Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Jackson Figueiredo Até os militares de direita desmentem a GLOBO! (Nota do Clube Militar): ...Alega, a GLOBO, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.


Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.
Nossos pêsames aos leitores.

goringer


A Globo se defende em Nuremberg




Herman Göering, ao ser perguntado pelo juiz Francis Beverley Biddle, no Tribunal de Nuremberg, se declarava-se culpado ou inocente das acusações de crimes de guerra, entre eles o extermínio de judeus, disse, simplesmente:
No sentido da acusação, declaro-me não culpado”.
A Globo, na esteira do editorial onde abjura de suas ligações com o golpe militar, lançou um site Memória Globo onde, em uma área especial, pretende defender-se do que chama de “erros” e de “acusações injustas”.
A visão deste site, quero confessar aos leitores, paralisou-me pelas recordações e, talvez, até isso me impeça de ser aqui tão claro quanto desejaria.
Afinal, em várias das situações, sou testemunha, não apenas um narrador.
Começo pela edição do debate Lula x Collor, no segundo turno das eleições de 1989, quando eu era assessor de imprensa de Leonel Brizola, com quem assisti o debate da Globo. E não vou ser falso, e Lula sabe disso, que nos decepcionamos com o fato de sua inexperiência não tê-lo ajudado a voar na garganta de Collor pelo episódio Míriam Cordeiro.
Frustrados? Sim, porque achava Brizola – e não sem razão – que , ali, ele teria feito – como às vezes dizia no falar gauchesco, embora sempre pedisse perdão pelo chulo – Fernando Collor “se enfiar no cu de um burro”.
Mas não houve o massacre que se diz ter havido, em nenhuma hipótese. E Lula vinha numa linha francamente ascendente, a qual, inclusive, tinha feito com que ele, por 0,5% dos votos, tivesse tirado Brizola do enfrentamento final das eleições.
Eu, pessoalmente, acompanhava o andamento da campanha, porque – numa surpresa até para mim – havia sido escolhido para formar uma comissão, ao lado do professor Cibilis Vianna (um dos melhores caráteres que já conheci) e do então deputado Vivaldo Barbosa, que administrava o apoio do PDT ao PT, que se representava por Luiz Gushiken, José Dirceu e Plínio de Arruda Sampaio.
E todos os informes que nos chegavam era de um avanço sólido da candidatura Lula.
Naquela noite, ou melhor, naquela madrugada, toca-me o telefone.
Não me recordo se a uma ou às duas da manhã.
“Morreu alguém”, disse a minha então mulher, Flávia.
De alguma forma, a premonição era verdadeira.
Do outro lado da linha, Octavio Tostes, meu querido e melhor amigo nos tempos de faculdade.
Aos prantos.
Conta-me da edição do debate, que ele fizera com as próprias mãos, mas sob ordens alheias.
Fala das determinações de Ronald de Carvalho (que, nos vìdeos da Memória Globo, você verá negando isso) e de Alberico Souza Cruz, para que o debate fosse editado com um massacre de Collor sobre Lula.
Diz que fez porque outro que o fizesse, faria pior ainda, sem as objeções de consciência que tinha àquilo.
Chorava -perdão, Octavio, por revelar-lhe essa intimidade – copiosamente.
Naquele momento, confesso, não fui nada condescendente. Frio e seco, agi assim.
Disse-lhe, apenas, que cada um teria de viver com sua consciência.
E vi o quanto ele sofreu com isso, até sublimar-se pela verdade.
Octavio segue sendo, apesar da distância, meu querido amigo. O “primo”, como nos tratávamos e, espero, sempre nos trataremos.
Não falei com ele antes de narrar esta história. Estamos velhos o suficiente para que ela se escreva com letra maiúscula e vejo, orgulhoso do meu sempre companheiro de sonhos, o quanto ele assume toda a verdade no video que gravou para o site da Globo. Nada do que fala se contradiz àquilo que ouvi dele há 24 anos.
Acho que é a primeira vez que, neste blog, falo de vivência pessoal.
Sou antiquado, do tempo em que se dizia, nas redações, que “jornalista não é notìcia”.
Talvez um companheiro queira ouvir e relatar estas histórias, mas para mim é muito doloroso narrá-las.
É como ver Göeringer dizendo que não sabia dos campos de extermínio.
Não posso ser objetivo e equilibrado.
Só posso ser ouvido como testemunha, não posso ser narrador.
Somos sobreviventes de um massacre,  da ditadura e de sua expressão midiática, a Globo.
Não se nos espere imparcialidade.
Como jornalista, posso e devo escrever com paixão, mas nunca sem dar voz ao outro lado.
E, neste caso, sinto-em como o juiz Francis Biddle, que, quando Göering começou a falar, reduziu-o  à ordem: declara-se culpado ou inocente?
Eu não tenho dúvidas sobre o que declarar sobre a Globo.
Por: Fernando Brito

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A covardia europeia contra o presidente Evo Morales

Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-espião estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha. Por Eduardo Febbro.

Paris - Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norteamericano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norteamericana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha. 

Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norteamericano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.

O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.

Segundo a informação da chancelaria boliviana, o avião havia obtido a permissão da Espanha para fazer uma escala técnica nas Ilhas Canárias. Essa autorização também foi cancelada e, finalmente, o avião teve que aterrissar no aeroporto de Viena. Segundo declarou em La Paz o chanceler boliviano David Choquehuanca, “colocou-se em risco a vida do presidente que estava em pleno voo”. “Quando faltava menos de uma hora para o avião ingressar no território francês nos comunicam que tinha sido cancelada a autorização de sobrevoo”. O ministro pediu uma explicação tanto da França quanto de Portugal, país que tomou a mesma decisão que a França.

“Queriam nos amedrontar. É uma discriminação contra o presidente”, disse Choquehuanca. Em complemento a esta informação, o portal de Wikileaks também acusou a Itália de não permitir a aterrisagem do avião presidencial boliviano. Em Paris, o conselheiro permanente dos serviços do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse que não tinha nenhuma informação sobre esse assunto. Por sua vez, a chancelaria francesa disse que não estava em condições de comentar ocaso. Bocas fechadas, mas atos concretos.

Ao que parece, todo esse enredo se armou em torno da presença de Snowden no aeroporto de Moscou. Alguém fez circular a informação de que Snowden estava no aeroporto da capital russa com a intenção de subir no avião de um dos países latino-americanos dispostos a lhe oferecer asilo político. Snowden é procurado por Washington depois de revelar a maneira pela qual o império filtrava as conversações no mundo. O chanceler boliviano qualificou como uma “injustiça” baseada em “suspeitas infundadas sobre o manejo de informação mal intencionada” o cancelamento das permissões de voo para o avião de Evo Morales. “Não sabemos quem inventou essa soberana mentira; querem prejudicar nosso país”, disse Choquehuanca. “Não podemos mentir à comunidade internacional e não podemos levar passageiros fantasmas”, advertiu o responsável pela diplomacia boliviana.

Em La Paz, as autoridades adiantaram que não receberam nenhum pedido de asilo por parte de Edward Snowden. Evo Morales havia evocado a possibilidade de conceder asilo a Snowden, mas só isso. O mesmo ocorreu com outra vítima da informação e da perseguição norteamericana, o fundador do Wikileaks, Julian Assange. O mundo ficou pequeno para Edward Snowden. 

Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres e Snowden encontra-se há dez dias na zona de trânsito do aeroporto de Sheremétievo, em Moscou. Segundo Dmitri Peskov, o secretário de imprensa do presidente Vladimir Putin, o norteamericano havia solicitado asilo a Rússia, mas depois “renunciou a suas intenções e a sua solicitação”. Peskov esclareceu, porém, que o governo russo não entregaria o fugitivo para a administração norte-americana: “o próprio Snowden por sincera convicção ou qualquer outra causa se considera um defensor dos direitos humanos, um lutador pelos ideais da democracia e da liberdade pessoal. Isso é reconhecido pelos ativistas e organizações de direitos humanos da Rússia e também por seus colegas de outros países. Por isso é impossível a entrega de Snowden por parte de quem quer que seja a um país como os EUA, onde se aplica a pena de morte.

Quando se referiu ao caso de Snowden em Moscou, Evo Morales assinalou que “o império estadunidense conspira contra nós de forma permanente e quando alguém desmascara os espiões, devemos nos organizar e nos preparar melhor para rechaçar qualquer agressão política, militar ou cultural”. Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sem constituinte, sem reforma











A matéria escrita por Daniel Bramatti, hoje, no Estadão, é uma descrição perfeita do que nos aguarda se, de fato, mídia, oligarquias políticas e a covardia de setores do PT obrigarem a Presidenta Dilma Rousseff a recuar em sua proposta de convocar, por plebiscito, uma Constituinte exclusiva.
Ela narra os compromissos de Fernando Henrique – este que diz que Constituinte exclusiva é coisa de governo autoritário – e de Lula em realizá-la.
E, em todos os momentos, ela não sai.
Sai tudo o que interessa aos governos e aos interesses econômicos.
Reeleição, quebra do monopólio do petróleo, reforma da previdência, dos direitos dos servidores públicos, mudança nos impostos.
Transparência, fim do poder econômico nas eleições, mais austeridade e deveres para os parlamentares? Isso, nunca!
“Quem legisla em causa própria não faz reforma”, sentenciou Lula, em 2006.
Ninguém duvida que uma reforma política, que retire o Congresso do autismo com que se comporta em relação à sociedade e aos interesses do Brasil é uma necessidade imperiosa.
Aí está a história dos últimos 20 anos para mostrar isso.
A legitimidade dessa reforma é inquestionável.
Dilma proclamou isso já em seu discurso de posse, relembra Bramatti:
“Na política, é tarefa indeclinável e urgente uma reforma com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.”
Sem constituinte, porém, vai continuar a prevalecer aquilo que o vice-presidente Michel Temer disse:
“É muito difícil, porque é uma questão praticamente individual. Cada deputado e senador pensa – precisamente e legitimamente – em seu futuro.”
É essa a questão, claramente.
O que deve prevalecer: o interesse corporativo das instituições parlamentares ou o clamor público por transparência, austeridade e eficiência em sua composição pelo voto e seu funcionamento?
A constituição é, eventualmente, omissa em prever ou não a possibilidade de ser reformada pela via de uma constituinte, vale o princípio insculpido no primeiro parágrafo do primeiro artigo, logo após definir que nosso país é uma república federativa.
“Todo o poder emana do povo e em seu nome é exercido”.
Repito o que foi dito ontem: recuar, por medo da mídia ou das oligarquias partidário-parlamentares é pior do que perder uma disputa por isso, clara e aberta, diante da população, se com ela nos comunicarmos de forma direta.
Se quisermos conduzir as coisas apenas no “campo institucional” teremos um arremedo, um pastiche de reformas.
A conversa fiada de que “é mais fácil” fazer a reforma pela via congressual ordinária é uma mistificação.
Bem diz, na matéria do Estadão, o deputado Henrique Fontana:
“”Por acordo, não votaremos nem em dez gerações”.
Ou, para ter um acordo, votaremos algo que nos envergonhará por dez gerações.
Por: Fernando Brito

sábado, 6 de abril de 2013

O INDICIAMENTO DE LULA E O PREÇO DA COVARDIA PETISTA


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Veja não vai vencer sem lutar

Participei hoje de reunião com entidades e pessoas físicas para defender uma ação conjunta de movimentos sociais e pessoas físicas que entendem que o envolvimento da revista Veja com o bicheiro Carlos Cachoeira é grave demais para ficar impune sem que uma só medida concreta seja tomada para elucidar essas relações tão suspeitas.
Em um primeiro momento, havia o entendimento de que se deveria deixar a CPMI do Cachoeira trabalhar, na esperança de que a parcela da classe política que entende a gravidade dos fatos tomasse alguma atitude. No entanto, à exceção de Fernando Collor e do deputado pernambucano Fernando Ferro (PT), os integrantes da Comissão que não integram partidos cúmplices da Veja parecem ter decidido brindá-la com a impunidade.
Todavia, se a classe política se acovarda isso não quer dizer que a sociedade civil tenha que fazer o mesmo. Há meios de atuar para ao menos não entregar de bandeja a vitória da impunidade a esse grupo empresarial cujos fatos sugerem que pode integrar o crime organizado.
Há dúvidas e resistências para uma ação integrada que vise esclarecer o envolvimento da Veja com uma quadrilha que fincou raízes em cada quadrante da República. Este blogueiro, na condição de presidente da ONG Movimento dos Sem Mídia, está lutando para que isso não ocorra. E está buscando ajuda.
A reunião desta sexta-feira, apesar de não ter sido cem por cento conclusiva, deixa esperança de que ajuda haverá. Até porque, há uma quantidade imoral de evidências de envolvimento da Veja com o crime organizado. Evidências que, de forma ainda mais escandalosa, o Ministério Público Federal ignora.
O Movimento dos Sem Mídia, de uma forma ou de outra, não permitirá que a Veja triunfe sem ter que disparar um só tiro. O MSM não tem medo da Veja, um medo que parece envolver a classe política, os três poderes da República e uma parte considerável da sociedade civil.
Quero deixar registrado que gostaria muito de dividir a luta com outros companheiros e entidades, pois será uma luta dura levar a Veja a ter ao menos que explicar sua relação escandalosa com o crime organizado. Lutar sozinho será muito difícil. Contudo, se não tiver outro jeito, agirei sozinho.  É uma promessa.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Governo federal detona situações em abrigos

Falta de higiene, condições precárias de saúde e alimentação, superlotação, negligência psicológica e falha na comunicação entre agentes públicos são algumas das muitas constatações de violação de direitos humanos feitas por emissários do governo federal nos alojamentos para onde foram levadas as famílias expulsas, há mais de uma semana, do assentamento Pinheirinho, em São José dos Campos (SP).
Moradores do Pinheirinho sentiram a mão pesada da polícia paulista. Foto: Reuters/Latinstock
Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República listou os problemas encontrados nos abrigos do município e informou ter assinado um termo de compromisso com a prefeitura local, administrada pelo PSDB.
A nota, tornada pública nesta terça-feira 31, deve criar constrangimento aos responsáveis pela ação, autorizada pela Justiça Estadual e articulada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Na semana passada, também em nota, os tucanos criticaram a suposta ingerência do governo federal num assunto de competência do Estado e do município.
Entre as providências prometidas estão a melhoria na atual oferta de alimentação e reforços das equipes sanitárias que trabalham nos alojamentos.
A ação policial, iniciada na manhã de domingo 22, foi criticada por organizações de defesa dos direitos humanos porque cerca de 1,3 mil famílias foram retiradas de suas casas, sob bombas de efeito moral, cassetetes e ameaças e sem nem sequer ter para onde ir.
O governo federal, por sua vez, era criticado por militantes por se omitir diante do episódio – na ação, o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, foi atingido por uma bala de borracha na perna.

Leia abaixo a íntegra da nota:
Diante das denúncias de violações aos Direitos Humanos decorrentes das ações de reintegração de posse do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos/SP, no último dia 22, representantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), juntamente com a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, realizaram diligência in loco no município. Os conselheiros visitaram quatro abrigos e se reuniram com membros do Ministério Público e Defensoria Pública estaduais e do Poder Executivo local.
Foram constatadas diversas violações aos Direitos Humanos da população envolvida na desocupação do bairro Pinheirinho. Dentre elas, a ausência de condições de higiene, saúde e alimentação adequada nos abrigos; superlotação nos alojamentos; negligência psicológica, falha na comunicação entre agentes do Poder Executivo local, entre si, e com os desabrigados; entre outras violações.
Considerando esse cenário de vulnerabilidade física e psíquica na qual se encontram os abrigados, a força tarefa apresentou reivindicações de caráter humanitário e emergencial ao Sr. Secretário de Desenvolvimento Social do município de São José dos Campos, João Francisco Sawaya de Lima, que se comprometeu em assegurar as seguintes garantias aos ex-moradores do baixo Pinheirinho:
1 – Garantia de matrícula/rematrícula e material escolar para as, aproximadamente, 1.065 crianças e adolescentes presentes nos abrigos;
2 – Melhoria na atual oferta de alimentação, respeitando critérios básicos de segurança alimentar e nutricional;
3 – Realização de mutirão, no prazo de dois dias, de saúde nos abrigos;
4 – Disponibilização de atendimento psicológico diurno nos abrigos;
5 – Reforços das equipes sanitárias que trabalham nos alojamentos;
6 – Implementação de fiscalização para controle de zoonoses;
7 – Emissão de carta de garantia referente ao pagamento do aluguel social;
8 – Posto itinerante avançado de cadastramento e oferta do banco de vagas de emprego;
9 – Aprimoramento do fluxo de informações básicas entre todos os agentes de atendimento imediato às pessoas alojadas.
Na audiência com o Ministério Público, foi solicitada a imediata fiscalização quanto ao efetivo cumprimento das demandas citadas acima por parte da Prefeitura Municipal.

São José dos Campos, 31 de janeiro de 2012.

Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH)
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda)
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)
Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

6ª Economia do Mundo. E não se defende da Globo

A pseudo-crise da distribuição das verbas do Ministerio da Integração foi obra exclusiva da Globo.

Clique aqui para ler “Enchente: a Globo manda na Dilma ?”; aqui para ler “Ministro afoga o PiG – III e a Globo acusa a Dilma”; e aqui para ler “Eduardo Campos, a Globo te espera na esquina”.

Não houve “desvio”, foi tudo autorizado pela Presidenta e não faltou verba para Estado nenhum.

Verba que tivesse projeto aprovado pelos técnicos.

São Paulo não recebeu o que deveria receber, porque não teve competência – a do Eduardo Campos – para realizar os projetos necessários.

A Globo criou a crise para derrubar um Ministro – para governar a Dilma, como diz o Oráculo.

O Governo administrou mal a crise.

Se faltou dinheiro no Rio, é porque, em parte, o Governo do Estado deu o dinheiro da prevenção à Fundação Roberto Marinho.

(E o Zé Cardozo vai investigar a Fundação Roberto Marinho ?)

Apanhado no contra-pé das férias, o Governo Federal custou a dizer que o Ministro não desviou nada – tudo feito pela mão da Presidenta e do Governador, porque Pernambuco – eficiente – tratou de se defender de uma circunstância trágica: três enchentes em dez meses.

O Governo deixou “molhar” para o PiG (*) a sensação de que levava as acusações a sério.

E passou mel na Globo.

Tudo isso se dá num ambiente de crise verdadeira – a chuva que cai sistematicamente num país tropical, no verão.

A questão estratégica é a prevenção.

A previsão da intensidade da chuva.

O Governo de Pernambuco gastou R$ 2 bilhões para consertar o estrago das três enchentes.

E vai usar R$ 500 milhões em obras de prevenção.

Essa é a questão central: gastar mais em prevenção e menos em conserto.

A Globo está interessada em discutir isso ?

Não, porque a Globo não tem compromisso com o Brasil (quando governado por um Presidente trabalhista).

A Globo quer que o Brasil se afunde (num Governo trabalhista).

Ética jornalistica ?

Nem com manobristas, como demonstrou o assim chamado jornal Hoje.

O mais grave, porém, é que a Sexta Economia do Mundo não tem como se defender de uma rede de televisão.

A rede de televisão dissemina o pânico e a insegurança, no meio da temporada de chuva.

Milhões de brasileiros atemorizados, a olhar para céu, com medo da tempestade.

Ligam na Globo em busca de informação, serviço público de urgência e têm a sensação de que o Governo é inepto, mantém um ministro pernambucano que toma a grana de Minas, do Rio e do resto do país, para aplicar em seu reduto eleitoral.

E não se vê informação sobre serviço público, assistência de emergência – nada disso.

Onde me abrigo ?

Vai chover ?

Como pego o Bolsa Aluguel ?

Nada !

O Governo não tem veículo, instrumento para informar, para prestar serviço.

O verão mal começou e a insegurança na região serrana do Rio, em Angra dos Reis, no Morro do Bumba em Niterói, em Santa Catarina só faz aumentar: “que Governo é esse, que não pensa em mim, e deixa esse pernambucano – logo um Nordestino, com esse sotaque ! – desviar o dinheiro que ia salvar o meu puxadinho “.

E os efeitos da Globo sobre a máquina da administração ?

Com que entusiasmo o burocrata do segundo escalão dos Ministérios das Cidades, da Integração, da Ciência e da Tecnologia vai se mobilizar para prevenir e consertar, se o Governo é essa desgraça que aparece na Globo ?

Se não existe um centro de informação de emergência que alcance o país inteiro.

Uma rede nacional.

Por que  não ir para o horário nobre e informar a população ?

Entrar imediatamente depois do jornal nacional.

Sete minutos por dia.

Vai dessarumar a grade da Globo ?

Quem ousaria ?

Se a CBF não mexe na grade da Globo, por que a Presidência da República ousaria ?

Viva o Brasil !

A Presidenta Dilma e seu (ainda ?) Ministro Bernardo, assim como o Presidente Nunca Dantes, se imobilizaram diante da Globo.

O Governo trabalhista do Brasil (exceção a Brizola) é refém da Globo.

Tem medo do Ali Kamel, dos lábios apertados da Patrícia Poeta, dos gráficos da Urubóloga e da respiração adjetivada da Zileida Silva.

Teme que a classe média se sensibilize com a lorota da “liberdade de imprensa” para os filhos do Roberto Marinho.

Experimente exercer a “liberdade de imprensa” num veículo da família Marinho, amigo navegante.

O que está em jogo é a Segurança Nacional.

O funcionamento das Instituições.

A eficiência do aparelho do Estado.

Nenhuma televisão do mundo Civilizado se invocaria o poder de interromper as férias do Presidente da República para enfrentar uma crise que ela, a televisão, engendrou e ampliou.

E no dia em que houver uma crise internacional ?

Vamos supor que Quinta Frota do Tio Sam vá para as milhas 201, ponha o canudinho lá embaixo e comece a  chupar o pré sal da Petrobrás para dar à Chevron do Cerra.

O que fará a Globo ?

Vai dar apoio à Quinta Frota, como o Roberto Marinho deu em 1964.

(E o historialismo oficial diz que o Golpe militar foi para evitar o Golpe do Jango que, gostava mesmo era de coristas…)

A TV Globo vai empunhar a bandeira americana e fazer com a Petrobrás tudo o que o colonista (**) Adriano Pires e o Davizinho pregam no PiG (*).

(E o Cerra prometeu à Chevron.)

O que vai fazer o Estado brasileiro ?

Ficará imobilizado, inerte, ligado na Globo.

Não vai fazer nada porque não tem como fazer.

Não sabe.

E se soubesse não teria como se defender da Globo.

É melhor a crítica desonesta, aética, ininterrupta – do Bom ? Dia Brasil ao jornal da Globo – do que o silêncio das armas.

Tudo bem.

E a Segurança do Estado ?

E a defesa dos cidadãos ?

Como cuidar disso ?

Acorda, Bernardo !

O Brasil é maior do que a Globo.

Não parece.


Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*)  que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.