos os consórcios foram procurados, mas só dois deles responderam ao jornal.


O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que “tomou conhecimento do resultado da licitação em 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública”.


O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, “só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como ‘tatu’ e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento”.


“Uma vez que nenhum consórcio poderia conquistar mais que um lote, a probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande”, diz.

O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão diz ter concentrado seu foco no lote 7 para aproveitar “o equipamento da Linha 4, reduzindo o investimento inicial”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Carlos Rodriguez: Quem semeia vento, colhe tempestade


por Carlos Rodriguez*

A cada dia que passa, o cinismo do candidato tucano à presidência da República, José Serra, se supera. Totalmente obscena a sua declaração (feita após a patética encenação da bolinha de papel) de que o presidente Lula é o responsável pela violência na campanha eleitoral.
Este senhor se vale de velhos artifícios da direita. Primeiro, radicaliza em boatos, intrigas e desqualificações dos adversários, criando um clima pesado na campanha. Depois, despolitiza-a. Assim, não se discute a situação econômica  ou qualquer aspecto da vida do cidadão brasileiro. Ao contrário, envereda para temas que dizem respeito à vida íntima de cada um, como o aborto e a orientação sexual. A pauta passa a ser a baixaria e não o futuro do Brasil, a diminuição da miséria ou a melhoria da educação, da saúde e do desenvolvimento da sociedade brasileira. A oposição à Lula age assim, porque não tem projeto para o país e somente se vale do ódio e do rancor.
Aliás, o cinismo impera entre os demotucanos. No jornal Estado de S. Paulo de 24 de outubro, D. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, diz que “o PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte,  por causa do aborto. Engraçado, sobre o aborto feito por Dona Mônica Serra, mulher de José Serra, segundo relato de suas ex-alunas publicada no jornal Folha de São Paulo em 16 de outubro,o bispo de Guarulhos não abre o bico.
Curiosamente, o bispo D. Luiz é de São João da Boa Vista, onde atuava com o Sidney Beraldo, ex-deputado e ex-secretario de Gestão do então governador Serra, e mias recentemente um dos coordenadores da campanha a governador de Geraldo Alckmin, que tem fortes ligações com a Opus Dei, que age nas sombras. A omissão do bispo sobre o aborto de Monica Serra revela que essa questão é apenas um mote usado por esse grupo religioso para ir contra o PT.
Para completar o quadro dantesco, assistimos ao fundamentalismo religioso matar a religião e transformá-la em mero  instrumento eleitoral. Esta mistura acintosa de religião, num viés fundamentalista, e política é um perigo à sociedade brasileira, pois ameaça os pilares do Estado Laico.
O ódio contra o PT vem sendo trabalhado há pelo menos um ano. Todos devem se lembrar dos primeiros e-mails com a acusação ridícula de que Dilma seria terrorista. Por sinal, o termo terrorista, cunhado pelos militares durante a ditadura, é uma forma de adotar a ditadura militar. Aqui, vale lembrar que ao povo é dado o direito de resistir quando um governo se estabelece pela força das armas. Até na idade média, como é relatado na lenda  Robin Hood , já se sabia disso.
Homens e mulheres que foram torturados barbaramente e deram a sua vida pela democracia devem ser tratados como heróis. O termo terrorista significa aceitar que a tortura e barbárie sejam admissíveis como recursos para organizar uma sociedade. Claramente, para um republicano e democrata este argumento precisa ser rejeitado. Então perguntamos, por que os tucanos se valem de argumentos antidemocráticos para difamar uma heroína brasileira? Por que uma campanha baseada no ódio?
Há outros exemplos, como a campanha conservadora com uso da internet para difamar e caluniar e atacar a vida pessoal de Dilma Rousseff.
Lentamente a campanha de Serra pregou o ódio, inclusive de classe, e se valeu dele eleitoralmente para chegar ao segundo turno. Agora hipocritamente diz que o presidente da República faz uma campanha que estimula a violência, querendo se passar como vítima. Ora, Serra, quem semeia vento, só pode colher tempestade.
Se o candidato José Serra, em vez de despolitizar a campanha, discutisse projetos para o Brasil (o que ele infelizmente não possui), talvez os acontecimentos fossem outros.
Por fim, deixo para vocês este poema de Brecht, que mostra que a  violência não é o que os poderosos querem que seja visto como violento, mas as estruturas sociais ou situações plantadas com o apoio da mídia e da direita conservadora que resultam neste quadro conflituoso.
Pergunto, ainda, manipular informação e tentar reverter votos de forma abjeta não é uma violência?
PS: Curiosamente, a crítica contumaz da Globo sobre o episódio da violência da bolinha de papel , através do Jornal Nacional, ocorreu justamente no dia em que o Cade, órgão do governo federal, decidiu acabar com o monopólio da emissora  na transmissão do Campeonato Brasileiro.
Sobre a Violência, Bertolt Brecht
A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contém
Ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as bétulas
É tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua
* Carlos Rodriguez , participante da Igreja Católica.