blog cidadania- Eduardo Guimarães
Ao fim da tarde de hoje (terça-feira, 22 de março de 2011), serei entrevistado pelo telejornal “Seu Jornal”, da TV dos Trabalhadores – acesso pelo site
www.tvt.org.br ou pelo canal UHF 48, acessível no Estado de São Paulo.
Fui convidado a opinar sobre a questão líbia, sobretudo devido ao contraste de visões que se estabeleceu sobre o que se passa naquele país – o Ocidente deve atacar as forças de Kadafi, tomando partido no conflito com movimentos insurgentes oriundos das revoluções que se espalham pelo Oriente Médio desde o início do ano, ou proteger civis do ditador não passa de pretexto das potências militares, lideradas pelos Estados Unidos , para garantirem a normalidade do fluxo de petróleo líbio para o Ocidente?
Essa é a grande questão hoje em todas as cabeças em um momento em que o Brasil se posiciona claramente contra a zona de exclusão determinada pela ONU em território líbio sob o pretexto de defender a população civil.
Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em compromisso com a comunidade árabe de São Paulo, resumiu a discordância brasileira afirmando que deveriam ter mandado alguém conversar com Kadafi em vez de jogar bombas sobre seu país, até porque os bombardeios possibilitados pela resolução da ONU estão atingindo a população civil assim como os ataques do ditador.
O argumento de proteção da população civil pelas forças reunidas sob os auspícios da resolução da ONU, portanto, constituem-se em uma falácia. Se a ação do Ocidente expõe a vida de homens, mulheres, crianças e velhos, não se pode aceitar que pretenda defendê-los, o que deixa ver que o objetivo de tal ação é outro, é o petróleo, pois é o que de fato está sendo protegido no ataque à Líbia.
A explicação que será dada na TV dos Trabalhadores constitui um esforço de contra-propaganda, para que as pessoas, postas em confusão sobre o assunto, possam entender que o uso da força militar não é solução para conflito algum.
O mais espantoso em tudo isso, aliás, é o fato de que Barack Obama caminha celeremente para se tornar patrono de uma guerra análoga à que promoveu George Bush filho contra o Iraque, convocada sob pretextos falsos e visando, mais uma vez, meramente o petróleo, cobrando dos povos desafortunados desses países ricos em “ouro negro” um preço por viverem em terras que deveriam ser abençoadas pela riqueza petrolífera, mas que, por ela, tornaram-se o inferno.
Conto com a audiência dos amigos, pois. Clicando
aqui às 19 horas desta terça-feira, poderão acompanhar a divulgação que farei dos fatos supracitados. Até lá.