Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Nem memória "Cerra" tem mais
1 - Veja o que o Serra acabou de falar no Twitter dele:
"Ghadaffi, da Líbia, foi terrorista internacional: derrubou vôo de passageiros da Panam sobre a Escócia. Amigo do PT e de Lula''.
2 - Só que o Serra se esqueceu das relações do governo de São Paulo com o Kadafi. Veja no texto abaixo:
17/02/2009 - 07:00
Diplomacia
Líbia quer investir US$ 500 milhões na América do Sul
E parte disso no Brasil. A informação foi dada pelo vice-primeiro-ministro do país árabe, Imbarek Ashamikh, em reuniões com o governador de São Paulo, José Serra, e com o prefeito Gilberto Kassab.
Alexandre Rocha - alexandre.rocha@anba.com.br
São Paulo – O governo da Líbia separou US$ 500 milhões para investir em negócios na América do Sul e quer aplicar parte desses recursos no Brasil. A informação foi dada ontem (16) pelo vice-primeiro-ministro do país árabe, Imbarek Ashamikh, durante encontros, em São Paulo, com o governador do estado, José Serra, e com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab.
Imbarek, que lidera uma delegação com representantes de diversas áreas do governo líbio, citou principalmente interesse no setor agropecuário. “O Brasil tem uma grande importância [na América do Sul] e a delegação que me acompanha estuda possibilidades de investimentos”, afirmou. “Existe vontade política na Líbia de investir no Brasil”, declarou, acrescentando que a quantia de US$ 500 milhões “é apenas o começo”.
Serra declarou que o estado tem todo o interesse em atrair recursos líbios, pois “há carência de investimento, inclusive no agronegócio”. Ele falou, por exemplo, de oportunidades existentes no ramo sucroalcooleiro e na produção de grãos. “São Paulo tem a maior indústria do Brasil e é o terceiro estado agrícola, sendo que é o de maior produtividade, apesar de ter pouco mais de 2% do território nacional”, destacou o governador.
O secretário do Desenvolvimento e ex-governador, Geraldo Alckmin, falou sobre a Investe São Paulo, agência paulista de promoção de investimentos. “Ela poderá ajudar nesse trabalho”, ressaltou. Alckmin disse que colocará o órgão à disposição dos líbios para auxiliar na identificação de oportunidades e realização de negócios.
O vice-governador, Alberto Goldman, acrescentou que há interesse do Brasil em ampliar as exportações ao país árabe, uma vez que hoje a balança comercial pende para o lado líbio por causa das vendas de petróleo. O secretário da Agricultura, João Sampaio, afirmou que o governo pode apresentar aos líbios empresas que querem ampliar as relações comerciais.
Serra ressaltou que, além da exportação de produtos industriais ou agrícolas, São Paulo pode fornecer serviços para a Líbia, citando como exemplo o trabalho já realizado pela construtora Norberto Odebrecht no país. A empresa está à frente da construção dos dois novos terminais do Aeroporto Internacional de Trípoli e da construção do terceiro anel viário da capital líbia. O presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, participou da reunião no Palácio dos Bandeirantes e hoje o vice-premiê vai conhecer um projeto do grupo no ramo sucroalcooleiro.
Ashamikh acrescentou que seu país quer também atrair investimentos brasileiros. Ele citou como exemplo a exploração de recursos naturais. “A Líbia é um país livre para investimentos. Existem riquezas que ainda não foram exploradas”, afirmou. Entre as oportunidades ele destacou a produção de matérias-primas para cimento e vidro e a extração de minério de ferro. Mais tarde, durante jantar oferecido pelaCâmara de Comércio Árabe Brasileira, o diretor do Conselho de Investimentos da Líbia, Abdarramhman Algamudi, destacou também projetos nas indústrias de móveis, eletrodomésticos, tecidos, produtos químicos, turismo, além do petróleo.
O vice-premiê afirmou ainda que seu governo quer promover investimentos conjuntos da Líbia e do Brasil em outros países da África e do mundo árabe. “Podemos criar um exemplo econômico a ser seguido”, disse. Além disso, ele disse que gostaria de ver em Trípoli uma feira permanente de produtos brasileiros.
Na prefeitura, Gilberto Kassab disse que é muito importante para o Brasil, e para São Paulo em especial, a aproximação com os países árabes. Nesse sentido, ele disse que vai liderar na próxima semana uma missão paulistana ao Líbano. “Espero fazer em breve algo semelhante em relação à Líbia”, declarou o prefeito, que é descendente de libaneses.
Sul-Sul
O presidente da Câmara Árabe, Salim Taufic Schahin, que acompanhou as reuniões do vice-premiê ao lado do vice-presidente de Relações Internacionais da entidade, Helmi Nasr, lembrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou como política promover a aproximação entre países em desenvolvimento. “A atitude do presidente Lula, de caminhar cada vez mais junto aos árabes, aos países da África, à cooperação Sul-Sul, tem dado resultados que vão se intensificar no ao longo do tempo”, destacou.
No jantar oferecido pela Câmara ele falou da missão ao Norte da África liderada há pouco mais de duas semanas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que teve a Líbia como primeira parada. “O evento, coroado de êxito, reflete a relevância crescente da Líbia para o comércio exterior do Brasil”, disse.
Ele citou também ações já promovidas pela Câmara Árabe como a participação brasileira na Feira Internacional de Trípoli e o apoio a outras delegações líbias que estiveram no Brasil. “Na relação entre Brasil e Líbia temos um campo fértil para evoluir”, afirmou. Schahin colocou a entidade à disposição das autoridades e empresários líbios que tenham interesse em ampliar as relações e os negócios com o Brasil.
O vice-premiê visitou também a Assembléia legislativa, onde foi recebido pelo presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), e o Hospital Sírio-Libanês, onde conversou com o diretor clínico, Riad Younes, e com a presidente de honra da Associação Beneficente de Senhoras, que administra a instituição, Violeta
ANBAStanley Burburinho
By: Nassif
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Renato de la Rocha: Rede Globo, José Serra, Delfim Neto e o Estelionato Eleitoral de FHC
Caros amigos e amigas.
Apesar de transcorridos três meses desde a vitória da Dilma/PT, a Rede Globo ainda continua em campanha
como se ainda fosse ocorrer o 3º turno. Essa mesma rede que tem como "afilhado" o Nelsinho da RBS, ora réu num
processo criminal movido pela Justiça Federal, tal como a sua ex-governadora, a Yeda Cruz Credo/PSDB.
Hoje, a Rede Globo, que ama todas as ditaduras e ditadores por esse mundo afora, desde que todos eles sejam "aliados"
dos EUA, deu amplos espaços para o derrotado Zé mané Serra manifestar as suas besteiras. A Globo e o Zé Mané Serra,
pensam que os brasileiros são tão imbecis como eles ou como aqueles que votam neles.
A Globo e o Zé pensam que nós esquecemos que o desgoverno do PSDB fez com o Brasil e para os brasileiros.
Então, recordemos algumas palavras do "insuspeito" Delfim Neto (grifos meus):
O deputado federal Delfim Netto (PMDB/SP) afirmou que Fernando Henrique “surfou sobre o plano real” para se eleger presidente da República por dois mandatos, aplicando um “duplo estelionato eleitoral” no povo brasileiro.
“Elevou para 29% a carga tributária bruta e aumentou de 31% para 49% do PIB o endividamento. Não fez o menor esforço para controlar as despesas, reduzindo o superávit a zero no primeiro quadriênio. Em apenas quatro anos, acumulamos um déficit em conta corrente da ordem de US$ 100 bilhões! O resultado foi trágico”, ressaltou o deputado, assinalando que essa política levou o Brasil a quebrar em 1998 e recorrer ao FMI “com o chapéu na mão, pedir um socorro de US$ 40 bilhões!”. Foi o primeiro “estelionato”, disse Delfim.
O deputado continuou, afirmando que no segundo mandato – depois de se eleger e procurar, “com métodos absolutamente heterodoxos, a sua reeleição sem desincompatibilização, o que seria o segundo ‘estelionato eleitoral’” – diante da exigência de arrocho fiscal feita pelo FMI “descarregou o problema sobre o setor privado, aumentando a carga tributária bruta para 32% já em 1999” .
“Puxado pelo nariz, o governo perdeu o controle do câmbio para o ‘mercado’. Instalou-se depois uma nova e melhor política monetária. Mas o fim foi melancólico. Terminamos 2002 com uma inflação de 12,5% e um crescimento de 1,9%. Acumulamos mais US$ 80 bilhões de déficit em conta corrente. Com reservas de US$ 16 bilhões, e o Brasil ‘quebrado’ pela segunda vez”, observou.
.
Assim sendo, quando a rede Globo e o Zé Mané pensarem que nós já esquecemos quem é o PSDB e o seu "candidato" Zé Mané, mande uma cópia deste texto para eles "refrescarem" a memória.
Renato de la Rocha
Opinião dO Cachete ( e do Amoral):
E quem afirma isto não é nenhum militante petista, não! É Delfim Neto, um dos maiores representantes da extrema direita deste País! Como diz o Cardinot: "Durma com uma bronca dessa!"
Postado por Giovani de Morais
dO Cachete
Postado por René Amaral
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Wikileaks revela sabotagem contra Brasil tecnológico
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedi dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos fo Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. O artigo é de Beto Almeida.
Beto Almeida
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks recentemente e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks recentemente e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.
Desarmamento unilateral
A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente
O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.
O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikilieks.
(*) Beto Almeida é jornalista
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Santander derruba a Petrobrás. No orçamento da Dilma vale qualquer coisa ?
O Itaú lançou ações da Petrobrás no mundo inteiro, na maior operação de capitalização da História do capitalismo.
Logo depois, aproveitou a alta e vendeu ações da Petrobrás, numa operação para driblar o IOF
Clique aqui para ler “Bancos, PiG e Serra: todos unidos contra a Petrobrás”.
Gente fina é outra coisa.
Agora é o Santander.
Na página 18 do Globo de hoje, o Santander, através de seu Economista – Chefe – economista chefe ! – acusou a maior empresa do Brasil de uma fraude contábil.
O que ele chamou de “contabilidade criativa”.
“Contabilidade criativa”, nos Estados Unidos, dá cadeia.
Aqui no Brasil, o Daniel Dantas, por exemplo, vai para a cadeia e sai (duas vezes.)
Trata-se de uma velha acusação do Globo, inimigo da Petrobrás desde os tempos do Dr Getúlio, em 1954.
Segundo Sérgio Gabrielli, “a Petrobrás recebeu R$ 132 bilhões pela capitalização e pagou R$ 74 bilhões por cinco bilhões de barris. Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa”.
As explicações da Petrobrás já foram exaustivamente prestadas.
Mas, o Santander parece incrédulo.
O Santander parece não confiar em números que saiam do forno de uma empresa estatal ou do próprio Estado brasileiro.
Ou será seu Economista-Chefe ?
Tanto que seu Economista-Chefe – segundo o insuspeito Globo – “criticou a política fiscal expansiva do Governo e disse que valeu ‘praticamente qualquer coisa’ no cálculo do superávit”.
Valeu o que ?
Quer dizer que o Orçamento da Presidenta Dilma Rousseff tem menos credibilidade que o jogo do bicho ?
Não vale o que está escrito ?
Como é que é ?
Imagine, amigo navegante, se alguém, num seminário, público, como foi o do Rio, em duas respeitáveis instituições – FGV e Firjan – se alguém se levanta e diz que, para obter o lucro que está para anunciar o Santander tenha usado a prática do “ valeu praticamente qualquer coisa” !
Quer dizer: no balanço do Santander não vale o que está escrito !
Esse Economista-Chefe faz parte daquela legião de quindins de Iaiá do PiG (*).
Ele foi diretor do Banco Central e saiu do Governo direto a falar mal do Governo (Lula) a que serviu e que o tinha remunerado, em dia.
Gente fina é outra coisa.
No Brasil, amigo navegante, de fato, vale “praticamente qualquer coisa”.
Será que no Santander também é assim ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Midia vendida defende protocolo adicional – TNP
Autro: Angelo Nicolaci
Geopolítica Brasil
Hoje pela manhã li um artigo preocupante que foi publicado no jornal “O Estado de São Paulo” via Notimp, intitulado “o protocolo adicional”, assinado por José Goldemberg. No inicio do artigo ele contou um pouco sobre o inicio da caminhada brasileira rumo ao domínio da tecnologia nuclear, até ai tudo bem. Citou a posição do governo militar que em 1975 estabeleceu o alicerce de nosso programa nuclear ao fechar o acordo Braso-Alemão, onde adquirimos reatores e transferência de tecnologia nuclear a nossa nação.
Foi citado a postura brasileira de não aderir ao Tratado de não Proliferação Nuclear de 1968 (TNP), defendendo que este tratado evitou uma corrida ao poder nuclear mundo afora, mantendo essa capacidade restrita ao “Clube dos Cinco”, EUA,URSS,Reino Unido,França e China.
…“Esse tratado pode parecer discriminatório, mas impediu a proliferação nuclear durante várias décadas. O presidente Kennedy, na década de 1960, acreditava que no fim do século mais de 20 países possuiriam armas nucleares e que essas armas seriam usadas em conflitos regionais com o risco de provocar uma conflagração mundial.” Para os “cinco grandes”, a posse das armas nucleares desencorajou ataques nucleares preventivos em razão do temor da retaliação. Bem ou mal, essa visão impediu uma guerra nuclear entre as grandes potências e, com o fim da “guerra fria”, as grandes potências reduziram progressivamente seus arsenais nucleares. O último acordo entre os Estados Unidos e a Rússia, recentemente aprovado pelos dois países, reduziu o arsenal nuclear americano de dezenas de milhares de ogivas para pouco mais de mil. O objetivo final desses acordos é, nas palavras do presidente Obama, “um mundo sem armas nucleares”.
Índia, Paquistão, África do Sul e Coréia do Norte desenvolveram armas nucleares, mas é de notar que esses países o fizeram porque a sua própria existência como nação estava ameaçada. A África do Sul, após o fim do apartheid, desmantelou seu programa nuclear…” Citou em seu artigo.
Daí por diante iniciou uma série de contestações quanto ao desejo do Brasil de possuir tal capacidade dissuasória, questionando a falta de inimigos que justifiquem a nossa busca pelo domínio desta tecnologia, confesso que até então não compreendi bem aonde o autor queria chegar, pois entendo o fato de nossa nação relutar em produzir um arsenal nuclear, pois como bem sabemos, o povo brasileiro em grande parte por falta de estudo e compreensão das necessidades geopolíticas e estratégias que se fazem no cenário internacional a necessidade de dispor de uma capacidade militar adequada e capaz de garantir a soberania nacional frente a qualquer agressor externo ou mesmo interno, acha desperdício até mesmo a compra de equipamentos tidos como básicos para a defesa de nossa nação, como exemplos desse histórico posso citar alguns casos, como a compra do Navio Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, os caças F-5 e Mirage nos anos 70, e nos dias de hoje a modernização mais uma vez de nossa Esquadra e Força Aérea, para não citar os programas do Exército e o programa Espacial.
Então um pouco mais a frente no texto encontrei o motivo e o alvo deste artigo, a não assinatura do Brasil do protocolo adicional ao TNP. Como o leitor provavelmente deve ter conhecimento, em 1994 o Brasil aderiu ao TNP, que a meu ver não foi algo interessante a nossa nação, pois permitiu a inspeção de nossas instalações nucleares declaradas pela AIEA.
abaixo segue o trecho do texto:
…”Ainda assim, persistem hoje no País – e dentro do governo – vozes influentes que tentam ressuscitar programas para produção de armas. O próprio vice-presidente da República e alguns ministros do governo Lula manifestaram essas intenções, sem que o presidente, em nenhum momento, os tenha desautorizado. Mais ainda, o governo se recusou a assinar o Protocolo Adicional da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que abre caminho para a fiscalização de todas as instalações nucleares do País (mesmo as “não declaradas”). Atualmente, a agência internacional só tem autorização de inspecionar as instalações nucelares declaradas.
Argumentar que essas inspeções violam a soberania nacional estimula a agência a suspeitar de que elas existam mesmo, o que é precisamente o que está ocorrendo no Irã e que já motivou a série de sanções que o Conselho de Segurança aplicou àquele país. Há muitas formas de exercer soberania nacional, e essa não é a melhor delas. Em outras áreas, inspeções internacionais são corriqueiras, e o Brasil não estaria exportando carne para a Europa se não permitisse, em nome da soberania nacional, inspeções sanitárias.
A principal razão alegada para se recusar a assinar o Protocolo Adicional é que o Brasil exporia segredos industriais no processo de enriquecimento de urânio que foi desenvolvido no País, mas esse argumento não tem bases técnicas sérias. Os inspetores da AIEA não são espiões, mas sua missão é se certificar de que atividades nucleares que levem à produção de armas nucleares sejam detectadas a tempo. A grande maioria dos demais países signatários do TNP aceita as inspeções.
O TNP não impede que se continue a enriquecer urânio para abastecer reatores nucleares, se esse enriquecimento se destinar apenas à produção de energia elétrica, ou seja, a uma porcentagem inferior a 20%. E isso já está ocorrendo na usina de enriquecimento de urânio em Resende, que está sob fiscalização tanto da ABACC quanto da Agência Internacional de Energia Nuclear…”
O senhor José Goldemberg defende a assinatura do protocolo adicional, que dá plena liberdade aos inspetores da AIEA de inspecionar onde eles acharem necessário, comprometendo assim a nossa soberania e exporia segredos industriais no processo de enriquecimento de urânio que foi desenvolvido no País. Tais inspeções dariam acesso a agentes estrangeiros infiltrados na AIEA de coletar dados secretos de nossa tecnologia nuclear e aplicá-la em seu país, representando uma perda de bilhões ao nosso país no mercado internacional.
Ele ainda defende que a maioria dos signatários do TNP assinou tal protocolo e que não há qualquer risco ao nosso país aceitar tais inspeções. Particularmente acho um absurdo tal pensamento e um desrespeito aos interesses de nossa nação, o que mais uma vez demonstra como nossos meios de comunicação de grande porte estão sendo usados como forma de manipular nossa nação em favor de interesses obscuros e que em nada defendem nossos direitos, apoiando abertamente os interesses internacionais e relegando os nossos interesses e necessidades a segundo plano, praticamente que criminalizando quem defende que temos de ter um país forte, independente, soberano e com plena capacidade de desenvolver-se de acordo com suas necessidades e ambições.
Eu como Brasileiro nato e defensor de nossa nação só tenho a lamentar que sejam publicados artigos como estes em nossa mídia “corrupta” como os ocupantes do governo, uma verdadeira vergonha a nós que buscamos levar aos nossos compatriotas um pouco de cultura, informação e conhecimento através de nossos blogs e sites especializados, fazendo ainda que pouco em relação ao muito que é feito contra nossa nação.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
Globo insulta povo egípcio
Na edição do programa da Globo News Manhattan Connection exibida na noite do último domingo ocorreram ataques ao povo egípcio tão graves que fazem imaginar que se o Egito não estivesse vivendo uma crise institucional formularia um protesto ao Brasil, possivelmente em termos diplomáticos.
Apesar de o programa em questão não passar de uma reunião semanal de gente paga para insultar e nada mais, sua última edição foi particularmente virulenta.
Inicialmente, espantou assistir Diogo Mainardi( este fugiu do brasil para não pagar custas processuais-grifo opedeuta) dizendo que o recente incêndio na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, foi uma “boa notícia”. Ele mesmo, logo após se comprazer pelo sofrimento daquela gente humilde que teve uma de suas poucas alegrias na vida destruída, disse que, se fosse a Globo, não contrataria a si mesmo e que deveria ser “censurado”.
Sua intenção óbvia foi a de ridicularizar o gosto musical do populacho, tripudiar sobre pessoas que passam o ano inteiro juntando os tostões para desfilar.
O espanto, porém, só durou até o programa suplantar aquela barbaridade com outra ainda maior. Começaram ataques a uma nação inteira, de uma forma que, além dos prejuízos morais, por certo provocarão, no mínimo, prejuízos econômicos ao turismo egípcio.
Reproduzo, a seguir, os insultos da Globo a um povo que, demonstrando uma coragem que encantou o mundo, acaba de se libertar de uma ditadura de 30 anos.
Comentando os ataques físicos de viés sexual sofridos recentemente no Egito pela repórter Lara Logan, da rede de TV americana CBS, que cobria a comemoração pela renúncia de Hosni Mubarak, os integrantes do Manhatan Connection Lucas Mendes e Caio Blinder disseram o seguinte:
Lucas Mendes – 70%, 80% das egípcias e 90% das estrangeiras se queixam dos homens egípcios. O que é que há com os homens egípcios?
Caio Blinder – Não, não com os homens egípcios, homens de países que têm uma cultura… Não é, sabe…Eu queria voltar… Primeiro que a pesquisa diz que 98% das mulheres estrangeiras reclamam, no Egito. Em árabe – e isso eu li num [inaudível] da vida, num Google, aí – não existia, até pouco tempo, uma palavra pro termo, em inglês, arrestment, e português, assédio…
Mendes – O Caio, especialmente…
Blinder – O Cairo, não o Caio…
Mendes – O Cairo, que podia tá na lista das cidades mais feias do mundo… O Nilo, se tirar o Nilo, se tirasse o Nilo do Cairo, é uma…
Blinder – Milão é mais feia…
Mendes – O Cairo é feio [sic] que parece uma… Parece…
Blinder – E a explicação das mulheres?
Mendes – Além de ser feia, quando eu estava lá tinha um casal da embaixada brasileira que me acompanhava e a mulher dizia: “Olha, não ando sozinha numa rua do Cairo – de jeito nenhum –, não entro num elevador, com um egípcio, sozinha…”
Mendes – Porque elas eram, “rotinamente” [sic], “bulinada” [sic]… Hã… Beliscão…
(…)
Entra Diogo Mainardi:
– A situação das mulheres, isso num governo secular como o do Egito… Se esse, se esse… Se a situação piorar, nesses países do Oriente médio… Isso é, se os fanáticos religiosos assumirem o poder, realmente cada mulher, no Oriente Médio, irá se sentir como o Justin Bieber
Faltou explicar que pouco antes de começarem a insultar o povo egípcio, Mainardi e companhia faziam troça com a sexualidade do cantor adolescente americano que se tornou um fenômeno da música internacional, por dizerem-no “andrógino”.
Naquela conversa homofóbica também citaram a modelo transexual Lea T, filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, que discutiram se realmente era transexual por terem dúvidas sobre se havia “cortado” o pênis…
Se alguém se interessar em assistir a esse diálogo surreal que consumiu longos quinze minutos em uma concessão pública, pode clicar aqui por sua conta e risco.
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Wall Street contra os pobres e a classe média
O novo orçamento de Obama é uma continuação da guerra de classe da Wall Street contra os pobres e as camadas médias. As oligarquias dominantes atacaram novamente, desta vez através do orçamento federal. O governo dos EUA tem um enorme orçamento militar e de segurança. Ele é tão grande quanto os orçamentos do resto do mundo somados. Os orçamentos do Pentágono, da CIA e da Segurança Interna representam US$1,1 trilhão do déficit federal que a administração Obama prevê para o ano fiscal de 2012. O artigo é de Paul Craig Roberts.
Paul Craig Roberts [*]
Wall Street não acabou conosco quando os "banksters" venderam os seus derivativos fraudulentos aos nossos fundos de pensão, arruinaram as perspectivas de empregos e planos de aposentadoria dos americanos, asseguraram um resgate de US$ 700 bilhões às expensas dos contribuintes enquanto arrestavam os lares de milhões de americanos e sobrecarregavam o balanço do Federal Reserve com vários milhões de milhões de dólares em papel financeiro lixo em troca de dinheiro recém criado para escorar os balanços dos bancos.
O efeito da “flexibilização quantitativa” do Federal Reserve sobre a inflação, as taxas de juro e o valor cambial do dólar ainda está para nos atingir. Quando o fizer, os americanos obterão uma lição do que é a pobreza.
As oligarquias dominantes atacaram novamente, desta vez através do orçamento federal. O governo dos EUA tem um enorme orçamento militar e de segurança. Ele é tão grande quanto os orçamentos do resto do mundo somados. Os orçamentos do Pentágono, da CIA e da Segurança Interna representam US$1,1 trilhão do déficit federal que a administração Obama prevê para o ano fiscal de 2012. Este gasto deficitário maciço serve apenas a um único propósito – o enriquecimento de companhias privadas que servem o complexo militar/securitário. Estas companhias, juntamente com aquelas da Wall Street, são quem elege o governo dos EUA.
Os EUA não têm inimigos exceto aqueles que os próprios EUA criam ao bombardearem e invadirem outros países e pela derrubada de líderes estrangeiros e instalação de fantoches americanos no seu lugar.
A China não efetua exercícios navais ao largo da costa da Califórnia, mas os EUA efetuam jogos de guerra junto às suas costas no Mar da China. A Rússia não concentra tropas nas fronteiras da Europa, os EUA instalam mísseis nas fronteiras da Rússia. Os EUA estão determinados a criar tantos inimigos quanto possível a fim de continuar a sangrar a população americana para alimentar o voraz complexo militar/securitário.
O governo dos EUA gasta realmente US$ 56 bilhões por ano a fim de que os americanos que viajam de avião possam ser rastreados e tateados de modo a que firmas representadas pelo antigo secretário da Segurança Interna Michael Chertoff possam ganhar grandes lucros vendendo o equipamento de rastreamento (scanning).
Com um déficit orçamentário perpétuo conduzido pelo desejo de lucros do complexo militar/securitário, a causa real do enorme déficit do orçamento dos EUA está fora dos limites para discussão.
O secretário belicista da Guerra, Robert Gates, declarou: “Se evitarmos as nossas responsabilidades da segurança global é sob o nosso risco”. As altas patentes militares advertem contra o corte de qualquer dos milhares de milhões de ajuda a Israel e ao Egito, dois dos funcionários da sua “política” para o Médio Oriente.
Mas o que são as “nossas” responsabilidades globais de segurança? De onde vieram? Por que a América ficaria em perigo se cessasse de bombardear e invadir outros países e de interferir nos seus assuntos internos? Os riscos que a América enfrenta são criados por ela própria.
A resposta a esta pergunta costumava ser que do contrário seríamos assassinados nas nossas camas pela “conspiração comunista mundial”. Hoje a resposta é que seremos assassinados nos nossos aviões, estações de comboios e centros comerciais por “terroristas muçulmanos” e por uma recém criada ameaça imaginária – “extremistas internos”, isto é, manifestantes contra a guerra e ambientalistas.
O complexo militar/securitário dos EUA é capaz de criar qualquer número de invencionices (false flag) a fim de fazer com que estas ameaças pareçam reais para um público cuja inteligência é limitada à TV, experiências em centros comerciais e jogos de futebol.
Assim, os americanos estão atolados em enormes déficits orçamentários que o Federal Reserve deve financiar imprimindo dinheiro novo, dinheiro que mais cedo ou mais tarde destruirá o poder de compra do dólar e o seu papel como divisa de reserva mundial. Quando o dólar se for, o poder americano também irá.
Para as oligarquias dominantes, a questão é: como salvar o seu poder.
A sua resposta é: fazer o povo pagar.
E isso é o que o seu mais recente fantoche, o presidente Obama, está a fazer.
Com os EUA na pior recessão desde a Grande Depressão, uma grande recessão que John Williams e Gerald Celente, assim como eu próprio, afirmaram estar a aprofundar-se, o “orçamento Obama” tem como objetivo programas de apoio para os pobres e os desempregados. As elites americanas estão se transformando em idiotas quando procuram replicar na América as condições que levaram às quedas de elites analogamente corruptas na Tunísia e no Egito e a desafios crescentes aos demais governos fantoches.
Tudo o que precisamos é de uns poucos milhões mais de americanos sem nada a perder a fim de trazer as perturbações no Médio Oriente para dentro da América.
Com os militares estadunidenses atolados em guerras lá fora, uma revolução americana teria ótima oportunidade de êxito.
Políticos americanos têm de financiar Israel pois o dinheiro retorna em contribuições de campanha.
O governo dos EUA deve financiar os militares egípcios para haver alguma esperança de transformar o próximo governo egípcio em outro fantoche americano que servirá Israel pelo bloqueio contínuo dos palestinos arrebanhados no gueto de Gaza.
Estes objetivos são, de longe, mais importantes para a elite americana do que o Pell Grants que permite a americanos pobres obterem educação, ou água limpa, ou block grants comunitários, ou o programa de assistência em energia aos baixos rendimentos (cortado na mesma quantia em que os contribuintes americanos são forçados a dar a Israel).
Também há US$7.7 bilhões de cortes no Medicaid e outros programas de saúde ao longo dos próximos cinco anos.
Dada a magnitude do déficit orçamentário dos EUA, estas somas são uma ninharia. Os cortes não terão qualquer efeito sobre as necessidades de financiamento do Tesouro. Eles não interromperão a necessidade de imprimir dinheiro do Federal Reserve a fim de manter o governo dos EUA em operação.
Estes cortes servem apenas uma finalidade: reforçar o mito do Partido Republicano de que a América está em perturbação econômica por causa dos pobres. Os pobres são preguiçosos. Eles não querem trabalhar. A única razão porque o desemprego é alto é que os pobres preferem confiar no estado previdência.
Um novo acréscimo ao mito do estado previdência é que membros da classe média saídos recentemente de faculdades não querem os empregos que lhes são oferecidos porque os seus pais têm demasiado dinheiro e os rapazes gostam de viver em casa sem terem de fazer nada. Uma geração mimada, eles saem da universidade recusando qualquer emprego que não seja para começar como executivo principal de uma companhia da Fortune 500. A razão porque licenciados em engenharia não conseguem entrevistas de emprego é que não os querem.
Tudo isto leva a um assalto aos “direitos adquiridos”, o que significa Segurança Social e Medicare. As elites programaram, através do seu controle dos media, uma grande parte da população, especialmente os que se consideram conservadores, a assimilar o conceito de “direitos adquiridos” ao de estado-previdência. A América está indo para o inferno, não por causa de guerras externas que não servem qualquer objetivo americano, mas porque o povo, que durante toda a sua vida pagou 15% das suas remunerações para pensões de velhice e cuidados médicos, quer “dádivas” nos seus anos de aposentadoria. Por que estas pessoas egocêntricas pensam que trabalhadores americanos deveriam ser forçados através de contribuições sobre remunerações a pagar as pensões e cuidados médicos dos afastados do trabalho? Porque os afastados não consomem menos e preparam a sua própria aposentadoria?
A linha da elite, e a dos seus porta-vozes contratados em “think tanks” e universidades, é de que a América está perturbada devido aos aposentados. Demasiados americanos tiveram os seus cérebros lavados a fim de acreditar que a América está em perturbação por causa dos seus pobres e aposentados. A América não está perturbada porque coage um número decrescente de contribuintes a suportarem os enormes lucros do complexo militar/securitário, governos fantoche americanos lá fora e Israel.
A solução da elite americana para os problemas da América não é simplesmente arrestar as casas dos americanos cujos empregos foram exportados, mas aumentar o número de americanos aflitos com nada a perder, de doentes, afastados do trabalho e privados de tudo e de licenciados das universidades que não podem encontrar os empregos que foram enviados para a China e a Índia.
De todos os países do mundo, nenhum necessita uma revolução tão urgentemente quanto os Estados Unidos, um país dominado por um punhado de oligarcas egoístas que têm mais rendimento e riqueza do que pode ser gasto durante toda uma vida.
[*] Ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA. Seu livro mais recente, HOW THE ECONOMY WAS LOST , acaba de ser publicado pela CounterPunch/AK Press.
e-mail: PaulCraigRoberts@yahoo.com
O original encontra-se em: "A Tool for Class War". Este artigo encontra-se em:Resistir.info
Fonte: http://ecoepol.blogspot.com/2011/02/wall-street-contra-os-pobres-e-classe.html
O efeito da “flexibilização quantitativa” do Federal Reserve sobre a inflação, as taxas de juro e o valor cambial do dólar ainda está para nos atingir. Quando o fizer, os americanos obterão uma lição do que é a pobreza.
As oligarquias dominantes atacaram novamente, desta vez através do orçamento federal. O governo dos EUA tem um enorme orçamento militar e de segurança. Ele é tão grande quanto os orçamentos do resto do mundo somados. Os orçamentos do Pentágono, da CIA e da Segurança Interna representam US$1,1 trilhão do déficit federal que a administração Obama prevê para o ano fiscal de 2012. Este gasto deficitário maciço serve apenas a um único propósito – o enriquecimento de companhias privadas que servem o complexo militar/securitário. Estas companhias, juntamente com aquelas da Wall Street, são quem elege o governo dos EUA.
Os EUA não têm inimigos exceto aqueles que os próprios EUA criam ao bombardearem e invadirem outros países e pela derrubada de líderes estrangeiros e instalação de fantoches americanos no seu lugar.
A China não efetua exercícios navais ao largo da costa da Califórnia, mas os EUA efetuam jogos de guerra junto às suas costas no Mar da China. A Rússia não concentra tropas nas fronteiras da Europa, os EUA instalam mísseis nas fronteiras da Rússia. Os EUA estão determinados a criar tantos inimigos quanto possível a fim de continuar a sangrar a população americana para alimentar o voraz complexo militar/securitário.
O governo dos EUA gasta realmente US$ 56 bilhões por ano a fim de que os americanos que viajam de avião possam ser rastreados e tateados de modo a que firmas representadas pelo antigo secretário da Segurança Interna Michael Chertoff possam ganhar grandes lucros vendendo o equipamento de rastreamento (scanning).
Com um déficit orçamentário perpétuo conduzido pelo desejo de lucros do complexo militar/securitário, a causa real do enorme déficit do orçamento dos EUA está fora dos limites para discussão.
O secretário belicista da Guerra, Robert Gates, declarou: “Se evitarmos as nossas responsabilidades da segurança global é sob o nosso risco”. As altas patentes militares advertem contra o corte de qualquer dos milhares de milhões de ajuda a Israel e ao Egito, dois dos funcionários da sua “política” para o Médio Oriente.
Mas o que são as “nossas” responsabilidades globais de segurança? De onde vieram? Por que a América ficaria em perigo se cessasse de bombardear e invadir outros países e de interferir nos seus assuntos internos? Os riscos que a América enfrenta são criados por ela própria.
A resposta a esta pergunta costumava ser que do contrário seríamos assassinados nas nossas camas pela “conspiração comunista mundial”. Hoje a resposta é que seremos assassinados nos nossos aviões, estações de comboios e centros comerciais por “terroristas muçulmanos” e por uma recém criada ameaça imaginária – “extremistas internos”, isto é, manifestantes contra a guerra e ambientalistas.
O complexo militar/securitário dos EUA é capaz de criar qualquer número de invencionices (false flag) a fim de fazer com que estas ameaças pareçam reais para um público cuja inteligência é limitada à TV, experiências em centros comerciais e jogos de futebol.
Assim, os americanos estão atolados em enormes déficits orçamentários que o Federal Reserve deve financiar imprimindo dinheiro novo, dinheiro que mais cedo ou mais tarde destruirá o poder de compra do dólar e o seu papel como divisa de reserva mundial. Quando o dólar se for, o poder americano também irá.
Para as oligarquias dominantes, a questão é: como salvar o seu poder.
A sua resposta é: fazer o povo pagar.
E isso é o que o seu mais recente fantoche, o presidente Obama, está a fazer.
Com os EUA na pior recessão desde a Grande Depressão, uma grande recessão que John Williams e Gerald Celente, assim como eu próprio, afirmaram estar a aprofundar-se, o “orçamento Obama” tem como objetivo programas de apoio para os pobres e os desempregados. As elites americanas estão se transformando em idiotas quando procuram replicar na América as condições que levaram às quedas de elites analogamente corruptas na Tunísia e no Egito e a desafios crescentes aos demais governos fantoches.
Tudo o que precisamos é de uns poucos milhões mais de americanos sem nada a perder a fim de trazer as perturbações no Médio Oriente para dentro da América.
Com os militares estadunidenses atolados em guerras lá fora, uma revolução americana teria ótima oportunidade de êxito.
Políticos americanos têm de financiar Israel pois o dinheiro retorna em contribuições de campanha.
O governo dos EUA deve financiar os militares egípcios para haver alguma esperança de transformar o próximo governo egípcio em outro fantoche americano que servirá Israel pelo bloqueio contínuo dos palestinos arrebanhados no gueto de Gaza.
Estes objetivos são, de longe, mais importantes para a elite americana do que o Pell Grants que permite a americanos pobres obterem educação, ou água limpa, ou block grants comunitários, ou o programa de assistência em energia aos baixos rendimentos (cortado na mesma quantia em que os contribuintes americanos são forçados a dar a Israel).
Também há US$7.7 bilhões de cortes no Medicaid e outros programas de saúde ao longo dos próximos cinco anos.
Dada a magnitude do déficit orçamentário dos EUA, estas somas são uma ninharia. Os cortes não terão qualquer efeito sobre as necessidades de financiamento do Tesouro. Eles não interromperão a necessidade de imprimir dinheiro do Federal Reserve a fim de manter o governo dos EUA em operação.
Estes cortes servem apenas uma finalidade: reforçar o mito do Partido Republicano de que a América está em perturbação econômica por causa dos pobres. Os pobres são preguiçosos. Eles não querem trabalhar. A única razão porque o desemprego é alto é que os pobres preferem confiar no estado previdência.
Um novo acréscimo ao mito do estado previdência é que membros da classe média saídos recentemente de faculdades não querem os empregos que lhes são oferecidos porque os seus pais têm demasiado dinheiro e os rapazes gostam de viver em casa sem terem de fazer nada. Uma geração mimada, eles saem da universidade recusando qualquer emprego que não seja para começar como executivo principal de uma companhia da Fortune 500. A razão porque licenciados em engenharia não conseguem entrevistas de emprego é que não os querem.
Tudo isto leva a um assalto aos “direitos adquiridos”, o que significa Segurança Social e Medicare. As elites programaram, através do seu controle dos media, uma grande parte da população, especialmente os que se consideram conservadores, a assimilar o conceito de “direitos adquiridos” ao de estado-previdência. A América está indo para o inferno, não por causa de guerras externas que não servem qualquer objetivo americano, mas porque o povo, que durante toda a sua vida pagou 15% das suas remunerações para pensões de velhice e cuidados médicos, quer “dádivas” nos seus anos de aposentadoria. Por que estas pessoas egocêntricas pensam que trabalhadores americanos deveriam ser forçados através de contribuições sobre remunerações a pagar as pensões e cuidados médicos dos afastados do trabalho? Porque os afastados não consomem menos e preparam a sua própria aposentadoria?
A linha da elite, e a dos seus porta-vozes contratados em “think tanks” e universidades, é de que a América está perturbada devido aos aposentados. Demasiados americanos tiveram os seus cérebros lavados a fim de acreditar que a América está em perturbação por causa dos seus pobres e aposentados. A América não está perturbada porque coage um número decrescente de contribuintes a suportarem os enormes lucros do complexo militar/securitário, governos fantoche americanos lá fora e Israel.
A solução da elite americana para os problemas da América não é simplesmente arrestar as casas dos americanos cujos empregos foram exportados, mas aumentar o número de americanos aflitos com nada a perder, de doentes, afastados do trabalho e privados de tudo e de licenciados das universidades que não podem encontrar os empregos que foram enviados para a China e a Índia.
De todos os países do mundo, nenhum necessita uma revolução tão urgentemente quanto os Estados Unidos, um país dominado por um punhado de oligarcas egoístas que têm mais rendimento e riqueza do que pode ser gasto durante toda uma vida.
[*] Ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA. Seu livro mais recente, HOW THE ECONOMY WAS LOST , acaba de ser publicado pela CounterPunch/AK Press.
e-mail: PaulCraigRoberts@yahoo.com
O original encontra-se em: "A Tool for Class War". Este artigo encontra-se em:Resistir.info
Fonte: http://ecoepol.blogspot.com/2011/02/wall-street-contra-os-pobres-e-classe.html
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PETROBRAS: MERCADOS CONTRA O INVESTIMENTO
Luta-se por democracia e igualdade nas ruas da
Tunísia, Egito, Argélia, Líbia, Irã, Iêmen, Bahrein...
A crítica dos ‘mercados' ao programa de investimentos da Petrobrás (US$ 224 bilhões até 2014), e sobretudo à decisão da empresa de construir cinco novas refinarias no país (US$ 73,6 bi), não se resume a um conflito paroquial entre governo e oposição. Trata-se, na verdade, de mais um embate entre a lógica financista que motivou as tentativas de privatizar a empresa, no governo FHC, e as políticas soberanas de investimento resgatadas pelo governo Lula, mas nunca digeridas pelo mercadismo e seus ventríloquos na mídia. A pressão contra o investimento é diretamente proporcional à ganância dos acionistas pela captura dos lucros da empresa. A lógica é simples: o lucro canalizado para a expansão produtiva não será distribuído aos acionistas, leia-se, investidores individuais, grandes bancos, fundos e mega-interesses internacionalizados. Não adianta dizer que o investimento feito hoje apenas adia os ganhos embolsáveis num primeiro momento, para ampliá-los no passo seguinte. Personagens típicos da era da financeirização, os fundos e bancos de investimentos são instrumentos do imediatismo rentista. Avessos a projetos de desenvolvimento de longo prazo, preferem comprar empresas prontas -de preferência estatais, deliberadamente sucateadas e barateadas- a apostar em expansões ou novas plantas produtivas. O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, recusa-se a administrar o patrimonio soberano do pré-sal pautado pela ganância infecciosa que levou o mundo à maior crise capitalista desde 1929: "Não investir em refinarias neste momento é suicídio a longo prazo", diz ele para completar: "o país está no limite do refino e há um crescimento exponencial (da oferta no horizonte)... se a empresa não der prioridade a seus investimentos, nos próximos anos terá que exportar petróleo e importar derivados", arremata. Talvez seja isso mesmo que os críticos almejam: transformar a Petrobrás numa Vale do Rio Doce. A mineradora decidiu distribuir US$ 4 bilhões aos acionistas em 2011, mas se recusa a investir US$ 1,5 bi numa fábrica de trilhos no país. Exportamos ferro bruto para a China; importamos trilhos chineses para as ferrovias do Brasil.
(Carta Maior, 3º feira, 22/02/2011
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