Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Viomundo encontrou um baleado em Pinheirinho


Sau no Viomundo:
Adriano Diogo: “Depois de balear David pelas costas, a GCM atirou nele, de novo”

David com a esposa, Laura, no Hospital Municipal de São José dos Campos, onde está internado. Foto: Renato Simões

por Conceição Lemes


O Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana, da Defensoria Pública Estadual  e do Ministério Público Estadual (Condepe) promoveu na última segunda-feira mutirão nos galpões e igreja, que abrigam os moradores despejados do Pinheirinho. Aproximadamente 90 pessoas, entre conselheiros do Condepe, parlamentares e entidades de direitos humanos participaram.


“O que mais me chamou a atenção foi o caso do rapaz de 30 anos, baleado pela GCM [Guarda Civil Municipal]; está com a perna esquerda paralisada e corre o risco de ficar com sequelas”, denuncia o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo. “Se passaram nove dias e ele não foi ouvido nem tinha feito exame de corpo de delito.”


O rapaz é David Washington Furtado, 30 anos, natural de Recife, funcionário terceirizado da Prefeitura (calça ruas, assenta sarjetas e calçadas) e agora ex-morador do Pinheirinho. Foi baleado, na área externa do acampamento, quando se dirigia junto com a esposa (Laura)  ao posto de atendimento da Prefeitura para se cadastrar.


“É a história mais escondida de São José dos Campos”, observa Adriano. “Depois de balear David pelas Costas, a GCM atirou nele, de novo, quando já estava caído no chão. Uma barbaridade.”


Foi o próprio David que contou isso a uma comissão, que o ouviu  num dos leitos do Hospital Municipal de São José dos Campos, onde está internado.


Integrada por Adriano Diogo, Carlinhos Almeida (deputado federal PT-SP), Renato Simões (conselheiro do Condepe), Ivan Seixas (presidente do Condepe) e Antonio Donizete (advogado dos moradores do Pinheirinho), a comissão levou canseira de uma hora e meia da direção do hospital, administrado pela SPDM, para entrar no quarto de David. Não teve acesso ao prontuário, apenas  conversou com os  médicos.


– Ele vai ficar paraplégico?

– Não sei ainda. Acho que não, ainda não deu para fazer a eletroneuromiografia.


– Lesionou a medula espinhal?

– Ela não foi seccionada, mas o sistema periférico da vértebra está comprometido. Tanto que ele não consegue mexer a perna esquerda.


– Mas ele vai voltar a andar sem problemas?

– Não sei se vai dar ou não.


Nesta quarta- feira, será realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo audiência pública para discutir a situação dos despejados do Pinheirinho. Participarão ex- moradores do Pinheirinho, entidades e movimentos sociais, representantes do Condepe,da Defensoria Pública Estadual  e do Ministério Público Estadual.


O espaço, a última fronteira no combate ao comunismo


Gingrich
Após a derrota do comunismo na terra a luta se dará no planeta vermelho



Ilustríssimo Professor Hariovaldo Almeida Prado
Nobres Confrades e Comadres
Nobres Clérigos
Companheiros e Companheiras de batalha
Fabrícios de todos os naipes e Curiosos em geral
Estava eu perambulando pelos blogs sujos (só podia né!); passei pelo vermelho e fui parar no Opera Mundi. Lá encontrei uma noticia deveras importante para a Pax Yankee e o progresso mundial.
Vos homens bons estão acompanhando o dia a dia dos pré candidatos na corrida de antas… ops digo, corrida presidencial na terra dos homens bons do north? Pois não é que um ananá revelou em discurso que se eleito for, irá colonizar a Lua e o planeta Marte? Digam-me prezados senhores o dito cujo é ou não é um LUNÁTICO! …ou que sabe um Martático?
O pré-candidato republicano à presidência daquela joça lá de cima… digo, dos States, Newt Gingrich revelou esta semana que, se eleito for, irá instalar uma base norte-americana na Lua e colonizar o satélite até o ano 2020. O projeto, segundo ele, seria uma estratégia para desenvolver um “robusto comércio espacial. Fazendo uso do imenso dinamismo da economia americana e da capacidade de seus lideres natos, da lua ele pretende explorar o quintal de Marte.
Falando a cerca de 700 otários digo, eleitores reunidos na doca espacial da Flórida, assegurou que, ao oferecer preços especiais (ou seriam espaciais??), pode estimular o setor privado a financiar o projeto. – Olha uma privatização ai gente!
Esta não é a primeira vez que o Mister Bean americano manifesta seu interesse no “mercado imobiliário espacial”. Em outra ocasião ele revelou que adoraria mudar-se para a Lua permanentemente. (Tchau!)
Segundo suas próprias palavras: “Há todos os motivos para se acreditar que existe gente nos EUA e pelo mundo que iria pagar valores incríveis e se tornar a casta espacial, literalmente, um grande negócio”.
Naturalmente os homens bons de todo o mundo pagariam imensas fortunas para morar numa mansão de frente para o mar da tranqüilidade. Longe da choldra e das pessoas diferenciadas…
Notem bem, Homens bons residiriam no mar da tranqüilidade e os serviçais morariam no Oceano das Tormentas ou no Mar de Chuvas.

Gingritch vai para o espaço e promete a Lua

Ross Douthat , colunista (conservador) do The New York Times, diz hoje, depois das primárias da Flórida terem sido vencidas com folga por Mitt Roomey, que a candidatura do ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich “foi indo, foi indo, foi indo e foi-se”.
Como com o ultradireitista Rick Santorum, Gingrich parece estar sendo esvaziado pela assunção, cada vez maior, de um perfil mais conservador pelo ex-governador de Massachusetts.
Ontem, diante de uma espantada entrevistadora da CNN, Roomey  disse:  “eu não estou preocupado com os mais pobres.”, avisando que seu foco são os americanos de classe média.
Num país em que o desemprego não consegue baixar dos 9% e cujos níveis de pobreza são os maiores de sua história recente, não parece ser boa estratégia, senão para, claro, jogar nas costas dos programas sociais – e dos impostos que são necessários para mantê-los- a culpa pelas dificuldades econômicas dos EUA, depois que eles estouraram seu caixa socorrendo bancos e indústrias em 2008.
Uma versão americana do “não quero o voto do marmiteiro” que acabou com as chances do Brigadeiro Eduardo Gomes, nas eleições de 1946, uma frase que agrada – embora não confessadamente – a uma parte da classe média.
Mas o seu principal adversário na disputa republicana também não ficou atrás. Como se ainda estivesse vivendo no tempo das proezas espaciais dos anos 60, Gingrich prometeu colonizar a Lua até 2020.
Para Barack Obama, aplica-se bem a frase antológica de Millor Fernandes: “mais importante do que ser genial é estar cercado por medíocres”.
E ter certas partes do corpo voltadas para a Lua que Gingrich quer colonizar.

Globo Ignora Greve de Fome na Sua Portaria e Destaca Morte por Greve de Fome em Cuba

Desde segunda-feira, o jornalista Pedro Rios Leão está fazendo greve de fome em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro. A ação não é apenas um protesto, mas uma reivindicação. Pedro busca a compreensão de algum jornalista funcionário da Globo da importância de cobrir com transparência a expulsão de 6 mil pessoas da comunidade de Pinheirinho, no interior de São Paulo. Há indícios que tenha havido morte de moradores na invasão da Polícia Militar que retirou as centenas de famílias do local para devolver o terreno ao especulador condenado Naji Nahas.
Pedro Rios viajou para São Paulo para acompanhar de perto a angústia dos moradores de Pinheiro. “O governo federal tentou intervir e foi expulso a tiros e o governador Geraldo Alckmin usa a PM como uma gangue, cometendo crimes como se ele fosse o rei da cidade” disse
– Eu chorei três vezes na cidade … a partir do momento em que você está em uma cidade que evidentemente a PM age por seu impeto e em uma cidade que a PM explusa o governo federal a tiro você fica muito nervoso.
Pedro saiu do Rio de Janeiro perturbado quando viu que o Pacto Federativo havia sido quebrado em nome de Naji Nahas, que é um empresário que atua como comitente de grande porte na área de investimentos e especulação financeira, nasceu no Líbano e chegou ao Brasil no começo da década de 1970 com US$50 milhões para investir e montou um conglomerado de empresas que incluía fábricas, fazendas de produção de coelhos, banco, seguradora e outros, mas tornou-se nacionalmente conhecido depois de ter sido acusado como responsável pela quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1989. “Eu não sei se as pessoas de São José sabem quem é Naji Nahas, mas isso me deixou bastante inervado como deixaria inervado qualquer cidadão do Rio de Janeiro que conheça esse homem” afirmou Pedro.


A Rede Globo segue em silêncio, e é contra esse silêncio que Pedro Rios se revoltou. O sistema político-econômico parece começar a enfraquecer e da mesmo forma o sistema midiático brasileiro começa a ser questionado cada vez com mais veemência.
Pedro afirma que houve mortes na reintegração de posso do terreno em Pinheirinhos e essas noticias não estão sendo divulgadas e diz que tanto o Naji Nahas, como governador Geraldo Alckmin e o banqueiro Daniel Dantas representam um risco a sociedade e deveriam ser presos em flagrante por violação dos direitos humanos e apoia que as pessoa devem denunciar no Tribunal Penal Internacional. ” A Justiça não vai fazer nada, eu estou em frente a Globo porque é o último ponto de resistências deles, e o máximo que eles vão fazer é abafar o caso”.
Quando perguntado sobre o que faria ele parar a greve de fome, Pedro Rios foi direto dizendo que uma intervenção do Governo Federal e a retratação dos fatos como realmente eles aconteceram.
Opinião dO Cachete corroborada pelo Amoral:
Vão esperar o Pedro Rios morrer para dar destaque??? Hipócritas!

Protógenes: Nahas é credor da massa falida ?




O ínclito delegado e corajoso deputado federal Protógenes Queiroz, aquele que prendeu e algemou Daniel Dantas e Naji Nahas, na Operação Satiagraha, descobriu nesta terça-feira à noite que, através de um Teófilo Guiral Rocha, Naji Nahas, o grande “financista” de colonista (*) do PiG (**), pode ser, ao mesmo tempo, devedor e credor da massa falida da Selecta, a empresa que a Justiça de São Paulo reintegrou na posse da “nova Canudos”, em Pinheirinho – clique aqui para assistir a impressionante vídeo com a Juiza Marcia Loureira, que considerou “admirável” o trabalho da PM.

Protógenes contou a este ansioso blogueiro que Teófilo e Nahas aparecem a conversar (em escuta legal, autorizada pelo corajoso Juiz De Sanctis).

A R.S., empresa de Teófilo e credora da Selecta, é dona também da Sociedade Imobiliária e Investimentos no Panamá (no Panamá !!!).

Os dois, Teófilo e Nahas, montam uma operação e mencionam a Selecta, nessa escuta da Satiagraha.

Diz o Protógenes ao ansioso blogueiro: “a Satiagraha é a História do Brasil !”

O “Privataria Tucana” seria, digamos, o fórceps – pensou o ansioso blogueiro com seus botões.

O Nassif tratou disso, na noite de ontem:

Nahas pode ter se tornado credor da sua massa falida


Por Lilian Milena, da Agência Dinheiro Vivo


Pinheirinho não é bem massa falida de Naji Nahas


Naji Nahas é suspeito de ter utilizado um interposto (laranja) para se apropriar do terreno de Pinheirinho na condição de credor. Quem confirma a informação é o deputado federal Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF), que culminou, em 2008, com a prisão de baqueiros e diretores de investidoras, entre eles Daniel Dantas e Naji Nahas.


O ex-delegado conta que a constatação foi feita através de escutas telefonicas realizadas durante a operação. A R S Administração e Construção Ltda tornou-se, em meados da operação, credora da Selecta Comercio e Industria S/A. Ocorre que o proprietário da R S é Teófilo Guiral Rocha, advogado que defende interesses de Naji Nahas.


“Ou seja, o próprio Naji Nahas, que era devedor, se torna credor através de preposto”, aponta. A empresa de Rocha faria parte de uma sociedade imobiliária de investimentos, com sede no Panamá.


Na mesma Satiagraha – óh, maldita !, é preciso sepultá-la para sempre, no STF ! – também há uma tratativa entre o Cerra, o Nahas e o Dantas – que trio ! – a confabular sobre a venda da CESP a investidores árabes.
Viva o Brasil !
Clique aqui para ler sobre a filha de certa Autoridade que tem conta em off-shores. Um absurdo !!!

Paulo Henrique Amorim

A Alckmin e a Justiça de SP beneficiarão Nahas duas vezes ?

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Cadê o Jonas?



por José Maria Vasconcelos


Padre Adão, jovem vigário da paróquia Tancredo Neves,
cópia do jogador argentino, Messi. Falta-lhe a ginga das
bolas, mas é craque no sermão, além da voz de tenor.
No último domingo, Padre Adão surpreendeu os fieis do
Bairro São João, ao substituir o vigário, pela sapiência da
palavra.


Eu já conhecia a história do profeta Jonas, engolido
e vomitado por uma baleia, por se negar a cumprir o
chamado de Deus para missão de converter a cidade
de Nínive, cuja população beirava à das metrópoles
atuais, inclusive na devassidão. Que devassidão, nobre
sacerdote? A mesma que arruína qualquer sociedade de
qualquer época? A História vive de repetir coincidências.


Se depender das coincidências históricas, empatamos
com a depravação do império romano, civilização grega
e tantas outras, aí estamos fritos. Já atingimos o limite
da tolerância e padecemos vexames do caos.


No princípio da dominação romana e organização
política da Grécia, registraram-se episódios heroicos
de amor à pátria. Soldados metiam as mãos na
brasa, revoltados por não ter acertado o golpe nos


comandantes de tropas inimigas. Na Grécia, uma
senhora recebeu a visita do carteiro, comunicando-
lhe a morte do filho, na guerra. A mãe do heroi não
hesitou: "Moço, quero saber, primeiramente, se
as nossas tropas venceram a batalha!"Em tempo
de globalização do egoísmo e direitos individuais
exacerbados, parecem loucura gestos de grandeza
nacional.


Coincidentemente, as grandes civilizações arruinaram-
se, quando se permitiram condutas de desonestidade,
desvarios sexuais, vendas de segredos de estado,
desagregação familiar, hedonismo, excessiva busca
dos prazeres materiais, disciplina frouxa com os filhos,
abandono da ética. Roma, no auge da prosperidade
alimentada pelos elevados tributos e encargos sobre as
colônias, assistiu a monumentais escândalos, em todos
os três poderes. Diversão(pão e circo), culto ao corpo,
nas termas e academias de ginásticas, afrouxamento
do espírito, desencadeamento do homossexualismo,
preguiça e leviandade contaminaram tropas e generais,
inclusive na Grécia. As fragilíssimas e menosprezadas
legiões bárbaras do norte europeu, sem organização
política, porém ardendo de ódio, arrasaram a capital do
império e impuseram terror iconoclasta. Uma espécie
de ressentimento talibã, engasgado há séculos, devido
à opressão imperial. Graças à diplomacia eclesiástica,
foi domada a carnificina, que destruiu mais da metade


da população. O império babilônico, da ostentação dos
jardins suspensos e depravado rei Nabucodonosor, virou
cinzas. Apagou-se o esplendor imperialista da França,
Portugal, Inglaterra, Espanha, tantos e tantos. Agoniza o
império americano. Zomba a China.


Olhar para a história dos povos, extrair-lhes algumas
lições de harmonia social podem salvar a sociedade
contemporânea. O profeta Jonas não pregou, em
vão, na grandiosa e depravada Nínive. Os cidadãos
ouviram a advertência de que a cidade se arruinaria,
em breve, se não abandonasse os pecados. Precisamos,
urgentemente, de Jonas e profetas do bem, em todas as
esferas das instituições. Carecemos, também, dos Jonas,
que se arrependam da omissão de servir aos sublimes
ideais, e partam para a tarefa que lhes foi outorgada.


josemaria001@hotmail.com


Texto extraído do estômago (quase que sai "barriga") do jornal Diário do Povo, de Teresina, Piauí.

INFORME PUBLICITÁRIO



No final dos anos 60,  início dos 70, as pessoas imploravam para o dono da banca de revista "guardar" um exemplar da Veja antes que se esgotasse ou que o DOPS confiscasse. Não imprimia pra quem queria. Só vendia menos do que o  glorioso PASQUIM, que também se alimentava das cagadas da corrupção desenfreada e enrustida e dos crimes da dita cuja cor de oliva e dos “privatas” de todos os tempos da República. O "pasca" morreu porque só sabia lidar com aquele situação de tirania fiscalizada por censores alienados, funcionários públicos da melhor boçalidade. A Veja está indo pro brejo do Tietê porque não sabe lidar com a concorrência; foi ferida de morte pela internet e, principalmente, porque nunca imaginou que o poder do voto fosse mais forte do que a grana dos bons tempos dos Civitas. 
Há pouco demitiram o editor Mário Sabino que tramava estas fofocas e acusações sem provas de ministros do governo Dilma, atitude que a presidenta ficou muito agradecida, pois serviu pra popularíssima chefe de Estado imprimir um governo com a sua cara e coragem, sem precisar bater de frente com o velho serviçal PMDB.

Lula é escolhido vencedor do prêmo “International Four Freedoms Award 2012”

A fundação holandesa Roosevelt Stichting anunciou nesta terça-feira (1º) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi selecionado como vencedor do International Four Freedoms Award 2012 (em português, “Prêmio Internacional das Quatro Liberdades 2012).

A homenagem é concedida desde 1982 a pessoas e instituições que se engajaram para proteger a liberdade usando instrumentos pacíficos. A expressão “Quatro Liberdades” se refere a um discurso proferido em 1941 no Congresso Americano por Franklin Roosevelt. Na ocasião, o presidente dos EUA disse que um mundo seguro necessitava de quatro tipos de liberdade: de opinião e expressão, de culto, liberdade das privações e liberdade dos temores.

Em seu comunicado, a Roosevelt Stichting diz que Lula é uma inspiração à comunidade internacional por sua “ascensão da pobreza abjeta à Presidência do Brasil, e sua determinação em livrar o Brasil da extrema pobreza e da injustiça social que por tanto tempo flagelou seus cidadãos menos afortunados”.

A cerimônia de premiação ocorrerá em 12 de maio em Midelburgo, na Holanda. Além do homenageado principal, a Roosevelt Stichting concederá quatro medalhas:

Liberdade de opinião e expressão: Al Jazeera
Liberdade de culto: arcebispo Bartholomew I
Liberdade das privações: Ela Ramesh Bhatt
Liberdade dos temores: Hussain al-Shahristani

Saiba mais sobre o prêmio no site da Roosevelt Stichting: http://www.fourfreedoms.nl/

Pinheirinho: Naji Nahas pode ter usado laranja para ser credor de si próprio

Jornal do BrasilJorge Lourenço 
 
O empresário Naji Nahas pode ter usado um laranja para ser credor de si próprio no processo de remoção dos moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos. A informação faz parte do relatório da Operação Satiagraha e foi relembrado pelo deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). O ex-delegado aponta um dos advogados de Nahas, Teófilo Guiral Rocha, é dono da empresa RS Administração e Construção, credora da Selecta. 
Massa falida
O processo de reintegração de posse do terreno do Pinheirinho, parte da massa falida da Selecta, tem relação direta com os credores da empresa. Isso porque o terreno foi desocupado sob a justificativa de que precisava ser vendido para pagar dívidas. 

Por que a América Latina não cresce como a Ásia?

Em 1980 o parque industrial brasileiro era maior que o da Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China combinados. Em 2010, a indústria brasileira representou pouco menos de 15% em comparação com esses países. Acho que o que tem que perguntar é por que o Brasil representa 75% do comércio mundial de ferro e só dois por cento do de aço em um país que tem a Embraer. E não é só o Brasil. Temos o caso do Chile, que hoje exporta muito mais cobre concentrado que fundido que há 20 anos. A avaliação é de Gabriel Palma, professor chileno da Universidade de Cambridge, em entrevista à Carta Maior.

Londres - Ao fim de 2011 a economia brasileira teve crescimento nulo. No princípio deste ano, um prestigioso instituto britânico, o Centre for Economic and Busines Research, colocou o Brasil à frente do Reino Unido na lista das “top 10” economias do mundo e previu que, em 2020, sua economia superaria à da Alemanha, hoje segundo exportador mundial depois da China. Carta Maior dialogou com Gabriel Palma, acadêmico chileno da Universidade de Cambridge, na Grã Bretanha, especialista em política econômica comparada, que há anos procura desentranhar por que os países da Ásia têm um crescimento sustentável que não existe na América Latina.

No Brasil o copo está meio vazio ou meio cheio?

Gabriel Palma – Que a economia brasileira em termos de Produto Bruto Interno tenha passado a do Reino Unido não é tão significativo como pareceria à primeira vista porque o Brasil tem três vezes a população britânica. Se for comparado este dado com outras estatísticas brasileiras como a desaceleração, a desindustrialização, a "commoditificação" da economia, o panorama muda. Meu ponto de partida é outro. O que venho me perguntando faz tempo é por que os países da América Latina não podem crescer como os da Ásia. Na Coréia, Singapura, Taiwan, Malásia, Tailândia, Indonésia e China, o crescimento foi de dois dígitos durante décadas. Na América Latina não. Dá-se um crescimento de dois dígitos que dura uns anos e depois se esvazia. E não acontece só no Brasil. Acontece no Chile, na Argentina, no resto da região.

E qual é a resposta a essa pergunta?

Gabriel Palma – Como você pode imaginar é muito complexa. Mas os dados são muito claros. Em 1980 o parque industrial brasileiro era maior que o da Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China combinados. Em 2010, a indústria brasileira representou pouco menos de 15% em comparação com esses países. Acho que o que tem que perguntar é por que o Brasil representa 75% do comércio mundial de ferro e só dois por cento do de aço em um país que tem a Embraer. E não é só o Brasil. Temos o caso do Chile, que hoje exporta muito mais cobre concentrado que fundido que há 20 anos. O caso do México, que nos anos 80 se propôs um desenvolvimento exportador com as montadoras. Hoje tem a mesma proporção de montadoras que 30 anos atrás.

A China, que também teve este modelo exportador nos anos 80, hoje exporta a metade de sua produção com produtos de alto valor agregado. Há uma ambição econômica na Ásia que contrasta com a inércia que se sente na América Latina. Isso não quer dizer que não há tentativas. Na Argentina se está experimentando algo diferente. No Brasil, Mantega está tentando, mas se choca com o Banco Central. Na Ásia todos parecem querer se superar.

Entretanto, no caso do Brasil se calcula que uns 10 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza na última década, sinal de que houve avanços.

Gabriel Palma – No Brasil como no Chile e na Argentina, houve avanços, tanto neste sentido como na redução do desemprego. No Brasil temos o salário mínimo e o bolsa-família que dará a 11 milhões de famílias subsídios que lhes permitam baixar os níveis de pobreza. A questão é que todo este bolsa-família é 0,5% do PIB. Agora, se com 0,5% do PIB se consegue esta redução da pobreza, por que não se tenta com 1% do PIB que não é nada do outro mundo e que reduziria em 11 milhões mais a pobreza? Segundo um estudo da CEPAL, há seis países latino-americanos, entre eles a Argentina, o Brasil e o Chile, nos quais custaria menos de 1% do PIB terminar com a pobreza. Se falarmos da Índia, com 500 milhões de pobres, a tarefa é titânica: custa 10% do PIB terminar com a pobreza. Na América Latina não. No Chile, com 20 anos de governo da Concertação se reduziu primeiro a pobreza de 40% a 20% e, uma década mais tarde, 10%. Hoje voltou a dar um salto a 15%. Inclusive com governos progressistas, que têm uma vontade política neste sentido, com contas fiscais em ordem e um boom de commodities, o avanço é muito menor do que poderia ser.

Há um assunto que trata do desenvolvimento também. A pobreza está inevitavelmente vinculada com o modelo econômico que se aplica.

Gabriel Palma – Não resta dúvida. No Brasil há uma crescente "commoditificação" da economia. Há 10 anos as commodities representavam 25% do total. Hoje constituem 50%. Há um grande desenvolvimento das commodities, mas com poucos produtos processados e com um abandono da indústria manufatureira que é lamentável. O atual modelo econômico, que começou nos anos 80, aprofundou-se com Cardozo e continuou com Lula, se baseia em um tipo de câmbio sobrevalorizado e na entrada de capital, o que vem causando a desindustrialização do país. Não há país asiático que siga esta política macro.

O governo lançou o programa Brasil Maior para revitalizar a indústria. O caminho pode ser este?

Gabriel Palma – Se parar a decadência já me conformo. Ao olhar a taxa de investimento total – nacional, estrangeira, pública e privada – por trabalhador no Brasil, se percebe que hoje são menores do que nos anos 80. Ao comparar com a China se percebe que o investimento aumentou 12 vezes com respeito aos anos 80. O Brasil vem há 30 anos com um investimento público menor que 3% do PIB. Hoje a infra-estrutura está caindo aos pedaços. E as taxas de juro são usurárias. No último estudo da Federação de Comercio de São Paulo, a taxa de juros média do cartão de crédito batia em 230 % anual. Fala-se muito da criação de una nova classe média graças ao acesso ao crédito, mas além de acesso ao consumo o que eu vejo é um grande endividamento com taxas de mora muito altas.

Há uma bomba-relógio no setor financeiro do Brasil?

Gabriel Palma – Não acho que seja como a dos Estados Unidos e Europa. Há problemas, mas as contas fiscais são sustentáveis, a dívida externa caiu, o setor produtivo não tem grandes dívidas. O melhor que se pode dizer do Brasil é que não há nenhuma bomba-relógio financeira nos próximos cinco anos. Mas também está claro que não vai haver um crescimento de mais de três ou 4 % e terá um grande desenvolvimento do setor financeiro e das commodities. O último informe global do Banco Santander é muito interessante neste sentido. No Brasil estão 15% de seus ativos e 30 % de seus lucros mundiais. Por isso todos receberam Lula como um herói em Davos.

Que impacto pode ter esta situação do Brasil em seus vizinhos em meio à atual crise econômica?

Gabriel Palma – A grande vantagem dos países latino-americanos é que a demanda das commodities vai continuar. Isto amortiza o impacto de uma crise externa. Acho que a atual crise mundial vai deixar lembranças, não tanto pela profundidade, mas pelo tempo que vai custar para sair. Neste sentido, a América Latina teria que se preparar para cinco ou dez anos de dificuldades no setor externo e se concentrar mais em potencializar seu mercado doméstico.

Tradução: Libório Junior

MASSACRE DO PINHEIRINHO: PSDB DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS RECEBEU R$427 MIL DO RAMO IMOBILIÁRIO EM 2008

Por Felipe Prestes, do portal Sul21
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O comitê municipal único do PSDB em São José dos Campos recebeu R$ 427 mil de doações declaradas de 22 empresas do ramo imobiliário nas eleições de 2008. O valor representa aproximadamente 20% dos R$ 2.109.475 recebidos pelo comitê. Destes mais de R$ 2 milhões do comitê, cerca de R$ 630 mil foram destinados à campanha vitoriosa do atual prefeito Eduardo Cury (PSDB).
O deputado estadual Fernando Capez (PSDB), irmão do desembargador do TJ-SP Rodrigo Capez, que coordenou a ação policial em Pinheirinho, também recebeu bastante apoio do ramo imobiliário nas eleições de 2010. Quinze empresas do ramo doaram um total de R$ 424.462,02 para a campanha de Capez, 38% de tudo o que ele arrecadou (R$ 1.114.443,90).
Pinheirinho tem área de 1,3 milhão de m² e estava ocupada por 1,6 mil famílias desde 2004. A Prefeitura de São José dos Campos obteve propostas dos governos estadual e federal para inscrever a área em projetos habitacionais sem que tivesse que pagar o valor do terreno, que pertence ao especulador Naji Nahas, mas não quis fazê-lo. Na ação de desocupação, o desembargador Rodrigo Capez esteve no local representando o TJ-SP e ordenou a continuidade das ações — mesmo que liminares da Justiça Federal colocassem um impasse jurídico, só resolvido pelo STJ no dia seguinte à reintegração de posse.

As informações foram extraídas do site do TSE. Clique nas imagens abaixo para conferir..

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

NOVO MODELITO DE ALCKMIN ARRASA NA PSDB FASHION WEEK






Greve de fome em frente à TV Globo


 
Por Jéssica Oliveira, no sítio do Portal Imprensa:

Pedro Rios Leão não se considera jornalista. Cursou rádio e TV, não concluiu, mas usa sua câmera para noticiar e denunciar assuntos de interesse público, tentando chamar atenção da sociedade e da grande mídia. Nas últimas semanas, isso não bastou. Desde às 18h do último domingo (29), Rios está algemado e faz greve de fome em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Mais do que um protesto, reivindica transparência da imprensa sobre a reintegração de posse ocorrida na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A ação foi criticada por inúmeras entidades e associações de defesa de direitos humanos.



À Imprensa, o carioca explicou que veio a São Paulo para acompanhar a ação na comunidade, mas não imaginava que ficaria tão perturbado com o que viu, nem que isso mudaria completamente sua rotina dali em diante. "Aquilo foi um latrocínio, uma chacina cometida pelo governo do Estado de São Paulo, a mando do Naji [Nahas, que reclamou a posse do terreno]. Nunca fiquei tão assustado na minha vida", disse. Depois disso, com as imagens feitas por sua câmera, tentou chamar atenção da imprensa.

Rios afirma que houve mortes na reintegração de posse e que, além dessas notícias não serem divulgadas, tanto o Naji Nahas, como governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o banqueiro Daniel Dantas representam um risco a sociedade e deveriam ser presos imediatamente por violação dos direitos humanos. "Esse caso não é uma questão de provas. A única coisa que pode fazê-los saírem impunes, é a imprensa abafar o caso. Eu espero que algum veículo de imprensa tenha a decência de falar o que aconteceu lá. Porque até agora, o que a imprensa, o governador, e o prefeito de São José fizeram, foi ridicularizar com a nossa cara”, desabafou.

O carioca afirma que nunca foi de partido político, nem de fazer militância, mas que dessa vez não teve como ficar sem fazer nada. "Já estava sem conseguir comer e dormir em casa. Tinha que tentar algo", conta. Algemado há quase três dias em frente a emissora, Rios disse não conhecer ninguém específico na Globo, mas mesmo assim tem sido bem tratado pelos repórteres e pelo comércio local. "Alguns repórteres passam meio constrangidos. Acredito que seja um assunto na hora do almoço. É isso que eu quero, que a sociedade civil discuta isso", diz. "Eu espero que os jornalistas passem por mim e pensem 'eu estou acobertando assassinato de crianças'", disse.

Sobre sair do local, Rios é claro. "Só pretendo sair daqui quando as pessoas começarem a perder a cabeça e tomarem atitudes. O mínimo é o Governo Federal intervir no caso", explica.

Críticas

Em dois vídeos postados no youtube, Rios critica a imprensa. Em um deles, diz que é muito importante que os jornalistas se manifestem, "porque cada minuto de silêncio deles, é uma vítima que pode ter desaparecido. E eles sabem disso". Em outro, critica o fato de jornalistas o questionarem se há provas de suas denúncias. "Se algum jornalista tivesse pisado em São José, não teria coragem de exigir provas".

Jornal Nacional distorce contra Cuba

Por Rogério Tomaz Jr., no blog Conexão Brasília-Maranhão:

Em agosto de 2011 as Organizações Globo lançaram, com grande estardalhaço, um documento intitulado "Princípios Editoriais", contendo as "normas e condutas que os veículos do grupo devem seguir para que seja cumprido o compromisso de oferecer jornalismo de qualidade", conforme noticiou o G1, portal do grupo.

Quem conhece minimamente o histórico dos meios de comunicação da família Marinho – no conjunto da população brasileira, é um contingente ínfimo de pessoas – sabe que os tais "princípios" não passam de alegoria, balela, conversa pra boi dormir, (mais uma) tentativa de iludir ou enganar incautos sobre a verdeira natureza do grupo Globo: uma instituição política disfarçada de empresa de informação e entretenimento.



Indo ao que interessa, na edição do Jornal Nacional – principal produto jornalístico da Globo, que é assistido todas as noites por dezenas de milhões de pessoas em todo o Brasil – de terça-feira (31/1), foi exibida uma reportagem sobre a visita da presidenta Dilma a Cuba.

A abordagem da emissora, que considera Cuba uma ditadura onde a liberdade é sufocada e o povo vive oprimido, não espanta e nem sequer incomoda muito, embora a parcialidade se transforme muitas vezes em desonestidade.

“O diabo está nos detalhes”, diz um célebre ditado inglês.

No encerramento da matéria, o apresentador William Bonner leu nota que seria uma manifestação da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Federal. Para isso o JN recorreu ao 2º vice-presidente do órgão.

“Sobre as declarações de Dilma, o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Arnaldo Jordí, do PPS do Pará, lamentou que o governo brasileiro tenha deixado a garantia dos direitos individuais fora da pauta de discussões em Cuba. O deputado disse ainda que a comunidade internacional não aceita mais a privação de direitos como a liberdade de expressão e de organização política”. (William Bonner, JN, 31/01/2012).

Curioso a emissora ter recorrido à terceira pessoa na hierarquia da CDH – a presidenta é a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e o 1º vice-presidente é o deputado Domingos Dutra (PT-MA) – apenas para garantir a manifestação de um deputado que faz oposição ao governo federal, embora apresentado como porta-voz de uma instituição especializada nas questões de direitos humanos.

Questionei a deputada Manuela D’Ávila pelo Twitter e ela confirmou que não foi procurada pela reportagem, como eu suspeitara. E falei por telefone com o deputado Dutra, que também não foi contatado pela Globo.

O fato grave, gravíssimo, é que a emissora, ao ignorar a hierarquia institucional da Comissão de Direitos Humanos, apenas para emprestar à sua reportagem um ar de isenção e legitimidade que o órgão reconhecidamente possui, desrespeitou o órgão e, assim, assinou o atestado de partidarização da pauta, o que fere os seus princípios editoriais (leia abaixo).

Pior ainda, pregou uma peça em toda a audiência do telejornal, que saiu com a impressão de ter ouvido uma declaração da Comissão de Direitos Humanos criticando o governo.

Essa é a ética da Rede Globo. Esse é o respeito pelos princípios editoriais que os herdeiros de Roberto Marinho assinaram, em nome dos seus filhos e netos.

Da Manuela D’ávila e de Domingos Dutra, a Globo jamais arrancaria uma crítica à postura do governo de não abraçar a pauta da oposição, que só fala de direitos humanos em países inimigos dos EUA: Cuba, Irã, Venezuela, entre outros.

Jamais você vai ouvir alguém do PSDB ou do DEM (ou algum veículo da Globo) falar – talvez algum político do PPS fale – sobre as violações de direitos humanos no Iraque, no Afeganistão, na Arábia Saudita ou mesmo nos EUA, que tem extensa folha corrida de desrespeito aos direitos básicos da sua própria população.

Daí a forjar uma manifestação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é uma prática típica dos assassinos que dizem, com as mãos ensanguentadas diante da vítima: “a culpa é do punhal”.

Seria muito importante, a bem da verdade, que a Comissão se pronunciasse a respeito dessa fraude político-jornalística.

Lamentável. Mas não surpreendente.

Mais uma vez, a Rede Globo mostra – ainda que sutilmente – a sua verdadeira natureza: uma organização política.

Leia alguns trechos dos Princípios Editoriais da Globo que rejeitam a partidarização do trabalho noticioso (http://g1.globo.com/principios-editoriais-das-organizacoes-globo.html):

*****

Um jornal de um partido político, por exemplo, não deixa de ser um jornal, mas não pratica jornalismo, não como aqui definido: noticia os fatos, analisa-os, opina, mas sempre por um prisma, sempre com um viés, o viés do partido. E sempre com um propósito: o de conquistar seguidores. Faz propaganda. Algo bem diverso de um jornal generalista de informação: este noticia os fatos, analisa-os, opina, mas com a intenção consciente de não ter um viés, de tentar traduzir a realidade, no limite das possibilidades, livre de prismas. Produz conhecimento. As Organizações Globo terão sempre e apenas veículos cujo propósito seja conhecer, produzir conhecimento, informar.

(…)

h) É imperativo que não haja filtros na composição das redações.

i) As Organizações Globo são apartidárias, e os seus veículos devem se esforçar para assim ser percebidos;

As Organizações Globo serão sempre independentes, apartidárias, laicas e praticarão um jornalismo que busque a isenção, a correção e a agilidade (…).”

Governo federal detona situações em abrigos

Falta de higiene, condições precárias de saúde e alimentação, superlotação, negligência psicológica e falha na comunicação entre agentes públicos são algumas das muitas constatações de violação de direitos humanos feitas por emissários do governo federal nos alojamentos para onde foram levadas as famílias expulsas, há mais de uma semana, do assentamento Pinheirinho, em São José dos Campos (SP).
Moradores do Pinheirinho sentiram a mão pesada da polícia paulista. Foto: Reuters/Latinstock
Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República listou os problemas encontrados nos abrigos do município e informou ter assinado um termo de compromisso com a prefeitura local, administrada pelo PSDB.
A nota, tornada pública nesta terça-feira 31, deve criar constrangimento aos responsáveis pela ação, autorizada pela Justiça Estadual e articulada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Na semana passada, também em nota, os tucanos criticaram a suposta ingerência do governo federal num assunto de competência do Estado e do município.
Entre as providências prometidas estão a melhoria na atual oferta de alimentação e reforços das equipes sanitárias que trabalham nos alojamentos.
A ação policial, iniciada na manhã de domingo 22, foi criticada por organizações de defesa dos direitos humanos porque cerca de 1,3 mil famílias foram retiradas de suas casas, sob bombas de efeito moral, cassetetes e ameaças e sem nem sequer ter para onde ir.
O governo federal, por sua vez, era criticado por militantes por se omitir diante do episódio – na ação, o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, foi atingido por uma bala de borracha na perna.

Leia abaixo a íntegra da nota:
Diante das denúncias de violações aos Direitos Humanos decorrentes das ações de reintegração de posse do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos/SP, no último dia 22, representantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), juntamente com a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, realizaram diligência in loco no município. Os conselheiros visitaram quatro abrigos e se reuniram com membros do Ministério Público e Defensoria Pública estaduais e do Poder Executivo local.
Foram constatadas diversas violações aos Direitos Humanos da população envolvida na desocupação do bairro Pinheirinho. Dentre elas, a ausência de condições de higiene, saúde e alimentação adequada nos abrigos; superlotação nos alojamentos; negligência psicológica, falha na comunicação entre agentes do Poder Executivo local, entre si, e com os desabrigados; entre outras violações.
Considerando esse cenário de vulnerabilidade física e psíquica na qual se encontram os abrigados, a força tarefa apresentou reivindicações de caráter humanitário e emergencial ao Sr. Secretário de Desenvolvimento Social do município de São José dos Campos, João Francisco Sawaya de Lima, que se comprometeu em assegurar as seguintes garantias aos ex-moradores do baixo Pinheirinho:
1 – Garantia de matrícula/rematrícula e material escolar para as, aproximadamente, 1.065 crianças e adolescentes presentes nos abrigos;
2 – Melhoria na atual oferta de alimentação, respeitando critérios básicos de segurança alimentar e nutricional;
3 – Realização de mutirão, no prazo de dois dias, de saúde nos abrigos;
4 – Disponibilização de atendimento psicológico diurno nos abrigos;
5 – Reforços das equipes sanitárias que trabalham nos alojamentos;
6 – Implementação de fiscalização para controle de zoonoses;
7 – Emissão de carta de garantia referente ao pagamento do aluguel social;
8 – Posto itinerante avançado de cadastramento e oferta do banco de vagas de emprego;
9 – Aprimoramento do fluxo de informações básicas entre todos os agentes de atendimento imediato às pessoas alojadas.
Na audiência com o Ministério Público, foi solicitada a imediata fiscalização quanto ao efetivo cumprimento das demandas citadas acima por parte da Prefeitura Municipal.

São José dos Campos, 31 de janeiro de 2012.

Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH)
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda)
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)
Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos

Para flagelados do Pinheirinho, Cuba seria o paraíso

*'UMA COISA CHAMADA GUANTÁNAMO: "Vamos falar de direitos humanos? Então nós vamos começar a falar de direitos humanos no Brasil, nos Estados Unidos, uma coisa chamada Guantánamo..." (Presidenta Dilma Rousseff, em Cuba; leia  a cobertura do enviado de Carta Maior a Havana, André Barrocal)
A  ENDOSCOPIA DA CRISE

A Grécia funciona como uma espécie de endoscopia em tempo real das consequências sociais e éticas da maior crise capitalista dos últimos 80 anos. A percolação da tragédia na pirâmide social do país escancara  os custos humanos de se preservar a riqueza financeira quando o mecanismo que a reproduz já não se sustenta. A educação pública teve um corte de 60% na Grécia este ano; crianças desmaiam de fome em sala de aula. O impasse global avança para o 4º ano de sacrifícios urbi et orbi. Mas nada disso parece sensibilizar a mídia demotucana, cuja leitura sugere que o único ponto do planeta onde há desrespeito a direitos humanos é uma ilha a 150 quilômetros de sua meca intelectual e política.
(LEIA MAIS AQUI)


Ontem, enquanto Dilma Rousseff exercia as suas obrigações de chefe de Estado em viagem oficial a Cuba, a desfaçatez patológica dos barões da mídia se agitou e saiu da toca. Não tardou e logo começaram a pipocar matérias “exigindo” da presidente que cobrasse direitos humanos do governo cubano.
No mesmo dia, li mais alguns textos e ouvi mais algumas locuções nessa mesma mídia em que juízas, jornalistas e até governantes contavam como tinha sido “exemplar” a “operação de reintegração de posse” no Pinheirinho. A conexão entre uma coisa e outra, então, foi inevitável.
Pinheirinho e Cuba têm tudo que (não) ver um com o outro. Cuba é a ditadura, segundo diz a mídia brasileira, mas ninguém nunca viu milhares de homens, mulheres (até as grávidas), crianças, idosos, deficientes e enfermos de todo tipo serem espancados, atingidos com bombas e balas de borracha e depois serem jogados em depósitos insalubres, naquele país.
Isso sem falar de violações de direitos humanos que AINDA não foram totalmente comprovadas.
Fiquei pensando sobre que democracia há para os flagelados do Pinheirinho. Para aquelas pessoas, a ditadura fica mesmo é no Brasil. Aliás, na visita que lhes fiz na última segunda-feira essa foi uma das palavras que mais ouvi: “ditadura”.
E por que não seria? Alguma ditadura faria um trabalho “melhor”? Não é assim que as ditaduras tratam o povo? Não é na bala (nem que seja de borracha, se for), no gás pimenta, nas cacetadas no lombo, quando há sorte?
Você, leitor, já ouviu falar de algo parecido a Eldorado dos Carajás, à Cinelândia, à Cracolândia, ao Pinheirinho ou a coisa que o valha, em Cuba? Mesmo se fosse verdade que Cuba deixa um ou outro ativista político morrer de fome por vontade própria, quero que alguém me mostre uma única imagem do governo cubano espancando ou matando seu povo no atacado, como por aqui.
Onde fica a ditadura, mesmo?
Penso que aquela população do Pinheirinho daria a vida para ir morar em um lugar como Cuba, onde teria casa, assistência médica, segurança, educação e respeito do Estado. No entanto, esses jornais que apoiaram a ditadura militar brasileira e suas violações de direitos humanos cobram esses mesmos direitos de… Cuba!
Gostaria de ter dinheiro para pagar a passagem daqueles com os quais estive anteontem para que fossem viver como gente em Cuba, já que, por aqui, a sociedade não têm capacidade de ao menos avaliar seu sofrimento enquanto se “horroriza” com a “ditadura” cubana.

Miseráveis comunistas pedem para apanhar

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