Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 16 de março de 2016

Moro, Globo, Berlusconi e Trump "A Globo é o que é não pelo que deu, mas pelo que não deu!"

bessinha rede moro
O ansioso blogueiro cansou de esperar pelo pedido de demissão do Mercadante e foi à CNN assistir à cobertura das eleições primárias americanas.

A novidade foi a vitória acachapante do republicano (sic) Donald Trump na Florida, um estado decisivo, contra o senador Marco Rubio.

Rubio é um bonitão de 44 anos, queridinho do Tea Party, aquele partido da Pátria Branca que foi à Avenida Paulista.

(O Padim Pade Cerra fugiu da Avenida Paulista. Mas, seu fiel escudeiro, o dos chapéus, foi: nas páginas do Globo e da Fel-lha! Onde exibe a coragem que seu patrono não teve.)

Filho de cubanos, Rubio se elegeu senador pela Flórida, com uma maioria esmagadora.

Trump o trucidou impiedosamente, numa disputa de quatro candidatos: 46% a 27%.

O discurso da “vitória” de Trump é assustador.

Uma cruza de racismo oculto (como na Pátria Branca) com Protecionismo radical e um militarismo de fazer inveja à Hillary.

Mas, Trump é uma tragédia meticulosamente construída.

Ele dialoga com os pobres e “deixados pra trás” por uma feroz política de concentração de renda, que se acentuou a partir da decisão do Bill Clinton de “desregular” o mercado financeiro – uma obra de mestre do Franklin Roosevelt – e deixar os bancos assaltarem os pobres, o país ( e o mundo).

A propósito da resistível ascensão desse Arturo Ui, o articulista Roger Cohen, do New York Times, fez um paralelo que nos ilumina a resistível ascensão de Sergio Moro.

Cohen cita o também jornalista Alexander Stille:

“Stille fez uma importante observação, ao mostrar como a desregulamentação da televisão aberta nos Estados Unidos e na Itália – em contraste com a Inglaterra, a França, ou a Alemanha, onde redes estatais de televisão 'funcionam como um árbitro do discurso político e dos FATOS QUE PASSAM A SER ACEITOS COMO NATURAIS (ênfase minha – PHA) - essa desregulamentação engendrou um ambiente de verdades superficiais, um vale-tudo de 'realidades  alternativas' que levaram ao Trumpismo”.

E ao Moro!

A “realidade alternativa” que a Globo engendrou  trouxe no ventre o Moro e seu Sistema, que apavora o Wagner Moura, esse brasileiro que vale 1.000 Moros!

(Moura entende de tiranos, cada um à sua moda: acabou de interpretar o Pablo Escobar…)

A desregulamentação no Brasil é um crime até do ponto de vista tecnológico.

A Lei da Rádio Difusão do Brasil – porque a Globo não deixou atualiza-la – é de 1963!

E o Lula e a Dilma cometeram o pecado capital de não fazer a Ley de Medios nem construir uma tevê estatal forte.

Uma estatal forte que fosse “árbitro do discurso político e dos FATOS QUE PASSAM A SER ACEITOS COMO NATURAIS”.

O Brasil é uma m… - a tal editoria do jornalismo da Globo, que o Gilberto Freire com “i” pilota - passou a ser aceito como UM FATO NATURAL.

E não permitiu que se construisse um “árbitro do discurso político”.

A Globo e Moro correram soltos!

E o que dizia o Dr Roberto Marinho ao seu diretor de jornalismo, o Armando Nogueira – está no livro “O Quarto Poder”?

- Não quero preto nem desdentado no jornal nacional!

- A Globo é o que é não pelo que deu, mas pelo que não deu!

Assim se construiram “fatos naturais” que montaram discursos políticos sem arbitragem !

Papelão, seu Lula!

Papelão, Dona Dilma!

Vamos usar o controle remoto?

É o último recurso.

Porque se você desligar a Globo o Brasil melhora!

E o Moro some, na poeira da História!

Em tempo: para contemplar o retumbante fracasso da Operação “Mãos Limpas” na Itália, ler a entrevista de Alberto Vannucci, professor a Universidade de Pisa.

Em tempo2: para contemplar a retumbante ignorância do Dr Moro sobre o significado da Mãos Limpas, ler devastador artigo de Mino Carta.

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O plano do governo Dilma para regular a mídia

veja


Durante a cerimônia de posse de Dilma no Palácio do Planalto este blogueiro teve chance de conversar com personalidades da política que confirmaram que, ao menos no discurso, a presidente pode ter se convencido de que regular a mídia pode até não vir a ajudá-la em seu mandato, mas pode dar ao país, no futuro, uma comunicação mais plural e democrática.
Qualquer projeto que consiga avançar nesse sentido, de acordo com os planos do governo, não iria vigorar no mandato da atual presidente. E, mesmo que isso fosse possível, os efeitos dessa regulação ainda iriam demorar anos e anos para se fazer notar.
Por exemplo, a produção regional de conteúdo. Mesmo sendo viabilizada legalmente, ainda dependeria de tempo e investimentos para, um dia, fazer frente à produção dos grandes grupos de mídia.
Em tese, porém, o plano em questão pode funcionar – desde que, é claro, não tenha sido anunciado (extraoficialmente) com vistas, apenas, a acalmar a militância de esquerda, cada vez mais impaciente diante das concessões que um governo de coalizão tem que fazer para conseguir funcionar minimamente, o que é difícil explicar a movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda que têm sua própria agenda.
E essa impaciência não se resume mais, apenas, a partidos como o PSOL e congêneres, ou ao MST, ou à CUT, entre outros. Altos escalões do próprio PT dizem que já não dá mais para o governo ficar nas cordas desse jeito diante de uma mídia que já provou que pode até não estar conseguindo vencer eleições, mas que consegue travar o governo e até sabotar a economia.
Infelizmente, a perda de paciência da esquerda com a situação e a crença em que Dilma só não regula a mídia porque não quer tem muito mais de wishful thinking do que de visão realista dos fatos.
Para que se entenda o poder da mídia, basta comparar o escândalo dos trens de São Paulo com o da Petrobrás. Basicamente, são iguais. Cartel aqui (em SP), cartel lá (em nível federal). Porém, um escândalo (o de SP) é tratado burocraticamente pela mídia, com matérias esparsas, pouquíssima opinião crítica, enfim, de forma despolitizada, enquanto que o caso Petrobrás é alçado ao ponto que todos têm visto.
A artilharia incessante contra a Petrobrás, que já dura quase meio ano e é disparada 24 horas por dia, 7 dias por semana, bem como o terrorismo econômico, estão afundando a economia. Claro que há problemas nas contas públicas, mas eles decorrem muito mais do bombardeio do que de problemas reais.
As dificuldades nas contas públicas poderiam ser contornadas, mas, aí, a mídia produz um fenômeno conhecido, o da profecia autorrealizável. Qual seja: se se consegue espalhar boato de que um banco vai quebrar ele pode acabar quebrando mesmo, pois os clientes, temerosos, começam a sacar seus recursos, aprofundando uma crise pequena ou até criando uma que não existia antes do boato.
Nesse contexto, falar em regulação da mídia soa um tanto quanto irreal. Porém, o governo tem um plano. Ou diz que tem.
Basicamente, seria envolver a sociedade civil com a proposta de regulação ECONÔMICA da mídia. Note bem, leitor, que não existe plano do governo para regular conteúdo, como acontece na Inglaterra, na França, enfim, em vários países que permitem à sociedade cobrar a mídia através de órgãos governamentais e para-governamentais que captam as queixas da sociedade e cobram e até punem os veículos denunciados.
Os órgãos que regulam conteúdo, nos países desenvolvidos, funcionam como aquelas seções dos jornais que publicam queixas dos consumidores contra empresas. Divulgam essas queixas e as empresas que prejudicam consumidores são obrigadas a responder e até a reparar danos. O que, aliás, funciona, apesar de que para muito pouca gente.
Mas não se pensa em ir tão longe, neste momento. Não somos um país de Primeiro Mundo, a sociedade não tem a dimensão do quanto pode ser maléfico que poucas mãos controlem grupos imensos de mídia, com poder para derrubar ministros etc., e que podem vender suas preferências políticas a partidos ou a caciques políticos.
O que se planeja é uma regulação econômica da mídia, ou seja, tratar a comunicação como qualquer outro setor da economia, impedindo a formação de oligopólios (controle de poucos sobre um segmento de mercado). Nesse aspecto, poderia se estender ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a tarefa de impedir oligopólios no setor de comunicação assim como o órgão faz em qualquer outro setor da economia.
Mas como, se metade dos parlamentares do Congresso Nacional detém propriedade de meios de comunicação eletrônicos, sobretudo rádios e tevês? Como conseguir maioria entre políticos que dependem de controlar meios de comunicação em seus Estados para se manterem politicamente fortes?
O plano do governo é simples: discutir a regulação econômica da mídia com a sociedade em fóruns oficiais criados para esse fim.
Todavia, já houve, no fim do governo Lula, uma Conferência Nacional de Comunicação, a Confecom, da qual este blogueiro participou como delegado por São Paulo. Porém, após dias discutindo a regulação da mídia, aquilo tudo deu em nada. Dilma assumiu em 2011 acreditando que poderia se compor com a mídia e deixou os trabalhos da Confecom engavetados.
Agora, com um ministro das Comunicações entusiasta do tema regulação da mídia, acende-se uma esperança de que alguma coisa possa acontecer. Contudo, no Brasil o poder dos ministros de Estado é superestimado. E ainda mais em um governo como o de Dilma, que centraliza decisões nas mãos da titular.
Mas, claro, com aval da presidente o primeiro passo do plano que o governo alega ter para regular a mídia pode vingar, mas teria que haver uma disposição que não se sabe se haverá.
Como fazer o PMDB apoiar um projeto do governo para regular a mídia se a maioria dos parlamentares do partido detém meios de comunicação? Aliás, essa gente anuncia que não vai apoiar essa regulação.
Dá para fazer sem o PMDB? Não dá. E os partidos que apoiariam, em princípio, são pouquíssimos. PT, PC do B, PSOL e olhe lá. Juntos, não representam nem um quinto do Congresso.
O jeito é colocar a sociedade a favor dessa proposta, explicando-lhe os malefícios de uma mídia oligopolizada, informando-a de que os países mais avançados e democráticos do planeta regulam a mídia.
Porém, se a iniciativa for tímida, com pessoas trancadas em auditórios falando para si mesmas, não vai funcionar. Seria preciso uma grande campanha publicitária, que seria tachada pela mídia como ímpeto censor enquanto haveria uma radicalização midiática ainda maior, com “escandalização” de qualquer denúncia frágil – estamos em um país em que um ministro de Estado quase foi demitido por ter comprado uma tapioca com o cartão corporativo do governo.
Terá o governo Dilma força para levar até o fim esse plano (anunciado) de regulação da mídia? Não cederá quando se multiplicar por dez o bombardeio midiático? Será, então, que esse plano de regulação da mídia é real ou é só uma cortina de fumaça para acalmar a militância de esquerda?
São muitas perguntas e, até aqui, nenhuma resposta concreta. Só o que se pode fazer é confiar no espírito de estadista da presidente Dilma. Estará ela disposta a se sacrificar para dotar o país de uma legislação para a Comunicação à altura de um país como este?
Em teoria, é possível. Dilma não buscará a reeleição. Sabe que no dia 1º de janeiro de 2019 estará fora do poder e, assim, pode decidir comprar essa briga. Porém, neste momento, com a economia tão fragilizada, uma ofensiva maior da mídia pode jogar o país em uma crise econômica brutal que fará a popularidade do governo despencar, pavimentando o caminho da direita em 2018.
Um acordo com a mídia é praticamente impossível. Simplesmente porque, no mínimo, empresas como a Globo, com regulação econômica da atividade Comunicação, terão que parar de crescer exponencialmente. Aliás, terão que parar de crescer de qualquer forma, ainda que o ideal fosse reduzir o tamanho desses conglomerados de mídia, inaceitáveis em qualquer sociedade civilizada.
O mundo desenvolvido já entendeu, há muito, que é nefasto para um país colocar nas mãos de uma única família um poder como o da Globo. Ou melhor, que é nefasto colocar em pouquíssimas mãos o controle quase hegemônico da comunicação. Mas o Brasil ainda não é um país suficientemente educado e civilizado para entender isso. O povo nem pensa sobre tais questões.
Não somos ingleses ou franceses, para o bem e para o mal.
Sob o prisma apresentado, portanto, parece distante a possibilidade de dotar o país de uma legislação avançada nas comunicações quando nem conseguimos aprovar direito de resposta para pessoas físicas e jurídicas que se sintam prejudicadas pelo noticiário ou pela publicidade.
Aliás, o Brasil até tem uma legislação para controlar excessos da mídia quanto à política. Tenho dito que se a legislação eleitoral sobre a mídia funcionasse o tempo todo, o problema estaria resolvido.
Vimos o que aconteceu com a famosa capa da Veja, divulgada a 48 horas da eleição presidencial. A Justiça Eleitoral agiu e a revista teve que publicar direito de resposta do PT e isso influiu na percepção do eleitorado, que intuiu que se a Justiça tinha condenado a Veja alguma coisa que ela fez com aquela capa acusando Dilma e Lula, estava errada.
Enfim, essa é a realidade sobre a questão da regulação da mídia. Qualquer coisa que lhe disseram fora do que vai acima, é balela. Não se pode nutrir tantas esperanças, portanto. Mas esperança existe. Há que ver, primeiro, se Dilma está disposta a comprar a terceira guerra mundial e, segundo, se ela vai conseguir lutar essa guerra. Mesmo querendo.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz 2015, sem a Globo Para o seu ano ser mais feliz



O Conversa Afiada reproduz texto de Paulo Nogueira, extraído do DCM:

A escolha adequada da mídia pode tornar seu ano mais feliz

A mídia tem o poder de tornar o seu ano mais feliz ou mais infeliz.

Se você passa a temporada consumindo determinado tipo de notícias e análises, isso vai afetar negativamente seu humor e, em certos casos, até sua saúde mental e física.

Por isso, escolher o que você vai ler, ver ou ouvir na mídia é um ato de enorme importância como resolução de fim de ano.

Conheço muitas pessoas que se autoimpõem um flagelo. No carro, ligam a CBN ou a Jovem Pan, e ficam ouvindo Merval, Sardenberg, Sheherazade e Reinaldo Azevedo.

Na sala de casa, oscilam entre a Globo e a Globonews, e não enfrentam apenas a voz do atraso, mas também o rosto, de William Waack a Jabor.

Diante de tamanha dose de jornalismo enviesado e frequentemente envenenado, essas pessoas se revoltam, e acabam colocando sua raiva e inconformismo para fora, sobretudo nas redes sociais.

A estas pessoas, uma boa notícia: você pode viver perfeitamente sem esse martírio.

Sem zanzar freneticamente entre variadas mídias de índole maligna, você deixa de dar-lhes aquilo de que elas vivem: audiência.

De certas vozes perturbadoras você não pode se livrar: a de um chefe despótico, por exemplo. Mas ninguém obriga você a ouvir Jabor e derivados.

Algumas pessoas, erroneamente, retrucam que você tem que ver o que “eles” estão dizendo.

Não é verdade.

No mundo das redes sociais, o que eles falam ou fazem de extraordinário acaba chegando a você, sem que você tenha que consumir horas de informações e opiniões deletérias.

Ninguém teve que ficar grudado em Sheherazade, por exemplo, para saber, rapidamente, o que ela tinha a dizer sobre justiceiros.

Ninguém também foi obrigado a desperdiçar o domingo no Faustão para saber que Bonner ganhara um prêmio patético das mãos de Fernanda Montenegro.

Agora mesmo: ninguém teve que acompanhar o jornal gaúcho Zero Hora para saber a opinião de um cronista seu sobre o paraíso de Punta del Leste sem “um único negro”.

Tudo que for relevante chega rapidamente a você sem o preço brutal de acompanhar a Globonews e a CBN, a Jovem Pan ou a Veja.

Você terá um ano melhor sem a companhia de Ali Kamel e Bonner, Reinaldo Azevedo e Jabor, Sheherazade e Sardenberg, William Waack e Diego Mainardi, Lobão e Gentili, e assim por diante.


Experimente.


Sua vida ficará mais leve.


Feliz 2015 a todos.

leia também:

TELESUR E A DERROTA DA DIREITA NEOLIBELÊS E O PIG


247 - O ponto alto do discurso da presidente Dilma Rousseff ao tomar posse do seu segundo mandato foi, sem dúvida, o que abordou a Petrobras.
Dilma falou em defender a empresa de seus "predadores internos e inimigos externos". Em seguida, arrematou: "Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas petrolíferas" (leia mais aqui).

Foi um recado claro para determinadas forças que tentam se valer da crise de imagem da Petrobras para forçar uma mudança de regime na produção de petróleo no País. Quem mais destaca, entre essas forças, é o grupo Globo, dos irmãos Marinho, o primeiro a dizer, com todas as letras, que a Lava Jato obrigaria a Petrobras a retomar o regime de concessões de petróleo, no lugar do modelo de partilha.

Quinze dias atrás, por exemplo, o Globo dizia, em reportagens e editoriais, que a regra do pré-sal poderia e deveria mudar, em benefício da exploração por empresas estrangeiras, como Shell, Exxon, Chevron e BP (leia mais aqui).

Dilma, no entanto, demonstrou estar atenta a essas pressões. E demonstrou que não irá ceder um milímetro em suas convicções sobre o melhor regime para a exploração das riquezas do pré-sal.

Os inimigos externos da Petrobras, nesse contexto, vestiram a carapuça. Em sua manchete, o Globo afirmou que "Dilma recicla promessas e vê 'inimigos externos' da Petrobras", como se eles não existissem – embora o jornal dos Marinho seja uma realidade palpável. O Estado de S. Paulo seguiu a mesma linha, mas não com a mesma intensidade.

O fato é que nem um nem outro terá força para provocar uma mudança nas regras do pré-sal.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Globo ataca o Google. Uma Ley de Medios, por favor ! A audiência do jn não desabou. Vinha desabando e o Ibope segurando …​

Um número cada vez menor de leitores perde tempo com a edição impressa de o Globo Overseas.

Entre eles o ansioso blogueiro, para contar as páginas publicitárias e acompanhar a inelutável trajetória à falência.

(Clique aqui para ler sobre o fim da imprensa escrita).

Nessa sexta-feira (28/11), o Globo dedica três “reportagens” a atacar o Google.

Na pág 35, invoca o testemunho do Prêmio Nobel de Economia, Jean Tirole, que combate “os monopólios em tecnologia” e ”diz que pode ser necessário intervir, se houver abuso”.

A “reportagem” se refere ao Google.

Porém, omite que essa mesma tese do Tirole serve para condenar o monopólio da Globo e seus malefícios à sociedade brasileira.

(Escolher o Ministro da Fazenda é fácil. Quero ver o das Comunicações …)

Isso, o Globo ignora …

Na mesma página, o Globo informa que o “parlamento europeu pede a divisão do Google”, para separar a função de busca da de outros serviços.

E, na página 39, “deixe-me em paz globalmente”; “Europa agora manda buscador apagar de servidores mundiais links  ‘inadequados’ sobre seus cidadãos”.

De novo, o buscador Google é o alvo.

Como se sabe, o Google vai googlar a Globo.

O Google já é hoje o segundo maior destino de publicidade no Brasil, depois da Globo.

Não são a Record nem o Silvio.

O amigo navegante já deve ter visto pelo Brasil afora os outdoors de programas de televisão no Youtube (que pertence ao Google).

O “Porta dos Fundos”, por exemplo, é um “programa” no Youtube.

O “Porta dos Fundos” agora foi para o cabo também, mas sempre se sustentou com a receita no Youtube.

O Google está googlando a Globo no terreno dela.

Na programação de tevê.

Breve, as agências de publicidade e seus mídias serão compelidos pelos anunciantes a gastar na Globo – com BV e tudo – o que a Globo entrega, de fato, de audiência.

(Menos a publicidade oficial, o Bolsa PiG, que parece mais sólido que o Pão de Açúcar – o morro …)

E vão dirigir à internet uma parcela crescente de suas verbas.

Assim caminha a humanidade, Urubóloga.

Sorry, periferia …

É claro que é preciso vigiar o Google.

A Europa está preocupada, e com razão.

Mas, o Brasil aprovou um Marco Civil da Internet que dá muito poder ao Google.

E aos blogueiros sujos !

E isso não é mau.

O problema é que o Google ganha dinheiro no Brasil e não paga imposto no Brasil.

E para mudar isso tem que passar por cima do Congresso.

E aí a vaca vai pro brejo.

A quem o Eduardo Cunha será fiel: à Globo ou ao Google ?

Quem pode contribuir mais – no futuro – com sua esquálida campanha ?

Mas, Eduardo Cunha – nem ele ! – conseguirá interromper a marcha da tecnologia.

A tecnologia que vai dar uma surra no Globope !

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/197521-grupo-wpp-e-o-novo-dono-das-pesquisas-de-audiencia-no-pais.shtml

O grupo multinacional WPP, da agência de publicidade Ogilvy, comprou o IBOPE.

O IBOPE não poderá mais ser generoso com a audiência da Globo.

Primeiro, porque o IBOPE vai ser cotejado – pelos anunciantes – com o alemão GfK, contratado pela Record e o SBT.

Na verdade, não é que a audiência do jn e do Fintástico tenha desabado de uma hora para outra.

É possível que o IBOPE tenha feito, aos poucos, uma espécie de rede de proteção para receber o GfK: um hedge.

Foi “derrubando” aos poucos o que estava derrubado, diante de uma possível desmoralização retumbante.

Além disso, o Globope não vai poder trabalhar tanto na “margem de acerto” com que opera de mano com o jn, nas eleições.

Os atuais donos do IBOPE ainda mantêm uma participação no Globope eleitoral, muito lucrativo, por certo.

Sobretudo no início das campanhas …

Mas, os ingleses da WPP não vão querer que sua marca, IBOPE, de sua respeitada marca internacional, WPP, com ações na Bolsa de Nova York, se meta nas lambanças do Globo.

Por exemplo, os estrondoso fracasso na Bahia e no Rio Grande do Sul.

E essa lorota de “empate técnico”.

Já imaginou, amigo navegante, se a Bolsa de NY descobre o que o Globope faz no jornal nacional” em ano de eleição ?

A WPP vai ter que rebolar !

(Embora seja possível que o Congresso brasileiro venha a tomar a saudável providência de limitar a divulgação dessas gazuas eleitorais, as chamadas pesquisas de intenção de voto.)

Pois é, amigo navegante, sabe o que os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vão fazer, agora que estão cercados pela GfK, o Google e a WPP ?

Vão pedir uma Ley de Medios !

Quá, quá, quá !

E agora ela sai !

Quá, quá, quá !


Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Como a Globo usa o BV na CBF Reforma sem tirar a Globo do meio do campo é udenismo



No julgamento do mensalão do PT – porque o mensalão tucano virou espuma, como as análises dos pigais comentaristas do Valor e da Fel-lha (*) – o BV, o Bônus de Volume era pecado mortal.

(Não confundir com “volume morto” do Alckmin.)

Por causa do BV que a Visanet pagou às agências imaculadas do Marcos Valério, o Pizzollatto, à falta de outras provas, foi condenado.

O BV da Globo é casto.

É lei …

O BV da Globo é o maior faturamento das 90 maiores agências de publicidade do Brasil.

É uma espécie de serviço análogo à servidão: as agências se comprometem a veicular na Globo e recebem um percentual ADIANTADO.

Ou seja, faça chuva ou sol, TÊM que anunciar na Globo – porque já embolsaram sua fatia.

Aqui no Brasil, a Globo conseguiu transformar isso em Lei.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra se chama isso de “kick back” – propina.

Com os clubes da CBF, do Brasileirinho, a Globo faz o mesmo.

Paga adiantado, para assegurar a exclusividade da cobertura.

Ela escraviza os clubes com dinheiro, na frente.

E se eles tiverem um aperto, precisarem de uma grana para contratar um craque – que não se vê há muito tempo … – a Globo comparece, com o bote salva-vidas.

Portanto, qualquer programa de reforma do futebol brasileiro, inclusive com as boas ideias do Bom Senso FC,  tem que começar com a Globo.

A Globo é o elefante na sala dos 7 a 1.

Não basta espinafrar o Felipão, o Marín ou o Del Nero.

Tem que ir pra cima do Galvao, do Kamel, dos filhos do Roberto Marinho.

Se não, é como fazer uma Ley de Medios (que a Dilma esqueceu de incluir no programa ) e proteger a Globo, como prega o Ministro Plim-Plim.

Em nenhum país latino-americano um Campeonato Nacional deixa de ter a cobertura de canais estatais ou educativos.

Na Argentina, a Cristina comprou os direitos do Brasileirinho e distribui a todos.

Mas, a Argentina, como se sabe, fica no Hemisfério Norte.

Em tempo: de todos os espécimes pigais, o mais histérico nesta quarta-ferira é o Globo, que não paga o DARF: “Vergonha ! Vexame ! Humilhação !”

E o Ver-mal, ou Ataulfo Merval (**) faz uma pirueta, sem rede embaixo: a Dilma vai perder a eleição porque quis “faturar” a Copa. Como diz o Mino, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões …

Paulo Henrique Amorim



(*)  Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A máquina de dar joelhadas na espinha do Brasil





As linhas gerais do Programa de Governo de Dilma incluem goleadas históricas, mas se omitem diante de uma questão chave, que pode por a perder um jogo decisivo.

por: Saul Leblon



Agência Brasil











                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    As linhas gerais do Programa de Governo da candidatura Dilma Roussef, entregues à Justiça Eleitoral, no último sábado, ocupam 10 mil palavras. Compõem, mais que  tudo, um painel  informativo  dos avanços e conquistas registrados nas diferentes áreas do país durante os 12 anos em que a sociedade escolheu ser dirigida por  três  governos sucessivos de centro esquerda.

O período e o feito, inéditos na história, estão ali descritos em pinceladas  recheadas de números expressivos.

O conjunto retrata uma goleada histórica, raramente ou nunca exposta na mídia conservadora na forma de um acervo completo e detalhado.

Do conjunto sobressai a percepção nítida de que a ocultação, mais que isso, a desqualificação desse arcabouço –como tentou fazer o jornal O Globo, na semana passada, em cima de um discurso de Lula--   obedece a um instinto de sobrevivência.

Com todas as limitações sabidas  –que não são poucas,  não há, rigorosamente, nenhum saldo, em qualquer frente, que justifique a nostalgia  em relação ao país legado em 2002 pelo PSDB, após oito anos em Brasília.

Fica difícil eles ganharem esse jogo na bola.

Por exemplo:

“Em 2002, a inflação anual chegou a 12,5%; em 2013, estava num patamar de 5,9%; a expectativa para 2014 estará dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (centro de 4,5% e teto de 6,5%).

A taxa de investimento da economia brasileira, que era de 16,4% em 2002, passou para 18,2% em 2013.

A taxa de desemprego, em dezembro de 2002, era de 10,5% da população economicamente ativa; em abril de 2014, caiu para 4,9%.

 As exportações, que somavam US$ 60 bilhões em 2002, atingiram US$ 242 bilhões em 2013.

No período de doze meses encerrado em maio de 2014, o Brasil recebeu US$ 66,5 bilhões em Investimento Direto Externo (IDE), quatro vezes o montante de 2002 (US$ 16,6 bilhões).

A dívida líquida do setor público decresceu de 60,2%, em 2002, para o patamar de 34,6% em maio de 2014.

O programa Minha Casa, Minha Vida, em suas duas fases, já contratou 3,45 milhões de casas, 1,7 milhão das quais já foi entregue, o que corresponde a mais de 6 milhões de brasileiros vivendo em casa própria, o equivalente à população da cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior do país.

 O sistema de financiamento habitacional, por meio do SBPE-Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, financiou 529,8 mil moradias em 2013, 18 vezes mais do que em 2002, quando foram financiadas 28,9 mil moradias.

Ou ainda, questões pouco afeitas ao eleitor urbano, como a democratização do acesso à água no sertão nordestino: até agora, já foram entregues, no Nordeste, 937 mil cisternas, das quais 607 mil somente no governo da Presidenta Dilma. Até o final de 2014, 1,080 milhão cisternas estarão instaladas por todo o Nordeste.

“Vale destacar que, embora o Brasil tenha vivido nos últimos três anos a maior seca das últimas décadas, não houve o drama dos retirantes famintos e sem rumo que nos afligia no passado...”, lembra o texto.

São  algumas das goleadas nesse clássico de 12 anos.

A autoconsciência dessa inferioridade explica o empenho virulento do conservadorismo em bloquear qualquer  ensaio de regulação dos canais de comunicação, que venha a propiciar um leque mais amplo de pontos de vista  nas escolhas que vão definir o passo seguinte da sociedade brasileira e de seu desenvolvimento.

O  interdito ao debate em uma encruzilhada  fornida de desafios --a exigir uma repactuação  de prioridades, metas, prazos, concessões e salvaguardas-- constitui o grande trunfo para impedir uma mudança histórica na correlação de forças na vida nacional.

Não há,  no texto levado  à Justiça eleitoral, qualquer menção a esse aspecto crucial da luta política, através do qual a mídia passou a suprir a carência de projetos e lideranças conservadoras, distribuindo  joelhadas cotidianas nas costas do país e de sua autoestima.

O objetivo desse Juan Zuñiga  sistêmico é quebrar a  espinha dorsal da resistência ao lacto purga social intrínseco às propostas dos candidatos vivamente empenhados em devolver a economia ao livre arbítrio dos mercados.

A omissão, afirma-se, reflete a natureza inconclusa do documento.

Trata-se de um couvert. Não o cardápio definitivo da candidata, ou o do PT.

Mas um aperitivo  palatável à ecumênica coligação de forças políticas  –do PMDB ao PCdoB, passando pelo PP e o PR—que sustentam a candidatura Dilma.

Por isso mesmo  a ressalva das ‘linhas gerais’.

Ou seja, um ponto de partida  que  “...o Partido dos Trabalhadores (PT) propõe para debate, num processo de ampla consulta aos movimentos sociais e aos partidos aliados ( quando)  será aprofundado por meio de grupo temáticos’, diz a advertência introdutória ao documento (leia a sua íntegra ao final desta nota).

É fundamental que seja assim e que assim seja.

Sem suprir as lacunas do seu ferramental político,  as diretrizes progressistas explicitadas no texto correm o risco de ficar à  deriva.

A principal delas diz respeito à consolidação de um Estado social no país. A outra, a determinação de reformar o sistema político e ampliar a democracia participativa.
Ambas entrelaçadas ao propósito de elevar o Brasil à condição de uma economia desenvolvida nos próximos anos.

Portanto, a economia não irá a lugar nenhum sem eles. E eles não sairão das boas intenções sem canais que facultem à sociedade o debate ponderado, informativo e formativo sobre seus desafios.

“Ampliar a democracia política é um objetivo que anda junto com o compromisso de aumentar cada vez mais a democracia econômica – a distribuição de renda e a eliminação da pobreza. Além das medidas que serão tomadas de aprofundamento da democracia, soma-se o Sistema Nacional de Participação Popular, que terá a função  de consolidar as formas de participação colocadas em prática nos governos Lula e Dilma e institucionalizá-las. A proposta é transformar a participação popular em uma cultura de gestão e as novas tecnologias permitem ampliar e estimular o debate da população (...) Construir um novo ciclo de transformações significa transpor o degrau que hoje separa o Brasil do mundo desenvolvido, isso apenas pouco mais de uma década depois de termos iniciado, e estarmos vencendo, a batalha contra a miséria e a desigualdade. O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido. Chegou a hora de alçarmos o Brasil à condição de desenvolvido e justo (...) ”, afirma o documento.
A centralidade da questão democrática  é um avanço em relação às plataformas eleitorais anteriores do PT.

Não se trata mais de cobrar um espaço para os excluídos no sistema político, mas de mudar a própria  natureza desse sistema para que eles possam de fato ter voz nas decisões nacionais.

A democracia brasileira oculta, no aparente contrato de um acordo social periodicamente repactuado nas urnas, a hegemonia de uma desigualdade bruta que ainda grita sua ostensiva presença no ranking das maiores do mundo.

O Estado brasileiro é o cão de guarda dessa engrenagem, que o conservadorismo quer manter obediente à coleira dos interesses unilaterais dos endinheirados.

Os avanços registrados nos últimos anos mexeram na divisão do fluxo da riqueza no país, sem no entanto  alterar o estoque que alicerça esses privilégios, bem como as estruturas que enraízam um sistema de poder ferozmente elitista defendido com unhas e dentes  pela emissão conservadora.

 Subverter a natureza desse aparato implica não apenas mudar o financiamento eleitoral ou oxigenar a gestão do Estado com uma bem-vinda institucionalização da participação consultiva dos movimentos sociais na gestão das políticas públicas.

É preciso dar a esse deslocamento a  audiência das grandes massas, de modo a  traduzi-lo em uma correlação de forças que possa sustentar um ciclo de desenvolvimento emancipador.

Isso não acontecerá sem uma  democratização dos meios de comunicação. E será boicotado até o limite da ruptura democrática pelo oligopólio hoje existente.
As linhas gerais do Programa de Governo de Dilma incluem goleadas históricas encorajadoras.

Mas  se omitem diante de uma questão chave, que pode por a perder o jogo decisivo do desenvolvimento brasileiro (leia o artigo de Wanderley Guilherme dos Santos; nesta pág).

O debate sobre o documento deve superar essa hesitação.

A máquina de dar joelhadas  já quebrou a espinha política do país algumas vezes no passado.

 E nada indica que não o fará de novo.

(Leia a seguir a íntegra das Linhas Gerais do Programa de Governo de Dilma Rousseff)

Mais Mudanças, Mais Futuro

Linhas gerais do Programa de Governo que a candidata Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores (PT) propõem para debate, num processo de ampla consulta aos movimentos sociais e aos partidos aliados.

Esse trabalho será aprofundado por meio de grupo temáticos.

Os 12 anos que transformaram o Brasil

Pouco mais de uma década de profundas transformações econômicas e sociais tornaram o Brasil mais justo. Ao longo de três gestões comprometidas com a garantia do direito de cidadania a todos, houve um salto inegável de melhoria nas condições de vida da população. Nenhum país conseguiu, em tão pouco tempo, tirar um contingente tão grande de pessoas da miséria.

Um período tão continuado de políticas distributivistas produziu algo inédito: milhões de jovens cresceram em melhores condições que seus pais, tiveram acesso à educação e à saúde como nenhum de seus antepassados, vivem um período prolongado de contínua ascensão social e construíram uma imensa confiança no futuro.

Em apenas 12 anos, o PT e os partidos aliados fizeram uma revolução social pacífica, o mais amplo e vigoroso processo de mudança da história do país. Depois dessas grandes transformações, é preciso inaugurar um novo ciclo de mudanças, para superar problemas estruturais e seculares que ainda impedem o desenvolvimento pleno de um país mais justo e para garantir que não ocorrerão retrocessos nas importantes conquistas obtidas nos últimos 12 anos. Este novo ciclo estará assentado nos dois pilares básicos do nosso modelo – a solidez econômica e a amplitude das políticas sociais – e na estruturação de um novo pilar: a competitividade produtiva. A competitividade produtiva será atingida por meio dos investimentos em produção e consumo de massa, investimentos em infraestrutura social e econômica, na construção de um Brasil sem Burocracia e nas áreas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação,   construindo uma sociedade do conhecimento.

Esse novo pilar trará avanços ainda maiores na melhoria da infraestrutura e dos serviços públicos, na desburocratização de nosso País, na ampliação e efetivação do crédito, na melhoria da qualidade do emprego, no estímulo continuado ao empreendedorismo, no desenvolvimento tecnológico e no aumento da produtividade da nossa economia. O crescimento do emprego, a ampliação e qualificação do mercado interno e  a expansão das exportações põem no centro da política econômica a questão da produtividade. Seu incremento se dará pela modernização do parque industrial brasileiro, pela melhoria no ambiente de negócios e pela maior capacitação de nossas empresas e da qualificação de nossa mão de obra. Fixando raízes na defesa intransigente da solidez macroeconômica, na continuidade e no fortalecimento das políticas sociais, e na busca permanente do crescimento econômico inclusivo e sustentável, promovendo a competitividade produtiva e assumindo a garantia de acesso à educação de qualidade como grande motor da transformação, o novo ciclo histórico que propomos ao Brasil passa pelas reformas política, federativa, urbana e dos serviços públicos.

Grandes mudanças, o ponto de partida para mais transformações.

Nas três primeiras gestões petistas, os governantes, junto com os partidos aliados, tomaram a decisão política de reconhecer direitos que até então eram subtraídos da imensa maioria da população: morar, comer, estudar, ter acesso a serviços de saúde, ao saneamento básico, à casa própria, ao emprego e a um patamar mínimo de renda para ter uma vida digna. Ao mudar as condições de vida desse enorme contingente de pessoas, trouxe-os à esfera pública, conscientes de seus direitos.

São eles que ingressam no mercado de trabalho mais instruídos que a mão de obra anterior; que conseguem chegar à faculdade como os primeiros dentro de seus núcleos familiares; que pressionam o poder público com demandas por mais serviços e de melhor qualidade.

Doze anos de governos comprometidos com o desenvolvimento, com a geração de oportunidades e com a garantia de direitos colocaram o debate sobre o futuro do Brasil em outros termos. A discussão hoje é outra porque a tarefa de combater a extrema pobreza, que remonta à criação do Estado brasileiro, foi superada em pouco mais de uma década de governos integralmente comprometidos com o objetivo de mudar a realidade social do país.


Para os cidadãos brasileiros, o necessário para o futuro mudou porque o patamar de exigências passou a ser outro: não querem mais o mínimo necessário para viver, mas o máximo possível para que mantenham o seu poder de consumo e possam acenar para seus filhos com vidas melhores que as deles. Deixamos para trás a estagnação econômica, a falta de esperança e de perspectivas que contaminavam o Brasil e os brasileiros quando o PT e os partidos aliados chegaram ao poder, em 2003.

A profissão de fé do PT em um novo modelo de desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável mostrou-se o caminho para construir um país melhor e muito menos desigual do que o oferecido ao Brasil antes de 2002. Um modelo sustentável de desenvolvimento, baseado no aumento de investimentos na economia, em inflação baixa, numa radical redução da pobreza, em redistribuição de renda e no fortalecimento do consumo de massa.

Em 2010, quando a presidenta Dilma se apresentou como candidata de continuidade do governo Lula, esse modelo estava solidamente estruturado por oito anos de radicais mudanças no modo anterior de gerir a economia e a vida dos brasileiros. O PT e seus aliados haviam provado sobejamente que o programa de desenvolvimento proposto à sociedade oito anos antes era o que tinha condições de proporcionar uma mudança histórica na estrutura social e econômica de um país marcado pela pobreza.

Recusamos, nestes 12 anos, o pensamento único que anunciava a inevitabilidade da sociedade dual, onde crescimento rimava com desigualdade. De forma inédita, conseguimos associar crescimento econômico e redução da desigualdade, aumento do salário mínimo e elevação das taxas de emprego, expansão das políticas sociais universais com maior inclusão dos setores mais pobres e vulneráveis da população. As políticas econômica e social ampliaram sua articulação. O dinamismo da economia e a melhoria das contas públicas no período permitiram a expansão do gasto social e a ampliação do seu impacto distributivo, social e regional. Nesta trajetória, o incremento do emprego e da renda do trabalho foi acompanhado pela ampliação da rede de proteção social.

A nossa política econômica foi erguida sobre dois pilares: a solidez da política econômica e a criação e fortalecimento de um grande mercado de consumo de massas. A política macroeconômica defendida nas campanhas eleitorais e executada nos  governos do PT e dos partidos  aliados é baseada na construção de condições para redução sustentável das taxas de juros; na flexibilidade da taxa de câmbio em patamares compatíveis com as condições estruturais do País; na inflação baixa e estável; no rigor da gestão fiscal; na ampliação do investimento público; no incentivo ao investimento privado e no fortalecimento das parcerias entre Estado e iniciativa privada.

A esses elementos foram agregadas medidas para promover maior competitividade de nossa estrutura produtiva, como desonerações tributárias, redução dos custos de produção, crédito em condições adequadas, incentivos à inovação e os investimentos crescentes em educação.

 Entre as desonerações promovidas no governo Dilma, vale destacar as da cesta básica e da folha de pagamentos. Esta última beneficia 56 setores. O Plano Brasil Maior foi o condutor da agenda de política industrial implementada no Governo Dilma, com o propósito de aumentar a capacidade competitiva da nossa indústria, particularmente em um período de grandes adversidades internacionais. Com o Brasil Maior, defendemos a produção nacional, por meio de políticas de compras governamentais, fixando margens de preferência para produtos nacionais e a política de conteúdo local, em especial na área do petróleo.

Adotamos medidas de estímulo ao desenvolvimento de cadeias produtivas, como o Inovar-Auto. Estimulamos o aumento de exportações com o Reintegra. Ampliamos os recursos do BNDES para o financiamento do investimento, com o PSI/BNDES, bem como os recursos para capital de giro, com o PROGEREN. Criamos a Agência Brasileira Garantidora de Fundos.

Em um cenário de normalização do crescimento e do comércio internacional esperado para os próximos anos, nossa política industrial deverá gerar inquestionáveis benefícios à indústria brasileira e à prestação de serviços e à agropecuária. Foram adotadas também políticas consistentes e continuadas de apoio ao agronegócio e à agricultura familiar. A produção de grãos saltou de 96 milhões de toneladas em 40 milhões de hectares, na safra 2001/2002, para 191 milhões de toneladas em 56 milhões de hectares, na safra 2013/2014.

Tamanho aumento da capacidade de produção e da produtividade foi possível pela expansão do crédito e das políticas de apoio à produção e será ainda mais impulsionada pela conclusão de obras estratégicas de infraestrutura. Para a safra de 2014/2015, estão previstos R$ 156,1 bilhões para financiar o agronegócio.

Como resultado da política de fortalecimento da agricultura familiar, com crédito, seguro safra e políticas de comercialização, a renda no campo aumentou 52%, em termos reais, nos últimos quatro anos. Para a safra 2014/2015, o crédito para agricultura familiar será de R$ 24,1 bilhões.

 As iniciativas dos governos Lula e Dilma para o estímulo ao empreendedorismo e o fortalecimento das micro e pequenas empresas merecem destaque. Em 2006, o Simples Nacional foi implantado, dando consistência prática à previsão de tratamento diferenciado contida na Constituição Federal. Em 2008, foi instituído o Microempreendedor Individual (MEI), para trazer para a formalidade milhões de pequenos negócios. O governo Dilma cuidou muito do aprimoramento dos mecanismos de apoio ao empreendedorismo. Aprimorou a legislação da pequena empresa e do microempreendedor individual, ampliando em 50% o limite das faixas para enquadramento no Simples Nacional.

No caso do MEI, houve também redução da alíquota de contribuição para o INSS para apenas 5% do salário mínimo. Com isto, hoje já são 4,16 milhões de brasileiras e brasileiros no MEI que trabalham por conta própria formalizados e protegidos pela Previdência. Outras 4,7 milhões de empresas são micro e pequenas que se beneficiam do Simples Nacional.

Foi criado o CRESCER, programa de microcrédito produtivo orientado para facilitar o acesso dos pequenos empreendedores aos recursos necessários para abrir, manter e expandir seus negócios. Em menos de três anos, o CRESCER concedeu R$ 14,1 bilhões em crédito, em 9,4 milhões de operações. Deste total, um terço foi realizado por  beneficiários do Bolsa Família, que buscam fortalecer seu pequeno negócio com o microcrédito. Alcançamos metas ousadas em nossas políticas ambientais.

Os excepcionais resultados logrados pelo Brasil no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado garantiram ao País o papel de maior redutor de emissões de gases de efeito estufa no Planeta. Após anos de debate, conseguimos aprovar, em 2013, o novo Código Florestal, que garantiu as bases mais sustentáveis para a produção agrícola e mais segurança jurídica para os produtores. Também aprimoramos os mecanismos de licenciamento ambiental e avançamos na regulamentação do uso sustentável de nossa biodiversidade. Este é o primeiro pilar do modelo desenvolvimento sustentável que mudou o Brasil.
Ao final de três mandatos, todos os indicadores econômicos do período são positivos e sempre muito melhores que os vigentes em 2002.

 Em 2002, a inflação anual chegou a 12,5%. Em 2013, estava num patamar de 5,9%. A expectativa para 2014 estará dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O controle da inflação foi mantido, sempre, como prioridade de nossos governos, e assim continua. Entendemos o poder devastador da inflação sobre as rendas das famílias, os salários e os lucros das empresas e por isso jamais transigiríamos ou transigiremos com um elemento da política econômica com esse potencial desorganizador da vida das pessoas e da economia.
A taxa de investimento da economia brasileira, que era de 16,4% em 2002, passou para 18,2% em 2013.

A taxa de desemprego assumiu a desejada trajetória de queda: em dezembro de 2002, 10,5% da população economicamente ativa estava desempregada; em abril de 2014, o desemprego havia caído para 4,9%, configurando uma situação inédita na história do país, de pleno emprego.

No setor externo, todos os indicadores atingiram marcas históricas nesse período de 12 anos. No período de doze meses encerrado em maio de 2014, o Brasil recebeu US$ 66,5 bilhões em Investimento Direto Externo (IDE), quatro vezes o montante de 2002 (US$ 16,6 bilhões).

São históricos também os volumes de exportações e de reservas internacionais do período 2002-2013.

As exportações, que somavam US$ 60 bilhões em 2002, atingiram US$ 242 bilhões de 2013. As reservas cambiais saltaram de US$ 37,8 bilhões em 2002 para US$ 379,8 bilhões em maio de 2014.

Sob qualquer ótica, portanto, os indicadores macroeconômicos mudaram de patamar.

O risco de quebra do País deixou de ser uma ameaça. A dívida líquida do setor público decresceu de 60,2%, em 2002, para o patamar de 34,6% em maio de 2014.

A dívida externa brasileira foi equacionada pelo acúmulo de reservas cambiais. Ela representava 19,2% do PIB em 2002; em 2013, não passava de 3,1% do PIB.
Não só pagamos a dívida feita junto ao FMI para salvar o Brasil da insolvência, como nos tornamos credores do Fundo, situação inédita em nossa história. Os governos Lula e Dilma se propuseram e dar um caminho de desenvolvimento contínuo ao país e conseguiram isso, com crescimento econômico, sem vender patrimônio público, sem submeter o país às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI), sem desconhecer direitos históricos do trabalhador e sem transferir para os mais pobres a conta das crises internacionais.

Com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com o Programa de Investimento em Logística, os governos do PT assumiram a histórica tarefa de investir na infraestrutura logística brasileira, fundamental para o crescimento e a competitividade de nossa economia. Investimentos públicos e parcerias com a iniciativa privada estão mudando radicalmente nossas rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, nossa capacidade de geração de energia e nossa infraestrutura urbana, com destaque para habitação, mobilidade urbana e saneamento básico.

O Brasil dos governos do PT e de seus aliados ficará marcado como o período da história recente com mais entregas de grandes obras de infraestrutura. Desde 2007, foram concedidos 8.630 km de rodovias, que correspondem a 13% da malha rodoviária federal, e foram construídos ou duplicados 6,1 mil km de rodovias.

Após décadas de paralisação de investimentos em ferrovias, foram construídos 1,96 mil km  de novas ferrovias e o novo modelo de concessão e operação ferroviária foi aprovado.

Para aumentar a produtividade de nossa infraestrutura portuária, concluímos a dragagem de 13 portos e ampliamos berços, cais e melhoramos acessos terrestres em 9 portos. Com a nova Lei dos Portos, aprovada em 2013, ampliamos a participação do setor privado no setor portuário, por meio de arrendamentos nos portos organizados, bem como autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP). Até o momento já foram autorizados 22 novos TUPs.

 A capacidade instalada de nossos aeroportos cresceu 191% entre 2002 e 2013, passando de 97,9 milhões para 285 milhões de passageiros por ano.

Concluímos obras de ampliação de terminais de passageiros, pátios e pistas em aeroportos. Durante o governo Dilma, foram concedidos 6 grandes aeroportos nacionais - Guarulhos/SP, Campinas/SP, Brasília/DF, Galeão/RJ, Confins/MG e São Gonçalo Amarante/RN.

Entre 2003 e 2014, retomamos a construção de grandes usinas hidrelétricas e foram acrescidos ao parque gerador brasileiro 48.866 MW, cerca de 60% da capacidade instalada do País em 2002. O aumento médio de mais que 4 mil MW por ano é superior à construção de uma usina do porte de Jirau, no rio Madeira, a cada ano.

A contribuição de fontes alternativas para o sistema integrado, como a biomassa, energia eólica e solar, cresceu de 240 MW para 3.101 MW.

 Criamos o Programa Nacional do biodiesel, para fortalecer a diversificação de nossa matriz energética. A partir de 2010 passou ser obrigatória a mistura de 5% do biodiesel no diesel, em 2014 já são 6% e, a partir de novembro deste ano, será 7%.

Ao mesmo tempo, a Presidenta Dilma instituiu medidas para reduzir o custo da energia, melhorando a competitividade da indústria brasileira e desonerando os consumidores. Foi antecipada a renovação das concessões de usinas antigas que já estavam amortizadas, proporcionando redução do custo da energia de, no mínimo, 18%. No mesmo período, construímos 43,5 mil km de linhas de transmissão, reforçando o Sistema Integrado Nacional, garantindo o fornecimento seguro de energia.

Na área de petróleo e gás, o resultado de maior destaque foi, sem dúvida, a descoberta do pré-sal.

Em 2013, foi realizado o primeiro leilão do pré-sal, no campo de Libra, com volume de petróleo recuperável estimado entre 8 e 12 bilhões de barris.

Em 2014, foi autorizada a contratação direta da Petrobras para a exploração dos campos de Búzios, entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, com volume de petróleo recuperável estimado entre 10 a 15 bilhões de barris.

Somente nesses campos e em Libra estima-se haver um volume de petróleo equivalente a 1,5 vezes as reservas provadas no país até 2013.

A média de produção de petróleo cresceu 50% entre 2002 e 2013. Agora, em 2014, a produção da Petrobras oriunda de petróleo do pré-sal chegou a mais de 500 mil barris/dia.

 Levamos 31 anos para produzir os primeiros 500 mil barris e agora, em apenas três anos, produzimos  500 mil barris de petróleo oriundos do pré-sal. O número de plataformas de produção de petróleo em operação passou de 36 para 82, entre 2002 e 2014.

Atualmente, 28 sondas para exploração do pré-sal estão contratadas para construção em estaleiros brasileiros. A infraestrutura de gasodutos cresceu de 5.417 km de extensão para 9.489 km, entre 2002 e 2014.

Foram também retomados os investimentos em novas plantas de refino com a construção da importantes refinarias.

A indústria naval brasileira recuperou e ampliou sua capacidade produtiva e alcança hoje 80 mil trabalhadores, voltando a ocupar uma posição de destaque no mundo. Até 2017, deverá ocupar 100 mil trabalhadores.

Essa recuperação é fruto das grandes encomendas da PETROBRAS com exigência de conteúdo nacional, e da disponibilidade de financiamento pelo Fundo de Marinha Mercante, que cresceu 784%, em termos reais, entre 2002 e 2013.

 O programa Minha Casa, Minha Vida, em suas duas fases, já contratou 3,45 milhões de casas, 1,7 milhão das quais já foi entregue, o que corresponde a mais de 6 milhões de brasileiros vivendo em sua casa própria, o equivalente à população da cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior do país.

O sistema de financiamento habitacional, por meio do SBPE-Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, financiou 529,8 mil moradias em 2013, 18 vezes mais do que em 2002, quando foram financiadas 28,9 mil moradias.

Para melhorar as condições de transporte urbano da população nas grandes cidades, principalmente para reduzir o tempo que se gasta nos deslocamentos diários para o trabalho ou para o estudo, o Governo Federal garantiu R$ 143 bilhões em investimentos de mobilidade urbana para Estados e municípios.

Com esses recursos, importantes obras estão sendo realizadas e planejadas em todas as regiões brasileiras.

 São mais 651 km de transportes sobre trilhos (metrô, Monotrilho, VLT, Trem Urbano e aeromóvel), 3.188 km de transportes sob pneus (BRT e corredores) e 21 km de transporte fluvial urbano.

 Para enfrentar o déficit de saneamento básico, desde 2007, foram selecionados pelo Governo Federal R$ 74 bilhões em obras.

Os desembolsos anuais em saneamento cresceram mais de 10 vezes em termos reais, passando de R$ 998 milhões em 2002 para R$ 10,3 bilhões em 2013.

Embora grande parte das obras ainda esteja em execução pelos municípios e Estados, o índice de tratamento de esgoto cresceu 19% no país.

Os investimentos em segurança hídrica ganharam escala inédita nos últimos três anos. São mais de R$ 32 bilhões em obras para garantir oferta de água em quantidade e qualidade para populações que vivem no semiárido e outras regiões com escassez de água.

A principal obra em execução é a Integração do Rio São Francisco, maior obra hídrica do Brasil, com 469 km, que se estende pelos Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. A ela se somam, em todo o Nordeste, obras estruturantes, que vão mudar o perfil da oferta de água: o Eixão das Águas e o Cinturão das Águas no Ceará; as Adutoras de Piaus e Bocaína, no Piauí; a Adutora do Alto Oeste e Seridó, no Rio Grande do Norte; o canal da Vertente Litorânea, na Paraíba; o Ramal do Agreste e as Adutoras do Agreste e do Pajeú, em Pernambuco; o Canal do Sertão Alagoano, em Alagoas; a Adutora do S. Francisco, em Sergipe; a Adutora do Algodão e a do Feijão, na Bahia.


Para democratizar o acesso à água, já foram entregues, no Nordeste, 937 mil cisternas, das quais 607 mil somente no governo da Presidenta Dilma.

 Até o final de 2014, chegaremos a 1,080 milhão cisternas instaladas por todo o Nordeste. Vale destacar que, embora o Brasil tenha vivido, nos últimos três anos, a maior seca das últimas décadas, graças à intensa ação do governo Dilma não houve o drama dos retirantes famintos e sem rumo que nos afligia no passado.

Não houve saques motivados pelo desespero da falta de comida; a mortalidade infantil não aumentou. Foi montada a maior operação de oferta de água por carros-pipa da história, sob a coordenação do Exército, mobilizando mais de seis mil pipeiros contratados pelo Governo Federal.

Foram implantados 207 sistemas simplificados de abastecimento de água e 95 poços nos Estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco e Sergipe. Para garantir renda às famílias de agricultores, pagamos o Bolsa Estiagem para cerca de um milhão de famílias, e o Garantia Safra para outros 870 mil. Foram vendidas 930 mil toneladas de milho a preço subsidiado para auxiliar na alimentação dos animais. Para apoiar a continuidade dos pequenos negócios, foram feitas 511 mil operações por uma linha de crédito emergencial, mobilizando 3,45 bilhões de reais.

Todos os investimentos descritos até aqui têm sido essenciais para ampliar a eficiência e a competitividade da economia, para estimular o crescimento, para gerar emprego e melhorar a vida dos cidadãos em todo o país. Investir para proporcionar mais e melhor infraestrutura produtiva e social tornou-se fator de dinamização econômica, assim como as políticas de inclusão social e redistribuição de renda.

O segundo pilar do modelo de desenvolvimento dos governos do PT e de seus aliados foi a implantação de uma rede de políticas de proteção e inclusão social que tornaram o Brasil um país verdadeiramente de 200 milhões de cidadãos.

Em três mandatos sucessivos, criamos um imenso e dinâmico mercado de consumo de massa, e obtivemos marcas históricas de geração de emprego, aumento do salário real e distribuição de renda.

Em nenhuma outra situação a frase “nunca antes na historia deste país” refletiu tão fielmente a realidade dos números.

Desde 2003, 36 milhões de brasileiros foram tirados da extrema pobreza. Somente entre 2011 e 2013, com o Plano Brasil Sem Miséria, 22 milhões de pessoas foram resgatadas da extrema pobreza.

O governo Dilma pode, portanto, garantir a superação da extrema pobreza no Brasil, sob o critério de renda.

Além do enfrentamento da extrema pobreza, alcançamos, nos três governos do PT, uma extraordinária mudança no perfil da sociedade brasileira, pois 42 milhões ascenderam à classe média.

Antes de 2003, na base da pirâmide social estavam concentrados 54,9% dos brasileiros (classes D e E) e a classe média (C) representava 37% da população.

Hoje, a maioria da população está situada no meio da pirâmide: 55% dos brasileiros estão na classe média. As classes D e E, somadas, hoje representam 25% dos brasileiros.

A decisão de dar centralidade ao combate a pobreza e a miséria, e de fazer política econômica sem suprimir direitos, fez o Brasil andar na contramão dos países desenvolvidos vitimados pela crise financeira iniciada em 2008 e que usaram os mecanismos tradicionais de política neoliberal - desemprego e redução de salário e de direitos trabalhistas - para combatê-la.

Em todo o período Lula-Dilma, até maio de 2014, o País gerou 20,4 milhões de novos empregos. Enquanto, em todo o mundo, a crise eliminou 60 milhões de empregos, de 2008 até hoje, no Brasil 11 milhões de postos de trabalho com carteira de trabalho foram criados. No governo Dilma, até maio de 2014, foram gerados 5,05 milhões de empregos formais. Desde 2003, a taxa de desemprego declinou até chegar a 4,9% em abril de 2014, considerada uma situação de pleno emprego. De 2003 até hoje, a renda do trabalhador cresceu 70% acima da inflação. Outro marco histórico dos governos do PT e de seus aliados.

No campo, 771 mil famílias tiveram acesso à terra por meio da Reforma Agrária, com acesso a crédito fundiário. Entre 2003 e 2013, 51 milhões de hectares foram incorporados pelo programa de reforma agrária.

Fizemos da inclusão social um fator de dinamização da economia brasileira e os resultados são extraordinários: mais emprego, mais renda, mais futuro para todos os brasileiros. Um caminho que não possui retorno e não admite recomeço, somente mais avanços, mais mudanças.

No novo Brasil que estamos construindo desde 2003, a democratização do acesso à educação de qualidade tem uma dupla função.

Por um lado, permite moldar uma nação democrática e soberana, fundada na disseminação do conhecimento e da cidadania, o que deve assegurar a perenidade da erradicação da miséria e da pobreza. E, por outro, permite preparar o país para o grande desafio de fundar seu crescimento na criação de tecnologia e na inovação, ou seja, privilegiando a formação educacional e científica e, portanto, a economia do conhecimento.

O reconhecimento do direito à cidadania foi fortemente alicerçado na democratização do acesso à Educação.

Este papel central da educação foi reconhecido, nos últimos 12 anos, na ampliação do orçamento federal do setor, que passou de R$ 18 bilhões, em 2002, para R$ 112 bilhões, em 2014, um crescimento real de 223%. Foi reafirmado com a criação do FUNDEB, em 2006, aumentando o apoio concedido a Estados e municípios para que ofereçam educação de qualidade em seus territórios.

No governo Dilma, pela primeira vez, o governo federal estabeleceu uma política de construção de creches. Além disso, reduziu de sete para seis anos a obrigatoriedade do início da escolarização.

A partir de 2016, a idade cairá de seis para quatro anos. Os municípios passaram a ser apoiados no processo de expansão de vagas para a educação infantil.

 No governo Lula, foi contratada a construção de 2.543 creches e, no governo Dilma, até maio de 2014, mais 6.036 creches tiveram recursos autorizados pelo governo federal.

Nossa tarefa é garantir a todas as nossas crianças, desde cedo, os estímulos pedagógicos e cuidados de qualidade tão necessários a sua formação. A expansão da educação em tempo integral nas escolas públicas tornou-se prioridade para o governo federal. Antes do governo Lula, praticamente não havia apoio aos Estados e municípios para oferecer atividades pedagógicas no contraturno escolar.

Ao final do governo Lula, 10 mil escolas já ofereciam educação em tempo integral.
No governo Dilma já são 49 mil escolas em tempo integral.

Os governos Lula e Dilma removeram a inaceitável restrição herdada dos governos anteriores, que impedia a expansão da rede federal de escolas técnicas. Impedia, enfim, de levar oportunidades de formação técnica e profissional a jovens de todo o país.

 No governo Lula, foram criadas 214 novas escolas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. No governo Dilma, foram mais 208 escolas. Em apenas 12 anos, a rede de educação profissional federal saltou de 140 escolas em 119 municípios para 562 em 507 municípios.

A esse esforço de expansão da rede federal de escolas técnicas, somou-se o PRONATEC, o maior programa de formação profissional da história do Brasil, criado no governo Dilma.

 Até o final de 2014, serão 8 milhões de vagas para jovens e trabalhadores em cursos técnicos e de qualificação profissional, feito em parceria com o sistema S – SENAI, SENAC, SENAR e SENAT.

No governo Dilma, ampliou-se fortemente a oportunidade de chegar à universidade. Além de oportunidades reais de entrada na rede pública de ensino superior, o estudante também pode ter acesso, a partir do ENEM, a um caminho de oportunidades também na rede privada, seja por meio do ProUni ou do FIES.

Desde 2010, foram firmados mais de 1,6 milhões de contratos de financiamento no ensino superior.

A grande transformação que os governos do PT e de seus aliados vêm promovendo no ensino expressa-se, também, na duplicação do número de matrículas nas universidades brasileiras entre 2002 e 2013.

Expressa-se na adoção da lei de cotas nas universidades públicas e nos 3 milhões de estudantes que tiveram oportunidade de fazer um curso superior graças ao ProUni e ao FIES.

Expressa-se também nas 18 novas universidades federais e 173 campus criados nos últimos 12 anos.

Expressa-se na afirmação do ENEM como critério nacional de acesso ao ensino técnico e superior, reconhecido pelos 9,5 milhões de brasileiras e brasileiros que se inscreveram para fazê-lo em 2014. Ou ainda no fortalecimento, a cada ano, do SISU como processo seletivo nacional para nossas universidades, baseado na nota do ENEM. E também no Ciência sem Fronteiras, criado no governo da Presidenta Dilma, para oferecer bolsas de estudo nas melhores universidades do exterior para os melhores estudantes brasileiros das áreas tecnológicas, de engenharia, exatas e biomédicas. Até o final de 2014, 101 mil bolsas serão concedidas. São políticas amplas e diferenciadas, mas com um propósito único: construir um caminho de oportunidades para os jovens brasileiros. Este é o diferencial dos governos do PT, a semente da grande mudança do Brasil: os brasileiros sempre quiseram avançar, sempre se esforçaram, sempre buscaram novas oportunidades.

Com os governos do PT, o Estado brasileiro assumiu a tarefa de garantir essas oportunidades para todos, em todo o País. Tornamos o Estado brasileiro parceiro de nossa população na construção de um futuro mais promissor com base no acesso à educação.

A melhoria das condições de saúde do povo brasileiro, nos últimos anos, explica-se tanto pela expansão das ações e serviços garantidos pelo SUS como pelo crescimento econômico, pela implementação de políticas sociais de combate à pobreza, e pelo aumento do acesso a esgoto e água tratada durante os Governos Lula e Dilma.

O impacto sobre os indicadores de saúde no período é bastante expressivo.
 O Brasil é um dos países que mais reduziu a mortalidade infantil no mundo, segundo a UNICEF. Para garantir acesso, com qualidade, aos serviços e ações de Saúde, os governos Lula e Dilma em parceria com Estados e municípios, implantaram importantes políticas.

Com o Mais Médicos, garantimos melhoria na atenção à saúde para 50 milhões de pessoas, em 3.800 municípios. O Programa Aqui Tem Farmácia Popular atende a mais de 6,8 milhões de pessoas/mês e o SAMU atende 73% da população brasileira. Atualmente, 80 milhões de pessoas têm acesso à atenção de saúde bucal pelo Programa Brasil Sorridente.

O governo federal tem apoiado os municípios para construir, ampliar e reformar equipamentos de saúde, como as mais de mil Unidades de Pronto Atendimento-UPA e os mais de 26 mil Postos de Saúde. Os governos Lula e Dilma não se furtaram, um só momento, de enfrentar o desafio de garantir segurança à população brasileira.

Nos últimos 12 anos, a palavra-chave das principais políticas na área de Segurança Pública tem sido a integração com os governos estaduais. O governo federal tem procurado estabelecer parcerias para fortalecer e complementar as ações estaduais, além de ter aprimorado sua atuação nas áreas de fronteira. O Plano Estratégico de Fronteiras, em parceria com as forças estaduais de segurança, tem garantido um controle mais efetivo das nossas fronteiras. Evitamos, com o enfrentamento ao tráfico de drogas e armas, o fortalecimento do crime organizado em todo o país. O sistema prisional brasileiro está entre as prioridades na área de segurança pública.

O Programa de Apoio ao Sistema Prisional destinou, no governo Dilma, R$ 1,1 bilhão para que os Estados possam ampliar e construir unidades prisionais, gerando 47.419 novas vagas. A Força Nacional de Segurança Pública ampliou sua ação, cumprindo papel decisivo no apoio ao combate à violência nos Estados. Desde 2011,

A Força atuou em 78 operações em 22 estados, nos mais diferentes tipos de situação. O fortalecimento das Polícias Federal e Rodoviária Federal teve sequência, com investimentos em recursos humanos e inteligência, com adoção de ferramentas de alta tecnologia. A Polícia Federal dispôs, no governo Dilma, de total autonomia para conduzir seus processos investigativos.

Os governos do PT e de seus aliados inauguraram um novo federalismo, uma nova relação entre o governo federal, os Estados e Municípios, baseado numa relação republicana de cooperação e parceria. Num país de dimensões continentais, o fortalecimento do municipalismo foi determinante para a gestão eficiente de infraestrutura urbana e rural, principalmente em áreas de forte impacto social e na saúde pública, como saneamento, e moradia, como o Programa Minha Casa Minha Vida e o Minha Casa Minha Vida Rural.

Destaca-se a distribuição a todas as prefeituras, de até 50 mil habitantes, de um kit máquinas composto por uma retroescavadeira, uma motoniveladora e um caminhão caçamba. Para os municípios do semi-árido, este kit foi acrescido de uma pá carregadeira e um caminhão pipa. As mudanças que os governos do PT promoveram na sociedade brasileira trouxeram mais desejo de mudanças, agora em outro patamar, ainda mais elevado. O desejo de mudar passa pela consolidação das conquistas já obtidas, e pela garantia de ainda mais conquistas.

Um novo ciclo histórico

Construir um novo ciclo de transformações significa transpor o degrau que hoje separa o Brasil do mundo desenvolvido, isso apenas pouco mais de uma década depois de termos iniciado, e estarmos vencendo, a batalha contra a miséria e a desigualdade. O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido.

 Chegou a hora de alçarmos o Brasil à condição de desenvolvido e justo, uma Nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, de cuidar da sua saúde, ter casa para morar, condições dignas de viver nas cidades e no campo.

Um país onde todas as pessoas tenham os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao mercado de consumo; à dignidade, à igualdade de condições, independentemente de sua raça, credo ou cor. É isso o que diz nossa Constituição, e é assim que deve ser uma verdadeira democracia.

Quando saímos da longa noite da ditadura, soubemos dizer “nunca mais”! Agora, após mais de uma década de grandes transformações em nosso país, é hora de afirmarmos “nunca menos”!

Estamos lançando um novo ciclo histórico de prosperidade, oportunidades e de mudanças.

Um dos alicerces deste novo ciclo é o fortalecimento de uma política macroeconômica sólida, intransigente no combate à inflação e que proporcione um crescimento econômico e social robusto e sustentável.

Crescimento econômico estimulado pelo aumento da taxa de investimento da economia e pela ampliação de um mercado doméstico sólido e dinâmico, e que ocorra sem obstáculos, graças à expansão dos investimentos em infraestrutura.

Prosperidade social que seja acompanhada pela geração de oportunidades para todos, por meio dos programas de inclusão dos historicamente excluídos e da educação para elevar a formação e a qualificação científica e técnica de nosso povo. Outro alicerce é nosso compromisso com o Brasil Produtivo. As nossas políticas Industrial, Científica, Tecnológica e Agrícola vão atuar para reduzir os custos de investimento e produção, estimulando nossa capacidade de inovação, reduzindo os custos logísticos e melhorando o ambiente de negócios do país.

Incentivaremos o empreendedorismo ao reduzir drasticamente a burocracia, que impõe um alto custo para as empresas. Simplificar será uma diretriz para a relação do Estado com as empresas. Vamos informatizar, criar cadastro único e diminuir o volume de documentos e registros demandados do cidadão. Vamos construir um Estado cada vez mais eficiente, transparente e moderno. Vamos promover novos aprimoramentos na legislação para progressivamente universalizar a cobertura do Simples Nacional e concluiremos esse processo com a implantação da REDESIM.

O empreendedorismo continuará ganhando imenso apoio no segundo mandato da Presidenta Dilma.

Haverá mais recursos para o CRESCER e novos estímulos para sua expansão no território nacional. Será incentivada a ampliação da presença de micro e pequenos empreendedores nos cursos, em especial de gestão, na segunda fase do PRONATEC.

Além disso, vamos estimular cada vez mais a participação desses empreendedores nas compras públicas, fortalecendo os pequenos negócios.

Modernizaremos nosso parque industrial para assegurar o aumento da produtividade e da competitividade de nossa economia, fundamental para uma inserção ativa do Brasil no cenário externo e para a ampliação das oportunidades de negócios para as empresas brasileiras. Para este propósito, continuaremos adotando programas de desenvolvimento da cadeia de fornecedores e de exigência de conteúdo local. Estimularemos a modernização do parque fabril.

Avançaremos na desburocratização de processos e procedimentos nos negócios, incluindo ampla simplificação tributária, e na redução de custos financeiros e de insumos. Investiremos na formação educacional de nossa mão-de-obra.

A combinação desses instrumentos deverá resultar em relevante incremento na produtividade industrial brasileira.

A implantação das Plataformas do Conhecimento será uma das estratégias para acelerar a geração de inovação no Brasil. Elas preveem a criação de um ecossistema de inovação, no qual a interação entre cientistas, instituições de pesquisa e empresas permitirá, para áreas estratégicas ao desenvolvimento, permitirá acelerar a produção de conhecimento e sua transformação em produtos e processos inovadores, fundamental para o crescimento de competitividade de nossa economia.

Para assegurar maior efetividade da política ambiental, fortaleceremos a coordenação intergovernamental, em âmbito nacional, de modo a somar os esforços da União àqueles dos  Estados e municípios, em especial nas áreas de licenciamento ambiental, recursos hídricos, mudança climática e florestas. As três instâncias de governo são protagonistas da política ambiental do país e a sinergia entre elas é fundamental para a qualificação de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável e inclusivo. Aprofundaremos o processo de modernização do licenciamento ambiental em curso com a regulamentação da Lei Complementar 140.

A segurança hídrica será tratada com prioridade, mobilizando ações compartilhadas e concatenadas das três esferas de governo para que as necessidades de uso múltiplas da água –  consumo humano, irrigação, hidroelétricas, pecuária e outros – sejam levadas em conta de forma racional e sustentável.

Manteremos nosso compromisso com a redução de emissões. Para isto, daremos continuidade ao combate do desmatamento, em especial na Amazônia, e aceleraremos a implementação dos planos setoriais previstos no Plano Nacional de Mudança Climática.

O Brasil se engajará fortemente nas negociações climáticas internacionais que terão lugar em 2015, para que seus interesses sejam contemplados no processo de estabelecimento dos parâmetros globais.

Aceleraremos a implementa