Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Jackson Figueiredo Até os militares de direita desmentem a GLOBO! (Nota do Clube Militar): ...Alega, a GLOBO, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.


Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.
Nossos pêsames aos leitores.

goringer


A Globo se defende em Nuremberg




Herman Göering, ao ser perguntado pelo juiz Francis Beverley Biddle, no Tribunal de Nuremberg, se declarava-se culpado ou inocente das acusações de crimes de guerra, entre eles o extermínio de judeus, disse, simplesmente:
No sentido da acusação, declaro-me não culpado”.
A Globo, na esteira do editorial onde abjura de suas ligações com o golpe militar, lançou um site Memória Globo onde, em uma área especial, pretende defender-se do que chama de “erros” e de “acusações injustas”.
A visão deste site, quero confessar aos leitores, paralisou-me pelas recordações e, talvez, até isso me impeça de ser aqui tão claro quanto desejaria.
Afinal, em várias das situações, sou testemunha, não apenas um narrador.
Começo pela edição do debate Lula x Collor, no segundo turno das eleições de 1989, quando eu era assessor de imprensa de Leonel Brizola, com quem assisti o debate da Globo. E não vou ser falso, e Lula sabe disso, que nos decepcionamos com o fato de sua inexperiência não tê-lo ajudado a voar na garganta de Collor pelo episódio Míriam Cordeiro.
Frustrados? Sim, porque achava Brizola – e não sem razão – que , ali, ele teria feito – como às vezes dizia no falar gauchesco, embora sempre pedisse perdão pelo chulo – Fernando Collor “se enfiar no cu de um burro”.
Mas não houve o massacre que se diz ter havido, em nenhuma hipótese. E Lula vinha numa linha francamente ascendente, a qual, inclusive, tinha feito com que ele, por 0,5% dos votos, tivesse tirado Brizola do enfrentamento final das eleições.
Eu, pessoalmente, acompanhava o andamento da campanha, porque – numa surpresa até para mim – havia sido escolhido para formar uma comissão, ao lado do professor Cibilis Vianna (um dos melhores caráteres que já conheci) e do então deputado Vivaldo Barbosa, que administrava o apoio do PDT ao PT, que se representava por Luiz Gushiken, José Dirceu e Plínio de Arruda Sampaio.
E todos os informes que nos chegavam era de um avanço sólido da candidatura Lula.
Naquela noite, ou melhor, naquela madrugada, toca-me o telefone.
Não me recordo se a uma ou às duas da manhã.
“Morreu alguém”, disse a minha então mulher, Flávia.
De alguma forma, a premonição era verdadeira.
Do outro lado da linha, Octavio Tostes, meu querido e melhor amigo nos tempos de faculdade.
Aos prantos.
Conta-me da edição do debate, que ele fizera com as próprias mãos, mas sob ordens alheias.
Fala das determinações de Ronald de Carvalho (que, nos vìdeos da Memória Globo, você verá negando isso) e de Alberico Souza Cruz, para que o debate fosse editado com um massacre de Collor sobre Lula.
Diz que fez porque outro que o fizesse, faria pior ainda, sem as objeções de consciência que tinha àquilo.
Chorava -perdão, Octavio, por revelar-lhe essa intimidade – copiosamente.
Naquele momento, confesso, não fui nada condescendente. Frio e seco, agi assim.
Disse-lhe, apenas, que cada um teria de viver com sua consciência.
E vi o quanto ele sofreu com isso, até sublimar-se pela verdade.
Octavio segue sendo, apesar da distância, meu querido amigo. O “primo”, como nos tratávamos e, espero, sempre nos trataremos.
Não falei com ele antes de narrar esta história. Estamos velhos o suficiente para que ela se escreva com letra maiúscula e vejo, orgulhoso do meu sempre companheiro de sonhos, o quanto ele assume toda a verdade no video que gravou para o site da Globo. Nada do que fala se contradiz àquilo que ouvi dele há 24 anos.
Acho que é a primeira vez que, neste blog, falo de vivência pessoal.
Sou antiquado, do tempo em que se dizia, nas redações, que “jornalista não é notìcia”.
Talvez um companheiro queira ouvir e relatar estas histórias, mas para mim é muito doloroso narrá-las.
É como ver Göeringer dizendo que não sabia dos campos de extermínio.
Não posso ser objetivo e equilibrado.
Só posso ser ouvido como testemunha, não posso ser narrador.
Somos sobreviventes de um massacre,  da ditadura e de sua expressão midiática, a Globo.
Não se nos espere imparcialidade.
Como jornalista, posso e devo escrever com paixão, mas nunca sem dar voz ao outro lado.
E, neste caso, sinto-em como o juiz Francis Biddle, que, quando Göering começou a falar, reduziu-o  à ordem: declara-se culpado ou inocente?
Eu não tenho dúvidas sobre o que declarar sobre a Globo.
Por: Fernando Brito

quinta-feira, 29 de março de 2012

Rio: jovens melam ato em defesa de 64

O Supremo não perde por esperar

Saiu no Globo:

Comemoração de militares termina em pancadaria no Centro do Rio


RIO – O que era para ser uma simples comemoração pela passagem dos 48 anos do golpe que culminou em 21 anos de ditadura no Brasil, organizada por militares da reserva, nesta quinta-feira, no Centro do Rio, foi marcada por uma grande confusão. Cerca de 350 pessoas, entre eles representantes do PT, PCB, PCdoB, Psol, PDT e outros movimentos sociais de esquerda, bloquearam a entrada principal do Clube Militar, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante Barroso, e tumulturam a chegada dos convidados para o evento. O tempo todo gritavam palavras de ordem, chamando os militares de torturadores, assassinos e covardes. Cada militar que chegava ao local era cercado, xingado e só conseguia entrar no prédio sob escolta da PM.

Um dos militares revidou ao xingamento, pegou o celular de um manifestante, que reagiu. Houve empurra-empurra e o estudante de Ciências Sociais Antônio Canha, de 20 anos, acabou sendo atingido por um tiro de descarga elétrica de uma pistola Taser. Os manifestantes também derramaram um balde de tinta vermelha nas escadarias do Clube Militar, representando o sangue derramado durante a ditadura, e atingiram um segurança do local com ovos.

Nas ruas próximas, vários cartazes com frases como “Ditadura não é revolução”, “Onde estão nossos mortos e desaparecidos do Araguaia?”, além de fotografias de desaparecidos durante os anos de chumbo. Parentes de desaparecidos compareceram ao protesto, como Maria Cristina Capistrano, filha do David Capistrano, jornalista e ex-ativista do PCB.

- Em 1974, ele foi levado para o DOPS no Rio de Janeiro e depois para a casa da morte, em Petrópolis. Desde então nunca mais tivemos notícias dele. Devidoa a casos como este do meu pai, acho importante este tipo de mobilização.

O polciamento do local foi feito pela tropa de choque da PM, que cercou a entrada do Clube. Uma pessoa foi presa após se desentender com um militar. A confusão começou com xingamentos e acabou em socos e pontapés e com o manifestante sendo levado pela PM num camburão, o que provocou mais revolta dos manifestantes. No momento em que o jovem foi colocado no camburão, várias pessoas tentaram impedir que ele fosse levado, cercando o veículo. A PM, então, usou de spray de pimenta para dispersar a aglomeração. Os manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco por dez minutos e só liberaram o trânsito após os policiais usarem bombas de efeito moral, cujos estilhaços feriram na barriga a manifestante Miriam Caetano, de 33 anos.

Os militares, que ficaram o tempo todo acuados dentro do prédio, foram saindo aos poucos pela porta dos fundos do local.

Clique aqui e leia: “Vergonha: OEA denuncia o Brasil por Herzog”

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As viúvas da ditadura e a esclerose múltipla

Ninguém nunca proibiu essas viúvas da ditadura de se expressar, muito menos o ministro Celso Amorim. Esses senhores envergonham o Brasil, as forças armadas e as políticas públicas de combate à esclerose múltipla. Esses clubes militares viraram antros de rancor ideológico e devem, a bem da saúde mental de seus sócios, ser solenemente ignorados.

Leandro Fortes

terça-feira, 15 de março de 2011

Risco de retrocesso na ABL


E por estas bandas, depois da perda irreparável que representou a morte do escritor Moacir Scliar (foto), um expoente da literatura brasileira, começa a corrida na Academia Brasileira de Letras para o preenchimento da vaga deixada por ele.

Nos últimos anos até que a ABL estava deixando para trás os tempos em que até um general da ditadura brasileira, Aurélio Lira Tavares, ocupou uma cadeira. Nomes do primeiro time foram escolhidos nos últimos anos. Por lá passaram, entre outros, Darci Ribeiro, que dispensa apresentação, e seguem Ana Maria Machado, Nélida Piñon e Cícero Sandroni, entre outros.

Pois bem, não é que agora aparece um pleiteante, uma figura que representaria um retrocesso para a ABL se fosse escolhido. Trata-se do colunista de O Globo, Merval Pereira, autor de um livro intitulado “Lulismo no Poder”, um trabalho que politicamente se inscreve na categoria de panfleto de direita. E só.

Para se ter uma ideia, o referido jornalista, em setembro do ano passado, portanto, em plena campanha eleitoral, esteve no Clube Militar junto com Reinaldo Azevedo, da Veja, destilando ódio contra o então Presidente Lula e fazendo proselitismo reacionário contra a candidata Dilma Rousseff. Foi ovacionado por vários oficiais da reserva que rezam a mesma cartilha de Merval Pereira e do outro. Parte do receituário apresentado aos que tinham comando durante a ditadura encontra-se no livro que ele apresenta e com isso pretende pleitear a vaga de Scliar.

Espera-se que os acadêmicos não se dobrem ao esquema plim-plim, que além de um retrocesso representaria uma ofensa à memória de Moacir Scliar e à própria literatura brasileira. Eles farão justiça e dignificarão a Casa se escolherem, agora em abril, o escritor, aí sim um escritor na verdadeira acepção da palavra, baiano radicado no Rio de Janeiro, Antonio Torres, autor de consagradas obras, algumas circulando no exterior, como “Essa Terra”, “Um cão uivando para a Lua”, “Balada da infância perdida” e “Um táxi para Viena d’Áustria”, entre outras.

Não há grau de comparação entre um e outro. Com a palavra os acadêmicos.

Em matéria de democratização da comunicação foi dado um passo adiante com a reunião no Congresso da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. Do grupo que está sendo criado participam parlamentares e representantes de movimentos que lutam pela democratização da mídia.

Estiveram presentes, entre outros a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS). Como representantes de entidades da sociedade civil compareceram, entre outras, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), a Campanha Ética na TV, o Centro de Estudos da Mídi Barão de Itararé, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

E, como afirmou Erundina, “a liberdade de expressão e o direito à comunicação são condição para o pleno exercício da democracia no Brasil”. Sem isso, podem crer, não há democracia na pura acepção da palavra, apenas a “democracia” defendida pela mídia de mercado.

Enquanto isso, na Líbia permanece o impasse nos confrontos entre as forças leais a Muammar Khadafi e os insurgentes que anunciaram a instalação de um governo na cidade de Benghazi, já reconhecido pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy. Os países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), capitaneados pelos Estados Unidos, seguem os preparativos para desencadearem algum tipo de ação militar que vai agravar a situação. As últimas informações indicam uma retomada de áreas pelas forças leais a Khadafi.

A Secretária de Estado (ou será Sectária de Estado?) norte-americana, cinicamente diz que o seu país não vai abandonar o povo líbio. Clinton e os seus seguidores têm menosprezo pelos líbios ou qualquer outro povo, pois o negócio deles é escoar armas e pegar o petróleo em regiões ricas pelo mundo a fora.

O Brasil que se cuide com o pré-sal, muito cobiçado pelos Estados Unidos, tanto assim que Barack Obama está vindo por aqui, isso se não acontecer nenhum adiamento da visita em função dos acontecimentos na Líbia.

Antes de falar qualquer coisa, Clinton deveria dizer a verdade segundo a qual a indústria armamentista estadunidense desovou material. bélico na Líbia, o mesmo que está sendo usado nos confrontos. Afinal de contas, para os comerciantes da morte, negócios são negócios. Agora vir com a história de que o governo estadunidense está preocupado com o povo líbio é conversa para enganar eventuais incautos e abastecer as editorias internacionais dos jornalões e telejornalões. Vamos ver o que vem por aí.

A tragédia da natureza no Japão colocou a Líbia em segundo plano nos telejornalões.


Mário Augusto Jakobskind
Direto da Redação