Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

HADDAD: QUEM DERRUBOU A CPMF NÃO QUER AS CRECHES FHC, PSDB, Johhny Saad, Skaf é tudo a mesma sopa


Saiu no Globo:

PREFEITURA DE SP ENTRA NO STF PARA MANTER AUMENTO NO IPTU


Pedido será analisado pelo presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.
Presidente do STJ decidiu manter decisão que barrou aumento do imposto.

(…)

“Eu cumpri meu dever de garantir mais recursos para a saúde e a educação, que levam mais de 50% do IPTU da cidade. Saúde e educação estão precisando de recursos. E nós procuramos demonstrar para o presidente do STF o impacto que teria nas áreas mais sensíveis da cidade, que são transporte público, saúde, educação e moradia. Trouxemos um arrazoado, uma revisão da planta genérica de valores. Não é aumento de tributo. A alíquota está sendo reduzida. Não aumentada. Estamos diluindo isso em 4 anos para que fique leve para todo mundo. Trata-se de um aumento médio de R$ 15 por mês apenas. “

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, autor da ação em São Paulo que barrou o aumento, também se reuniu com Joaquim Barbosa nesta tarde para pedir que seja mantida a liminar do TJ.


Na mesma entrevista em que anunciou que a Prefeitura de São Paulo passará a ter uma capacidade de investimento que não tem há uma década,Haddad demonstrou que:
- o aumento do IPTU recai sobre os ricos e alivia os pobres;
- o aumento do IPTU é uma obrigação legal;
- que o Cerra e o Kassab aumentaram o IPTU muito mais que ele e o PSDB e a FIE P (*) não fizeram nada;
(É como o MPL, o movimento dos acometidos da doença infantil do transportismo: só reclamaram de aumento de ônibus de prefeito trabalhista.)
- se não puder cumprir a lei e aumentar o IPTU, ele vai ter que cortar creches:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/144444-haddad-diz-que-sem-subir-iptu-cortara-gasto-social.shtml
Quem é contra o aumento do IPTU – além dos corvos do record de emprego ?
O Johnny Saad, da Bandeirantes, grande proprietário urbano de São Paulo, que ameaça o Haddad nas rádios e tevês (que não têm audiência).
A FIE P e o PSDB
Esses dois, a FIE P e o PSDB , são responsáveis por uma obra que as criancinhas e os velhinhos do Brasil não se cansam de agradecer.
Eles acabaram com a CPMF.
Aquele imposto do Dr Adib Jatene, aplicado no Governo do Principe da Privataria, que, além de levar dinheiro para as crianças e os velhinhos, permitia rastrear o Caixa Dois.
O PSDB e a FIE P, sob a liderança de Arthur Virgílio Cardoso e Fernando Henrique Cardoso, derrubaram a CPMF no Senado com o argumento de que os preços iam cair .
Quá, quá, quá !
Não caiu um único preço por causa da queda da CPMF.
Como diz o Lula, eles queriam atingir o Lula.
O Lula saiu do Governo com 88% de aprovação popular.
O Skaf não se elege vereador na Avenida Paulista e o Fernando Henrique, em Higienópolis.
E a Saúde padece de crônica falta de dinheiro (que o pré-sal vai minorar).
É tudo a mesma sopa, diria o Mino Carta: Skaf, Arthur Virgílio, FHC, Johnny Saad.
São os que querem impedir o Haddad de construir creches.
Clique aqui para ler “Haddad diz que Fiesp prejudicou saúde no Brasil”.
Paulo Henrique Amorim
(*) FIE P é a FIESP, para o Conversa Afiada. Desde a extinção da CPMF, o Conversa Afiada preferiu retirar o S de “$” da FIE P. É que o fim da CPMF significou o perdão ao caixa dois, ao “$”, que, em São Paulo e, talvez, na FIE P, se chama de “bahani”. E o Skaf é candidato a governador pelo PMDB ! Viva o Brasil !

A “arma secreta” de PSDB e PSB contra a reeleição de Dilma


Escrevo logo após retornar de palestra que proferi em um seminário sobre comunicação digital. Após o evento, tive oportunidade de conversar com um importante ativista digital cujo nome não vou declinar. Essa pessoa me forneceu informações sobre um golpe político que, sendo passadas por quem as passou, merecem muita, mas muita atenção.
Antes de prosseguir, porém, vale explicar que a expressão “golpe político” é deste que escreve, não de quem passou as tais informações. Até porque, apesar de ser pessoa séria está envolvida em um processo com o qual tenho informações de que o PSDB e o PSB contam, pois tentarão usá-lo como arma eleitoral contra a reeleição de Dilma Rousseff.
O processo em questão, como muitos já devem ter adivinhado, é o de preparação de pretensos grandes protestos contra a Copa do Mundo durante a campanha eleitoral do ano que vem.
A pessoa com quem conversei me informou de que a preparação desses protestos vem sendo discutida com movimentos internacionais como o espanhol 15M, o movimento dos “indignados” que, em 2011, ajudou o Partido Popular (centro-direita), do atual premier da Espanha, Mariano Rajoy Brey, a derrotar o então premier José Luis Rodríguez Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (centro-esquerda).
Há, pois, um movimento internacional de origens, propósitos e tendências duvidosas e obscuras se imiscuindo na política brasileira ao insuflar grupos de esquerda mais radicais a desencadearem protestos “contra a Fifa” e “contra a Copa” em plenas eleições, no ano que vem.
Não é pouco. Pode-se dizer que há interesses transnacionais querendo influir no processo eleitoral brasileiro.
Mais espantoso ainda é que há grupos envolvidos na preparação desses protestos que têm em seu seio simpatizantes e até militantes do PT. Pessoas que concordam com a premissa de que a volta do PSDB ao poder ou a chegada do PSB, através de Eduardo Campos ou de Marina Silva, seria uma tragédia para o país, mas que estão dispostas a arriscar a reeleição de Dilma por um movimento que nem sabe direito o que pretende.
Perguntei ao meu interlocutor qual é o objetivo desse movimento “contra a Fifa” ou “Contra a Copa”, já que a realização do torneio em solo pátrio, em tese, é inevitável. Ouvi que o objetivo é “denunciar”. “Denunciar o que?”, perguntei. “Denunciar a Fifa”, repetiu.
Mas a Fifa só estará no Brasil porque Lula e Dilma trouxeram a Copa para cá, de modo que será um movimento contra a reeleição dela, já que ocorrerá em plena campanha eleitoral. E se ocorrerá em plena campanha eleitoral de forma planejada, é óbvio que pretende influir nela. E se Dilma é que está trazendo a Fifa para cá, então a campanha é contra sua reeleição…
Certo?
Não para meu interlocutor, que diz preferir o PT no poder ao PSDB ou ao PSB. Contudo, afirma que será possível fazer essas manifestações se voltarem contra o PSDB – não falou em PSB – apesar de a Copa que quer combater ter sido trazida para o Brasil pelo PT (?!).
Perguntei à pessoa em questão se essa coisa de “denunciar” a Copa e a Fifa durante o processo eleitoral não será um mero ataque político, já que, com os estádios prontos, com as obras de infraestrutura todas concluídas, com as equipes estrangeiras de futebol e com turistas em solo pátrio, não será possível cancelar o evento. Não obtive uma resposta clara.
Não haverá outro objetivo dessas manifestações, portanto, que não seja o de provocar um efeito político que, pelo que foi explicado acima, volta-se, imediatamente, contra quem trouxe a Copa do Mundo para o Brasil. Ponto.
Essas manifestações, portanto, serão um golpe político que irá furtar do brasileiro o direito a escolher seus representantes de forma consciente e serena, sem pressões sobre seu cotidiano que o forcem a tomar uma decisão eleitoral com base na conjuntura imediata e não em uma reflexão profunda.
O fato é que não há mais que discutir se essas manifestações ocorrerão. Só o que se pode discutir é se ganharão força ou se a sociedade – após a aprovação aos protestos de junho ter caído vertiginosamente – irá desprezá-las ao lhes enxergar o evidente caráter politiqueiro e, em certa medida, golpista, pois tudo que impede eleições tranquilas tem tal caráter.
Nos Estados, diz aquela pessoa, os protestos serão contra os governos locais. Aqui em São Paulo, pretendem fustigar Alckmin para impedir-lhe a reeleição. Todavia, em nível federal acabarão produzindo não o mesmo efeito, mas um efeito mais potente porque, repito, o governo federal é o responsável por a Copa estar sendo realizada no Brasil.
Resta saber se o governo Dilma e os setores racionais do PT já têm um plano para lidar com essas manifestações. O mote da Copa do Mundo não será o único, haverá também protestos do Movimento Passe Livre por “mobilidade urbana” que virão, em pleno processo eleitoral, exigir de novo transporte gratuito para todo mundo no país todo.
Detalhe: daí até algum candidato espertalhão prometer tal quimera, será um pulo.
O movimento contra a Copa – e outros com ou sem causa que irão às ruas durante as eleições de 2014 – são inevitáveis, mas atingirem o objetivo que perseguirão – muitas vezes sem saber – de derrubar todos os governos estabelecidos não é inevitável. Só que Dilma e o PT precisam chegar a meados do ano que vem com uma estratégia. Ou serão derrotados.

ROSA PASSA PARA MELLO CASO ALSTOM-SIEMENS-PSDB/SP

O EMPREGO RECORD E OS CORVOS DE ALUGUEL A Folha é o “encosto”.



Conversa Afiada reproduz post do Partido dos Trabalhadores no Facebook:

CORVOS DE ALUGUEL



Divulgado, hoje pela manhã, pelo IBGE, o índice de desemprego no Brasil em novembro, de 4,6%, é um emblema dos tempos em que vivemos, em muitos sentidos.

Na seara civilizatória, equivale dizer que em meio a um mundo assombrado pela falência múltipla das maiores nações capitalistas, o Brasil se impõe como um modelo econômico ao mesmo tempo sólido e solidário, com antenas voltadas para o futuro e raízes firmes na realidade presente.

Somos um país que compra aviões de caça de última geração, mas que tem como bandeira fundamental a erradicação da fome, da pobreza e da injustiça social.

No entanto, embora os dados de novembro do IBGE revelem a menor taxa de desemprego da história do Brasil, essa circunstância serve também para expor, ainda mais, o depositório de ressentimentos que virou boa parte da mídia brasileira.

Conservadora, reacionária e alinhada ao antipetismo mais rasteiro em circulação nas redes sociais, a mídia brasileira embaralha os conceitos de liberdade de imprensa e de expressão para esconder suas verdadeiras intenções. Esconder que, ao se vender como oposição política, faz oposição ao Brasil.

Não a qualquer Brasil, mas a este Brasil da última década, o Brasil de pleno emprego, o Brasil dos governo do PT.

O Brasil de todos.

É preciso ler o primeiro parágrafo da matéria publicada, hoje, na Folha de S.Paulo, sobre o menor desemprego da história do País, para se entender a dimensão desse ressentimento sem fim.

Diz a Folha, primeiro:

“Apesar do menor ritmo da economia no terceiro trimestre, da freada do consumo e do crédito restrito, as empresas não lançaram mão ainda de demissões e a taxa de desemprego segue em níveis baixos.”

Trata-se de um “nariz-de-cera”, como se diz no jargão jornalístico, montado para desmerecer e desqualificar uma notícia que os pobres leitores da Folha ainda terão que procurar muitas linhas abaixo, até chegar na profecia da Cassandra escolhida para anunciar o fim da tragédia.

Diz a matéria da Folha, em seu último parágrafo:

“Um dos indicadores que já sinalizam uma piora é a renda. De outubro para novembro, o rendimento, estimado em R$ 1.965,20, subiu 2%. Já em comparação com novembro de 2012, houve expansão de 3%, num ritmo menor do que nos meses anteriores.”

Ou seja, a piora virá porque, no último mês, a renda subiu 2% – ou 3%, se comparado a novembro de 2012.

Não é só ridículo, é perigoso.

Apesar dos pesares, quis dizer o jornal, no fim das contas, ainda não conseguimos destruir os sonhos nem restaurar o medo.

Triste constatar que, levados a este inferno de mágoas eleitorais pelas mãos de seus patrões, muitos jornalistas brasileiros se transformaram em especialistas na arte de transformar boas novas em presságios de mau agouro.

Parecem não perceber, mas vagam miseravelmente perdidos no vão ideológico em que se meteram, cada vez mais ignorados pela gente do País que mal disfarçadamente desprezam.

SQN: Militares envergonham o Brasil com seu reacionarismo golpista

SQN: Militares envergonham o Brasil com seu reacionarismo golpista

Militares envergonham o Brasil com seu reacionarismo golpista

"Nunca devemos clamar vitória sobre o cão bastardo, pois a cadela que o pariu entrou no cio novamente"
Bertold Brecht



ALMAS PENADAS DA DITADURA 

Na sessão de devolução simbólica do mandato presidencial de João Goulart, realizada ontem no Congresso Nacional, um episódio lamentável foi registrado por todos, embora o assunto tenha sido deixado de lado para não ofuscar o brilho do evento.

Na hora em que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, entregou o diploma a João Vicente, filho de Jango, todos aplaudiram, à exceção de três convidados e um deputado.

Os três convidados eram os comandantes das Forças Armadas do Brasil. Por antiguidade: almirante Julio Soares de Moura Neto, da Marinha; general Enzo Peri, do Exército; e brigadeiro Juniti Saito, da Aeronáutica.

O deputado, claro, era Jair Bolsonaro, essa patética figura que, a cada eleição, as viúvas da ditadura militar mandam para a Câmara.

Não houve, por assim dizer, nenhum ato de insubordinação dos comandantes militares. Ninguém é obrigado a bater palmas para nada nem para ninguém, embora os três comandantes estivessem ao lado da principal convidada do evento, a presidenta Dilma Rousseff, comandante suprema das Forças Armadas.

Emocionada, Dilma, presa e torturada na ditadura, aplaudiu não apenas o ato em si, mas toda a simbologia envolvida, de repúdio a um regime que sufocou a democracia, torturou e assassinou brasileiros.

O que houve foi, além de um gesto combinado de má educação e mesquinhez humana, um sinal importante de que, passadas quatro décadas desde o golpe militar de 1964, a caserna brasileira continua alinhada à ideologia dos golpistas de então.

Todos os ministros civis da Defesa, inclusive o atual, Celso Amorim, têm ignorado esse fato, como se desimportante fosse.

Não é.

Nas escolas militares, uma geração vem contaminando a outra com doutrinas primárias, mas poderosas, oriundas dos tempos da Guerra Fria. Baseiam-se, entre outras barbaridades, num anticomunismo tão anacrônico como risível, mas levado a sério como se o Brasil estivesse perto de virar uma nação soviética, em pleno século XXI.

Ao se negarem a bater palmas para a memória de Jango, presidente deposto por uma quartelada e, suspeita-se, assassinado no exílio, o almirante, o general e o brigadeiro deram um péssimo exemplo e envergonham a Nação.

Mas receberam elogios rasgados de seus camaradas de farda. Deram, ainda, um recado errado aos jovens alunos e cadetes das escolas preparatórias e academias militares do País.

Já passou da hora de o governo intervir na formação dos futuros oficiais brasileiros e resgatá-los dessa armadilha ideológica alimentada por lideranças senis dos clubes militares.

Dominada por uma direita tacanha e obsoleta, a caserna precisa, com urgência, formar militares de esquerda.

Comparato: Como mostrar ao povo a origem da corrupção se a oligarquia controla a mídia?




Por Luiz Carlos Azenha e Padu Palmério
Sobre o julgamento do mensalão, na entrevista exclusiva ao Viomundo o jurista Fábio Konder Comparato fez a pergunta que está no título deste post. E os corruptores?
Para ele, a Justiça brasileira é a justiça dos ricos. Exemplo?
Comparato aguarda uma decisão do conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que foi instado por ele a provocar no Supremo Tribunal Federal uma decisão a respeito da condenação, imposta pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, à Lei de Anistia.
O Brasil foi condenado nessa decisão pelo desaparecimento das pessoas que participaram da Guerrilha do Araguaia e, portanto, pela violação dos direitos ao reconhecimento da personalidade jurídica (artigo 3º), à vida (artigo 4º), à integridade pessoal (artigo 5º) e à liberdade pessoal (artigo 7º), bem como pela violação dos direitos às garantias judiciais (artigo 8º) e à proteção judicial (artigo 25º), em decorrência da leitura interpretativa dada à Lei da Anistia, que impediu a investigação dos fatos e a punição dos responsáveis pelas condutas indicadas, e da lentidão na tramitação da Ação Ordinária n° 82.0024682-5.
Aparentemente, as violações das disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos ocorreram, e a Corte determinou, com louvor, que o Estado deve adotar medidas para determinar o paradeiro das vítimas desaparecidas e, se for o caso, identificar os seus restos mortais e oferecer tratamento psicológico ou psiquiátrico às vítimas, mediante requerimento, custeado pelo Estado. Além disso, determinou-se ainda a publicação da íntegra da decisão no Diário Oficial e em um sítio eletrônico do Estado, devendo ficar disponível na internet pelo período de um ano. A decisão deve ser disponibilizada, em formato de um livro eletrônico, também em um sítio do Estado. O resumo oficial da sentença proferida pela Corte deve ser publicado em um jornal de ampla circulação nacional. Essas providências de divulgação da sentença devem ser adotadas no prazo de seis meses, contados da data de notificação do Estado.
[...]
O Estado deve, ainda, adotar, em um prazo razoável, providências para tipificar o crime de desaparecimento forçado de pessoas, em conformidade com os parâmetros fixados pela sentença. Enquanto isso não for cumprido, ele deve adotar medidas para o julgamento e a punição dos responsáveis pelos fatos, utilizando os mecanismos já existentes no direito brasileiro.
No caso acima citado, Comparato acredita que a pressão política dos empresários será intensa, já que a revisão da Lei de Anistia poderia significar que alguns deles, financiadores da ditadura militar e da tortura, poderiam eventualmente ser punidos.

Afinal, quem é que doou grandes quantias para financiar a repressão?
Quem é que emprestou veículos para as campanas da Operação Bandeirantes, que operava o maior centro de torturas do Brasil?
Neste caso, sabemos que foi a Folha de S. Paulo (acima, um dos veículos queimados em retaliação dos guerrilheiros).
[Para saber quem fez o papel de cão de guarda da ditadura militar, clique aqui].
[Para saber mais sobre a Folha e a ditadura, clique aqui. Ou aqui. E também aqui].
Aliás, Fábio Konder Comparato contou, depois da entrevista, que perdeu nas duas instâncias a ação que moveu contra o jornal, por danos morais, depois do famoso episódio da “ditabranda”.
Relembrando algo que publicamos na época:
REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitraria e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiros que lutaram pela redemocratização do país. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo “ditabranda” é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.
Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota da Redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis à atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.
Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.
Pois bem, enquanto a Justiça brasileira protege o andar de cima — será que a Folha convocou algum desembargador para representá-la na segunda instância? –, condena os pobres ao encarceramento em massa:

Mas, para não terminar numa nota pessimista, perguntei a Comparato o que ele achava das recentes manifestações populares no Brasil.
Teriam sido um sinal de que o povo está abandonando a passividade?

Veja também:
Comparato diz que leilão de Libra foi ainda pior que privataria da Vale
Rosa Weber não decide questão-chave que pode afetar a mídia

Nassif: acordo com a China é vital para tecnologia espacial brasileira

Autor: Fernando Brito
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Muitos leitores pediram, no blog, mais explicações para o acordo espacial sino-brasileiro, que ficou em evidência após um foguete Longa Marcha 4 apresentar problemas e causar a destruição do satélite CBERS-3, construído em parceria pelos dois países.
Por isso, fico feliz que o qualificadíssimo companheiro de blogosfera Luís Nassif tenha publicado, na CartaCapital, artigo onde narra parte da história e detalha as características deste acordo, que é antigo e proveitoso.
E, sobretudo, porque Nassif revela algo que, ao que me lembre, pouco ou nada foi noticiado no Brasil: a objeção americana à venda de componentes necessários à construção dos satélites, sob o argumento de que isso traria riscos militares.

O acordo sino-brasileiro na área espacial

 Luís Nassiff
A queda do satélite sino-brasileiro, dias atrás, foi uma fatalidade chinesa. O satélite foi desenvolvido conjuntamente pelos dois países; o lançamento, responsabilidade chinesa. O lançador já havia enviado 36 satélites para o espaço. Falhou pela primeira e última vez na semana passada.
Mas não compromete um acordo que começou em 1978 e se mantém com laços firmes entre o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o setor aeroespacial chinês.
Nos 25 anos de acordo, foram desenvolvidos cinco satélites, o primeiro dos quais lançado em 1999. A série sino-brasileiro, os satélites CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) têm uma tonelada e meio de peso e são dotados de três câmeras.
O programa sino-brasileiro pode ser dividido em duas fases.
A primeira, de 1988 a 2002, contratou os CBERS 1 e 2. Assinado no final de 2002, a segunda etapa contratou os CBERS 3 e 4.
Nos anos 80, o acordo sino-brasileiro era a fronteira tecnológica da China. As primeiras câmeras colocadas no espaço foram celebradas como o quinto maior avanço tecnológico do país.
Em 2003 a China lançou a primeira nave tripulada, tornando-se o terceiro país a colocar o homem no espaço. A distância tecnológica entre os dois parceiros tornou-se enorme.
Na negociação da Fase 2 definiram-se os seguintes pontos:
1.    Manter-se-ia a proporção inicial de gastos de cada país: 30% do Brasil e 70% da China.
2.    O lançamento seria na China; a integração (montagem das peças) no Brasil.
3.    Não haveria mudanças no padrão inicial dos satélites, para minimizar riscos. Mas acabou-se mexendo na configuração, colocando câmeras de alta resolução.
O satélite permitiu ao INPE inovar no uso das imagens. Em vez de imagens de alta resolução, vendidas, optou-se por modelos mais simples que permitissem o mapeamento de problemas ambientais, de safras, de desastres naturais, trabalhando em bancos de dados abertos.
Hoje em dia, há 17 mil usuários dos CBERS. Uma pesquisa com 25% deles revelou que o aproveitamento dos dados resultou na criação de 2 mil empregos diretos. 
O satélite permitiu inovações radicais na área ótica. Mas a construção conviveu com toda sorte de intempéries, das quais a maior foi a resistência do Departamento de Estado norte-americano em liberar a venda de componentes.
Todos os componentes são submetidos ao Regulamentos de Exportação de Armas de Fogo (International Traffic in Arms Regulations, ou ITAR). Pelo ITAR, qualquer plataforma orbital é considerada armamento.
Se a China tornou-se tão superior ao país no setor aeroespacial, qual a razão para manter a parceria?
Em parte, por lealdade. Na epidemia de SARS, que praticamente parou a China, missões diplomáticas chegaram a cerrar portas. Mas o INPE manteve-se firme. A segunda razão, mais substantiva, é a questão geopolítica e a necessidade da China estreitar relações com grandes produtores de matérias primas.
Segundo o presidente do INPE, Leonel Fernando Perondi, o acordo permitiu avanços em quatro áreas: estrutura, controle térmico, suprimento de energia, propulsão.
Para o Brasil ter autonomia completa, falta apenas o domínio do ciclo de controle de atitude e órbita. 

GRIPEN É O MELHOR PARA DEFENDER O PRÉ-SAL E muita atenção, alerta máximo: “no México, o Fernando Henrique vendeu a Petrobrax aos americanos”.

ONU aprova projeto do Brasil contra espionagem digital.

Até 80% da estrutura dos 36 caças suecos Gripen, que vão renovar a frota da FAB, serão fabricados no Brasil, com grande incidência no parque industrial de São Bernardo do Campo.

Fed cortará US$ 10 bi das injeções mensais de liquidez nos EUA

Corte é simbólico para testar o fôlego de uma recuperação ainda lenta e desigual.

Taxa de juro norte-americana permanece em zero, mas transição da liquidez eleva a incerteza global: teme-se encarecimento do crédito externo e fuga de capitais.
A escolha do caça Gripen da Saab sueca mandou os americanos embora.

Como dizia aquela fonte do Mino Carta – quem será? – nessa questão dos caças é melhor não deixar os americanos enfiar o nariz.

Isso era um perigo concreto e o Conversa Afiada ficou muito preocupado, quando a Presidenta Dilma confirmou que ia a Washington.

Conversa perguntou: Dilma vai a Obama ou à Boeing ? 

Felizmente, o presidente Obama não encontrou explicações satisfatórias para o grampo da Petrobras – e era isso que o importava, no episódio: a soberania sobre o pré-sal – clique aqui para ver por que o Aécio não tratou do pré-sal, em magistral artigo de Saul Leblon.

E a Presidenta não foi a Washington – nem à Boeing, para decepção do Ataulfo Merval (*) e os pigais colonistas (**) colonizados. 

A solução do Gripen mostrou-se adequada.

O Gripen é mais barato (US 4,5 bilhões, por 36 caças) que o Rafale (US$ 8 bi) da Dassault, e o F-18 (US$ 7,5 bi) da Boeing.

A Suécia vai financiar inteiramente o projeto e o Brasil só começa a pagar em 2023, quando for entregue o último avião.

A Saab vai abrir a caixa preta.

A produção será feita em conjunto na Suécia e no Brasil, provavelmente na Saab de São Bernardo, cujo prefeito é Luis Marinho, do PT (que horror !), e na Embraer.

Como diz no Estadão (pág. A4), o professor James Waterhouse, da USP, em São Carlos,: “a Saab quer compartilhar o produto com o Brasil. Para um país pequeno como a Suécia, manter a proficiência tecnológica de um caça tem custo alto”.

O Brasil e a Suécia vão exportar o Gripen.

Sozinha, a Suécia não teria bala para construir a escala que a mantivesse na ponta da tecnologia nem poder de fogo para se tornar uma forte exportadora.

O Brasil tem.

O Brasil vai deter a tecnologia de um produto de ponta e se tornar parceiro num ciclo de exportação de alto valor agregado.

O Brasil vai deter a patente dos sistemas que forem produzidos no Brasil.

Está tudo muito bem, tudo muito bem, mas é preciso garantir:

1) que a Gripen, de fato, como anunciou, não deva a fabricantes americanos nenhuma dependência tecnológica – ou de inteligência – em partes ou componentes;

2) que a compra dos caças suecos se associe a uma ampla política de Defesa que preveja, no médio e longo prazos, outros equipamentos de dissuasão: submarinos nucleares, baterias antiaéreas, plataformas de lançamentos de mísseis, e inteligência para coordenar o trabalho dos caças e dos submarinos nucleares na defesa infatigável do pré-sal – e da soberania nacional.


Tudo isso, enquanto não vem a bomba !

A propósito, ler outros posts sobre a matéria, aqui publicados:

Para defender o pré-sal, já ! 

E quem vai defender o pré-sal ? 

Não deixe de ler também o Fernando Brito: “Grippen: Brasil opta pela transferência de tecnologia”

E muita atenção, alerta máximo: “no México, o Fernando Henrique vendeu a Petrobrax aos americanos”.

aqui você pode ver como a Dilma se divertiu com a Petrobrax do Aécio.


Paulo Henrique Amorim


(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Taxa de desemprego cai e fecha novembro em 4,6%

Rio de Janeiro – A taxa de desemprego no país fechou o mês de novembro em 4,6%. O dado foi divulgado hoje  (19) na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o menor da série histórica - iniciada em 2002, e a mesma registrada em dezembro de 2012, que havia sido 4,6%.
O índice é também inferior ao registrado em novembro de2012 (4,9%). Em outubro deste ano, a taxa havia sido 5,2%.