Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 22 de março de 2011

FILME AMERICANO


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Seis civis líbios são metralhados por um helicóptero dos EUA nas proximidades de Benghazi; uma das vítimas corre o risco de ter a perna amputada. O helicóptero em voos rasantes estava em missão de resgate de dois tripulantes do caça F-15 Strike Eagle que caiu em circunstancias não esclarecidas  na noite da segunda-feira. O F-15E realizava bombardeios na cidade de Benghazi, supostamente um reduto de opositores de Kadafi. Um dos feridos, ouvido no hospital, afirma que os civis estavam comemorando a ação internacional quando os americanos abriram fogo... (Carta Maior, com informações Al-Jazira/ Channel 4 News). Fundo sonoro da cena: o discurso de Obama no Chile, nesta 3º feira, quando afirmou: 'Nossa ação militar ...tem como foco a ameaça humana que Khadafi está impondo a seu povo. Ele não apenas está assassinando os civis, mas também ameaçando fazer muito mais". Corta e volta para a cena do helicóptero, agora sem som. Closes alternados nos rostos dos americanos acionando as metralhadoras e nos dos líbios, que festejavam chegada das forças estrangeiras.
(Carta Maior; 4º feira, 23/03/2011)

A verdade sobre a Líbia hoje na TVT


blog cidadania- Eduardo Guimarães
Ao fim da tarde de hoje (terça-feira, 22 de março de 2011), serei entrevistado pelo telejornal “Seu Jornal”, da TV dos Trabalhadores – acesso pelo site www.tvt.org.br ou pelo canal UHF 48, acessível no Estado de São Paulo.
Fui convidado a opinar sobre a questão líbia, sobretudo devido ao contraste de visões que se estabeleceu sobre o que se passa naquele país – o Ocidente deve atacar as forças de Kadafi, tomando partido no conflito com movimentos insurgentes oriundos das revoluções que se espalham pelo Oriente Médio desde o início do ano, ou proteger civis do ditador não passa de pretexto das potências militares, lideradas pelos Estados Unidos , para garantirem a normalidade do fluxo de petróleo líbio para o Ocidente?
Essa é a grande questão hoje em todas as cabeças em um momento em que o Brasil se posiciona claramente contra a zona de exclusão determinada pela ONU em território líbio sob o pretexto de defender a população civil.
Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em compromisso com a comunidade árabe de São Paulo, resumiu a discordância brasileira afirmando que deveriam ter mandado alguém conversar com Kadafi em vez de jogar bombas sobre seu país, até porque os bombardeios possibilitados pela resolução da ONU estão atingindo a população civil assim como os ataques do ditador.
O argumento de proteção da população civil pelas forças reunidas sob os auspícios da resolução da ONU, portanto, constituem-se em uma falácia. Se a ação do Ocidente expõe a vida de homens, mulheres, crianças e velhos, não se pode aceitar que pretenda defendê-los, o que deixa ver que o objetivo de tal ação é outro, é o petróleo, pois é o que de fato está sendo protegido no ataque à Líbia.
A explicação que será dada na TV dos Trabalhadores constitui um esforço de contra-propaganda, para que as pessoas, postas em confusão sobre o assunto, possam entender que o uso da força militar não é solução para conflito algum.
O mais espantoso em tudo isso, aliás, é o fato de que Barack Obama caminha celeremente para se tornar patrono de uma guerra análoga à que promoveu George Bush filho contra o Iraque, convocada sob pretextos falsos e visando, mais uma vez, meramente o petróleo, cobrando dos povos desafortunados desses países ricos em “ouro negro” um preço por viverem em terras que deveriam ser abençoadas pela riqueza petrolífera, mas que, por ela, tornaram-se o inferno.
Conto com a audiência dos amigos, pois. Clicando aqui às 19 horas desta terça-feira, poderão acompanhar a divulgação que farei dos fatos supracitados. Até lá.

Frente parlamentar para defender religiões de matriz africana


Basta de discriminar os terreiros


Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do amigo navegante Marcos Rezende:

Oi Geórgia,

Tudo bem?

Estou encaminhando esta mensagem pois somos nós do CEN que estamos articulando esta ação em benefício dos Religiosos de Matrizes Africanas;

Não sei se vc pode postar no site, mas se der para nós será uma mídia muito legal.

Se puder vejam nosso blog: www.cenbrasil.org.br

Desde já agradeço e vamos nos falando.

Saudações,

Marcos Rezende

A fiscalização do poder executivo para a aplicação de políticas públicas propostas por comunidades de terreiro foi o principal tema discutido hoje pela manhã, em Brasília, durante café da manhã entre deputados e representantes de comunidades negras. O evento marcou a criação da Frente Parlamentar em defesa das comunidades tradicionais de terreiros, que tem como objetivo não apenas fiscalizar, mas impedir manifestações e ações discriminatórias contra as comunidades negras no Brasil.

Um dos idealizadores da frente, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que “é inadmissível nós termos esse tipo de discriminação com as religiões de matriz africana em um país laico, onde conseguimos tantos avanços. Essa mobilização é a expressão maior que estamos reafirmando a nossa resistência”, avaliou o deputado. A representante do Ilê Axé Oyá Bagan, Mãe Baiana, afirmou que as entidades deverão estar mobilizadas e alertas contra as práticas discriminatórias. “Devemos ter o cuidado para que não volte como no tempo da escravidão, onde não podíamos cultuar os nossos santos”, alertou.

A criação da Frente Parlamentar foi uma demanda de organizações do movimento negro, entre os quais o Coletivo de Entidades Negras (CEN), e contou com o apoio dos deputados Valmir Assunção (PT-BA) e Érika Kokai (PT-DF). A frente terá o papel de promover ações em defesa das religiões de matriz africana para a promoção da liberdade de culto e contra a intolerância religiosa, de modo que os terreiros tenham o mesmo tratamento que outros templos religiosos.


Fonte: http://falavalmir.com.br/




Frente Parlamentar dos Terreiros recolhe assinaturas e começa a se viabilizar na Câmara


(*) Genésio Araújo Júnior, da Agência Política Real –


Um grupo de deputados federais se reuniu hoje com representantes negros e de religiões afrobrasileiras para um café da manhã em que deram início a criação da Frente ligada a essas comunidades.


“Os terreiros são realidades históricas que são discriminadas. Há uma violência do Estado tanto omissiva como de forma ativa. Houve declarações dramáticas de pessoas que tiveram seus terreiros invadidos, tomados. A Frente é importante para fazer um contraponto que determinados setores do Congresso fazem, como os evangélicos, que acham que só eles são donos da verdade”, disse Domingos Dutra. Ele acredita que talvez seja o único congressista com origem, nascido, num quilombola.


Existem também metas legislativas. O deputado Luiz Alberto (PT-BA) disse que a Frente vai ser muito importante para chamar atenção do país para um grupo que está representado “em menos de 5%” no Congresso Nacional, mas que tem mais de 50% da população brasileira.


“A partir dos direitos específicos pode-se apresentar proposições legislativas que as próprias comunidades têm para que os parlamentares apresentem e o Congresso debata, discuta e aprove alguns desses direitos, como, por exemplo, um projeto de minha autoria que faz com que o sistema previdenciário brasileiro reconheça a categoria de líder religioso dos terreiros de candomblé para efeito de aposentadoria”, disse, categórico. Com isso os ialorixás e babolorixás poderão se aposentar como padres e pastores.


Ele disse que existe outro projeto de sua autoria que defende o setor e com este movimento poderá ter mais chances de efetividade:


“Tem outro projeto de minha autoria que cria uma política nacional sustentável de comunidades tradicionais. São comunidades que vivem em condições tradicionais, com atendimento de jovens e com medicina tradicional, enfim, que o Estado garanta política pública para essas comunidades”, disse.


Muitos deputados nordestinos, a maioria dos presentes, foram ao café da manhã que se deu na área Vip do restaurante do Anexo IV da Câmara Federal. O deputado Sarney Filho (PV-MA), presidente da Frente Ambientalista esteve no evento.


A iniciativa da divulgação das propostas é do Fórum Religioso Afrobrasileiro do Distrito Federal e Entorno e do Coletivo de Entidades Negras.


Segundo essas entidades a Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiro terá como papel os seguintes itens:


1) Promover, no marco legislativo, ações em defesa das religiões de matrizes africanas, pela liberdade de culto e contra a intolerância religiosa;


2) Propor leis que dêem as casas religiosas de matrizes africanas os mesmos tratamentos que outras tradições religiosas gozam em nosso país;


3) Fiscalizar o Poder Executivo para que este aplique as políticas públicas às comunidades de terreiro propostas por elas mesmas e por organizações a elas ligadas;


4) Fortalecer o diálogo inter-institucional entre os três poderes da República para fazer valer as leis que defendem a liberdade religiosa em nosso país;


5) Promover ações que efetivem a liberdade religiosa tais como audiências públicas, seminários e eventos que ensejem em si a defesa do direito de culto;


6) Propor ações ao Executivo tais como a realização da Conferência Nacional Sobre Liberdade Religiosa, objetivando fazer com que os setores religiosos do país dialoguem entre si e construam um pacto de não-agressão;


7) Ainda no marco legislativo, agir para que o Estado, em suas esferas Federal, Estaduais e Municipais, não se torne, ele mesmo violador ao direito de culto no Brasil, com ações que visem destruir o patrimônio religioso das casas de terreiro. (Foto: Luiz Alves)


Clique aqui para ler “Secretario de Justiça e Direitos Humanos da Bahia associa Ali Kamel ao racismo”.