Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 22 de junho de 2014

Globo inicia nova campanha contra Abreu Lima

Brasil quer saber como afundou a P-36

O Globo de hoje inicia uma nova campanha contra a Petrobrás, através de manipulações de dados sobre a refinaria Abreu e Lima.
O centro da mentira consiste em afirmar, com ênfase sensacionalista, que o custo inicial do projeto da refinaria era de US$ 2,3 bilhões.
A estatal já respondeu, inúmeras vezes, e o jornal se recusa sequer a publicar, nem que seja apenas para constar, a resposta da Petrobrás. A teoria de “dar o outro lado” só vale quando o investigado é tucano. Quando se trata de estatal federal, esquece.
A resposta da estatal sobre a questão do valor é esta:
(…) a Petrobras repudia a informação repercutida pela imprensa de que o projeto da refinaria teria sido aprovado com base em “conta de padaria”. O orçamento de US$ 2,4 bilhões se referia a concepção preliminar e incipiente, feita pelo corpo técnico da empresa, como já esclarecido inúmeras vezes. O valor inicial do projeto que deve ser considerado e que começou a ser construído era de US$ 13,4 bilhões. A previsão atualizada é de US$ 18,5 bilhões.
É a terceira vez seguida que a Petrobrás responde esse item ao Globo e ele não publica no jornal.
O jornal também está manipulando informações do Tribunal de Contas da União, que ainda não chegou a nenhuma conclusão de sobrepreço. Mas o Globo trata a mera investigação do TCU como prova de superfaturamento, o que é absurdo.
Vale notar que o TCU tem atuação fortemente política, porque o ministro do tribunal responsável pela análise dos contratos da Petrobrás é José Jorge, um ex-senador do DEM. Que foi – pasmem! – ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique!
Ou seja, o ministro do TCU que hoje abastece a imprensa com escândalos sensacionalistas sobre a estatal é o mesmo que respondeu pelo afundamento da plataforma P-36 durante a gestão tucana.
Para o Globo e o PSDB, afundar plataforma, pode. Construir plataformas e refinarias, não pode.
Ao final da matéria, anuncia-se que amanhã tem mais. Título da matéria de amanhã: “Petrobrás sabia que projeto de Abreu e Lima era economicamente inviável”.
Inviável?
A Petrobrás deveria informar ao Globo qual o prejuízo total do afundamento da plataforma P-36.
Interessante fazer a comparação: a gestão petista está entregando uma Petrobrás com várias refinarias de primeira linha, as maiores reservas de petróleo do mundo, além de uma série de novas plataformas de extração.
Quantas refinarias foram construídas na gestão tucana? Quantas plataformas foram feitas? Quanto petróleo foi descoberto? Essas comparações precisam ser examinadas, porque a imprensa está confundindo, como sempre, investigação com sensacionalismo. Se há problemas em alguma obra na Abreu Lima, isso não invalida a sua importância estratégica para elevar a capacidade de refino no país.
Pela primeira vez, em sua história, o Brasil caminha para se tornar independente em seu próprio abastecimento de gasolina, o que levará a uma economia de dezenas, ou mesmo centenas de bilhões de dólares, ao longo dos próximos anos, porque não precisaremos mais importar gasolina ou diesel, e, ao contrário, seremos exportadores de petróleo refinado.
Essas contas precisam ser divulgadas. Quanto o Brasil ganhará, em dez anos, quando a Abreu Lima estiver pronta? Qual a importância geopolítica, para um país, de possuir uma refinaria como a Abreu Lima, que usará tecnologia de ponta, e será uma das unidades mais modernas do mundo em seu campo de atuação?

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tiros da Globo saem pela culatra

pasadena
Reproduzo abaixo um post que publiquei hoje no Cafezinho:
*
Globo não consegue dar o golpe do “documento exclusivo”
A Petrobrás teve sorte. Como o leitor já sabe pelo post de ontem, o Globo teve acesso a documentos confidenciais da Petrobrás sobre a refinaria de Pasadena. O máximo que encontraram foi um saque de US$ 10 milhões de uma corretora ligada à refinaria. A Petrobrás já explicou o saque, em seu blog, que começa a apresentar tímidos sinais de vida. O saque foi normal.
Ao mesmo tempo, a matéria de ontem do Globo, cujo objetivo era apenas detonar a Petrobrás, dá uma informação, no meio da matéria, sem destaque, que é a grande novidade para nós, brasileiros: o faturamento da refinaria apenas em 8 meses de 2010, janeiro a agosto, foi de US$ 2,2 bilhões, ou seja, quase ou mais que R$ 5 bilhões!
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Esses números nos permitem ter uma visão completamente diferente de Pasadena. No início, quando estourou o escândalo, não sabíamos de nada. A imprensa dizia que era uma sucata. Nas redes, se dizia que estava paralisada há anos. É incrível o show de desinformação que a Petrobrás deixou rolar. Com o tempo, fomos descobrindo que a refinaria estava operante. Depois chegou a informação que ela dava lucro. E agora sabemos que o faturamento dela pode ser superior a R$ 10 bilhões.
E estamos descobrindo tudo isso por conta de investigações particulares na internet e, agora,  através de um vazamento clandestino para o Globo! É inacreditável que a Petrobrás não tenha, em nenhum momento, procurado esclarecer a população com números, nem que fossem meras estimativas e projeções, sobre a performance de Pasadena!
Francamente, eu acho que isso foi mais que incompetência na área de comunicação. Graça Foster agiu com maldade! A gente queria apenas informação!  Ela não deu nem uma migalha! E até hoje, nada! Deu alguns números para senadores da oposição e não deu à sociedade. E agora vaza documentos para a Globo… Ou seja, mais uma vez, a Petrobrás alimentando seus próprios inimigos e prejudicando aqueles que a defendem.
É incrível, de qualquer forma, o poder do blog da Petrobrás. Ainda está feio, com fontes pequenas que mal dão para ler, sem graça, os posts são tímidos, com pouca informação, mas apenas o fato de responder à imprensa já ajuda a esfriar a crise. E ainda permite à estatal economizar alguns milhões, já que publicar no blog é uma operação gratuita, ao contrário da publicação em jornal, revista e tv.
Só que a Petrobrás deveria melhorar ainda muito o desempenho do blog, e fazer anúncios em jornais, revistas e TV para que as pessoas acessem o seu conteúdo. Tipo assim: “saiba a verdade sobre a Petrobrás. Cuidado com o que você lê na imprensa porque há uma disputa política em jogo. Leia o blog.” A quantidade de curtidas nos posts nos permitem ver que a Petrobrás continua perdendo, feio, a disputa da opinião pública. Isso dói no coração, porque se nós, blogueiros sujos e duros, conseguimos fazer cócegas nos pés do império midiático, a ponto de sermos xingados a toda hora em seus editoriais, a Petrobrás teria condições de dar um murro direto na cara deles. Seria lindo de se ver!
A Petrobrás tem agido apenas na defensiva, como se fosse fraca, como se tivesse medo.
Qual o grande feito da gestão tucana na Petrobrás? Vender quase metade da companhia para acionistas de Nova York, destruir a indústria naval e afundar a maior plataforma do mundo? Quais os feitos da gestão petista? Levantar a Petrobrás, encontrar as maiores reservas da nossa história, iniciar a construção de refinarias gigantes, reerguer a indústria naval!
E, com tudo isso, a imprensa tem sucesso em vender à opinião pública a ideia de que o PT está “destruindo” a Petrobrás?
Como assim?
Uma leitora me lembrou ainda que não podemos esquecer que a Petrobrás foi espionada pela NSA. A gente não sabe a que documentos os americanos tiveram acesso, e quais deles eventualmente poderiam ser repassados para a oposição e para o Globo. Acho que, a esta altura dos conhecimentos que temos da história do Brasil e da Globo, ninguém nos chamará de loucos se suspeitarmos que a Globo é antes aliada dos EUA do que do Brasil.
Hoje o Globo volta à carga contra a Petrobrás em matéria na qual diz que “estatal sabia de problemas em Pasadena antes de comprá-la”.
Aí você vai ler a matéria. É evidente que uma auditoria séria vai encontrar problemas. Só que o Globo está destacando apenas problemas pontuais e antigos. E não dá destaque nenhum às qualidades. Na própria matéria de hoe, que fala de documento assinado por Alberto Feilhaber, ex-funcionário da Petrobrás contratado pela estatal para vistoriar Pasadena, há o seguinte trecho:
Feilhaber, no entanto, que chegou a exercer cargos de supervisor e chefe de setor na Petrobras, deu boas informações à empresa brasileira sobre Pasadena. Antes de a Petrobras decidir pela compra, os técnicos escreveram, em auditoria, que “segundo o CEO (Feilhaber), em termos de mecânica a refinaria está ‘pretty good’ (muito boa), faltando, entretanto, mais instrumentação e controle.”
Ou seja, a mecânica da refinaria era “pretty good”! Muito boa! Ora, se a Petrobrás tivesse vazado esse relatório para o Cafezinho, em vez de para a imprensa inimiga, as manchetes que poderíamos formular, muito mais bombásticas e muito mais verdadeiras seriam:
“Pasadena faturou R$ 5 bilhões em 8 meses em 2010″.
“Auditoria feita antes da compra informou que mecânica de Pasadena era ‘muito boa’ ”
Eu sou um analista atento a detalhes. O Globo online costuma ser mais sensacionalista que o Globo impresso. O título da matéria no impresso fala em “problemas”. No Online fala em “graves problemas”.
A fragilidade da imprensa é que ela não está preocupada com a verdade. Quer detonar Pasadena de qualquer jeito, mesmo que a refinaria se revele um ativo importante.
Agora, voltemos às críticas ao blog da Petrobrás. Ele publicou um postcom 10 perguntas e respostas sobre Pasadena. A iniciativa é ótima, e o post circulou um pouco mais que os outros, embora ainda de maneira medíocre para um assunto tão quente. Apenas 447 curtidas.
Só que as respostas são insuficientes. E, ao menos uma delas, traz a marca tecnicista e vulgar de Graça Foster.
4 – Afinal, a compra foi um bom ou um mau negócio?
Na época da compra, o negócio era muito vantajoso para a Petrobras, considerando as altas margens de refino vigentes e a oportunidade de processar o petróleo pesado do campo de Marlim no exterior e transformá-lo em derivados (produtos de maior valor agregado) para venda no mercado americano.
Posteriormente, houve diversas alterações no cenário econômico e do mercado de petróleo, tanto brasileiro quanto mundial. A crise econômica de 2008 levou à redução do consumo de derivados e, consequentemente, à queda das margens de refino. Além disso, houve a descoberta do pré-sal, anunciada em 2007. Assim, o negócio originalmente concebido transformou-se em um empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido.
Baixo retorno sobre o capital investido? Com todo o respeito, é a resposta mais idiota que já vi na vida. Ninguém compra uma refinaria pensando em “alto retorno” no dia seguinte. Refinaria é indústria de base e deve-se diluir o investimento ao longo de ao menos 50 anos de operação. Um especulador talvez invista numa refinaria pensando em alto retorno. Uma estatal como a Petrobrás compra uma refinaria pensando em aumentar a segurança energética do Brasil e aumentar o capital tecnológico da empresa.
Do momento da compra para 2008 ou 2009, houve mudança de cenário, sim. Mas para melhor! O Brasil descobriu o pré-sal! Graça Foster está conseguindo a proeza inacreditável de transformar a descoberta de umas maiores reservas de petróleo do mundo num fato negativo que converteu Pasadena em “mau negócio”!
Por acaso, alguma refinaria em construção da Petrobrás oferece algum “retorno”, baixo ou alto? Não. Abreu Lima, Comperj, processam uma gota de petróleo? Não. Pasadena processa 100 mil barris por dia. Então, por favor, revejam seu linguajar ao falar de Pasadena.
Quando um país constrói uma usina nuclear, ou levanta uma hidrelétrica, o que pensa em primeiro lugar: se é um investimento de alto ou baixo retorno contábil, ou se vai aumentar a segurança energética de sua economia?
A Petrobrás está construindo grandes refinarias no país, mas nenhuma ainda está pronta. As importações de derivados de petróleo correspondem a 20% de nossas importações, e tem sido as grandes responsáveis pela queda no superávit da nossa balança comercial. O Brasil ainda depende de gasolina importada. Com Pasadena, o processamento de petróleo da Petrobrás no exterior dobrou de tamanho.  Como assim aumentar a segurança energética do Brasil não é um bom negócio?
A expressão “baixo retorno do capital investido” não faz sentido em se tratando de uma refinaria que, segundo a própria Foster, lucrou quase US$ 60 milhões no primeiro bimestre. Mesmo considerando apenas tecnica ou contabilmente, é uma bobagem, portanto, falar em “baixo retorno”. Quer alto retorno? Invista em “telefree”, “bitcoin” ou qualquer modinha da internet. Do ponto-de-vista estratégico é uma afirmação idiota. Politicamente, é a afirmação de um suicida louco.
Se a presidência de qualquer grande empresa jamais pode deixar de ser política, por razões econômicas e estratégicas, a gestão da Petrobrás tem responsabilidades ainda mais que políticas. Tem responsabilidades geopolíticas, ligadas à soberania do Brasil e da América Latina. Esquecer isso, em nome de um tecnicismo vulgar, é trair os ideais que nortearam a criação da Petrobrás.

segunda-feira, 31 de março de 2014

PASADENA = MENSALÃO. NUNCA SE PROVOU ! E quando a Petrobras vai sair das cordas ?



Conversa Afiada reproduz post de Fernando Brito no Tijolaço:

PETROBRAS: NADA A ESCONDER. MUITO A ENFRENTAR


Num gesto de transparência,  Petrobras publicou , nesta segunda-feira,  duas notas nos principais jornais brasileiros, que reproduzo ao final do post.

Nelas, informa que a Comissão Interna de Apuração  constituída  para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da companhia, envolvendo a empresa SBM Offshore,  não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras. Essa comissão foi, inclusive, recolher na Europa os documentos que estariam em poder do Ministério Público da Holanda, com denúncias contra a empresa. E foi informada pelas autoridades daquele país, embora se tenha feito uma onda imensa no Brasil , de que “não há investigação aberta sobre o caso de propina envolvendo a empresa SBM Offshore e a Petrobras.”

A segunda informa da abertura de investigação interna sobre a compra da refinaria de Pasadena.

A empresa está cumprindo seu dever de apurar, e ninguém pode achar que quadros de carreira da Petrobras pudessem colocar suas reputações e empregos em jogo para proteger quem quer que seja por razões políticas, ainda mais em um trabalho que será enviado ao Ministério Público, ao TCU e, claro, à CPI que querem instalar sobre o caso.

Falta, agora, cumprir o segundo dever, tão importante quanto o da transparência.

O de assumir a defesa política da empresa, de seu papel na libertação do Brasil, da denúncia das ambições e apetites que cercam a maior empresa do Brasil, a mais capaz e a mais importante para o imenso tesouro do pré-sal.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Petrobras responde aos urubus com mais produção.

Anteontem, a presidente da Petrobras, Graça Foster, deu entrevista confirmando que a empresa manterá os níveis de produção este ano e, até 2020, dobrará a quantidade de petróleo extraído no Brasil.
Ontem, entrou em produção o navio FPSO Cidade de Parati, este da foto, que progressivamente chegará a 120 mil barris diários no campo de Lula Nordeste.
Ontem, também, a empresa anunciou ter estabelecido novo recorde de processamento em suas refinarias - 2,11 milhões de barris de petróleo por dia, na média de maio – e atingido a maior produção de gasolina já registrada, com 2,51 bilhões de litros durante todo o mês.
Mas a campanha contra a petroleira brasileira não arrefece.
Ontem ainda a Exame publicou matéria com o revelador título “Descoberta recorde da Petrobras preocupa investidores“.
O caso esdrúxulo de empresa que descobre petróleo aos montes e “preocupa investidores” é explicado assim: “ah, ela não tem dinheiro para extrair tanto petróleo”.
Já que não podem apelar para a questão da capacidade técnica para a exploração em grandes profundidades, no que a Petrobras dá de goleada nas demais, usam o argumento de que a empresa está endividada.
Ora, dívida é grande ou pequena em razão de duas coisas: a relação com o seu patrimônio e a sua capacidade de ter caixa para honrá-la nos prazos.
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Quanto ao primeiro ponto, o gráfico aí ao lado mostra que o endividamento tem guardado proporção muito semelhante ao patrimônio da empresa. Está abaixo do que as próprias agências internacionais de classificação de risco consideram preocupante: 31%, contra um indicador de 35%. O lucro tem se mantido estável justamente porque a empresa tem investido muito na expansão da produção, o que leva tempo para se refletir em receita e ganhos.
No que tange à capacidade de caixa para honrar pagamentos e poder investir, não há melhor prova do que o recente lançamento de US$ 11 bilhões em títulos da empresa no exterior, a maior já realizada por uma companhia de país emergente e, este ano, menor apenas que a da Apple, de US$ 17,3 bi.
Houve procura quatro vezes maior que a oferta e as taxas de remuneração aos aplicadores, para títulos de 10 anos,  baixaram de 6%, nas emissões anteriores, para 4,5%.
Portanto, os investidores não parecem estar arrancando os cabelos. Talvez fosse melhor dizer que isso é atitude dos especuladores, loucos por medidas irresponsáveis, de geração de lucro a curto prazo e, no longo prazo, suicidas, e por tudo 0 que lhes permita embolsar depressa lucros com as ações que compraram na baixa.
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 18 de março de 2013

Os anti pira: Petrobras vai investir US$236,7 bilhões nos próximos cinco anos



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Nielmar de Oliveira, via Agência Brasil
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o plano de negócios e gestão da empresa para o período 2013-2017 que prevê investimentos de US$236,7 bilhões. O volume é superior ao do plano anterior (2012-2016) de US$236,5 bilhões. O fato relevante sobre o novo plano de negócios e gestão foi divulgado no começo da noite de sexta-feira, dia 15.
A Petrobras informa que manteve no seu planejamento a continuidade do plano anterior, mantendo as metas de produção de óleo e gás natural; a não inclusão de novos projetos, exceto para exploração e produção de óleo e gás natural no Brasil; e a ampliação do escopo do Programa de Desinvestimentos (Prodesin).
A área de Exploração e Produção (E&P) continuará demandando o maior volume de recursos, US$147,5 bilhões, ou 62% do total a ser investido. Em seguida, vem a área de Abastecimento e Refino com US$64,8 bilhões, 27% do total; e Gás e Energia com US$9,9 bilhões, 4%.
Na área Internacional estão previstos investimentos de US$5,1 bilhões, 2% do volume global; e na Petrobras Biocombustíveis, US$2,9 bilhões, 1%, praticamente o mesmo percentual da BR Distribuidora, US$3,2 bilhões.
A empresa informou, ainda, que a carteira de projetos em implantação vai totalizar US$207,1 bilhões e contempla todos os projetos já contratados e todos os projetos de E&P no Brasil.
Estimativas da empresa indicam que o Programa de Desinvestimento (Prodesin), que objetiva contribuir para a financiabilidade dos investimentos para os próximos cinco anos, por meio da venda de ativos no Brasil e no exterior, deverá gerar recursos para o caixa da companhia da ordem de US$9,9 bilhões em 2013.
A empresa manteve as metas previstas de produção de petróleo e gás natural para o período, confirmando a curva de produção estabelecida no plano anterior, mantendo inalteradas as metas e ratificando sua exequibilidade. A meta de produção de óleo e LGN (líquido de gás natural) no Brasil é 2,5 milhões barris de petróleo por dia, em 2016; 2,75 milhões barris de petróleo por dia, em 2017; e 4,2 milhões barris de petróleo por dia, em 2020.
Nos anos de 2016 e 2017 a maioria dos projetos do pré-sal e da cessão onerosa entrará em operação, resultando em aceleração do crescimento da produção. O pré-sal representará 35% da produção total em 2017.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Petrobras esclarece:



Em relação à matéria intitulada “Graça Foster usa serviço de informações do PT na Câmara para rebater críticas do PSDB“, publicada pela Agência Estado (12/03), a Petrobras esclarece que:
1) A Companhia não “usou o serviço de informações do PT”. Atendendo a solicitação do site Informes, da Liderança do PT na Câmara, a Companhia enviou resposta da Presidente Maria das Graças Silva Foster para questionamento sobre a situação financeira da Petrobras e o desenvolvimento das atividades no pré-sal. A resposta, inclusive, continha informações já fartamente divulgadas pela Companhia e publicadas pelo jornal Correio Braziliense em entrevista da presidente no último domingo, 10/03/2013.
2) Não havia “olheiros” da Petrobras no seminário promovido pelo PSDB, e sim assessores da Companhia realizando legitimamente o seu trabalho.
Confira, abaixo, o esclarecimento da Petrobras encaminhado sob demanda à Folha de S. PauloGlobonewsReutersG1,Valor Econômico e O Globo, sobre as questões apontadas durante o seminário do PSDB sobre a Companhia:
1- “Mito da autossuficiência”
Esclarecimento: O Brasil atingiu a autossuficiência em petróleo em 2006: a produção de petróleo no País equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época. Entre 2007 e 2012, no entanto, a demanda por derivados cresceu 4,9% no Brasil, contra um crescimento de 3,4% na produção de petróleo. A partir de 2014, a produção de petróleo no Brasil voltará a atingir a autossuficiência volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados consumidos, contando a produção da Petrobras + Parceiros + Terceiros.
O Brasil, no entanto, nunca foi autossuficiente em derivados. O País sempre importou e continuará importando derivados até que entrem em operação as novas refinarias previstas no Plano de Negócios e Gestão 2012-16 da Petrobras. A curva de produção da Companhia apresentará um crescimento contínuo, até atingir 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020. A produção de petróleo passará, então, a superar a produção de derivados, o que dará ao País, também, autossuficiência em derivados. Em 2020, planejamos ter 4,2 milhões de barris de petróleo por dia contra uma capacidade de refino de 3,6 milhões de barris por dia e um consumo de 3,4 milhões de barris por dia.
De fato os dispêndios com a importação de derivados de petróleo foi de US$ 7,2 bilhões acumulados ao longo do ano de 2012, mas houve também um ganho liquido de US$ 6,8 bilhões com as receita relativas à exportação de petróleo.
2- “Perda de 47,7% do seu valor de mercado”
Esclarecimento: Em 11/03/2011 o valor de mercado da Petrobras era de R$ 398 bi e hoje (11/03/2013) R$ 234 bi tendo uma perda de R$ 164 bi, perdendo 41,2% do seu valor de mercado.
3- “Perdas sucessivas no ranking mundial”
Esclarecimento: A Petrobras era a terceira maior empresa em valor de mercado atrás da Exxon Mobil e a PetroChina ao longo do primeiro semestre de 2010 (em 03 março de 2010 o valor de mercado da Petrobras US$ 184,4 bi) após o processo de capitalização, hoje (12/03/2013) estamos em 7º lugar em termos de valor de mercado (1º Exxon, 2º PetroChina, 3º Chevron, 4º Shell, 5º BP, 6º Total).
4- “Petrobras hoje: a imagem da desconfiança”
Esclarecimento: Não há desconfiança. A Petrobras tem grande facilidade de acesso ao mercado de dívida, a baixos custos, por meio de diversas fontes. Portanto, são justamente estes investimentos elevados que irão gerar retornos para nossos acionistas. A Petrobras é hoje reconhecida pelo mercado como a empresa que dispõe do melhor portfólio de ativos de petróleo e gás dentre todas as companhias de capital aberto no mundo. Portanto, altos níveis de investimento fazem todo sentido econômico, face às oportunidades que se apresentam para a Companhia. Somente no Brasil, a Petrobras dispõe hoje de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas. Ademais, com os volumes que potencialmente serão incorporados no pré-sal e o direito de produzir os barris da Cessão Onerosa podemos aumentar nossa base de volumes recuperáveis para um patamar de quase 30 bilhões de boe. Temos hoje, seguramente, a capacidade, a tecnologia, o conhecimento e os recursos necessários para transformar todo esse potencial em riquezas para nossos acionistas, que irão se materializar pelo crescimento de nossa produção, que irá mais do que dobrar em 2020. É importante não esquecer que os investimentos da indústria de petróleo e gás são de longa maturação, haja vista a complexidade das operações. Entretanto, não menos importante é destacar a celeridade com que fomos capazes de tornar o pré-sal uma realidade. O primeiro óleo do campo de Lula ocorreu em 2009, apenas três anos após sua descoberta, um resultado excepcional quando comparado à média da indústria mundial. Hoje, a Petrobras e seus parceiros já ultrapassaram o marco de 300 mil barris de petróleo por dia no pré-sal, um feito extremamente relevante.
5- “Ações da Petrobras em queda”
As nossas perspectivas são as mais positivas possíveis no longo prazo. Iremos mais do que dobrar a nossa produção de petróleo no Brasil em 2020, atingindo 4.200 mil barris por dia de petróleo (ante uma produção de 1.980 mil barris por dia em 2012) por meio de projetos de alta rentabilidade, que irão se traduzir em elevados retornos para os nossos acionistas. Estamos aumentando a eficiência operacional da Companhia e otimizando nossos custos operacionais para entregar ainda mais valor para os nossos acionistas. Temos hoje cerca de R$ 166 bilhões de ativos em construção em nosso balanço patrimonial, ou seja, R$ 166 bilhões de ativos que ainda não geram caixa para a Companhia. Na medida em que esses e os demais projetos de nosso Plano de Negócios e Gestão entrarem em operação, iremos aumentar ainda mais nossa geração de caixa e, por conseguinte, o valor gerado para nossos acionistas.
6- “Pré-sal: o bilhete premiado que o Brasil pode perder”
Esclarecimento: A Petrobras não vai comentar.
7- “Aumento do investimento no refino gera prejuízo”
Esclarecimento: Entre os anos de 2000 e 2012 o consumo de gasolina no país cresceu 68%, o de diesel 46% e o de querosene de aviação (QAV) 58%, reflexo evidente do crescimento da economia, da melhora das condições de emprego e renda da população e da ascensão das classes sociais. Diante de um mercado que cresce muito mais do que a média mundial, fica clara a necessidade de ampliação do parque de refino, retomando os investimentos em novas unidades, o que não era feito desde 1980, 33 anos atrás.
Apesar de operar com altíssima eficiência (96% da capacidade em 2012), a capacidade de refino disponível é de cerca de 2 milhões barris por dia para uma demanda de cerca de 2,2 milhões barris por dia. Por isso que a nova capacidade de refino é fundamental. Em 2020 a capacidade de refino será de 3,6 milhões de barris por dia e a demanda será de 3,4 milhões de barris por dia, sendo esta a principal fonte de receitas da Petrobras. O investimento da Petrobras na Área de Abastecimento foi de R$ 29 bilhões em 2012.
8- “Produção diminui e dívida cresce”
A produção de petróleo da Petrobras foi de 700 mil barris por dia em 1995 e chegou a 1,5 milhão de barris por dia em 2003. De 2003 a 2012, o patamar de produção de petróleo da Petrobras elevou-se de 1,5 milhão de barris por dia para 2,0 milhões de barris por dia, e chegará a 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020.
Convém esclarecer que quanto mais alto o patamar de produção de uma companhia, maior é o desafio de manutenção e crescimento deste patamar, dado que a natureza dos reservatórios de petróleo é o declínio natural da produção, que varia de 10% a 14% ao ano em campos de águas profundas.
Assim, para a sustentação e crescimento da curva, faz-se necessário um alto índice de sucesso exploratório, que agregue reservas e descobertas para a produção futura. Para fins de comparação, o Índice de Sucesso exploratório da Petrobras foi de 64% em 2012 (82% no pré-sal), enquanto a média mundial está em 30%.
Além da necessidade de novas descobertas, a manutenção de patamares elevados de produção também depende da operação dos sistemas atuais com níveis adequados de eficiência operacional. Isso demanda, em alguns períodos, paradas programadas para manutenção com consequente queda da produção dessas unidades. Também ocorre, no caso das novas plataformas, um crescimento gradativo da produção (ramp-up). Esses são os fatores que explicam porque a produção da Petrobras não cresceu no ano de 2012 e no primeiro semestre de 2013, ano no qual 7 novas plataformas estão entrando em operação.
Quanto ao endividamento, as oportunidades de crescimento proporcionadas pelas novas descobertas anunciadas nesses últimos anos, em especial o pré-sal, colocaram a Petrobras em uma situação diferenciada em relação às outras empresas do setor, com um portfólio de projetos rentáveis a serem desenvolvidos que garantem o crescimento orgânico da Companhia. Para financiar esse crescimento, foi necessário aumentar seu nível de endividamento, na medida em que apenas a geração operacional de caixa da Companhia não era suficiente para o aproveitamento dessas oportunidades. A dívida líquida da Petrobras ficou em R$ 148 bilhões no final de 2012.
Porém, isso não é visto como negativo pelo mercado. Pelo contrário, ao longo dos últimos anos, o aumento do endividamento veio acompanhado da redução do custo de captação da Companhia e da melhora da avaliação de risco por parte das agências de rating. A Companhia aumentou o acesso a diversas fontes de financiamento com a redução do custo de captação em dólares para o prazo de dez anos de aproximadamente 9% a.a. em 2002 para aproximadamente 5% a.a. em 2012.
Em 2005, a Companhia recebeu a primeira avaliação de grau de investimento pela agência de classificação de risco Moody´s, tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a receber tal classificação. Desde então, vem recebendo melhoras adicionais nessa avaliação, sendo classificada igualmente pela Standard & Poor´s e Fitch.
9- “Petrobras na mira do Ministério Público”
Esclarecimento: A Companhia reafirma que a aquisição da Refinaria de Pasadena deve ser compreendida no contexto anterior à descoberta do Pré-Sal, estava alinhada ao Planejamento Estratégico da Petrobras à época, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior, e visava contribuir para o aumento da comercialização de petróleo e derivados produzidos.
Todas as aquisições de refinarias no exterior cumpriam com o mesmo objetivo estratégico que determinava a expansão internacional da Petrobras, apoiada em alguns pilares, a saber: processamento de excedentes de petróleos pesados brasileiros; diversificação dos riscos empresariais e atuação comercial em novos mercados de modo integrado com suas atividades no Brasil e em outros mercados.
10- “Refinaria Abreu e Lima: custo da obra pulou de R$ 4,7 bilhões para R$ 41 bilhões”
Esclarecimento: As projeções iniciais de custos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia estimativas apenas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais, integração entre unidades e extramuros.
O maior grau de definição e detalhamento, incorporado a fatores como otimização de escopo, ajustes cambiais e aquecimento de mercado, entre outros, fez com que o valor do investimento tivesse um incremento com a evolução do projeto.
Diversos fatores contribuíram para as variações de prazo, entre eles a necessidade de realização, em alguns casos, de novos processos licitatórios devido a preços excessivos. Outros fatores importantes foram greves, condições ambientais e construção de infraestrutura para acesso ao local da obra.
Hoje, a RNEST já alcançou 70% de execução física em suas obras e o início de operação ocorrerá em novembro de 2014, com investimento previsto de US$ 17 bilhões, prazo e custo estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. Ainda há pleitos em discussão com as empresas contratadas que somam US$ 3 bilhões.
11- “Gestão Gabrielli”
Esclarecimento: No período da administração do presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo, entre 2005 e 2012, houve um aumento na Petrobras Controladora de 52% do efetivo próprio e de 130% de empregados de empresas prestadoras de serviços. incluindo aí todos os trabalhadores em obras, entre as quais duas grandes refinarias. Tais aumentos foram consonantes com o crescimento do investimento da Companhia, na ordem de 208%. No período anterior, de 1993 a 2001, não foram realizados concursos pela Petrobras.
- Conteúdo Local
A indústria nacional de bens e serviços tem respondido à altura das demandas da Petrobras, com Conteúdo Nacional que por vezes supera o índice de 85% que é o caso dos projetos do Refino. O aumento do Conteúdo Nacional é possível para bens e serviços que hoje são importados e que apresentam escala econômica para serem produzidos no Brasil. Considerando as vantagens para as empresas, os principais benefícios são a redução dos custos operacionais, a proximidade da base de fornecedores, o aumento da capacidade de inovação da cadeia e a assistência técnica local.
Ilustração: A Justiceira de Esquerda

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Abreu e Lima e o plano secreto do "NUNCA DANTES"

23 mil pessoas trabalham na obra da Refinaria Abreu e Lima, que tem prazo de conclusão para 2012

Saiu no blog da Petrobras, o Fatos e Dados:

Eisa oferece menor preço para construir oito navios de produtos do Promef


A Transpetro classificou as propostas comerciais para a construção de oito navios de produtos do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Os menores preços foram apresentados pelo Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), seguido pelo estaleiro Mauá. Os preços ofertados serão agora negociados em processo coordenado pela Comissão de Licitação, seguindo a ordem de classificação das propostas.


A negociação, prevista pela legislação vigente, visa obter as melhores condições financeiras para a Transpetro. Apenas ao término deste processo, a companhia anunciará o vencedor da licitação e o valor do contrato.


Os oito navios de produtos estão divididos em dois lotes. O primeiro inclui três navios para transporte de produtos claros, com 48 mil toneladas de porte bruto (TPB) e 185 metros de comprimento. O segundo lote tem três embarcações para transporte de produtos claros e duas para transporte de produtos escuros; todas com 32 mil TPB e 175 metros de comprimento. O Eisa apresentou os menores preços para os dois lotes.


A construção dos navios terá de atingir um índice de nacionalização de 70%, no mínimo, na compra de equipamentos e serviços. Ao término desta licitação, encerra-se também o processo de contratação dos 49 navios das duas primeiras fases do Promef, que fez renascer a indústria naval brasileira em bases mundialmente competitivas. Hoje, o Brasil já possui a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo.


Até agora, o Promef encomendou 41 navios, com investimento de R$ 9,6 bilhões, junto aos estaleiros Atlântico Sul – EAS (PE), Promar (PE), Mauá (RJ), Eisa (RJ) e Superpesa (RJ). Ao longo do Promef serão criados 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos.


Obras em ritmo acelerado na Refinaria Abreu e Lima e na PetroquímicaSuape


Em cada 10 caminhões que rodam no país, dois serão impulsionados pelo diesel que será processado em Pernambuco. A informação é do diretor presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, que apresentou a evolução do empreendimento ao lado do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a jornalistas do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. O grupo acompanhou a visita de Paulo Roberto Costa às obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape, durante a tarde da última segunda-feira (30/05).


“A Refinaria é uma realidade”, declarou Paulo Roberto Costa. Com as obras em ritmo acelerado, 23 mil pessoas trabalham no empreendimento, que entrará em atividade no primeiro trimestre de 2013. “Vamos abastecer todo o Nordeste”, destacou o diretor de Abastecimento da Petrobras.


Marcelino Guedes esclareceu que, quando estiver funcionando, a Refinaria Abreu e Lima terá capacidade de produzir 20% de todo o diesel do país. Contudo, esse volume será voltado principalmente para Pernambuco – segundo maior mercado do Nordeste, atrás apenas da Bahia.


Os detalhes da PetroquímicaSuape foram apresentados pelo diretor de Operações da empresa, Carlos Pereira. Ele ressaltou o alto nível de competitividade que a companhia já começa a desenhar. “Temos uma demanda contínua de importações de derivados petroquímicos no Brasil e a nossa produtividade nacional é afetada pela falta de escala. Essa é a lacuna que estamos aqui para preencher”, frisou Pereira.


Após as apresentações da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape, Paulo Roberto Costa destacou ainda todos os investimentos que vieram a partir desses aportes da Petrobras em Pernambuco, como estaleiros e demais empresas do setor de petróleo e gás.


Além da palestra explicativa dos executivos, os jornalistas puderam percorrer as obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape.


Sobre a Refinaria



A Refinaria Abreu e Lima está sendo instalada em Ipojuca, no Complexo Portuário de Suape, a cerca de 60 km ao sul do Recife.


Instalada em uma área de 6,3 km², a obra foi iniciada em setembro de 2007. Atualmente, 23 mil pessoas trabalham na obra, que tem prazo de conclusão para 2012, com início das operações no primeiro trimestre de 2013.


Quando estiver funcionando, a Refinaria Abreu e Lima terá capacidade de processar 230 mil barris de óleo por dia – 70% do que será processado se tornará diesel. Serão produzidos também gás de cozinha, nafta petroquímica e coque, entre outros subprodutos.


Estima-se que 20% da produção será voltada para Pernambuco. O restante abastecerá a Região Nordeste.


Sobre a PetroquímicaSuape



Com investimentos de R$ 4,94 bilhões, a PetroquímicaSuape já entrou em fase de pré-operação: 71% da estrutura física já está pronta.


Alinhada à tecnologia e à qualidade do setor em nível mundial, a empresa atuará nas áreas petroquímica e têxtil, produzindo PTA (matéria-prima para produção de poliéster), polímeros, filamentos de poliéster e resina PET.


Quando estiver em plena operação, a PetroquímicaSuape será o maior polo integrado com poliéster da América Latina.

Como diz o Nunca Dantes: todo país gostaria de ter uma empresa como a Petrobras.

A Petrobras em Suape puxa a ressurreição econômica de Pernambuco – e do Nordeste.

A Petrobras no Rio recuperou a industria naval e vai montar um formidável complexo refinaria-petroquímica, o
Comperj.

Convém lembrar que, primeiro, o Governo Cerra/FHC pretendia vender a Petrobrax.

Segundo, o então presidente da futura Petrobrax encomendou uns petroleiros à Ásia, como fazia o Roger da Vale.

Poucos dias antes de se eleger em 2002, Lula anunciou que ia cancelar a encomenda do jenio.

Esta aí, hoje, o resultado, a vitória de um construtor da Ilha do Governador, no Rio.

Assim como dois de dez caminhões brasileiros vão se mover a diesel da Abreu e Lima, a Petrobras realizou o plano estratégico (quase secreto, para não assustar a elite de São Paulo) do Nunca Dantes: desconcentrar a economia e a renda.

O Nunca Dantes salvou a Petrobras.

E a Petrobras é o que todo país queria ter – menos o dos tucanos de São Paulo.

Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 23 de março de 2011

Coordenador da FUP: O pré-sal e o tsunami na geopolítica do petróleo


por João Antônio de Moraes*

Uma nova ordem mundial começa a alterar a geopolítica do petróleo e, mais do que nunca, precisamos entender este processo e tratar o pré-sal como uma riqueza extremamente estratégica. O acidente nuclear no Japão, as mudanças políticas no Norte da África e no Oriente Médio e a visita de Barack Obama ao Brasil são fatos correlatos que colocam em alerta os movimentos sociais na defesa da nossa soberania energética.
O tsunami japonês varreu, pelo menos temporariamente, os planos de expansão nuclear de dezenas de países que apostam nesta fonte de energia como principal alternativa para reduzir a dependência de hidrocarbonetos (óleo e gás natural). A tendência é que estes recursos se tornem cada vez mais estratégicos para saciar a fome de energia do planeta. Hoje os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) são responsáveis por mais de 80% da matriz energética global. As estimativas da Agência Internacional de Energia são de que o consumo de petróleo continue aumentando em termos absolutos, ultrapassando nos próximos dez anos a marca de 100 milhões de barris por dia.
Em função disso, já estamos assistindo à corrida das principais nações em busca de novas fronteiras produtoras de petróleo e gás para garantir suas necessidades de abastecimento. Não por acaso, o Brasil foi o primeiro pouso de Barack Obama na América Latina. Por trás de sua “cordial” visita, estão intenções nada amistosas. Os Estados Unidos são o maior consumidor de petróleo do planeta (utilizam 25% da produção global) e também o mais vulnerável em meio à onda de revoltas que assola o Norte da África e o Oriente Médio, principal fonte abastecedora do país.
Em troca de petróleo, o império norte-americano tem apoiado e sustentado ditaduras e governos autoritários nestas regiões, intervindo militarmente sempre que seus interesses são ameaçados. É o que está acontecendo agora na Líbia, da mesma forma como aconteceu no Irã, no Iraque e no Afeganistão. Mas as movimentações de peças no tabuleiro de xadrez do mundo árabe levam os analistas políticos a acreditarem que uma nova coalizão de forças colocará em xeque a posição confortável que os Estados Unidos usufruíam no Oriente Médio até então.
Para que Washington diminua sua dependência da região, o Brasil é a bola da vez. Com o pré-sal, nosso país será uma das maiores reservas de petróleo do planeta e é de olho nesta riqueza que os Estados Unidos vêm tentando fechar acordos e parcerias com o governo brasileiro e a Petrobrás. A FUP e os movimentos sociais são contrários à tese de que o pré-sal deve fazer do Brasil um grande exportador de petróleo. Queremos que este estratégico recurso seja explorado de forma sustentável para desenvolver toda a sua cadeia produtiva. Desde a construção de navios e plataformas até a indústria petroquímica e plástica.
É desta forma que o país irá gerar emprego e renda e não exportando petróleo cru para abastecer países ricos, como os Estados Unidos, que durante décadas exploram e usufruem de recursos energéticos alheios para sustentar seus absurdos níveis de consumo. O pré-sal, como disse a presidenta Dilma, é o passaporte para que as gerações futuras tenham um país desenvolvido, com oportunidades para todos. Mas isso só será possível investindo na cadeia produtiva do petróleo aqui no Brasil, fomentando a indústria nacional, gerando emprego e renda para milhões de brasileiros.
por João Antônio de Moraes é  coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros — FUP.
 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

PETROBRAS: MERCADOS CONTRA O INVESTIMENTO


REVOLTA ÁRABE - Clique para ver a página especial
Luta-se por democracia e igualdade nas ruas da 
  Tunísia, Egito, Argélia, Líbia, Irã, Iêmen, Bahrein...

A crítica dos  ‘mercados' ao programa de investimentos da Petrobrás (US$ 224 bilhões até 2014), e sobretudo à decisão da empresa de construir cinco novas refinarias no país (US$ 73,6 bi), não se resume a um conflito paroquial entre  governo e oposição. Trata-se, na verdade, de mais um embate entre a lógica financista que motivou as tentativas de privatizar a empresa, no governo FHC, e as políticas soberanas de investimento resgatadas pelo governo Lula, mas nunca digeridas pelo mercadismo e seus ventríloquos na mídia. A pressão contra o investimento é diretamente proporcional à ganância dos acionistas pela captura dos  lucros da empresa. A lógica é simples: o lucro canalizado para a  expansão produtiva não será distribuído aos acionistas, leia-se, investidores individuais, grandes bancos, fundos e mega-interesses internacionalizados. Não adianta dizer que o investimento feito hoje apenas adia os ganhos embolsáveis num primeiro momento, para ampliá-los no passo seguinte. Personagens típicos da era da financeirização, os fundos e bancos de investimentos são instrumentos do  imediatismo rentista. Avessos a projetos de desenvolvimento de longo prazo, preferem comprar empresas prontas -de preferência estatais, deliberadamente sucateadas e barateadas-  a apostar em expansões ou novas plantas produtivas.  O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, recusa-se a administrar o patrimonio soberano  do pré-sal pautado pela ganância infecciosa que levou o mundo à maior crise capitalista desde 1929: "Não investir em refinarias neste momento é suicídio a longo prazo", diz ele para completar: "o país está no limite do refino e há um crescimento exponencial (da oferta no horizonte)... se a empresa não der prioridade a seus investimentos, nos próximos anos terá que exportar petróleo e importar derivados", arremata. Talvez seja isso mesmo que os críticos almejam: transformar a Petrobrás numa Vale do Rio Doce. A mineradora decidiu distribuir US$ 4 bilhões aos acionistas em 2011, mas se recusa a investir US$ 1,5 bi numa fábrica de trilhos no país. Exportamos ferro bruto para a China; importamos trilhos chineses para as ferrovias do Brasil.

(Carta Maior, 3º feira, 22/02/2011